ERWIN PANOFSKY. Panofsky com dois colegas

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1 Sumário Os níveis de significado das obras de arte segundo Panofsky: o natural (pré-iconográfico), o convencional (iconográfico) e o intrínseco (iconológico).

2 ERWIN PANOFSKY Panofsky com dois colegas

3 ERWIN PANOFSKY 1961 Panofsky com um grupo de estudantes

4 ERWIN PANOFSKY

5 Os 3 níveis de significado: PANOFSKY Significado primário ou natural. Nível pré-iconográfico. Identificação básica (factual) de formas e figuras (seres humanos, animais, etc.) e de atitudes expressionais (triste, contente, etc.). Significado secundário ou convencional. Nível iconográfico. Identificação de temas, histórias e alegorias. Significado intrínseco ou simbólico. Nível iconológico. Interpretação do sentido de uma imagem enquanto manifestação visual (consciente ou inconsciente) dos princípios fundamentais de uma cultura, época ou filosofia. A obra de arte como sintoma cultural. Teoria esboçada pela primeira vez na introdução ao livro Herkules am Scheideweg (1930), mas apenas desenvolvida e estruturada em 1939 (Studies in Iconology). Teve ligeiras modificações em 1955 (Meaning in the Visual Arts).

6 PANOFSKY Fundamentos e contrapesos dos 3 níveis de significado: Significado primário ou natural. Nível pré-iconográfico. descrição pré-iconográfica (equipamento interpretativo: experiência prática, senso comum. Princípio corretivo: história dos estilos). Significado secundário ou convencional. Nível iconográfico. análise iconográfica (equipamento interpretativo: fontes literárias. Princípio corretivo: história dos tipos [iconográficos]). Significado intrínseco ou simbólico. Nível iconológico. interpretação iconológica (equipamento interpretativo: «intuição sintética». Princípio corretivo: história dos «sintomas culturais»).

7 PANOFSKY Exemplo 1: o homem que levanta o chapéu para cumprimentar. Significado primário ou natural. Nível pré-iconográfico. Homem levanta o chapéu na rua atendendo à minha presença. Significado secundário ou convencional. Nível iconográfico. Interpreto o gesto como um cumprimento (herdado do hábito medieval de tirar o elmo para mostrar intenções pacíficas). Significado intrínseco ou simbólico. Nível iconológico. Percebo o estado de espírito do homem que levanta o chapéu e faço um «diagnóstico» da sua personalidade («condicionada pelo seu fundo nacional, social e educativo e pela história da sua vida ( ) uma maneira individual de ver as coisas e de reagir ao mundo». )

8 Exemplo 2: Última Ceia de Leonardo (Milão).

9 Exemplo 2: Última Ceia de Leonardo (Milão). Significado primário ou natural. Nível pré-iconográfico. Um grupo de 13 indivíduos sentados à mesa. Significado secundário ou convencional. Nível iconográfico. Reconheço essa composição como a Última Ceia (pelo estudo dos Evangelhos e/ou pelo estudo da tradição visual). Significado intrínseco ou simbólico. Nível iconológico. Interpreto a Última Ceia de Leonardo como um documento da personalidade de Leonardo ou da civilização do Renascimento italiano. («tratamos a obra de arte como sintoma de outra coisa que se exprime numa inumerável variedade de outros sintomas, e interpretamos os seus traços composicionais e iconográficos como uma evidência particular dessa outra coisa. A descoberta e interpretação desses valores simbólicos ( ) é o objecto daquilo que podemos chamar iconologia enquanto oposta à iconografia»).

10 Princípios correctivos: Significado primário ou natural. Nível pré-iconográfico. Conhecer a história dos estilos para não aplicar princípios contemporâneos a obras anteriores (realismo do séc. XV vs. simbolismo otoniano). Significado secundário ou convencional. Nível iconográfico. Mulher com espada e cabeça de homem: Salomé e S. João Baptista ou Judite e Holofernes? Ver se existem exemplos iconográficos anteriores de Judites com bandejas (sim) ou Salomés com espadas (não). Porquê a bandeja e não o saco? Pela popularização da imagem devocional da cabeça decapitada de S. João (Norte de Itália e Alemanha). Significado intrínseco ou simbólico. Nível iconológico. Não são dados exemplos, mas diz respeito a um domínio sólido da História da Cultura. Implica verificar se as nossas conclusões acerca do significado intrínseco da obra estão em linha com o significado intrínseco de outras produtos da época relacionados com a obra que estudamos (perigo: circularidade do raciocínio).

11 Princípios correctivos: Significado primário ou natural. Nível pré-iconográfico. «História dos estilos (visão compreensiva do modo como, sob condições históricas variáveis, objectos e eventos são representados por formas).» Formas objectos e eventos Significado secundário ou convencional. Nível iconográfico. «História dos tipos (visão compreensiva do modo como, sob condições históricas variáveis, temas e conceitos específicos são expressos por objectos e eventos». Objectos e eventos temas e conceitos Significado intrínseco ou simbólico. Nível iconológico. «História dos sintomas culturais ou símbolos (visão compreensiva do modo como, sob condições históricas variáveis, tendências essenciais do espírito humano foram expressas por temas e conceitos específicos». Temas e conceitos tendências essenciais do espírito humano

12 PANOFSKY «A interpretação iconológica: quanto mais subjectiva e irracional é esta fonte de interpretação ( [ ] sempre condicionada pela psicologia e mundividência do intérprete), tanto mais necessária é a aplicação de princípios correctivos. tem de ser corrigida por uma visão compreensiva do modo como [ ] as tendências gerais e essenciais do espírito humano foram expressas por assuntos e conceitos específicos. [ ] O historiador da arte terá de conferir aquilo que ele pensa ser o significado intrínseco da obra com aquilo que ele pensa ser o significado intrínseco de outros tantos documentos civilizacionais historicamente relacionados com aquela obra [i.e., testemunhos das tendências políticas, poéticas, religiosas, filosóficas, e sociais da personalidade, época ou país investigado]»

13 PANOFSKY Exemplos da interpretação iconológica: 1930 (Hércules na Encruzilhada). O interesse renascentista por este tema mitológico (em que o herói tem de optar entre o caminho fácil e o difícil) servia de alegoria moral à própria Renascença (Studies in Iconology). Explica as diferenças entre o estilo de Ticiano (Veneza) e Miguel Ângelo (Florença/Roma) como sinais da interpretação diferenciada do neoplatonismo nesses dois locais (Arq. Gótica e Pens. Escolástico). Explica a evolução da Arq. Gótica em paralelo com o desenvolvimento do método escolástico.

14 Justiça de Cambises (Sisamnés é esfolado vivo) Tribunal de Bruges Gerard David, 1498

15

16 PANOFSKY «O sufixo grafia deriva do verbo grego graphein, escrever ; implica um método ou procedimento puramente descritivo, frequentemente mesmo estatístico. A iconografia é então, uma descrição e classificação de imagens [ ]; é um estudo limitado e auxiliar que informa quando e onde foram temas específicos visualizados através de outros motivos específicos. [ ]. Ao realizar este trabalho, a iconografia é uma ajuda inestimável para o estabelecimento de datas, proveniências e, ocasionalmente, autenticidade; e fornece as bases necessárias para toda a interpretação ulterior.»

17 PANOFSKY «[ ] proponho fazer reviver a boa e velha palavra iconologia sempre que a iconografia é retirada do seu isolamento e integrada com qualquer outro método histórico, psicológico ou crítico que possamos usar para tentar solucionar o enigma da esfinge. Porque assim como o sufixo grafia denota um processo descritivo, também o sufixo logia derivado de logos, que significa pensamento ou razão denota um processo interpretativo [ ]. Concebo assim a iconologia como uma iconografia tornada interpretativa, que se transforma então numa parte integral do estudo da arte, ao invés de estar confinada a um levantamento estatístico preliminar.»

18 PANOFSKY, 1955 «Iconografia é o ramo da história da arte que se ocupa do significado das obras de arte em oposição à sua forma.» «Concebo a iconologia como uma iconografia tornada interpretativa.» «Existe todavia, e reconhecidamente, algum perigo de que a iconologia se comporte não como a etnologia em contraposição à etnografia, mas como a astrologia em contraposição à astrografia.»

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