DIREITO DAS CONTRA-ORDENAÇÕES FICHA DA DISCIPLINA -

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1 DIREITO DAS CONTRA-ORDENAÇÕES FICHA DA DISCIPLINA - SUMÁRIO: I - Objectivos; II - Programa; III - Método de ensino; IV - Método de avaliação; V - Bibliografia I OBJECTIVOS Dentro do quadro geral dos objectivos de uma disciplina de um programa de mestrado vocacionado para a preparação para a prática profissional, pretende-se familiarizar os candidatos com a teoria e prática do Direito das contraordenações em geral. II PROGRAMA Introdução - Definição e natureza do Direito das contra-ordenações 1. Génese e evolução histórica da legislação em matéria de contra-ordenações 2. A definição do Direito das contra-ordenações 3. Razão de ordem de matérias na disciplina 1

2 Parte I - Direito substantivo das contra-ordenações 1. A teoria da lei substantiva 1.1. A proximidade geral de soluções, relativamente à teoria da lei penal 1.2. O princípio da legalidade no Direito das contra-ordenações 2. Teoria geral da contra-ordenação 2.1. O princípio constitucional da proporcionalidade (art. 18º da Constituição) e a previsão de contra-ordenações: subsidiariedade do Direito das contra-ordenações 2.2. O facto ilícito 2.3. A culpa 2.4. Formas da infracção Iter da infracção A colaboração na infracção: comparticipação e responsabilidade de entidades colectivas Da unidade à pluralidade das infracções 3. Teoria geral da responsabilidade por contra-ordenação 3.1. A coima 3.2. As sanções acessórias 3.3. Extinção da responsabilidade, em especial, o problema da extinção da personalidade colectiva Parte II - Processo de contra-ordenações 1. Aspectos gerais 1.1. As alternativas fundamentais do processamento das contraordenações 1.2. Natureza mista do processo-regra de contra-ordenações: 1.3. Teoria da lei processual das contra-ordenações 1.4. Princípios fundamentais 1.5. Razão de ordem 2

3 2. Fase administrativa: elementos 2.1. Introdução: o pano de fundo da aplicabilidade subsidiária das regras do processo penal (art. 41º) e a limitação das matérias a versar 2.2. Sobre os sujeitos 2.3. Sobre os actos do processo 2.4. Sobre a prova 2.5. Meios de coacção 3. Fase administrativa: marcha 3.1. As formas da fase administrativa: a forma comum prevista no RGCO e formas sumárias especiais 3.2. Marcha da forma comum prevista no RGCO 3.3. As formas de processo sumário previstas em lei especial 4. As fases judiciais posteriores: elementos 4.1. Introdução: o pano de fundo da aplicabilidade subsidiária das regras do processo penal (art. 41º); remissões para tratamento dado em sede de fase administrativa 4.2. Sobre os sujeitos 4.3. Sobre o objecto do processo 4.4. Sobre a prova: o problema do sentido do artigo 72º após a revisão de As principais fases judiciais posteriores 5.1. A impugnação judicial em 1ª instância: marcha 5.2. Recurso da decisão judicial aspectos essenciais 5.3. A execução forçada da condenação aspectos essenciais 3

4 III MÉTODO DE ENSINO 1. AULAS Terão um conteúdo variável. Ao lado de exposições do professor limitadas no possível à introdução ou síntese e sistematização finais das várias matérias, a aposta é numa abordagem que exija uma participação activa dos Estudantes, tanto na discussão de temas ou de jurisprudência, como na resolução oral ou por escrito de casos práticos. Além disso, os Estudantes serão chamados a apresentar um trabalho sobre um tema a escolher entre os indicados numa lista apresentada pelo professor ou escolhido em articulação com ele. Esse trabalho deverá, primeiro, ser apresentado oralmente e debatido numa das aulas, sendo nomeado um outro Estudante como debatedor especial. E deverá, a final, ser apresentado por escrito. 2. TRABALHOS ESCRITOS a) Devem incluir a revisão integral da bibliografia e jurisprudência portuguesas respeitantes ao tema de que tratam. b) Devem ter no máximo, 15 páginas (letra: Times New Roman tamanho 12 espaço: 1,5), excluindo índice e bibliografia (ambos necessários) e qualquer outro anexo documental que seja conveniente juntar. c) Devem fazer indicação precisa e exaustiva de TODAS as citações feitas e respectivas fontes, incluindo as da internet. A omissão desta indicação poderá determinar a anulação do trabalho. IV MÉTODO DE AVALIAÇÃO O método de avaliação que as já referidas Regras Orientadoras apenas supletivamente definem corresponde naturalmente ao trabalho exigido dos estudantes. A avaliação tomará, fundamentalmente, em consideração, por um lado, a participação nas aulas e o demais trabalho desenvolvido ao longo do semestre (avaliação contínua) e, por outro lado, o trabalho escrito final (cuja classificação terá o valor regulamentarmente atribuído ao do exame final). 4

5 Sem prejuízo da admissibilidade de provas orais de melhoria de nota (que criará também uma oportunidade para a discussão dos melhores trabalhos), os estudantes cuja avaliação final seja negativa devem realizar uma prova oral. V BIBLIOGRAFIA A) BIBLIOGRAFIA BÁSICA AA. VV., Direito Penal Económico e Europeu: Textos Doutrinários, I, Coimbra, Coimbra Edit., 1998, pp. 1 ss., estudos(i), etc. EDUARDO CORREIA que contém republicações dos seguintes o «Direito Penal e Direito de Mera Ordenação Social», in BFDC, 49 (1973), pp. 257 ss. FIGUEIREDO DIAS, JORGE DE o «O movimento da discriminação e o ilícito de mera ordenação social», in AA. VV., Jornadas de Direito Criminal, o Novo Código Penal Português e Legislação Complementar, Ed. CEJ, Coimbra: Almedina, 1983, pp. 315 ss. o «Para uma dogmática do direito penal secundário», in RLJ, 116º ( ), pp. 263 ss. 117º ( ), pp. 7 ss. COSTA ANDRADE, MANUEL DA o «Contributo para o conceito de contra-ordenação (a experiência alemã)», in RDE, 6/7 ( ), pp. 81 ss. FARIA COSTA; JOSÉ DE o «A importância da recorrência no pensamento jurídico», in RDE, 9 (1983), pp. 3 ss. PEDROSA MACHADO, MIGUEL o Elementos para o estudo da legislação portuguesa sobre contraordenações, Lisboa, UCP, 1984 (= Scientia Ivridica (1986), 59 ss.) COSTA PINTO, FREDERICO 5

6 BELEZA, TERESA o «O ilícito de mera ordenação social e a erosão do princípio da subsidiariedade da intervenção penal«, in RPCC, 7 (1997), pp. 7 ss. Direito Penal, Lisboa, AAFDL, I, 1986, pp. 129 ss. CAVALEIRO DE FERREIRA, MANUEL Direito Penal Português, Lisboa/S. Paulo, Verbo, I, 2ª ed., 1982, pp. 15 ss. 213 ss. Lições de Direito Penal, Lisboa/S. Paulo, Verbo, I, 4ª ed., 1992, pp. 92 ss., 107 ss. Curso de Processo Penal, Lisboa, Danúbio, 1986, I - pp. 164, 171; II 51, 64-69, , , 218, , 270 FIGUEIREDO DIAS, JORGE DE Direito Penal. Parte geral, I, 2ª ed., Coimbra, Coimbra Edit., 2007, pp. 155 ss. MARQUES DA SILVA, GERMANO Direito Penal Português, Lisboa/S. Paulo, Verbo, I, 2ª ed., 2001, pp. 155 ss. Curso de Processo Penal, Lisboa/S. Paulo, Verbo, I, 5ª ed., 2008, pp. 137 ss. SIMAS SANTOS, M./LOPES DE SOUSA, J. Contra-ordenações. Anotações ao Regime Geral, 4ª Ed., Lisboa, Vislis, 2006 TAIPA DE CARVALHO, AMÉRICO Direito Penal. Parte geral. Questões Fundamentais. Teoria Geral do Crime, 2ª ed., Coimbra, Coimbra Edit., 2008, 118 ss. B) OUTRAS INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS (Disponíveis no site da disciplina) 6