Semana Nacional do Trânsito Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade ao Pedestre

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1 DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO RIO GRANDE DO SUL DIVISÃO DE HABILITAÇÃO E ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Semana Nacional do Trânsito 2014 Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade ao Pedestre

2 Cidade para as pessoas: proteção e prioridade ao pedestre foi o tema selecionado pelo Contran para a SNT O tema foi sugerido pela Câmara Temática de Educação para o Trânsito e Cidadania para confrontar uma cultura e uma estrutura viária historicamente voltada aos veículos. A proposta levanta a necessidade de um amplo debate sobre a legislação e as políticas de trânsito voltadas à circulação de pedestres e reforça a importância de seu protagonismo nas cidades.

3 A palavra pedestre vem do latim, da mesma forma que transeunte, e nomeia aquele que anda ou se acha a pé, que se faz a pé. Compreende a forma mais antiga de transitar, para a qual a própria rua foi concebida, apesar de ceder cada vez mais espaço para os veículos e de merecer menos importância na vida agitada e hiperveloz dos nossos tempos.

4 Há tanto e por tanto tempo empenhamos nossa rotina com o andar que o automatizamos e nos custa percebê-lo diferente em situações de trânsito.

5 No Estado do Rio Grande do Sul, em 2013, houve mortes em acidentes de trânsito. Desses, 394 eram pedestres, representando um percentual de 20% do total de vítimas. Fonte: Assessoria de Planejamento, Gestão e Estatística DETRAN/RS

6 Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), em 2010, aponta as principais distrações dos pedestres ao atravessar a rua: 77% atravessa fora do sinal; 74% atravessa fora da faixa de pedestres; 66% não olha para os dois lados da rua; 66% atravessa a rua falando ao celular ou digitando; 52% atravessa a rua falando com alguém; 34% não verifica a presença de ciclistas nos dois lados da ciclovia. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia -

7 No espaço público o andar exige ATENÇÃO, RACIOCÍNIO, JULGAMENTO, PREVISÃO E AGIR INTENCIONAL. O cidadão, no papel de PEDESTRE, deve tomar precauções de segurança, evitando comportamentos e situações de risco, visto ser o elemento mais frágil no trânsito.

8 No papel de condutor ou ciclista mudam as suas responsabilidades. O parágrafo II do inciso XII do artigo 29 do CTB determina que... os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres. Assim, todos os partícipes do trânsito tem a responsabilidade de contribuir para que a convivência no espaço público seja segura e harmoniosa.

9 ASPECTOS LEGAIS Código de Trânsito Brasileiro: Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres. 1º. O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres. 2º. Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quando não for possível a utilização destes, a circulação de pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida. 3º. Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quando não for possível a utilização dele, a circulação de pedestres, na pista de rolamento, será feita com prioridade sobre os veículos, pelos bordos da pista, em fila única, em sentido contrário ao deslocamento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.

10 5º. Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte a serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à circulação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar o acostamento. 6º. Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para circulação de pedestres.

11 Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a visibilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas existirem numa distância de até cinqüenta metros dele, observadas as seguintes disposições: I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou delimitada por marcas sobre a pista: a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das luzes; b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos; III - nas interseções e em suas proximidades, onde não existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via na continuação da calçada, observadas as seguintes normas: a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de que podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos; b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar sobre ela sem necessidade.

12 Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código. Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos. Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres em boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinalização.

13 Recomendações de segurança aos pedestres: 1) Ande sobre a calçada, longe do meio-fio, afastado da pista de rolamento. 2) Esteja sempre atento ao movimento dos veículos, às entradas e saídas de garagem, às portas dos carros estacionados. 3) Procure atravessar em locais com sinalização, usando as faixas de pedestres e passarelas. 4) Olhe para os dois lados antes de iniciar a travessia, mesmo na faixa de pedestres e ainda que a rua seja de mão única. 5) Observe a velocidade, o movimento e a distância dos veículos. Considere ainda sua própria agilidade e o trecho a ser percorrido. 6) Evite pontos de pouca visibilidade à aproximação dos veículos, como subidas, arvoredos, bancas de revista, containers de entulho, carros estacionados, curvas e outros obstáculos.

14 7) Redobre a atenção diante de corredores de ônibus. 8) Obedeça ao sinal luminoso. 9) Aguarde sua vez sem descer da calçada, até certificar-se de que os motoristas viram você e de que o fluxo está totalmente interrompido. 10) Só inicie a travessia quando tiver certeza de poder completá-la, em linha reta, isto é, com trajetória perpendicular à via, sem correr, fazer desvios entre os carros ou parar entre as faixas de mão dupla (onde não haja canteiro central). 11) Mantenha atenção ao movimento dos pedestres que vêm em sentido contrário ao seu. 12) Ofereça ajuda e preste auxílio às demais pessoas que compartilham o espaço do trânsito sempre que necessário.

15 Recomendações aos demais usuários das vias: 1) Reduza a velocidade ao aproximar-se de escolas, hospitais, locais de maior trânsito de pedestre e faixas de travessia a ele destinadas. 2) Respeite a mudança do sinal luminoso, com atenção ao amarelo, e pare antes da linha de retenção para não obstruir a travessia. 3) Só prossiga ao certificar-se de que os pedestres já concluíram a travessia. 4) Quando for sair ou entrar de garagem/estacionamento, dê a preferência ao pedestre que estiver transitando pela calçada.

16 5) Redobre o cuidado com as poças d água para não arremessá-la sobre os pedestres. 6) Jamais jogue lixo nas ruas. Além do comprometimento à limpeza e escoamento, do prejuízo ambiental e à imagem da sua cidade, o lixo lançado pela janela pode representar ferimento a terceiros, obstáculo à travessia, elemento surpresa do itinerário de outro carro (atingido ou que precise desviar), impedimento à visibilidade do condutor, com enormes riscos de acidente. 7) Mantenha sua calçada em bom estado de conservação. Em frente à residência, a responsabilidade de construir, recuperar e conservá-las é dos proprietários e moradores; Solicite permissão municipal de uso do logradouro público caso deseje prestar serviços junto ao mesmo. 8) Solicite permissão municipal de uso do logradouro público caso deseje prestar serviços junto ao mesmo.

17 MITOS MITO DESMITIFICAÇÃO O trajeto mais curto é o mais seguro Não necessariamente. A existência de calçadas, necessidade menor de travessias, cruzamentos sinalizados, vias de menor fluxo e velocidade são preferíveis, mas às vezes significam distância e tempo maiores. O pedestre tem sempre prioridade de passagem sobre os veículos quando houver faixas de travessia a ele destinadas Não quando a faixa encontra-se em local com sinalização semafórica. Nesses casos, só têm preferência pedestres que por ventura ainda não tenham concluído a travessia quando da mudança do sinal liberando a passagem dos veículos (art.70 CTB) Fonte: Folder Anjos do Asfalto

18 O trânsito faz parte do cotidiano de todas as pessoas e, apesar de existirem vários papéis nesse sistema (condutor, pedestre, passageiro, ciclista, etc.), todos assumirão, em algum momento de seu deslocamento, o papel de pedestre. Seja qual for o seu papel no trânsito, adote um comportamento prudente e seguro, baseado no princípio de que a vida é nosso bem maior.