Martinho Robalo de Brito, Director da Salvaguarda do Património, do IIPC, mestrando em Património e Desenvolvimento pela Uni-CV

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1 1 Martinho Robalo de Brito, Director da Salvaguarda do Património, do IIPC, mestrando em Património e Desenvolvimento pela Uni-CV Tema: A Interpretação do Património Cultural - Pelourinho ou Picota da Cidade Velha Património da Humanidade. O Património é, antes de ser um problema técnico, um problema cultural! Os bens patrimoniais são escassos, não renováveis, insubstituíveis, Luís Mota Figueira (Uni-CV, Cidade da Praia Cabo Verde ). A gestão da Cidade Velha como patrimonio mundial é tarefa de todos e não apenas das entidades públicas e privadas. O pelourinho é o meu afilhado simbolo da minha existência. Martinho Brito, Julho 09. Palavra-Chave: Património Cultural (Nacional e Universal); Turismo cultural; Gestão Integrada do Património; Conservação e Restauro; Desenvolvimento Sustentado. Resumo A importância da preservação e conservação do património cultural cabo-verdiano é a condição sine qua non para a sua valorização e sua transmissão às gerações vindouras. Com efeito, essa valorização implica a aplicação de medidas de políticas acertadas das entidades públicas visando a gestão integrada e harmoniosa no quadro do desenvolvimento de Cabo Verde. Os Sítios Históricos, os monumentos carecem de classificação e protecção, pois, o desenvolvimento acelerado do país impõe uma reflecção e alguma cautela nas decisões a serem tomadas. No caso da Cidade Velha esse risco é menor, sobretudo agora que acabou de ser declarada Património da Humanidade. Não obstante essas

2 2 prerrogativas, a aplicabilidade, o cumprimento e a fiscalização das normas nacionais e internacionais, passam, ao nosso ver, pelo planeamento e investimento e ainda pela gestão do património cultural virado para o desenvolvimento (turismo Cultural). Para tal, há que investir nas actualizações das normativas, na formação e recrutamento de quadros especializados, implementar o Plano de Gestão ( ), e sobretudo apresentar uma nova forma de organização na gestão, em que a população terá um papel pró-activo. A esse respeito, espera-se que as entidades públicas e privadas e toda a sociedade civil tenham a consciência da necessidade de preservar, conservar e tranaformar o nosso diamante em bens e serviços, vector de desenvolvimento turistico- cultural. Património Cultural (Conceito) O património cultural é uma construção social que resulta da forma como cada sociedade trata os seus bens culturais para a sua valorização, protecção e fruição. Deste modo, o mesmo é entendido como factor da identidade cultural, testemunho da história e condensador de vivências e convivências sociais, realidade psico-sociológica e marco civilizacional. Essa herança cultural é resultado de um processo antropológico, carregado de simbolismo e de valores de grande relevância e dimensão socioeconómica. Processo esse, que estriba na gestão sustentada e integrada, em prol do desenvolvimento sustentado. Para o efeito, a referida gestão deve estar permanentemente virada para a produção de serviços e posta no mercado para consumo dos utentes, particularmente, a população local. Por conseguinte, a preservação do património deve ser integrada numa política do Estado (ordenamento jurídico e administrativo), ao serviço do turismo cultural, tendo presente a melhoria de qualidade vida das pessoas. De referir, que a nossa Constituição da República (CR) no seu artigo 78º, no capitulo da cultura, atribui ao Estado de Cabo Verde a responsabilidade de preservar os bens herdados, baseados na dignidade da pessoa humana. Os bens culturais valem, em primeiro lugar, como factor de desenvolvimento e da personalidade do indivíduo, facultando-lhe o acesso à fruição cultural. (Artigo 78º - Constituição da Republica R CV, Tarefas do Estado).

3 3 A Lei de Base do Património de Cabo Verde 1 define: o Património Cultural como um conjunto de bens materiais e imateriais criados ou integrados pelo povo cabo-verdiano ao longo da história, com relevância para a formação e o desenvolvimento da identidade cultural cabo-verdiana;bens materiais como os elementos móveis e imóveis que pelo seu valor histórico, bibliográfico, artístico, arqueológico e cientifico fazem parte do património cultural cabo-verdiano (art. 3º, alínea c); Bens imateriais os que constituem elementos essenciais da memoria colectiva do povo. Tais como a história e literatura oral, as tradições populares, os ritos e o folclore, a língua, etc; Bens móveis como aqueles que são susceptíveis Pelourinho ou Picota Foto: Martinho Brito de mobilidade no espaço, tais como: objectos etnográficos, elementos arqueológicos, manuscritos antigos, etc; Bens imóveis aqueles que não são susceptíveis de mobilidade, tais como: construções, monumentos, sítios e locais históricos e naturais (Decreto-lei N.º102/III/90, de 29/12). Gestão de Património Cultural A gestão patrimonial deve estar ao serviço da sociedade (em exercício da cidadania) e do seu desenvolvimento. É nessa lógica que o Sítio Histórico Cidade Velha, Património Nacional e Património Mundial está sendo gerido. Aliás, essa ideia está imbricada no Plano de Gestão ( ), elaborado no quadro da candidatura da Cidade Velha, que acatou as recomendações da UNESCO (a participação activa da população local e a descrição do espírito do lugar). O citado plano de gestão foi elaborado com a participação activa da população e dos técnicos da comissão criada para o efeito e com apoio de um expert da UNESCO, em vários módulos. A gestão desse plano obriga a especialização e a organização de competências técnicas e das instituições públicas e privadas, cuja representação estará reflectida no Comité de Gestão (Ministério da Cultura, Câmara local e Forças Vivas ). 1 Decreto-lei nº 102/III/90, publicado in Suplemento do B.O. nº 52 de 29/12/90.

4 4 Ribeira Grande Cidade Velha Foto: Sebastian Moriset, Expert da Unesco, arquivo do IIPC, 2007 Vista do Sitio Histórico, Ribeira Grande, Património Mundial a partir do mar Situação Geográfica Situada a cerca de 12 km a Oeste da Cidade Capital, Praia, a Cidade da Ribeira Grande de Santiago fora implantada num vale profundo rodeado por altas montanhas escarpadas. Vale esse, atravessado por duas grandes Ribeiras (Convento e Águas Verdes). Esta última é a maior e possuidora de uma paisagem luxuriante, impar entre os dois planaltos ou Achadas (Salineiro e Forte). Aliás, a mesma emprestou o nome à primeira Cidade portuguesa nos trópicos - Ribeira Grande. Inicialmente, a fixação populacional foi feita sobre uma cota relativamente baixa, acima do nível do mar, junto à baía. A Cidade cresceu e desenvolveu-se em três grandes áreas ou bairros: Figueira de Portugal, ocupando praticamente todo o interior do vale até bairro de S. Pedro e para NW, S. Brás e a Leste, acompanhando a linha da Costa indo até Bairro S. Sebastião/Sé Catedral. Na confluência destas três áreas, junto ao porto, fica o largo de pelourinho, nosso objecto de estudo 2. Descrição Arquitectónica e Patrimonial A Cidade assentou as suas fundações segundo várias plataformas estruturantes, constituindo a primeira no Largo Central, implantada à cota de 5 metros acima do nível do mar, ligando o núcleo ao ancoradouro. Nesta zona quatrocentista destacavam-se os 2 PEREIRA, Daniel Importância Histórica da Cidade Velha, INBL, 2004

5 5 edifícios da Igreja Hospital da Misericórdia, da Casa da Câmara e do Presídio (Cadeia, em ruínas) e ainda do Pelourinho ou picota. A segunda plataforma dá continuidade à primeira e encontra-se situada entre as cotas de 5 e 10 metros. Formada durante o séc. XVI, esta zona abrange os primeiros quarteirões contíguos ao Largo, desenvolvidos tanto para o Nordeste, quanto para o Oeste. Nas suas proximidades situam-se mais a Norte, para lá da cota de 10 metros, as ruínas do Convento de São Francisco e, a Noroeste, a plataforma de São Brás, a última parte desta zona da Cidade a consolidar-se e onde viriam a instalar-se os jesuítas no início do séc. XVII. Dada a coesão e homogeneidade apresentada pelo conjunto até aqui descrito, chamou-se esta área de "baixa" (BARCELLOS, José:1899). O segundo grupo de plataformas, identificado como a zona "alta", encontra-se situado entre as cotas de 20 e 100 metros a Sudeste e a Norte. Nela destaca-se o Bairro de S. Sebastião, dominado pelas ruínas da Sé Catedral (consolidada) e onde se encontrava o Palácio Episcopal (sem marca). Constituiu-se como zona de expansão da Cidade e formouse a partir das obras da Catedral que tiveram lugar nos finais de Quinhentos. Na última plataforma, situada acima dos 100 metros, encontra-se o reduto defensivo da Cidade, a Fortaleza Real de São Filipe também quinhentista (BARCELLOS, José:1899). Outro elemento regulador do tecido urbano é a padronização do lote, que, não obstante pouco perceptível, se acha presente em praticamente todas as zonas da Cidade. A configuração mais comum é de 30 x 90 palmos, embora também apareçam de 45 x 90 ou 60 x 90 palmos (BARCELLOS, José:1899). O Largo do Pelourinho, que aparenta ter sido o Rossio inicial do burgo, é a primeira área de formação urbana, uma zona que se estruturou a partir do porto, sendo formada pelas ruas do Porto, do Calhau e da Misericórdia e pelos becos que as atravessam.

6 6 A zona das Ruas da Carreira e da Banana, a Oeste do Largo do Pelourinho, terá sido a segunda a formar-se. É aí que se encontra a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, quatrocentista. Juntamente com as Ruas Direita de São Pedro, da Horta Velha e dos Conventos, situadas mais a Norte, compunham o bairro de São Pedro. Para além do sistema defensivo (fortes e pontos de vigias), o sistema religioso (igrejas e capelas), criteriosamente implantado, destacam-se a Sé Catedral, as igrejas da Misericórdia, de Nossa Senhora do Rosário e de Nossa Senhora da Conceição e ainda as Capelas de São Roque, Monte Alverne, Santa Luzia, S. Gonçalo e S. Pedro, algumas delas desaparecidas, restando apenas as ruínas. Da arquitectura civil, quase nada restou, subsistem apenas, no Bairro de São Sebastião, algumas casas arruinadas, provavelmente do séc. 17 ou 18, na Rua Calhau em frente do Presídio um sobrado bem conservado. Em Águas Verdes existe também uma Casa de Morgado com arquitectura da época colonial (séc. XVI a XVIII). População A primeira Cidade erigida nos trópicos no séc. XV conheceu uma densidade populacional até meados do séc. XVIII, período da transferência da capital para a Cidade da Praia. O grosso da população actual teve a sua origem a partir dos finais do séc. XVIII e início do séc. XIX, em que as populações rurais invadiram a antiga Cidade já em ruína. São essas gentes que fizeram sobreviver o Sítio Histórico até hoje. Dados Populacionais, Conforme Senso 2000 De acordo com o Senso de 2000, a actual Cidade possui 1145 pessoas, 219 agregados familiares. Cada agregado é constituído por 5,2 pessoas, sendo que 70% é menor de 29 anos de idade, 25% é maior de 15 anos, 18% são jovens desempregados (forças de trabalho), 40% dos empregados não são qualificados. (Censo 2000 INE).

7 7 Defesa e Protecção do Património A defesa, valorização e divulgação do património cultural passam por uma melhor gestão e rentabilização dos recursos disponíveis (sector económico) que garantam o funcionamento integrado do património, numa perspectiva de servir os interesses da população em geral. A coordenação entre os espaços culturais e patrimoniais facilita a referida gestão e responderá às demandas emergentes associadas ao turismo. Para isso, propomos que face às características do arquipélago e perante as fracas disponibilidades técnicas e financeiras do País, se invista na formação dos técnicos e no investimento financeiro a longo prazo. Esse investimento impõe a criação de um núcleo duro capaz de formar uma equipa técnica pluridisciplinar a partir das Universidades em Cabo Verde e do reforço das competências e autonomias (técnicas e financeiras) do Instituto da Investigação e do Património Culturais do Ministério da Cultura, abarcando as mais diversas áreas de intervenção patrimonial. Por conseguinte, essa equipa multissectorial iria assegurar a conservação, restauro e divulgação bem como a gestão, de forma a garantir a autenticidade e a sua transmissão às gerações vindouras. Neste sentido, há que considerar a complexidade inerente aos sistemas de sustentação exigidos pelos diferentes tipos de bens patrimoniais. Da Salvaguarda a Valorização Resultado de uma miscigenação de povos vindos da Europa, principalmente portugueses e da Costa Ocidental da África, particularmente da chamada Rio da Guiné, o povo caboverdiano possui uma cultura rica e diversificada. Experiência única na história da humanidade, pelo menos conhecida até hoje. Essa mistura pode ser observada em cada um dos traços culturais desse povo, tanto na sua língua, como na literatura, na arte, na arquitectura, na tradição oral, na música, na dança, nas tecnologias tradicionais, entre outras manifestações. Sabe-se que, como diz Verónica Freire, esses bens culturais nunca beneficiaram de grande atenção por parte das autoridades coloniais portuguesas, no tocante à sua valorização e ou preservação, devido, talvez, à maior atenção atribuída a outros aspectos sociais. Apenas na década de 60, (do séc. XX), por ocasião das comemorações do quinto centenário da descoberta do arquipélago, houve uma certa preocupação em relação à preservação, em geral, e de alguns monumentos, em especial, situados na que foi a primeira capital de Cabo Verde, a Cidade Velha. (FREIRE, Verónica, 1993: 65).

8 8 Após a independência, foi criada, através de um despacho do Primeiro-ministro, publicado no Boletim Oficial nº. 51, de 23 de Dezembro de 1978, uma Comissão Nacional presidida pelo Ministro de Coordenação Económica, e Comissões Locais presididas por Delegados de Governo em cada Concelho, com o objectivo de promover a defesa, a preservação e o restauro dos monumentos nacionais. Ainda nesse âmbito, esteve em Cabo Verde em finais de 1980, em missão da UNESCO, o Arqt.º Paulo de Azevedo, que fez um diagnóstico exaustivo dos bens culturais do país e a definição de um plano de acção governamental em benefício do património cultural. (FREIRE, Verónica, 1993:66) Do Restauro à Protecção O Estado, nesse caso, deve posicionar-se como o principal mentor na luta pela preservação daquilo que constitui herança cultural do povo cabo-verdiano. Esta tarefa não é só do Estado, mas sim de todos nós. No caso da Cidade Velha, o processo de restauro tem sido da iniciativa das entidades públicas, com importante apoio da cooperação internacional, portuguesa e espanhola. Todavia, esta tarefa deve ser da responsabilidade da sociedade civil, sobretudo dos moradores e dos investidores, sob pena de corremos o risco de ver desaparecer importantes legados do nosso passado. A criação do Instituto Nacional da Cultura ( ), em Outubro de 1990, em substituição da Direcção Geral do Património Cultural (DGPC, anos 80), foi uma outra medida a favor do nosso património porque, além de herdar a principal atribuição dessa mesma Direcção Geral, recebeu ainda as atribuições da também extinta Direcção Geral de Animação Cultural. Esta instituição criada pelo Decreto nº. 99-A/90 de 27 de Outubro, tem o objectivo segundo o seu Estatuto, promover a defesa e a consolidação da identidade cultural nacional, a preservação, a valorização e a divulgação do património histórico e cultural de Cabo Verde, dinamizando e desenvolvendo actividades culturais, fomentando e apoiando todas as manifestações do espírito criador do povo Cabo-verdiano (FREIRE, Verónica, 1993: 66). De 1997, ano da extinção do INAC, até 2001, foi criado o Gabinete da Salvaguarda do Património, cuja função era igual às da DGPC e do INAC, coordenado directamente pelo Gabinete do Ministro da Cultura de então. De referir que foi nesta data que a cooperação espanhola entrou na Cidade Velha, apoiando o projecto de restauro em fases: 1ª Fase (1998) Fortaleza Real de S. Filipe, consolidação dos muros, da parte interna e externa.

9 9 2ª Fase (2000) Criação do Centro Interpretativo, com resumo histórico do sítio e de cada um dos monumentos existentes. Ainda foram criados serviços de apoios logísticos. 3ª Fase (2002) Restauros da Igreja de Rosário e do Convento S. Francisco; criação da Pousada de S. Pedro, em prol do turismo. 4ª Fase (2004) Intervenção no Património: Restauro do Pelourinho, criação de uma nova esplanada e a requalificação do seu envolvente, incluindo as fachadas das habitações e os muros de protecção do mar na zona do porto e muralha de protecção das ribeiras (Convento S. Francisco e Águas Verdes). E a intervenção no sector agrícola: construção do Centro de Tratamento e Transformação dos Produtos Agrícolas, mudança de sistema de rega para gota a gota num raio de 50 hectares, com novas tecnologias, quer no sistema de bombagem como no controlo através de computadores. 5ª Fase (previsão 2006, iniciou em 2008) Restauro e requalificação das casas sociais em todos os bairros tendo já concluída a reabilitação das 17 casas do bairro S. Sebastião. Do Património Cultural Turismo Cultural e Desenvolvimento Segundo os especialistas do património cultural, a gestão patrimonial deve contribuir para o desenvolvimento. Este deve reger-se pelos seguintes princípios orientadores: a) aproveitar os recursos endógenos e não depender excessivamente dos exógenos; b) centrar todas as acções voltadas para o Homem (planeamento, programação e execução de todos os programas e acções, do sítio turístico; c) apostar na formação e especialização da população local, para que possa ganhar a independência e a autonomia. Nesta perspectiva, o desenvolvimento é um processo em construção que envolve programas (práticas), discursos e imaginários com o objectivo de mudar uma comunidade, um território ou um grupo de pessoas. No caso da Cidade Velha, a conservação do sítio é e será sempre voltada para o turismo cultural, pois, os investimentos já realizados só trarão benefícios para a população local ou população cabo-verdiana, se for vendido como produto turístico. Restauro de murro em frente da casa Agencia turística - antes Casa Restaurada - depois

10 10 Segundo o antropólogo GARCÍA CANCLINI, Nestor (1990), a relação entre património cultural e desenvolvimento turístico coloca a população em cena permanente. Nesta óptica, a conservação do património cultural na Cidade Velha deverá funcionar como uma plataforma identitária da nação cabo-verdiana e como um mecanismo de resistência face a mudanças sociais rápidas, para se proteger dos efeitos da globalização. Da Divulgação a Dinamização do Património O processo da salvaguarda, promoção e divulgação do património é longo, árduo e complexo. O Governo de Cabo Verde tem promovido várias acções para a sensibilização da população local, desde 1975 até esta parte. Mas, todo o esforço parece insuficiente, se não houver uma mudança de mentalidade e da atitude das pessoas perante o seu património. Assim, no âmbito dos projectos já realizados em concertação com a população local (organizadas em Associações Comunitárias e a Comissão Instaladora do Município), foram efectuados encontros gerais e sectoriais, por forma, a mantê-la sempre informada e formada. Porém, esta campanha de sensibilização só terá efeito se ela for sistemática e articulada. A população local está e deverá estar sempre no centro das preocupações. O Governo de Cabo Verde (Ministério da Cultura IIPC) e a Câmara local têm realizado campanhas de sensibilização, (reuniões, conferências, palestras, programas televisivos, radiofónicos, jornais, etc.), junto da população e das instituições públicas e privadas como: Comissão Instaladora do Município, Escolas, Igrejas, Delegações dos Serviços Desconcentrados, Comerciantes, Nacionais e Estrangeiros. Empresários, Investidores Portão de Nos Ilha, Fortaleza Real de S. Filipe, Foto do Arquivo IIPC O reconhecimento e a valorização da Cidade Velha, enquanto património cultural nacional, podem ser avaliados nas muitas visitas de estudos, palestras,

11 11 conferências, seminários, etc., efectuadas (nesse e sobre esse local), quer ao nível nacional e internacional. Gestão do Circuito Histórico 3 O circuito turístico integrado foi criado pelo Ministério da Cultura, a partir 2000, sob a gestão do Instituto da Promoção Cultural e depois Instituto Nacional da Investigação, da Rua Banana, com as suas casas lindas casas Promoção e do Património (gestão Culturais pública). Contudo, foi em 2005 que passou para a gestão privada, no quadro de um decreto. Este foi aprovado em Conselho de Ministros e materializado em contrato de concessão assinado entre o Instituto da Investigação e do Património Culturais e a Empresa Espanhola-Caboverdiana (Próim-tur). Empresa essa, que tem por função gerir o citado circuito. Ela é possuidora de uma larga experiência ao nível da gestão do turismo cultural. Não obstante, reclamações de alguns moradores, junto do IIPC e da Câmara local, a empresa tem desenvolvido algumas acções tais como a gestão do pessoal e a manutenção de todo o circuito, das Ribeiras e das vias de acesso. No entanto, é bom realçar que a implementação deste projecto não tem sido pacífico, porque a população se sente alheia nesse processo de gestão. Circuito Turístico Integrado Este circuito assenta sobre alguns eixos: gestão integrada de qualidade, manutenção dos monumentos; promoção e divulgação da Cidade Velha, no país e no estrangeiro; trazer um grande número de turistas e pagar uma renda anual. Valor esse que poderá ser aumentado, consoante os lucros anuais. Do circuito fazem parte: Fortaleza Real de S. Filipe, Sé Catedral, Pelourinho/Esplanada, Ruas da Carreira e da Banana, Igreja do Rosário, Convento S. Francisco e Pousada S. Pedro. 3 Decreto Regulamentar nº09/2005, de 21 de Março de 2005, Circuito Turístico Integrado da Cidade Velha, in B.O. nº 12 de 21/03/05.

12 12 A referida empresa tem um contrato renovável com o Estado de Cabo Verde, de 5 em 5 anos até 15 anos consecutivos. Com este propósito, o Governo pretende imprimir uma outra dinâmica do turismo cultural e na gestão do sítio como património nacional. É de salientar que quanto a este capítulo devemos ter alguma cautela, pois, o Sitio Património Mundial possui uma capacidade de carga, muita reduzida. A Cidade não tem ainda serviços de restauração e quartos capazes de responder às demandas pretendidas. Contudo, a sua aproximação da capital propicia o aumento da sua capacidade, mas mesmo a Praia não tem grande capacidade de carga. Basta ver, por exemplo, a realização de eventos internacionais na capital para se sentir a falta de camas. Cidade da Ribeira Grande Esta Cidade do séc. XV pode ser classificada como cidade orgânica (Cidade Medieval), pese embora o seu crescimento não nascesse a partir de um núcleo já existente, mas sim a partir do porto. Segundo Luís Benavente (1960) a cidade da Ribeira Grande, o primeiro núcleo populacional formado pelos portugueses no Ultramar, desenvolveu-se de modo a receber foral e seu consequente pelourinho, no início do séc. XVI, enquanto insígnia municipal 4. Citando ainda GOMES (2006, p.172) na mesma época em que a Cidade da Ribeira Grande recebia o seu pelourinho, a cidade de Guarda em Portugal substituía a sua [picota] 5, de características tipicamente medievais por um pelourinho de características semelhantes ao da Cidade velha. E sublinha o autor, o da Cidade Velha teria sido importado de Lisboa, não só pela inexistência no Arquipélago do material com que foi construído, como também pelas suas semelhanças com o pelourinho de Guarda. Descrição do Pelourinho 4 BENAVENTE, Luís, citado pelo Mestre Lourenço, agora Doutor, in Ciências Humanas em Revista, Uni. Federal do Maranhão, EDUFMA, GOMES, Lourenço, 2006, p Picota é a designação mais antiga e mais popular do pelourinho e empacotar vem de picota, isto é, consistia em expor à vergonha [de] criminosos e malfeitores presos na barra erguida em local público da Vila ou Cidade, que não fossem réus de pena mais grave que aplicação de açoites.

13 13 Este monumento é, sem dúvida, uma obra de arte que merece ser interpretada com cientificidade. Assim sendo, a sua estrutura compõe-se de três partes: Plataforma/Base, Fuste/Coluna e Capitel, acrescida de esfera armilar encimada com Cruz de Cristo. A sua plataforma/base octogonal de pedra calcária talhada em blocos sobrepostos e recortados de forma simétrica, no horizontal e proporcional em três degraus que, segundo GOMES (2006), nos lembrem a arquitectura clássica que configurou as ordens arquitectónicas greco-romanas. A Fuste/coluna é também em pedra calcária com o seu torso manuelino, dividido ao meio por frisos talhados bem como uma argola pequena de ferro na divisória interior, cuja função era pendurar as mãos dos infractores que iam ser castigados ou exposto na praça pública. Entre a coluna e capitel existem 4 ganchos de ferro que, segundo os especialistas foram concebidos em forma de tronco cone estriado, que funcionavam como espaço de pendurar os meliantes ou os fora da lei. Por último, existe uma esfera armilar, seguida de uma Cruz de Cristo em ferro, símbolo da cristandade. Pelourinho como símbolo de poder e justiça e símbolo da nossa identidade Na tentativa de se fazer uma análise formal dos aspectos simbólicos e antropológicos deste monumento, há que atender algumas características formais como sejam: a harmonia, o equilíbrio, a beleza estética, a monumentalidade e a coerência das soluções arquitectónicas. Este património poder ser interpretado como poder constituído (Câmara, representante da administração do reino), como símbolo do renascimento (homem como centro de tudo), assumido por D. Manuel (manuelino). Ponto de encontro do comércio de escravos e doutros produtos agro-pecuários, que emprestou nome aos nossos muitos pequenos mercados rurais e urbanos (pelourinhos de Assomada, Órgãos, S. Domingos, etc.). Do ponto de vista antropológico, no sentido mais restrito, o pelourinho serviu de ponto de encontros e desencontros de homens e de culturas (escravos, vendedores, compradores e sacerdotes, etc.). Esses escravos instruídos ou ladinizados e vendidos enformam a nossa diáspora negra nas Américas e/ou no mundo novo. Porém, para nós, esses encontros forçados de culturas ou pelo menos de traços culturais mestiços eram levados pelos negros africanos às terras longínquas. Em suma, o emblemático pelourinho/cidade Velha, emergiu da cultura genuína (cabo-verdiana).

14 14 Actualmente, o largo do pelourinho funciona como ponto de encontro e paragem obrigatória, dos visitantes. O nosso monumento fica localizado em frente da Câmara local, ao lado dos Restaurantes Pelourinho, propriedade do Estado de Cabo Verde e Churrasqueira do Sr. Fausto. Situa-se no coração da Cidade, onde tudo gira à sua volta (festivais, festas, jogos tradicionais, discussões politicas, sociais, desportivas e culturais, etc.). Do ponto de vista de marketing, o pelourinho é a nossa cartão-de-visita para os seus visitantes, quer nacionais residentes ou da diáspora quer os internacionais. Aliás, o pelourinho está sobejamente divulgado tanto nos trabalhos de investigação publicados ou trabalhos meramente académicos, como nos documentários, entre outros. Intervenções no bem cultural Nesta pesquisa sabe-se que a primeira intervenção foi proposto pelo Pe. António Brásio por ocasião das Comemorações do Quinto Centenário do Descobrimento das Ilhas de Cabo Verde, em que o mesmo descrevia a situação geral da Cidade e do pelourinho: como sucedeu ao célebre e imponente Coliseu de Roma, os templos de Ribeira Grande transformaram-se em pedreira pública, onde qualquer um podia ir, impunemente, arrancar as pedras das sacristias e dos altares, os cunhais lavrados, as canteiras das janelas e das portas 6 A par disso o autor chamou atenção para a necessidade de intervir no pelourinho. A concretização desta intervenção veio com o arquitecto Luís Benavente (1960), que reportando-se ao pelourinho descrevia assim: Possuía no cimo ferros cruzados e argola no fuste da coluna e parte desta desapareceu e foi substituída por um troço de pedra no intuito de fazer, às vezes, do pedaço que não houve possibilidade de se reaver. Ainda, esse autor proponha a remoção do pelourinho para (ser levado) para a Metrópole (onde iria) ser restaurado em 15 de Novembro de As partes entre parênteses são do autor. Outra intervenção de fundo foi em 2005, no quadro da 4ª fase da cooperação espanhola. Intervenção essa que consistia na limpeza geral com jacto de arreia desde da plataforma 6 BRASIO, Antonio Monumentos Sacros de Santiago, in Cabo Verde, ano, XI, n. 130, 1960, p Op. Citado pela Arquitecta, Djamila PERREIRA Cidade Velha Histórico, Restauração e Intervenção, GOMES, Lourenço Ciências Humanas em revista, Uni. Federal de Maranhão, EDUFMA, 2006

15 15 até ao capitel, que foi retirado nos finais dos anos 70 (Independência Nacional). Mas a maior recuperação foi a conservação e colocação do armilar completado com Cruz de Cristo, que se encontrava no armazém do IIPC na Praia. Mais antes, foi restaurado o capitel de que faltava uma parte, que o armilar completo iria suportar. Para a sua protecção foram colocadas correntes suspensas por dez suportes de ferro à volta, que simbolizam a defesa e valorização deste monumento. Ficha de levantamento do Monumento Localização: Praça/largo (nome da Praça/Largo: Largo do Pelourinho da Ribeira Grande (Cidade Velha), Rua de Calhau, Zona central, na proximidade do edifício emblemático a antiga sede administrativa (Câmara local), renovada e ao lado da ruína da Igreja/Hospital Misericórdia. Este monumento encontra-se restaurado e protegido por uma corrente e vários postes metálicos à sua volta. Tipo: urbano Designação: Pelourinho da Ribeira Grande, Ilha Santiago, Cabo Verde A memória oral do Pelourinho: sabe-se que o monumento em causa é o símbolo da municipalidade e da justiça e sobretudo espaço de venda de escravos e de produtos agro-pecuários. Em suma, espaço de encontros e desencontros socioculturais que ainda hoje é visível na evocação do passado das populações locais e visitantes. Objecto único na Ribeira Grande e quiçá em Cabo Verde. Identificar a fonte: Pelourinho de Cidade Velha: (fontes de Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre de Tombo, pasta 2085), in Luís Benavente/arquitecto, Lisboa, Pelourinho da Ribeira Grande, Ilha Santiago, Cabo Verde, pelo Mestre Lourenço Gomes, in Ciências Humanas em Revista da Universidade Federal do Maranhão, EDUFMA, v.4,n.2, 2006 Quem ordenou a sua construção: Administração reinol da época do D. Manuel I. Autor do projecto: provavelmente, o Arquitecto Marco Pires, conforme o Mestre Lourenço, p. 174, citando Rodrigues (2001, p. 157). Planta de localização: existe no arquivo da Torre de Tombo Ano de início da construção do monumento: 1512

16 16 Quem dirigiu a construção do monumento: não sabemos, supomos que este monumento foi confeccionado em Portugal e montado em Cabo Verde. Quando foi terminada: não encontramos pistas, mas sabe-se que foi inaugurado em 1512, aquando da criação da primeira Câmara dos deputados, por isso mesmo é que foi colocado o pelourinho no largo da praça em frente da referida Câmara. Recolher imagens fotográficas de: 2ª Parte da fuste e do capitel do pelourinho Esfera armilar e Cruz de Cristo, no actual Museu de arqueologia, em conservação, 2005 Alçado, do Pelourinho dos anos 60, Arquitecto Luís Benavente, Pelourinho actual, Foto M Brito Capit el Fuste Pelourinho 1990 sem esfera armilar e cruz de Cristo Foto arquivo: IIPC Base

17 17 Pelourinho em degradação no ano 1992, AHN, dossier candidatura, 2007 Estado de conservação: Base óptimo ( X ); bom ( ); medíocre ou mau ( ) Estrutura: óptimo ( X ); bom ( ); medíocre ou mau ( ) Base octogonal em pedra calcária: óptimo ( ); bom ( X ); medíocre ou mau ( ) Coluna ou Fuste Clássica, ou melhor Neoclássica que ganhou mais tarde em Portugal a estética renascentista (conhecida por estilo manuelino): óptimo ( X ); bom ( ); medíocre ou mau ( ) Capitel, com quatro ganchos de ferro: óptimo ( X ); bom ( ); medíocre ou mau ( ) Esfera armilar: óptimo ( ); bom ( X ); medíocre ou mau ( ) Decoração externa: pedra branca talhada - óptimo ( X ); bom (); medíocre ou mau () CONCLUSÃO Este trabalho visa sobretudo interpretar os aspectos formais e simbólicos do pelourinho (obra de arte por excelência), que exige inventariar e incorporar as motivações políticas, sociais, económicas e arquitectónicas, alicerçadas nas seguintes características: a harmonia, o equilíbrio, a beleza estética, a monumentalidade e a coerência das soluções arquitectónicas apreciáveis (GOMES, 2006). Assim sendo, a interpretação do pelourinho (património cultural) vai cingir-se a uma agregação de valores histórico-arquitectónicos, social-antropológicos e simbólicos, porque, a questão da interpretação do património é fundamental na sua relação com o público. Aliás, o bem não interpretado não existe. Ao estudar, conservar/restaurar um determinado património, está-se a preservá-lo, mas a sua divulgação passa por interpretálo e valorizá-lo. É neste quadro que se vai interpretar o pelourinho como património, algo que não foi nada fácil. Contudo, espera-se que se consiga contribuir para uma melhor interpretação. Desta interpretação e valorização do pelourinho pode-se considerar, citando o referido Gomes (2006, p. 178), que o pelourinho é Inspirado em modelos construtivos clássicos, veio o manuelino mostrar como a cultura renascentista influenciou a época moderna, no caso concreto com as colunas, elementos que, no todo onde se insere, ostenta a beleza e harmonia sempre com o fim de conferir maior dignidade a quem era destinado

18 18 celebrizar. A presença manuelina de entre outros lugares pode-se encontrar na coluna, no capitel e nas ornamentações incluindo a esfera armilar e a cruz de Cristo. Em suma, o pelourinho tem elevado valor patrimonial e artístico, pese embora a sua representação símbolo da justiça e do sofrimento. De resto, concluímos que este património está bem conservado e a população local e/ou visitantes têm fruído o seu valor cultural. O sítio histórico, Património Mundial (2009) está protegido pela lei de base do património cultural e classificado (1990) e foi reclassificado como património nacional (2009). Não obstante estas normas existentes, o funcionamento das instituições responsáveis pela gestão têm enfrentado algumas dificuldades. Para o efeito, no quadro da classificação da Cidade Velha, a património universal, o Ministério da Cultura está no processo da revogação da Lei de base e na sua regulamentação. Juntamente com a Câmara local está-se a fazer a actualização da norma de construção, dotar o Gabinete Técnico Conjunto (Câmara local e o Ministério da Cultura) de meios para o seu funcionamento e, ainda, implementar o processo do Comité de Gestão do Sítio Património Universal. BIBLIOGRAFIA ALBUQUERQUE, Luís de: O Descobrimento das Ilhas de Cabo Verde, in História Geral de Cabo Verde, Vol. I, Instituto de Investigação Científica Tropical Lisboa e Direcção do Património Cultural de Cabo Verde, ALBUQUERQUE, Luís de e SANTOS, Maria Emília Madeira, Coord: História Geral de Cabo Verde, vol. I, Lisboa, IICT/DGPCCV, ALMADA, J. Luís H, Parecer Jurídico sobre a lei de base do património, AMARAL, Ilídio: Cabo Verde: Introdução Geográfica, in História Geral de Cabo Verde Vol. I, Instituto de Investigação Científica Tropical Lisboa e Direcção do Património Cultural de Cabo Verde, BARCELLOS, José C. de Senna: VOLUMES, I II, III, IV, Subsídios para a História de Cabo Verde e Guiné, 2ª Edição, Praia, BENAVENTE, Luís Luís Benavente/ arquitecto, Instituto dos Arquivos Nacionais/torre de Tombo, Lisboa, BRÁSIO, António Monumentos Sacros de Santiago, in Cabo Verde, ano, XI, n. 130, BRITO, Martinho Robalo: A Comunidade Cabo-Verdiana do Bairro Alto Cova da Moura Buraca, Concelho de Amadora e o Sonho de um Museu de Vizinhança e Comunitário, Projecto-piloto (Monografia de Licenciatura), UNL FCSH, Lisboa, 2000.

19 19 CARREIRA, António: Migrações nas Ilhas de Cabo Verde, ICLD, 2ª Ed., Lisboa, CHAVES, Luís Os pelourinhos portugueses, Gaia, S/E, CONTI, Flávio Como conhecer a Arte Grega, Lisboa: Edições 70, CONVENÇÃO DA UNESCO, Sobre a Protecção do Património Mundial Cultural e Natural, Paris, 23 de Novembro, CRUCES, F.: Problemas en torno a la Restitución del Patrimonio. Una Visión desde la Antropología, Política y Sociedad n. º 27, FREIRE, Verónica dos Reis: A Experiência Cabo-verdiana no Domínio do Património, in Separata da Revista Africana Especial Universidade Portucalense, Porto, GARCÍA CANCLINI, Nestor: Los Usos Sociales del Patrimonio Cultural, Encarnación Aguilar Criado (org.), Patrimonio Etnológico. Nuevas Perspectivas de Estudo, Sevilla, Instituto Andaluz de Patrimonio Histórico, JANSON, H. W. Historia de Arte, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, LOPES FILHO, João: Cabo Verde: Apontamentos Etnográficos, Lisboa, Ed. do autor, Cabo Verde Subsídios para um Levantamento Cultural, Plátano, Lisboa, Vozes da Cultura Cabo-verdiana, Ulmeiro, Lisboa, Introdução à Cultura Cabo-verdiana, ISE República de Cabo Verde, Gráfica da Praia, GOMES, Lourenço O símbolo da Autoridade na Obra de Arte Colonial: o caso de pelourinho da Cidade Velha Santiago de Cabo Verde, Ciências Humanas em revista, Uni. Federal de Maranhão, EDUFMA, São Luís, PESSOA, Fernando dos Santos: Utilizar Hoje a Ecomuseologia, in Ecomuseologia Como Forma de Desenvolvimento Integrado, X Jornadas sobre a Função Social do Museu, Póvoa de Lanhoso, PEREIRA, Daniel A Importância Histórica da Cidade Velha, (Ilha de Santiago Cabo Verde), IBNL, Praia, PEREIRA, Djamila Cidade Velha Histórico, Restauração e Intervenção, Belo Horizonte, PEREIRO PÉREZ, X.: Patrimonialização e Transformação das Identidades Culturais, em Portela, J. e Castro Caldas, J. (coords.): Portugal Chão. Oeiras: Celta Editora, In: xerardo@miranda.utad.pt PEREIRO PÉREZ, X.: Património Cultural: O Casamento entre Património e Cultura, ADRA n.º 2. Revista dos Sócios do Museu do Povo Galego, In: xerardo@miranda.utad.pt PINTO, José Madureira: a Produção Social de Identidades; in Revista crítica de Ciências Sociais; nº. 32, 1998.

20 20 RODRIGUES, Adriano Vasco Pelourinho da Cidade Velha, in Revista Africana nº6 especial, Porto, CEAO, Uni. Portugalense, RODRÍGUEZ BECERRA, S. (1997): Patrimonio Cultural, Patrimonio Antropológico y Museos de Antropología, in Boletín del Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico n. º 21. RODRIGUES, Francisco Luciano Lima (2007): O Direito ao Património Cultural Preservado Um Direito e Uma Garantia Fundamental in Pensar, Fortaleza, Edição Especial. RODRIGUES, Nélida: Os Museus em Cabo Verde, in III Encontro de Museus de Países e Comunidades de Língua Portuguesa, SEC, JDGB, CP-ICOM, Bissau, ROLLA, Giancarlo: Bienes Culturales y Constitución - Revista del Centro de Estudios Constitucionales. Madrid, enero/abril, nº. 2, SANTANA, A.: Mirando culturas: La Antropología del Turismo, em Rubio Gil, A. (coord.): Sociología del turismo. Barcelona: Ariel, pp , SEMEDO, J. Maria e TURANO, M. R. CABO VERDE O Ciclo Ritual das festividades da Tabanca, Spleen, SOUSA e SILVA, José Sancho de: Intervenção do Sub-Director Geral da Direcção-Geral do Turismo, in Ecomuseologia Como Forma de Desenvolvimento Integrado, X Jornadas sobre a Função Social, Póvoa de Lanhoso,

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