ALERGIAS RESPIRATÓRIAS NOS ESTUDANTES DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS

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1 ALERGIAS RESPIRATÓRIAS NOS ESTUDANTES DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS NUNES Carlos Pereira Docente do Curso de Graduação em Medicina da UNIFESO. SILVA Bruna Bernardes Discente do Curso de Graduação em Medicina da UNIFESO. Palavras chave: rinossinusites, alergia, fatores agravantes, qualidade de vida. INTRODUÇÃO O termo rinossinusite é mais utilizado atualmente, apesar de designar duas doenças (rinite e sinusite), elas ocorrem em parte considerável dos casos, em conjunto. A rinite existe isoladamente, mas a sinusite sem a rinite é rara.a Rinossinusite pode ser definida clinicamente como uma doença decorrente da reação inflamatória da mucosa de revestimento do nariz e dos seios paranasais, mediada por anticorpos IgE específicos, desencadeada através da exposição a alérgenos. 1,2 A Rinossinusite alérgica embora seja vista como um doença trivial e passageira, pode ser considerada a doença de maior prevalência entre as doenças respiratórias crônicas, que afeta a qualidade de vida dos pacientes e dificulta o controle dos sintomas de outras afecções respiratórias como a asma. 1,2 A prevalência da rinossinusite no Brasil vem aumentando e está entre as maiores do mundo, e a acredita-se que seja subestimada, pois muitos indivíduos não procuram atendimento médico e muitos profissionais negligenciam o tratamento da mesma. Porém, ainda assim, a rinossinusite alérgica está entre as dez razões mais frequentes de atendimento primário a a saúde. 3 Levantamento populacionais estimam que 38% dos pacientes com Rinite Alérgica tenham asma e 78% dos asmáticos tenham rinite associada. 10,11 Os principais sintomas incluem: prurido/congestão nasal, rinorréia, paroxismos de espirros, tosse, hiperemia/prurido ocular e tosse. A classificação torna-se necessária para uniformizar condutas entre otorrinolaringologistas e outros especialistas, como clínicos gerais, pneumologistas e alergistas que também estão em contato frequente com a doença em seus consultórios. A classificação é temporal e relacionada com a duração e frequência do processo. MÉTODOS Estudo transversal descritivo de natureza quantitativa. Os dados foram obtidos através de porcentagem de respostas positivas ou referidas a cada sintoma. Foram

2 reelaborados em gráficos. O questionário compreende dados demográficos como nome, sexo, idade, naturalidade, cidade de residência habitual. Foi questionado a presença de sintomas respiratórios crônicos, aqueles que incomodam com maior freqüência. Também foi avaliado o grau de comprometimento desses sintomas na qualidade de vida dos mesmos, se esses sintomas se agravam com algum fator desencadeante, e se pioraram em relação a cidade de origem. RESULTADOS Foram entrevistados 100 estudandes de medicina da Fundação Educacional Serra dos Órgãos. Sendo 76% homens e 24% mulheres. Incialmente os estudantes foram questionados sobre a presença de sintomas respiratórios crônicos, 77% responderam apresentar os mesmos. Aqueles que não apresentavam, não houve necessidade de responder as demais solicitações do questionário. Depois foram questionados sobre quais eram os sintomas apresentados e desses os que afetavam a qualidade de vida. Dentre eles, obtivemos: congestão nasal (30%), espirros (28%), coriza (28%), outros sintomas como chiado, tosse, cefaléia e expectoração juntos perfizeram (14%). Em relação ao nível de comprometimento dos problemas na qualidade de vida dos mesmos, nenhum se queixou de comprometimento moderado a intenso, 49% responderam ter um comprometimento leve e 51% não obtiverem comprometimento. Inquiridos sobre em qual aspecto os sintomas respiratórios crônicos mais incomodavam: 25% responderam trabalho, igualmente as atividades sociais com 25%, aprendizado 19%, sono 19 %, praticar esportes 12%.

3 Entre os sintomas agravantes da alergia nasal, se destacaram a poeira e o mofo que juntos perfizeram 63% dos sintomas, fumaça do cigarro ficou em terceira posição com 15%, alterações climáticas 11% e animais 7%. Fatores agravantes da alergia 15% 0% 11% 37% 4% 26% 7% MOFO ANIMAIS POEIRA NERVOSISMO ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS CIGARRO OUTROS Corroborando o dado de que alterações climáticas somente foi fator de relevância para apenas 11% dos estudantes. A mudança da cidade de origem para Teresópolis agravou os sintomas respiratórios crônicos de apenas 8% dos pacientes que apresentam essas doenças respiratórias,11% revelaram não ser fator relevante e 76% não responderam por provavelmente não apresentarem sintomas alérgicos crônicos. Problema se agrava em Teresópolis 8% 11% 5% 76% SIM NÃO NÃO PROCEDE NÃO RESPONDERAM

4 CONCLUSÃO Embora não sejam apontados de modo claro e direto, os sintomas de rinite podem comprometer a qualidade de vida dos estudantes. Esse fato fica documentado quando perguntamos aos pacientes sobre que sintomas mais lhes causavam desconforto na maioria dos agravamentos dos sintomas. Verificamos que a coriza nasal e a congestão nasal foram os mais significantemente relatados como os que mais causaram incômodo, à semelhança de outros estudos. Outro tópico de extrema importância, sobretudo na interferência da doença sobre as atividades rotineiras, observou que o comprometimento de trabalho e atividades sociais compreendeu 50% dos entrevistados, configurando a relevância desses sintomas sobre as atividades diárias. A rinite alérgica, apesar de ser considerada doença de menor impacto quando comparada à asma, pode ser descrita, a partir dos resultados obtidos neste estudo e em muitos outros como uma doença capaz de alterar, e em muito, a qualidade de vida dos pacientes, assim como sua capacidade de aprendizado r, desempenho e produtividade no trabalho. Em conclusão, os dados deste estudo documentam o grau elevado de incômodo que os sintomas de rinite alérgica acarretam aos doentes, e comprovam o quanto e em que atividades a doença afeta a vida dos estudantes. BIBLIOGRAFIA 1. Bousquet J, Van Cauwenberge P, Khaltaev N; Aria WorkshopGroup; World Health Organization. Allergicrhinitis and its impacton asthma. J Allergy ClinImmunol 2001;108:S Bousquet J, Khaltaev N, Cruz AA, Denburg J, Fokkens WJ, TogiasA, et al. Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma (ARIA) 2008update (in collaboration with the World Health Organization,GA(2)LEN and AllerGen). Allergy 2008;63 (Suppl 86): International Consensus Report on the diagnosis and management of rhinitis. International Rhinitis Management Working Group. Allergy. 1994;49(19 Suppl): Wald ER, Guerra N, Byers C. Upperrespiratory tract infections in young children:duration and frequency of complications. Pediatrics 1991; 87:

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