1. Introdução - Ação Civil Pública: 1) A lei 7347/85, e sua complementação pelo titulo III do CDC.
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- Ricardo Diegues das Neves
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1 1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL PONTO 1: Introdução - Ação Civil Pública PONTO 2: As categorias Jurídicas Tuteladas PONTO 3: Ação coletiva e os direitos individuais: PONTO 4: Competência da Ação Civil Pública: 1. Introdução - Ação Civil Pública: Ação Civil Pública: 1) A lei 7347/85, e sua complementação pelo titulo III do CDC. 2) As categorias jurídicas tuteladas: a) Consideradas essencialmente coletivas: - difusos; - coletivos stricto sensu. b) Acidentalmente coletiva: individuais homogêneos 3) As ações civis públicas cabíveis em relação ao: - Meio ambiente, Consumidor (arts. 2º, parágrafo único 1, e 29 2 do CDC), Patrimônio Cultural e Social, Ordem Econômica e economia Popular, Ordem Urbanística. - Outras do art. 1º, IV, Lei 7.347/85. Eca, Idoso, Pessoas Portadoras de Deficiência, lesados no mercado de valores mobiliários, comunidades indígenas, torcedor, etc. 4) Vedação imposta pela MP , 24/08/2001, que acrescentou o parágrafo único 3 do art. 1º da Lei 7.437/85. 5) Aplicação Subsidiaria do CPC, art da lei 7343/85. As ações civis públicas tem por finalidade: a proteção dos direitos e interesses transindividuais, bem como pela ampliação posterior da lei Civil Pública pelo título III do 1 Art. 2º. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. 2 Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. 3 Art. 1º. Parágrafo único. A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº , de 2001) 4 Art. 19. Aplica-se à ação civil pública, prevista nesta Lei, o Código de Processo Civil, aprovado pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que não contrarie suas disposições.
2 2 CDC, temos também a disciplina da ação coletiva ou como o art do CDC a ação civil coletiva para defesa interesses dos direitos individuais homogêneos (art. 90 a 100 do CDC). Há uma interação entre a lei 7347 e o título III do CDC, a qual se dá por força legal. O titulo III trata da defesa do consumir em juízo, portanto, estabelece normas protetivas do direito coletivo do consumidor, disciplinada a partir do art. 85 e ss. São complementares, para que haja uma melhor aplicação da ação civil pública de uma forma geral. Portanto, hoje o sistema de tutela coletiva que se dá pela lei civil pública, necessariamente se utiliza das normas estabelecidas pelo direito do consumidor. Não há um Código das normas coletivas, foi elaborado um projeto de lei 5139, com a finalidade de unificar essas matérias. Todavia, esse projeto não passou pela Comissão de Constituição e Justiça. Deve haver relevância social e uso de interesse público na ação coletiva, portanto, deve-se sempre verificar uma lesão de massa, não se limita a matéria de consumo. O art da Lei da Ação Civil Pública está trazendo para esta lei, de forma complementar, as normas que foram concebidas para a tutela coletiva do consumidor, mas não apenas para ações que buscam a tutela do consumidor. 2. Categorias Jurídicas Tuteladas: Os direitos e interesses tutelados são os transindividuias, bem como chamados de individuais homogêneos. Temos no art. 81, parágrafo único, CDC, as definições quanto aos direitos difusos, coletivos, individuais e homogêneos, as quais não se limitam para a proteção única do consumidor. Art. 81. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. 5 Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor, em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes. 6 Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor. (Incluído Lei nº 8.078, de 1990)
3 3 Temos duas categorias: a) Consideradas essencialmente coletivas: - difusos; - coletivos stricto sensu. Obs: Diferenciação do Min., Teoria: uma coisa é a tutela ou ação coletiva para tutela de direitos individuais ou coisa é uma ação para tutela de direitos coletiva. b) Acidentalmente coletiva: individuais homogêneos São acidentalmente, porque o lesado é que tem direito de ação. E ninguém pode pleitear em juízo em nome dele (art. 6º 7, CPC). As pessoas lesadas, se assim desejarem, poderão exercer seu direito de ação. No entanto, não se pode negar que em muitos casos existe uma lesão em massa, fruto da sociedade moderna (explosão geográfica, aumento populacional, escassez de recursos), tais instrumentos justificam a propositura de uma ação coletiva. Às vezes, não se tem condições de determinar os lesados pelo grande número de pessoas. Se alguém sofre lesão, não há como todos ajuizarem todos a uma ação, com o mesmo assunto, sendo que poderá haver várias decisões distintas. Assim, teríamos uma única ação, caso reconhecido o direito todos poderiam se beneficiar. Essa ação coletiva nunca impede que o lesado pretenda exercer o seu direito de ação. Individuais Homogêneos: distinção quanto aos difusos coletivos. - Origem comum da lesão: lesões de massa ou massificada, no qual temos relevância social e interesse público para justificar o uso da ação coletiva. - Isonomia no tratamento dos lesados: todos poderão aproveitar a decisão. Há um prestigio do principio constitucional da Isonomia. - Acesso à justiça. - Otimização e racionalização da prestação jurisdicional (economia de recursos). 7 Art. 6 o Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei.
4 - Pedido Genérico (REsp ). Obs: O prejuízo sofrido por cada um pode variar, o que é comum é o dano causado a todos, por isso, que é um pedido de condenação genérica do réu. Para que se busque atingir a todos a decisão. - Divisibilidade. Obs2: São divisíveis, porque a lei sofrida é divisível. Resultam da soma de direitos subjetivos individuais. 4 - Sentença com eficácia erga onmes. - Ampla divulgação a ação pressupõe, para que os lesados saibam do ajuizamento da ação, bem como acompanharem a ação. art CDC. Interesses e direito individuais homogêneos surgem da necessidade de buscar através dessa única ação um comando sentencial genérico, onde no caso de procedência todos possíveis lesados poderão se beneficiar, inclusive, diz a legislação, que o aproveitamento do lesado individualmente pode esse dar no foro do seu domicilio. 3. Ação coletiva e os direitos individuais: 3. Ação coletiva e os direitos individuais: Legitimados ajuiza a ação coletiva: - de individuais homogêneos: - art. 94, CDC ampla divulgação - art. 95 9, CDC condenação genérica. Observações: 1) possibilidade do ingresso dos lesados que assim desejarem como assistentes litisconsorciais. Porém, serão atingidos pela decisão - Art 103, 2º 10, do CDC. Não podendo mais propor ação individual. 8 Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor. 9 Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados. 10 Art. 103, 2 Na hipótese prevista no inciso III, em caso de improcedência do pedido, os interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor ação de indenização a título individual.
5 5 2) Aqueles lesados que simplesmente aguardam o julgamento para, em caso de procedência, promover a liquidação e execução. Inclusive, no foro do seu domicilio Art 101, I 11, CDC. 3) O legitimado promove a ação civil pública ou ação coletiva. Esses lesados, através de seus advogados respectivamente, seja por que não souberam ou não quiseram, promoveram ações individuais de reparação civil de dano. Temos uma concomitância. Temos uma colidência: ação coletiva que busca uma condenação genérica do réu a indenizar todos os possíveis lesados x ações individuais. Art do CDC o juízo dessas ações individuais porque tomou conhecimento da ação coletiva, intimação do autor da ação individual para que diga se concorda em suspendê-la ou não. Se concordar: a suspensão dura enquanto durar a tramitação da ação coletiva. Se ação coletiva for procedente, essa procedência será transportada para as ações individuais, as quais passarão para a fase de liquidação e execução. Entretanto, se o autor não concordar em suspendê-la, terá o prosseguimento da ação coletiva e um prosseguimento da ação individual, não se cruzando novamente. Podendo ser julgadas de forma distinta. Caso o autor tenha perdido ação, sua decisão transita em julgado, não se beneficiara da ação coletiva, pois não colaborou com o pacto do Judiciário. A jurisprudência do STJ entende que deve ser intimado o autor da ação individual para dizer se aceita a sua suspensão. Não poderá ser de ofício a suspensão. STJ). Legitimidade do MP para Ação Civil Pública em face de direito gerais (REsp , 3) Pedido nas ações Civis Públicas: Preponderantemente, de acordo com o art. 3º 13 da Lei 7347/86, a obrigação de fazer, não-fazer ou indenizar. 11 Art Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas: I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor. 12 Art As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva. 13 Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.
6 6 São indenizações pro dano difuso ou coletivo causado são interesses transindividuais, de natureza indivisível. Assim, estabelece que o destinatário dessa importância é um fundo criado por lei e não por pessoas em especial. É uma diferença dos individuais homogêneos, nos quais o art. 95 do CDC trata do pedido de condenação genérica, pois o foco é a reparação de pessoas lesadas. Enquanto que o art. 3º ao falar em indenização e o pagamento de importância refere ao fundo criado por lei, tem pó finalidade a recomposição ao dano causado ao direito transindividuais indivisíveis. Ex: lesão ao dano ambiental ou patrimônio cultural - titular indeterminado, não sendo pessoas sendo as destinatárias a proteção. Assim, se busca a reconstrução do ambiente degradado. A respeito da reparação especifica do bem lesado, atualmente a jurisprudência dominante do STJ, entende que podem ser cumulativos os pedidos, ou seja, o fazer e nãofazer, não impede o valor indenizado. Não se considerando bis in idem. Para pedidos mais amplos, muitos invocam o art. 83 do CDC para possibilidade de utilizar outros pedidos nas ações civis públicas. - Legitimidade ativa na Ação Civil Pública: Art. 5º da Lei 7.347, complementado pelo art do CDC. Rol definido pelo legislador. A escolha é passa pela aptidão para estar em juízo. Diferentemente de uma ação individual, onde legitimidade passa pela identificação entre o titular do direito e o titular da ação. Numa ação civil pública o autor não está em juízo defendendo o seu direito. O substituído é a coletividade e não alguém em especial. Art. 5º. Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº , de 2007). I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº , de 2007). II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº , de 2007). 14 Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: I - o Ministério Público, II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código; IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear.
7 III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº , de 2007). IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº , de 2007). V - a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei nº , de 2007). a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei nº , de 2007). b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Incluído pela Lei nº , de 2007). 7 Legitimados: 1 Ministério Público. 2 Defensoria Pública: alteração LC da Defensoria Pública quanto a previsão de ajuizamento de ações civis públicas deverá a demanda beneficiar hipossuficientes. 3 União, Estados, DF e Municípios: não há histórico muito grande de ajuizamento de ações. 4 Autarquias, Empresas Públicas, Fundações e Sociedades de Economia Mista: é necessário que esses entes tenham alguma finalidade compatível com o bem jurídico protegido. 5 Associações Civis com pelo menos um ano de existência condição de idoneidade. Porém, o legislador dispensa essa existência em alguns casos a existência mínima de um ano - art. 5º, 4º 15, Lei 7347/85. As associações civis não necessitam para ajuizamento instruir a petição inicial com ata da Assembléia onde tenha havido expressa autorização dos seus associados art. 82, CDC. Existe uma concorrência entre os legitimados e disjuntivas no sentido de que não se necessita da presença de todos os legitimados na ação civil pública. Também não existe hierarquia entre os legitimados. Em relação ao MP, o interesse decorre naturalmente da previsão na Constituição art c/c art. 129, III e IX 17, CF. Em relação ao MP estadual Lei 8625/93, art. 25, IV, a e b 18. Em relação ao MP da União - LC 75/93, art. 6º Art. 5º, 4. O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido. (Incluído pela Lei nª 8.078, de ) 16 Art O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 17 Art São funções institucionais do Ministério Público: III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
8 8 Há possibilidade de se falar em litisconsórcio ativo nas ações civis públicas que será unitário (devido ao interesse da coletividade) e facultativo. Há possibilidade da desistência e abandono. O legislador para evitar que o Juiz não possa prolatar uma sentença porque o autor simplesmente desistiu ou abandonou, e considerando a importância da matéria, bem como o autor não possui interesse próprio e os direitos são indisponíveis. Art. 5º, 3º 20, Lei 8078/85 no caso de desistência infundada ou abandono qualquer legitimado poderá se habilitar e assumir a sua legitimidade. De todos os legitimados o MP é que está obrigatoriamente presente em toda e qualquer ação civil pública, seja como autor, seja como fiscal da lei ( custus legis ). Considerando a importância da ação civil pública, o MP pode passar a ser titular. O MP ajuizará ação civil pública se possuir elementos suficientes. Se MP recebe noticia de dano mabiental, entre outras, em tese, e não dispõe, desde logo, conclusão, poderá instaurar Inquérito civil para juntar elementos para formar sua opinião sobre a propositura da ação civil pública. Assim, a desistência da ACP pelo MP é muito rara. 4. Competência da Ação Civil Pública: Art. 2º da Lei 7347/85 critério peculiar, ou seja, o legislador definiu competente o juízo do local do dano. Portanto, tem-se um caso de competência funcional territorial. Essa 18 Art. 25. Além das funções previstas nas Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica e em outras leis, incumbe, ainda, ao Ministério Público: IV - promover o inquérito civil e a ação civil pública, na forma da lei: a) para a proteção, prevenção e reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, e a outros interesses difusos, coletivos e individuais indisponíveis e homogêneos; b) para a anulação ou declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio público ou à moralidade administrativa do Estado ou de Município, de suas administrações indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas de que participem. 19 Art. 6º Compete ao Ministério Público da União: VII - promover o inquérito civil e a ação civil pública para: a) a proteção dos direitos constitucionais; b) a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente, dos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; c) a proteção dos interesses individuais indisponíveis, difusos e coletivos, relativos às comunidades indígenas, à família, à criança, ao adolescente, ao idoso, às minorias étnicas e ao consumidor; d) outros interesses individuais indisponíveis, homogêneos, sociais, difusos e coletivos. 20 Art. 5º, 3 Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)
9 9 possibilidade do julgador com o local onde o dano ocorreu ou vai ocorrer se mostrou fundamental para legislador, entendendo que tem mais condições de avaliar as provas e julgar. Se neste local do dano, houver mais de um Juiz competente, considerando tratar-se de competência absoluta deve ser observada a prevenção, segundo parágrafo único do art. 2º será a partir da propositura da ação. Entretanto, há casos, em algumas matérias, que os danos tem uma dimensão muito grande, passando a ter uma segunda regra. Os efeitos da extensão ou dimensão do dano na alteração a fixação da competência, mercê da complementação da Lei 7347/85 com o titulo III do CDC. (art. 93, I e II 21, CDC, c/c art. 2º 22 da Lei 7347/85) Dano com dimensão: - Local juízo deste local. Se houver mais de um juízo - prevenção. - Regional ou Nacional (todo estado, quase todo estado, mais de um estado). Neste caso, a jurisprudência do STJ, reiteradamente, entende por aplicar o critério do art. 93, II, ou seja, tratar-se de competência concorrente entre as capitais dos estados ou DF quando atingido. Não há hierarquia. A definição entre a Justiça Federal ou Estadual: Iremos ressalvar a Justiça Federal nas hipóteses do art. 109, I 23, da CF. não sendo hipótese da Justiça Federal ou da Justiça do Trabalho teremos como competente a Justiça Estadual residual. MP federal, segundo art da LC 75/93, os Procuradores da República atuarão nas causas da Justiça Federal. 21 Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a justiça local: I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local; II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente. 22 Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. 23 Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. 24 Art. 37. O Ministério Público Federal exercerá as suas funções:
10 10 O art. 16 da Lei 7347 referia a coisa civil julgada apenas erga omnes. A partir da modificação em 1997 passou a referir que sentença fará coisa julgada erga onmes nos limites da competência do órgão prolator. Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. (Redação dada pela Lei nº 9.494, de ) Exemplos trazidos pela doutrina: se a ação civil pública que reconhece medicamento adulterado pela Justiça do RS, significa dizer que não é alterado no resto do país? Portanto, os doutrinadores referem que foi infeliz tratar de limitação territorial. Há, ainda, uma resistência do STJ para afastar essa limitação territorial. Encontra-se essas decisões afastando a limitação territorial, invocando o art. 103, I, II e III 25, do CDC, nos Juízos de primeiro grau e Tribunais. I - nas causas de competência do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e dos Juízes Federais, e dos Tribunais e Juízes Eleitorais; II - nas causas de competência de quaisquer juízes e tribunais, para defesa de direitos e interesses dos índios e das populações indígenas, do meio ambiente, de bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, integrantes do patrimônio nacional. 25 Art Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada: I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81; II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81; III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.
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