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1 0 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPTº DE ENGENHARIA AMBIENTAL - DEA MESTRADO PROFISSIONAL EM GERENCIAMENTO E TECNOLOGIAS AMBIENTAIS NO PROCESSO PRODUTIVO ROBÉRIO COSTA SILVA A AVALIABILIDADE DO PROGRAMA SESI DE PREVENÇÃO DE QUEDAS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA BAHIA. SALVADOR 2007

2 1 ROBÉRIO COSTA SILVA A AVALIABILIDADE DO PROGRAMA SESI DE PREVENÇÃO DE QUEDAS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NA BAHIA Dissertação apresentada ao Curso de pósgraduação em Gerenciamento e Tecnologia Ambiental no Processo Produtivo, Escola Politécnica, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Orientador: Prof. Dr. José Célio Silveira Andrade Salvador 2007

3 2 S5861 Silva, Robério Costa A avaliabilidade do Programa SESI de prevenção de quedas na indústria de construção civil na Bahia. / Robério Costa e Silva. --- Salvador-BA, p. il. Orientador: Prof. Dr. José Célio Silveira Andrade. Dissertação (Mestrado em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais no Processo Produtivo) - Universidade Federal da Bahia. Escola Politécnica, Segurança do trabalho. 2. Saúde e trabalho. 3. Riscos operacionais Indústria da construção civil. 4. Prevenção de acidentes. I. Universidade Federal da Bahia. Escola Politécnica. II. Andrade, José Célio Silveira. III. Serviço Social da Indústria (SESI). IV. Título

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5 4 DEDICATÓRIA A minha esposa Cléa, aos meus filhos Higor e Maria Clara e aos meus pais Antônio e Nalva, que compreenderam a minha ausência, nesse período, e me incentivaram a continuar essa caminhada.

6 5 AGRADECIMENTOS À Federação da Indústria do Estado da Bahia - FIEB, representada pelo Presidente da Federação e Diretor Regional do SESI-Ba Dr. Jorge Lins Freire, pelo Diretor Executivo do Sistema FIEB Jose Cabral Ferreira e pelo Superintendente do SESI-Ba Dr. Manoelito Souza, pois sem o apoio desta instituição não seria possível realização deste estudo. Ao amigo e colega Paulo Rego, pela disponibilidade em seus momentos de descanso dedicar seu tempo na leitura e valiosas sugestões para o desenvolvimento deste trabalho. Ao Professor, Dr. José Célio Andrade, orientador deste trabalho, pela colaboração prestada na realização deste trabalho. A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram efetivamente para desenvolvimento e finalização desta pesquisa..

7 6 RESUMO Para identificar prioridades na avaliação sistemática do Programa SESI de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civil na Bahia, realizou-se um estudo sobre sua avaliabilidade através de entrevistas com informantes-chave e análise documental. Elaborou-se um modelo lógico para o programa, de onde derivaram dimensões, sub-dimensões e critérios para avaliação, posteriormente submetidos a especialistas através da técnica de Delfos. Estimou-se a cobertura e a evasão onde o programa foi implantado e analisou-se o seu desempenho entre as duas visitas, utilizando-se o banco de dados do Epi-Data através do EpiData- Analysis. Os resultados mostram um programa suficientemente estruturado, que permite avaliações sistemáticas. Identificou-se uma diversidade de compreensão dos seus objetivos. Verificou-se uma baixa cobertura real estimada de canteiros de obras (9,4% em Salvador, 13,0% em Feira de Santana), uma cobertura total de 5,6% onde o programa foi implementado, e evasão de canteiros por execução entre 9,0% em Salvador e 40,9% em Feira de Santana, revelando aqui uma necessidade de aprofundamento no estudo nesta região. O desempenho dos canteiros apresenta a pior pontuação em proteção contra quedas em altura e andaimes, deduzindo-se assim que problemas relacionados aos efeitos do programa (analise dos efeitos) o indicam como área prioritária para avaliação. O estudo também funcionou como préavaliação do programa, gerando recomendações, principalmente de problemas relacionados ao correto levantamento de informações, registro do banco de dados e uso do sistema de informação já estruturado pelo SESI. Conclui-se pela relevância da realização de estudos de avaliabilidade como etapa preliminar da realização de avaliação de programas. Palavras-chaves: avaliação de programas, análise de avaliabilidade, pré-avaliação, segurança do trabalho, quedas, construção civil.

8 7 ABSTRACT In order to identify priorities in the systematic evaluation of SESI BA`s Civil Construction Fall Prevention Program a study, through interviews with key informants and document analysis, was done to evaluability assessment of the program. A logic model for the program was developed from this model dimensions, sub-dimensions and evaluation criteria were derived and later submitted to specialists through the Delfos technique. The market coverage and market evasion were the program was implemented was estimated and the performance between both visits was analyzed using Epi-Data data base through the EpiData-Analysis. The results proved the program to be structured sufficiently which allows for systematic evaluations. A diversity of understanding of the programs objectives was identified. The true market-share of construction sites was verified as being low (9.4% in Salvador, 13% in Feira de Santana), a total market coverage of 5.6% where the program was implemented and evasion of construction sites per execution was between 9% in Salvador and 40.9% in Feira de Santana, revealing a necessity to further the study in this region. The performance evaluations of the construction sites show the worst scores in high fall protection and scaffolds which show that problems related to the effects of the program (analysis of the effects) indicate that this area should be prioritized in evaluations. The study also served as a pre-evaluation of the program, generating recommendations, mainly related to the correct information gathering, registration in the data base and the use of the information system already in use at SESI. It is concluded for the relevance of the accomplishment of evaluability assessment studies as the preliminary stage for the accomplishment of programs evaluation. Key-words: program evaluation, evaluability assessment, pre-evaluation, occupational safety, falls, civil construction.

9 8 LISTA DE FIGURAS, TABELAS E QUADROS Figura 1 Espectro de possibilidades de Avaliação de uma Intervenção 26 Figura 2 Componentes da Intervenção e a Pesquisa Avaliativa 30 Quadro 1 Categorias de análise das diferentes percepções dos diferentes 34 atores sobre o Programa de Quedas do SESI-Bahia, Quadro 2 Seleção de dimensões e critérios para avaliação do Projeto de 35 Prevenção de Quedas submetida ao comitê de experts, Quadro 3 Comparativo para delimitação dos objetivos do programa 41 Figura 3 Modelo Lógico - Programa SESI de Prevenção de Quedas na 46 Indústria da Construção Civil Quadro 4 Seleção de dimensões e critérios do Projeto de Prevenção de 48 Quedas avaliados pelo Comitê de Especialistas, Tabela 1 Número de Canteiros na Bahia com Adesão e Atendidos pelo PQ 49 Segundo Visita, Número de Trabalhadores, SESI - BA, Tabela 2 Cobertura Potencial e Real por Região. SESI - BA, Tabela 3 Evasão por Perda, Execução e Percentual de Execução do PQ por 51 Região. SESI - BA, Tabela 4 Canteiros atendidos pelo PQ segundo Etapa da Obra e Visita, 52 SESI - BA, Tabela 5 Nota média obtida por dimensões principais com os respectivos 53 IC 95% segundo o check -list nos canteiros de obra atendidos pelo PQ. SESI-BA, Tabela 6 Nota média obtida na dimensão Proteção contra quedas em altura 53 segundo o check -list nos canteiros de obra atendidos pelo PQ. SESI-BA, Tabela 7 Nota média obtida na dimensão Andaimes segundo o check -list 55 nos canteiros de obra atendidos pelo PQ. SESI-BA, 2005.

10 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CARACTERIZAÇÃO DO SESI SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA, 15 DEPARTAMENTO REGIONAL, BAHIA. 1.2 SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO E O SESI DR/BAHIA Linha de Mobilização Social Linha de Soluções / Serviços Técnicos Linha de Consultoria PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO E OBJETIVOS DO ESTUDO Pergunta de Investigação Objetivo Geral Objetivos Específicos 24 2 REFERENCIAL TEÓRICO E REVISÃO DA LITERATURA AVALIAÇÕES DE PROGRAMAS ANÁLISE DE AVALIABILIDADE 28 3 METODOLOGIA PRINCIPAIS CATEGORIAS DE ANÁLISE 38 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DELIMITAÇÃO DOS OBJETIVOS DELIMITAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DAS ETAPAS DE 43 OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA 4.3 DESENVOLVIMENTO DO MODELO LÓGICO DO PROGRAMA DEFINIÇÃO DA MATRIZ DE DIMENSÕES E CRITÉRIOS PARA 47 AVALIAÇÃO DO PROGRAMA 4.5 ESTIMATIVA DA COBERTURA E EVASÃO DO PROGRAMA ANÁLISE DO DESEMPENHO DOS CANTEIROS RECOMENDAÇÕES PARA O PROGRAMA 55

11 10 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 58 REFERÊNCIAS 61 APÊNDICE A 68 APÊNDICE B 69 APÊNDICE C 70 ANEXO A 74

12 11 1 INTRODUÇÃO A construção civil é considerada um dos setores da indústria com os maiores problemas de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), que se refletem nas altas taxas de acidentes e doenças ocupacionais. Para o enfrentamento destes problemas, faz-se necessário compreender os fatores determinantes destes acidentes e doenças, os quais, segundo Landeweerd (1990), podem ser classificados em três níveis: macro, meso e micro. Aplicando esta classificação à construção civil, Spangenberg (2003) descreve como sendo fatores do nível macro aqueles de nível nacional e social, tais como a legislação sobre o ambiente do trabalho, a estrutura socioeconômica da indústria da construção civil, a implementação de programas educacionais e a política relativa a práticas de compensação. No nível meso estão incluídos os relativos ao âmbito da empresa, tais como práticas de emprego, implementação de gestão de segurança, planejamento do trabalho, seleção de meios técnico e pessoal, uso de equipamentos apropriadamente seguros e carga de trabalho, dentre outros. O nível micro seria referente a fatores que agem no grupo de trabalho ou individual, tais como práticas cooperativas, antecedentes sociais e educacionais, treinamento e aprendizagem, atitude e comportamento considerado de risco ou perigoso. Este setor industrial se caracteriza por ser de mão de obra intensiva, sendo responsável pela ocupação de 5,6% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil e 5,9% da Bahia, o que representa a ocupação de mais de pessoas na Bahia, e cerca de no Brasil (IBGE, PNAD, 2001). É importante ressaltar que a maioria desses trabalhadores não tem contrato formal de trabalho, sendo informais e biscateiros (Santana e Oliveira, 2005).

13 12 As empresas deste setor constituem-se em sua maioria de micro e pequenas-empresas. Na Bahia, empresas com menos de 10 trabalhadores representam 87,3% do total, semelhante ao percentual estimado para o Brasil, que foi de 85,5%, embora correspondam a apenas 18,1% e 19,8%, respectivamente, do pessoal ocupado no setor. Em contraste, empresas com um número de trabalhadores acima de 100 representam somente 2 % na Bahia e 1,6% no Brasil, embora sejam responsáveis, respectivamente, por 48,7% e 43,3% do pessoal ocupado na construção (IBGE, CCE, 2002). Na Bahia, os trabalhadores deste setor são predominantemente do sexo masculino, jovens na faixa de idade entre 18 e 39 anos e ganham até dois salários mínimos. No Brasil, grande parte dos trabalhadores formais possue até o 4ª ano primário, sendo plausível supor que a compreensão da leitura, requisito essencial para a eficiência de medidas preventivas, é deficiente em grande parte desses trabalhadores. A mesma questão é percebida quando se verifica o nível de qualificação profissional, constatando que o treinamento profissional é bastante débil neste setor. Sabe-se que não apenas no Brasil, mas no mundo, os trabalhadores da construção civil tendem a aprender com a prática, forma que pode ser considerada inadequada, especialmente no que se refere aos conteúdos de higiene, segurança e saúde no trabalho (Silva, 2005), por se tratar de conhecimento especifico. Este segmento é considerado como o que detém as mais altas taxas de acidentes e a maior concentração numérica de mortes causadas por acidentes de trabalho, incapacidades e outras conseqüências desses agravos à saúde. Na Bahia, ocorreram vinte e três óbitos relacionados a acidentes do trabalho na construção civil em 2000, 18 óbitos em 2001 e 25 mortes em 2002, representando, respectivamente, 56,1%, 51,4% e 52,1% do total de mortes relacionadas a acidentes do trabalho na indústria baiana (INSS ). Em 2000, na Bahia, o coeficiente de mortalidade, foi de 32/ trabalhadores, superior ao do Brasil no mesmo ano (Silva, 2005). Existem múltiplos determinantes de acidentes de trabalho e sua complexidade é elevada. Foi observado que as quedas representam cerca de 40% dos acidentes de trabalho na construção civil (Barbosa e Santana, 2005). Estudos demonstram que 50% de todas as mortes relacionadas a quedas ocorrem na construção civil (Cattledge et al., 1996). Com isso, a queda pode ser considerada

14 13 como a principal causa imediata de acidentes do trabalho na construção civil (Sorock, Smith e Goldolft, 1993). A maior parte das quedas acontecem em empresas com até dez trabalhadores e estão relacionadas ao uso de escadas, a presença de abertura no piso e nas paredes (Rivara e Thompson, 2000). Logo, esta causa imediata deve ser priorizada em qualquer intervenção. Contandriopoulos (1997) define como intervenção a organização, em um contexto especifico e em um determinado período, de um conjunto de meios (físicos, humanos, financeiros, simbólicos) para produzir bens ou serviços que têm como propósito alterar uma determinada situação. Em função das estratégias de intervenção adotadas nos fatores determinantes, pode-se ter resultados diferentes, produzindo maior ou menor efeito sobre a situação problema. Nos últimos vinte anos, os programas e sistemas de gestão têm emergido internacionalmente como uma importante estratégia para o tratamento dos problemas de segurança e saúde no trabalho (LaMontagne et al., 2004). No Brasil, a partir de 1994, alguns destes programas de SST passaram a ser exigidos pelo Ministério do Trabalho, para empresas que admitam trabalhadores como empregados, como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA e o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional PCMSO, entre outros. Além dos programas compulsórios, observa-se no país um número cada vez maior de grandes e médias empresas desenvolvendo, voluntariamente e ou por exigências do mercado, modelos internacionais de sistemas de gestão em SST. Contudo, poucos estudos e pesquisas têm sido desenvolvidos nesta área (LaMontagne et al., 2004). Para a obtenção de uma maior eficiência e um maior impacto dos investimentos nas estratégias de intervenção, a incorporação do processo de avaliação como prática sistemática e contínua destes programas e/ou projetos de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) pode ser um instrumento fundamental para que se alcancem melhores resultados e/ou proporcionar uma melhor utilização e controle dos recursos neles aplicados (Costa e Castanhar, 2002). Apesar disso, na América Latina, é pouco freqüente a avaliação de programas sociais (Cohen e Franco, 1999). Este quadro ainda é mais acentuado

15 quando se trata de programas de SST. Porém, cresce o interesse pela avaliação como importante instrumento de apoio às decisões em saúde (Novaes, 2000). 14 A inclusão do processo de avaliação como prática rotineira proporcionaria aos gestores destes programas informações necessárias para a definição de estratégias de intervenção (Vieira da Silva e Formigli, 1994), contribuindo para aumentar a racionalidade na tomada de decisões, identificando problemas, selecionando alternativas de solução, prevendo suas conseqüências e otimizando a utilização dos recursos disponíveis (Resende, 2002). LaMontagne et al. (2004) consideram como relevante para o desenvolvimento de novas práticas e políticas de SST a ampliação da pesquisa na área. Isso inclui buscar responder algumas questões como: como podemos analisar ou avaliar os programas e sistemas de gestão em SST existentes? Como podemos intervir para melhorar esses programas? Assim, este estudo pretende realizar uma pré-avaliação ou avaliabilidade do Programa SESI de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civil na Bahia. Este compõe o Programa Setorial em SST da Construção Civil desenvolvido pelo SESI Departamento Regional da Bahia (SESI-Ba). Entendendo, a avaliabilidade como um exame sistemático e preliminar de um programa, que tem como objetivo ligar o plano do programa, o seu desenvolvimento e a sua avaliação (Mascaskill et al. 2000). Para tanto, este estudo visa identificar áreas prioritárias para avaliação, delimitar os seus objetivos, bem como desenvolver propostas de ajustes no programa. Essas questões seriam: O programa está suficientemente estruturado para ser objeto de uma avaliação? Seus objetivos estão bem definidos e compreendidos por todos os envolvidos? Como este programa funciona? Qual a sua cobertura e a evasão?

16 1.1 CARACTERIZAÇÃO DO SESI SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA, DEPARTAMENTO REGIONAL, BAHIA. 15 O Serviço Social da Indústria é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, que atua com base em um regulamento nacional, sendo constituído por um Departamento Nacional - SESI-DN e 27 Departamentos Regionais - DR, um para cada estado da federação mais o Distrito Federal, que atuam com autonomia política e administrativa. A estrutura nacional do SESI foi criada em 1º de julho de 1946, pela Confederação Nacional da Indústria CNI, com base no Decreto Lei 9043 de 25/06/1946, o qual estabeleceu como fonte de custeio a contribuição compulsória do segmento da indústria de transformação e assemelhadas. Na Bahia, o Departamento Regional do SESI foi criado em 1947 (SESI-DN, 2007). As ações do SESI-Ba são financiadas por três fontes: 1) recursos compulsórios arrecadados pelo Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS e distribuídos pelo Departamento Nacional do SESI - SESI-DN com base na arrecadação de cada estado, ou através de arrecadação direta das indústrias para o SESI, mediante convênio; 2) receitas de serviços prestados às indústrias e 3) captação de recursos de instituições e organismos financiadores de projetos nas suas áreas de atuação. Dentre as fontes citadas, a primeira é responsável por 70% (setenta por cento) do total dos recursos de financiamento do SESI-Ba (SESI-Ba, 2004). Essas peculiaridades tornam o SESI uma instituição singular, híbrida, na fronteira dos três setores: governo (receita compulsória, prestação de contas ao Tribunal de Contas da União e presidente do Conselho Nacional nomeado pelo Presidente da República), mercado (dirigido por empresários industriais, comercializando e prestando serviços remunerados receita de serviços) e 3º setor (sem fins lucrativos, atuando em áreas de interesse público) (SESI-Ba, 2004). Para a sua atuação nas áreas de SST, educação e lazer, o SESI-Ba estruturou-se em onze Unidades de Negócio (UN) e dois Núcleos, distribuídos nas regiões com uma maior concentração industrial. Das onze UN s, seis estão

17 16 localizadas na região metropolitana, sendo quatro em Salvador, uma em Simões Filho e uma em Candeias, enquanto as restantes estão instaladas em Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus, Juazeiro e Valença. O Núcleo de Educação de Trabalhadores (NET) e o Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho (NSST) estão situados em Salvador. Das Unidades de Negócio acima citadas, apenas cinco operam os Programas e Projetos em SST. A atuação do SESI-Ba em SST foi iniciada há mais de 25 anos, passou por grandes mudanças ao longo dos últimos 10 anos e, atualmente, está em processo de reestruturação, tendo como principal desafio a ampliação das ações de promoção de Segurança e Saúde no Trabalho na indústria da Bahia, priorizando sua atuação nas micro, pequenas e médias empresas. 1.2 SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO E O SESI DR/BAHIA Em 1994, o SESI-Ba iniciou um processo de reformulação da sua política de SST, a partir de um diagnóstico da situação das ações desenvolvidas na área de Segurança e Saúde do Trabalho. Foi identificado que o modelo de SST então vigente era medicalizado, com tendência à burocratização, limitando-se à aferição de dados de exames ocupacionais e à emissão de Atestados de Saúde Ocupacional (ASO s), com poucas ações voltadas para a melhoria das condições de segurança e saúde dos trabalhadores (Lacerda et al., 2005). Buscava-se a eficiência, a eficácia e a efetividade das suas ações. A partir destes achados, foi proposto um modelo de atuação pautado na vigilância epidemiológica, considerando a empresa como base operacional espaço e os trabalhadores como a sua população de referência, e tendo como lógica a construção de um sistema de informação confiável, que seria uma ferramenta para subsidiar as intervenções apropriadas. Para a operacionalização deste modelo, foi desenvolvido o Programa de Saúde Ocupacional na Empresa (PSOE) (SESI-Ba, 1995).

18 17 Em dezembro de 1994, o Ministério do Trabalho modificou as Normas Regulamentadoras (NR) números 7 (sete) e 9 (nove), da Portaria n. 3214/78, que regulamenta a Lei n.6514/77, e que trata da exigência legal do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) para estabelecimentos que admitam trabalhadores como empregados (MTE, 2003). Esta modificação mostrou-se consoante com a proposta do SESI-Ba. Após várias dificuldades internas para a implantação do modelo proposto, em 1998, houve uma primeira revisão do manual operacional do PSOE, mas que manteve a mesma orientação política definida nos documentos de origem do modelo (SESI-Ba, 1998). Em 1999, houve a mudança da denominação do programa, de PSOE para Programa de Saúde e Segurança do Trabalho (PSST) (Lacerda et al., 2005). Após aproximadamente 10 anos de operação do novo modelo em diversas empresas industriais do estado, existe uma insatisfação da equipe interna do SESI- Ba em relação a esse modelo, especialmente no que se refere à constatação de que as propostas de intervenção do PSST são superficiais e tangenciais ao processo produtivo, além da escassez de recursos existentes para o aumento de sua cobertura. Em resposta à necessidade de encontrar estratégias de intervenções mais efetivas em SST e, em paralelo, ao lançamento do Projeto de Transferência Tecnológica Canadá/Brasil em SST, através do SESI-DN e parcerias nacionais e internacionais, o SESI-Ba adotou o modelo de atuação de programas e projetos setoriais, selecionados em função da conformação do perfil de riscos existentes nas atividades do setor e da magnitude da sua extensão, além do reconhecimento público de sua prioridade. Assim, foi proposta a ênfase nos segmentos da construção civil, bebidas e alimentos e metalurgia, contemplando prioritariamente as micros, pequenas e médias empresas. Em 2003, o SESI/BA, em parceria com o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBa), elaborou um amplo diagnóstico de SST na indústria da construção civil no estado da Bahia, o qual identificou como as

19 18 principais causas de acidentes fatais e não fatais as quedas, o soterramento e os acidentes com eletricidade. Esses achados orientaram o desenvolvimento de um Programa Setorial de Segurança e Saúde do Trabalho da Construção Civil, apoiado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (SINDUSCON/Ba), que tem como objetivo contribuir para a redução da ocorrência de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais (Lacerda et al., 2005). Este programa é baseado em três linhas de atuação, cada uma delas abrangendo projetos específicos ou produtos em SST integrados com outras áreas do SESI (Lazer e educação) e com enfoque nos principais problemas detectados, conforme descrição a seguir: Linha de Mobilização Social Esta linha de atuação agrupa programas e projetos que têm como propósito incentivar discussões, fornecer informações e sensibilizar trabalhadores e empresários para a necessidade de mudanças no tratamento das questões de Segurança e Saúde do Trabalho: Programa SESI de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civil O programa consiste em duas visitas de auditoria realizadas em canteiros de obras por pessoas capacitadas que, utilizando um check-list (Anexo A), verificam e atribuem nota a itens de Segurança do Trabalho ST, com destaque para aqueles voltados para os riscos de ocorrência de quedas de pessoas e materiais. Este roteiro foi desenvolvido com base nos itens da Norma Regulamentadora nº 18 NR-18, integrante da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho (MTE, 2003), que estão direta ou indiretamente relacionados aos fatores de risco de ocorrência de quedas de pessoas e materiais, sendo composto pelas seguintes dimensões e itens: ) Escadas, rampas e passarelas: a. Escadas de abrir; b. Escadas de mão portáteis; c. Escada provisória coletiva;

20 19 d. Corrimão, guarda corpo e rodapé; e. Rampas; f. Passarelas ) Proteção contra quedas em alturas: a. Abertura de piso; b. Caixa de elevador; c. Periferia de laje; d. Bandeja principal; e. Bandeja secundária; f. Bandeja terciária; g. Tela de proteção ) Movimentação e transporte de pessoas e materiais: a. Elevador de materiais; b. Rampas de acesso; c. Torre de elevador; d. Guincheiro credenciado; e. Elevador de passageiro; f. Limitador de fim de curso; g. Elevador de cremalheira; h. Placas de sinalização e segurança; i. Comunicação única com o guincheiro; j. ART de montagem do guincho e elevador; k. Freios; l. Grua; m. Posto do guincheiro; n. Guincho veloz; o. Cabo de aço; p. Livro de registro de inspeção diária do guincho ) Andaimes: a. Andaimes simplesmente apoiados;

21 20 b. Andaimes suspensos mecânicos; c. Andaimes fachadeiros; d. Andaimes suspensos mecânicos leves; e. Andaimes suspensos mecânicos pesados; f. Andaimes móveis; g. Cadeiras suspensas; h. Andaime em balanço; ) Instalações elétricas: a. Chaves blindadas; b. Circuito de distribuição; c. Uso de tomadas/pinos; d. Disjuntores; e. Aterramento; f. Iluminação; g. Proteção de cabos; h. Extensão elétrica ) Equipamentos de proteção individual a. Botinas de couro; b. Botinas de borracha; c. Trava quedas; d. Proteção respiratória; e. Óculos de proteção; f. Protetor facial; g. Protetor auricular; h. Cinto de segurança pára-quedista; i. Cabo guia; j. Capacetes; k. Uniformes; l. Capa de chuva; m. Luva de raspa; n. Luva de PVC

22 ) Ordem e limpeza. A atribuição de nota aos itens de ST observados nas visitas tem por base o seguinte padrão: a. Péssimo para a nota igual a 0 e menor que 1; b. Ruim para a nota maior ou igual a 1 e menor que 4; c. Regular para a nota maior ou igual a 4 e menor que 6; d. Bom para a nota maior ou igual a 6 e menor que 8; e. Ótimo para a nota maior ou igual a 8 e menor ou igual a 10. A nota de cada item de cada dimensão é a média aritmética da pontuação de seus sub-itens, enquanto a nota de cada dimensão é a média aritmética dos pontos obtidos por seus itens. Após a primeira visita, a equipe elabora um relatório sobre as condições de ST no canteiro, com sugestões de melhoria, e o encaminha para a diretoria da empresa. Uma segunda visita é realizada para verificar o grau de implementação dos itens sugeridos, preferencialmente com um intervalo de trinta dias, o qual pode ser modificado de acordo com o cronograma da obra por etapa (fundação, escavação, estrutura, acabamento etc.). Todos os dados levantados a partir do check-list alimentam um banco de dados que deve ser analisado anualmente, com o propósito de produzir informações e conhecimento sobre o perfil de segurança contra quedas dos canteiros de obra Programa Pedagógico de SST no Programa de Educação de Jovens e Adultos Trata-se da inserção dos principais temas em SST no conteúdo pedagógico das salas de aulas dos canteiros de obras (parceria com Núcleo de Educação do Trabalhador SESI/BA) Programa de Sensibilização e Treinamento em Saúde e Segurança para Trabalhadores da Indústria da Construção Civil

23 22 Realização de treinamentos em canteiros de obras para os trabalhadores, abordando os três principais temas em SST do setor e utilizando ferramentas lúdicas para facilitar o aprendizado (parceria com o Teatro Rio Vermelho do SESI/BA) Feira de Saúde Eventos com foco educativo que, realizados nos canteiros de obra e voltados para os trabalhadores, têm como objetivo a prevenção de agravos e a promoção da saúde (parceria com a UFBa Faculdades de Medicina e Odontologia) Linha de Soluções / Serviços Técnicos Os programas, projetos e ações que compõem esta linha de atuação visam o desenvolvimento e a oferta de serviços e soluções técnicas em Segurança e Saúde do Trabalho que possam impactar estas questões nos canteiros de obras PSST - Programa de SST da Construção Civil Programa integrado que abrange ações do PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho / PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), adaptadas à realidade da construção civil Sistemas de Proteção Coletiva Projeto concebido para desenvolver novas tecnologias em Sistemas de Proteção Coletiva voltados às questões relacionadas a quedas no ambiente de trabalho da construção civil (parceria com o SESI DN e UFBa) Linha de Consultoria Esta linha atuação agrupa os programas e projetos que têm como propósito contribuir com as empresas da construção civil no desenvolvimento e na implantação de ferramentas de gestão.

24 Capacitação Evolutiva para a Implantação de Sistema de Gestão em SST nos moldes da OHSAS Disponibilizar ferramentas e assessoria técnica (treinamento e consultoria) que possibilitem a empresa a implantar evolutivamente um Sistema de Gestão em SST. Em maio de 2004, iniciou-se a implementação do Programa Setorial de Segurança e Saúde no Trabalho da Construção Civil (PSSST CC) na região metropolitana de Salvador (RMS) e, neste ano, o NSST foi responsável pela sua operacionalização, quando sessenta e nove empresas e cento e dez canteiros aderiram a pelo menos um dos projetos ou sub-programas do PSSST CC, ultrapassando todas as metas inicialmente estipuladas (SESI-Ba, 2006). Em 2005, em virtude da necessidade de interiorizar as ações, foi necessário alterar a estratégia de atuação, passando para as UN s Lucaia, Feira de Santana e Vitória da Conquista a responsabilidade pela sua operacionalização. O papel do NSST tem sido o de capacitar as equipes técnicas das UN s, coordenar tecnicamente o programa e prestar assistência técnica às mesmas, além do desenvolvimento de novos projetos (SESI-Ba, 2006). 1.3 PERGUNTA DE INVESTIGAÇÃO E OBJETIVOS DO ESTUDO Pergunta de Investigação O Programa SESI de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civil na Bahia pode ser objeto de uma avaliação sistemática? Qual a cobertura real estimada desta intervenção? Existe algum indício de melhoria por parte do canteiro após a primeira inspeção? Objetivo Geral Realizar uma análise da avaliabilidade do Programa SESI de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civil na Bahia, em 2005.

25 Objetivos Específicos a. Delimitar os objetivos do programa; b. Desenvolver o modelo lógico do programa; c. Estimar a cobertura e a evasão do programa; d. Analisar o desempenho dos canteiros entre a primeira e a segunda visita, a partir das variáveis do check-list; e. Definir os focos de avaliação da intervenção; f. Propor ajustes e/ou recomendações para o programa.

26 25 2 REFERENCIAL TEÓRICO E REVISÃO DA LITERATURA 2.1 AVALIAÇÕES DE PROGRAMAS Avaliar é uma atividade que existe desde o inicio dos tempos, consistindo, basicamente, na realização de um julgamento sobre determinadas questões, programas, produtos e ou atividades. Essa atividade pode estar compreendida entre um intervalo com diversas possibilidades, como pode ser visto na figura 1, que vai de um extremo, representado pelas avaliações das práticas cotidianas, baseadas a partir de recursos e noções oriundas do senso comum, como por exemplo, ao sair de uma festa, quando se pergunta aos seus participantes: O que vocês acharam da festa? Foi boa? Foi divertida? (Vieira da Silva, 2005). No outro extremo, estaria a pesquisa avaliativa, que se estabelece com base na utilização de procedimentos e métodos científicos. Entre estes dois extremos do intervalo, está a avaliação normativa, que se apóia na utilização de critérios e normas para a realização do julgamento (Contandriopoulos et al., 1997)

27 26 Figura 1 Espectro de possibilidades de Avaliação de uma Intervenção Avaliação Normativa Práticas Cotidianas Pesquisa Avaliativa Adaptado de VIEIRA DA SILVA, EDUFBA, Apesar de existir uma diversidade de conceitos sobre avaliação, a definição elaborada por Contrandriopoulos (1997), é objeto de um amplo consenso, conceituando a avaliação como: Avaliar consiste fundamentalmente em fazer um julgamento de uma intervenção ou sobre qualquer um dos seus componentes, com o objetivo de ajudar na tomada de decisões. Este julgamento pode ser resultado da aplicação de critérios e de normas (avaliação normativa) ou se elaborar a partir de um procedimento cientifico (pesquisa avaliativa). Para Matida e Camacho (2004), a pesquisa avaliativa é definida como uma ação, sob a ótica do método científico, de medir e emitir julgamento de valor sobre um determinado objeto, com base em um modelo teórico. Contandriopoulos (1997), página 37, conceitua de forma mais precisa a pesquisa avaliativa, entendendo-a como: o procedimento que consiste em fazer um julgamento ex-post de uma dada intervenção usando métodos científicos. Mais precisamente, trata-se de analisar a pertinência, os fundamentos teóricos, a produtividade, os efeitos e o rendimento de uma intervenção, assim como as relações existentes entre a intervenção e o contexto no qual ela se situa, geralmente com o objetivo de ajudar a tomada de decisões. Preocupado com a avaliação da qualidade do cuidado médico, Donabedian (1980), propõe e sistematiza alguns atributos / características das intervenções possíveis de serem avaliados, relacionados a: a) aos efeitos dos

28 27 cuidados médicos (eficácia, efetividade e impacto); b) aos custos (eficiência); c) à disponibilidade e à distribuição dos recursos e d) relacionados à percepção do usuário sobre a assistência recebida (aceitabilidade). Vieira da Silva e Formigli (1994), buscando aprofundar e melhor definir o foco da avaliação, amplia os atributos propostos por Donabedian, agrupando-os da seguinte forma: a) relacionados com a disponibilidade e distribuição social dos recursos (cobertura, acessibilidade e eqüidade); b) relacionados com os efeitos das ações e práticas de saúde implementadas (eficácia, efetividade e impacto); c) relacionados com os custos das ações (eficiência); d) relacionados com a adequação das ações ao conhecimento técnico e científico vigente (qualidade técnico científica); e) relacionados com a percepção dos usuários sobre as práticas (satisfação dos usuários e aceitabilidade). Vieira da Silva (2005) ampliou o número de atributos / características propostos em Estes novos atributos foram assim agrupados: a) atributos relacionados com a adequação das ações aos objetivos e problemas de saúde (direcionalidade e consistência [análise estratégica]); b) atributos relacionados ao contexto em que está inserido o processo de implantação das ações: (análise de implantação e/ou avaliação do processo); c) atributos relacionados às características relacionais (usuário x profissional; profissional x profissional e gestor x profissional). Já Contandriopoulos (1997) propõe a decomposição da pesquisa avaliativa em seis tipos de análise, descritas a seguir: a) A análise estratégica, que consiste em analisar a adequação entre a intervenção e a situação problema; b) a análise da intervenção, que baseia-se em estudar a relação entre os objetivos da intervenção e os meios empregados; c) a análise da produtividade, que consiste em estudar se podemos potencializar a utilização dos recursos na produção dos serviços; d) a análise da implantação, que se baseia em avaliar a influência que pode ter o contexto em que o programa está inserido e o nível de implantação do mesmo na produção dos efeitos da intervenção; e) a análise do rendimento, que consiste em relacionar a análise dos recursos empregados com os efeitos obtidos e, geralmente, é realizada com a ajuda da análise de custo/benefício, custo/eficácia ou custo utilidade; f) a análise dos efeitos, que se baseia em analisar a influência dos serviços na modificação da situação problema. Com isso, infere-se que realizar uma

29 28 avaliação em uma intervenção representa fazer uma ou várias destas análises e, para tanto, pode-se utilizar várias estratégias de pesquisa em função do tipo de análise e das perspectivas dos diferentes atores envolvidos nas práticas, programas e sistemas de SST. 2.2 ANÁLISE DE AVALIABILIDADE A partir dos anos 60, ocorre um aumento de demanda para a realização de avaliações em programas sociais. Isso se deve, especialmente, a uma pressão por parte de organismos financiadores (Matida e Camacho, 2004). Porém, muitas destas avaliações produzem relatórios que focam inicialmente nas deficiências, resultando em uma fonte cara e limitada de informação para os gerentes de programas e os seus criadores (Meeres, Fisher e Gerrard, 1995). Isso acontece em virtude do desenvolvimento e implementação de muitos programas sociais que acontecem de forma precária e pobre, gerando problemas que refletem em deficiências em suas concepções básicas, impactando, assim, o alcance dos benefícios sociais esperados (Rossi, Lipsey e Freeman, 2004). Como resultado, foi observado que, em muitos destes programas, não existe uma adequação entre a intervenção e a situação problema e/ou não existe uma ligação lógica entre os objetivos, as atividades e os resultados esperados (Meeres, Fisher e Gerrard, 1995). Muitas destas questões acontecem em virtude de não ser dada, no período de planejamento de novos programas, a atenção devida a uma cuidadosa e explícita conceitualização dos objetivos, a uma clara definição e mensuração das atividades necessárias para o alcance das metas e à existência de uma relação lógica entre os objetivos, as atividades, os resultados e a situação problema a ser enfrentada. Com isso, observamos que um raciocínio e conceitualização de um programa são tão sujeitos a um exame minucioso dentro de uma avaliação quanto quaisquer outros aspectos importantes do mesmo ( Rossi, Lipsey e Freeman, 2004 e Meeres, Fisher e Gerrard, 1995).

30 29 Em função destas questões, os avaliadores são, muitas vezes, incapazes de determinar com certeza quais atividades foram realmente implementadas como planejado, ou determinar quais os verdadeiros impactos que o programa produziu. Com o objetivo de melhorar a utilidade da avaliação, no final dos anos setenta, Josefh Wholey et al. introduziram a análise de avaliabilidade (Meeres, Fisher e Gerrard, 1995). A análise de avaliabilidade tem como objetivo identificar se o programa é bem concebido e consistentemente implementado de forma a se poder submeter a uma avaliação sistemática (Patton, 2002). Logo: a avaliabilidade é o exame sistemático e preliminar de um programa, em sua teoria e em sua prática, a fim de determinar se há justificativa para uma avaliação extensa e (ou) para melhor delimitar os objetivos do programa, bem como identificar área criticas a serem priorizadas na avaliação (Ferreira Lima, 2004). Segundo Youtie, Bozeman e Shapira (1999) A Análise de Avaliabilidade estuda o nível em que as características de cada programa afetam a possibilidade de realização de uma avaliação eficaz. A pré-avaliação pergunta, a que extensão é possível avaliar os efeitos do programa? O que deve ser medido? E, o que realmente pode ser medido? Este estudo é indicado como uma etapa preliminar antes da execução de avaliações extensas (Meeres, Fisher e Gerrard, 1995) e é particularmente recomendado para identificar necessidades de conhecimento e informação das partes interessadas, a fim de recomendar o foco e os métodos da avaliação (Leviton et al., 1998). Foi realizada uma adaptação no fluxo elaborado por Gris (figura 2), da Universidade de Montreal, que representa a pesquisa avaliativa, demonstrando os seis tipos de análises descritos por Contandriopoulos et al. (1997), na qual foi inserida a análise de avaliabilidade. Constata-se, nesta figura, que a análise estratégica não está representada. Isto se deve ao fato de a análise de avaliabilidade ou pré-avaliação incorporar este tipo de análise.

31 30 FIGURA 2 COMPONENTES DA INTERVENÇÃO E A PESQUISA AVALIATIVA Análise de Avaliabilidade / Pré-Avaliação Situação Problemática Análise dos efeitos Efeitos Serviços Objetivos Análise da intervenção Análise do rendimento Análise da produtividade Recursos Contexto Análise da implantação Adaptado de G ris, Universidade de Montreal, Segundo Leviton et al. (1998), a análise de avaliabilidade é um processo cíclico que consiste em quatro etapas: a. Clarificação dos objetivos do programa, realizado pela revisão dos seus documentos e por entrevistas com o gerente do programa e demais interessados; b. Desenvolvimento de um modelo de programa, incluindo objetivos imediatos, intermediários e finais, e indicadores de performance, seguidos da apresentação para o coordenador do programa como feedback. c. Exploração da realidade do programa por métodos tais como o exame das operações do programa e entrevistas com clientes e serviços de entrega (delivery) pessoal. Esse passo inclui a comparação da realidade do programa com o programa modelo e a revisão do mesmo, seguido novamente pela apresentação para o coordenador do programa como feedback. d. Elaboração das Recomendações para: a) Identificar áreas para o melhoramento do programa; b) Identificar componentes do programa que podem ser avaliados; c) Identificar quais questões avaliativas são úteis e praticáveis. Rossi, Lipsey e Freeman (2004) sugerem três etapas para a realização da análise de avaliabiliadade: a) a descrição do modelo lógico do programa com

32 31 atenção particular para a definição das suas metas e objetivos; b) a análise de quão bem definido e avaliável é o modelo; c) a identificação dos interesses do público alvo (stakeholders) na avaliação e o uso adequado das suas descobertas. Os avaliadores que conduzem a pré-avaliação buscam descrever e entender o programa por meio de entrevistas e observações, com o propósito de revelar sua realidade social da forma como é vista pelos que operam o programa, bem como por outros atores interessados (público alvo). Thurston, Grahan e Haltfield (2003) propõem as sete etapas abaixo para realização da analise de avaliabilidade: a) delimitar o programa identificando os objetivos, metas e as atividades que fazem parte do programa; b) analisar os documentos do programa; (c) elaborar o Modelo lógico do programa, contemplando as entradas, atividades pretendidas do programa, impactos pretendidos e suas ligações causais; d) observar a operação do programa; e) desenvolver um modelo de avaliação do programa; (f) identificar usuários da avaliação e outras partes interessadas chaves; e (g) realizar acordo para prosseguir a avaliação. A experiência demonstra que após as etapas de análise dos documentos do programa e da realização das entrevistas com os informantes-chave, o avaliador pode se deparar com três situações: 1) Os interessados podem ter diferentes pontos de vistas sobre a realidade do programa; 2) Os objetivos e metas do programa podem não estar bem definidos e 3) os interessados do programa têm diferentes visões sobre os objetivos do mesmo (Leviton et al., 1998). O desenvolvimento do Modelo Lógico do programa é entendido como uma das etapas fundamentais no processo de realização da análise de avaliabilidade. Para Rowan (2000), o Modelo Lógico é compreendido como um esquema visual onde é apresentado como um programa deve ser implementado e que resultado pode ser esperado. A Fundação W. Kellogg, no seu Guia de Desenvolvimento de Modelos Lógicos (2004), define-o como uma imagem de como sua organização realiza seu trabalho a teoria e os pressupostos subjacentes ao programa -, conectando os resultados (tanto de curto quanto de longo prazo) às atividades/processos do programa e aos seus pressupostos teóricos.

33 Análise de Avaliabilidade, na perspectiva de Leviton et al. (1998), foi escolhida como aporte teórico para o desenvolvimento desta dissertação. 32

34 33 3 METODOLOGIA Foi realizado um estudo de pré-avaliação ou avaliabilidade do Programa de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civil, com o propósito principal de clarificar e delimitar os seus objetivos, desenvolver o Modelo Lógico, determinar os elementos do programa passíveis de uma avaliação e identificar seus pontos de melhoria. Inicialmente, foi realizada uma análise de todos os documentos produzidos pelo Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalho NSST, referentes ao Programa de Prevenção de Quedas. Nesta análise documental, procurou-se identificar os objetivos do programa, as etapas para o seu desenvolvimento e implantação e suas metas. Esta etapa tem o objetivo de entender o programa como ele foi proposto (Leviton et al., 1998). A partir daí, foram entrevistados oito informantes-chave envolvidos diretamente ou não com a execução do programa em Salvador e Feira de Santana, conforme roteiro de entrevista semi-estruturada (Apêndice A), sendo que, destes, um era Coordenador do Programa do Departamento Regional do SESI Bahia, dois foram Coordenadores Locais, dois, executores diretos, dois, beneficiários do PQ e um, funcionário do Comercial do SESI. Foi obtido o consentimento dos entrevistados para a realização das entrevistas, que foram gravadas, transcritas e analisadas. Manteve-se o anonimato dos entrevistados e o sigilo das informações. Estas entrevistas foram realizadas por entrevistador externo, com doutorado na área de avaliação de programas pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia.

35 34 Com o intuito de analisar o conteúdo das informações coletadas através das entrevistas com os informantes-chave, foi desenvolvida as categorias analíticas do quadro 1. Quadro 1 Categorias de análise das diferentes percepções dos diferentes atores sobre o Programa de Quedas do SESI-Bahia, Ator Objetivos Etapas do Programa Resultados esperados/não esperados Lacunas avaliação para Recomendações A análise das percepções dos diferentes informantes-chave sobre o Programa de Quedas está no Apêndice C. Após a realização da análise documental e da análise das entrevistas e com o objetivo de facilitar o pensamento, planejamento, comunicação e o entendimento sobre o programa, foi elaborado o Modelo Lógico do programa, representando suas dimensões, sub-dimensões e critérios, conforme definido no item 3.1 Principais Categorias de Analise, deste trabalho. Em seguida, foi elaborada uma matriz (quadro 2), com o propósito de definir as dimensões, sub-dimensões e critérios para a realização de avaliações nesse programa. Como estes parâmetros não são objetivamente estabelecidos, foi necessário estabelecer um consenso entre os mesmos. Para tanto, foi aplicado o método de Delfos (Souza, Luiz Eugênio P. F. et al., 2005), submetendo a matriz à análise e proposições por parte de um comitê de experts, com o propósito de validar, ajustar e/ou selecionar, através do consenso de especialistas, as dimensões, subdimensões e critérios de avaliação do Programa SESI Bahia de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civil.

36 35 Quadro 2 - Seleção de dimensões e critérios para avaliação do Projeto de Prevenção de Quedas submetida ao comitê de experts, DIMENSÃO SUB- DIMENSÃO CRITÉRIO/PADRÕES PONTUAÇÃO (NOTA DE ZERO A 10) Planejamento das Ações: a) Há um plano de trabalho com clareza dos objetivos; b) Há coerência entre as ações propostas e o problema identificado; c) As estratégias de intervenção estão claras e bem descritas; Coordenação (controle gerencial): Planejamento a) Há uma coordenação central que acompanha periodicamente a execução da intervenção; b) Há uma coordenação local que acompanha periodicamente a execução da intervenção; c) Há avaliações periódicas anuais ou semestrais. Gestão Supervisão e acompanhamento das ações (controle técnico): a) Há um membro da equipe responsável pelo controle técnico; b) São realizadas supervisões (auditorias) in loco das ações desenvolvidas; c) As ações são acompanhadas através da análise do banco de dados pelo responsável técnico. Sistema de Informação: a) Há um sistema de informação que ampara o Programa; Avaliação b) O sistema de informação permite o registro de dados de forma adequada com boa qualidade de registro; c) O banco de dados é analisado pela coordenação; d) A análise do banco de dados é disseminada internamente pela coordenação periodicamente; e) A análise do banco de dados é disseminada externamente e periodicamente com os sindicatos trabalhadores, DRT, SINDUSCON e demais atores envolvidos. Cobertura Potencial = Total de canteiros que aderiram ao PQ X 100 Total de canteiros da indústria da CC na Bahia Cobertura Cobertura Real = Total de canteiros que concluíram a 2ª visita X 100 Total de canteiros da indústria da CC na Bahia Práticas Evasão por Perda = EP EP = 100 (Total de canteiros que concluíram a 1ª visita no PQ X 100) Total de canteiros que aderiram ao PQ Evasão Evasão por Execução = EE EE = 100 (Total de canteiros que concluíram a 2ª visita X 100) Total de canteiros que aderiram ao PQ Resultados Desempenho Análise do desempenho dos canteiros entre a primeira e a segunda visita a partir das variáveis de chek-list: nota inicial versus nota final. Sugestões Observações: Pontua-se 10, caso esta seja uma dimensão com prioridade máxima. Pontua-se zero para exclusão da dimensão.

37 36 A matriz acima foi encaminhada para apreciação de um comitê composto por quatro especialistas, com formações distintas e complementares, nas áreas de Engenharia de Segurança do Trabalho, Medicina de Trabalho, Epidemiologia e Ergonomia, oriundos dos setores de Serviços de Segurança e Saúde do Trabalho, Acadêmico e de Fiscalização. Para obtenção do consenso entre experts que compõem o comitê. Foi encaminhada, por , para os Especialistas a matriz (quadro 4) e uma correspondência que apresentava o nome do pesquisador, a instituição de trabalho, a proposta do estudo, seus objetivos, a garantia do sigilo e o retorno dos resultados agregados (apêndice B). Nessa carta, foi solicitado aos especialistas que atribuíssem de 0 (zero) a 10 (dez) pontos a cada um dos critérios, em virtude do seu grau de importância, esclarecendo que 0 (zero) corresponderia a exclusão do critério e 10 (dez) significaria o grau máximo de importância. Foi informado também, que os experts poderiam propor modificação nas dimensões, sub-dimensões e critérios, exclusão e ou inclusão de novos parâmetros. Os resultados obtidos foram tratados estatisticamente, através do cálculo das médias aritméticas e dos desvios-padrões. Foi realizada uma rodada de consulta, na qual se evidenciou um alto grau de importância e consenso dos especialistas quanto aos critérios propostos. Após a validação do Modelo Lógico do programa, ver figura 3, página 45, foram estimadas as coberturas potenciais e coberturas reais do programa juntos aos canteiros de obra para o estado e por zona de cobertura do SESI DR Bahia. Os números de canteiros na Bahia foram levantados junto ao CREA/Ba, através de sua base de dados informatizada, incluindo a quantidade e tamanho dos canteiros de obras. Para tanto, foram pesquisadas junto as ART s (Anotações de Responsabilidade Técnica) registradas em 2005, referentes à execução de obras com até m 2, em cada município baiano. Os dados foram agrupados por regiões do estado, correspondentes a áreas de negócios do SESI, e, do total de cada região, foram identificados e destacados os municípios que concentram maior número de ART s. Foram utilizadas as fórmulas abaixo para realização dos cálculos: a) Cobertura Potencial Proporção de canteiros que aderiram ao programa em relação ao total de canteiros;

38 CP = (Total de canteiros que aderiram o programa / Total de canteiros da indústria da CC na Região) X b) Cobertura Real Proporção de canteiros que concluíram o programa em relação ao total de canteiros. CP = (Total de canteiros que a concluíram a 2ª visita / Total de canteiros da indústria da CC na Região) X 100 Foi calculada também a evasão por perda da intervenção, no que se refere à relação entre os canteiros que aderiram e receberam a intervenção, e também a evasão por execução, relacionada à capacidade de execução que se refere à proporção dos canteiros que finalizaram o Programa. a) Evasão por Perda = EP EP = 100 (Total de canteiros que concluíram a 1ª visita no PQ/ Total de canteiros que aderiram ao PQ) X 100 b) Evasão por Execução = EE EE = 100 (Total de canteiros que concluíram a 2ª visita / Total de canteiros que aderiram ao PQ) X 100 Além disso, foram realizadas pelo autor desta dissertação duas visitas, uma em Salvador outra em Feira de Santana, a canteiros de obras que aderiram ao Programa de Quedas (PQ) onde foram observadas as questões relacionadas à sua execução. Também foi realizada a análise do banco de dados em Epi-Data do PQ, através do EpiData-Analysis, na qual foram obtidas as freqüências simples das principais variáveis de interesse.

39 PRINCIPAIS CATEGORIAS DE ANÁLISE Para fins do presente estudo escolheram as seguintes definições para a análise dos dados deste trabalho: A gestão foi entendida como um processo de condução políticoadministrativa em um determinado sistema, instituição ou empresa, que implica a tomada de decisões, o planejamento e a programação das ações, o acompanhamento e avaliação do processo e dos resultados alcançados. (Teixeira, 2005). Já o planejamento foi considerado para este estudo como o cálculo que precede e preside a ação (Matus, 1881), podendo ser entendido como um processo racional que consiste no desenvolvimento, execução e acompanhamento de intervenções que têm como propósito responder à solução de problemas e às necessidades individuais e coletivas, para tanto, definindo objetivos, atividades e recursos necessários (Teixeira, 2005). Quanto a Avaliação adotou-se o seguinte conceito: Coleta sistemática de informações sobre as atividades, características e resultados dos programas com o propósito de fazer julgamentos sobre o programa e/ou para subsidiar o processo de tomada de decisões sobre futuras programações (Patton, 1997 apud Vieira-da- Silva, 2005) As práticas se referem à execução propriamente dita de uma intervenção. A cobertura é compreendida como a proporção da população alvo que foi beneficiada pelo programa (Rossi et al., 2004). A população-alvo é o universo de pessoas, ou nesse caso, os canteiros que precisam da intervenção e para o qual a mesma é endereçada. A evasão diz a relação entre aos canteiros que aderiram ao programa e as que receberam a intervenção e também a capacidade de execução que se refere à proporção das empresas que finalizaram o programa.

40 39 Quanto ao resultado este estaria relacionado tanto com o produto da intervenção quanto na melhoria esperada na situação problema (Vieira-da Silva, 2005). A melhoria de desempenho dos canteiros refere-se aos efeitos observados entre a primeira e segunda visita no canteiro, a partir das variáveis do check-list. (Anexo A)

41 40 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Neste capítulo serão apresentados e discutidos os resultados para evidenciar os cumprimentos dos objetivos específicos colocados na introdução. 4.1 DELIMITAÇÃO DOS OBJETIVOS Após a análise de documentos e das entrevistas exploratórias, verificou-se a ausência de um consenso em relação aos objetivos do programa entre os membros da intervenção. Diferenças significativas foram observadas entre o que consta dos documentos e o que pensam os informantes-chave, como pode ser visto no quadro comparativo abaixo:

42 41 Quadro 3 - Comparativo para delimitação dos objetivos do programa Fonte Objetivos NC Identificar o perfil dos profissionais responsáveis pelas obras (engenheiros residentes, mestres de obras, etc.), a fim de que, posteriormente, seja possível propor atividades voltadas para a 0 Documentos do Programa capacitação dos mesmos. Divulgar informações para os trabalhadores e empregados, voltadas para a prevenção de acidentes de trabalho, principalmente, por quedas, na indústria da construção civil no estado da 0 Bahia. Criar relações com as empresas da indústria da construção civil 2 Entrevistas Informantes - Eliminar os fatores de risco e/ou melhorar as condições de segurança na construção civil. 5 Chave Atender às Normas da legislação vigente 1 Contribuir para a redução dos acidentes de trabalho, principalmente por quedas, na indústria da construção civil no estado da Bahia. Objetivos identificados nos 2 Documentos do Programa Sensibilizar empresários e trabalhadores da construção civil para a melhoria das condições de SST, priorizando a prevenção de acidentes por quedas. 3 e nas Entrevistas com os Fornecer aos empresários da construção civil orientações técnicas referentes à SST, priorizando Informantes-chave as condições favoráveis à ocorrência de quedas. 3 Conhecer as condições de SST nos canteiros de obras da Bahia 1 NC Número de citações nas entrevistas com oito informantes-chave. Embora se constate na análise documental que o objetivo principal do programa é Contribuir para a redução dos acidentes de trabalho, principalmente por quedas, na indústria da construção civil no estado da Bahia, este objetivo só foi reconhecido por dois dos oito entrevistados, como é verificado a seguir: (...) visa minimizar os acidentes na construção civil (...) (Executor 1) É reduzir este índice de acidentes que têm na construção civil. Como já foi citado, a maioria ocorre justamente ligada à essa área (...) (Executor 2) Observou-se que, apesar de não estar descrito nos documentos do programa como um objetivo, a eliminação dos fatores de riscos e/ou melhoria das condições de segurança nos canteiros foi considerada como tal por cinco dos oito entrevistados, conforme trechos abaixo: (...) com isso buscar uma melhoria do ambiente (...) (Coordenador do DR) (...) o engenheiro da obra ou técnico pode estar implementando as melhorias nos pontos mais críticos.(comercial)...) melhorar as condições de segurança na construção civil (...) (Executor PQ1) (...) Esse é o nosso objetivo, que é eliminar os riscos de acidentes na CC. Este é o nosso foco.(coordenador B) Prevenir, pra diminuir os riscos, porque, segundo o rapaz que eu esqueci o nome dele, ele veio aqui, ele era da área da indústria, e na indústria ele já conseguiu (...) bastante os acidentes, e agora eles tiraram ele da indústrias passaram pra área de

43 construção civil pra ver se reduz mais ainda, se consegue resolver, porque a área da construção civil... (Beneficiário B) Desta forma, deduz-se que, na opinião da maioria dos informantes-chave, o objetivo Eliminar os fatores de risco e/ou melhorar as condições de segurança na construção civil é considerado como o principal do programa, e não aquele que está descrito em seus documentos. 42 Dos objetivos específicos identificados na análise documental, dois foram apontados em maior número nas entrevistas, com três citações para cada: a. Sensibilizar empresários e trabalhadores da construção civil para a melhoria das condições de SST, priorizando a prevenção de acidentes por quedas. (Análise documental). (...) foco maior do SESI é de estar (...) sensibilizando os dirigentes e trabalhadores da importância de se estar cuidando da saúde desse trabalhador. (Comercial) Sensibilizar o engenheiro e o dono da empresa sobre os riscos do ambiente de trabalho.(coordenador A) (...) objetivo é buscar a conscientização dos empresários, porque é como se fosse uma pirâmide. A pirâmide tem um topo e uma base. Geralmente, começamos pela base, os trabalhadores. Hoje em dia, visamos o topo, começar de cima, sensibilizar o topo para depois descer. (Executor 1) b. Fornecer aos empresários da construção civil orientações técnicas referentes à SST, priorizando as condições favoráveis à ocorrência de quedas. (Análise Documental). Possibilita apresentar aos gerentes dos canteiros de obra a situação do ambiente de trabalho.(coordenador DR) (...) o mais importante disso é a orientação que a gente tem, a gente tem uma certa, um acompanhamento mais teórico para ajudar a gente no dia a dia, na parte de gerenciamento da obra e alguém de fora para fazer uma avaliação. (Beneficiário A) (...) o relatório serviu para a gente ter uma fotografia da obra, visando a parte de segurança do trabalho. (Beneficiário A) Alguns atores consideram ainda o criar relações com as empresas da indústria da construção civil como sendo um objetivo do programa, muito embora o mesmo não tenha sido identificado na análise documental. Os coordenadores A e B

44 vêem no programa uma porta de entrada para outros projetos e programas devido ao seu caráter de gratuidade, como pode ser visto nas seguintes transcrições: 43 É um atrativo para captar novos clientes aos outros programas como o PSST (Coordenador A) (...) Eu vejo também, como prioridade, criar um laço com a empresa. É um projeto que não tem custos, mas isso pode me trazer outros projetos. (Coordenador B) Dois dos objetivos específicos do programa, descritos em seus documentos, Identificar o perfil dos profissionais responsáveis pelas obras (engenheiros residentes, mestres de obras, etc.), a fim de que posteriormente seja possível propor atividades voltadas para a capacitação dos mesmos e Divulgar informações para os trabalhadores e empregados voltadas para a prevenção de acidentes de trabalho, principalmente por quedas na indústria da construção civil no estado da Bahia, não foram citados nas entrevistas, portanto, não foram reconhecidos pelos entrevistados. Além do não reconhecimento deste objetivos, foi observado que o instrumento de coleta de informações (check-list) no canteiro de obra não contempla essas questões. Logo, pode-se constatar que os objetivos do programa não estão bem definidos e as partes envolvidas no mesmo têm diferentes percepções sobre os seus objetivos, em virtude disso o mesmo foi modificado. De uma forma geral é comum a identificação destas situações durante a Análise de Avaliabilidade de Programas (Leviton et al., 1998). Porém, por não se saber qual o efeito desta questão na operacionalização do programa, deduz-se que esta é uma área problema a ser avaliada. 4.2 DELIMITAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DAS ETAPAS DE OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA POR PARTE DOS MEMBROS DA INTERVENÇÃO No tocante às etapas de operacionalização do programa, tanto no que diz respeito à realização da prospecção dos canteiros, quanto à realização das visitas e entrega dos relatórios, observa-se que o fluxograma das etapas do programa está bem definido na percepção dos entrevistados:

45 a. Prospecção comercial; b. Fechamento do termo de adesão; c. Comercial informa engenheiro (Abraão); d. Abraão faz agendamento com empresa; e. A empresa vem buscar o técnico; f. Faz a visita em quatro horas; g. O técnico monta o relatório com assinatura do engenheiro - Nota de 0 a 10; h. Entrega do relatório pelo moto-boy com duas vias (gerente e diretor); i. Agenda visita após 30 dias da entrega do relatório, mas avisa quinze dias antes; j. Faz segunda visita; l. Entrega o relatório. (Coordenação DR). (...) Inicialmente, o comercial faz a prospecção e fecha o contrato. Emite autorização de serviço e indica pessoa de contato na empresa. A empresa é então cadastrada na planilha de controle (...). O estagiário tenta agendar a primeira visita. (...) ao voltar da visita, (...) preenche o check-list no meio eletrônico (...). Faz o primeiro relatório a partir dos itens de não conformidade(...). São enviadas duas cópias (uma para gerente e outra para diretor) (...) É agendada uma segunda visita em um mês (essa segunda visita está acontecendo com mais de um mês). (...) É elaborado um segundo relatório que faz comparação com o anterior e novas recomendações. A entrega do segundo relatório é feita pela empresa (...) (Coordenação A) Consiste em duas visitas técnicas: a primeira, depois se emite um relatório e temos um prazo de trinta dias para fazer uma segunda visita. Depois, emitimos um segundo relatório (Executor PQ 1) (...) A gente faz um check-list, levanta os problemas, tira fotos, coloca sugestões, leva o relatório. Explica, passa para o engenheiro, mostra os problemas e aguarda trinta dias para voltar lá para ver o que foi feito ou não (...) (Coordenação B) Nota-se, no entanto, que nenhum dos informantes-chave citou as etapas de inserção das informações dos relatórios no banco de dados, análise do banco de dados e disseminação de informações com as partes interessadas. Em virtude disso, é admissível deduzir que não há uma percepção plena de todas as etapas do programa descritas no item , deste trabalho, por parte dos informantes-chave. Por não se saber qual o impacto desta questão na operacionalização e nos resultados do programa inferiu-se que esta é uma área a ser avaliada. 44 As entrevistas com os informantes-chave apontaram alguns problemas relacionados com a operacionalização do programa, apresentados a seguir: a. Dificuldade no agendamento das visitas aos canteiros (...) Principal problema identificado: dificuldade no agendamento para a visita. Segundo ele, como é sem custo para a empresa, ela não o valoriza. (Coordenação A)

46 45 (...) Eu atribuo esse atraso ao problema dos agendamentos (...) (Executor PQ 1) b. Atraso na execução das etapas do programa (...) Eu atribuo esse atraso ao problema dos agendamentos (...) (Executor PQ 1) (...) Com alguns problemas, não conseguia entregar no prazo. Começou a embolar (...), decidimos que eu iria marcar tudo já que eu tenho controle do meu horário, o combinado foi fazer duas visitas semanais para dar tempo de fazer o relatório. Um relatório demora oito horas para ficar pronto e ainda tem outras questões (...) (Executor PQ 2) (...) tem uma segunda visita, você teve o relatório da segunda visita? Não, não chegou não, só a primeira visita, só a primeira. Teve a segunda visita? Teve a segunda visita, mas não teve relatório(...) (Beneficiário B) c. Problemas relacionados à evasão dos canteiros do Programa (...) A gente tem um problema na CC que são obras muito rápidas, tem obras que fechamos, mas não implementamos nada (...) (Coordenação B) (...) Em 10%, nós não conseguimos implantar. A gente está com Em 2-3, (...) a gente não conseguiu em cerca de 10-15%. No geral, eu acho que foi bem aceito o projeto. (Coordenação B) (...) A outra dificuldade foi que há canteiros que foram obras muito rápidas, não foi nem muito rápida, foi que quando a gente fechou a adesão, já estava quase em conclusão (...). Por alto, oito delas estão fechadas. As demais foram abertas agora. (Executor PQ 2) Estas questões precisam ser estudadas para que haja uma maior compreensão de sua dimensão e de suas causas e impactos no programa. Em relação à evasão, este problema será tratado mais adiante neste estudo. 4.3 DESENVOLVIMENTO DO MODELO LÓGICO DO PROGRAMA Com base nas análises dos documentos e das entrevistas com os informantes-chave, foi elaborado o modelo lógico do Programa, representado na figura 3.

47 Figura 3 - Modelo Lógico - Programa SESI de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civill GESTÃO Planejamento, Coordenação e Supervisão OPERACIONALIZAÇÃO 46 Avaliação / Sistema de Informação Objetivos N 1 Estratégias Metas Lançamento das informações no b anco de d ados N 4 Geral Específicos Elaboração do instrumento de coleta de dados Melhorar as condições de SST nos canteiros de obras, reduzindo os fatores de riscos de ocorrência de quedas Sensibilizar empresários e trab. da Const. Civil para a melhoria das condições de SST, priorizando a prevenção de acidentes por quedas Fornecer aos empresários da Const. Civil orientações técnicas referentes a SST, priorizando as condições favoráveis à ocorrência de quedas Identificar o perfil dos profissionais responsáveis pelas obras (engenheiros residentes, mestres de obras, etc.) a fim de que posteriormente seja possível propor atividades voltadas para a capacitação dos mesmos Desenvolvimento de banco de dados Formação e treinamento da equipe gestora e executora local Divisão geográfica do estado em 05 regiões Estabelecimento de parcerias com sindicatos Levantamento das empresas a serem contactadas Evento de lançamento do programa Visita de prospecção às empresas Descrição Número de empresas que aderiram ao programa Número de canteiros que aderiram ao programa Número de trabalhadores atendidos no programa Quantidade Analise das informações coletadas no banco de dados Elaboração de relatório anual do projeto Disseminação das informações junto aos parceiros Divulgar informações para os trabalhadores e empregadores voltadas para a prevenção de acidentes de trabalho, principalmente por quedas na Indústria da Const. Civil Cronograma de implantação do programa nas 05 regiões Futuras ações do NSST Contribuir para a redução dos acidentes de trabalho quedas, principalmente por Montagem do sistema de informação Criar relações com as empresas da Indústria da Construção Civil Conhecer as condições de SST nos canteiros de obras Acompanhamento e Supervisão Técnica PRÁTICAS N 3 Sensibilização das empresas contactadas e assinatura do termo de adesão N 2 Relatório 01 Elaboração de Relatório Agendamento / Realização Agendamento / Realização Elaboração de Relatório Relatório da primeira visita da segunda visita 02 N3 Entrega do relatório à empresa Fim N Aceite da empresa? S Agendamento das visitas ao canteiro da empresa N S Entrega do relatório ã empresa Tomada de decisões por parte da empresa Concluída a primeira visita? Tomada de decisões por parte da empresa Cobertura Evasão RESULTADOS Melhoria de Desempenho dos Canteiros N 5 46

48 47 Foram representadas neste diagrama cinco áreas que admitem uma necessidade de avaliação do programa. Três no nível de suas práticas e resultados: o processo de agendamento de visitas; a elaboração dos relatórios das visitas e a melhoria de desempenho dos canteiros na auditoria e outras duas no nível de sua gestão: o impacto do dissenso dos objetivos e o sistema de informação. A constatação destas áreas problema foi fruto das entrevistas com os informanteschave, da análise dos documentos do programa e da análise do banco de dados. 4.4 DEFINIÇÃO DA MATRIZ DE DIMENSÕES E CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DO PROGRAMA O resultado da apreciação da matriz apresentada no quadro 4, para avaliação do programa por experts, com todos os itens atingindo média aritmética acima de 9,25 e desvio padrão menor ou igual a 1 (quadro 4), demonstrou um alto grau de importância e consenso nas dimensões, sub-dimensões e critérios propostos. Os dados evidenciam que os especialistas consideram a supervisão e acompanhamento das ações (controle técnico), a cobertura, a evasão e o desempenho dos canteiros entre a primeira e segunda visita como os principais critérios para a avaliação do programa.

49 48 48

50 ESTIMATIVA DA COBERTURA E EVASÃO DO PROGRAMA Pode-se observar, na Tabela 1, que, no ano de 2005, o Programa de Prevenção a Quedas obteve a adesão de 105 canteiros e 84 empresas, com um total de 4276 trabalhadores, superando, assim, a previsão de atendimento a 93 canteiros, 36 empresas e 2195 trabalhadores, definida na análise documental. É importante salientar, no entanto, que o número real de trabalhadores dos canteiros onde foram realizadas as inspeções é maior do que o registrado no banco de dados, pois não houve a coleta desta informação em dezesseis canteiros, sendo seis na Região Metropolitana de Salvador RMS, nove na região de Feira de Santana e um na região de Vitória da Conquista. Nota-se que, apesar de ocorrer em todas as regiões, esta situação é mais critica em Feira de Santana, com a falta de coleta da informação em 50% dos canteiros da região. Este fato revela problemas de levantamento incompleto de informações durante as visitas de inspeções e, com isso, é possível perguntar: este fato restringe-se apenas à variável número de trabalhadores, ou também a outras? quais seriam os motivos? por que a situação é mais acentuada na região de Feira de Santana? Com isso constata-se a necessidade de estudar melhor estas questões. Tabela 1 - Número de Canteiros na Bahia com Adesão e Atendidos pelo PQ Segundo Visita, Número de Trabalhadores, SESI - BA, Unidades Região / Principal Total de Canteiros N o. de Canteiros Cidade CREA / ART Execução que aderiram ao Visita 1 Visita 2 NSST / Lucaia Feira de Santana Vitória da Conquista RMS Região de Feira Região Sudoeste Salvador Feira de Santana Vitória da Conquista TOTAL Fonte: 1) Banco de Dados, NSST, No. de Trabalhadores 1 214*** * Apenas 63 canteiros dos 69 do Bando de Dados EpiData 2) Levantamento junto ao CREA/BA. ** Apenas 09 canteiros dos 18 do Banco de Dados EpiData 3707* 355** *** Apenas 06 canteiros dos 07 do Bando de Dados EpiData Na Tabela 2, observa-se que a cobertura potencial estimada total para as regiões onde o programa foi operacionalizado foi de 6,8% dos canteiros, da qual 10,36% em Salvador, 22,0% em Feira de Santana e 12,3% em Vitória da Conquista. Como a cobertura real total ficou em 5,6% dos canteiros, percebe-se que houve uma

51 50 redução de 1,2 ponto percentual em relação à cobertura potencial total, isto devido às perdas de canteiros durante a operacionalização do programa. Outra área do programa que merece ser avaliada é a baixa cobertura. Constata-se que em Feira de Santana, cidade que teve a maior cobertura potencial, a diferença entre a cobertura potencial e a cobertura real foi de 9 pontos percentuais, demonstrando uma situação diferente das demais cidades onde o programa está implantado. Com isso observa-se a necessidade de se avaliar esta questão neste município. Tabela 2 - Cobertura Potencial e Real por Região. SESI - BA, Unidades Região / Principal Cidade % Cobertura Potencial 1 % Cobertura Real 2 NSST / Lucaia Feira de Santana Vitória da Conquista RMS Região de Feira Região Sudoeste 7,13 7,49 3,88 6,36 4,56 3,40 Salvador Feira de Santana Vitória da Conquista 10,36 22,00 12,31 9,43 13,00 10,77 TOTAL 6,77 5,61 Fonte: 1) Banco de Dados, NSST, ) Levantamento junto ao CREA/BA. Conforme a Tabela 3, dos canteiros que aderiram ao programa, em 10,5% não foi realizada nenhuma ação e em 17,1% não ocorreu a segunda visita. Apesar de todas as regiões apresentarem perdas, observa-se que este problema alcançou uma maior dimensão na região de Feira de Santana, onde a evasão por perda foi de 22,7% e a evasão por execução foi de 40,9%, ou seja, apenas 59,1% dos canteiros que aderiram ao programa concluíram a segunda visita. Verifica-se, assim, uma necessidade de avaliar esta questão na unidade de Feira de Santana. Em Salvador, houve uma menor evasão de canteiros, com 6,0% por perda e 9,0% por execução, sendo importante salientar que, conforme a tabela 1, dos 105 canteiros que aderiram ao programa, 67 estão localizados neste município, logo 63,8% do total de canteiros.

52 51 Tabela 3 - Evasão por Perda, Execução e Percentual de Execução do PQ por Região. SESI - BA, Unidades NSST / Lucaia Feira de Santana Vitória da Conquista Fonte: 1) Banco de Dados, NSST, Região / Principal % Evasão Cidade Por Perda 1 Por Execução 2 % Execução 3 RMS 6,76 10,81 89,19 Salvador 5,97 8,96 91,04 Região de Feira 21,74 39,13 60,87 Feira de Santana 22,73 40,91 59,09 Região Sudoeste 12,50 12,50 87,50 Vitória da Conquista 12,50 12,50 87,50 TOTAL 10,48 17,14 82,86 Não foram encontradas durante a revisão da literatura estudos sobre a análise de cobertura e evasão aplicada em programas de segurança do trabalho que possibilitassem uma discussão mais elaborada sobre estas questões. 4.6 ANÁLISE DO DESEMPENHO DOS CANTEIROS Como pode ser visto na tabela 4, as inspeções nas obras ocorreram principalmente nas etapas do processo de construção de estruturas e acabamento, sendo que, a primeira visita ocorreu em 44,6% na etapa de construção de estruturas e 29,4% na fase de acabamento, totalizando 73,9% e a segunda visita aconteceu em 42,4% na etapa de construção de estruturas e a segunda 37,7 % na fase de acabamento, fazendo um total de 80%. Segundo Araújo, 2002, a construção de estruturas é a etapa que envolve o maior número de trabalhadores e a maior probabilidade de ocorrências de acidentes do trabalho e as quedas de altura ou do mesmo nível são as causas principais de acidentes fatais ou de lesões incapacitantes nesta etapa do processo de construção (Hinksman, 1998). Demonstra-se, assim, uma coerência entre o momento do processo construtivo em que ocorreu a intervenção e a etapa de obra onde é maior o volume de atividades em altura, inferindo-se assim, que é também é maior a possibilidade de ocorrência de quedas.

53 52 Tabela 4 - Canteiros atendidos pelo PQ segundo Etapa da Obra e Visita, SESI - BA, Etapa da Obra Visita 1 Visita 2 N o. % N o. % Sem Informação 7 7,61 5 5,88 Terraplanagem 0 0,00 0 0,00 Escavação 3 3,26 2 2,35 Fundação 9 9,78 4 4,71 Estrutura 41 44, ,35 Acabamento 27 29, ,65 Pavimentação 2 2,17 2 2,35 Demolição 0 0,00 0 0,00 Reforma 1 1,09 1 1,18 Manutenção 2 2,17 3 3,53 Total , ,00 Fonte: 1) Banco de Dados, NSST, No levantamento das etapas da obra nos canteiros que participaram do programa, reaparece o problema de coleta incompleta de informações, pois em 7,6% das primeiras visitas e 5,6% das segundas visitas, não houve o registro nos checklists da etapa do processo construtivo em que se encontrava a obra, no momento da inspeção. Na Tabela 5, pode ser visto que foi atribuída na primeira inspeção a nota geral de 6,3 pontos, o que qualifica o desempenho dos canteiros de obra como bom, havendo uma melhoria, estatisticamente significante para um intervalo de confiança de 95%, na segunda inspeção com a nota geral passando para 7,1 pontos. De um modo geral, observa-se que todas as dimensões obtiveram melhoria na segunda inspeção, porém, é possível perceber, na Tabela 5, que as dimensões Proteção Contra Quedas em Alturas e Andaimes obtiveram as piores notas, respectivamente, na primeira inspeção as notas 4,1 e 4,7 e na segunda, 5,8 e 5,4. Na mesma tabela, podemos observar que na dimensão Andaimes mesmo havendo uma ampliação da nota entre as visitas, esta não foi estatisticamente significante para um intervalo de confiança de 95%. Considerando que, em estudos na Inglaterra, constatou-se que as mortes por quedas acidentais, particularmente por quedas em andaime, tem uma freqüência elevada (Dong,1995) e que, de acordo com o U.S. Department of Labor/Bureau of Labor Statistics (1996), em 1994, 32,2 % das mortes relacionadas a acidentes do trabalho na construção civil, foram causadas por quedas e a metade destas foram: quedas de telhado/coberturas, andaimes e outras plataformas temporárias.

54 53 Com isso, deduz-se que, mesmo havendo uma melhoria das notas nestas dimensões entre as visitas, as suas condições gerais continuam avaliadas como regular e que, apesar da nota geral classificar o desempenho dos canteiros como bom, as duas dimensões de maior importância em relação ao risco de ocorrência quedas obtiveram as piores notas. Tabela 5 - Nota média obtida por dimensões principais com os respectivos IC 95% segundo o check -list nos canteiros de obra atendidos pelo PQ. SESI-BA, Dimensões Principais Visita 01 Visita 02 n Média IC (95%) n Média IC (95%) Escadas, rampas e passarelas 89 6,52 6,20-6, ,15 6,77-7,53 Proteção contra quedas em altura 88 4,05 3,47-4, ,79 5,16-6,41 Movimentação, transporte pessoas e materiais 43 6,89 6,28-7, ,89 7,46-8,32 Andaimes 71 4,69 4,21-5, ,44 4,84-6,04 Instalações Elétricas 88 6,62 6,27-6, ,04 6,62-7,46 Equipamentos e Proteção Individual 90 7,78 7,43-8, ,08 7,79-8,38 Limpeza 89 7,21 6,81-7, ,75 7,36-8,13 Nota Geral 90 6,27 6,00-6, ,05 6,76-7,35 Fonte: 1) Banco de Dados, NSST, Pode-se constatar, na Tabela 6, que, na dimensão Proteção contra quedas em altura, os itens abertura de piso e periferia de laje foram os mais avaliados e apresentaram o pior desempenho, com respectivamente notas 3,2 e 3,9 na primeira inspeção, logo classificados como desempenho ruim, melhorando as respectivas notas para 4,8 e 5,9 na segunda inspeção, caracterizando o seu desempenho como regular. Estudos do Departamento nacional do SESI (1991), realizados em alguns estados brasileiros, identificaram a abertura em piso de laje sem proteção, ausência de guarda-corpo e caixa de elevadores sem proteção como pontos críticos para ocorrência de quedas. Tabela 6 - Nota média obtida na dimensão Proteção contra quedas em altura segundo o check -list nos canteiros de obra atendidos pelo PQ. SESI-BA, Proteção contra quedas em altura Visita 01 Visita 02 n Média n Média Aberturas de piso 67 3, ,82 Periferia de lage 70 3, ,89 Tela de bandeja a bandeja 18 4, ,41 Bandeja principal 36 6, ,81 Caixa dos elevadores 50 5, ,77 Bandeja Secundária 13 6, ,06 Terciária 2 2, Outros 1 0, Fonte: 1) Banco de Dados, NSST, 2006.

55 54 Como pode ser visto na Tabela 7, na dimensão Andaimes, o item andaimes simplesmente apoiados foi o mais avaliado e o que apresentou as piores notas, obtendo 3,5 na primeira visita e 3,8 na segunda, representando um desempenho ruim nas duas inspeções. Tendo nos seus sub-itens sistemas de guarda corpo, sapatas, escadas de acesso ou rampa e área abaixo isolada os piores desempenhos, sendo todos classificados como péssimo ou ruim nas duas visitas. Constatou-se também que, nos sub-itens base de apoio, sistemas de guarda corpo e sapatas ocorreu uma redução das notas entre a primeira e segunda inspeção. Não é possível fazer nenhum tipo de inferência nesta questão, logo identifica-se como uma área problema a ser avaliada. O sub-item sistemas de guarda corpo, que tem grande impacto na redução do risco de ocorrência de quedas nos andaimes, foi avaliado como péssimo, obtendo na primeira inspeção a nota de 0,5 e de 0,3 na segunda Considerando que os principais acidentes na utilização de andaimes simplesmente apoiadas estão relacionados a quedas de pessoas e materiais (Hinksman, 1998) e geralmente decorrem principalmente por falhas no dispositivo de suporte bem como problemas em sua estrutura (Pinnagoda, 1997). Com isso deduzse que houve pouca ou nenhuma evolução no desempenho destes canteiros entre as inspeções.

56 55 Tabela 7 - Nota média obtida na dimensão Andaimes segundo o check -list nos canteiros de obra atendidos pelo PQ. SESI-BA, Andaimes Visita 01 Visita 02 n Média n Média Andaimes simplesmente apoiados 68 3, ,84 Andaimes fachadeiros 18 4, ,06 Andaimes suspensos mecânicos pesados 13 8, ,36 Cadeira suspensa 2 7,13 4 2,38 Andaimes suspensos mecânicos 12 7, ,07 Andaimes suspensos mecânicos leves 13 7, ,25 Andaimes móveis 2 4,77 1 4,44 Andaime em balanço 1 3,71 4 7,64 Outros 2 1,00 1 6,00 Andaimes Simplesmentes apoiados Visita 01 Visita 02 n Média n Média Base de apoio Sistema de guarda corpo Sapatas Escada de acesso ou rampa Travamento das peças Interligação segura Estroncamento na edificação Equipamento de içar independente Piso de trabalho máx. 2,00 m Área abaixo isolada Fonte: 1) Banco de Dados, NSST, RECOMENDAÇÕES PARA O PROGRAMA Após análise das estratégias e frente às descobertas deste estudo, podese emitir algumas recomendações para o seu aperfeiçoamento. Para tanto, sugerese: 1. Realizar um ajuste no check-list, levando em consideração: mestre de obra; 1.1. A inclusão do levantamento rápido do perfil do engenheiro e 1.2. Ponderar as principais dimensões, itens e sub-itens, considerando a importância de cada um deles para a redução do risco de ocorrência de quedas. 2. Buscar técnicas para a redução da heterogeneidade do processo de levantamento de campo, considerando: 2.1. A definição clara de padrões de referência para as notas por itens;

57 olhar do técnico; 2.2. O desenvolvimento e a implantação do método de calibração do A mudança na estratificação das notas em quartis, para permitir um julgamento mais próximo da realidade. Assim: Péssimo: maior ou igual a 0 e menor ou igual a 2,5; Ruim: maior que 2,5 e menor ou igual a 5,0; Regular: maior que 5,0 e menor que 7,5; Bom: maior que 7,5 e menor e igual a 8,5; Muito bom / ótimo: superior a 8,5. inserindo: 3. Reestruturar as metas do programa, mantendo as de produção e 3.1. Metas de cobertura e evasão; 3.2. Meta de produção do relatório anual de desempenho dos canteiros (do estado e da região), através da análise do banco de dados, com o seu envio a instituições interessadas (sindicatos patronais e de trabalhadores, governo, universidades etc.); 3.3 Meta de realização de eventos para a disseminação da análise de desempenho dos canteiros (do estado e da região). 4. Construir processo de qualificação dos dados do banco: dados; 4.1. Capacitando os coordenadores locais para a análise do banco de técnica envolvida; 4.2. Desenvolvendo um processo de capacitação continuada da equipe 4.3. Desenvolvendo um banco de dados mais amigável, que elimine a necessidade de utilização de várias ferramentas (Word, Excel, Epidata); 4.4. Delegando a responsabilidade de alimentação do banco de dados para a equipe técnica que realiza as visitas.

58 57 5. Incluir como etapa do programa, nas unidades, a análise do banco de dados com um output padrão, com periodicidade a ser definida, além da checagem sobre o recebimento dos relatórios pelos canteiros de obra visitados. 6. Apesar da identificação de problemas no registro de informações no banco de dados, o mesmo ainda demonstra conter informações úteis. Em função disso recomendamos a análise anual do mesmo como entrada no processo de planejamento estratégico do SESI para direcionar o desenvolvimento de novas intervenções.

59 58 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo revelou que o Programa SESI de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civil na Bahia encontra-se concebido, estruturado e implementado de forma a ser possível viabilizar a realização de avaliações sistemáticas a seu respeito, assim argumenta-se que o programa é avaliável. Está demonstrado que o esforço desenvolvido para a realização deste estudo atingiu seus objetivos no sentido de melhor delimitar os objetivos do programa, identificar oportunidades de melhoria e apontar áreas prioritárias para avaliações posteriores. Porém, se faz necessário tecer algumas considerações: a. Quanto ao objetivo do programa, constata-se que este foi modificado e ampliado. No entanto, por não haver clareza quanto às conseqüências na operacionalização do mesmo, oriundo do dissenso no entendimento de seus objetivos, infere-se que esta é uma área problema a ser avaliada. b. Quanto ao modelo lógico, este representa, no nível de suas práticas, o processo de agendamento de visitas e a elaboração dos relatórios de visitas, como áreas para avaliação do programa. c. Após a aplicação da técnica de Delfos, contatou-se que os especialistas definiram a supervisão e acompanhamento técnico, a cobertura, a evasão e o desempenho dos canteiros entre a primeira e a segunda visita como os principais critérios para avaliação do programa. d. Quanto à delimitação e implementação das etapas de operacionalização, foi observado que as etapas do programa referentes às suas

60 59 práticas estão bem entendidas e implementadas, porém, conclui-se que o sistema de informação foi parcialmente implantado, pois, apesar do banco de dados ser alimentado com freqüência, este se mostrou apenas como um depositário de informações, em virtude de seus dados não serem analisados de forma sistemática. Aliado a esta questão também foram identificados problemas relacionados ao correto registro de informações neste banco. Como conseqüência, a disseminação de informações com as partes interessadas e a sua utilização regular pelas equipes na tomada de decisão ou mudança de estratégias também não acontece. Por não ser possível precisar qual o impacto desta situação na operacionalização do Programa, faz-se necessária uma avaliação desta área. e. Quanto à estimativa da cobertura e evasão do programa, pode-se concluir que a cobertura real estimada para as regiões foi de 5,6% dos canteiros, sendo que o município de Feira de Santana se destaca com a maior cobertura real estimada (13,0%), porém, a mesma cidade tem a maior evasão por execução (40,9%). Em Salvador e Vitória da Conquista esta evasão foi de 9,0% e 12,5%, respectivamente. Com isso, pode-se deduzir que o programa tem uma baixa cobertura no estado da Bahia e que o problema de evasão de canteiros que aderiram ao programa esta focado no município de Feira de Santana, logo, é necessário compreender melhor esta questão neste município. f. Quanto à análise de desempenho dos canteiros, foi observado que, apesar de ter havido uma melhoria na nota geral do desempenho dos canteiros entre a primeira visita (6,3) e a segunda (7,1), as dimensões de Proteção contra quedas em alturas e de Andaimes foram as que tiveram o pior desempenho, com as notas, respectivamente, de 4,1 e 4,7 na primeira visita e de 5,8 e 5,4 na segunda visita. É importante salientar que estas duas dimensões, junto à dimensão Escadas, rampas e passarelas são as de maior impacto na prevenção de quedas (Rivara e Thompson, 2000). Por fim, em função dos resultados da análise do desempenho dos canteiros entre a primeira e a segunda visita, associado à consideração deste critério como um dos mais importantes e de maior consenso pelos especialistas, concluo que a avaliação dos efeitos é o principal foco de avaliação do programa e proponho a realização de um estudo referente a análise de efeitos, na perspectiva de

61 Contandriopoulos (1997), para o Programa SESI de Prevenção de Quedas na Indústria da Construção Civil na Bahia. 60

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68 APÊNDICES 67

69 68 APÊNDICE A ROTEIRO DE ENTREVISTA EXPLORATÓRIA Avaliabilidade 1. Qual a sua formação? E sua função aqui? 2. Há quantos anos você trabalha aqui? 3. E nessa função? 4. Na sua opinião, quais são os principais objetivos do Programa de Quedas? 5. Quais são suas responsabilidades no Programa? 6. O que está sendo feito do que foi proposto? 7. Conte-me as etapas do Programa. Fale-me sobre isso. 8. Descreva as atividades que você desenvolve. Cite exemplos. 9. Na sua opinião, quais os principais resultados do Programa observados por você nos canteiros de obra visitados? 10. Quais seriam as suas principais recomendações para os programas?

70 69 APÊNDICE B Serviço Social da Indústria Departamento Regional da Bahia Núcleo de Saúde e Segurança do Trabalho - NSST Prezado senhor, Salvador, outubro de Eu, Robério Costa Silva, Gerente da Unidade de Negócio do SESI em Feira de Santana, ex-coordenador do Núcleo de Saúde e Segurança do Trabalho NSST e aluno do Mestrado em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais no Processo Produtivo da Universidade Federal da Bahia. Estou elaborando um estudo sobre uma intervenção do Programa Setorial de Segurança e Saúde do Trabalho na Construção Civil, desenvolvido pelo SESI, denominado de Projeto de Prevenção de Quedas. Há um instrumento de trabalho de minha autoria que se encontra em anexo e deverá ser submetido a um comitê de experts para validação. Gostaria de convidá-lo a fazer parte do referido comitê. Peço sua colaboração emitindo sua opinião sobre as dimensões e padrões sugeridos, concedendo uma nota de zero (0) a dez (10) a cada um deles. A nota zero significa exclusão do critério/sub-dimensão e a nota dez significa prioridade máxima. Outra dimensões/critérios podem ser incluídos nas sugestões. Esclareço que o sigilo das informações será mantido e a síntese do comitê lhe será informada ao final do mesmo. Favor retornar esse com a matriz respondida para o roberioc@fieb.org.br. Agradeço sua participação, antecipadamente. Robério Costa

71 APÊNDICE C 70 Categorias de análise das diferentes percepções dos diferentes atores sobre o Programa de Quedas do SESI-Bahia, Resultados esperados / não Etapas do Programa Ator Objetivos Lacunas para avaliação Recomendações esperados Coordenação DR Possibilita apresentar aos gerentes dos canteiros de obra a situação do ambiente de trabalho e, com isso, buscar uma melhoria do ambiente. Não há intervenção sobre o ofício dos trabalhadores. Leva às questões da NR18 para o canteiro, operacionalizando a norma. Possibilita o diagnóstico da situação dos canteiros com os quais estamos trabalhando. a. Prospecção comercial; b. Fechamento do termo de adesão; c. Comercial informa engenheiro (Abraão); d. Abraão faz agendamento com empresa; e. A empresa vem buscar o técnico; f. Faz a visita em quatro horas; g. O técnico monta o relatório com assinatura do engenheiro - Nota de 0 a 10; h. Entrega do relatório pelo motoboy com duas vias (gerente e diretor); i. Agenda visita após 30 dias da entrega do relatório, mas avisa quinze dias antes; j. Faz segunda visita; l. Entrega o relatório. Mudança no ambiente de trabalho; Conscientização dos gerentes / empregadores e do seu corpo técnico (...); Há melhoria das notas entre a primeira e a segunda visita? Sim. (...) Conscientização dos gerentes / empregadores e do seu corpo técnico; O programa não atinge o trabalhador, pois esse nem se dá conta, Há melhoria das notas entre a primeira e a segunda visita? Sim. Estamos com um gap de 58 empresas já aderidas, mas ainda não visitadas. O programa não sabe sobre o efeito da redução de quedas. Há evidências, em conversa com engenheiro de obra, com todas as intervenções, de que reduz acidente. Comercial Coordenação A (...) o engenheiro da obra ou técnico pode estar implementando as melhorias nos pontos mais críticos. Isso sensibiliza os líderes, engenheiro, mestre-deobras, para esse tema que na realidade é um tema muito crítico. o foco maior do SESI é de estar (...) sensibilizando os dirigentes e trabalhadores da importância de se estar cuidando da saúde desse trabalhador. Sensibilizar o engenheiro e o dono da empresa sobre os riscos do ambiente de trabalho. Atende às normas da legislação vigente É um atrativo para captar novos clientes aos outros programas como o PSST. (...) o SESI fornece uma ferramenta, um relatório em que o engenheiro da obra ou técnico pode estar implementando as melhorias nos pontos mais críticos (...), e eles conseguem visualizar com uma segunda visita técnica, segundo relatório, quantos que eles melhoraram em relação à primeira visita. (...) Inicialmente, o comercial faz a prospecção e fecha o contrato. Emite a autorização de serviço e indica pessoa de contato na empresa. A empresa é, então, cadastrada na planilha de controle (...) O estagiário tenta agendar a primeira visita. (...) ao voltar da visita, (...) preenche o check-list no meio eletrônico (...) Faz o primeiro relatório a partir dos itens de não conformidade (...). São enviadas duas cópias (uma para gerente e outra para diretor) (...) É agendada uma segunda visita em um mês (essa segunda visita está acontecendo com mais de um mês). (...) É elaborado um segundo relatório, que faz comparação com o anterior e novas recomendações. A entrega do segundo relatório é feita pela empresa (...). Para o engenheiro, já que ele consegue perceber, visualizar através desse relatório como está o canteiro, porque ele desconhece, esse relatório consegue aproximar mais ele da realidade do canteiro dele, passa a ter uma atitude mais pró-ativa. Eu percebo mais a sensibilização do engenheiro para esse cenário. Eu tenho escutado depoimentos muito interessantes de alguns engenheiros que dizem: finalmente, o SESI acordou. O SESI despertou para o nosso segmento, nós estávamos muito carentes. Evita situações de risco para os trabalhadores. Quando o engenheiro não se compromete, não tem como nós estarmos realizando esse trabalho. Tiveram alguns exemplos de condomínios também em que, muitas vezes, o engenheiro não tem poder de, naquele momento, de proceder o de acordo. Muitas vezes, o engenheiro tem autonomia para realizar os projetos, muitas vezes, não (...) Eu não sei se, talvez, os proprietários ficam pensando em que tipo de ação o SESI vai ter lá dentro. O SESI é uma instituição de cooperação, não é uma instituição policial, não é uma instituição de fiscalização. Ver a interferência real do SESI nesse canteiro e o quanto a gente tem sensibilizado os engenheiros, gerentes de contrato, mestres de obra, dirigentes. (...) Principal problema identificado: dificuldade no agendamento para a visita. Segundo ele, como é sem custo para a empresa, a mesma não o valoriza. Não sabemos sobre a redução de acidentes, além disso, há sub-notificação e não emissão dos CATs. Não há avaliação dos resultados com avaliação sistemática. Eu defendo dois momentos durante o ano. A obra tem etapas muitas vezes, nós realizamos o projeto de quedas em uma etapa que o risco de quedas não é tão crítico como na etapa seguinte. Ele só pode ser realizado uma vez por ano, o desafio é manter, após o segundo relatório, manter essas melhorias, ter a manutenção da mesma. Eu defendo que esse projeto, ele poderia ser realizado em dois momentos caso a obra seja de dois anos: um ano, um ano e meio. Registro fotográfico padrão, com melhor resolução; Dar diferentes pesos aos itens; Ir além da NR 18(...) 70

72 71 Executor PQ 1 Coordenação B Executor PQ 2 (...) o objetivo é buscar a conscientização dos empresários, porque é como se fosse uma pirâmide. A pirâmide tem um topo e uma base. Geralmente, começamos pela base, os trabalhadores. Hoje em dia, visamos o topo, começar de cima, sensibilizar o topo para depois descer. (...) visa minimizar os acidentes na construção civil. (...) Melhorar as condições de segurança na construção civil (...) (...) Eu vejo também como prioridade, criar um laço com a empresa. É um projeto que não tem custos, mas que isso pode me trazer outros projetos. (...) Esse é o nosso objetivo, que é eliminar os riscos de acidentes na CC. Este é o nosso foco. É reduzir este índice de acidentes que tem na construção civil. Como já foi citado, a maioria ocorre justamente ligado a essa área (...) Consiste em duas visitas técnicas, a primeira, depois se emite um relatório e temos um prazo de trinta dias para fazer uma segunda visita. Depois, emitimos um segundo relatório. (...) A gente faz um check-list, levanta os problemas, tira fotos, coloca sugestões, leva o relatório. Explica, passa para o engenheiro, mostra os problemas e aguarda 30 dias para voltar lá para ver o que foi feito ou não (...). Segue exatamente o que o pessoal do NSST falou pra gente. Faz visita, sete dias para a entrega dos relatórios. Realmente eu acho um prazo bem curto (...). (...) Para mim, tem sido gratificante ver empresas que obtinham 4-5 chegam a 7,5 9, é uma grande gratificação. Você vê que seu trabalho tem sido reconhecido, (...) o engenheiros juntamente com sua equipe, em posse desse relatório, eles analisaram os pontos críticos e tentaram consertar esse itens (...). (...) Na maioria das vezes, a gente viu que não houve muita modificação. A gente dentro de um mês não teve. (...) A gente viu resultados melhores nas maiores, creio que pela preocupação. (...) Agora tem algumas que você acompanha que não teve muita evolução. Teve algumas que achavam que estava tudo certinho, mas depois perceberam que não pelo relatório. Eu fui fazer a segunda visita e notei que eles procuraram melhorar muito. Na maioria das empresas, os andaimes é a situação mais crítica, cai a nota drasticamente, aqui não vi nenhuma empresa que conseguiu uma nota acima de 5,0. Não seguem recomendação nenhuma. (...) se eu vou a uma empresa, ela ficou com nota cinco e na segunda visita ela ficou com 5,5/5,75, eu não considero isso uma evolução, porque a variação foi pequena. Agora, se eu dou nota 5,0 e, na segunda visita, avalio 8,0, aí sim, considero uma evolução. (...) Eu atribuo esse atraso ao problema dos agendamentos, (...) (...) A principal razão é a falta de recursos, porque geralmente, os donos das obras não têm muitos recursos para agir na área de segurança no trabalho (...) (...) Eu não diria sobre o aluguel de andaime barato, geralmente o andaime é alugado (há quatro tipos), mas sim, a sua montagem (...) Não se verifica o equipamento está com um sistema de proteção coletiva adequada ou não, eles alugam, mas o profissional que vem montar não é qualificado. (...) A gente tem um problema na CC que são obras muito rápidas, tem obras que fechamos, mas não implementamos nada, (...). (...) Em 10%, nós não conseguimos implantar. A gente está com Em 2-3, a gente não conseguiu em cerca de 10-15%. No geral, eu acho que foi bem aceito o projeto. (...) A gente não conseguiu atingir 100%, mas uns 90% atingimos, fazendo as três palestras e dois check-list. Conseguimos 85% de atendimento (...). (...) A outra dificuldade foi que há canteiros que foram obras muito rápidas, não foi nem muito rápida, foi que quando a gente fechou a adesão, já estava quase em conclusão (...) Por alto, oito delas estão fechadas. As demais foram abertas agora. O responsável seria o dono da construtora, porque é ele que libera o dinheiro. Às vezes, o engenheiro ou o encarregado quer fazer, mas ele não libera o recurso, como ele pode fazer? Tem que chegar junto ao dono, por isso fazemos duas cópias, muitas vezes não depende do engenheiro. Há outras obras onde que eles têm tudo, mas o engenheiro prioriza a produtividade, ele não quer fazer as coisas. (...) Creio que é necessário uma nova revisão do check-list (...) (...) seria interessante apresentar o relatório, o projeto ao dono da obra. Deve melhorar o check-list, buscar uma melhor qualificação dos profissionais. Esse projeto não é apenas mecânico, somente na parte burocrática. Ele exige sentimento. (...) a gente acha, na verdade, como é muito pontual, são só apenas duas visitas, mas na verdade é muito pouco, precisa mais (...) A gente tenta fazer um evento de apresentação do projeto, eu acho que no próximo ano, como temos novas metas, um evento seria viável para os gerentes de obra. Outro seria tentar fazer dois blocos distintos: um para obras curtas, outro para obras mais longas e maiores (...). Outro problema: ele fala sobre andaimes, mas não especifica se sobre andaimes apoiado sobre cavaletes.... A parte das EPIs 8.23 quantidade etc. a nota fica lá em cima, às vezes, o uso é incorreto....pq, o check-list deveria rever algumas coisas. Tem uma parte de carpintaria, mas deveria colocar e é um risco muito grande. (...) Com alguns problemas, não conseguia entregar no prazo. Começou a embolar (...), decidimos que eu iria marcar tudo já que eu tenho controle do meu horário, o combinado foi fazer duas visitas semanais para dar tempo de fazer o relatório. Um relatório demora oito horas para ficar pronto e ainda tem outras questões (...). 71

73 72 Beneficiário A (...) o relatório serviu para a gente ter uma fotografia da obra, visando a parte de segurança do trabalho. (...) o mais importante disso é a orientação que a gente tem, a gente tem uma certa, um acompanhamento mais teórico para ajudar a gente no dia-a-dia. (...) Pelo que eu sei são três visitas, e a terceira fecha. Vai ter a evolução, essa terceira visita fecha e esse terceiro relatório mostra o quanto a empresa se dedicou a esse trabalho, se realmente se emprenho ou não (...). Eu vivi outras obras que teve esse trabalho também, e a gente viu o resultado do trabalho, surtiu um bom efeito, até para a gente mesmo que divide a responsabilidade, mas a gente fica mais tranqüilo, porque existe um órgão que dá uma certa cobertura à gente com relação a dúvidas que a gente venha a ter. (...) o resultado melhor foi conseguir, além de descrever bem a situação da obra, nós não teríamos essa pessoa para fazer, direcionar para cada pessoa aquela obrigação. Um exemplo foram os problemas na parte de instalação do canteiro, com risco de choque, e coisas que a gente passa ali todo dia e não percebe (...). A questão do andaime, como eu sempre digo, no meu ponto de vista, o problema maior está no próprio operário. (...) Mas eu continuo dizendo que o trabalho maior, nada disso vai funcionar enquanto a gente não conseguir conscientizar o operário de que a segurança é para ele, e não para a empresa. (...) precisaria ter uma pessoa dentro do SENAI que fosse mais um consultor direto, não sei se isso gera custo, se dá para botar isso num programa, porque, às vezes, a gente fica com algumas dúvidas em alguns detalhes do que a gente ouviu falar, do que o fornecedor do produto diz e o próprio técnico de outra obra falou A gente fica muito na mão do fornecedor do produto, nosso contato é com o vendedor, então ficamos inseguros e eu acho que deveria ter alguma forma de consultar alguém lá dentro para tirar dúvidas. Beneficiário B Prevenir, pra diminuir os riscos, porque, segundo o rapaz que eu esqueci o nome dele, ele veio aqui, ele era da área da indústria, e na indústria ele já conseguiu (...) bastante os acidentes, e agora eles tiraram ele da indústria, passaram pra área de construção civil pra ver se reduz mais ainda, se consegue resolver, porque a área da construção civil é mais problemática com relação a isso, eu até entendo, o pessoal é bastante desqualificado os operários não têm instrução nenhuma básica, muitos não têm nem noção de higiene, não tem nada, noção nenhuma O relatório eu li, avaliei, dei ao mestre para ele olhar também, para ver que não adianta chamar todo mundo porque acaba não, se botar todo mundo aqui perde tempo, acaba começando gerar um monte de discussões, aí eu chamo o mestre e meu encarregado e mostrei para eles as fotos, para ele ver que tinha melhorado, na verdade o que tinha que ser melhorado aqui era muito pouco, o erro que tinha basicamente aí era com relação à escada que a gente faz aqui na obra, escada feita aqui mesmo, a gente pega as tábuas. P...tem uma segunda visita, você teve o relatório da segunda visita? R Não, não chegou, não, só a primeira visita, só a primeira. P Teve a segunda visita? R Teve a segunda visita, mas não teve relatório P Te informaram que o relatório estava lá e tinha que ir pegar, você não se lembra desse detalhe? R Não, não ele disse que ia trazer aqui. P Ficaram de trazer? R Isso. (...) nessa obra aqui mesmo eles chegaram aqui um pouco tarde, a obra já tava quase acabando (...) sempre tem risco, mas, por exemplo, o risco maior eles estão contendo, que é cair, que é vento, chove, tem a bomba que tem um (...) que derrubou um bocado de gente, então, eles chegaram um pouco tarde aqui, na verdade, quando os riscos já estavam bastante reduzidos. 72

74 ANEXOS 73

75 74 ANEXO A CHECK LIST CHECK - LIST INSPEÇÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO Obra : J A N E I R O Etapa da Obra: Efetivo : Engenheiro : I T E N S I N S P E C I O N A D O S Mestre: Legenda : Ótimo 10 Bom 8 Regular 6 Ruim 4 Péssimo 2 N/T 0 N/A M É D I A Escadas Rampas e Passarelas Andaimes Ordem e Limpeza JAN : JAN : JAN : 5,00 META: META: 5,00 META: 5,00 Escada de Abrir Rampas Andaimes Simplesmente Apoiados And. Móveis Limpeza Escadas de Mão Portáteis Passarelas Andaimes Suspensos Mecânicos Cadeira Suspensa Escada Provisória Coletiva Outros Andaimes Fachadeiros Andaimes em Balanço Corrimão, Guarda Corpo e Rodapé Andaimes Suspensos Mecânicos Leves Outros Andaimes Suspensos Mecânicos Pesados Emitido em:.../.../ Proteções Contra Quedas de Altura Instalações Eletricas JAN : JAN : Efetuado por: 4,00 META: META: 5,00 Aberturas de Piso Tela Proteção Chaves Blindadas Iluminação Caixa dos Elevadores Bandejas Terciárias Circuitos de Distribuição Proteção de Cabos Periferia de Laje Bandeja Principal Uso de Tomadas/Pinos Extensão Elétrica Bandeja Secundária Outros Disjuntores Outros Aterramento Téc. De Segurança do Trabalho Movimentação, Transporte de Pessoas e E P I`S materiais (Verticais e Horizontais) JAN : JAN : As correções indicadas neste relatório, são de 5,00 META: META: 5,00 Botinas de Couro Corda Guia Responsabilidade da ADM. Da Obra... Botinas de Borracha Capacetes Elevador de Materiais Grua Rampas de Acesso Posto do Guincheiro Trava Quedas Uniformes Torre do Elevador Guincho Veloz Proteção Respiratória Capa de Chuva Guincheiro Credenciado Cabo de Aço Óculos de Segurança Luva de Raspa Recebido em.../.../... Elevador de Passageiro Livro Reg. insp.diária Guinch. Protetor Facial Luva de PVC Limitador Fim de Curso Outros Protetor Auricular Outros Por: Elevadores de Cremalheira Cinto de Segurança Pára-quedista / Alpinista Placas de Sinalização de Segurança Comunicação Única com o Guincheiro A R T da Montagem do Guincho/Elevador Freios EMPRESA: S. H. S.. - S E G U R A N Ç A H I G I E N E E S A Ú D E

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