Aula 03: Legislação e normas (Segurança/Proteção contra Incêndios)
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- Bernardo Soares Alcântara
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1 Aula 03: Legislação e normas (Segurança/Proteção contra Incêndios) rodrigotmj@gmail.com firesafetybrasil@gmail.com
2 300 BC O Corpo de Bombeiros de Roma era composto por escravos. Esta experiência fracassou. 6 AD Na antiga Roma os integrantes do Corpo de Bombeiros passaram a receber salários. O Corpo de Bombeiros chegou a ter homens, 26 AD sendo a população de Roma de aproximadamente 1 milhão. Nesta época eram feitas punições corporais como uma medida de prevenção contra os incêndios As casas em Londres deveriam ser construídas de pedra Em Oxford - UK foi exigida a construção de uma parede corta fogo a cada seis casas, tendo por objetivo evitar a rápida propagação de possíveis incêndios Um incêndio em Londres matou pessoas Edinburgh Improvement Act de 1621 estabeleceu que os tetos deveriam ser de materiais não combustíveis O GRANDE INCÊNDIO DE LONDRES queimou durante 4 dias e destruiu cerca de 5/6 da cidade. Contudo, houve apenas 6 mortes devido às medidas preventivas adotadas anteriormente O parlamento escocês estabeleceu que edifícios altos só poderiam ser construídos até 5 andares como medida de prevenção contra incêndios. Nesta época em Edinburgh havia edifícios de 14 andares.
3 1861 Um incêndio praticamente destruiu a cidade de LINDAY em ONTARIO, Canadá O GRANDE INCÊNDIO DE CHICAGO Em Birmingham, UK o Corpo de Bombeiros exigiu que edifícios altos habitados tivessem duas escadas Surgimento de organizações, tais como o NFPA Um incêndio em BALTIMORE destruiu 80 blocos no centro de negócios da cidade Um incêndio em BERKELEY, Califórnia destruiu 600 estruturas Um incêndio em Los Angeles destruiu 500 residências através de um bosque.
4 DESASTRES SÉCULO IX
5 Análise Histórica A história é marcada por desastres envolvendo incêndios. O grande incêndio de Londres em 1666 e o incêndio de Chicago em 1871 causaram destruição em milhares de edificações QUINTIERE (1998)
6 Análise Histórica Baltimore MGM Grand Hotel in Las Vegas, mortos; 679 feridos
7 Análise Histórica Gothenburg Suécia (1998) 63 mortos (43 escada de emergência) 180 feridos
8 Lisboa Portugal (1998) 1) Análise Histórica
9 Rhode Island EUA (2003) 1) Análise Histórica Mais de 100 pessoas mortas e 35 seriamente feridas Fonte: CNN
10 1) Análise Histórica Kumbakonam Índia (2004) Fonte: BBC 90 crianças mortas e 100 feridas
11 1) Análise Histórica Assunção Paraguai (2004) Mais de 300 mortos e 100 feridos Fonte: BBC
12 1) Análise Histórica A maioria dos incêndios que ocorre no mundo ocorre em edificações. COX (1996) Segundo o Council on Tall Buildings and Urban Habitat (1992), os incêndios que ocorrem em edificações acarretam grandes impactos. Segundo DRYSDALE (1986), mais de 800 pessoas morrem em incêndios a cada ano no Reino Unido.
13 1) Análise Histórica DRYSDALE (1986) => $1 bilhão de libras. QUINTIERE (1998) => $ 85 bilhões de dólares/ ano COX (1986) => cerca de 10 a 20 fatalidades para cada 1 milhão da população mundial, a cada ano, são em virtude de incêndios em espaços urbanos.
14 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 A partir do início da década de 70, adentrando a década de 80, uma série de grandes incêndios notáveis em edifícios altos chamou a atenção para a necessidade da segurança contra incêndio no projeto e construção das edificações no Brasil.
15 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 Edifício Andraus 31 andares (1972) - SP
16 Edifício Andraus São Paulo (1972) 1) Análise Histórica 16 pessoas mortas 330 feridos
17 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 Edifício Joelma 25 andares (1974) - SP
18 1) Análise Histórica Edifício Joelma - São Paulo (1974) 189 pessoas mortas 320 feridos
19 Um curto-circuito no 12 o andar do Edifício Joelma, em São Paulo deu início a um incêndio que matou 192 pessoas. O incêndio durou aproximadamente 6 horas e obrigou 20 pessoas a se atirarem pelas janelas. Apenas 80 ocupantes foram salvos das chamas.
20 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 Edifício do Conjunto Nacional 25 andares (1978) - SP
21 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 Edifício Grande Avenida - 19 andares (1981) - SP
22 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 Edifício da Sede da empresa Vale do Rio Doce - 20 andares (1981) - RJ A propagação do incêndio foi ascendente e descendente (queda de material em combustão por espaços deixados entre a fachada e as lajes).;
23 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 Edifício Andorinha - 21 andares (1986) - RJ
24 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 Torres da CESP Cia. Energética de São Paulo - 19 e 21 andares (1987)
25 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 Torres da CESP Cia. Energética de São Paulo - 19 e 21 andares (1987)
26 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 Esses incêndios deixaram um saldo de 234 mortes e 826 feridos e uma grande comoção nacional Ed. Andorinhas RJ Ed. Grande Avenida - SP
27 Grandes Incêndios no Brasil nas décadas de 70 e 80 A partir desses eventos ficou evidente que o problema da segurança contra incêndio não podia ser resolvido no momento da emergência, com o uso de extintores ou hidrantes, contando com a atuação heróica dos Corpos de Bombeiros.
28 1ª Regulamentação de Segurança Contra Incêndio no Brasil Após o incêndio do Edifício Andraus, em 1972, a Prefeitura da Cidade de São Paulo iniciou a elaboração de uma regulamentação contendo exigências de segurança contra incêndio para serem aplicadas às edificações da cidade. Ed. Andraus Em 1974, após o incêndio no Edifício Joelma, entrou em vigor o Decreto Municipal no de Regras para a segurança contra incêndio no projeto e construção de edifícios. Surge no Brasil a primeira regulamentação compulsória de segurança contra incêndio, abrangente, incorporando exigências de proteção passiva.
29 1ª Regulamentação de Segurança Contra Incêndio no Brasil O Decreto Municipal no estabelecia: Cidade de São Paulo em 1974 Classificação das edificações segundo categorias de risco; Classificação dos materiais manipulados e estocados em categorias, de acordo com as características de queima ; Requisitos aplicados aos acessos e saídas nos pavimentos;
30 O Decreto Municipal no de Requisitos aplicados à localização de escadas e saídas para o exterior; Exigência de portas corta-fogo nos acessos às escadas; Requisitos internos de segurança: compartimentação corta-fogo; Saídas protegidas no piso de descarga; separação do piso de descarga em relação aos subsolos ventilação dos subsolos
31 O Decreto Municipal no de Requisitos construtivos e de resistência ao fogo aplicados aos elementos estruturais e de compartimentação; Requisitos aplicados aos revestimentos internos (reação ao fogo); Ed. Grande Avenida Exigências de sistemas de hidrantes, sistemas de sprinklers e extintores, de acordo com as condições de risco; Exigência de instalação de sistemas de iluminação e sinalização de emergência Exigência de escada de emergência em edifícios altos.
32 Resposta da Sociedade Técnica a esses Eventos Ed. Joelma Ainda, em 1974, após o incêndio no Ed. Joelma, o Instituto de Engenharia de São Paulo preparou as seguintes recomendações ao poder público: Consulta prévia às associações de classe antes de legislar sobre problemas de segurança, para evitar falhas e omissões; Mais atenção às instituições de pesquisa, dotando-as de recursos materiais e humanos;
33 Resposta da Sociedade Técnica a esses Eventos d) Ação conjunta dos governos estaduais e municipais para dimensionamento do Corpo de Bombeiros; e) Organização dos poderes públicos competentes para vistórias periódicas nos edifícios; e) Formação de profissionais habilitados para projetar modificações de segurança e de instalações; g) Inclusão obrigatória das disposições de segurança contra incêndio nos projetos.
34 Resposta da Sociedade Técnica a esses Eventos Revisão e estabelecimento de critérios normalizados (ABNT) para os sistemas de proteção contra incêndio; Fornecimento dos laudos periciais aos órgãos de classe vinculados a projetos. A partir deste momento estabelecia-se, definitivamente, a preocupação com a segurança contra incêndio no país. As ações sugeridas foram sendo adotadas gradativamente no Cidade de São Paulo, no Estado de São Paulo e em outros estados brasileiros.
35 Regulamentação da Área de Segurança Contra Incêndio Nos anos seguintes surgiram diversas regulamentações estaduais, emitidas pelos respectivos Corpos de Bombeiros. O primeiro foi o estado do Rio de Janeiro. Em 1983 entra em vigor a primeira regulamentação para o Estado de São Paulo. Essas regulamentações estaduais surgiram fortemente focadas na proteção ativa e, gradativamente, estão evoluindo com a incorporação de exigências de proteção passiva.
36 Regulamentação da Área de Segurança Contra Incêndio Montadora de Automóveis Centro de Atendimento Surge em 1978 a primeira regulamentação federal, denominada NR 23 Proteção Contra Incêndio, no âmbito do Ministério do Trabalho e se destina a proteger os trabalhadores contra o risco de incêndios em ambientes laborais. Surgem as especilaizações : Engenheiro e Técnico de Segurança do Trabalho
37 Regulamentação da Área de Segurança Contra Incêndio Em 2001, entra em vigor o Decreto Regulamento de Segurança Contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco, que representou um grande avanço no que se refere a exigências compulsórias na área e se constitui como um modelo que foi incorporado. Gradativamente às regulamentações de outros estados brasileiros, como Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Esta regulamentação se destaca pela clareza, abrangência e valorização das exigências de proteção passiva.
38 - Incêndio no edifício Grande Avenida (17 mortes e 53 feridos); - Incêndio no edifício Andorinha (21 mortes e 50 feridos); - Incêndio numa central telefônica no Rio de Janeiro ( pessoas ficaram sem telefone fixo); - Incêndio destruiu uma edificação do Aeroporto Santos Dummont (muitos vôos tiveram que ser cancelados); - Incêndio em Ouro Preto.
39 INCÊNDIOS $ PERDAS DIRETAS PERDAS INDIRETAS
40 INCÊNDIOS PERDAS DIRETAS (i.e., perdas humanas, perdas físicas, etc.) PERDAS INDIRETAS (i.e., danos ao meio ambiente, danos a reputação, etc.)
41 País Total de Incêndios Fatalidades Fatalidades / incêndio (F/I) Fatalidades anuais/ cada 10 5 pessoas E.U.A ,95 Canadá ,58 México Porto Rico Brasil Colômbia França ,26 Filipinas Japão ,52 Coréia Índia ,20
42 Dados sobre Incêndios no Brasil Causas Fonte: Relatório descritivo da SENASP 2006.
43 Dados sobre Segurança Contra Incêndio Investimentos 1 Custos com proteção de Incêndios nos edifícios em relação ao PIB do país BRASIL 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 Porcentagem do PIB (%) 1 Dinamarca Hungria Singapura EUA Noruega Itália Holanda Suiça Bélgica Canadá Reino Unido Suécia Eslovênia Japão França República Tcheca Nova Zelândia Brasil
44 Dados sobre Segurança Contra Incêndio Investimentos Custos com Corpos de Bombeiros em relação ao PIB do País 1 BRASIL 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 Porcentagem do PIB (%) 1 Canadá Japão EUA Reino Unido Polônia Nova Zelândia Suécia Holanda Bélgica Finlândia Áustria Noruega Brasil Dinamarca Eslovênia Singapura
45 Certificação de Produtos na Área de Segurança Contra Incêndio Certificação compulsória: Certificação voluntária
46 Dados sobre Incêndios no Brasil Ano Total Estimado (1) Total Registrado Fonte: Relatório descritivo da SENASP 2006.
47 Dados sobre Incêndios no Brasil Causas de incêndios Apenas aproximadamente 24% dos incêndios no Brasil têm suas causas registradas. Dos que tem causas registradas: 32% têm causas indeterminadas 20% tem causa não apurada Em apenas 12% do total de incêndios há causas identificadas
48
49 Engenharia de Segurança contra Incêndios Exatas Saúde Engenharia de Segurança contra Incêndios Humanas
50 Engenharia de Segurança contra Incêndios Engenharia de Segurança contra Incêndios Códigos Prescritivos Códigos de Segurança contra Incêndios Códigos Baseados no Desempenho
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53 Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio (ABNT/CB24)
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