MATERIAIS DO COTIDIANO X ELEMENTOS QUIMICOS

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1 MATERIAIS DO COTIDIANO X ELEMENTOS QUIMICOS Nayana Carla Guaraná de Lima 1 ; Edilma Edilaene de Sousa Barros 1 ; Flávio Vinícius Viana de Holanda 1 ; Livia Riff Novaes 2 ; Roberto Araújo Sá 1 1 Universidade Federal de Pernambuco. Centro Acadêmico do Agreste. Química- Licenciatura. 2. Colégio Nicanor Souto Maior- Caruaru-PE RESUMO A busca por novas metodologias e estratégias de ensino para a motivação da aprendizagem, que sejam acessíveis, modernas e de baixo custo, é sempre um desafio para os professores. O estudo da Tabela Periódica é sempre um desafio, pois os alunos têm dificuldade em entender as propriedades periódicas e aperiódicas e, inclusive, como os elementos foram dispostos na tabela e como essas propriedades se relacionam para a formação das substâncias. Na maioria dos casos, eles não sabem como a utilizar e acabam por achar que o melhor caminho é decorar as informações mais importantes. Este trabalho aborda uma proposta didática no Ensino do conteúdo Tabela Periódica a partir da utilização de Materiais do Cotidiano dos alunos. Visando despertar nos alunos o interesse pela química como também facilitar o ensino-aprendizagem através de material didático e de baixo custo. Palavras chave: Cotidiano, Contextualizar, Ensino de Química. INTRODUÇÃO Discursões sobre a abordagem do Ensino de Química têm sido frequentes nos últimos anos. Por se tratar de uma ciência em sua maior parte abstrata, dificulta a assimilação do conteúdo e, portanto, gera a falta de interesse dos alunos. E infelizmente muitos professores não aceitam aderir a novos métodos, permanecendo no tradicionalismo, levando os alunos a decorar os conteúdos do livro didático, pois se preocupam apenas em cumprir com o conteúdo programático e não com a qualidade que está sendo transmitido este conteúdo. Somente quando o aluno vê significado no que está estudando é que ele consegue compreender e produzir o saber (FILHO et al., 2011). Quando nos deparamos com situações na sala de aula em que o professor enfatiza só ato usar o livro didático e resoluções de problemas tornando não atraente suas aulas, e logo se questiona onde e como é usado tal conhecimento? E o que sempre 1

2 demonstra é que os alunos do Ensino Médio não demonstram interesse nesse meio cientifico o que eles realmente gostam de ver como realmente acontece à química. Alternativas são questionadas para melhorar este cenário de dificuldades. Métodos que tornem os conteúdos mais atrativos e que relacionem ao cotidiano dos alunos estão sendo inseridos nas escolas básicas. Um exemplo de alternativas é o uso da experimentação. O Ensino de Química proporciona uma ampla possibilidade para se utilizar a experimentação. Com simples experimentos que ocorrem no cotidiano, sendo relacionando-os com os conteúdos, irá atrair a atenção dos alunos e ajuda-los a compreender melhor os conteúdos. É notável a necessidade de reformulação dos currículos e métodos de ensino. No ensino de Química especificamente, a experimentação deve contribuir para a depreensão de conceitos químicos, podendo distinguir duas atividades: a prática e a teoria (ALVES, 2007). Um dos grandes desafios atuais do Ensino de Química nas escolas de nível médio, é construir uma ponte entre o conhecimento ensinado e o mundo cotidiano dos alunos. (OLIVEIRA et al., 2008). O presente trabalho mostra uma alternativa que pode a vir expressar a motivação dos alunos quanto ao entendimento do conhecimento cientifico para com os alunos, pois em sala de aula toda a rotina de quadro, professor e aluno torna desgastante para se efetuar o bom desenvolvimento no ensino aprendizagem do alunado. Diante disso, um meio de mudar esta realidade vem sendo realizado a partir projeto PIBID, onde os licenciandos têm a oportunidade de se inserir na realidade das escolas onde serão futuros professores, podendo contribuir para a melhor aprendizagem dos alunos, através de métodos que os atraiam. Um dos eventos realizados pelo PIBID são os Workshops, onde os alunos abordam os conteúdos que estão sendo vivenciadas em sala de aula, de maneira dinâmica, com experimentos, jogos, e demais atividades quem possam ser utilizadas. Estas atividades contribuem para o envolvimento dos alunos, pois eles que ficam responsáveis pela apresentação e elaboração dos materiais didáticos, junto com a supervisão e apoio dos licenciandos do projeto PIBID. A partir dos Workshops, realizados pelo PIBID, materiais didáticos foram elaborados para abordar os conteúdos. Um deles foi à criação de uma Tabela Periódica ilustrada, onde relaciona seus elementos com o cotidiano dos alunos. A Tabela Periódica, como sua própria denominação apresenta, foi um modo encontrado para classificar os elementos químicos de acordo com suas propriedades 2

3 periódicas, e essa organização pode ser usada tanto como guia de pesquisas quanto como importante instrumento didático (TOLENTINO et al, 1997). A abordagem da Tabela Periódica no ensino de química tradicional baseia-se na memorização, sem a compreensão da periodicidade, não permitindo conhecer o processo sistemático de construção do conceito de lei periódica, o que poderia ocorrer através de evolução histórica dos conhecimentos científicos (EICHLER e DEL PINO, 2000). Segundo CARNEIRO (2004), os alunos em sua maioria estudam a Tabela periódica em livros didáticos, mas não compreendem o porquê as sua aplicação e utilização dos elementos ali tabelados. Esta atividade de construção do material didático teve como objetivo sanar as dificuldades encontradas pelos alunos em aprender este conteúdo METODOLOGIA A Tabela Periódica foi abordada a partir dos elementos mais conhecidos. Procurando dar foco aos elementos e sua importância. Utilizaram-se imagens ilustrativas de objetos que eram compostos por eles. Consequentemente, tornando assim, algo mais próximo da realidade discente. Assim, os alunos podiam relacionar o conteúdo com seu cotidiano, deixando assim, este assunto mais atrativo. Os próprios alunos ficaram responsáveis por apresentar o conteúdo em uma atividade do PIBID Química que acontece quinzenalmente, denominada Workshop. Durante a apresentação, cada aluno abordava características relevantes do elemento investigado por ele, focando também as suas propriedades. Em seguida, eles apresentavam figuras que contextualizavam os conceitos abordados. RESULTADOS E DISCUSSÃO Diversas pesquisas constatam o desinteresse discente no aprendizado da Química, uma vez possuem dificuldades em aplicar e inserir os conhecimentos científicos curriculares em seu cotidiano. Considerando este fato importante, a atividade Tabela Periódica e Cotidiano instigou os discentes a fazerem uma relação entre os elementos da tabela e sua relação com o meio em que vem. Observou-se uma interação maior no grupo participante, como também, uma aprendizagem significativa relacionada a propriedades e aplicação dos elementos químicos. 3

4 Durante o acompanhamento dos alunos na atividade, foi possível fazer uma avaliação crítica, comparando os resultados didáticos obtidos usando o método de aula expositiva com a presente proposta para ministrar o mesmo conteúdo. Mostrou-se aos alunos que o Ensino de química não é distante deles e que em alguns materiais que eles têm em casa pode-se valer no ensino e na aprendizagem dos mesmos, sem a existência de uma rotina que muitas vezes torna-se cansativo e sem objetivo para os alunos, sendo a aprendizagem acontecendo com materiais do cotidiano. Viu-se uma necessidade diante dos alunos em conhecer melhor os elementos da Tabela Periódica e suas devidas características, uma vez identificadas essa dificuldade foi lançada a proposta da atividade do workshop. Pôde-se observar que ao realizar estas atividades a partir de materiais e métodos que aproximassem o cotidiano dos alunos e o atraíssem para aprender determinados conteúdos, os resultados obtidos foram satisfatórios. A participação efetiva dos alunos na realização das atividades propostas aproximou cada vez mais os alunos com os licenciandos do projeto, o que facilita a melhor abordagem do conteúdo. CONCLUSÃO Percebe-se que o ensino aprendizagem depende de um elo construtivo, e no Ensino de Química também através de modelos visuais que em nosso caso a Tabela Periódica que vem a ser trabalhada com materiais do cotidiano, vem a contribuir para um desempenho nos alunos do Ensino Médio que a auxiliar na eliminação de aulas teóricas e repetitivas em visão dos alunos, mostrando que por meio de atividade simples e materiais do cotidiano de fácil acesso, vem a despertar o interesse informal a aplicação de métodos com recursos adequados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FILHO, F. S. L; CUNHA, F. P.; CARVALHO, F. S.; SOARES, M. F. C. A importância do uso de recursos didáticos alternativos no ensino de química: Uma abordagem sobre novas metodologias. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.12;

5 CARNEIRO, F. P. Tabela Periódica: Análise da utilização em livros didáticos de química no ensino médio. Universidade Candido Mendes. Pós Graduação, Lato senso, Projeto a vez do Mestre, Rio de Janeiro, ALVES, W. F. A formação de professores e as teorias do saber docente: contexto, dúvidas e desafios. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33. n. 2. p maio/ago SILVA, A. M. Proposta para tornar o ensino de Química mais atraente. Universidade Estadual do Ceará, Universidade Federal do Ceará e Academia Cearense de Química, RQI - 2º trimestre LAMBACH, M.; AIRES, J. A. Contextualização do ensino de Química pela problematização e alfabetização científica e tecnológica: uma experiência na formação continuada de professores. In: VII ENPEC - Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2009, Florianópolis. Anais VII ENPEC, MARCELO M. OLIVEIRA, JOSÉ HILTON G. RANGEL1, JONAS DE JESUS DA C. NETO (IC)1, MARIA HILMES DE O. RIBEIRO, RITA DE CÁSSIA S. CARVALHO, PEDRO ALBERTO PAVÃO PESSÔA, RONILSON LOPES BRITO, TERESINHA MENDES FARIAS, HÉRICA CRYS C. DOS SANTOS. Lúdico e Materiais Alternativos metodologias para o Ensino de Química desenvolvidas pelos alunos do Curso de Licenciatura Plena em Química do CEFET-MA. XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ), UFPR, 21 a 24 de julho de Curitiba/PR. 5