Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnicoraciais

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1 L E Ç Ã O O C EDUCAÇÃO PARA TODOS Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnicoraciais na escola na perspectiva da Lei nº /03 Organização: Nilma Lino Gomes 1 a Edição Brasília, 2012

2 Edições MEC/UNESCO SECADI Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Esplanada dos Ministérios, Bl. L, sala 700 Brasília, DF, CEP: Tel: (55 61) Fax: (55 61) Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura Representação no Brasil SAS, Quadra 5, Bloco H, Lote 6, Ed. CNPq/IBICT/UNESCO, 9º andar Brasília, DF, CEP: Tel.: (55 61) Fax: (55 61) Site: grupoeditorial@unesco.org.br

3 L E Ç Ã O O C EDUCAÇÃO PARA TODOS Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnicoraciais na escola na perspectiva da Lei nº /03 Organização: Nilma Lino Gomes 1 a Edição Brasília, 2012

4 2012. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) Edição e preparação de texto Cláudia Lemos Vóvio UNIFESP Revisão de linguagem, formatação e normalização Dila Bragança de Mendonça ESCREVER Assessoria em Redação Diagramação Universidade Federal de Goiás Centro Editorial e Gráfico Tiragem: exemplares Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Catalogação da Fonte : Ivanir F. Leandro CRB6: 2576 P912 Práticas pedagógicas de trabalho com relações étnico-raciais na escola na perspectiva da Lei nº /03 / Nilma Lino Gomes (org.). 1. ed. -- Brasília : MEC ; Unesco, p., il. - (Educação para todos ; 36) ISBN: Inclui Bibliografias. Anexos: p. 388-[422]. 1. Educação -- Relações étnicas -- Legislação. 2. Brasil. [Lei n , de 09 de janeiro de 2003]. 3. Cultura afro-brasileira -- Estudo e ensino. 4. Educação e Estado. 5. Escolas publicas. I. Gomes, Nilma Lino, II. Título. III. Série. CDD CDU Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos nesse livro, bem como pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da UNESCO e do Ministério da Educação, nem comprometem a Organização e o Ministério. As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo deste livro não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO e do Ministério da Educação a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região ou de suas autoridades, nem tampouco a delimitação de suas fronteiras ou limites.

5 Sumário Apresentação... 7 As práticas pedagógicas com as relações étnico-raciais nas escolas públicas: desafios e perspectivas Nilma Lino Gomes O caminho metodológico: em foco as práticas pedagógicas com as relações étnico-raciais na escola Rodrigo Ednilson de Jesus, Nilma Lino Gomes, Claudia Lemos Vóvio, Vanda Lúcia Praxedes O processo de institucionalização da lei n.º /03 Rodrigo Ednilson de Jesus, Shirley Aparecida de Miranda As escolas e suas práticas Nilma Lino Gomes, Rodrigo Ednilson de Jesus, Aline Neves Rodrigues Alves Regional Nordeste I Florentina da Silva Souza, Ires dos Anjos Brito, Letícia Maria de Souza Pereira Regional Nordeste II Moisés de Melo Santana, Itacir Marques da Luz, Auxiliadora Maria Martins da Silva

6 Regional Norte Wilma de Nazaré Baía Coelho, Mauro Cezar Coelho, Ivany Pinto Nascimento Regional Centro-Oeste Maria Lúcia Rodrigues Müller, Ângela Maria dos Santos, Vanda Lúcia Sá Gonçalves Regional Sul Paulo Vinicius Baptista da Silva, Débora Cristina de Araujo, Tânia Mara Pacífico Regional Sudeste Elânia de Oliveira, José Eustáquio de Brito, Natalino Neves da Silva Referências Os(as) autores(as) Anexos

7 Apresentação Este livro apresenta os resultados da pesquisa Práticas Pedagógicas de Trabalho com Relações Étnico-Raciais na Escola na Perspectiva da Lei n.º /03, desenvolvida no âmbito do Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão Ações Afirmativas na UFMG e do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Étnico-Raciais e Ações Afirmativas (NERA/CNPq), no período de fevereiro a dezembro de 2009, em parceria com pesquisadores(as) dos seguintes núcleos e centros de pesquisa: Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (NEPRE)/UFMT, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UFRPE, Centro de Estudos Afro-Orientais UFBA, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros/UFPR e Núcleo de Estudo e Pesquisa sobre Formação de Professores e Relações Étnico-Raciais Núcleo-GERA-UFPA. Apoiada e financiada pelo Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) e pela representação da UNESCO no Brasil, a pesquisa tem por objetivo identificar, mapear e analisar as iniciativas desenvolvidas pelas redes públicas de ensino e as práticas pedagógicas realizadas por escolas pertencentes a essas redes na perspectiva da Lei n.º /03, que torna obrigatório o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira nas escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio do país. 1 A Lei n.º /03, o Parecer do CNE/CP 03/2004, que aprovou as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, e a Resolução CNE/CP 01/2004, que detalha os direitos e as obrigações dos entes federados com a implementação da Lei, compõem um conjunto de dispositivos legais considerados como indutores de uma política educacional voltada para a afirmação da diversidade cultural e da concretização de uma educação das relações étnico-raciais nas escolas, desencadeada a partir dos anos de Tanto a legislação quanto seus dispositivos carreiam o imperativo de uma mudança estrutural e simbólica, abrangendo a adoção de princípios 1 O artigo 26 A da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), incluído pela Lei /03, sofreu alteração de redação dada pela Lei /08 com a inclusão da história e cultura da população indígena. Todavia, o artigo 79 B, também incluído pela Lei /03, se manteve inalterado. Isso significa que ambas as alterações continuam válidas e em vigor. A pesquisa aqui apresentada se refere especificamente à implementação da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas da Educação Básica do país, regulamentada pela Resolução CNE/CP 01/2004 e pelo Parecer CNE/CP 03/2004. Enfatiza, portanto, o cumprimento e a implementação da LDB pelos sistemas de ensino e suas escolas.

8 afirmativos pelas instituições educacionais, tais como o reconhecimento da diversidade cultural e da desigual distribuição de oportunidades sociais entre diversos segmentos e grupos da população, a disposição positiva para a convivência democrática entre grupos e culturas e a efetivação da paridade de direitos sociais. Tais princípios, no contexto nacional, só poderiam ser colocados em prática por meio do desenho e da implementação de uma política para (e na) diversidade contrária à apologia da tolerância e ao mito da democracia racial. Esse conjunto viabiliza avanços na efetivação de direitos sociais educacionais e implica o reconhecimento da necessidade de superação de imaginários, representações sociais, discursos e práticas racistas na educação escolar. Representa também um passo a mais no processo de superação do racismo e de seus efeitos nefastos, seja na política educacional mais ampla, seja na organização e no funcionamento da educação escolar, seja nos currículos da formação inicial e continuada de professores(as), seja nas práticas pedagógicas e nas relações sociais na escola. Com a realização dessa investigação pretende-se aprofundar a reflexão sobre as relações étnico-raciais nos sistemas de ensino e nas escolas e refletir sobre algumas indagações referentes ao processo de implementação da Lei n.º /03 e suas Diretrizes Curriculares: Passados sete anos de sua sanção, a Lei n.º /03 tem sido implementada pelos sistemas de ensino e tem sido objeto de práticas pedagógicas nas escolas? Como tem se dado a implementação da referida Lei nas diferentes regiões do País? A desigualdade regional, que marca historicamente a configuração dos entes federados no Brasil, também se reproduz nesse processo? As iniciativas do MEC e da SECADI e o conjunto de dispositivos legais em prol da implementação da Lei n.º /03 têm fundamentado e apoiado as políticas e as práticas educacionais regionais, estaduais e municipais? Para isso, foi desenvolvido um estudo em âmbito nacional e de natureza minuciosa e extensiva sobre o grau de enraizamento da Lei nos sistemas de ensino e das condições de sua implementação, bem como uma análise in loco de práticas pedagógicas realizadas por um conjunto de 36 escolas públicas estaduais e municipais do País. Os objetivos específicos da pesquisa realizada foram os seguintes: 8

9 Identificar e disseminar referências sobre o processo de implementação da Lei n.º /03 nas escolas públicas brasileiras, considerando as práticas pedagógicas, a produção de materiais didáticos e paradidáticos, os processos de formação continuada e a introdução da temática racial como um dos eixos orientadores do Projeto Político-Pedagógico (PPP) dessas escolas. Apoiar os esforços de gestores(as) de sistemas de ensino, equipes gestoras das escolas e professores(as) na concretização de uma educação voltada para as relações étnico-raciais na escola. Construir referenciais de aplicabilidade da Lei n.º /03 que possam contribuir para o processo de gestão pedagógica da diversidade das Secretarias de Educação e escolas públicas em diferentes regiões do País. Como uma pesquisa que se dirige para a ação e a intervenção social, seus resultados poderão contribuir para a construção de um panorama sobre as práticas pedagógicas levadas a cabo em escolas públicas, indicando, para além de sua existência, níveis de compreensão e graus de enraizamento da temática africana e afro- -brasileira nas instituições escolares. Isso permitirá também indagar se estes se apresentam com maior ou menor consonância com os princípios da Lei n.º /03, as orientações contidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e no Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (BRASIL, 2009). O percurso da pesquisa A discussão, o planejamento e a organização do trabalho seguiram um calendário intenso de reuniões em Brasília, Belo Horizonte e Salvador durante todo o ano de Trata-se de encontros que, de acordo com a sua especificidade, contaram com a participação da equipe da coordenação nacional, das coordenações regionais, do MEC/SECADI, da UNESCO, da UNDIME e do CONSED. A investigação organiza-se em torno de três eixos. O primeiro relaciona-se ao grau de institucionalização da Lei nos sistemas de ensino e tem como foco as realizações das Secretarias de Educação (municipais e estaduais). Os secretários estaduais e municipais de educação e do Distrito Federal foram considerados sujeitos privilegiados para o alcance de informações sobre o nível de implementação da Lei, nas duas esferas de governo. Foram também atores-chave na indicação de escolas públicas que 9

10 realizam trabalhos na perspectiva da Lei n.º /03, nas diferentes regiões do País. Para tal, contou-se com a colaboração e a participação da UNDIME e do CONSED, que viabilizaram a disseminação da pesquisa entre os(as) gestores(as) e o contato da coordenação nacional da pesquisa com as Secretarias de Educação. O segundo eixo refere-se à consideração de uma variedade de atores envolvidos no processo de implementação da Lei n.º /03. Tal consideração advém do reconhecimento da importância da Lei no processo de luta política e negociações entre o Movimento Negro, as universidades, o MEC e as demais esferas do Estado. Nesse sentido, além dos secretários da educação, foram considerados informantes-chave na indicação das escolas selecionadas os Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (NEABs) e os grupos correlatos, em virtude do trabalho que realizam na formação de professores(as) da educação básica, na perspectiva da diversidade étnico-racial. Também as equipes de pesquisadores(as) regionais integrantes da pesquisa são vinculadas aos NEABs. A escolha intencional desse grupo de investigadores(as) deve-se à sua atuação na coordenação de cursos de formação continuada de professores(as), à aprovação de projetos no Edital Uniafro (MEC/SESU/SECADI), à realização de publicações e pesquisas voltadas para a temática racial na educação, algumas delas em parceria com o MEC e, particularmente, com a SECADI. Os(as) pesquisadores(as) vinculados aos NEA- Bs integram o Consórcio Nacional de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (CON- NEAB) e, em sua maioria, fazem parte da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) (ABPN). Trata-se de instâncias acadêmicas e políticas no contexto universitário que produzem um conhecimento científico articulado à prática social e às vivências étnico-raciais da população brasileira. Outra fonte importante desse eixo foi o banco de dados do Prêmio Educar para a Igualdade Racial, realizado desde 2002, pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). Desse banco, extraiu-se também a indicação de escolas públicas que realizam trabalhos na perspectiva da Lei, pois, até o momento em que se deu a pesquisa, era o único espaço de seleção e premiação de práticas pedagógicas em âmbito nacional voltados para a educação das relações étnico-raciais, antes mesmo da aprovação da Lei n.º /03. O terceiro eixo focaliza a sustentabilidade das experiências mapeadas, por meio da análise das práticas pedagógicas na perspectiva da Lei n.º /03 desenvolvidas pelas escolas públicas do País. Para se chegar a essa informação, foram necessárias o contato e a recolha das indicações dos três atores-chave: (a) gestores de sistemas de ensino; (b) representantes dos NEABs; e (c) resultados do Prêmio CEERT. No total, obteve-se a indicação de 890 escolas públicas, das quais foram selecionadas 36 (seis em cada região geográfica brasileira, acrescidas de outras seis, dada a abrangência da Região Nordeste). 10

11 O objetivo central do estudo foi chegar até as práticas pedagógicas e suas respectivas escolas, a fim de ser realizada a análise, em nível nacional, das iniciativas institucionais que tentam concretizar uma educação que considere e contemple as relações étnico-raciais. Nessa análise interessava encontrar informações que pudessem responder às seguintes indagações: Quais são as práticas pedagógicas na perspectiva da Lei n.º /03 realizadas pelas escolas indicadas pelos atores-chave? Quem as desenvolve? Elas têm continuidade? Há participação da gestão do sistema e da gestão da escola no desenvolvimento de tais práticas? Como fica a participação da comunidade nesse processo? Há diálogo com os movimentos sociais e, principalmente, com o Movimento Negro? Essas experiências se enraízam nas escolas passando a fazer parte do Projeto Político-Pedagógico a ponto de alcançar um grau de sustentabilidade? Ou elas oscilam de acordo com a presença ou não dos sujeitos que as desenvolvem? Quais são os avanços e os limites da Lei n.º /03 no interior das escolas públicas? Cabe considerar neste ponto que o total das 890 escolas recolhidas no âmbito desta pesquisa não significa, em definitivo, uma amostra representativa de todas as escolas que trabalham na perspectiva da Lei no território nacional. Esse conjunto também não reúne aquelas que desenvolvem os melhores e os mais significativos trabalhos considerando a temática e a perspectiva orientada pelas Diretrizes Curriculares. Em um trabalho dessa natureza e considerando as limitações metodológicas enfrentadas para chegar a tais instituições, é preciso considerar que 890 é o número total de escolas brasileiras que, da perspectiva dos informantes e do banco de dados do Prêmio CEERT, realizam trabalhos voltados para a educação das relações étnico-raciais e que, nesse contexto, foram lembradas e indicadas. Nesse sentido, outras instituições de ensino não lembradas e nem citadas neste estudo podem, de forma muito legítima, ser consideradas em uma futura investigação semelhante. 11

12 Pode-se ainda questionar por que esses informantes e atores-chave e não outros. Além dos motivos já explicitados, é importante considerar que se trata de uma investigação de caráter institucional, encomendada pelo MEC/SECADI e UNES- CO. Nesse sentido, a recolha de informações deveria perseguir um caminho institucional (contando com fontes institucionais), para observar o grau de implementação da Lei nos sistemas de ensino, descrever e conhecer as práticas pedagógicas na perspectiva da Lei realizadas pelas escolas. Entretanto, constatou-se que, apesar das várias ações já desenvolvidas pelo MEC em prol da implementação da Lei, ainda não existe um registro oficial e sistematizado com dados de implementação da Lei no interior do próprio MEC/ SECADI. O que existe são dados de execução e relatórios de avaliação de programas e ações realizadas. Tal situação colocou um problema para a coordenação da pesquisa. Reconhecendo a inexistência de fontes oficiais sobre a implementação da Lei, como encontrar um caminho para a resolução desse problema? Nesse sentido é que foram selecionados os informantes ou atores-chave aqui presentes, porque são considerados, no atual contexto, possuidores de algum grau de institucionalidade, com abrangência nacional, regional e local; poderiam ainda atender aos objetivos desta pesquisa, indo além de indicações aleatórias ou de caráter subjetivo. As pesquisas sobre relações raciais e educação (SANTANA, 2003, 2004; ABRAMOVAY; CASTRO, 2006; SOUZA; CROSO, 2007; GOMES et al., 2006; MONTEIRO, 2010) vêm apontando a existência de práticas pedagógicas de educação das relações étnico-raciais desenvolvidas espontaneamente por educadores(as) interessados no tema por vários motivos. Em virtude do caráter de empenho individual, tais práticas geralmente não têm continuidade nem conseguem ser socializadas e divulgadas para além do local onde se realizam. Portanto, após sete anos de sanção da Lei n.º /03, resta saber se as ações financiadas pelo MEC/SECADI, a discussão e a aprovação do Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, as formações continuadas ofertadas pelos NEABs, a premiação do CEERT têm induzido e possibilitado ações, projetos e práticas no interior da gestão dos sistemas e das escolas, tais como a inserção da questão étnico-racial na estrutura e no planejamento das secretarias de educação, regulamentações estaduais e municipais da Lei e suas Diretrizes Curriculares, introdução sistemática do estudo sobre a África e seus contextos e sobre as questões afro-brasileiras, visando a formação conceitual e ética dos(as) estudantes e inclusão da temática no projeto político-pedagógico (PPP) das escolas. 12

13 Esta publicação está organizada em apresentação, quatro textos de autoria coletiva, além de textos com conclusões e recomendações, bem como referências bibliográficas. Ao final, também se encontram anexos relativos ao percurso trilhado. Nesta Apresentação, abordam-se os motivos que originaram a pesquisa, bem como as indagações centrais e os eixos metodológicos seguidos. No texto As práticas pedagógicas com as relações étnico-raciais nas escolas públicas: desafios e perspectivas são elencadas as principais reflexões teóricas que subsidiaram a investigação, as quais se constituem em chaves interpretativas para análise dos dados obtidos. No texto O caminho metodológico: em foco as práticas pedagógicas com as relações étnico-raciais na escola, apresentam-se os pressupostos metodológicos assumidos e são descritas as opções éticas que permearam a organização de instrumentos, a geração de dados e a organização da pesquisa em suas fases. O texto O processo de institucionalização da Lei n.º /03 traz os resultados da primeira fase, que se caracterizou por uma ampla consulta, em âmbito nacional, mediante a aplicação de questionários virtuais, a fim de indicar aspectos relevantes sobre os procedimentos de institucionalização da Lei n.º /03 nas Secretarias Municipais e Estaduais. Parte do conjunto dos secretários de educação selecionados para responder ao questionário está entre aqueles cuja gestão educacional do Município ou Estado atribuiu pontuação quatro (maior pontuação) à dimensão formação continuada de professores para cumprimento da Lei presente no relatório do PAR, e cujos relatórios já haviam sido analisados pelo MEC e disponibilizados até aquele momento. Além desses, a consulta incluiu as Secretarias Municipais das capitais dos 26 estados e do Distrito Federal, bem como todas as Secretarias Estaduais, mesmo que não tivessem se atribuído pontuação quatro no relatório do PAR. Essa escolha deveu-se ao reconhecimento do lugar político das secretarias no Quadro da educação nacional e das possibilidades do seu poder disseminador, sobretudo na relação com as demais Secretarias de Educação. A análise das respostas de 39 gestores(as) de sistemas de ensino contribuiu para a reflexão sobre o grau de implementação da Lei n.º /03 e o contexto da educação das relações étnico-raciais nos sistemas de ensino. Esta etapa inclui outro questionário virtual, respondido pelos 19 coordenadores de NEABs das instituições de ensino superior (IES) que se manifestaram favoráveis a completar o instrumento. Conforme citado anteriormente, como forma de seleção de um maior número de escolas, foram também incluídas aquelas premiadas pelos 1º, 2º e 3º Prêmio Educar para a Igualdade Racial promovido pelo CEERT, o único nessa categoria com amplitude nacional. 2 Disponível em: < 13

14 No texto As escolas e suas práticas, apresenta-se a segunda fase da pesquisa. Ele abarca os trinta e seis 3 estudos de caso desenvolvidos, nas cinco regiões do País (seis estudos em cada região geográfica, mais seis, dada a extensão territorial da Região Nordeste), por pesquisadores(as) vinculados(as) aos NEABs e suas equipes. Organiza-se, portanto, em seis subseções correspondentes às regionais da pesquisa. Foram entrevistados, em escolas públicas estaduais e municipais das cinco regiões do País, profissionais negros (pretos e pardos) e brancos, homens e mulheres num total de 35 diretores(as), 3 vice-diretores(as), 43 coordenadores(as) pedagógicos(as), 2 coordenadores de temas transversais, 1 assistente técnico pedagógico e 154 professores(as). Participou do grupo de discussão um total de 230 estudantes. Foram entrevistados, ainda, de acordo com as especificidades do trabalho de campo, 01 laboratorista de informática, 1 integrante da coordenação de Diversidade Étnico-Racial da Secretaria Municipal de Educação, 3 instrutoras de língua brasileira de sinais (LIBRAS) e 1 bibliotecário. Entrevistaram-se, também, entre as escolas pesquisadas, 1 ex-diretor, 1 ex-professor e 1 ex-aluno. No total, 477 sujeitos participaram da pesquisa. Dado o prazo de permanência em campo (entre 7 e 10 dias), para atender o tempo estipulado para a realização da pesquisa e abarcar o número de 36 escolas em todo o país, nem sempre foi possível para a equipe de pesquisadores acompanhar a realização das práticas em tempo real. As práticas aqui apresentadas são, pois, aquelas decorrentes das narrativas dos profissionais da escola, comunidade, estudantes, recolhidas por meio das conversas informais, análise de documentos, entrevistas e grupos de discussão. Para complementar e confirmar a realização de tais atividades, recolheram-se vários materiais gentilmente disponibilizados pelas escolas e seus docentes, os quais atestam o desenvolvimento das práticas voltadas para a educação das relações étnico-raciais. Este material encontra-se arquivado no banco de dados organizado durante a realização da pesquisa. Por mais que se queira dar visibilidade às práticas e seus sujeitos, não se pode abdicar dos procedimentos éticos da pesquisa. Sendo assim, esta publicação não identifica quer as escolas, quer seus sujeitos. Em Considerações finais e recomendações, retomam-se as perguntas da pesquisa e discutem-se os elementos que favorecem a institucionalização da Lei e das Diretrizes Curriculares Nacionais, no âmbito dos organismos públicos de educação. Apresentam-se os fatores que apontam o seu enraizamento ou não no âmbito das secretarias, escolas e comunidade do entorno, por meio da realização de práticas pedagógicas. Discute-se o alcance dessas práticas na formação ética e conceitual dos 3 A explicação dos motivos da escolha das 36 escolas encontra-se na descrição detalhada da metodologia. 14

15 estudantes, os quais se configuram como os sujeitos centrais de tais práticas. Também são apontadas as recomendações acordadas pela equipe de pesquisadores(as) diante dos dados colhidos e da realidade analisada. Vale salientar os limites e os alcances da pesquisa feita. Seu caráter nacional está garantido pela seleção, pela investigação em escolas das cinco regiões do País, juntamente com o relato dos dilemas e desafios por elas encontrados na realização de uma educação das relações étnico-raciais. Trata-se de um primeiro mapeamento em nível nacional de Secretarias de Educação, bem como de escolas públicas estaduais e municipais e do Distrito Federal, que vêm se empenhando no desenvolvimento de práticas pedagógicas de trabalho na perspectiva da Lei n.º /03. Acompanhado de análise e observação em campo, esse mapeamento é inédito, pois os seus resultados mostram um panorama da implementação da Lei em âmbito nacional, sobretudo no que diz respeito à sua capacidade e limites de enraizamento e sustentabilidade nas práticas escolares e nos sistemas de ensino. Os dados obtidos contribuem para compreender o difícil e complexo processo configurado pela passagem da implantação para a implementação da Lei n.º 10639/03 na esfera nacional. Destacam também a necessidade de uma compreensão mais profunda do seu caráter político e pedagógico e reforçam a necessária concretização das metas do Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Além disso, dão visibilidade a um conjunto de práticas pedagógicas que vêm sendo realizadas por educadores(as) brasileiros(as) e suas respectivas escolas com contradições, limites e avanços antes mesmo da sanção da Lei. Em algumas dessas práticas conta-se com educadores(as) comprometidos(as) com uma escola mais democrática, demonstrando a compreensão de que o direito à diversidade étnico-racial faz parte do direito à educação. Para tanto, veem a necessidade de desenvolvimento de práticas interdisciplinares articuladas com a gestão da escola e do sistema, com a comunidade e com os movimentos sociais, capazes de produzir avanços na aprendizagem dos(as) estudantes, sob o ponto de vista conceitual, além de uma postura ética diante do diverso e a construção de uma educação antirracista. Outras práticas revelam um campo movediço, contraditório e complexo, em que as relações raciais desenvolvidas na sociedade e na escola brasileira levam alguns(algumas) educadores(as) e escolas, quando consultados(as) pela equipe da pesquisa, a se autodefinirem como realizadores de práticas pedagógicas na perspectiva da Lei, mas que, no cotidiano da instituição escolar, agem em desacordo com princípios e orientações firmados nos dispositivos legais. Isso sem contar 15

16 as iniciativas descontínuas, fundadas em concepções estereotipadas e racistas sobre a África e os afro-brasileiros, envoltas do discurso da democracia racial e da boa vontade. 16

17 Referências ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G. (Coord.). Relações raciais nas escolas: reprodução de desigualdades em nome da igualdade. Brasília, DF: UNESCO, INEP, Observatório de Violência nas Escolas, BRASIL. Plano Nacional das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF: SECAD; SEPPIR, jun GOMES, N. L. Educação e relações raciais: refletindo sobre algumas estratégias de atuação. In: MUNANGA, K. (Org.). Superando o racismo na escola. Brasília, DF: MEC, SECAD, GOMES, N. L. et al. Identidades e corporeidades negras: reflexões sobre uma experiência de formação de professores/as para a diversidade étnico-racial. Belo Horizonte, MG: Autêntica, MONTEIRO, R. B. A educação para as relações étnico-raciais em um curso de Pedagogia: estudo de caso sobre a implantação da Resolução CNE/CP 01/2003. Tese, (Doutorado em Educação) Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SANTANA, P. M. S. Professores(as) negros(as) e relações raciais: percursos de formação e de transformação. Dissertação, (Mestrado em Educação) Faculdade de Educação, UFMG, Belo Horizonte, SOUZA, A. L. S.; CROSO, C. (Coord.). Igualdade das relações étnico-raciais na escola: possibilidades e desafios para a implementação da Lei n.º /2003. São Paulo; Petrópolis: Ação Educativa; CEAFRO; CEERT,

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19 As práticas pedagógicas com as relações étnicoraciais nas escolas públicas: desafios e perspectivas Nilma Lino Gomes A Lei n.º /03 altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96) e pode ser considerada uma reivindicação do Movimento Negro e de organismos da sociedade civil, de educadores e intelectuais comprometidos com a luta antirracista. Pode também ser entendida como uma resposta do Estado às demandas em prol de uma educação democrática, que considere o direito à diversidade étnico-racial como um dos pilares pedagógicos do País, especialmente quando se consideram a proporção significativa de negros na composição da população brasileira e o discurso social que apela para a riqueza dessa presença. De Norte a Sul do País, a presença negra é divulgada discursivamente como um forte componente da diversidade cultural brasileira. Todavia, do ponto de vista das políticas, das práticas, das condições de vida, do emprego, da saúde, do acesso e da permanência na educação escolar, a situação ainda é de desigualdade, preconceito e discriminação. Segundo dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Municípios (BRASIL, 2007), 49,4% da população brasileira se autodeclaram ser da cor ou raça branca, 7,4% preta, 42,3% parda e 0,8% de outra cor ou raça. 1 Quando se tomam, por exemplo, os dados sobre escolarização, observam-se as dinâmicas dessa desigual distribuição de oportunidades. Apesar dos avanços oriundos das políticas públicas, o fenômeno 1 Considera-se como população negra aquela composta por pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, de acordo com as categorias de cor do IBGE, as quais se encontram em situação de profunda desigualdade em comparação ao segmento branco.

20 social do analfabetismo apresenta-se diferentemente nos segmentos negros e brancos da população. Segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) de 2009, feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar da redução da distância entre os dois grupos, o índice de analfabetismo entre jovens negros ainda é duas vezes maior do que entre os jovens brancos. Em 1998, o analfabetismo entre jovens negros era quase três vezes maior do que entre os jovens brancos. Consideram-se jovens os habitantes entre 15 e 29 anos, uma população que soma hoje 49,7 milhões de pessoas, cerca de 26,2% da população brasileira. No ensino médio, o número de jovens brancos que frequenta a escola é 44,5% maior em comparação ao número de negros. Já no ensino superior, a frequência de brancos é maior cerca de três vezes. O IPEA destaca, no entanto, que houve significativa melhora no nível de adequação educacional entre os jovens negros nos últimos anos. Se entre os brancos se observou certa estagnação, entre os negros a melhoria na frequência ao ensino médio é bastante significativa: em dez anos, quase duplicou. No que diz respeito à renda, é alarmante a disparidade: de 2004 a 2008, a diferença entre a renda média dos negros e dos brancos no Brasil aumentou R$ 52,92. O estudo revela também que a renda média dos brancos aumentou 2,15 vezes no período, ao passo que o índice de aumento na renda média dos negros foi de apenas 1,99. De acordo com o documento, as regiões mais ricas do Brasil meridional apresentam maior porcentagem de pessoas brancas que as regiões do Brasil setentrional. Do Oiapoque ao Chuí, a população embranquece, e a renda aumenta. O IPEA alerta que, juntas, a desigualdade entre regiões e a desigualdade racial, respondem por algo entre um quarto e um quinto da desigualdade de renda domiciliar per capita de todo o País. Em 2008, esses dois índices respondiam por 22,3%, ou seja, 5,7% de desigualdade racial dentro das regiões e 16,6% de desigualdade regional. O IPEA reconhece que o racismo e a discriminação são causas importantes da desigualdade racial no Brasil, mas não as únicas. Elas caminham lado a lado com o elevado nível de desigualdade regional. Portanto, as políticas específicas para a população negra precisam caminhar junto com políticas que visem corrigir também as profundas desigualdades regionais do País. A pesquisa também destaca que apenas a metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos frequenta o ensino médio na idade adequada e que 44% ainda não concluíram nem mesmo o ensino fundamental. Nas regiões Nordeste e Norte, as 20

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