O desenho de um protocolo clínico

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1 O desenho de um protocolo clínico Dra. Denise de la Reza Sanofi-Aventis

2 Histórico O desenho de um protocolo clínico 1747: Dr. Lind - Primeiro ensaio clínico publicado. Grupos de indivíduos duos com escorbuto receberam sidra, óleo de vitríolo olo, vinagre, água marinha, limões, laranjas e mostarda Pocock SJ. A practical approach. Clinical Trials. New York: Wiley, 1983 Década de 80: Medicina baseada em evidências. 1992: Cardiac Arrythmia Suppression Trial Echt DS, Liebson PR, Mitchell LB, et al. Mortality and morbidity in patients receiving r eucainide, flucainide or placebo. NEJM 1997; 336:

3 Res.196/96 CNS/MS Pesquisa envolvendo seres humanos Pesquisa que,, individual ou coletivamente, envolva o ser humano,, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou partes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais. Protocolo de pesquisa Documentos contemplando a descrição da pesquisa em seus aspectos fundamentais, informações relativas ao sujeito da pesquisa, à qualificação dos pesquisadores e a todas as instâncias responsáveis veis.

4 International Conference on Harmonization (ICH Tópico E8) Considerações gerais sobre ensaios clínicos nicos: Princípios e práticas internacionalmente aceitos na estratégia de desenvolvimento de novos medicamentos.

5 Classificação dos diferentes tipos de estudos Pré-cl clínicos ou Clínicos Observacionais ou Experimentais Retrospectivos ou Prospectivos Randomizados ou Não-randomizados Paralelos ou Cruzados Abertos ou Cegos Multicêntricos ou Não-multicêntricos Transversais ou Longitudinais

6 Plano de desenvolvimento de novos medicamentos Estudos pré-cl clínicos Estudos clínicos

7 Estudos pré-cl clínicos Características do medicamento Estudos em animais Efeitos farmacológicos Respostas fisiológicas Mecanismos de açãoa Farmacocinética Potenciais vias de administração

8 Estudos clínicos Classificação baseada nos objetivos do estudo clínico nico: Fase I Fase II Fase III Fase IV

9 Farmacocinética Estudos Fase I Farmacodinâmica Tolerabilidade

10 Efeito terapêutico Estudos Fase II Determinação de dose Segurança

11 Estudos Fase III Eficácia cia Segurança População alvo / especial

12 Estudos Fase IV Pós-registro Indicação aprovada Segurança

13 Desenhos de um protocolo clínico Observacionais: sujeitos de pesquisa meramente observados Experimentais: alguma intervenção é realizada

14 Estudos Observacionais Descritivo ou Série de casos Caso-controle (retrospectivo) Causas e incidência de doenças Identificação de fatores de risco Estudos de prevalência (transversais) Descrição de doenças Diagnóstico e estadiamento Mecanismos de doença

15 Coorte (prospectivo) Estudos Observacionais Causas e incidência de doenças História natural e prognóstico Identificação de fatores de risco Exemplo: Estudo Framingham Coorte Histórica (retrospectivo)

16 Estudo de Coorte Expostos Com desfecho Sem desfecho Coorte Com desfecho Não expostos Sem desfecho Início do estudo Tempo Dawson-Saunders B., Trapp RG. Basic & Clinical Biostatistics nd edition Appleton & Lange

17 Estudos Experimentais Estudos clínicos nicos: estudos experimentais em seres humanos. Controlados: dois ou mais grupos que diferem em relação a intervenção ão. exposição a fator de risco, medicamento, dieta, cirurgia,, etc. Grupo controle: tratamento padrão quando existir. Placebo, quando não existir tratamento comprovadamente eficaz. Não controlados: não existe grupo-controle

18 Estudo Paralelo Grupo experimental Com desfecho Sem desfecho Sujeitos com critérios de inclusão Com desfecho Grupo controle Início do estudo XXXXXX INTERVENÇÃO Sem desfecho Dawson-Saunders B., Trapp RG. Basic & Clinical Biostatistics nd edition Appleton & Lange Tempo

19 Randomização Mesma chance de ser alocado para qualquer um dos grupos de estudo. Impossível prever para qual grupo o paciente será alocado. Importância: garante igual distribuição de variáveis veis conhecidas e desconhecidas entre os grupos. Técnicas de randomização

20 Estudo Randomizado Sujeitos com critérios de inclusão Grupo experimental RANDOMIZAÇÃO Grupo controle Com desfecho Sem desfecho Com desfecho Início do estudo XXXXXX INTERVENÇÃO Sem desfecho Dawson-Saunders B., Trapp RG. Basic & Clinical Biostatistics nd edition Appleton & Lange Tempo

21 Estudo Cruzado Grupo experimental Com desfecho Grupo experimental Com desfecho Sem desfecho Sem desfecho Sujeitos com critérios de inclusão Grupo controle Com desfecho Grupo controle Com desfecho Sem desfecho Sem desfecho Início do estudo XXX INTERVENÇÃO Wash-out XXX INTERVENÇÃO Tempo Dawson-Saunders B., Trapp RG. Basic & Clinical Biostatistics nd edition Appleton & Lange

22 Mascaramento Evitar a influência de critérios rios subjetivos na avaliação dos resultados. Uni-cego ou Simples: paciente Duplo-cego cego: paciente e investigador Triplo-cego cego: paciente, médico e outro observador que interpretará os resultados (patologista, radiologista)

23 Desenho Fatorial Utilizado quando dois tratamentos podem ser empregados juntos sem interferência. Randomização Tratamento A Randomização Tratamento B Randomização Tratamento C Tratamento D Tratamento C Tratamento D

24 Run-in Placebo run-in: quando é importante eliminar pacientes que são placebo- respondedores ou não-aderentes aderentes. Particularmente importante em estudos fase II: avaliação da real atividade do tratamento.

25 Duplo-simulado Quando os tratamentos têm vias de administração diferentes. Grupo A Medicamento em investigação oral ativo + Placebo medicamento padrão injetável Grupo B Placebo medicamento em investigação oral + Medicamento padrão injetável ativo

26 Duplo-simulado Quando os tratamentos têm posologias diferentes: Medicamento em investigação 1 vez/dia versus Medicamento padrão 2 vezes/dia Grupo A Medicamento em Investigação ativo: manhã + Placebo medicamento padrão: tarde Grupo B Medicamento padrão: manhã + Medicamento padrão: tarde

27 Introdução Justificativa Objetivos Protocolo de Pesquisa (1) primários, rios, secundários e desfechos Metodologia desenho, tamanho amostral,, estatística stica Critérios rios de inclusão/exclusão Visitas e procedimentos

28 Protocolo de Pesquisa (2) Produto em investigação dispensação ão,, armazenagem, contabilidade Documentos-fonte Arquivamento de dados Relato de eventos adversos e eventos adversos sérioss Descontinuação / interrupção prematura do estudo

29 Comitês Protocolo de pesquisa (3) Executivo Monitorização de Segurança a de Dados Adjudicação Responsabilidades Patrocinador Investigador Comitês de Ética

30 Guide to Clinical Trials Sugestões de leitura Bert Spilker Editora Lippincott-Raven Basic & Clinical Biostatistics Beth Dawson-Saunders Intuitive Biostatistics Harvey Motulsky Ensaios Clínicos: Princípios e Prática Granville Garcia de Oliveira Editora ANVISA

31 DENISE DE LA REZA Tel.: Fax:

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