1 Propagação em sistemas rádio móveis

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "1 Propagação em sistemas rádio móveis"

Transcrição

1 1 Propagação em sistemas rádio móveis O canal de comunicação rádio móvel impõe limitações fundamentais ao desempenho dos sistemas de comunicação sem fio. O percurso de transmissão entre transmissor e receptor pode variar de uma simples linha de visada a um percurso seriamente obstruído por edifícios, montanhas e vegetações. Diferente dos canais de sistemas com fios, estacionários e previsíveis, os canais de rádio são extremamente aleatórios e de difícil análise (modelagem). Os mecanismos relacionados a propagação de ondas eletromagnéticas são diversos mas geralmente atribuídos a reflexão, difração e espalhamento: Reflexão: Ocorre quando a onda propagada incide sobre objetos de dimensões bem maiores que o comprimento de onda (e.g. edifícios, paredes). Devido a reflexões múltiplas vindas de vários objetos, as ondas eletromagnéticas se propagam ao longo de diferentes percursos de comprimentos variados. A interação entre essas ondas causam desvanecimento do sinal (fading) em uma determinada região. Difração: Ocorre quando o caminho entre o transmissor e o receptor é obstruído por uma superfície pontiaguda (modelo gume de faca). As ondas secundárias resultantes do obstáculo estão presentes em todo o espaço inclusive atrás do obstáculo. O resultado desse fenômeno é um curvamento da onda, fazendo com que ela aparece em pontos fora da linha de visada. Espalhamento: Ocorre quando a onda propagante se depara com superfícies cujas irregularidades são da ordem do comprimento de onda da onda incidente. Em meios de comunicação sem fio esse fenômeno é observado quando o sinal propagante se depara com folhagens, fios, etc. 1.1 Modelos de Propagação Os modelos de propagação têm tradicionalmente sido focados na predição da potência média de sinal recebido a uma certa distância do transmissor, bem como, na variabilidade do sinal em uma área fechada próxima a uma localização particular. Assim, tem-se: 1. Modelos de Larga Escala: Modelos para a predição da potência média do sinal numa distância de separação arbitrária entre transmissor e receptor. A distância entre transmissor e receptor pode ser da ordem de centenas ou milhares de metros. 2. Modelos de Pequena Escala: Modelos que caracterizam as variações rápidas da potência do sinal quando o móvel é deslocado a distâncias muito curtas ou intervalos de tempo muito curtos. As variações de potência do sinal recebido, denominadas desvanecimento, são da ordem de 30 db ou 40 db em razão do sinal recebido ser a soma de muitas contribuições vindo de diferentes direções. As variações de distância são da ordem de pequenos comprimentos de onda. Os intervalos de tempo são da ordem de segundos. 1

2 Quando um móvel se desloca para longe do transmissor, a grandes distâncias, a média local do sinal recebido vai gradualmente decaindo. Está média local do sinal que é predita pelos modelos de propagação de larga escala. Os mecanismos de propagação (reflexão, difração e espalhamento) determinam a atenuação de propagação no enlace e, consequentemente, o valor médio do sinal no receptor. A compreensão dos mecanismos envolvidos é básica para o cálculo do raio máximo de uma célula. Por outro lado, os efeitos de propagação determinam as flutuações rápidas e lentas do sinal em torno de seu valor médio. As flutuações que reduzem o valor do sinal abaixo da média são o que se denomina desvanecimento. Figura 1: Desvanecimento de larga e pequena escala. Fonte: (RAPPAPORT, 1996). A Figura 1 ilustra as variações no sinal da potência recebida devidas ao desvanecimento de pequena escala e de larga escala do canal radiomóvel em função da distância entre o transmissor e o receptor. 2 Modelos de propagação em large escala Propagação no espaço livre É o modelo utilizado para predição da potência do sinal recebido quando não existe obstáculo entre a antena transmissora e receptora (linha de visada desobstruída). Por exemplo, Sistemas de comunicação via satélite e enlaces de microondas. É expresso pela fórmula de Friis: ( ) 2 λ G t G r P r (d) = P t 4πd L, (1) em que: 2

3 d =distância em metros entre transmissor (Tx) e receptor (Rx); G t =ganho da antena transmissora; G r =ganho da antena receptora; λ= comprimento de onda em metros; P t = potência de transmissão em Watts; L= fator de perda do sistema; P r = potência de recepção em Watts. A equação de Friis mostra que a potência cai com o quadrado da distância de separação entre transmissor e receptor. Isto implica que a potência decai a uma taxa de 20 db/década. A equação de Friis supõe uma antena isotrópica de área efetiva (A e = λ2 ), que é a relação 4π entre a potência recebida máxima nos terminais da linha de transmissão e a densidade de potência da onda incidente e pode ser expressa por: A e = λ2 G 4π. (2) Um radiador isotrópico é uma antena ideal que irradia potência com ganho unitário uniformemente em todas as direções, sendo normalmente utilizado com referência para ganho de antenas em sistemas wireless. A EIRP (Effective Isotropic Radiated Power) é definida como: EIRP = P t G t. (3) Representando a máxima potência irradiada disponível de um transmissor na direção de máximo ganho da antena, quando comparado com um radiador isotrópico. Na prática é empregado o ERP (Effective Radiated Power) para denotar a potência máxima irradiada quando comparado com o dipolo de meia onda. O dipolo de meia onda tem um ganho de 1,64, isto é 2,15 db acima da isotrópica. O ERP será 2,15 menor do que o EIRP. Os ganhos das antenas são apresentados em dbi (ganho em db em relação a isotrópica) ou em dbd (ganho com respeito ao dipolo de meia onda). A perda de percurso (P L ), a qual representa a atenuação como uma quantidade positiva medida em db, é definida como a diferença entre a potência efetiva transmitida e a potência recebida. P L = 10 log P t P r = 10 log [ Gt G r λ 2 (4π) 2 d 2 ]. (4) O modelo de Friis só é válido para valores de distância que estão no Far-Field (campo distante) da antena transmissora. Isto é, na região de campos distantes, onde campo elétrico e campo magnético são perpendiculares entre si e perpendiculares a direção de propagação. Nessa região os campos são predominantemente irradiantes. Na região de campo perto os campos elétrico e magnético não são perpendiculares e não podem ser 3

4 caracterizados como ondas. Nesta região, a estrutura do campo eletromagnético é bastante complexa, não existe uma relação direta entre os dois campos e para a caracterização do ambiente eletromagnético são necessários cálculos/medições dos dois campos. Uma ilustração simplista é feita na Figura 2 Figura 2: Região de campo perto e de campo distante. A distância de Far-Field pode ser expressa por: d f = 2D2, em que D é a maior dimensão λ física da antena, além disso d f >> D e d f >> λ. Observe que a equação de Friis não é válida para d = 0, por isso usa-se uma distância como ponto de referência de potência recebida, d 0, assim d > d 0. A distância de referência deve ser escolhida, tal que esteja na região do campo distante. Assim: [ ] 2 d0 P r (d) = P r (d 0 ), d > d 0 d f, (5) d em dbm [P r (d)] dbm = 10 log P r(d 0 ) 0, log ( ) d0, d > d 0 d f. (6) d 2.1 Exercício 1. Ache a distância de far-field para uma antena com uma dimensão máxima de 1 metro e frequência de operação de 900 MHz. 2. Se um transmissor produz 50 Watts de potência; ganho das antenas igual a unidade; frequência da portadora igual a 900MHz. Determine: (a) Potência do transmissor em dbm e dbw; 4

5 (b) Potência recebida (dbm) para um distância entre transmissor e receptor de 100m e 10Km. 2.2 Relacionando potência e campo elétrico Algumas vezes se deseja obter a intensidade de campo elétrico em um receptor. Uma razão é verificar se a intensidade de sinal recebido está dentro das normas estabelecidas pelos órgãos regulamentadores quanto a radiação não ionizante. No espaço livre, a densidade de fluxo de potência S(W/m 2 ), conforme ilustra a Figura 3, é dada por: S = EIRP 4πd 2 = P tg t 4πd 2 = E2 R fs = E2 η, (7) em que, R fs é a impedância intrínseca do meio, que para o espaço livre é η = 120Ω ou 377Ω, E representa a magnitude da porção irradiadora do campo elétrico na região de far field. Figura 3: Representação da densidade de potência elétrica. A potência recebida pode ser, então, expressa por: P r (d) = S A e = E 2 120π A e = P tg t G r λ 2 (4π) 2 d 2. (8) A equação acima relaciona a potência recebida ao campo elétrico. Geralmente é útil relacionar o nível de potência recebida a voltagem de entrada no receptor, bem como ao campo elétrico induzido na antena receptora. Se a antena receptora é modelada como uma carga resistiva casada com o receptor, ela induzirá uma voltagem rms no receptor que é metade da tensão de circuito aberto da antena. 5

6 Figura 4: Representação de um receptor. Assim V é a voltagem rms na entrada do receptor e Rant é a resistência do receptor casado com o sistema. A potência recebida é: P r (d) = V 2 = ( Vant 2 )2 = V ant 2. (9) R ant R ant 4R ant 6

7 2.3 Exercícios 1. Assuma que um receptor está localizado a 10 Km de um transmissor de 50W. A frequência da portadora é de 900 MHz. É assumida a propagação no espaço livre, G t = 1 e G r = 2, ache: (a) Potência no receptor; (b) Magnitude do campo elétrico no receptor da antena; (c) Voltagem rms aplicada na entrada do receptor assumindo que o receptor da antena tem uma impedância puramente real de 50Ω e está casado com o receptor. 7

8 A Radiações ionizantes e não ionizantes: O espectro de frequências. fonte: Prof. José Osvaldo Saldanha Paulino - UFMG Uma das mais importantes características dos campos e de ondas eletromagnéticas é a sua frequência. A gama de frequências das fontes naturais e também das fontes artificiais é muito grande. É comum apresentar-se um gráfico em que são relacionadas as várias frequências e sua utilização. Este gráfico é chamado de espectro de frequências ou espectro eletromagnético (Figura 5). Existe um ponto no espectro eletromagnético que é muito importante. Figura 5: Espectro de frequências. Esse ponto se encontra logo após as frequências da luz visível e ele divide as radiações em dois grandes grupos. As radiações de frequências inferiores à esse ponto são chamadas de radiações não ionizantes e as radiações de frequências acima desse ponto são chamadas de radiações ionizantes. Os tecidos vivos assim como todos os materiais são constituídos de átomos. De forma simplificada, o átomo pode ser descrito como um núcleo central envolvido por um conjunto ou nuvem de elétrons (pequenas partículas carregadas negativamente). Quando a radiação eletromagnética incide em um material parte da energia pode ser absorvida pelos átomos constituintes do material. Dependendo da frequência da radiação, ao ser absorvida pelos átomos, a energia pode ser suficiente para provocar o arrancamento de elétrons dos átomos, formando ions (ionização), ou seja, provocando uma reação química (Figura 6). A estrutura do material que absorveu a energia da radiação irá sofrer mudanças em sua estrutura. Para que ocorra a ionização do material, a frequência 8

9 Figura 6: Reação química. da radiação deve ser muito elevada. Apenas radiações com frequência acima do ultravioleta tem energia suficiente para ionizar o material. Estas radiações são conhecidas como radiações ionizantes. Sabe-se a muito tempo que estas radiações são muito prejudiciais ao ser humano. Um exemplo de radiação ionizante é o raio-x (frequências acima de um milhão de MHz), que é muito utilizado na medicina mas a sua dosagem tem de ser muito controlada e uma série de cuidados são adotados pelas pessoas que trabalham com este tipo de radiação constantemente. Radiações com frequência abaixo do ultravioleta são chamadas de radiações não ionizantes porque elas não tem energia suficiente para provocar a ionização dos materiais. Ao serem absorvidas elas irão aumentar a temperatura do material. As frequências utilizadas nos sistemas de telecomunicações (rádio, TV e telefonia celular) são radiações não ionizantes. Quando estas radiações incidem em um tecido vivo elas não provocam reações químicas. No entanto, elas podem implicar em um aumento da temperatura do tecido (efeito térmico) e podem provocar alguns efeitos não térmicos tais como polarização ou vibração das moléculas ou células constituintes do tecido. 9

UFSM-CTISM. Projeto de Redes sem Fio Aula-03

UFSM-CTISM. Projeto de Redes sem Fio Aula-03 UFSM-CTISM Projeto de Redes sem Fio Aula-03 Professor: Andrei Piccinini Legg Santa Maria, 2012 propagação O modelo de propagação é usado para prever a intensidade do sinal recebido quando transmissor e

Leia mais

Telefonia Celular. Renato Machado

Telefonia Celular. Renato Machado Renato Machado UFSM - Universidade Federal de Santa Maria DELC - Departamento de Eletrônica e Computação renatomachado@ieee.org renatomachado@ufsm.br 23 de Setembro de 2011 Sumário 1 2 3 Fórmula de Friis

Leia mais

1 O canal de comunicação radiomóvel

1 O canal de comunicação radiomóvel 1 O canal de comunicação radiomóvel O projeto de sistemas de comunicações sem fio confiáveis e de alta taxa de transmissão continua sendo um grande desafio em função das próprias características do canal

Leia mais

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Módulo II Introdução ao link budget Propagação no espaço livre Equação de Friis Introdução ao link budget O desempenho de um link de comunicações depende

Leia mais

3 Propagação de Ondas Milimétricas

3 Propagação de Ondas Milimétricas 3 Propagação de Ondas Milimétricas O desempenho de sistemas de comunicação sem fio depende da perda de propagação entre o transmissor e o receptor. Ao contrário de sistemas cabeados que são estacionários

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO 1. Introdução 2. Como conhecer o Canal Rádio móvel 3. Rádio-Propagação 4. Mecanismos de Propagação 5. Análise do Canal 6. Técnicas

Leia mais

Tópicos avançados em sistemas de telecomunicações. Renato Machado

Tópicos avançados em sistemas de telecomunicações. Renato Machado Renato Machado UFSM - Universidade Federal de Santa Maria DELC - Departamento de Eletrônica e Computação renatomachado@ieee.org renatomachado@ufsm.br Santa Maria, 14 de Março de 2012 Sumário 1 2 3 4 5

Leia mais

Computação Móvel: Teoria da Informação e Modulação

Computação Móvel: Teoria da Informação e Modulação Computação Móvel: Teoria da Informação e Modulação Mauro Nacif Rocha DPI/UFV 1 Teoria da Informação Conceitos Básicos Transmissão: Informação + Sinais + Meios Físicos 2 1 Sinais Analógico Digital Variação

Leia mais

ANTENAS - TÓPICOS DAS AULAS - 1. Introdução. 2. Dipolo hertziano. 3. Antena dipolo de meia onda. 4. Antena monopolo de quarto de onda.

ANTENAS - TÓPICOS DAS AULAS - 1. Introdução. 2. Dipolo hertziano. 3. Antena dipolo de meia onda. 4. Antena monopolo de quarto de onda. ANTENAS - TÓPICOS DAS AULAS - 1. Introdução.. Dipolo hertziano. 3. Antena dipolo de meia onda. 4. Antena monopolo de quarto de onda. 5. Antena em anel pequeno. 6. Características das antenas. 7. Conjunto

Leia mais

A difração descreve as modificações sofridas por ondas eletromagnéticas quando são obstruídas. Por exemplo, a frente de onda da Figura 1 abaixo.

A difração descreve as modificações sofridas por ondas eletromagnéticas quando são obstruídas. Por exemplo, a frente de onda da Figura 1 abaixo. 1 Difração A difração descreve as modificações sofridas por ondas eletromagnéticas quando são obstruídas. Por exemplo, a frente de onda da Figura 1 abaixo. Figura 1: Frente de onda obstruída por obstáculo.

Leia mais

3 Propagação 3.1. Introdução

3 Propagação 3.1. Introdução 3 Propagação 3.. Introdução A propagação se dá por diferentes mecanismos e efeitos dependentes da faixa de freqüências utilizada e da distância considerada. São de interesse desse trabalho aqueles de relevância

Leia mais

1 Métodos de predição de cobertura Modelos empíricos

1 Métodos de predição de cobertura Modelos empíricos 1 Métodos de predição de cobertura Modelos empíricos Os principais modelos de propagação teóricos apresentados para determinar a cobertura de células de um sistema de telefonia móvel foram: Propagação

Leia mais

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Módulo II Fenômenos de Propagação Efeitos da Difração na Propagação Difração Difração é a propriedade que toda onda eletromagnética tem de circundar o ápice

Leia mais

Equação de Friis Potências transmitida e recebida

Equação de Friis Potências transmitida e recebida Equação de Friis Potências transmitida e recebida SEL 413 Telecomunicações Amílcar Careli César Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC-USP Atenção! Este material didático é planejado

Leia mais

TE111 Comunicação Digital. Qualidade do Canal Sem Fio. TE111 Análise de Canais de Comunicação sem Fio. Evelio M. G. Fernández. 18 de setembro de 2016

TE111 Comunicação Digital. Qualidade do Canal Sem Fio. TE111 Análise de Canais de Comunicação sem Fio. Evelio M. G. Fernández. 18 de setembro de 2016 TE111 Comunicação Digital Análise de Canais de Comunicação sem Fio 18 de setembro de 2016 Qualidade do Canal Sem Fio Desvanecimento em larga escala, devido às perdas de propagação em função da distância

Leia mais

SEL413 Telecomunicações. 1. Notação fasorial

SEL413 Telecomunicações. 1. Notação fasorial LISTA de exercícios da disciplina SEL413 Telecomunicações. A lista não está completa e mais exercícios serão adicionados no decorrer do semestre. Consulte o site do docente para verificar quais são os

Leia mais

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Módulo II Fenômenos de Propagação Efeitos da Refração na Propagação Fenômenos de Propagação Quando uma onda se propaga e encontra certo meio, como um obstáculo

Leia mais

Propagação em Larga Escala (Modelos Empíricos): Okumura, Hata e Cost231. CMS Bruno William Wisintainer

Propagação em Larga Escala (Modelos Empíricos): Okumura, Hata e Cost231. CMS Bruno William Wisintainer Propagação em Larga Escala (Modelos Empíricos): Okumura, Hata e Cost231 CMS 60808 2016-1 Bruno William Wisintainer bruno.wisintainer@ifsc.edu.br Modelo de Okumura É um modelo empírico baseados em testes

Leia mais

PARTE 3: COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE AULA 18: ANTENAS. Sistemas de Telecomunicações II Prof. Flávio Ávila

PARTE 3: COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE AULA 18: ANTENAS. Sistemas de Telecomunicações II Prof. Flávio Ávila PARTE 3: COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE AULA 18: ANTENAS Sistemas de Telecomunicações II Prof. Flávio Ávila Antenas nas estações terrenas 2 Três classes principais Antenas cornetas (Horn Antenna) Rede de antenas

Leia mais

CET em Telecomunicações e Redes Telecomunicações. Lab 13 Antenas

CET em Telecomunicações e Redes Telecomunicações. Lab 13 Antenas CET em e Redes Objectivos Familiarização com o conceito de atenuação em espaço livre entre o transmissor e o receptor; variação do campo radiado com a distância; razão entre a directividade e ganho de

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE)

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE) INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE) Concurso Público - NÍVEL SUPERIOR CARGO: Tecnologista da Carreira de Desenvolvimento Tecnológico Classe: Tecnologista Junior Padrão I TEMA: CADERNO DE PROVAS

Leia mais

Princípios de telecomunicações. Uma abordagem sobre os meios de transmissão. Prof. Dr.David David B.

Princípios de telecomunicações. Uma abordagem sobre os meios de transmissão. Prof. Dr.David David B. Princípios de telecomunicações Uma abordagem sobre os meios de transmissão. Prof. Dr.David David B. 1 Princípios de Telecomunicações FONTE RUÍDO DESTINO Sinal da mensagem transmissor Sinal transmitido

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica. Disciplina: TE053 - Ondas Eletromagnéticas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica. Disciplina: TE053 - Ondas Eletromagnéticas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica 4 a LISTA DE EXERCÍCIOS Disciplina: TE053 - Ondas Eletromagnéticas Professor: César Augusto Dartora 1 *1) Mostre

Leia mais

TRANSMISSOR RECPTOR Z IN ANTENA ESPAÇO LIVRE Z OUT

TRANSMISSOR RECPTOR Z IN ANTENA ESPAÇO LIVRE Z OUT A antena é uma Linha de Transmissão que, devidamente construída, torna-se um elemento irradiante de um sinal de RF. É quem faz a transformação do sinal elétrico em eletromagnético. Também faz o processo

Leia mais

Princípios da Interação da Luz com o tecido: Refração, Absorção e Espalhamento. Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica

Princípios da Interação da Luz com o tecido: Refração, Absorção e Espalhamento. Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica Princípios da Interação da Luz com o tecido: Refração, Absorção e Espalhamento Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica Introdução Breve revisão: Questões... O que é uma radiação? E uma partícula? Como elas

Leia mais

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Capítulo 2 do Battan.

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Capítulo 2 do Battan. Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Capítulo 2 do Battan. Campo Elétrico - E O campo elétrico E - é um conceito definido pela força que uma carga (usualmente uma carga de teste) experimentaria se fosse

Leia mais

6 Análise e tratamento dos resultados

6 Análise e tratamento dos resultados 6 Análise e tratamento dos resultados Com as medidas realizadas, foram calculados os valores de campo elétrico para cada modelo de propagação. Como dispomos de dois bancos de dados para predição do campo,

Leia mais

Comunicações Móveis. Aulas 05 Propagação Rádio-Móvel. Prof. Ugo Dias 1

Comunicações Móveis. Aulas 05 Propagação Rádio-Móvel. Prof. Ugo Dias 1 Comunicações Móveis Aulas 05 Propagação Rádio-Móvel 1 Aula anterior Propagação de rádio Propagação no espaço livre Modelagem Empírica Sombreamento Modelagem Estatística 2 Em uma determinada fase de um

Leia mais

Radiação e Ionização. Proteção e higiene das Radiações I Profª: Marina de Carvalho CETEA

Radiação e Ionização. Proteção e higiene das Radiações I Profª: Marina de Carvalho CETEA Radiação e Ionização Proteção e higiene das Radiações I Profª: Marina de Carvalho CETEA Introdução O que é onda? Perturbação em um meio que se propaga transportando energia sem que haja transporte de matéria.

Leia mais

Universidade Católica de Petrópolis Centro de Engenharia e Computação Introdução as Telecomunicações. Professor:

Universidade Católica de Petrópolis Centro de Engenharia e Computação Introdução as Telecomunicações. Professor: Universidade Católica de Petrópolis Centro de Engenharia e Computação Introdução as Telecomunicações Professor: ATIVIDADE 4: Pesquise a respeito de antenas, o que são, quais os princípios básicos de funcionamento

Leia mais

PLANO DE ENSINO. Disciplina: Propagação e Antenas Carga Horária: 60h Período: 4º. Ementa

PLANO DE ENSINO. Disciplina: Propagação e Antenas Carga Horária: 60h Período: 4º. Ementa Disciplina: Propagação e Antenas Carga Horária: 60h Período: 4º Ementa PLANO DE ENSINO Linhas de transmissão: características, parâmetros primários e secundários. Guias de ondas, cabo coaxial, cabos de

Leia mais

ASSUNTO: Produção e Propagação de Ondas Eletromagnéticas.

ASSUNTO: Produção e Propagação de Ondas Eletromagnéticas. UNIDADES DE TRANSMISSÃO 1 QUESTIONÁRIO DA UNIDADE I ASSUNTO: Produção e Propagação de Ondas Eletromagnéticas. Nome: N o : Turma: Para cada período mencionado, analise seu conteúdo e marque " F " para uma

Leia mais

9/5/2008. Indoor Incar Outdoor. Limiares de Cobertura

9/5/2008. Indoor Incar Outdoor. Limiares de Cobertura Eng. Fábio Ribeiro de Assis Conceitos básicos em rádio-propagação Antenas para sistemas celulares. Planejamento de freqüências em sistemas celulares Site Survey Uma das maiores descobertas do Séc. XIX

Leia mais

ANT Antenas e Propagação

ANT Antenas e Propagação MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAMPUS SÃO JOSÉ SANTA CATARINA ANT Antenas e Propagação Prof. Ramon Mayor Martins,

Leia mais

ANT Antenas e Propagação

ANT Antenas e Propagação MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAMPUS SÃO JOSÉ SANTA CATARINA ANT Antenas e Propagação Prof. Ramon Mayor Martins,

Leia mais

4 Cálculo de Cobertura

4 Cálculo de Cobertura 4 Cálculo de Cobertura Este capítulo descreve a metodologia utilizada para o cálculo de cobertura e da relação sinal interferência (/I). 4.1 Potência Transmitida e Controle Automático de Potência A intensidade

Leia mais

UNIVERSIDADE GAMA FILHO PROCET DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CONTROLE E AUTOMAÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski

UNIVERSIDADE GAMA FILHO PROCET DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CONTROLE E AUTOMAÇÃO. Professor Leonardo Gonsioroski UNIVERSIDADE GAMA FILHO PROCET DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CONTROLE E AUTOMAÇÃO Objetivo O Objetivo deste capítulo é discutir conceitos básicos de cabos e antenas dentro do contexto de Propagação de Sinais

Leia mais

EEC4262 Radiação e Propagação. Lista de Problemas

EEC4262 Radiação e Propagação. Lista de Problemas Lista de Problemas Parâmetros fundamentais das antenas 1) Uma antena isotrópica no espaço livre produz um campo eléctrico distante, a 100 m da antena, de 5 V/m. a) Calcule a densidade de potência radiada

Leia mais

Equação de Friis Potências transmitida e recebida

Equação de Friis Potências transmitida e recebida Equação de Friis Potências transmitida e recebida SEL 371 Sistemas de Comunicação Amílcar Careli César Departamento de Engenharia Elétrica da EESC-USP Atenção! Este material didático é planejado para servir

Leia mais

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016 Sensoriamento remoto 1 Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016 Súmula princípios e leis da radiação eletromagnética radiação solar conceito de corpo negro REM e sensoriamento

Leia mais

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Módulo II Fenômenos de Propagação Efeitos da Reflexão na Propagação Reflexão Ocorre quando uma onda EM incide em uma superfície refletora. Parte da energia

Leia mais

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético. Capítulo 2 do Battan.

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético. Capítulo 2 do Battan. Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético Capítulo 2 do Battan. Campo Elétrico - E O campo elétrico E - é um conceito definido pela força que uma carga (usualmente uma carga de

Leia mais

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Módulo III Distância em visada direta Zona de Fresnel Zona de interferência e Zona de difração Distância em visada direta Devido à curvatura da Terra, existe

Leia mais

Propagação em Pequena Escala. CMS Bruno William Wisintainer

Propagação em Pequena Escala. CMS Bruno William Wisintainer Propagação em Pequena Escala CMS 60808 2016-1 Bruno William Wisintainer bruno.wisintainer@ifsc.edu.br Definição Modelos que caracterizam as variações rápidas da potência do sinal quando o móvel é deslocado

Leia mais

Introdução às Telecomunicações. 3- Conceitos Básicos de Transmissão

Introdução às Telecomunicações. 3- Conceitos Básicos de Transmissão Introdução às Telecomunicações 3- Conceitos Básicos de Transmissão Conceitos básicos de sistemas de transmissão Cálculos em decibel Fatores de ganho e perda de transmissão O decibel e unidades derivadas

Leia mais

PROPAGAÇÃO ELETROMAGNÉTICA

PROPAGAÇÃO ELETROMAGNÉTICA PROPAGAÇÃO LTROMAGNÉTICA LONARDO GURRA D RZND GUDS PROF. DR. ONDA LTROMAGNÉTICA As ondas de rádio que se propagam entre as antenas transmissora e receptora são denominadas de ondas eletromagnéticas Transmissor

Leia mais

Polarização Elíptica: A Influência na recepção um caso pratico. SET 2011

Polarização Elíptica: A Influência na recepção um caso pratico. SET 2011 Polarização Elíptica: A Influência na recepção um caso pratico. SET 2011 valderez@adthec.com.br 24.08.2011 Uma analise comparativa da influência da antena de transmissão utilizando polarização elíptica,

Leia mais

Antenas e Sistemas de Rádio- Enlace

Antenas e Sistemas de Rádio- Enlace Antenas e Sistemas de Rádio- Enlace Componentes essenciais para uma comunicação Wireless distância Rádio Transmissor (Tx) Antena Atmosfera Antena Linha de Transmissão (LT) Antena Transmissora Meio de Propagação

Leia mais

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético. Capítulo 2 do Battan.

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético. Capítulo 2 do Battan. Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético Capítulo 2 do Battan. Campo Elétrico - E O campo elétrico E - é um conceito definido pela força que uma carga (usualmente uma carga de

Leia mais

Valores da potência de RF

Valores da potência de RF Valores da potência de RF Índice Introdução Pré-requisitos Requisitos Componentes Utilizados Convenções Nível de alimentação Antenas Effective Isotropic Radiated Power Perda de caminho Intervalos de saída

Leia mais

Efeitos da Radiação Eletromagnética de Sistemas Celulares

Efeitos da Radiação Eletromagnética de Sistemas Celulares Efeitos da Radiação Eletromagnética de Sistemas Celulares Este tutorial apresenta conceitos básicos sobre radiação eletromagnética de sistemas celulares e os limites estabelecidos pela Anatel para evitar

Leia mais

UFSM-CTISM. Comunicação de Dados Meios de transmissão - Exemplos práticos Aula-05. Professor: Andrei Piccinini Legg.

UFSM-CTISM. Comunicação de Dados Meios de transmissão - Exemplos práticos Aula-05. Professor: Andrei Piccinini Legg. UFSM-CTISM Comunicação de Dados - Exemplos práticos Aula-05 Professor: Andrei Piccinini Legg Santa Maria, 2012 Meio de é o caminho físico entre o transmissor e o receptor. Como visto numa aula anterior

Leia mais

Prova 05/06/2012. Halliday Vol 3-6ª edição Cap 29, 30, 31,32. Halliday Vol 3-8ª edição Cap 28, 29, 30, 32. Aulas 9-15

Prova 05/06/2012. Halliday Vol 3-6ª edição Cap 29, 30, 31,32. Halliday Vol 3-8ª edição Cap 28, 29, 30, 32. Aulas 9-15 7. Campo Magnético 7.1 - Campo magnético de uma corrente elétrica 7.2 - Linhas de força 7.3 - Fluxo magnético e indução magnética 7.4 - Campo magnético de uma espira 7.5 - Lei de Ampère 7.6 - Campo magnético

Leia mais

Sistemas de Comunicação Sem Fio

Sistemas de Comunicação Sem Fio Sistemas de Comunicação Sem Fio Aspectos de Propagação de Sistemas Móveis Celulares Prof. Cláudio Henrique A. Rodrigues, M. Sc. Revisão Sinal Contínuo no Tempo x Sinal Discreto no Tempo Um sinal é um sinal

Leia mais

2. Canal de rádio propagação móvel

2. Canal de rádio propagação móvel 2. Canal de rádio propagação móvel Em um sistema de comunicações móveis sem fio, o sinal transmitido sofre atenuação com a distância e desvanecimentos que variam de acordo com as características do canal.

Leia mais

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino INTRODUÇÃO Estrelas mais importante fonte/sorvedouro de matéria na evolução

Leia mais

SISTEMAS ÓPTICOS. Atenuação e Dispersão

SISTEMAS ÓPTICOS. Atenuação e Dispersão MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Campus São José Área de Telecomunicações Curso Superior Tecnológico

Leia mais

4 R 2 2. Equação RADAR. para alta SNR do sinal de retorno do alvo, pode-se medir a distância a velocidade o tamanho

4 R 2 2. Equação RADAR. para alta SNR do sinal de retorno do alvo, pode-se medir a distância a velocidade o tamanho SISCOM 19 AGO 2008 1 Equação RADAR para alta SNR do sinal de retorno do alvo, pode-se medir a distância a velocidade o tamanho a equação radar é nossa fonte de informação supondo que um radar transmita

Leia mais

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético. Capítulo 2 do Battan.

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético. Capítulo 2 do Battan. Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Campo Elétrico Campo Magnético Capítulo 2 do Battan. Campo Elétrico - E O campo elétrico E - é um conceito definido pela força que uma carga (usualmente uma carga de

Leia mais

Microondas I. Prof. Fernando Massa Fernandes. https://www.fermassa.com/microondas-i.php. Sala 5017 E Aula 1

Microondas I. Prof. Fernando Massa Fernandes. https://www.fermassa.com/microondas-i.php. Sala 5017 E Aula 1 Prof. Fernando Massa Fernandes https://www.fermassa.com/microondas-i.php Sala 5017 E fermassa@lee.uerj.br Aula 1 1 Introdução Programa 1. Introdução 2. Conceitos fundamentais do eletromagnetismo 3. Teoria

Leia mais

5 Análise dos Dados e Resultados

5 Análise dos Dados e Resultados 5 Análise dos Dados e Resultados Neste capítulo é descrita a campanha de medição realizada, o tipo de modelagem adotada, os procedimentos utilizados para aquisição dos dados, e o processamento de dados

Leia mais

1 Introdução ao Balanço de Potência Link budget

1 Introdução ao Balanço de Potência Link budget 1 Introdução ao Balanço de Potência Link budget O balanceamento de potências em um enlace de comunicações permite estimar: Área de cobertura; Raio da célula; Número de células necessárias para determinada

Leia mais

Localização em Redes GSM I: Uso da Técnica de Trilateração de Potência

Localização em Redes GSM I: Uso da Técnica de Trilateração de Potência Localização em Redes GSM I: Uso da Técnica de Trilateração de Potência Esta série de tutoriais apresenta um estudo de formas alternativas para estimar uma localização através do sistema celular. Técnicas

Leia mais

3 Modelos de predição de cobertura

3 Modelos de predição de cobertura 3 Modelos de predição de cobertura A necessidade de predizer e planejar sistemas de comunicação na faixa de VHF e UHF fez surgir uma série de modelos de perda de propagação. Em geral esses modelos são

Leia mais

Lista de Exercícios GQ1

Lista de Exercícios GQ1 1 a QUESTÃO: Determine a Transformada Inversa de Fourier da função G(f) definida pelo espectro de amplitude e fase, mostrado na figura abaixo: 2 a QUESTÃO: Calcule a Transformadaa de Fourier do Sinal abaixo:

Leia mais

4 CÁLCULO DA INTERFERÊNCIA DEVIDA AO ESPALHAMENTO PELA CHUVA

4 CÁLCULO DA INTERFERÊNCIA DEVIDA AO ESPALHAMENTO PELA CHUVA 4 CÁLCULO DA INTERFERÊNCIA DEVIDA AO ESPALHAMENTO PELA CHUVA A interferência vem sendo reconhecida como um potencial problema para os sistemas de rádio comunicações por micro-ondas. A interferência é usualmente

Leia mais

2 Modelos de Predição de Perda Média de Propagação

2 Modelos de Predição de Perda Média de Propagação 2 Modelos de Predição de Perda Média de Propagação Neste capítulo é apresentado um resumo dos principais métodos para determinação da perda média de propagação na faixa de UF. São modelos empíricos ou

Leia mais

Redes de Alta Velocidade

Redes de Alta Velocidade Redes de Alta Velocidade Fundamentos de Redes sem Fio Vantagens: Mobilidade + Conectividade Dispositivos móveis PDAs, notebooks, telefones celulares Aplicações móveis Escritório portátil, serviços de emergência,

Leia mais

MODELOS DE PROPAGAÇÃO

MODELOS DE PROPAGAÇÃO MODELOS DE PROPAGAÇÃO Enunciados 1. Deduza, a partir das expressões em unidades lineares, as expressões abaixo indicadas: a P R [dbw] = -32.44 + P E [dbw] + G E [dbi] + G R [dbi] - 20 log(d [km] - 20 log(f

Leia mais

Decibel db Exemplo dbw e dbm Exercícios. Tópicos avançados em sistemas de telecomunicações. Renato Machado

Decibel db Exemplo dbw e dbm Exercícios. Tópicos avançados em sistemas de telecomunicações. Renato Machado Renato Machado UFSM - Universidade Federal de Santa Maria DELC - Departamento de Eletrônica e Computação renatomachado@ieee.org renatomachado@ufsm.br Santa Maria, 12 de Março de 2012 Sumário 1 2 3 4 Sumário

Leia mais

ONDAS E LINHAS DE TRANSMISSÃO

ONDAS E LINHAS DE TRANSMISSÃO ONDAS E LINHAS DE TRANSMISSÃO Prof. Pierre Vilar Dantas Turma: 0092-A Horário: 5N ENCONTRO DE 15/02/2018 Plano de ensino Professor www.linkedin.com/in/pierredantas/ Seção I Ondas eletromagnéticas. Equações

Leia mais

Princípios das comunicações sem fio

Princípios das comunicações sem fio Introdução à Computação Móvel Prof. Francisco José da Silva e Silva Prof. Rafael Fernandes Lopes Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC) Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Princípios

Leia mais

Fenómenos ondulatórios

Fenómenos ondulatórios Sumário UNIDADE TEMÁTICA 2. 2- Comunicação de informação a longas distâncias. 2.2- Propriedades das ondas. - Reflexão e refração de ondas. - Leis da reflexão e da refração. - Índice de refração de um meio.

Leia mais

PUCRS Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica Antenas e Propagação T480 Exercício Resolvido

PUCRS Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Elétrica Antenas e Propagação T480 Exercício Resolvido Antenas e Propagação T48 Exercício Resolvido 1) Seja um enlace wireless que utiliza duas antenas Yagi-Uda conforme a Figura 1(b) abaixo. Figura 1: Enlace com duas antenas Yagi de 4 elementos, geometricamente

Leia mais

Sumário. 1 Introdução Álgebra Vetorial Cálculo Vetorial 62

Sumário. 1 Introdução Álgebra Vetorial Cálculo Vetorial 62 Sumário 1 Introdução 18 1-1 Linha do Tempo Histórico 19 1-1.1 Eletromagnetismo na Era Clássica 19 1-1.2 Eletromagnetismo na Era Moderna 20 1-2 Dimensões, Unidades e Notação 21 1-3 A Natureza do Eletromagnetismo

Leia mais

2. Propriedades Corpusculares das Ondas

2. Propriedades Corpusculares das Ondas 2. Propriedades Corpusculares das Ondas Sumário Revisão sobre ondas eletromagnéticas Radiação térmica Hipótese dos quanta de Planck Efeito Fotoelétrico Geração de raios-x Absorção de raios-x Ondas eletromagnéticas

Leia mais

As ondas ou radiações eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagarem.

As ondas ou radiações eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagarem. Radiação As ondas ou radiações eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagarem. O espetro eletromagnético é o conjunto de todas as radiações eletromagnéticas. Radiação A transferência

Leia mais

UFSM-CTISM. Projeto de Redes sem Fio Aula-04

UFSM-CTISM. Projeto de Redes sem Fio Aula-04 UFSM-CTISM Projeto de Redes sem Fio Aula-04 Professor: Andrei Piccinini Legg Santa Maria, 2012 Ocorre quando uma onda eletromagnética em colide com um objeto que possui dimensões muito grandes em comparação

Leia mais

Lista de Exercícios A1

Lista de Exercícios A1 1 a QUESTÃO: A figura abaixo mostra simplificadamente um sistema de televisão inter-oceânico utilizando um satélite banda C como repetidor. O satélite tem órbita geoestacionária e está aproximadamente

Leia mais

3 Caracterização do Canal de Rádio Propagação

3 Caracterização do Canal de Rádio Propagação 3 Caracterização do Canal de Rádio Propagação Neste capítulo são apresentados conceitos sobre o canal de propagação em sistemas móveis, com ênfase no ambientes microcelulares. São discutidos as variações

Leia mais

CLIMATOLOGIA. Radiação solar. Professor: D. Sc. João Paulo Bestete de Oliveira

CLIMATOLOGIA. Radiação solar. Professor: D. Sc. João Paulo Bestete de Oliveira CLIMATOLOGIA Radiação solar Professor: D. Sc. João Paulo Bestete de Oliveira Sistema Solar Componente Massa (%) Sol 99,85 Júpiter 0,10 Demais planetas 0,04 Sol x Terra massa 332.900 vezes maior volume

Leia mais

Telecomunicações. Prof. MSc André Y. Kusumoto

Telecomunicações. Prof. MSc André Y. Kusumoto Telecomunicações Prof. MSc André Y. Kusumoto andrekusumoto.unip@gmail.com Ondas Eletromagnéticas A antena de uma estação transmissora de rádio irradia sinais na forma de ondas eletromagnéticas. Como é

Leia mais

Prof. Daniel Oliveira

Prof. Daniel Oliveira A camada física Prof. Daniel Oliveira Transmissão sem Fio O espectro eletromagnético O movimento de elétrons cria ondas eletromagnéticas que se propagam (inclusive no vácuo) O número de oscilações por

Leia mais

Eletromagnetismo II. Prof. Daniel Orquiza. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho

Eletromagnetismo II. Prof. Daniel Orquiza. Prof. Daniel Orquiza de Carvalho Eletromagnetismo II Prof. Daniel Orquiza Eletromagnetismo II Prof. Daniel Orquiza de Carvalho Equações de Maxwell e Equação de Onda (Capítulo 9 Páginas 288 a 292) (Capítulo 11 Páginas 267 a 272) Equações

Leia mais

ANTENAS E PROPAGAÇÂO. Projeto gráfico, fotos, capa e conteúdo: S. Rocha Revisão : Professora de literatura Mara Pará

ANTENAS E PROPAGAÇÂO. Projeto gráfico, fotos, capa e conteúdo: S. Rocha Revisão : Professora de literatura Mara Pará ANTENAS E PROPAGAÇÂO Eng. Telecomunicações Samuel Rocha, 1954- Antenas e Propagação ISBN 978-85-908626-1-1 Rio de Janeiro, Studium Telecom, 1ª Edição, 2006 Copyright 2006 Todos os direitos reservados.

Leia mais

1. Introdução. ANTENAS IST A. Moreira 1

1. Introdução. ANTENAS IST A. Moreira 1 1. Introdução Conceito de antena Aplicações Tipos e classes de antenas Breve história das antenas e métodos de análise Antenas em sistema de comunicações ANTENAS IST A. Moreira 1 Antena - definição Dispositivo,

Leia mais

ONDAS E LINHAS DE TRANSMISSÃO

ONDAS E LINHAS DE TRANSMISSÃO ONDAS E LINHAS DE TRANSMISSÃO Prof. Pierre Vilar Dantas Turma: 0092-A Horário: 5N ENCONTRO DE 26/04/2018 1 Linhas de Transmissão 2 Circuito de telecomunicações Na sua forma mais elementar, um circuito

Leia mais

Telecomunicações. Prof. André Y. Kusumoto

Telecomunicações. Prof. André Y. Kusumoto Telecomunicações Prof. André Y. Kusumoto andrekusumoto.unip@gmail.com Sistemas de Radioenlance Consiste na transmissão de dados por ondas de radiofrequência Tecnologia que permite aos usuários implantarem

Leia mais

PROVA DE FÍSICA. P (atm) V (litros) Dados que podem ser necessários para a resolução das questões desta prova:

PROVA DE FÍSICA. P (atm) V (litros) Dados que podem ser necessários para a resolução das questões desta prova: PROVA DE FÍSICA Dados que podem ser necessários para a resolução das questões desta prova: Velocidade da luz no vácuo: c = 3,0 x 10 8 m/s. Valor da aceleração da gravidade: g = 10 m/s 2. 1 atm = 1,01 x

Leia mais

ÁREA EFETIVA E FÓRMULA DE FRIIS

ÁREA EFETIVA E FÓRMULA DE FRIIS ENGC34 Eletromagnetismo Aplicado ÁREA EFETIVA E FÓRMULA DE FRIIS http://www.eecis.udel.edu/~mirotzni/eleg413/eleg413_11.htm rof. Dr. Vitaly F. Rodríguez Esquerre Introdução A relação entre a potência recebida

Leia mais

ASPECTOS DE PROPAGAÇÃO EM AMBIENTE MÓVEL CELULAR

ASPECTOS DE PROPAGAÇÃO EM AMBIENTE MÓVEL CELULAR CAPÍTULO 3 ASPECTOS DE PROPAGAÇÃO EM AMBIENTE MÓVEL CELULAR O projeto de um sistema de comunicações móvel celular têm a finalidade de prover acesso ao serviço em toda a área proposta ao usuário, e isto

Leia mais

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CAMPUS

FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CAMPUS FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Princípios de Comunicações 03 e 04 Milton Luiz Neri Pereira (UNEMAT/FACET/DEE) 1 1.3 Enlace de comunicação

Leia mais

Antena receptora e Agregados Folha de exercícios nº 6

Antena receptora e Agregados Folha de exercícios nº 6 Antena receptora e Agregados Folha de exercícios nº 6 Antena receptora 1. Um dipolo de meio comprimento de onda está orientado segundo o eixo dos zz em meiolivre. A antena é iluminada por uma onda plana

Leia mais

Comunicação sem fio - antenas

Comunicação sem fio - antenas Comunicação sem fio - antenas Antena é um condutor elétrico ou um sistema de condutores Necessário para a transmissão e a recepção de sinais através do ar Na transmissão Antena converte energia elétrica

Leia mais

Estudo de desvanecimentos

Estudo de desvanecimentos Estudo de desvanecimentos Ligação por satélite 19-12-2003 Carlos Rocha e Rui Botelho 1 Desvanecimentos:variações de amplitude do sinal em torno do seu valor médio Tipos de desvanecimentos: quase constantes(ex:.absorção

Leia mais

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva SUMÁRIO Introdução às ondas eletromagnéticas Equações de Maxwell e ondas eletromagnéticas Espectro de ondas eletromagnéticas Ondas eletromagnéticas planas e a velocidade

Leia mais

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS

CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS CURSO DE RADIOPROTEÇÃO COM ÊNFASE NO USO, PREPARO E MANUSEIO DE FONTES RADIOATIVAS NÃO SELADAS Walter Siqueira Paes DIVISÃO DE HIGIENE, SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO SETOR DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA PROGRAMAÇÃO

Leia mais