INTERVENÇÃO PRECOCE: PROPOSTA DE ATUAÇÃO NA FISIOTERAPIA
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- Mario Martins Neiva
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1 INTERVENÇÃO PRECOCE: PROPOSTA DE ATUAÇÃO NA FISIOTERAPIA Michelle Zampar Silva Ariane Lopes de Araujo Natalia Pereira Moya Ligia Maria Presumido Braccialli Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho / Campus de Marilia Agência Financiadora: Secretaria do Estado da Saúde/Aprimoramento em Fisioterapia PALAVRAS-CHAVE: Estimulação Precoce; Fisioterapia; Desenvolvimento Infantil. 1. Introdução Com a evolução e desenvolvimento científico e da medicina, houve uma redução na taxa de mortalidade infantil, resultando em uma maior sobrevida dos neonatos de risco. O diagnóstico e encaminhamento precoce desses bebês para atendimentos especializados de estimulação precoce pode diminuir as disfunções do desenvolvimento. (FORMIGA et al., 2004). Programas de intervenção precoce caracterizam-se por ações sistematizadas e sequenciais, que utilizam recursos e técnicas específicas com o objetivo de favorecer o desenvolvimento motor, cognitivo, sensorial, linguístico e social, e evitar ou amenizar prováveis prejuízos (BRASIL, 2016; HALLAL; MARQUES; BRACCIALLI, 2008). Estudos apontam que a estimulação deve se iniciar o mais precoce possível, por ser os primeiros as de vida de maior plasticidade cerebral que favorecem o desenvolvimento da criança (BRACCIALLI et al., 2011). Desenvolvimento este que acontece de modo impar, sendo necessário observar o ritmo e respeitar a individualidade para se prescrever e executar o tratamento. Sendo de objetivo da fisioterapia alcançar o desenvolvimento de modo mais adequado e funcional para realização das tarefas do dia-a-dia (FERREIRA et al., 2009; LOUREIRO et al., 2011). A estimulação torna-se primordial ao desenvolvimento de todas as crianças, seja com algum atraso ou deficiência ou não, o que se diferencia é o modo e a intensidade da interação delas com o meio, seja ambiente, escolar ou social que muitas vezes faz se indispensável à intervenção e inclusão em programas de estimulação precoce para intervir não só na criança mas ter também envolvimento (LOUREIRO et al., 2011). A família
2 deve ser um ponto forte contexto da criança por exercer influencia desenvolvimento e dar continuidade tratamento da fisioterapia, iniciado na clínica (ALMEIDA, 2004), destacando-se assim a importância de um trabalho interdisciplinar entre família e equipe setor da estimulação. 2. Objetivo Descrever as propostas de atendimentos da fisioterapia realizadas programa de estimulação precoce do programa de aprimoramento profissional de 2015 Centro de Estudos de Educação e Saúde (CEES/UNESP). 3. Método Durante o a de 2015, foram realizados atendimentos fisioterapêuticos programa de estimulação precoce vinculado ao Programa de Aprimoramento Profissional da Universidade Estadual Paulista / FFC. Os atendimentos foram realizados Centro de Estudo em Educação e Saúde (CEES) setor de fisioterapia com sessões de uma hora, durante as terças-feiras e quintas-feiras período das 8 horas à 12 horas e das 14 horas às 18 horas com atendimento de um a. Todas as atividades foram registradas em prontuário e os dados quantificados em forma de tabelas e gráfico. 4. Resultados No a de 2015 participaram do programa 26 crianças, entre pacientes que tiveram alta durante o programa (2), os que foram desligados devido ao número de faltas ou desistências (5), e os que iniciaram nesse período (9). As crianças tinham de 0 a 3 as com média de 14 meses, sendo 15 crianças do sexo masculi e 11 do sexo femini. Nas Tabelas 1 e 2 foram apresentados a frequência em relação a idade e diagnóstico das crianças ao chegar ao setor de estimulação precoce. Tabela 1 Idade das crianças ao entrar o setor de estimulação precoce. Idade Frequência absoluta (%) 0 a 6 meses 11 (%) 7 a 12 meses 8 (%) 13 a 18 meses 2 (%) 19 a 24 meses 5 (%)
3 Tabela 2 - Diagnóstico das crianças atendidas programa de estimulação precoce Diagnóstico Frequência absoluta (%) Síndrome de Down 10 ( 38 %) Paralisia Cerebral 3 ( 12 % ) Má-formação Congênita 3 ( 12 % ) Lesão do Nervo Periférico 3 ( 12 % ) Atraso Desenvolvimento Neuropsicomotor 7 ( 26 %) No Quadro 1 foi apresentada a proposta de atendimentos fisioterapêuticos para as crianças inseridas programa. Quadro 1 - Proposta de atendimentos das crianças inseridas programa. Paralisia Cerebral DIAGNÓS- TICO Síndrome de Down Máformação Congênita OBJETIVOS ATIVIDADES RECURSOS RESULTADOS Normalizar tônus Orientar família Normalizar tônus a Co-contração, exercícios fortalecimento global de equilibrio fortalecimento Simetria (exploração da linha média), facilitação dos movimentos ativos Varia desde a estimulação da musculatura ao relaxamento global com o uso de massagens. E fortalecimento da musculatura alongamentos e de alongamento e órtese Manual, uso de colchonetes, bolas, brinquedos para a busca, uso de brinquedos com peso, caneleiras de 0,5kg cunha, órteses Espelho, cunha, rolo, degraus, cadeira de rodas, brinquedos. Uso de colchonetes, óleo de massagem, rolos, musica, brinquedos. cunha, lençol, brinquedos diante a idade, órteses Aumento do tônus motoras e AVDs Transferências das atividades em terapia para atividades em casa motoras e AVDs Diminuição de reflexos, melhora postural desenvolvimento motor Evitar atividades em terapia para atividades ambiente motoras e AVDs, o mais próximo do desenvolvimento tipico
4 Lesão do Nervo Periférico Atraso Desenvolvi mento Neuropsico motor e transferências manuais diante a lesão Estimulação sensorial e transferências 5. Discussão Simetria (exploração da linha média), facilitação dos movimentos ativos, trei de transferências. Alongamentos e órtese quando necessário Fortalecimento do membro superior, descarga de peso unimanual e bimanual, trabalho de simetria de membros superiores Alongamentos e Ativação dos receptores exters, trei de sensibilidade usando de diferentes texturas e diferentes situações. órtese quando necessário Simetria, facilitação dos movimentos ativos, fortalecimento da musculatura global, trei de transferências. estímulo de busca, escalar, órtese quando necessario Manual, espelho, cunha, rolo, degraus, brinquedos. cunha, brinquedos diante a idade, órteses Manual, cunhas, colchonetes, degraus, bola, brinquedos de peso. Sagu, bolinhas de agua, gelatina, geleia, gelo, objetos quentes, diferentes texturas, caixa de areia. escrito em cartilha, toalha, travesseiro, cunha, lençol, escovinhas, bolinhas de diferentes texturas, brinquedos diante a idade, e uso de órtese. Manual, espelho, cunha, rolo, degraus, brinquedos com e sem peso. colchonete, bola suiça, rolos, brinquedos para a busca, uso de cunha, brinquedos diante a idade, órteses desenvolvimento melhora postural, Evitar motor, ambiente Fortalecimento da musculatura, melhora desenvolvimento motor global e melhora postural. motoras, ganho de amplitude de movimento, e melhora de AVDs Evitar Ganho de sensibilidade, adaptabilidade ambiente desenvolvimento motor, melhora postural, inibição de reflexos motoras e AVDs, o mais próximo do desenvolvimento tipico ambiente O serviço atendeu um grande numero de crianças com Síndrome de Down, talvez por ser uma síndrome de fácil diagnóstico pós termo, e já haver evidências científicas sobre a
5 importância da intervenção precoce desenvolvimento dessas crianças. Estudos identificaram que quando essas crianças são incluídas em programas de estimulação precoce, mer os prejuízos e mais próximo o desenvolvimento de a suas idades crológicas (FERREIRA et al., 2009). Os resultados obtidos durante o a de 2015 corroboram com outros estudos que identificaram que programas de estimulação precoce constitui-se em uma forma de intervenção que resulta na aquisição de (BRACCIALLI; BRACCIALLI; HALLAL; RIBEIRO, 2011; HALLAL; MARQUES; BRACCIALLI, 2008). As orientações es e inclusão das famílias programa de estimulação precoce é fundamental para que o cuidador adquira e competências necessárias para cuidar da sua criança, bem como para se sentirem acolhidos e assistidos (BRASIL, 2016). 6. Conclusão O estudo mostra a importância da fisioterapia, da equipe interdisciplinar e de orientações a família em um programa de intervenção precoce. Referências Análise Psicológica, v. 1, n. XXII, p , BRASIL. Diretrizes de estimulação precoce: crianças de zero a 3 as com atraso desenvolvimento neuropsicomotor decorrente de microcefalia. Ministério da Saúde, BRACCIALLI, L. M. P.; BRACCIALLI, A. C.; HALLAL, C. Z. MARQUES, N. R. Desenvolvimento das de auto-cuidado em crianças com atraso neuropsicomotor. Revista Terapia Manual, v. 9, n.45, FERREIRA, F. A.; SILVA, L. V. C.; RABELLO, P. H. DE S.; OLIVEIRA, V. S.; NICO. P. B. C.Estimulação precoce em crianças com sindrome de Down: Abordagem fisioterapeutica, Acesso em 20 de março de 2016em FORMIGA, C. K.; PEDRAZZANI, E. S.; SILVA, F. P. DOS S.; LIMA, C. D. DE. Eficácia de um programa de intervenção precoce com bebês pré-termo. Paidéia, v. 14, n. 29, p , HALLAL; C. Z; MARQUES; N. R.; BRACCIALLI, L. M. P. Aquisição de na área de mobilidade em crianças atendidas em um Programa de Estimulação Precoce. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Huma. 18, n. 1, p , LOUREIRO, V. R.; MIDDLETON, S.; SOUZA, A. PA. D. DE; et al. Intervenção precoce e estimulação global de crianças com deficiências e atrasos desenvolvimento neuropsicomotor: Um programa de extensão. v. 03, n. 1996, p , 2011.
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