Professora Amanda Almozara Advogada Pós-graduada e Mestranda pela PUC/SP

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Professora Amanda Almozara Advogada Pós-graduada e Mestranda pela PUC/SP"

Transcrição

1 Advogada Pós-graduada e Mestranda pela PUC/SP

2 BIBLIOGRAFIA Curso de Direito Constitucional Branco, Paulo Gustavo Gonet; Mendes, Gilmar Ferreira / SARAIVA Resumo de Direito Constitucional Descomplicado Alexandrino, Marcelo; Paulo, Vicente / METODO Curso de Direito Constitucional ou Direito Constitucional ao Alcance de Todos Bulos, Uadi Lammêgo / SARAIVA Direito Constitucional Novelino, Marcelo / METODO José Afonso da Silva Curso de Direito Constitucional Positivo e Paulo Bonavides Curso de Direito Constitucional, podem ser usados como complementação Série FOCO JURÍDICO. 2

3 TEMAS DA AULA: 1. Constituição. Conceito. Classificação. Aplicabilidade e Interpretação das Normas Constitucionais. 2. Poder Constituinte. Conceito, Finalidade, Titularidade e Espécies. Reforma da Constituição. Cláusulas Pétreas. 3

4 Concepções ou sentidos acerca da Constituição SOPOJUCU 1ª) Sentido/Concepção Sociológica (ou sociologismo constitucional) - desenvolvida pelo publicista prussiano (da extinta Prússia) Ferdinand Lassalle. Para Lassalle o que verdadeiramente direciona a atuação dos Órgãos do Estado não é a Constituição Jurídica, mas, sim o que chamou de Constituição Real, ou seja, é a conjugação dos fatores reais de Poder (os Poderes de Fato), tais como, o Poder militar, o Poder Econômico, entre outros. Por isso, a estrutura de organização política da sociedade resultaria da soma dos fatores reais de poder que regem a sociedade. O conjunto de forças políticas, econômicas e sociais, atuando dialeticamente, estabelece uma realidade, um sistema de poder. Seria esta a Constituição Real do Estado. A Constituição jurídica seria, nessa perspectiva, mera folha de papel, limitando-se a converter esses fatores reais de poder em instituições jurídicas. 4

5 Para o autor, a Constituição Jurídica é apenas uma folha de papel e só terá valor se retratar fielmente a realidade social, a Constituição Real. Havendo divergência entre elas, prevalece a Real. Portanto: Escrita ou Jurídica a Constituição escrita, para ter efetividade, deve estar compatível com a Constituição real. Segundo Lassalle, a Constituição escrita não passa de uma folha de papel. A Constituição escrita sempre sucumbe à realidade. Real é a soma dos fatores reais de poder que regem uma determinada nação (burguesia). Acompanhe o esquema: 5

6 6

7 2ª) Sentido/Concepção Política (ou concepção decisionista) - Carl Schmitt A Constituição se traduziria simplesmente na descoberta da decisão política fundamental de uma comunidade, ou seja, no conjunto de princípio e regras estabelecidos para minimamente ordenar o exercício do poder político. Para o autor as Constituições possuem um núcleo principal, que expressa a DECISÃO POLÍTICA FUNDAMENTAL, isto é, o Modelo de Estado e de Organização do Poder definidos por aqueles que fizeram a Constituição. Esse é um NÚCLEO INTANGÍVEL, pois revela a identidade política da Constituição. Todo o restante foi inserido na Constituição apenas para usufruir dos benefícios da supremacia formal, não pertence a uma decisão política fundamental, portanto são considerados leis constitucionais. Por essa razão, o autor distingue CONSTITUIÇÃO DE LEI CONSTITUCIONAL. Podemos, para facilitar, entender que o DOE são temas relativos à decisão política fundamental. Acompanhe o quadro: 7

8 8

9 3ª) Sentido/Concepção Jurídica (ou concepção positivista) Hans Kelsen e Konrad Hesse A Constituição é, antes de tudo, norma jurídica, componente de um determinado sistema jurídico, concebido como estrutura formal. A ordem jurídica é um sistema escalonado de normas, em cujo topo está a Constituição, fundamento de validade de todas as demais normas que o integram. Para Hans Kelsen (principal teórico do positivismo jurídico do Século XX), há uma norma hipotético-fundamental que serve de fundamento de validade da Constituição. (já vimos nos conceitos) Hesse desenvolveu uma tese antítese da desenvolvida por Lassalle. Diz Hesse que a Constituição não sucumbe à realidade, pois ela possui uma força normativa capaz de conformar a realidade FORÇA NORMATIVA DA CONSTITUIÇÃO. (Obs.: o princípio da força normativa é muito usado nas fundamentações do STF). Assim a Constituição tem uma força normativa capaz de conformar a realidade, basta que exista Vontade de Constituição, que seria a vontade daqueles que detém o poder de cumprir o que a constituição determina. 9

10 10

11 11

12 4ª) Sentido/ Concepção Culturalista Sintetiza as três anteriores. É mais eclética. Mais balanceada. Remete ao conceito de Constituição Total, que seria uma constituição vista sob vários ângulos, sociológico, político e aspecto jurídico, remetendo as três constituições anteriores. A Constituição é o produto de um fato cultural, produzido pela sociedade e que sobre ela pode influir. É chamada de Concepção Culturalista, porque a constituição é ao mesmo tempo condicionada pela cultura e condicionante desta. Se baseia na cultura do povo, mas ao se tornar realidade, é capaz de mudar a cultura do povo que a fundamentou. 12

13 Constituição e Norma Fundamental Hans Kelsen: norma fundamental é aquele que constitui a unidade de uma pluralidade de normas, enquanto representa a fundamento de validade de todas as normas pertencentes a essa ordem normativa; aquela norma, enfim, cuja validade não pode ser derivada de outra e cujo fundamento não pode ser posto em questão. (Teoria Pura do Direito in Curso de Direito Constitucional, Gilmar Ferreira Mendes e outros) De onde deriva a norma fundamental? É UMA FICÇÃO. Essa norma é uma hipótese instrumental, de natureza lógico-transcendental, para fundamentar não apenas a validade da primeira Constituição, mas também, a partir desta, a validade de todas as normas que integram o ordenamento jurídico. Evita o regressus in infinitum por isso há uma SUPOSIÇÃO DA EXISTÊNCIA DE UMA NORMA INAUGURAL. Essa determina se cumpra aquilo que prescreve a primeira Constituição, para que se possa estabelecer, a partir da norma constitucional, todas as demais 13 regras, positivadas como direito.

14 Portanto: Lei fundamental hipótese ou ficção Constituições históricas realidades constitucionais. 14

15 15

16 Conceito de Constituição Pressuposto: Canotilho a Constituição há de ser uma lei do Estado, e só dele, ou um estatuto jurídico do fenômeno político em sua totalidade, ou seja, uma plano normativo global que não cuide apenas do Estado, mas também de toda a sociedade. 1. Constituição como garantia do status quo econômico e social (Ernst Forsthoff) Teoria da Constituição em busca do Estado perdido, ou seja, um Estado meramente formal. Canotilho aponta ser essa teoria inadequada. Não leva em conta os aspectos democráticos e sociais, axiologicamente interligados ao tema Constituição. 16

17 2. Constituição como instrumento de governo (Hennis) Tida como lei processual, que nada mais faz do que estabelecer competências, regular-se processos e definir limites à ação política. A Constituição serve apenas como INSTRUMENTO. Tem a problemática de que uma Constituição excessivamente processual ou formal, convertese em ordem de domínio dos agentes de determinada ideologia. O legislador e o Estado, apesar de ser, em tese, neutro e indiferente politicamente, desejam positivar a LEI FUNDAMENTAL DE ACORDO COM AS SUAS IDEIAS, INTERESSES E ASPIRAÇÕES. Crítica: padece de ordem material. 3. Constituição como processo político (Peter Häberle) Constituição é a ordem-quadro da República, uma lei necessária mas fragmentária, indeterminada e carecida de interpretação. Assim, a verdadeira Constituição será o resultado de um processo de interpretação conduzido à luz da publicidade. A lei constitucional e a intepretação constitucional republicana aconteceriam numa sociedade pluralista e aberta, como obra de todos os participantes, em momentos de diálogo e de conflito, continuidade e 17 descontinuidade, tese e antítese.

18 CONSTITUIÇÃO DEVERÁ SER ABERTA, EM UMA SOCIDADE ABERTA E VERDADEIRAMENTE DEMOCRÁTICA. Crítica: dissolução da normatividade constitucional na política e na interpretação, ou seja, LEGISLAR E INTERPRETAR SÃO A MESMA COISA. 4. Constituição como ordem fundamental e programa de ação que identifica uma ordem político-social e o seu processo de realização (Bäumlin) A Constituição, além de ser a lei básica do Estado (perspectiva jurídica), a Constituição também é a norma fundamental ordenadora e conformadora da vida social (perspectiva sociopolítica), que definem os fins sociais mais significativos, onde se fixam limites às tarefas da comunidade e se ordena o processo político como um todo. Constituição é: ORDEM FUNDAMENTAL E PROGRAMA DE AÇÃO. Dela resulta a UNIDADE SOCIOPOLÍTICA E ECONÔMICA DA SOCIEDADE. 18

19 5. Constituição como programa de integração e representação nacionais (Kruger) Vista como programa de integração e representação nacionais. A Constituição só trata de matéria constitucional. As demais matérias se caracterizam como subconstituições. Matéria Constitucional é a que diz respeito à comunidade, à nação e à totalidade política. Razão é dar estabilidade e duração ao documento, que não deve tratar de situações cotidianas. Crítica: retira os planos político, econômico e social da Constituição de um Estado democrático. 6. Constituição como legitimação do poder soberano, segundo a ideia de Direito (Burdeau) Constituição é o Estatuto do Poder. Associação da Constituição com a ideia do Estado de Direito. Assim, a Constituição se refere aos Governantes, pois retira a condição de donos do poder Refere-se, ainda, ao Poder em si, pois a Constituição representa a sua juridicização, ou seja, sua racionalização. 19

20 Antes da constituição o poder é fato. Com a constituição o poder se torna poder de direito (desencarnado e despersonalizado) 7. Constituição como ordem jurídica fundamental, material e aberta, de determinada comunidade (Konrad Hesse) Mesma explicação do item sentido/concepção jurídica 20

21 Classificações das Constituições 1ª) Quanto à origem Constituições Democráticas (ou Populares ou Votadas ou Promulgadas ou Dogmáticas) É a Constituição que foi livremente discutida, votada e aprovada por representantes eleitos pelo Povo. 1º requisito: constituição popular tem que ser feita por representantes do povo 2º requisito: esses representantes tem que ser eleitos com o fim específico para elaborar uma constituição. Entre as brasileiras foram promulgadas: 1ª CF da República, 1891, CF/1934, CF/1946 e a cidadã de CF/1988. Outorgadas (ou Impostas) É a Constituição imposta pelo governante ou pelo grupo que detém o Poder. 21

22 Entre as brasileiras foram outorgadas a CF/1824 (Imperial), CF/1937 (imposta por Getúlio Vargas e apelidada de Constituição Polaca) e a CF/1967 (Regime Militar). Em 1969 foi aprovada a EC 01, que alguns entendem que foi uma Nova Constituição, mas, hoje a maioria entende que foi apenas uma Emenda, por causa do art. 34 do ADCT que faz referência às antigas Constituições (Obs.: se o concurso colocar a CF/69 como Constituição, ela foi Promulgada, mas, de acordo como art. 34 ADCT, ela é somente a EC 01 e não uma nova CF). Atenção: só usar a expressão carta para CONSTITUIÇÃO IMPOSTA, que não corresponde à Constituição aprovada por uma Assembleia Constituinte. Cesarista ou Napoleônica É a Constituição imposta pelo governante que convoca uma consulta popular para manifestar-se sobre a Constituição a fim de dar uma aparência de legitimidade democrática, sendo submetida, assim, a plebiscito ou referendo. 22

23 Pactuadas (ou Pactuais) É classificação do CANOTILHO. É aquela fruto de um pacto entre o Rei e uma assembleia. Ex. Constituição Espanhola de 1830 ou ª) Quanto ao modo de elaboração Constituição Dogmática. É aquela que surge de uma só vez, feita por um grupo convocado com esta missão preparada com base nas ideias, nas doutrinas, nos dogmas que prevalecem na sociedade no momento de sua elaboração. São SEMPRE Constituições Escritas ou CODIFICADAS. Portanto, é fruto da sistematização de princípios e ideias dominantes em determinado momento histórico. Constituições Históricas. É aquela que se forma lentamente através do tempo. Os usos e costumes vão se incorporando à vida do estado e formando as constituições. São frutos de costumes jurisprudenciais. A Constituição é NÃO CODIFICADA, já que decorre da lenta evolução das instituições políticas de um Estado. São chamadas de Constituições 23 Consuetudinárias ou Costumeiras.

24 Ex.: Constituição Inglesa. Feita de vários documentos apartados no decorrer do tempo. 3ª) Quanto à estabilidade (ou plasticidade) Imutável É a que veda a própria reforma (CF da Finlândia). Rígidas É a Constituição cuja reforma depende de um processo especial solene, complexo, que é mais dificultoso do que o processo de elaboração da Lei Ordinária. É a rigidez que assegura a Supremacia Formal da Constituição. Atenção: não é o fato de ter cláusula pétrea que caracteriza uma constituição como rígida. Todavia, para ALEXANDRE DE MORAES (um dos doutrinadores) a CF com cláusulas pétreas é classificada como Superrígida possui núcleo intangível pelo Poder Constituinte Derivado. 24

25 A constituição inglesa é juridicamente flexível, mas socialmente rígida (rigidez sociológica); já a Constituição Brasileira é juridicamente rígida (rigidez jurídica), mas socialmente flexível. Constituição Flexível É aquela Constituição que não prevê um processo especial de reforma, pois tem o mesmo processo de elaboração das leis. Quando a constituição é flexível, o parlamento tem função constituinte permanente. Não existe poder derivado reformador. Não possui, ainda, Supremacia Formal e em assim sendo, não tem hierarquia entre a constituição e lei e, portanto, não há controle de constitucionalidade. Exemplo: Modelo Inglês Não existe Controle de Constitucionalidade, porque esse controle protege a Supremacia Formal da Constituição, o que esse tipo de Constituição não possui. 25

26 Semirrígida ou Semiflexível É uma Constituição parcialmente rígida e parcialmente flexível. Uma parte só poderá ser reformada mediante processo especial e outra parte da mesma Constituição poderá ser alterada por Lei Ordinária. Exemplo: Constituição do Império de 1824, prevendo que os Direitos Fundamentais do Cidadão e os Poderes do Estado Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador só seriam mudados por processo bastante rígido. 4ª) Quanto ao conteúdo Em Sentido Material (Normas materialmente constitucionais) Relaciona-se à matéria, conteúdo, substância do objeto. Designa o conjunto de normas que dispõem sobre direitos fundamentais (direitos civis e políticos), normas de estrutura do estado e normas de organização dos poderes. Por isso, esse conjunto temático é considerado MATÉRIA TÍPICA DE CONSTITUIÇÃO. 26

27 Indaga-se: as normas referentes à finalidade do Estado são apenas formalmente constitucionais? SIM! Porque não tratavam da estrutura do Estado, as finalidades do estado não são materialmente constitucionais. Em Sentido Formal (Normas formalmente constitucionais) Analise da forma como foi elaborada. Forma é procedimento, processo. É a própria Constituição escrita, dotada de Supremacia, independentemente de seu conteúdo. A Constituição Formal compreende Constituição Formal Nuclear e Constituição Formal Complementar. A Nuclear é o próprio texto codificado produzido pelo Poder Constituinte. A Complementar abrange documentos que se encontram fora do texto codificado, mas, que recebem status constitucional, como por exemplo, no caso brasileiro, Tratados de Direitos Humanos submetidos ao Processo Legislativo das Emendas. CONSTITUIÇÃO FORMAL NUCLEAR COMPLEMENTAR 27

28 Exemplo: o art. 242, 2 o CF dispõe: O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal. é apenas formalmente constitucional. CUIDADO: Para o controle de constitucionalidade interessa o aspecto formal da norma constitucional. Norma materialmente constitucional: são as que tratam das matérias constitucionais fundamentais - DOE Normas formalmente constitucionais: são as que foram inseridas na constituição. Na nossa constituição há normas que são materialmente e formalmente constitucionais. Ex.: art. 1 o da CF. 28

29 5ª) Quanto à função ou estrutura. Analise da função que a constituição desempenha dentro do Estado, se apenas a de proteger o indivíduo ou se possui também a função de dirigir as funções do Estado (relação com as constituições liberais e sociais). CANOTILHO divide em: Constituição Garantia, Defensiva, Clássica ou Quadro Funciona como uma moldura, limitando poder do Estado. É a Constituição que consagra direitos de primeira geração direitos civis e políticos. Surge para proteger as liberdades individuais do cidadão, as liberdades negativas. O Estado tem que se abster de atuar, para não interferir na liberdade do indivíduo, como a de ir e vir, liberdade de crença etc.. A Constituição garantia, portanto, é aquela que consagra apenas as liberdades negativas (ou impedimento) e os princípios materiais estruturantes do Estado. Ex.: art. 1 o. 29

30 Constituição Dirigente ou Programática É aquela que vai dirigir os rumos do Estado é a chamada Constituição Social, que decorre do Estado Social direitos de 2ª geração. A Doutrina reconhece as seguintes modalidades de Constituição social: a) Constituição Programática: é a Constituição Social que contém normas fins, normas tarefas, apresentando diretrizes ao Estado para a execução de Programas Sociais e Econômicos. Traçam programas de ação pro futuro. b) Constituição Dirigente: expressão criada por Canotilho para designar a Constituição Social que, também, contém normas fins, normas tarefas, mas, que impõe ao Poder Público a implementação de Programas Sociais e Econômicos Específicos. c) Constituição Cultural: é a Constituição Social que não se restringe a disciplina da Ordem Econômica e, ao dispor sobre a Ordem Social, enaltece o trinômio Educação, Cultura e Desporto como a Constituição Brasileira, a Constituição Social não é necessariamente de Ordem Econômica. 30

31 d) Constituição Balanço: esta expressão foi criada por constitucionalistas soviéticos para designar o modelo de Constituição Social daquele país. Segundo esse modelo, o objetivo maior do Estado (Soviético), ou seja, o Socialismo Pleno, só seria atingido por etapas e, a cada etapa superada, haveria necessidade de uma nova Constituição que representasse o Balanço das Vitórias obtidas até o momento e que desse um passo adiante rumo ao Objetivo Final. CUIDADO: Norma programática impõe obrigação de meio ou resultado? É obrigação de resultado, porque a forma como o resultado será alcançado a Constituição não fala, isso decorre da política pública. A CF/88 tem aspectos de Constituição Programática, Dirigente e Cultural. 31

32 6ª) Quanto à extensão Sintética: é a Constituição que contém essencialmente normas gerais, deixando o detalhamento das matérias para a Legislação Infraconstitucional. Exemplo: Constituição americana e francesa. Analítica: além de normas gerais, esta constituição apresenta um minucioso detalhamento das matérias que abordou. Exemplo: CF/88. 7ª) Quanto à forma Escrita é aquela em que as normas constitucionais encontram-se reunidas em um único documento escrito, por isso, são chamadas Codificadas. CUIDADO: atualmente algumas Constituições Escritas convivem com o denominado Bloco de Constitucionalidade que é o fenômeno pelo qual a Constituição confere FORÇA DE NORMA CONSTITUCIONAL A ATOS E DOCUMENTOS QUE ESTÃO FORA DO TEXTO CODIFICADO. No Brasil, esta figura foi oficialmente introduzida com a EC 45 ao criar o 3º do art. 5º da CF. 32

33 Não Escrita: as Normas Constitucionais não se encontram agrupadas em um único documento. Podem constar de normas costumeiras, de decisões de Tribunais e até mesmo de normas escritas, mas esparsas, não codificadas. Exemplos: Constituição da Inglaterra, Líbia, Arábia Saudita etc. 8ª) Quanto à ideologia Constituição Ortodoxa (seguir fielmente um pensamento): que é aquela que sofreu influência de uma única ideologia. Exemplos: as Constituições Liberais até o final do Século XIX, as Constituições da União Soviética e a Constituição de Cuba. Constituição Eclética: é a constituição que sofreu influência de mais de uma ideologia. As Constituições Ecléticas resultam de um compromisso firmado entre os representantes das várias correntes ideológicas presentes na Assembleia Constituinte. Por isso também são chamadas Constituições Compromissórias ou Utilitárias. 33

34 9ª) Quanto à efetividade constitucional e o exercício do poder político (Karl Loewenstein) Normativa: é a Constituição que tem sua efetividade assegurada, pois há um perfeito ajuste entre os mandamentos constitucionais e atuação prática do Poder Político. Semântica: também chamada Constituição Disfarce, é aquela que prevê mecanismos de Perpetuação do Governante no Poder. Nominal: é a Constituição sem efetividade, pois é reiteradamente desprezada pelos Governantes. Observação: a adoção de constituições semânticas e nominais gera o fenômeno denominado por alguns autores de constitucionalismo simbólico (prevalece a vontade do Governante). 34

35 10ª) Relação entre Estado e Religião Constituição Laica ou Leiga É a Constituição que estabelece o afastamento, a Separação entre o Poder Político e Poder Religioso. As Constituições Laicas Puras vedam a adoção de uma Religião Oficial. Ex. CF/88. É possível fazer apenas referência a Religião Oficial do país, que é o que ocorre na Itália. Constituição Teocrática ou Confessional É aquela que pode estabelecer um Sistema de União entre Igreja e Estado ou de Confusão entre Igreja e Estado. O Sistema de União é marcado pelo reconhecimento oficial de Interferências Recíprocas entre Poder Político e Poder Religioso, havendo adoção de uma Religião Oficial, ainda que se assegure a Liberdade Religiosa (CF/1824 Imperial). No Sistema de Confusão, o Estado passa a ser mera Roupagem Política de uma Entidade Religiosa (Estado do Vaticano e Estados Islâmicos). 35

36 11º) Classificação das normas constitucionais A primeira classificação das normas constitucionais quanto à aplicabilidade, foi desenvolvida pelo constitucionalista Norte-Americano Thomas Cooley. Segundo esta doutrina clássica, as normas constitucionais podem ser autoexecutáveis ( self executing ) e, também, podem ser não autoexecutáveis ( nor self executing ). As primeiras são normas claras, enquanto que, as segundas, dependem de regulamentação posterior. Por este motivo, para a doutrina clássica, as normas não autoexecutáveis não teriam força obrigatória, mas, apenas recomendariam posturas legislativas. Atualmente, prevalece o entendimento de que todas as normas constitucionais tem eficácia (Força Obrigatória). O que varia é o grau de aplicabilidade. A classificação mais usada atualmente é a seguinte: 36

37 Normas constitucionais de eficácia plena: são normas completas, claras, que contém as informações necessárias para a sua compreensão permitindo sua aplicabilidade imediata. Normas constitucionais de eficácia contida: também chamadas normas de integração restringíveis ou redutíveis, ou ainda normas de eficácia relativa restringíveis (MHD). Também são normas completas, portanto, de aplicabilidade imediata, mas estas normas admitem a possibilidade de edição de uma lei ou de uma providência do poder público que restrinja o Direito consagrado na própria norma constitucional. Exemplo: Ar. 5º, XIII, CF ( XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer ). 37

38 Para José Afonso da Silva, também, são normas de eficácia contida, aquelas que prevêem a possibilidade de restrições a direitos por razões de necessidade ou utilidade pública, interesse social, preservação da ordem, calamidade pública, iminente perigo público, entre outras do mesmo gênero. Exemplo: art. 5º, XXV, CF ( XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano ). Normas constitucionais de eficácia limitada (também chamada Normas de Integração Completáveis, ou ainda, Normas de Eficácia Relativa, dependente de Complementação - Maria Helena Diniz): estas normas são incompletas e, por isso, sua aplicabilidade depende de regulamentação posterior. São consideradas normas de aplicabilidade diferida ou mediada. Exs.: Art. 153, VII, CF (Imposto sobre Grandes Fortunas); Art. 37, VII, CF (Direito de Greve do Servidor Público). 38

39 José Afonso da Silva identifica entre as normas de Eficácia Limitada, as chamadas Normas Institutivas ou de Princípio Institutivo e Normas Programáticas ou de Princípio Programático. Normas Institutivas: são as que prevêem a possibilidade ou necessidade de criação, organização ou disciplina de competências de órgãos, instituições em geral, ou mesmo, de entes políticos. Exs.: Art. 134, CF, que prevê que os Estados DEVEM criar suas Defensorias Públicas; Art. 98, II, CF, que é um exemplo de Norma Institutiva Impositiva Justiça de Paz eleita pelo Voto Popular. Normas Programáticas: são aquelas que prevêem a necessidade de implementação de Programas Sociais e Econômicos. Para o STF, estas normas tem aplicabilidade gradativa, uma vez que há a necessidade de disponibilidade orçamentária, salvo quanto ao mínimo existencial. 39

40 Todas as normas constitucionais de eficácia limitada produzem alguns efeitos de imediato, antes mesmo da regulamentação, como por exemplo, provocam a não recepção da Legislação Infraconstitucional anterior com elas incompatível. Além disso, essas normas também condicionam a atuação futura do legislador que não poderá contrariá-las. Observação: Normas Constitucionais de Eficácia Exaurida ou Esgotada ou Esvaída: são aquelas que já cumpriram TODOS os seus Objetivos. As Disposições Transitórias tem vários exemplos Art. 3º, ADCT, que prevê a Reforma Constitucional, que já foi realizada. Art. 2º, ADCT, que previu a realização de um Plebiscito para Formas e Sistema de Governo, sendo que esse Plebiscito, também já foi realizado. Normas Constitucionais de Eficácia Absoluta: são as cláusulas pétreas. 40

41 PODER CONSTITUINTE Noções introdutórias A Teoria do Poder Constituinte foi desenvolvida, originalmente, no Século XVIII pelo Francês Emmanuel Joseph Sieyès, conhecido como Abade Sieyès, autor da obra "Qu est-ce que le tiers état?" ( O que é o terceiro Estado?, em tradução livre: "A Constituinte Burguesa", no Brasil). Nesta obra, Sieyès, com base na doutrina do contrato social (John Locke, Jean-Jacques Rousseau), vislumbrava a existência de um poder imanente à nação, superior aos poderes ordinariamente constituídos e por eles imodificáveis: o poder constituinte. Além de legitimar a ascensão do Terceiro Estado (o povo) ao poder político, a obra traçou, portanto, as linhas mestras da Teoria do Poder Constituinte. Análise O poder constituinte pode ser conceituado como o poder de criar um texto constitucional (poder originário) ou de atualizar seu conteúdo (poder derivado). Portanto, é aquele que vai constituir o ordenamento jurídico do 41 Estado, criando a norma suprema de um Estado..

42 O poder constituinte não se confunde com Executivo, Legislativo e Judiciário (poderes {ou funções} constituídos como representantes do povo, ainda que não eleitos). O Poder Constituinte está acima do ordenamento jurídico (pirâmide), acima do Poder Constituinte não existem normas jurídicas, não havendo como analisá-lo no âmbito da legalidade, mas sim da legitimidade. Legitimidade. Se dá quando o Poder Constituinte for exercido por representantes do povo eleitos para este fim específico (deve sempre ser considerado sobre este aspecto) Titularidade. Titular é aquele que detém o Poder Constituinte. Existem duas respostas para essa titularidade. Resposta Autocrática, diz que o titular do Poder Constituinte é sempre uma minoria (religiosa, militar, minoria economicamente reconhecida etc.). Não é aceita, porque confunde titularidade (que detém o poder) com o exercício (feito por quem elabora a Constituição) 42

43 Resposta Democrática. Diz que o titular do Poder Constituinte é sempre a maioria. Para alguns a maioria da nação (ABADE SIEYÈS). Outra corrente seria a maioria do povo (não da nação). Exercício: é feito por aquele que elabora a Constituição. Quando a minoria elabora a Constituição, não significa que ela seja titular, significa tão somente que ela exerceu esse poder, usurpando a titularidade. Quando o exercício é usurpado do titular (o povo) será considerado ilegítimo. Natureza Jurídica - duas visões: Visão Positivista: o Poder Constituinte é um poder de fato (ou político) que retira sua força da energia social. Para os positivistas só existe um poder, o positivado, não sendo poder de direito e sim poder de fato. Assim não seria objeto do Direito o PC. (MAJORITÁRIA). Visão Jusnaturalista: o Poder Constituinte seria direito ao lado do direito positivo ordenamento jurídico, estando acima deste último e 43 limitando essas normas.

44 Assim, segundo essa visão, o Poder Constituinte seria um poder de direito ou jurídico, porque seguiria as regras do direito natural, encontrando-se limitado por este direito natural. O poder constituinte não se confunde com Executivo, Legislativo e Judiciário (poderes {ou funções} constituídos como representantes do povo, ainda que não eleitos). Classificação: 1º) Poder Constituinte Originário É o poder que cria uma Constituição. Suas características são: IASSS a) Inicial: é ele que inaugura a Ordem Jurídica Constitucional. Pratica, portanto, Atos Primários. Por isso, também é conhecido como Poder Constituinte Genuíno ou de Primeiro Grau. 44

45 b) Autônomo: não está Subordinado a Ordem Jurídica anterior e, por isso, é considerado Poder Político. c) Soberano e Ilimitado: não há outro Poder acima dele. É o próprio Poder Originário que cria os Poderes Constituídos. d) Incondicionado: não está sujeito a condições de exercício preestabelecidas. É ele mesmo que define as Regras Procedimentais para sua atuação, para o seu exercício. ABADE SIEYÈS era um jusnaturalista, ou seja, ele dizia que o Poder Constituinte era incondicionado apenas juridicamente, mas deve obedecer os princípios do Direito Natural. Assim para o ABADE, haviam outras duas características: e) Permanente: não se esgota no seu exercício. Ele não cria a Constituição e acaba, permanecendo mesmo após o seu exercício, mas fica em estado latente, quando povo quiser utiliza-se do PC para alterar a Constituição. 45

46 f) Inalienável. Essa titularidade não pode ser transferida. O povo é o titular e não pode nunca perder a vontade de mudar a Constituição a qualquer instante. Titular do Poder Originário: Sieyès apontava a Nação Doutrina Contemporânea considera o Povo. Por tratar-se de um Poder Incondicionado, não há modelo obrigatório para o seu exercício (Sieyès considerava como modelo ideal a eleição popular de representantes extraordinários reunidos em assembleia constituinte, com o fim exclusivo, de elaboração da Constituição. Concluída a tarefa, será dissolvida) CF/88 e polêmica: a) Convocação da Assembleia Constituinte partiu de uma Emenda a Constituição Anterior (EC 26/85); b) A eleição de 1986 não foi exclusiva para o Exercício do Poder Constituinte, afinal, os Deputados e Senadores eleitos acumularam as funções de Constituintes e Legisladores Ordinários; 46

47 c) Alguns Senadores não foram eleitos e passaram a integrar a Constituinte; d) Promulgada CF/88, a Assembleia Constituinte não foi dissolvida, convertendo-se no Congresso Nacional. Apesar dessas considerações, prevaleceu o entendimento de que houve Autêntico Poder Originário, pois, foi nítida a Ruptura com o Regime Anterior (Regime Militar). Daí a classificação feita pela Doutrina em Poder Constituinte Material e Poder Constituinte Formal. Material é aquele cuja presença é necessária; é a própria Força Revolucionária que rompe com a Ordem Política, até então, Vigente. Formal designa, apenas, o modo pelo qual se expressa a Força Revolucionária. STF confirmou a posição da autenticidade do Poder Originário que criou a CF/88 em 28/04/2010, no julgamento da ADPF 153, reconhecendo que o Poder Originário que rompeu com o Regime Militar foi a EC 26/85. Esta foi a norma origem gerada por um Revolução Branca. 47

48 Modalidades: a) Poder Originário Histórico Fundacional: É a que cria a 1ª Constituição de um Estado;. b) Poder Constituinte Originário Revolucionário: É o que cria uma nova Constituição em substituição a anterior, afinal, uma Nova Constituição sempre surge a partir da Ruptura Profunda com a Ordem Política Anterior. 2º) Poder Constituinte Derivado: Características: Derivado: é instituído pelo Poder Originário. Subordinado: sujeita-se a Ordem Jurídica implementada pela Constituição, por isso é considerado PODER JURÍDICO E NÃO DE FATO. Limitado: sujeita-se aos vários tipos de limitações impostos pela Constituição. Ex.: Limitação Material (Cláusulas Pétreas). Condicionado: está vinculado a condições de exercício preestabelecidas. 48

49 Modalidades: Reformador: poder de fazer a reforma constitucional, que é a prevista no artigo 60 da CF. Revisor: poder de fazer a revisão constitucional. Está previsto no artigo 3 o do ADCT. Decorrente: é aquele atribuído aos estados-membros para que possam elaborar suas próprias Constituições. Esse poder está previsto no art. 25 ( Cada Estado terá sua própria Constituição... ), mas o art. 11 do ADCT é mais específico. Poder Constituinte Supranacional. Existe? É o poder cuja titularidade pertence ao cidadão universal, encarregado de elaborar uma Constituição Supranacional. Analisando este fenômeno CANOTILHO fala que a pirâmide de KELSEN seria substituída por um trapézio, onde fazendo parte do topo, estariam a Constituição Federal, a Constituição Supranacional e os Tratados Internacionais. 49

50 Na CF/88, o Poder Derivado Reformador se expressa da seguinte maneira: a) Emendas Constitucionais : previstas no art. 60 da CF. b) Tratados Internacionais de Direitos Humanos: submetidos ao procedimento da EC do art. 5º, 3 º da CF. 1º) Poder Constituinte Derivado Revisor É a via extraordinária. A revisão não é pontual, é mais ampla, mais global. A revisão, mesmo que não haja defeito, evita que existe problema. Art. 3º do ADCT. Revisão Constitucional sujeita-se à: limitação temporal de 05 anos da Promulgação da CF/88. Congresso Nacional Maioria Absoluta Sessão Unicameral Foi prevista uma única revisão, já realizada em 1994 e, portanto, não é mais possível. 50

51 Existem limites ao Poder Derivado Reformador? JOSÉ AFONSO DA SILVA. Entende que revisão não possui limitações circunstanciais, nem materiais. MAJORITÁRIA. As limitações circunstanciais e materiais são idênticas à da reforma. São idênticas por analogia. Onde há o mesmo fundamento, há a mesma razão de direito. Isso é analogia legis. 2º) Poder Constituinte Derivado Decorrente Nas Federações, detecta-se a presença de mais um Poder Constituinte. É Poder Constituinte dos estados-membros para a criação das Constituições Estaduais. Em razão de suas características, foi classificado pela Doutrina como modalidade de Poder Constituinte Derivado, recebendo o nome de Poder Constituinte Derivado Decorrente. No Brasil foi estabelecido o prazo de 1 (um) ano, a contar da Promulgação da CF/88, para que os Estados fizessem suas Constituições. 51

52 Polêmica: inclusão pela CF/88 dos Municípios no rol dos Entes da Federação. Municípios: Poder de elaboração de suas Leis Orgânicas Municipais. Alguns autores chegaram a considerar Lei Orgânica, uma verdadeira Constituição Municipal. Porém, prevaleceu na Jurisprudência a noção de que a Lei Orgânica Municipal não tem natureza de Norma Constitucional. Sua violação não gera Inconstitucionalidade, e sim, ILEGALIDADE. Portanto, não há Poder Decorrente Municipal. Critério de Adequação dos princípios extensíveis às esferas Estadual, Distrital e Municipal é Princípio da Simetria ou Paralelismo das Formas. Normas de repetição obrigatória: Processo Legislativo CPI Organização de Tribunal de Contas Eleição do Chefe do Poder Executivo 52

53 3º) Poder Constituinte Derivado Reformador Reforma. É a via ordinária de alteração da Constituição. Art. 60 da CF. Se faz por meio de Emenda de Reforma, que sempre é de caráter pontual. São determinados itens que são reformados. Limitações ao Poder Derivado Revisor e Reformador - artigo 60 da CF: 1) Limitação(ões) Temporal(is). Temporal relaciona-se com período de tempo. Impedem a alteração da Constituição durante um determinado período de tempo. Ex.: art. 3 o, da ADCT. A nossa Constituição não prevê limitação temporal para reforma, mas prevê para a revisão. ( a única Constituição que tinha essa previsão foi a de 1824) 2) Limitações Circunstanciais. São as que impedem a alteração da constituição durante situações excepcionais, porque são tão graves que a livre manifestação do poder derivado pode estar ameaçada, tomando 53 decisões precipitadas, desproporcionais e erradas.

54 Estado de legalidade extraordinária (restrições das liberdades individuais que são restringidas) - Artigo 60, 1 o. Estado de Defesa. Art. 136 Estado de Sítio. Art. 137 Intervenção Federal. Art. 34. IMPORTANTE: Estado de Calamidade Pública não impede a mudança da Constituição 3) Limitações Materiais ou Substanciais. Estão relacionadas ao conteúdo da Constituição. Atribuído o nome de Cláusulas Pétreas. a) Cláusulas pétreas expressas ou explícitas - Art. 60, 4º. Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. 54

55 RE /2011- ficha limpa (Na medida em que estabelecem as garantias fundamentais para a efetividade dos direitos políticos, essas regras também compõem o rol das normas denominadas cláusulas pétreas e, por isso, estão imunes a qualquer reforma que vise a aboli-las. O art. 16 da Constituição, ao submeter a alteração legal do processo eleitoral à regra da anualidade, constitui uma garantia fundamental para o pleno exercício de direitos políticos) b) Cláusulas pétreas implícitas. Art. 1º, art. 3º, art. 60 etc. 4) Limitações Formais ou (Procedimentais) ou (Processuais) 1º) Subjetiva I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 55

56 Cabe iniciativa popular de Emenda? 1) JOSÉ AFONSO DA SILVA. Cabe iniciativa popular de Emenda, pois nós devemos fazer uma interpretação sistemática da Constituição. Se faria por analogia legis, devendo aplicar o parágrafo 2 o do art. 61 às emendas à constituição. 2) STF (majoritária). Não cabe. Segundo o STF não cabe porque normas excepcionais devem ser interpretadas de forma restritiva. STF diz que art. 61 traz regra geral de iniciativa, e o artigo 60 traz exceção, daí ser considerada norma excepcional. 2º) Objetivas 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão 56 legislativa.

57 Não há a participação do chefe do Poder Executivo no concernente à sanção da emenda. Da Repristinação O sistema legislativo brasileiro não adotou a repristinação. Pelo efeito repristinatório, a revogação de uma lei revogadora restaura automaticamente os efeitos da lei revogada por ela. A Lei de Introdução às Normas - art. 2.º, 3.º - dispõe a respeito: salvo disposição expressa em sentido contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. 57

Direito Constitucional

Direito Constitucional Barbara Rosa Direito Constitucional Poder Constituinte PODER CONSTITUINTE - Poder responsável por criar e modificar uma constituição. - Sempre está latente. - O titular é o povo. PODER CONSTITUINTE PODER

Leia mais

PONTO 1: Poder Constituinte PONTO 2: Poder Reformador PONTO 3: Poder Constituinte Decorrente 1. PODER CONSTITUINTE NATUREZA DO PODER CONSTITUINTE:...

PONTO 1: Poder Constituinte PONTO 2: Poder Reformador PONTO 3: Poder Constituinte Decorrente 1. PODER CONSTITUINTE NATUREZA DO PODER CONSTITUINTE:... 1 DIREITO CONSTITUCIONAL PONTO 1: Poder Constituinte PONTO 2: Poder Reformador PONTO 3: Poder Constituinte Decorrente Precedentes: RExt 466.343 RExt 349.703 HC 87.585 1. PODER CONSTITUINTE Poder de elaborar

Leia mais

Prof. Helena de Souza Rocha 1

Prof. Helena de Souza Rocha 1 Prof. Helena de Souza Rocha 1 2 Fonte: Pedro Lenza. Direito Constitucional Esquematizado. Originário histórico revolucionário Poder Constituinte Derivado reformador decorrente Difuso revisor Supranacional

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Aula Inaugural -Teoria Geral da Constituição Profº.. Francisco De Poli de Oliveira OBJETIVOS 1. Conhecer a Teoria Geral da Constituição; 2. Aplicar os conhecimentos aprendidos na

Leia mais

Profa. Me. Larissa Castro

Profa. Me. Larissa Castro Profa Me Larissa Castro Elementos das constituições Elementos orgânicos : estão nas normas que regulam a estrutura do Estado e do poder Na atual Constituição, estão dispostos no: Título III (Da Organização

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Câmara dos Deputados CEFOR/DRH Constitucionalismo Movimento político e jurídico destinado a estabelecer em toda parte regimes constitucionais, quer dizer, governos moderados, limitados

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO. Curso JB preparatório para o Instituto Rio Branco Não é permitida a reprodução deste material.

NOÇÕES DE DIREITO. Curso JB preparatório para o Instituto Rio Branco Não é permitida a reprodução deste material. NOÇÕES DE DIREITO BETINA GÜNTHER SILVA Professora da Graduação em Direito do UniCEUB. Mestre em Direito Público pela PUC/Minas. MBA em Direito da Economia e da Empresa pela FGV. Especialista em MESC s.

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Poder Constituinte Originário, Derivado e Decorrente - Reforma Profª. Liz Rodrigues - Se a Constituição é a norma jurídica fundamental que organiza um Estado,

Leia mais

CURSO CARREIRAS JURÍDICAS DATA 31/08/2016 DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR BERNARDO GONÇALVES MONITOR UYARA VAZ AULA 03

CURSO CARREIRAS JURÍDICAS DATA 31/08/2016 DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR BERNARDO GONÇALVES MONITOR UYARA VAZ AULA 03 CURSO CARREIRAS JURÍDICAS DATA 31/08/2016 DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR BERNARDO GONÇALVES MONITOR UYARA VAZ AULA 03 Ementa: Aplicabilidade das normas constitucionais. Poder Constituinte.

Leia mais

Aula 01 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

Aula 01 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO Turma e Ano: 2016 (Master A) Matéria / Aula: Teoria da Constituição - 01 Professor: Marcelo Leonardo Tavares Monitor: Paula Ferreira Aula 01 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 1. Conceito de Constituição Sob um aspecto

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Profª. Liz Rodrigues - As Constituições podem ser classificadas segundo diversos critérios e, de algum modo, a classificação deve ajudar no estudo do nosso

Leia mais

Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE COM A PROFESSORA BRUNA. Teoria Geral do Direito Constitucional

Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE COM A PROFESSORA BRUNA. Teoria Geral do Direito Constitucional Direito Constitucional SESSÃO DA TARDE COM A PROFESSORA BRUNA Teoria Geral do Direito Constitucional 1 Direito Constitucional Temas: 2 1. Introdução 2. Regimes democráticos 3. Conceitos de Constituição

Leia mais

Sociológico Político Jurídico

Sociológico Político Jurídico A CONSTITUIÇÃO Sociológico Político Jurídico Ferdinand Lassalle; Soma dos fatores reais de poder; A Essência da Constituição / O Que é Constituição? Constituição escrita é uma simples folha de papel. Carl

Leia mais

Curso/Disciplina: Direito Constitucional Aula: Teoria da Constituição / Aula 04 Professor: Marcelo Tavares Monitora: Kelly Silva Aula 04

Curso/Disciplina: Direito Constitucional Aula: Teoria da Constituição / Aula 04 Professor: Marcelo Tavares Monitora: Kelly Silva Aula 04 Curso/Disciplina: Direito Constitucional Aula: Teoria da Constituição / Aula 04 Professor: Marcelo Tavares Monitora: Kelly Silva Aula 04 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO O grande questionamento que se faz na aula

Leia mais

TEORIA DA CONSTITUIÇÃO M A R C E L O L E O N A R D O T A V A R E S

TEORIA DA CONSTITUIÇÃO M A R C E L O L E O N A R D O T A V A R E S TEORIA DA CONSTITUIÇÃO M A R C E L O L E O N A R D O T A V A R E S Conceito de Constituição Político (Carl Schmitt) Sociológico (Ferdinand Lassale) Jurídico (Hans Kelsen) Conceito - É o instrumento fundante

Leia mais

PODER CONSTITUINTE. Poder Constituinte. Prof. Thiago Gomes. Nos capítulos anteriores... Conceito da CF Classificação da CF. Constituições Brasileiras

PODER CONSTITUINTE. Poder Constituinte. Prof. Thiago Gomes. Nos capítulos anteriores... Conceito da CF Classificação da CF. Constituições Brasileiras PODER CONSTITUINTE Prof. Thiago Gomes Nos capítulos anteriores... Conceito da CF Classificação da CF A) Quanto à origem: Promulgada / Outorgada B) Quanto à Conteúdo: Materiais / Formais C) Quanto à forma:

Leia mais

IUS RESUMOS. Poder Constituinte. Organizado por: Samille Lima Alves

IUS RESUMOS. Poder Constituinte. Organizado por: Samille Lima Alves Poder Constituinte Organizado por: Samille Lima Alves SUMÁRIO I. PODER CONSTITUINTE... 3 1. Conceito... 3 2. Da titularidade do Poder Constituinte... 4 3. Formas de exercício do Poder Constituinte... 5

Leia mais

PODER CONSTITUINTE CF/1824; CF/1937; CF/1967; CF/1891; CF/1934; CF/1946; CF/1988.

PODER CONSTITUINTE CF/1824; CF/1937; CF/1967; CF/1891; CF/1934; CF/1946; CF/1988. Conceito e origem CURSO JURIS DIREITO CONSTITUICONAL PROFESSOR BRUNO PONTES PODER CONSTITUINTE Poder Constituinte é o poder permanente que o povo tem de criar, modificar ou implementar normas de força

Leia mais

TEORIA DO PODER CONSTITUINTE

TEORIA DO PODER CONSTITUINTE PODER CONSTITUINTE Titular: povo CF/88, art. 1 TEORIA DO PODER CONSTITUINTE (Precursor: Emmanuel Sieyès, em O que é Terceiro Estado? ) Originário ou de 1º grau (poder de fato/político) inicial incondicionado

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 1. Contextualização - Posso torturar uma pessoa? - Posso montar uma associação de assistência às mulheres solteiras mal amadas e carentes? - Quem pode ser Presidente, Vereador? - Quem e como se cria leis?

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL - PODER CONSTITUINTE

DIREITO CONSTITUCIONAL - PODER CONSTITUINTE Página1 PODERES CONSTITUINTES O poder constituinte se divide em: Poder Constituinte Originário Poder Constituinte Derivado; a. Decorrente; b. Reformador; c. Revisor; Poder Constituinte Difuso; Poder Constituinte

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA VICE-REITORIA ACADÊMICA. DISCIPLINA Teoria da Constituição e Organização do Estado

CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA VICE-REITORIA ACADÊMICA. DISCIPLINA Teoria da Constituição e Organização do Estado CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA VICE-REITORIA ACADÊMICA ÁREA DE CONHECIMENTO Ciências Sociais Aplicadas DISCIPLINA Teoria da Constituição e Organização do Estado CÓDIGO GDIR1009 CRÉDITOS 4(4/0) TOTAL

Leia mais

Teoria Geral da Constituição

Teoria Geral da Constituição 1 CURSO DE DIREITO CONSTITUCIONAL ON-LINE AULA GRATUITA Olá! Meu nome é Francisco De Poli de Oliveira e sou professor nomeado da Cadeira de Direito da ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS. Irei ministrar

Leia mais

TEORIA DO PODER CONSTITUINTE. Marcelo Leonardo Tavares

TEORIA DO PODER CONSTITUINTE. Marcelo Leonardo Tavares TEORIA DO PODER CONSTITUINTE Marcelo Leonardo Tavares Introdução É uma teoria de legitimação do poder Jean Bodin Seis livros da República 1576 Poder absoluto do soberano (distinção entre rei e coroa) Hobbes

Leia mais

Guarda Municipal de Fortaleza Direito Constitucional Princípios Fundamentais Cristiano Lopes

Guarda Municipal de Fortaleza Direito Constitucional Princípios Fundamentais Cristiano Lopes Guarda Municipal de Fortaleza Direito Constitucional Princípios Fundamentais Cristiano Lopes 2013 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Prof. Cristiano Lopes CONCEITO

Leia mais

AULA 2 - PODER CONSTITUINTE QUESTÕES COMENTADAS

AULA 2 - PODER CONSTITUINTE QUESTÕES COMENTADAS ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DE PERNAMBUCO AULA 2 - PODER CONSTITUINTE QUESTÕES COMENTADAS 1 -Prova: FCC - 2012 - DPE-SP - Defensor Público Emmanuel Joseph Sieyès (1748-1836), um dos inspiradores da

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS QUANTO À EFICÁCIA. Prof. Murillo Gutier

CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS QUANTO À EFICÁCIA. Prof. Murillo Gutier CLASSIFICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS QUANTO À EFICÁCIA Prof. Murillo Gutier murillo@gutier.com.br SUMÁRIO 1. Classificação Tradicional José Afonso da Silva... 1 1.1. Normas constitucionais de eficácia

Leia mais

CONCEITOS CLASSIFICAÇÕES E ELEMENTOS

CONCEITOS CLASSIFICAÇÕES E ELEMENTOS CONCEITOS CLASSIFICAÇÕES E ELEMENTOS Cada doutrinador tem um conceito acerca da constituição. Pode-se conceituar a constituição, por exemplo, como a norma de maior hierarquia em um ordenamento jurídico,

Leia mais

Normas: Materialmente constitucionais e formalmente constitucionais. Organização do estado e os direitos fundamentais => Objeto Constitucional.

Normas: Materialmente constitucionais e formalmente constitucionais. Organização do estado e os direitos fundamentais => Objeto Constitucional. Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Constitucional aula 03 Professor: Marcelo Leonardo Tavares Monitor: Beatriz Moreira Souza Observação: Última aula do primeiro bloco da matéria.

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Processo Legislativo Profª. Liz Rodrigues - Fase complementar: - Promulgação é a declaração de existência da lei e sua inserção no ordenamento. Promulga-se a lei, não o PL. - Prazo:

Leia mais

Processo Legislativo II. Prof. ª Bruna Vieira

Processo Legislativo II. Prof. ª Bruna Vieira Processo Legislativo II Prof. ª Bruna Vieira 1.4. Espécies normativas (art. 59 da CF) a) emendas à Constituição b) leis complementares c) leis ordinárias d) leis delegadas e) medidas provisórias f) decretos

Leia mais

PROF. JEFERSON PEDRO DA COSTA

PROF. JEFERSON PEDRO DA COSTA PROF. JEFERSON PEDRO DA COSTA CURSO: ESTUDOS DE DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 01 Teoria da Constituição e Poder Constituinte I. CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO Sentido Sociológico (Ferdinand Lassale) A Constituição

Leia mais

Teoria da Constituição. - Constituição é a norma suprema de organização do Estado.

Teoria da Constituição. - Constituição é a norma suprema de organização do Estado. Resumo Aula 1 Profª Bruna Vieira Direito Constitucional 08.05 Teoria da Constituição - Constituição é a norma suprema de organização do Estado. Constituição Federal Leis, Decretos, Regulamentos - Compatibilidade

Leia mais

4. TEORIA DO PODER CONSTITUINTE. histórico. Originário. revolucionário. reforma. decorrente

4. TEORIA DO PODER CONSTITUINTE. histórico. Originário. revolucionário. reforma. decorrente 4. TEORIA DO PODER CONSTITUINTE I) Esquema geral Originário histórico Poder Constituinte revolucionário II) Conceito Derivado reforma decorrente Emenda (EC) Revisão (ECR) Poder constituinte é o poder de

Leia mais

2) Então como classificar os métodos científicos de estudo, como disciplinar esse conteúdo científico?

2) Então como classificar os métodos científicos de estudo, como disciplinar esse conteúdo científico? 2017 - Constitucional I Aula 02 O DIREITO CONSTITUCIONAL: CONTEÚDO CIENTÍFICO DIREITO CONSTITUCIONAL POSITIVO, COMPARADO, GERAL. A CONSTITUIÇÃO: CONCEITO; CLASSIFICAÇÕES; OBJETO; ELEMENTOS 1) Preliminarmente:

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Controle de Constitucionalidade Parte 2 Prof. Alexandre Demidoff OBJETO CONTROLE SOBRE EMEDAS CONSTITUCIONAIS: - Controle sobre o aspecto formal Art. 60. A Constituição poderá ser

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL. a DELEGAÇÃO DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS DO RS

DIREITO CONSTITUCIONAL. a DELEGAÇÃO DE SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS DO RS a 1 SUMÁRIO I. Constituição e Constitucionalismo... 003 II. Poder Constituinte... 008 III. Princípios Fundamentais... 011 IV. Os Direitos e Garantias Fundamentais... 013 V. Da Organização do Estado...

Leia mais

Sumário. Questões Capítulo Questões Múltipla Escolha Certo ou Errado Gabarito...61

Sumário. Questões Capítulo Questões Múltipla Escolha Certo ou Errado Gabarito...61 Capítulo 1 Teoria da Constituição...25 1. Conceito de constituição...25 2. Sentidos ou concepções de constituição...25 2.1. Sentido sociológico...26 2.2. Sentido político...27 2.3. Sentido jurídico...28

Leia mais

Sumário. Questões Capítulo Questões Múltipla Escolha Certo ou Errado Gabarito...60

Sumário. Questões Capítulo Questões Múltipla Escolha Certo ou Errado Gabarito...60 Sumário Capítulo 1 Teoria da Constituição...25 1. Conceito De Constituição...25 2. Sentidos ou concepções de Constituição...25 2.1. Sentido sociológico...26 2.2. Sentido político...27 2.3. Sentido jurídico...28

Leia mais

Obs.: A CR/88 é formal, pois cumpre todos os requisitos acima mencionados.

Obs.: A CR/88 é formal, pois cumpre todos os requisitos acima mencionados. CURSO CARREIRAS JURÍDICAS DATA 24/08/2016 DISCIPLINA DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR BERNARDO GONÇALVES MONITOR UYARA VAZ AULA 02 Ementa: Teoria da Constituição: Classificação das Constituições; Aplicabilidade

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS (Título I, arts. 1º ao 4º) Constituição Federal (CF) Conceito: Os princípios fundamentais são os princípios estruturantes do Estado brasileiro, escolhidos

Leia mais

CONSTITUCIONAL. Direito. 4.ª edição PAULO LÉPORE. Para os concursos de Analista e Técnico de Tribunais e MPU. Coleção TRIBUNAIS e MPU

CONSTITUCIONAL. Direito. 4.ª edição PAULO LÉPORE. Para os concursos de Analista e Técnico de Tribunais e MPU. Coleção TRIBUNAIS e MPU PAULO LÉPORE Coleção TRIBUNAIS e MPU Coordenador HENRIQUE CORREIA Direito CONSTITUCIONAL Para os concursos de Analista e Técnico de Tribunais e MPU 4.ª edição revista, atualizada e ampliada 2016 (Para

Leia mais

Aula 01. Direito Constitucional Esquematizado, Pedro Lenza (ed. 2016) Direito Constitucional Descomplicado, Marcelo Alexandrino (ed.

Aula 01. Direito Constitucional Esquematizado, Pedro Lenza (ed. 2016) Direito Constitucional Descomplicado, Marcelo Alexandrino (ed. Turma e Ano: Direito Constitucional Objetivo (2016) Matéria / Aula: Direito Constitucional 01 Professor: Luis Alberto Monitor: Gabriel Desterro e Silva Pereira Aula 01 Bibliografia indicada 1 : Direito

Leia mais

Direito Público por excelência Normas fundamentais estruturantes do Estado

Direito Público por excelência Normas fundamentais estruturantes do Estado REDE JURIS DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR BRUNO PONTES DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUCIONALISMO DIREITO CONSTITUCIONAL CONCEITO E OBJETO Direito Público por excelência Normas fundamentais estruturantes

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Linhas Gerais sobre o Conceito e a Classificação Constitucionais Carmen Ferreira Saraiva* Resumo: As constituições em geral, inclusive a Constituição da República Federativa do Brasil

Leia mais

PM-RN. Noções de Direito Constitucional. Classificação das Constituições POLÍCIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE

PM-RN. Noções de Direito Constitucional. Classificação das Constituições POLÍCIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE PM-RN POLÍCIA MILITAR DO RIO GRANDE DO NORTE Noções de Direito Constitucional LUCIANO DUTRA Advogado da União desde 2009. Autor de livros e articulista. Professor de Direito Constitucional com ampla experiência

Leia mais

OAB 1ª Fase Final de Semana. 1. A Constituição de determinado país veiculou os seguintes artigos:

OAB 1ª Fase Final de Semana. 1. A Constituição de determinado país veiculou os seguintes artigos: Professora: Carolinne Brasil Assunto: Teoria Geral Questões: OAB 1ª Fase Final de Semana 1. A Constituição de determinado país veiculou os seguintes artigos: Art. X. As normas desta Constituição poderão

Leia mais

Aula 02. Tema da aula: Teoria do Poder Constituinte

Aula 02. Tema da aula: Teoria do Poder Constituinte Turma e Ano: 2016 Matéria / Aula: TEORIA DO PODER CONSTITUINTE Professor: MARCELO LEONARDO TAVARES Monitora: Tatiana Carvalho Aula 02 Tema da aula: Teoria do Poder Constituinte Relembrando: O Poder Constituinte

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 145 QUESTÕES DE PROVAS IBFC POR ASSUNTOS 06 QUESTÕES DE PROVAS FCC 24 QUESTÕES ELABORADAS PELO EMMENTAL Edição Maio 2017 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução

Leia mais

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 42

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 42 Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 42 DIREITO CONSTITUCIONAL O Direito Constitucional é o ramo do Direito Público que estabelece as normas que estruturam o Estado e sua organização

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Aula 07 Direito Constitucional Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos

Leia mais

f ÅâÄtwÉ wx IED / V Çv t céä à vt `öüv t cxä áátü INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CIÊNCIA POLÍTICA

f ÅâÄtwÉ wx IED / V Çv t céä à vt `öüv t cxä áátü INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CIÊNCIA POLÍTICA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO CIÊNCIA POLÍTICA 01) Não se enquadra na subdivisão de "Público" o direito: a) Constitucional b) Administrativo. c) Judiciário / processual. d) Penal. e) Comercial. 02) Não

Leia mais

Estabilidade Constitucional

Estabilidade Constitucional Estabilidade Constitucional Defesa da Constituição: 1ª. Aula Introdução Prof. João Paulo Santos Constituição Rígida de 1988 Defesa da Constituição Substancial (consensos mínimos além da política eventual)

Leia mais

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Introdução ao Direito Constitucional Direito Público Fundamental Constitucionalização do Direito Princípio-Matriz (Dignidade da Pessoa Humana) Supremacia da Constituição

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL I. Constituição e Constitucionalismo... 002 II. Poder Constituinte... 009 III. Princípios e Normas Constitucionais... 011 IV. Os Direitos e Garantias Fundamentais... 013 V. Da Organização

Leia mais

Conteúdos/ Matéria. Textos, filmes e outros materiais. Categorias/ Questões. Habilidades e Competências. Semana. Tipo de aula

Conteúdos/ Matéria. Textos, filmes e outros materiais. Categorias/ Questões. Habilidades e Competências. Semana. Tipo de aula PLANO DE CURSO DISCIPLINA: TEORIA DA CONSTITUIÇÃO (CÓD.: ENEX 60113) ETAPA: 1ª TOTAL DE ENCONTROS: 15 SEMANAS Semana Conteúdos/ Matéria Categorias/ Questões Tipo de aula Habilidades e Competências Textos,

Leia mais

Aula nº Estrutura Normativa - Pirâmide de Kelsen Hierarquia das Normas

Aula nº Estrutura Normativa - Pirâmide de Kelsen Hierarquia das Normas Página1 Curso/Disciplina: Direito Constitucional Penal Objetivo Aula: Direito Constitucional Penal Objetivo Aula 01 Professor(a): Marcelo Leonardo Tavares Monitor(a): Analia Freitas Aula nº 01. 1. Estrutura

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Constitucionalismo Parte 3 Profª. Liz Rodrigues - As etapas francesa e americana constituem o chamado constitucionalismo clássico, influenciado por pensadores

Leia mais

Direito Constitucional Aspectos Gerais

Direito Constitucional Aspectos Gerais Direito Constitucional Aspectos Gerais Constituição: Conceito, Classificação. Histórico das Constituições Brasileiras. Disciplina: Instituições de Direito Professora Doutora Emanuele Seicenti de Brito

Leia mais

6. Poder Executivo Atribuições do Presidente da República e dos ministros de Estado. Exercícios de Fixação

6. Poder Executivo Atribuições do Presidente da República e dos ministros de Estado. Exercícios de Fixação SUMÁRIO 1. Constituição Conceito Classificações Princípios fundamentais 2. Direitos e garantias fundamentais Direitos e deveres individuais e coletivos Direitos sociais Nacionalidade Cidadania Direitos

Leia mais

Sumário. Prefácio...31

Sumário. Prefácio...31 Prefácio...31 Capítulo 1 π TEORIA DA CONSTITUIÇÃO... 33 1. Conceito de Constituição... 33 2. Sentidos ou concepções de Constituição... 34 2.1 Sentido sociológico... 34 2.2 Sentido político... 35 2.3 Sentido

Leia mais

1 Constituição: 1.1 Conceito, classificação e estrutura; 1.2 Poder constituinte.

1 Constituição: 1.1 Conceito, classificação e estrutura; 1.2 Poder constituinte. 1 Constituição: 1.1 Conceito, classificação e estrutura; 1.2 Poder constituinte. Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Judiciária 1. Do ponto de vista jurídico, a constituição funda as

Leia mais

Sumário. Parte 1 Teorias e doutrinas relacionadas ao estudo da Constituição

Sumário. Parte 1 Teorias e doutrinas relacionadas ao estudo da Constituição Sumário Parte 1 Teorias e doutrinas relacionadas ao estudo da Constituição 1 Afinal, o que é a Constituição? 3 1.1 Constitucionalismo 3 1.2 O neoconstitucionalismo 4 1.3 Jusnaturalismo X Positivismo X

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Constitucional Poder Constituinte e Teoria da Constituição. Período

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Constitucional Poder Constituinte e Teoria da Constituição. Período CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Poder Constituinte e Teoria da Constituição Magistratura Federal Período 2006 2016 1) COMISSÃO EXAMINADORA - JUIZ FEDERAL - TRF 3 (2008) Desde a Constituição de 1891 o

Leia mais

É o de constituição liberal, também denominada constituição garantia ou defensiva ou clássica. É o modelo que surgiu com as

É o de constituição liberal, também denominada constituição garantia ou defensiva ou clássica. É o modelo que surgiu com as CONSTITUCIONALISMO Sentidos de Constitucionalismo 1º sentido: o termo é usado para designar o movimento político e cultural desenvolvido nos séculos XVII e XVIII na Europa ocidental e na América do Norte

Leia mais

Thinkr: Faculdade Legale

Thinkr: Faculdade Legale Thinkr: Faculdade Legale Curso: PÓS EM DIREITO CONSTITUCIONAL - TURMA ON-LINE 01 (2019.1) Disciplina: PÓS EM DIREITO CONSTITUCIONAL - TURMA ON-LINE 01 (2019-1) Aula: 01 - AULA 01-15/02/2019 - PARTE 01/01

Leia mais

PONTO 1: PODER CONSTITUINTE. PONTO 3: b) DERIVADO

PONTO 1: PODER CONSTITUINTE. PONTO 3: b) DERIVADO 1 DIREITO CONSTITUCIONAL PONTO 1: PODER CONSTITUINTE PONTO 2: a) ORIGINÁRIO PONTO 3: b) DERIVADO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO: poder diferenciado. Surge um poder organizado. É inicial, autônomo, incondicionado,

Leia mais

1.1 Conceito, classificação e estrutura

1.1 Conceito, classificação e estrutura 1.1 Conceito, classificação e estrutura Existem várias concepções ou acepções a serem tomadas para definir o termo constituição. Sentido sociológico Valendo-se do sentido sociológico, Ferdinand Lassalle

Leia mais

SUMÁRIO NORMAS CONSTITUCIONAIS AMBIENTAIS Capítulo 1

SUMÁRIO NORMAS CONSTITUCIONAIS AMBIENTAIS Capítulo 1 SUMÁRIO Capítulo 1 NORMAS CONSTITUCIONAIS AMBIENTAIS... 23 1. Conceito de Constituição... 23 2. Sentidos ou concepções de Constituição... 23 2.1. Sentido sociológico... 24 2.2. Sentido político... 24 2.3.

Leia mais

SUMÁRIO TEORIA DA CONSTITUIÇÃO Capítulo 1

SUMÁRIO TEORIA DA CONSTITUIÇÃO Capítulo 1 SUMÁRIO Capítulo 1 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO... 23 1. Conceito de Constituição... 23 2. Sentidos ou concepções de Constituição... 23 2.1. Sentido sociológico... 24 2.2. Sentido político... 24 2.3. Sentido

Leia mais

Aula 01. Importante: Fazer leitura dos informativos. Tem na secretaria e no site do curso um material com os informativos separados por tópicos.

Aula 01. Importante: Fazer leitura dos informativos. Tem na secretaria e no site do curso um material com os informativos separados por tópicos. Turma e Ano: MAGISTRATURA DO RJ - 2015 Matéria / Aula: Teoria da constituição / Poder Constituinte/ Hermenêutica Aula 1 Professor: MARCELO TAVARES Monitor: LINO RIBEIRO Aula 01 Bibliografia básica: Gilmar

Leia mais

QUESTÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL PMRN 2018 IBADE Prof. Assis Maia

QUESTÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL PMRN 2018 IBADE Prof. Assis Maia QUESTÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL PMRN 2018 IBADE Prof. Assis Maia A referida questão busca a identificação de um dos Fundamentos da República Federativa do Brasil. Analisando as alternativas fica evidenciada

Leia mais

1 Direito processual constitucional, 7

1 Direito processual constitucional, 7 1 Direito processual constitucional, 7 1.1 Esclarecimentos iniciais, 7 1.2 Direito processual constitucional: objeto de estudo, 8 1.3 Jurisdição, processo, ação e defesa, 10 1.4 Constituição e processo,

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Aula 05 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos

Leia mais

AULA 3 TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO

AULA 3 TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO AULA 3 TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO Conceito A palavra constituição pode ser empregada sob vários aspectos. Conjunto dos elementos essenciais. Organização, formação. A lei fundamental

Leia mais

TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO

TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO Faculdade do Vale do Ipojuca - FAVIP Bacharelado em Direito Autorizado pela Portaria nº 4.018 de 23.12.2003 publicada no D.O.U. no dia 24.12.2003 Curso reconhecido pela Portaria Normativa do MEC nº 40,

Leia mais

Classificações das Constituições. Professora: Adeneele Garcia Carneiro

Classificações das Constituições. Professora: Adeneele Garcia Carneiro Classificações das Constituições Professora: Adeneele Garcia Carneiro Conceito: Para Alexandre de Moraes a Constituição é : a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes à estruturação

Leia mais

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 674 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS DA FCC COM GABARITOS 1ª Edição JUL 2016 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer

Leia mais

Conceito e classificação das constituições

Conceito e classificação das constituições Conceito e classificação das constituições Introdução Imagine a seguinte situação: um jornal divulga em sua reportagem que uma determinada lei é inconstitucional e que isso não pode ocorrer porque a Constituição

Leia mais

FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL

FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL FRACION SANTOS DIREITO CONSTITUCIONAL 1. (CESPE 2013 AGU Procurador Federal) Considerando o entendimento prevalecente na doutrina e na jurisprudência do STF sobre o preâmbulo constitucional e as disposições

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Processo Legislativo Procedimentos Especiais 1) FGV - OF CHAN MRE () Considerando os referenciais de estabilidade e permanência da ordem constitucional, bem como os limites

Leia mais

Sumário CAPÍTULO I TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS... 13

Sumário CAPÍTULO I TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS... 13 Sumário 7 Sumário CAPÍTULO I TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS... 13 QUESTÕES... 13 I.1. Constitucionalismo e história das Constituições... 13 I.2. Conceito e concepções de Constituição...

Leia mais

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade

Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Prof. Dr. Vander Ferreira de Andrade Teoria do Estado Substantivo: Status Verbo: "stare - (estar firme estabilidade) Primazia: Nicolau Maquiavel ("O príncipe séc. XVI) Estado: Sociedade política constituída

Leia mais

Súmario CAPÍTULO I TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS... 13

Súmario CAPÍTULO I TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS... 13 Súmario 7 Súmario CAPÍTULO I TEORIA DA CONSTITUIÇÃO E DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS... 13 QUESTÕES... 13 I.1. Constitucionalismo e história das Constituições... 13 I.2. Conceito e concepções de Constituição...

Leia mais

AULA EFICÁCIA DA CONSTITUIÇÃO

AULA EFICÁCIA DA CONSTITUIÇÃO AULA 05-2017. 2 EFICÁCIA DA CONSTITUIÇÃO 1)Conceito: considerada a lei fundamental de uma Nação, seria, então, a organização dos seus elementos essenciais: um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras,

Leia mais

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura:

Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO. Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: Disciplina: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO Data: 10/outubro/2011 Nota: Nota por extenso: Docente: Assinatura: 1. O que é interpretação autêntica da lei? Critique-a do ponto de vista hermenêutico. 1 2

Leia mais

II. Conceito de Direito Constitucional

II. Conceito de Direito Constitucional DIREITO CONSTITUCIONAL I II. Conceito de Direito Constitucional José Afonso da Silva: É o ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado. 1. Conteúdo

Leia mais

Direito Constitucional PROFESSORA: ADENEELE GARCIA

Direito Constitucional PROFESSORA: ADENEELE GARCIA Direito Constitucional PROFESSORA: ADENEELE GARCIA PRINCÍPIOS DE REGÊNCIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações

Leia mais

SUMÁRIO. 1. Conceito de Constituição Sentidos ou concepções de Constituição... 23

SUMÁRIO. 1. Conceito de Constituição Sentidos ou concepções de Constituição... 23 SUMÁRIO Capítulo 1 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO... 23 1. Conceito de Constituição... 23 2. Sentidos ou concepções de Constituição... 23 2.1. Sentido sociol gico... 24 2.2. Sentido político... 24 2.3. Sentido

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL

DIREITO CONSTITUCIONAL DIREITO CONSTITUCIONAL Teoria da Constituição Constitucionalismo Parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Constitucionalismo moderno: limitação jurídica do poder do Estado em favor da liberdade individual. É uma

Leia mais

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1ª avaliação (30 pontos); 2ª avaliação (30 pontos); 3ª avaliação (40 pontos).

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: 1ª avaliação (30 pontos); 2ª avaliação (30 pontos); 3ª avaliação (40 pontos). Facu Disciplina: Teoria da Constituição Curso: Direito Carga Horária: 60 Departamento: Direito Público Área: Direito Público PLANO DE ENSINO EMENTA: A disciplina Teoria da Constituição ; constitucionalismo;

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Câmara dos Deputados CEFOR/DRH Direito Constitucional Nilson Matias de Santana Objetivo geral Compreender as normas e princípios constitucionais que regulam a organização do Estado,

Leia mais

A FORMA REPUBLICANA DE GOVERNO: LIMITAÇÃO MATERIAL DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR?

A FORMA REPUBLICANA DE GOVERNO: LIMITAÇÃO MATERIAL DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR? A FORMA REPUBLICANA DE GOVERNO: LIMITAÇÃO MATERIAL DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR? Vitor Condorelli dos Santos 1 RESUMO O presente artigo científico trata da análise da forma republicana de

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Teoria Geral Direito Constitucional e uma subdivisão didática O Direito Constitucional sempre foi classificado como um ramo do Direito Público. Contudo, modernamente vem se afirmando

Leia mais

Prof. Cristiano Lopes

Prof. Cristiano Lopes Prof. Cristiano Lopes Poder Legislativo Federal ü No Brasil vigora o bicameralismo federativo, no âmbito federal. Ou seja, o Poder Legislativo no Brasil, em âmbito federal, é bicameral, isto é, composto

Leia mais

Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO. Prof. Me. Edson Guedes

Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO. Prof. Me. Edson Guedes Unidade I INSTITUIÇÕES DO DIREITO Prof. Me. Edson Guedes 1. Introdução ao Direito 1.1 Origem do Direito: Conflitos humanos; Evitar a luta de todos contra todos; 1. Introdução ao Direito 1.2 Conceito de

Leia mais

DIREITOS COLETIVOS E CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE II. Professor Juliano Napoleão

DIREITOS COLETIVOS E CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE II. Professor Juliano Napoleão DIREITOS COLETIVOS E CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE II Professor Juliano Napoleão UNIDADE 1 O controle de constitucionalidade no Brasil 1.1 Considerações iniciais: conceito, pressupostos e objetivos do

Leia mais

Aula nº. 01. Direito Constitucional Descomplicado Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Editora Método.

Aula nº. 01. Direito Constitucional Descomplicado Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo. Editora Método. Curso/Disciplina: Direito Constitucional Objetivo Aula: Introdução ao bloco de constitucionalidade, neoconstitucionalismo, Positivismo-Normativista, Neopositivismo, jus naturalismo. Professor(a): Luiz

Leia mais

Instituições de direito FEA

Instituições de direito FEA Instituições de direito FEA CAMILA VILLARD DURAN CAMILADURAN@USP.BR Apresentação: Módulo I! O que é o direito? O que é lei?! Qual é o papel institucional do Legislativo e do Executivo, notadamente no processo

Leia mais