Curso de Especialização em Gestão Estratégica em Finanças Direito empresarial

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1 6. TÍTULOS DE CRÉDITO 6.1 Caracterização Para Vivante, título de crédito é o documento necessário ao exercício de um direito literal e autônomo nele mencionado. O Código Civil de 2002 o definiu no artigo 887 como o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Disto resulta que o título de crédito, diz respeito ao documento representativo de um crédito, ato de fé, confiança do credor de que irá receber uma prestação futura a ele devida. Serve como mecanismo de transferência de riquezas, isto é, na medida em que podem os títulos de crédito serem repassados de um credor a outro, nada mais eles são do que instrumentos de circulação de riqueza na sociedade. Para Fábio Ulhôa Coelho, os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias. Não se confundem com a própria obrigação, mas se distingue dela na exata medida em que a representam. São assim dotados de características que lhe são peculiares e intrínsecas, que constituem verdadeiros requisitos para que atinjam sua função, que é, primacialmente, da circulação da riqueza. Nos títulos, o direito materializa-se em um documento, ou seja, no próprio título, também chamado de cártula. Tal documento passa a representar, assim, o direito ao crédito em si, sendo autônomo da relação jurídica que a ele deu origem e, por essa razão, pode ser transferido de um credor a outro, livremente, seja por simples entrega (tradição), seja por assinatura de um possuidor em favor do outro (endosso). As principais características do título de crédito são a literalidade, cartularidade e autonomia Cartularidade ou incorporação É o documento representado por uma cártula (papel). Serve para o possuidor exercitar os direitos decorrentes do crédito. Assim, a partir do momento em que o documento corporifica o direito, torna-se a cártula, então, o documento necessário e indispensável à satisfação desse direito por aquele que o detém, pouco importando o negócio que a ele deu origem. Deste modo, quem detém o título tem legitimidade para exigir o cumprimento do crédito nele incorporado. Sem ele, por consequência, o devedor não 61

2 está obrigado, em princípio, a cumprir com sua obrigação, ainda que aquele que a esteja exigindo seja seu legitimo credor. O direito não existe sem o documento, não se transmite sem a sua respectiva transferência e não pode ser exigido sem a sua exibição Literalidade Só se leva em consideração aquilo que estiver escrito no título de crédito. Atua tanto em favor do credor (de exigir o que consta do título), como também em favor do devedor (que não está vinculado a nada além daquilo que estiver nele expresso) Autonomia Esse requisito é primacial para a circulação do título na medida em que torna o portador da cártula titular de um direito autônomo em relação ao direito que tinham seus predecessores. O que efetivamente circula é o título e não o direito abstrato que nele se contém, ou seja, o possuidor exerce direito próprio que não se vincula às relações entre os possuidores anteriores e o devedor. Isto é, cada relação é autônoma em relação as suas antecessoras. Como consequência não pode ser oposta ao portador de boa-fé as exceções pessoais referentes ao credor originário, no que tange à obrigação extracartular entre ele e o devedor, emitente do título. Deste princípio, decorrem ainda os princípios da abstração e o da inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé Abstração É a separação da causa do título por ela originado. Todo título nasce em razão de uma relação jurídica, deste modo, podem ter se embasado a emissão do título numa compra e venda, aluguel etc., podendo tal causa constar ou não do título. Quando não mencionado a relação inicial o título se torna abstrato em relação ao negócio originário, passando a circular sem qualquer ligação com a causa que lhe deu origem. A abstração somente aparece quando o título é posto em circulação, ou seja, quando ele passa a vincular duas pessoas que não contrataram entre si (possuidor atual e devedor emitente do título), de modo que são unidos apenas pela cártula. 62

3 Mais do que para proteger o possuidor de boa-fé, a abstração serve para garantir a segurança na circulação do título. Conclui-se, pois, que a cártula contém um direito autônomo e abstrato em relação ao negócio jurídico principal que a ela deu causa, ainda que seja dele decorrente. Dessa forma, nos títulos abstratos, a causa originária do negócio somente por ser oposta entre credor originário e devedor. Ela jamais poderá ser oposta contra terceiro possuidor do título, a não ser que este tenha conhecimento do vício que o aflige, e, nesse caso, estaria agindo de má-fé Inoponibilidade das exceções pessoais aos 3ºs de boa-fé Trata o artigo 916 do Código Civil que as exceções, fundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. Isto é, a terceiros, não podem ser opostas eventuais exceções pessoais que teria o devedor contra o credor originário, pois que, caso contrário não se estaria conferindo a estes portadores e boa-fé, plena garantia e confiança na aquisição de um título de crédito. A segurança para os eventuais portadores do título é essencial à negociabilidade e circulação do título de crédito. O subscritor do título, somente poderá opor contra o possuidor de boafé os vícios formais da cártula ou de seu conteúdo literal, como, por exemplo, eventual falsidade de sua assinatura, vício de capacidade ou falta de requisito necessário ao exercício da ação Legalidade ou tipicidade Os títulos de crédito estão definidos em lei, de modo que deve ser observada a tipicidade (ou legalidade) desses títulos Classificação dos títulos de crédito 63

4 6.2.1 Quanto ao modelo a) livres: não existe um padrão definido em lei para sua confecção podendo ser emitidos de forma livre, observados os requisitos da lei (ex. nota promissória e letra de cambio); b) vinculados: a lei atribui um padrão específico (forma) não permitindo sua livre confecção. Assim, ainda que contenham todos os requisitos exigidos aos títulos de crédito, se não forem representados pela forma prescrita em lei, não serão válidos. (ex. cheque e duplicata) Quanto ao prazo a) título à vista: são aqueles que devem ser pagos assim que apresentados ao devedor, porque possuem vencimento indeterminado. b) títulos a prazo: são aqueles que devem ser pagos na data previamente estabelecida como a do vencimento Quanto à circulação a) ao portador: títulos em que o emitente não identifica seu beneficiário, isto é, emitidos sem o nome do beneficiário, ou com a cláusula ao portador, transferindo-se assim, por mera entrega ou tradição (CC, 904). Será legitimo proprietário aquele que estiver na posse do título, tendo direito, portanto, à prestação nele indicada, bastando, para tanto, a sua apresentação. A Lei Uniforme veda a emissão de nota promissória, letra de câmbio e duplicata ao portador, quanto ao cheque, a Lei nº 9.069/95, em seu artigo 69, só admite a emissão ao portador se o valor for inferior a R$ 100,00. De se ressaltar o contido no artigo 907 do Código Civil, que dispõe ser nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial. b) nominais: no momento da emissão do título consta o nome do beneficiário. Estes podem ser: b.1) nominativos, cuja emissão se dá com o nome de um beneficiário determinado, sendo que a transferência se dá mediante registro no livro próprio do devedor, nos termos do que assevera o artigo 922 do CC: Transfere-se o título nominativo mediante termo, em registro do emitente, assinado pelo proprietário e pelo adquirente. 64

5 Neste caso, o emitente somente estará obrigado a reconhecer como legítimo credor da dívida aquele que constar em seu registro nessa condição. Logo, perdido o título, não estará obrigado a pagá-lo a um estranho que o tenha encontrado. Pode haver a transferência por endosso em preto, nos termos do artigo 923 do CC: O título nominativo também pode ser transferido por endosso que contenha o nome do endossatário. 1 o A transferência mediante endosso só tem eficácia perante o emitente, uma vez feita a competente averbação em seu registro, podendo o emitente exigir do endossatário que comprove a autenticidade da assinatura do endossante. Estabelece o artigo 924 do CC, que ressalvada proibição legal, pode o título nominativo ser transformado em à ordem ou ao portador, a pedido do proprietário e à sua custa. b.2) à ordem: são os títulos emitidos em favor de uma pessoa determinada, contudo, sendo transferíveis por endosso. Endosso que é a simples assinatura do portador atual àquele a quem será transferido o título. Sua diferença básica quanto ao nominativo é que sua transferência se dá por simples endosso, enquanto que nos nominativos além do endosso, necessário se faz a escrituração de tal transferência. b.3) não à ordem: emitidos em favor de pessoa determinada, mas, em razão da existência desta cláusula, fica vedado o endosso. A cláusula à ordem é presumida nos títulos de crédito, de modo que, se houver a intenção de impedir a circulação deste, deve ser colocada a cláusula não à ordem, pois que, assim só poderá ser transferido mediante cessão civil do crédito Quanto à estrutura a) promessa de pagamento: o título apresenta duas relações jurídicas: o promitente, que é o devedor e o beneficiário que é o credor (ex. nota promissória, onde o promitente declara que, na data do vencimento, pagará determinada quantia ao beneficiário). b) ordem de pagamento: título em que há três relações jurídicas: a do emitente, subscritor ou sacador, que é quem dá a ordem para que certa pessoa pegue o título a outra. Sacado, que é quem recebe a ordem e deve cumpri-la. Por fim, o beneficiário, que é a pessoa que receberá o valor descrito no título. (ex. cheque, onde o emitente (correntista) preenche o cheque e o entrega ao beneficiário, que o descontará 65

6 perante o banco (sacado), já que, no cheque, consta uma ordem para que o banco pague ao portador do título (beneficiário) Quanto à natureza a) títulos causais: a obrigação que lhes deu causa consta expressamente no título, estando a ela vinculados. Eles somente poderão ser emitidos se ocorrer o fato que a lei elegeu como causa possível para tanto. (ex. duplicatas e ações). b) títulos abstratos (ou não-causais): não mencionam a relação que lhes deu origem. Vale o crédito que estiver na cártula escrito, independentemente de outros questionamentos. (ex. cheque, nota promissória, letra de câmbio) quanto ao emitente a) títulos públicos: emitidos por pessoas jurídicas de direito público, voltados à arrecadação de rendas junto aos particulares, para que sejam empregadas nas necessidades públicas (ex. títulos da dívida pública federal, estadual e municipal). b) títulos privados: lançados por particulares, pessoas física ou jurídica, civil ou empresária, nelas se incluindo as sociedades de economia mista e empresas públicas (ex. nota promissória, letra de câmbio) Quanto ao número a) títulos individuais: emitidos caso a caso, para cada negócio jurídico efetuado. b) títulos seriados: são emitidos em série por pessoas jurídicas e, por serem muitos, são numerados. Cada um envolve um direito igual ao outro, servindo, geralmente, para pagamentos periódicos (ex. títulos da dívida pública) Requisitos formais dos títulos de crédito São requisitos essenciais, sem prejuízo das características peculiares a cada um deles: - denominação do título; - assinatura do subscritor (emitente ou sacador); - identificação de quem deve pagar; - indicação precisa do direito que confere; - data do vencimento (se não constar do título, este é à vista ); - data da emissão; - local da emissão e do pagamento. 66

7 Tais requisitos não precisam estar presentes no momento da emissão do título, podendo inclusive ser preenchidos antes de sua cobrança ou protesto. Assim é a dicção do artigo 891 do Código Civil: O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados. Por fim, cumpre ressaltar que a teor do artigo 888 do Código Civil: A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. 6.4 LETRA DE CÂMBIO Caracterização Eis um modelo de letra de câmbio: Regulada pela Lei nº /66 e parcialmente pelo Decreto nº 2.044/08 (Lei Uniforme), é uma ordem de pagamento à vista ou a prazo pela qual o sacador dirige-se ao sacado para que este pague determinada importância a uma terceira pessoa, sendo transferível por endosso, e que se completa pelo aceite e se garante pelo aval. O sacador, ao emitir uma letra de câmbio, dá uma ordem ao sacado para que pague o valor constante do título ao beneficiário ou tomador. Por essa razão, tratase de título que compreende uma ordem de pagamento. Verifica-se, assim, que o saque gera três situações jurídicas distintas, envolvendo três sujeitos e uma obrigação cambiária. 67

8 6.4.2 Elementos O artigo 1º do anexo I do Decreto nº /66 (Lei Uniforme) traz os elementos que deve conter a letra de câmbio. Por sua vez, o artigo 2º, informa que não será considerado letra de câmbio o escrito que não trouxer os seguintes requisitos: Art. 1º - A letra contém: 1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título Não se admite a utilização de qualquer outra expressão que não esta, pois que, sua inclusão é exatamente para que saibam todos que se trata desse específico título de crédito. 2 - O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada A palavra correta é mandado no lugar de mandato. Não sendo este campo preenchido corretamente, nulo será considerado o título, pois que, o valor deve ser preciso. Aliás, consta no artigo 6º do citado Anexo I que: Se na letra a indicação da quantia a satisfazer se achar feita por extenso e em algarismos, e houver divergência entre uma e outra, prevalece a que estiver feita por extenso. Se na letra a indicação da quantia a satisfazer se achar feita por mais de uma vez, quer por extenso, quer em algarismos, e houver divergências entre as diversas indicações, prevalecera a que se achar feita pela quantia inferior. Ainda, por aplicação do inciso II do artigo 1º do Decreto 2.044/1.908, deve-se mencionar a espécie de moeda de pagamento. Cabe recordar que as letras de câmbio tiradas no território nacional deverão ser pagas em moeda nacional (R$- real). A letra de câmbio poderá ser emitida também com indexação, desde que o índice seja conhecido e amplamente utilizado. 3 - O nome daquele que deve pagar (sacado) Por ser uma ordem de pagamento, deve indicar com precisão quem deve pagar, com o nome por extenso e a documentação deste (RG, CPF, título de eleitor). 4 - A época do pagamento Será ela paga à vista se não constar data determinada para o título ser pago (LUG, art. 2º). 5 - A indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento Conforme assevera o artigo 2º da LUG: Na falta de indicação especial, a lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado. A letra sem indicação do 68

9 lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador. O 1º do artigo 20 do Decreto 2.044/1908 esclarece ainda que: É facultada a indicação alternativa de lugares de pagamento, tendo o portador direito de opção. A letra pode ser sacada sobre uma pessoa, para ser paga no domicílio de outra, indicada pelo sacador ou pelo aceitante. 6 - O nome da pessoa a quem ou a ordem de quem deve ser paga Deve haver a identificação por extenso do beneficiário do título, para que ele possa ser identificado, pois a LUG veda a emissão de letra de câmbio ao portador. Nesta é presumível a expressão à ordem. Em estando em branco o local do beneficiário, não quer dizer que se trata de título ao portador, porém, que será preenchido posteriormente. 7 - A indicação da data em que, e do lugar onde a letra e passada Não possui valor cambial a letra sem data de emissão, pois que, torna impossível saber se o emitente era capaz na data, bem como apreciar os prazos para apresentação e de vencimento. 8 - A assinatura de quem passa a letra (sacador). Esta deverá ocorrer abaixo do contexto (corpo da letra) para que se presuma que foi assinada quando todo o conteúdo já estava formado, e que foi feita no momento da emissão do título. Por meio dessa assinatura, o sacador garante aceite e pagamento do título. Cabe ressaltar ser vedada a utilização de chancela mecânica. A LUG prevê outras soluções quanto a outras cláusulas da letra de câmbio: Quanto à cláusula de juros, estipula o artigo 5º da LUG: Numa letra pagável à vista ou a um certo termo de vista, pode o sacador estipular que a sua importância vencera juros. Em qualquer outra espécie de letra a estipulação de juros será considerada como não escrita. A taxa de juros deve ser indicada na letra na falta de indicação, a cláusula de juros e considerada como não escrita. Os juros contam-se da data da letra, se outra data não for indicada. Quanto a cláusula exonerando o sacador da garantia do aceite, o artigo 9º da LUG dispõe que: O sacador e garante tanto da aceitação como do pagamento de letra. O sacador pode exonerar-se da garantia da aceitação toda e qualquer cláusula pela qual ele se exonera da garantia do pagamento considera-se como não escrita. 69

10 6.4.3 Letra incompleta ou em branco Estabelece a Súmula 387 do STF a possibilidade de circulação de título incompleto ou em branco. Reza referida súmula que a cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto. Ainda, o preenchimento poderá ser feito a maquina ou à mão Aceite Com o aceite o sacado se compromete a pagar o valor constante do título ao seu beneficiário (legitimo possuidor do título) na data do vencimento. A declaração do aceite torna o sacado devedor principal, passando a ser chamado de aceitante. O artigo 25 da LUG exige que o aceite seja dado na própria letra para que seja considerada esta válida, nos seguintes termos: O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer outra palavra equivalente o aceite e assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta na parte anterior da letra. Quando se trate de uma letra pagável a certo termo de vista, ou que deva ser apresentada ao aceite dentro de um prazo determinado por estipulação especial, o aceite deve ser datado do dia em que foi dado, salvo se o portador exigir que a data seja a da apresentação. A falta de data, o portador, para conservar os seus direitos de recurso contra os endossantes e contra o sacador, deve fazer constatar essa omissão por um protesto feito em tempo útil Falta ou recusa de aceite Mesmo que tenha firmado acordo com o sacador, o sacado não está obrigado a aceitar o título. Se não o aceitar, será acionado pelo sacador pelas vias ordinárias do direito obrigacional e não pelas vias cambiárias. Para garantir o recebimento do valor representado no título, seu possuidor (beneficiário), diante a recusa ou falta de aceite por parte do sacado, que ocasiona o vencimento antecipado do título, terá de protestá-lo até o primeiro dia útil seguinte à recusa ou aceite limitativo. Se não o fizer, perderá o direito de acionar os demais coobrigados. 70

11 Letras não aceitáveis A letra de câmbio pode ser sacada com a cláusula de proibição de apresentação para aceite, o que torna a letra não aceitável. Essa cláusula deve ser expressa, mediante os termos não aceitável ou sem aceite ou expressão equivalente. Com essa cláusula, o sacador acaba evitando a antecipação de vencimento da cártula por causa da falta ou recusa de aceite. Com isso, o beneficiário só poderá apresentar a letra ao sacado na data do vencimento, e se ele recusar o pagamento, aí sim, quando já vencido o título, é que o tomador se voltará contra o sacador. Apesar da existência da cláusula, se o sacado aceitar a letra, o aceite será válido. Se recusar, a letra não poderá ser protestada por falta de aceite. Se for, ao portador se sujeitará as perdas e danos perante o sacado Cobrança do título e os devedores cambiários Todos os devedores cambiários são devedores solidários. São eles: sacados, aceitante, endossantes e avalistas. O sacado (posterior aceitante), na letra de câmbio, não é obrigado solidário porque o simples fato de seu nome constar no título não enseja a sua obrigação, visto ser necessário o seu aceite. Em razão da solidariedade, qualquer um deles pode ser demandado. A solidariedade cambiária decorre de lei, diferentemente da comum, que pode ser voluntária Endosso É a forma de transferência do direito ao valor constante do título, sendo acompanhado da tradição da cártula. Conforme assevera o artigo 893 do Código Civil: A transferência do título de crédito implica a de todos os direitos que lhe são inerentes. Com o endosso transfere-se não apenas a propriedade do crédito representado pelo título, mas também a garantia de seu adimplemento. Em outras palavras, ao transferir um título por endosso, o endossante (ou endossador) garante ao endossatário (ou adquirente) que o crédito representado no título será pago pontualmente. Na letra de câmbio o endossante fica vinculado ao crédito, respondendo solidariamente pelo aceite na cártula, garantindo o pagamento. 71

12 O endosso pode ser feito no verso ou no anverso do título. No verso, basta a simples assinatura do endossante. No anverso, ele será completo quando contiver a assinatura do endossante e uma declaração de que se trata de um endosso. É vedado o endosso parcial ou limitado, ou seja, aquele que diga respeito apenas a parte do valor constante do título. Se existir, será nulo. Quando não houver mais espaço na letra para a colocação do endosso, admite-se que uma nova folha seja anexada ao título para que nesse alongamento seja colocada a assinatura do endossante. O endosso será em preto quando trouxer a indicação do beneficiário (endossatário) do crédito que se transfere. Trata-se do endosso nominal, que pode ser no verso ou no anverso do título. Será endosso em branco quando contiver a simples assinatura do endossante, sem qualquer discriminação de quem seja o beneficiário da transferência do crédito. Nessa hipótese, cria-se a possibilidade de circulação livre do título, ou seja, ele se torna ao portador. Nesse caso, necessariamente o endosso deverá ser no verso do título Endosso e cessão civil O artigo 919 do Código Civil salienta que o recebimento de título à ordem, por meio diverso do endosso, tem efeito de cessão civil de crédito. Ambos são atos jurídicos transmissores da titularidade do crédito, contudo possuem diferenças. Enquanto o endosso é ato unilateral, a cessão de crédito é negócio jurídico (bilateral). A cessão pode ser feita da mesma forma que qualquer contrato, ao contrário, o endosso, só é admitido mediante assinatura e declaração apostas no título. O endosso confere direitos autônomos ao seu beneficiário, ao passo que a cessão confere direitos derivados. No endosso há a inoponibilidade das exceções, por outro lado, na cessão, admite-se que o devedor oponha contra o cessionário exceções que tinha contra o cedente. Por fim, o endosso não pode ser parcial, contudo a cessão civil pode Aval Nos termos do artigo 30 da Lei Uniforme e artigo 897 do Código Civil, o pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantindo por aval. Este corresponde a uma garantia cambial, firmada por terceiro 72

13 (avalista) ao avalizado, garantindo o pagamento do título. O avalista pode ser um terceiro estranho ao título ou alguém que já seja obrigado. O avalista assume uma obrigação igual à de seu avalizado, tanto quanto aos efeitos, como no que tange às conseqüências. Pertinente é a observação: uma assinatura aposta no anverso do título sem qualquer indicação vale como aval. Uma assinatura aposta no verso sem qualquer esclarecimento vale como endosso. É permitido o alongamento do título para fins de firmar o aval. Não pode o avalista argüir exceção própria do avalizado, em razão de sua obrigação ser autônoma em relação à dele, não integrando a relação causal entre o avalizado e o credor deste. É permitido o aval parcial ou limitado, ou seja, aquele em que o avalista garante valor menor do que o constante da letra. Em se tratando de regra prevista em lei especial, prevalece sobre o disposto no artigo 897 do Código Civil que veda o aval parcial. Por aplicação do artigo 900 do Código Civil pode-se avalizar o título mesmo após o seu vencimento, possuindo ele os mesmos efeitos do anteriormente dado Aval e fiança O aval diferencia-se da fiança na medida em que esta é uma garantia civil e aquele uma garantia cambial. A obrigação do fiador é acessória em relação à do afiançado, isto é, o credor primeiro cobra do afiançado e, se este não pagar, poderá voltaser contra o fiador, que terá direito de regresso. Já a obrigação do avalista é autônoma em relação à do avalizado. Assim, o credor pode cobrar primeiro o avalista. Noutras palavras, pode-se dizer que na fiança o fiador tem beneficio de ordem, ou seja, só pode ser cobrado em segundo lugar, o que não ocorre no aval. A fiança pode ser aposta no próprio contrato ou em instrumento apartado, enquanto que o aval deve ser lançado no título. Em razão do princípio da autonomia, o aval não admite a alegação de exceções pessoais do avalizado; já a fiança, admite. Nos termos do artigo 1.647, III do Código Civil, um cônjuge não pode prestar aval ou fiança sem autorização do outro, exceto se forem casados no regime de separação absoluta de bens. 73

14 6.4.8 Vencimento Vencimento é a data em que o pagamento da letra de câmbio, por prévia fixação no título, ou em decorrência de disposição legal, pode ser exigida. Somente com o vencimento é que a letra se torna exigível. São dois os tipos de vencimentos. O primeiro é o ordinário, que ocorre pelo término normal do prazo. É o disposto no artigo 6º do Decreto 2.044/1908: a) à vista: o vencimento ocorre na apresentação, que poderá ser feita dentro do prazo de um ano, contado da emissão do título. Contudo, tal prazo poderá ser alterado pelo sacador da letra. b) a dia certo: o vencimento ocorre no dia indicado. c) a tempo certo da data: o sacador fixa um prazo de vencimento a ser contado da data da emissão (ex. o vencimento se dará em sessenta dias a contar desta data). d) a tempo certo da vista: o vencimento ocorre em um prazo previamente indicado no título a contar da data do aceite (ex. o vencimento dessa letra se dará no prazo de sessenta dias a partir da data do respectivo aceite). Por outro lado o vencimento extraordinário é aquele que se dá com a interrupção do tempo por fato anormal ou imprevisto, o que ocorre nos casos arrolados no artigo 19 do Decreto 2.044/1908, que são: a) falta ou recusa do aceite; b) falência do aceitante Apresentação A apresentação deve ser feita pelo portador do título ao devedor principal para que este efetue o pagamento da quantia constante da cambial na data do vencimento. No dia do vencimento do título o portador deverá apresentar a cártula no lugar designado como sendo o lugar de pagamento ou, na falta, naquele indicado ao pé do nome do sacado, ou ainda no domicílio deste Pagamento O pagamento da letra corresponde ao resgate da cambial. Antes do vencimento, o credor pode recusar-se a receber o pagamento do título. Após o 74

15 vencimento, no entanto, está vedada tal recusa, ainda que o devedor somente pague parcialmente o valor constante do título. Uma vez pago o título, deverá o devedor exigir do credor a entrega da cártula, bem como a quitação regular Protesto É a prova literal de que o portador apresentou o título a aceite ou a pagamento e que nem uma nem outra providência foi tomada por parte do sacado ou aceitante, respectivamente. Assim, com o protesto, o portador prova aos demais coobrigados que não recebeu por parte do devedor principal do título a quantia nele inserida, razão pela qual tem o direito de contra eles se voltar para ver pago a quantia descrita na cártula. Por conseguinte, se não for feito o protesto por falta de aceite ou de pagamento, ou se for ele efetuado fora do prazo legal, a consequência será a perda desse direito de regresso por parte do portador contra os demais coobrigados cambiários (sacador, endossantes e seus respectivos avalistas). O protesto é um documento solene e extrajudicial, levado a efeito pelo oficial público do Tabelionato de Protestos, que identifica e discrimina o título de crédito, seu devedor principal, e ainda a situação que justifica sua feitura, que pode ser: falta ou recusa de aceite; falta ou recusa de pagamento; falta da devolução do título Cancelamento do protesto Pode ser feito em virtude do pagamento posterior do título. Para tanto, basta que se entregue, no próprio Tabelionato de Protesto, o título protestado, uma vez que a posse da cártula faz presumir a quitação. O Tabelionato arquiva cópia do título Ação cambial Por ser considerada como título executivo extrajudicial, dispensa a prévia ação de conhecimento, gerando uma satisfação célere e eficiente do crédito. A execução deverá ser proposta no lugar indicado para o pagamento do título, ou no domicílio do devedor principal. A execução poderá ser proposta contra um, alguns ou todos os que se obrigaram no título, independentemente da ordem de endossos. 75

16 Prescrição Nos termos do artigo 70 da Lei Uniforme, a prescrição da ação cambial ocorre nos seguintes prazos: a) em 3 anos, a contar de seu vencimento, no caso de execução contra o aceitante e seu avalista; b) em 1 ano, no caso das ações contra o sacador, endossantes e seus avalistas; c) em 6 meses, no caso das ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador (ação regressiva) a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado. 6.5 NOTA PROMISSÓRIA Eis um modelo de nota promissória: Eis agora, um modelo de nota promissória como deve ser preenchida: A nota promissória é uma promessa de pagamento em que o emitente ou sacador se compromete a pagar determinada quantia ao beneficiário do título. Sua 76

17 emissão, portanto, decorre de uma declaração unilateral de vontade e não de um contrato. Diferentemente, portanto, das letras de câmbio, as notas promissórias, ao serem sacadas, dão origem somente a duas posições jurídicas: a do sacador e a do beneficiário da nota. Não há, assim, a figura do sacado (visto que não há uma ordem), não existindo, por conseqüência, a figura do aceite e demais regras ligadas a esse instituto. Com o saque, o emitente da nota se responsabiliza pelo pagamento do título. A nota promissória está disciplinada no Decreto nº 2.044/1908, arts. 54 a 56 e também no Decreto nº /66, arts. 75 a 78. Com exceção do instituto do aceite, todas as regras anteriormente traçadas acerca das letras de câmbio (endosso, vencimento, pagamento, cobrança, aval, protesto, ação cambial) aplicam-se às notas promissórias. Requisitos essenciais da nota promissória: Art. 54. A nota promissória é uma promessa de pagamento e deve conter estes requisitos essenciais, lançados, por extenso no contexto: I. a denominação de Nota Promissória ou termo correspondente, na língua em que for emitida; II. a soma de dinheiro a pagar; III. o nome da pessoa a quem deve ser paga; IV. a assinatura do próprio punho da emitente ou do mandatário especial. 1º Presume-se ter o portador o mandato para inserir a data e lugar da emissão da nota promissória, que não contiver estes requisitos. 2º Será pagável à vista a nota promissória que não indicar a época do vencimento. Será pagável no domicílio do emitente a nota promissória que não indicar o lugar do pagamento. É facultada a indicação alternativa de lugar de pagamento, tendo o portador direito de opção. 3º Diversificando as indicações da soma do dinheiro, será considerada verdadeira a que se achar lançada por extenso no contexto. Diversificando no contexto as indicações da soma de dinheiro, o título não será nota promissória. 4º Não será nota promissória o escrito ao qual faltar qualquer dos requisitos acima enumerados. Os requisitos essenciais são considerados lançados ao tempo 77

18 da emissão da nota promissória. No caso de má-fé do portador, será admitida prova em contrário. Nos termos do artigo 76 da Lei Uniforme e 54, 4º do Decreto 2.044/1908, se ao título faltar algum dos requisitos acima indicados, não será possível a produção de qualquer efeito enquanto nota promissória. Os requisitos essenciais consideram-se lançados ao tempo da emissão da nota promissória. Quanto ao aval em branco, tal como na letra de câmbio, não sendo indicada a pessoa do avalizado, entende-se que deverá ser assim considerado o emitente do título (sacador da letra de câmbio ou emitente da nota promissória). conter os seguintes vencimentos: A nota promissória a teor do artigo 55 do Decreto n 2.044/1908 pode Art. 55. A nota promissória pode ser passada: I. à vista; II. a dia certo; III. a tempo certo da data. Parágrafo único. A época do pagamento deve ser precisa e única para toda a soma devida. Os prazos prescricionais para a execução da nota promissória são os seguintes: a) 3 anos, a contar do vencimento, do portador contra o emitente e avalista; b) 1 ano, a contar da data do protesto feito em tempo útil, ou da data do vencimento, se a letra contiver a cláusula sem despesas, do portador contra endossantes e respectivos avalistas; c) 6 meses, a contar do dia em que o endossante pagou o título ou em que ele foi acionado, dos endossantes, uns contra os outros, ou seus avalistas. Quanto ao prazo para apresentação ao protesto, a nota deve ser apresentada a protesto no prazo de dois dias úteis após seu vencimento. A inobservância do prazo acarretará a perda do direito contra os coobrigados, endossantes e seus avalistas. 6.6 CHEQUE Segue modelo de cheque: 78

19 O cheque é uma ordem de pagamento à vista, emitida contra um banco, mediante fundos disponíveis do emitente, em poder do sacado, provenientes de depósito ou de contrato de abertura de crédito. Previsto na Lei 7.357/85 (Lei do Cheque), estabelece as seguintes relações jurídicas: sacador ou emitente aquele que dá a ordem; sacado ou banco a quem a ordem é dirigida; tomador ou portador o beneficiário da ordem. O artigo 3º da Lei 7.357/85 é claro ao dispor que o cheque é emitido contra banco, ou instituição financeira que lhe seja equiparada, sob pena de não valer como cheque. O cheque é um título de crédito padronizado, ou seja, somente será considerado válido aquele efetivamente emitido por um banco ou instituição financeira assemelhada, observada a forma e dizeres regulamentados pela Resolução n 885/1983 do Banco Central. O cheque traduz uma série de vantagens. A principal delas é a substituição da moeda (dinheiro vivo) pelo papel representantivo do cheque. Possibilita, ainda, o pagamento à distância. A emissão do cheque requer, como pressupostos básicos, a provisão de fundos pelo emitente junto ao sacado, por depósito bancário ou abertura de crédito em banco ou instituição assemelhada expressamente autorizada para tanto. Não comporta o cheque a figura do aceite. O sacado de um cheque (banco) não possui nenhuma obrigação cambial, visto que não garante o pagamento da cártula, isto é, não pode ser responsabilizado ou mesmo executado pelo credor em razão da falta ou insuficiência de 79

20 fundos disponíveis na conta corrente do emitente do título. O dispositivo mencionado impede o banco sacado de emitir aceite garantindo o pagamento do cheque. Além dessa vedação, é defeso ainda ao sacado endossar ou avalizar o título (arts. 18, 2º, e 29 da Lei n 7.357/85). São requisitos do cheque, nos termos do artigo 1º da Lei n 7.357/85: Art. 1º O cheque contêm: língua em que este é redigido; (sacado); poderes especiais. I - a denominação cheque inscrita no contexto do título e expressa na II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar IV - a indicação do lugar de pagamento; V - a indicação da data e do lugar de emissão; VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente. O emitente do cheque deve estar identificado no título, pelo nome completo e o número de algum documento, como RG ou CPF. Com efeito, estabelece a Resolução nº 2.537/98 do Banco Central que deve constar, obrigatoriamente, do cheque abaixo do nome do correntista, além do correspondente número de inscrição no Cadastro Geral de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacional Contribuintes (CGC), em se tratando de pessoas físicas, o número, o órgãos expedido e a sigla da unidade da federação referentes aos documentos de identidade (RG). Deve também constar a data em que a conta corrente foi aberta. Quem, por sua vez, como mandatário ou representante legal, assina um cheque sem ter poderes para tanto ou excede aqueles que lhe foram conferidos, obrigase pessoalmente pelo título. Pagando o cheque, todavia, terá direito de regresso contra aquele em cujo nome assinou. 80

21 6.6.1 Cheque irregular São os cheques que não preenchem qualquer dos requisitos essenciais do cheque, não possuindo assim validade, em face do grande formalismo que envolve o título Cheque pós-datado Essa espécie de cheque, muito utilizada na vida comercial brasileiro, não encontra guarida na legislação. Saliente-se que, embora seja largamente conhecido como cheque pré-datado, o correto é chamá-lo de pós-datado, uma vez que traz data posterior àquela em que efetivamente é emitido. Nos termos do artigo 32 da Lei n 7.357/85, o cheque é pagável à vista. Considera-se não-escrita qualquer menção em contrário. Não passa de um simples acordo comercial, o qual se descumprido pelo comercianete e apresentado ao Banco, não poderá este negar o seu pagamento, caso haja saldo na conta corrente Cheque incompleto ou em branco Somente será válido se estiver completo no instante da apresentação. A ausência da data ou local de emissão, ou do lugar do pagamento, não invalida o título, uma vez que, se não estiverem preenchidos por ocasião da apresentação, será considerado tanto a data, quanto do lugar da emissão Cheque cruzado Mediante dois traços paralelos e transversais no anverso do título, o emitente ou portador do cheque, caracteriza o cheque como cruzado. Tal ato tem o efeito de possibilitar a identificação da pessoa em favor de quem o título será liquidado, pois que, somente será creditado em conta corrente Cheque para ser creditado em conta Mediante a inscrição no anverso do título da expressão para ser creditado em conta o emitente ou portador, proíbe que o cheque seja pago em dinheiro ou circule. Tal como no cheque cruzado, essa modalidade permite que se identifique a pessoa em favor de quem foi pago o título. 81

22 6.6.6 Cheque visado O sacado, a pedido do emitente ou portador legitimo do título, poderá lançar e assinar, no verso do cheque nominal e ainda não endossado, visto, certificação ou outra declaração, datada e por quantia igual à indicada no título, atestando que há suficiente provisão de fundos junto à conta do sacador para quitar aquele título Cheque de viagem (ou turismo) São espécies de cheques administrativos que os correntistas compram de seus bancos. Tais cheques já trazem um valor fixo impresso. Na parte de cima do cheque, o comprador apõe sua assinatura, que é registrada no banco. Posteriormente, ao emiti-lo em qualquer estabelecimento bancário, o sacador, identificando-se, novamente assina o cheque, agora na parte de baixo. Conferindo-se as duas assinaturas, o cheque pode ser imediatamente pago pelo banco, que normalmente é situado em outra localidade Cheque administrativo Trata-se de cheque emitido pelo banco contra si mesmo, ou seja, contra um de seus estabelecimentos, em favor de terceiro. Por essa razão, deve ser nominal. No cheque administrativo, sacador e sacado se confundem (instituição financeira), mas o beneficiário é outra pessoa Circulação do cheque Nos termos do artigo 8º da Lei n 7.357/85, pode-se estipular no cheque que seu pagamento seja feito: I - a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa à ordem ; II - a pessoa nomeada, com a cláusula não à ordem, ou outra equivalente; III - ao portador Endosso O art. 17 da Lei n 7.357/85 prevê que os cheques transmitem-se por endosso, que pode ser feito ao próprio sacador, ou a um terceiro, que poderá novamente endossar o cheque, e, assim, sucessivamente. 82

23 Serão nulos, entretanto, o endosso parcial e o condicionado. O sacado também não pode endossar o cheque (art. 18, 1º da Lei nº 7.353/85). Tal como na letra de câmbio, o endosso deve ser feito no verso (de preferência) ou no anverso do cheque (indicando que é endosso). Pode ser assinado pelo próprio endossante ou por seu mandatário com poderes especiais, valendo, inclusive, chancela mecânica ou processo equivalente. Ele poderá ser e preto ou em branco, e o endossante sempre garante seu pagamento, salvo se tiver colocado cláusula sem garantia. Em se tratando de endosso em branco, deverá ser feito necessariamente no verso e o cheque se torna ao portador Aval O cheque também pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval. Poderão ser avalistas terceiros estranhos ao título ou um de seus signatários. O único que não pode ser avalista é o sacado (art. 29). O aval deve ser lançado no anverso, ou no verso do cheque com a cláusula por aval ou outra equivalente, sendo seguida da assinatura do avalista. O aval poderá ser em branco ou em preto Apresentação do cheque para pagamento O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 dias, quando em outro lugar do País, ou no exterior. A apresentação fora deste prazo, tal como na letra de câmbio, ocasiona, por parte do tomador, a perda do direito de regresso contra os coobrigados (endossantes e seus avalistas), e também contra o emitente, se havia fundos nesse prazo e deixaram de existir por circunstâncias alheia à vontade deste. Embora decorrido o prazo de apresentação, o sacado continua obrigado a pagar o cheque, ou seja, enquanto ele não estiver prescrito, o sacado tem a obrigação de pagá-lo, se o emitente ainda tiver fundos disponíveis. 83

24 Ação cambial e prescrição A ação de execução do cheque prescreve em seis meses, contados da expiração do prazo de apresentação (art. 59 da LC). Por sua vez, a ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra o outro prescreve em seis meses, contados do dia em que o obrigado efetuou o pagamento ou do dia em que foi acionado Aspectos criminais - Fraude no pagamento por meio de cheque Estabelece o artigo 171, 2º, inciso VI do Código Penal penaliza quem comete fraude por meio de cheque com pena de reclusão, de um a cinco anos, e multa para quem emite cheque, sem suficiente provisão de fundos ou em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento Tratamento do cheque pelo Banco Central do Brasil O que é o cheque? O cheque é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito. A operação com cheque envolve três agentes: a) o emitente (emissor ou sacador), que é aquele que emite o cheque; b) o beneficiário, que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido; e c) o sacado, que é o banco onde está depositado o dinheiro do emitente. O cheque é uma ordem de pagamento à vista, porque deve ser pago no momento de sua apresentação ao banco sacado. Contudo, para os cheques de valor superior a R$ 5 mil, é prudente que o cliente comunique ao banco com antecedência. O cheque é também um título de crédito para o beneficiário que o recebe, porque pode ser protestado ou executado em juízo. No cheque estão presentes dois tipos de relação jurídica: uma entre o emitente e o banco (baseada na conta bancária); outra entre o emitente e o beneficiário Quais as formas de emissão do cheque? O cheque pode ser emitido de três formas: a) nominal (ou nominativo) à ordem: só pode ser apresentado ao banco pelo beneficiário indicado no cheque, podendo ser transferido por endosso do beneficiário; b) nominal não à ordem: não pode 84

25 ser transferido pelo beneficiário; e c) ao portador: não nomeia um beneficiário e é pagável a quem o apresente ao banco sacado. Não pode ter valor superior a R$ 100. Para tornar um cheque não à ordem, basta o emitente escrever, após o nome do beneficiário, a expressão não à ordem, ou não-transferível, ou proibido o endosso, ou outra equivalente. Cheque de valor superior a R$100 tem que ser nominal, ou seja, trazer a identificação do beneficiário. O cheque de valor superior a R$100 emitido sem identificação do beneficiário será devolvido pelo motivo '48-cheque emitido sem identificação do beneficiário - acima do valor estabelecido' As pessoas, lojas, empresas são obrigadas a receber cheques? Não. Apenas as cédulas e as moedas do real têm curso forçado. Veja também as perguntas e respostas sobre o uso do dinheiro O que é cheque especial? O chamado cheque especial é um produto que decorre de uma relação contratual em que é fornecida ao cliente uma linha de crédito para cobrir cheques que ultrapassem o valor existente na conta. O banco cobra juros por esse empréstimo Um cheque apresentado antes do dia nele indicado (prédatado) pode ser pago pelo banco? Sim. O cheque é uma ordem de pagamento à vista, válida para o dia de sua apresentação ao banco, mesmo que nele esteja indicada uma data futura. Se houver fundos, o cheque pré-datado é pago; se não houver, é devolvido pelo motivo 11 ou 12. Do ponto de vista da operação comercial, divergências devem ser tratadas na esfera judicial Quais os principais motivos para devolução de cheque? Cheque sem fundos: motivo 11 - cheque sem fundos na primeira apresentação; motivo 12 - cheque sem fundos na segunda apresentação; motivo 13 - conta encerrada; 85

26 motivo 14 - prática espúria. Impedimento ao pagamento: motivo 20 - folha de cheque cancelada por solicitação do correntista; motivo 21 - contra-ordem (ou revogação) ou oposição (ou sustação) ao pagamento solicitada pelo emitente ou pelo beneficiário; motivo 22 - divergência ou insuficiência de assinatura; motivo 23 - cheques emitidos por entidades e órgãos da administração pública federal direta e indireta, em desacordo com os requisitos constantes do artigo 74, 2º, do Decreto-lei 200, de 1967; motivo 24 - bloqueio judicial ou determinação do Banco Central; motivo 25 - cancelamento de talonário pelo banco sacado; motivo 26 - inoperância temporária de transporte; motivo 27 - feriado municipal não previsto; motivo 28 - contra-ordem (ou revogação) ou oposição (ou sustação), motivada por furto ou roubo, com apresentação do registro da ocorrência policial; motivo 29 - cheque bloqueado por falta de confirmação do recebimento do talão de cheques pelo correntista; motivo 30 - furto ou roubo de malotes. Cheque com irregularidade: motivo 31 - erro formal (sem data de emissão, mês grafado numericamente, sem assinatura, sem valor por extenso); motivo 32 - ausência ou irregularidade na aplicação do carimbo de compensação; motivo 33 - divergência de endosso; motivo 34 - cheque apresentado por estabelecimento bancário que não o indicado no cruzamento em preto, sem o endosso-mandato; motivo 35 - cheque falsificado, emitido sem controle ou responsabilidade do banco, ou ainda com adulteração da praça sacada; motivo 36 - cheque emitido com mais de um endosso; motivo 37 - registro inconsistente - compensação eletrônica. Apresentação indevida: 86

27 motivo 40 - moeda inválida; motivo 41 - cheque apresentado a banco que não o sacado; motivo 42 - cheque não compensável na sessão ou sistema de compensação em que apresentado; motivo 43 - cheque devolvido anteriormente pelos motivos 21, 22, 23, 24, 31 e 34, não passível de reapresentação em virtude de persistir o motivo da devolução; motivo 44 - cheque prescrito (fora do prazo); motivo 45 - cheque emitido por entidade obrigada a realizar movimentação e utilização de recursos financeiros do tesouro nacional mediante ordem bancária; motivo 46 - CR - Comunicação de Remessa, quando o cheque correspondente não for entregue ao banco sacado nos prazos estabelecidos; motivo 47 - CR - Comunicação de Remessa com ausência ou inconsistência de dados obrigatórios referentes ao cheque correspondente; motivo 48 - cheque de valor superior a R$ 100,00 (cem reais), emitido sem a identificação do beneficiário, acaso encaminhado ao SCCOP, devendo ser devolvido a qualquer tempo; motivo 49 - remessa nula, caracterizada pela reapresentação de cheque devolvido pelos motivos 12, 13, 14, 20, 25, 28, 30, 35, 43, 44 e 45, podendo a sua devolução ocorrer a qualquer tempo. no acordo de compensação. Cooperativas de crédito: motivo 71 - inadimplemento contratual da cooperativa de crédito motivo 72 - contrato de compensação encerrado O motivo de devolução deve ser registrado no cheque? Sim. Ao recusar o pagamento de cheque apresentado para compensação, o banco deve registrar, no verso do cheque, o código do motivo da devolução, a data e a assinatura de funcionário autorizado. de cheques sem fundos? O banco é obrigado a comunicar ao emitente a devolução 87

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