AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E TREINAMENTO ESPORTIVO

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1 AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E TREINAMENTO ESPORTIVO TREINAMENTO DESPORTIVO EM BASQUETEBOL NO BRASIL Fabio Wisiniewski Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

2 JUARA/2014 AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM TREINAMENTO ESPORTIVO E FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO. TREINAMENTO DESPORTIVO EM BASQUETEBOL NO BRASIL Fabio Wisiniewski Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo. "Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Treinamento Esportivo e Fisiologia do Exercício."

3 JUARA/2014

4 RESUMO O principal motivo que levou a pesquisa e elaboração deste estudo, foi já atuar no ramo de treinamento de basquete e avaliar que algumas atividades ainda estão bastante defasadas. Este estudo tem por objetivo principal estudar a preparação física no basquetebol, avaliar quais as exigências metabólicas que o atleta necessita possuir para o bom desempenho e também mostrar que o professor deve sempre organizar e planejar com antecedência seus treinamentos para que consiga obter grandes resultados. Esta pesquisa foi inteiramente bibliográfica, pois todas as fontes foram retiradas de jornais, livros e sites. Sendo também uma pesquisa de caráter dedutivo, exploratório e qualitativo. Onde através de comparações bibliográficas foi alcançado o resultado esperado. Com este estudo foi possível observar que, é a falta de profissionais da área do treinamento desportivo com um alto nível de excelência e competência, para que os quais possam mudar essa realidade. No Brasil, os times considerados de ponta que disputam a liga nacional, raramente possuem um planejamento anual de treinamento estruturado e organizado. Somente uma ou outra equipe possui tal planejamento e, na maioria das vezes é o próprio técnico o responsável pela preparação global do atleta (técnica, física, tática e psicológica). Palavras-Chave: Treinamento, Basquetebol, Brasil.

5 SUMÁRIO Introdução 04 1 Preparação Física- Desenvolvimento das qualidades motoras Capacidades Motoras e Exigências Metabólicas no Basquetebol Potência Muscular no Treinamento Desportivo Velocidade motora do movimento Resistência Motora Agilidade Motora Periodização de Treinamento Estudo dos métodos de treinamento Orientação ao Treinamento 33 Conclusão 44 Referências Bibliográficas 45

6 INTRODUÇÃO Nesses últimos anos o basquetebol brasileiro não demonstrou bons resultados no âmbito internacional, caso esse comprovado pela ausência da seleção brasileira masculina dos jogos olímpicos pela segunda vez consecutiva, onde esse fraco desempenho também pode ser observado nas categorias menores ou de base. Alguns críticos do esporte brasileiro apontam que a problemática da situação em que se depara o basquetebol brasileiro atualmente é devido à falta de renovação de atletas, já outros críticos implicam na falta de competência da comissão técnica e dirigentes da CBB (confederação brasileira de basquetebol), ou seja, existem diversas opiniões a cerca do baixo desempenho da seleção brasileira. Por causa desse fato, a preparação do atleta acaba sendo banalizada e negligenciada pelos dirigentes, pelos técnicos como também pelos atletas. Há muito tempo se tem consciência que o treinamento físico (preparação física) também é um dos mais importantes meios para se buscar uma melhora da performance e melhores resultados em suas competições, pois a equipe mais bem preparada fisicamente terá maiores chances de vencer. Os jogos olímpicos de Atenas 2004 puderam comprovar que as equipes como EUA, Argentina, Itália e outras, possuem uma estrutura de treinamento séria e competente, onde as primeiras colocações pertenceram a esses países. A principal importância do planejamento de treino é fazer com que a equipe consiga alcançar seu melhor rendimento nos momentos determinados pelo treinador. Um fato que ilustra claramente a falta de planejamento da seleção brasileira foi o ocorrido neste mesmo ano de 2004, onde ela foi campeã dos jogos pan-americanos e após algumas semanas no pré-olímpico em santo Domingo não chegou nem mesmo a semifinal. Para o Brasil, qualquer competição é encarada da mesma forma, diferentemente dos países que priorizam as competições mais relevantes como um mundial ou uma olimpíada.

7 05 A seleção brasileira reúne aproximadamente 20 dias antes das competições internacionais, ignorando todas as teorias preconizadas pela ciência do treinamento desportivo. A equipe de Voleibol brasileira masculina também é prova de que uma organização estruturada e competente se faz necessária para se alcançar e permanecer nas primeiras colocações dos principais campeonatos, possuindo uma renovação de ótimos jogadores a cada ciclo olímpico. Todos esses pontos citados acima acerca da seleção brasileira de basquetebol são reflexos do que acontece com o basquetebol nacional. Muitos atletas brasileiros não adquiriram ainda o que se chama de cultura de treino, ou seja, o atleta incorporar em sua mente a necessidade de se dedicar ao máximo ao treinamento, sabendo que a melhora do rendimento desportivo ocorrerá mediante a treinamentos de alto nível. São poucos os treinadores físicos que conseguem conscientizar seus atletas e dirigentes de clube da importância da preparação física como componente da formação estrutural do desportista. Devido a essa provável deficiência no conhecimento da ciência do treinamento desportivo da maioria dos técnicos, assistente-técnico e preparadores físicos que atuam no basquetebol brasileiro, esse estudo tem o intuito de buscar numa maior magnitude possível o que se tem de mais moderno no campo das pesquisas científicas sobre a organização dos sistemas, métodos e meios de preparação física para a especificidade do desporto pretendido, podendo assim poder contribuir com minha parcela perante essa situação. Este estudo tem por objetivo estudar a preparação física no basquetebol: uma abordagem organizacional e metodológica. No decorrer do estudo será falado sobre a importância da preparação física, dando ênfase ao desenvolvimento das habilidades motoras, como estas podem ser desenvolvidas, as exigências metabólicas e a capacidade motora utilizada no basquetebol também serão explanadas, será falado sobre potência muscular, resistência motora, agilidade motora, todos este temas de uma forma resumida, mas bastante compreensível para todos e por fim será falado sobre alguns estudos de

8 06 treinamento, orientação de treinamento e até mesmo algumas sugestões de treinamento. O professor bem instruído conseguirá obter um bom resultado com seus alunos, este deve aplicar as atividades corretas e de maneira correta para que o aluno consiga desenvolver todas as habilidades motoras necessárias para a modalidade de basquetebol. Não esquecendo que o professor deve sempre planejar e organizar seu treinamento para que consiga bons resultados.

9 1.0 PREPARAÇÃO FÍSICA DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES MOTORAS. É considerada como um dos aspectos fundamentais da preparação do atleta, pois para MATVEEV (1997), a preparação física é o desenvolvimento das qualidades físicas necessárias para determinado desporto. Ao ter uma orientação desportiva aplicada, a preparação física do atleta esta intimamente ligada, por sua vez, ao desenvolvimento físico geral, ao fortalecimento e habituação do organismo. A preparação física é centralizada no desenvolvimento das qualidades motoras: força, resistência, flexibilidade, agilidade (capacidade de coordenação). (PLATONOV, 1995). A grande maioria dos autores divide a preparação física em: Preparação física geral (PFG): segundo BARBANTI (1997), a PFG se objetiva desenvolver o potencial do indivíduo no conjunto das qualidades físicas de base (trabalho generalizado). A PFG consiste no desenvolvimento das capacidades físicas que não são específicas de um determinado desporto, mas cujo desenvolvimento influi direta ou indiretamente nos êxitos da atividade desportiva (MATVEEV, 1997). De acordo com PLATONOV (1995), a prática da PFG contribui para o desenvolvimento das qualidades físicas pouco excitadas durante a competição. O treinamento resistido com pesos (musculação) faz parte do trabalho da PFG, pois nele pode-se desenvolver força, potência e resistência muscular de uma forma não específica (global), onde possibilita esse atleta a possuir uma estrutura músculoesquelético mais forte para suportar as cargas posteriores de treino. Preparação física específica (PFE): para PLATONOV (1995), a PFE se direciona a uma restrita adequação das exigências daquela disciplina e da especialidade a qual deve competir o atleta. Em outra visão, porém mantendo o mesmo significado da definição supracitada, MATVEIEV (1997), coloca a PFE como o processo de desenvolvimento das capacidades físicas que correspondem às necessidades específicas do desporto escolhido para a especialização. Na PFE visamos desenvolver as qualidades físicas particulares ao esporte ou disciplina praticada. (BARBANTI, 1997).

10 08 Encontramos também autores que adotam a PFE como preparação física especial, porém nesse estudo será utilizado PFE como padronização da terminologia utilizada. 1.1 EXIGÊNCIAS METABÓLICAS NO BASQUETEBOL E CAPACIDADES MOTORAS. As capacidades motoras são as propriedades psicomotoras que asseguram uma efetividade útil da atividade muscular e definem suas características qualitativas. As aptidões das capacidades motoras são as propriedades anatômicas, fisiológicas e psíquicas que satisfazem as necessidades dos homens até o momento em que as necessidades não ultrapassam os limiares de suas capacidades funcionais. Sabemos que cada modalidade possui sua própria estrutura e orientação objetivada de movimentos, coordenação muscular, regime de funcionamento do organismo e abastecimento energético. (VERKHOSHANSKI, 2001). Alguns esportes coletivos, em se tratando do sistema energético utilizado numa maior predominância, se assemelham bastante. Porém, sabe-se que cada desporto exige uma habilidade diferente para executar o seu gesto motor de maneira precisa e harmoniosa. KOKUBUN (1992), citou que os esportes com bola se caracterizam pela alternância de períodos de atividades de curta duração e alta intensidade intercalada por períodos de recuperação. Em se tratando do sistema energético predominante no basquetebol, encontramos um percentual de 60% para o sistema ATP-CP e glicólise anaeróbia, outros 20% para glicólise anaeróbia e sistema aeróbio e mais 20% sendo somente do sistema aeróbio. (FOSS e KETEYIAN, 2000). Resultados semelhantes para outros desportos, como o hóquei no gelo (atacantes e defensores) e o futebol de campo (zagueiros e meias de ligação). Para BOMPA (2002), as fontes de liberação de energia no basquetebol são de 80% devindo do sistema ATP-CP e 20% do sistema Anaeróbio Lático. Já KOKUBUN (1992), definiu que durante uma partida de basquetebol a duração de períodos de atividade intensa e leve são respectivamente curtos e longos,

11 09 ou seja, este perfil de distribuição das atividades resulta em maior utilização do sistema anaeróbio alático de energia. Em um estudo realizado por HOFFMAN et al (1999), onde ele analisou a influência da capacidade aeróbia na performance anaeróbia e nos índices de recuperação em jogadores de basquetebol, sugeriu que a capacidade aeróbia nos atletas por ele estudado não houve nenhuma contribuição estatisticamente significativa na performance do basquetebol. Esses mesmos autores relatam que a capacidade aeróbia, embora não havendo um direto benefício na performance, poderia contribuir na recuperação de exercícios de alta intensidade, comum num jogo de basquetebol. A capacidade oxidativa (sistema aeróbio) de fornecimento de energia somente predominará nos momentos de bola parada (ex: lance livre), possibilitando os atletas a se recuperarem dos esforços realizados anteriormente. As situações que ocorrem durante o jogo exigem uma dinâmica muito rápida num espaço muito curto de tempo, necessitando assim de contrações musculares potentes (alta velocidade e intensidade). Para que essas contrações ocorram, a musculatura esquelética necessita de uma ressíntese de ATP também muito veloz, portanto, somente o sistema dos fosfagênios (ATP-CP) é capaz de fornecer essa energia imediata em estímulos de alta intensidade e curta duração. Os saltos (principalmente o vertical) que caracterizam os momentos de rebote, bola ao alto, arremesso (jump shoot), etc.; as saídas rápidas de velocidade, tanto para um contra-ataque como para volta à defesa; mudanças de direção (deslocamentos do corpo em diversas direções), onde o objetivo do jogador é se livrar do seu oponente; e um trabalho de contato físico intenso, são, segundo HOFFMAN et al (1999), exemplos de situação em que o jogador pode se deparar. Todas essas habilidades citadas anteriormente necessitam de um certo nível de potência, velocidade, resistência de força e agilidade para serem executadas com precisão. 1.2 POTÊNCIA MUSCULAR NO TREINAMENTO DESPORTIVO.

12 10 Estudos indicam que ultimamente a ciência do treinamento desportivo tem voltado suas atenções para desvendar quais seriam as melhores formas de se otimizar os ganhos de potência muscular nos diversos desportos que necessitam predominantemente desse tipo de força. Esportes envolvendo sprints, saltos, lançamentos e chutes a longa distância demandam de movimentos de alta velocidade bem como a geração de força e, portanto requerem o desenvolvimento da potência. (YOUNG, 1993). Esse mesmo autor relata, quando potência seja expressa como um produto da força e da velocidade, o termo força-rápida é expresso como potência. Já ZAKHAROV (1992), utiliza o termo força de explosão, o qual representa o caso particular de manifestação das capacidades de velocidade e força relacionadas com o esforço único (saltos, lançamentos). Neste estudo, como forma de padronização da terminologia, se utilizará o termo potência muscular. De acordo com BADILLO e AYESTARÁN (2001) a velocidade de execução esta estreitamente relacionada com a força. Uma maior aplicação de força pode levar a uma melhora da potência, o que se traduza em uma velocidade mais alta de deslocamento ou execução de um gesto esportivo (BADILLO e AYESTARÁN, 2001). Muitos estudos provam que um movimento potente (rápido) ocorre devido a uma ótima adaptação neural, ou seja, da capacidade em que o sistema nervoso central (SNC) tem de disparar uma alta freqüência de impulsos nervosos, através dos seus nervos motores (via eferente), para aqueles grupamentos musculares responsáveis por um determinado movimento. Quando se busca realizar uma produção de força máxima ou de potência, o SNC busca recrutar o maior número possível de unidades motoras (um neurônio motor e suas fibras musculares), objetivando o recrutamento das fibras de contração rápida (fibras do tipo 2-b), que são as fibras de maior calibre e que necessitam de um potencial de ação mais alto para poderem se contrair. Esse recrutamento somente ocorrerá em exercícios de levantamentos de altas cargas (próximo de 100% da força máxima) ou com movimentos de velocidade máxima. CRONIN et. al. (2001), preconiza que contrações balísticas máximas e o levantamento de cargas máximas resultam na ativação máxima de unidades motoras.

13 11 Concordando com o parágrafo acima, WEINECK (1999), compreende a força rápida (potência) como a capacidade do sistema neuromuscular de movimentar o corpo ou parte do corpo (braços, pernas) ou ainda objetos (bolas, pesos, esferas, discos, etc.) com uma velocidade máxima. Esse mesmo autor ainda cita que o grau de correlação entre a força máxima e a velocidade de movimentação eleva-se com o aumento da carga. As coordenações intra e intermuscular estão completamente ligadas à melhora da potência, pois a melhoria da coordenação intramuscular deve-se à melhoria da inervação intramuscular, isto é, numa mesma contração voluntária podem se mobilizar simultaneamente (sincronismo) um maior número de fibras musculares. (WEINECK, 1999). O aumento da inervação da coordenação intermuscular pode ser explicado devido à melhoria da coordenação dos grupos musculares participantes de um determinado movimento em que tanto agonistas quanto antagonistas desempenham um papel importante, obtendo-se um trabalho mais econômico e efetivo (WEINECK, 1999). No treinamento de força com cargas, para BADILLO e AYESTARÁN (2001), a qualidade física desenvolvida dependerá do peso utilizado, da velocidade de execução e do número de repetições totais e, sobretudo, por séries que realizemos. No processo de desenvolvimento da potência muscular, os movimentos dependeram da carga (% do peso) e da velocidade de execução utilizado naquele determinado exercício. Os exercícios executados com velocidade máxima deverão chegar ao seu término antes de uma queda ou diminuição do ritmo ou da velocidade do movimento. Segundo revisão realizada por KRAEMER et. al. (2002), foi demonstrado que fatores neuromusculares contribuem para maximizar a potência muscular, incluindo aumento na taxa máxima de desenvolvimento de força (TDF), velocidade de contração muscular, na execução do ciclo alongamento-encurtamento e nos padrões de coordenação e habilidade do movimento. 1.3 VELOCIDADE MOTORA DOS MOVIMENTOS

14 12 A velocidade dos movimentos desportivos de acordo com VERKHOSHANSKI (2001), é determinada principalmente por quatro fatores: Condições externas acondicionam o exercício desportivo; A organização do conteúdo locomotor de uma ação desportiva; Potência de trabalho do sistema locomotor; Estabilidade de funcionamento do organismo durante o treinamento e as competições. Esse mesmo autor supracitado ainda cita que os movimentos desportivos acíclicos são caracterizados pelo trabalho balístico muscular com esforços explosivos, onde o aumento da velocidade dos movimentos acíclicos é garantido pelo crescimento da capacidade de manifestar os esforços explosivos, isto é, pela capacidade de expressar um esforço máximo durante um período muito curto. PLATONOV (2003), ao se referir às condições indispensáveis para o desenvolvimento da velocidade, além de se ter uma técnica efetiva, cita: A capacidade do sistema central em ativar intensamente as unidades motoras; A eficácia da coordenação intramuscular; O nível de força máxima; Um grande volume de fibras de CRa e, principalmente, de fibras de CRb; A capacidade e a potência do mecanismo anaeróbio alático de fornecimento de energia; A velocidade de reação motora é a capacidade de reação possível no menor espaço de tempo. (WEINECK, 1999). A velocidade de reação motora pode ser dividida em simples e complexas, onde ZAKHAROV (1992), definiu a velocidade de reação motora simples como uma reação que se efetua com um movimento conhecido pelo atleta, a um sinal determinado de antemão, mas repentino (saída do velocista após o tiro de partida). Já a velocidade de reação motora complexa é caracterizada pelo tempo de reação nas condições de indeterminação do irritante e da ação de resposta, sendo

15 13 muito encontrada nos jogos coletivos (interceptar um passe, onde o indivíduo reage de acordo com um objeto ou seu adversário). VERKHOSHANSKI (2001), se referenciando ao basquetebol, diz que o sucesso das ações desportivas é determinado pela rapidez das reações motoras simples e complexas, pelo tempo das reações de largada e de apoio no decorrer nos saltos e deslocamentos, e pela realização de um movimento isolado. A velocidade de reação motora latente (tempo que o sistema neurológico leva para possibilitar uma contração muscular ou um movimento), nos mostra que os processos perceptivos (sensitivos) e motores são relativamente independentes, sendo que as diferenças no tempo de reação são maiores do que no tempo de deslocamento, o que comprova a falta de correlação entre eles. Esse dado comprova que os mecanismos responsáveis pela percepção do sinal e pela formação do impulso excitante dirigido à periferia muscular e os mecanismos que realizam o movimento funcionam independentemente e se diferenciam segundo a rapidez dos processos nervosos. (VERKHOSHANSKI, 2001). A capacidade de aceleração ou do impulso de saída, como denominados por WEINECK (1999) e VERKHOSHANSKI (2001), respectivamente, seria uma forma específica das locomoções cíclicas de velocidade, cuja particularidade é o crescimento rápido da velocidade até máxima possível. Como condições indispensáveis para a realização de saída com esforços máximos, ele preconizou em primeiro lugar: a potência do fluxo de estimulação das altas instâncias de regulação para a periferia motora e a manutenção desse fluxo no alto nível; e em segundo lugar: a potência do mecanismo de abastecimento energético do trabalho muscular. Existem, todavia, comprovações diretas da correlação da Potência Anaeróbia Máxima (PAM) com a força máxima muscular e a capacidade de manifestar os esforços explosivos. Assim, é identificado o alto nível de relação da força máxima e explosiva e o tempo de manifestação do máximo esforço no decorrer da extensão da perna e flexão do pé com a constante da aceleração de saída de basquetebolistas e com a aceleração de saída na corrida de velocidade. (VERKHOSHANSKI, 2001).

16 14 Segundo WEINECK (1999), a força específica e sua subcategoria força rápida muito significativa em corridas determinam, juntamente com a técnica de saída e de corrida, a aceleração e o tamanho da aceleração. Por esta razão seu treinamento é de grande importância. Um componente da velocidade motora também encontrada no basquetebol é a resistência de velocidade ou velocidade-resistência, caracterizando-se pela capacidade do indivíduo suportar altos índices de fadiga muscular num maior espaço de tempo possível. 1.4 RESISTÊNCIA MOTORA Para VERKHOSHANSKY (2001), a resistência motora é uma capacidade de realizar o trabalho muscular sem perder sua efetividade e durante um tempo prolongado. A resistência motora é a capacidade de um indivíduo em resistir a algo mantendo um determinado nível de esforço por um longo período de tempo. A quantidade de ácido lático na corrente sanguínea serve como parâmetro para os treinadores físicos identificarem as condições de resistência dos atletas, pois quanto maior for esse índice, maior é a capacidade de suportar os altos níveis de fadiga muscular. VERKHOSHANSKY (2001), sugere duas hipóteses para a ocorrência da acidose lática (acúmulo de ácido lático): 1ª hipótese: O mecanismo possível de aumento do lactato durante o trabalho intensivo consiste na limitação das capacidades oxidativas musculares no nível do limiar anaeróbio, mesmo que o abastecimento de O 2 seja adequado. Os processos oxidativos nesse caso não são capazes de utilizar o O 2 fornecido. 2ª hipótese: é baseada no fenômeno de intensificação do recrutamento das fibras rápidas (glicolíticas) musculares na medida do aumento da carga, o que levará ao crescimento da concentração do lactato.

17 15 A resistência de força é, segundo HARRE (1976), citado por WEINECK (1999), a capacidade de resistência à fadiga em condições de desempenho prolongado de força. A resistência de força ou força-resistência é a capacidade de manter índices de força relativamente altos durante o maior período de tempo possível. (PLATONOV, 2003). A resistência de força pode ser suprida tanto pela via aeróbia quanto pela via anaeróbia, dependendo da intensidade e do volume do esforço. De acordo com ZAKHAROV (1992), se o aumento da resistência de força, numa certa modalidade esportiva, está ligada, predominantemente, ao crescimento das possibilidades aeróbias das fibras musculares, deve-se utilizar a carga na faixa de 10 a 40% da força máxima; mas, em se tratando das possibilidades anaeróbias, torna-se possível à aplicação das cargas de 70-80% da força máxima. A porcentagem preconizada pelo autor supracitado para o desenvolvimento da resistência de força mediante via anaeróbia esta mais voltada para o desenvolvimento da força hipertrófica (08-12 repetições), onde a porcentagem de carga mais utilizada pelos treinadores seria em torno de 60% da força máxima. O desporto aqui estudado se encaixa nas possibilidades anaeróbias de fornecimento de energia. A resistência de velocidade ou velocidade-resistência caracteriza-se pela capacidade do indivíduo suportar altos índices de fadiga muscular em esforços com alto desenvolvimento da velocidade num maior espaço de tempo possível. A limitação da aptidão de trabalho nas modalidades desportivas que exigem a resistência de velocidade foi relacionada com a hipoxia (falta de O 2 ) muscular e, como resultado, com o crescimento do nível de lactato e dos outros produtos do metabolismo anaeróbio no sangue, o que levava a diminuição das capacidades de contração muscular. (VERKHOSHANSKY, 2001). Analisando todos esses conceitos citados anteriormente sobre resistência motora, o sistema energético responsável para a manutenção da resistência de força e resistência de velocidade, especificamente no caso do basquetebol, é o do sistema glicolítico (ANAERÓBIO LÁTICO).

18 AGILIDADE MOTORA A agilidade é um dos componentes da coordenação motora, onde ela esta intimamente ligada à capacidade do atleta em realizar movimentos velozes de forma precisa e eficiente. Segundo YOUNG et. al. (2001), a agilidade é difícil de ser definida, mas é freqüentemente descrita como uma qualidade de um indivíduo, onde possui a habilidade de mudar de direção e iniciar e parar rapidamente. De acordo com o autor supracitado, a agilidade e a velocidade são capacidades motoras independentes, ou seja, elas têm pouco em comum estatisticamente. A agilidade, que freqüentemente é representada por mudanças rápidas de direção, requer ajustes significativos no padrão das passadas para acelerar e desacelerar de acordo com o jogo, onde a complexidade desta tarefa faz do movimento das passadas diferente dos mecanismos das passadas de corrida em linha reta. (YOUNG, 2001). No meio esportivo, muito dos preparadores físicos e técnicos acreditam que o indivíduo veloz é um indivíduo ágil, sendo que isso não é verdade, pois o atleta pode ser muito rápido ao correr em linha reta e ser lento quando correr em situações de várias mudanças de direção (zigue-zague). A coordenação motora, sugerida por BOMPA (2002), pode ser solicitada em orientação espacial, ou quando o corpo está em condições não familiares (plinto, vários saltos, trampolim), ou quando há uma perda de equilíbrio (condições escorregadias, aterrissagem, paradas rápidas, desporto de contato). Para que as habilidades específicas do basquetebol ocorram com precisão e fineza, um determinado nível de coordenação é exigido do desportista. A agilidade, segundo BOMPA (2002), será a capacidade responsável por manter a execução de um movimento correto, seja ele um salto, uma saída rápida para um contra-ataque, uma mudança de direção (finta), etc. Ao executar uma ação motora, segundo BOMPA (2002), o sistema sensorial (via aferente) envia informações (feed back) constantes ao SNC (córtex motor e cerebelo) sobre como esta ocorrendo aquele movimento ao mesmo tempo em que o SNC, através dos motoneurônios (via eferente), envia impulso nervoso às unidades motoras responsáveis por aquele movimento. Esse processo tem a função de corrigir e

19 17 ajustar as ações motoras a todo o momento, acontecendo de forma muito rápida essa condução de mensagem neural. Para um desportista se tornar um atleta completo, apenas o desenvolvimento das suas capacidades motoras não é o suficiente para isso, pois os atletas de alto nível, segundo BOMPA (2002), possuem a capacidade de tomar decisões táticas e complexas muito rapidamente. Será nessas decisões em que se insere a agilidade. De acordo com PLATONOV (2003), no desenvolvimento da agilidade (coordenação), são necessárias as seguintes exigências: diferenciação e antecipação do componente espaço-temporal nas situações competitivas; escolha do momento para iniciar os movimentos, de forma a antecipar-se aos adversários, ou para atuar eficazmente com um companheiro de equipe; determinação da direção, da amplitude, da velocidade, da profundidade e do ritmo das próprias ações (das ações dos adversários e das ações dos companheiros de equipe).

20 2.0 PERIODIZAÇÃO DE TREINAMENTO A palavra periodização significa distribuir em períodos ou etapas todo o planejamento do treinamento, onde possibilita o treinador ter parâmetros e controle em relação à carga de treino, podendo assim atingir a melhor forma física dos seus atletas no momento mais importante das competições. Para BOMPA (2002), a periodização é um dos mais importantes conceitos do planejamento do treinamento, onde ele conceitua a periodização como um termo originado da palavra período, que é uma porção ou divisão do tempo em pequenos segmentos, mais fáceis de controlar, denominados fases. Esse mesmo autor nos mostra a importância da periodização, quando relatou que se faz necessário à consideração do potencial fisiológico e o psicológico e ter ciência de que atletas não podem manter seus desempenhos no mais alto nível durante todo o ano. A periodização, de acordo com BADILLO (2001), refere-se a um aspecto da programação dedicado a sequencializar e temporalizar as atividades. Sua eficácia máxima depende de saber inter-relacionar no tempo, de forma adequada, o treinamento de todas as habilidades motoras para obter o rendimento específico máximo. Para FLECK (1999), o treinamento periodizado refere-se à variação do programa de treinamento em intervalos de tempo regular na tentativa de trazer ótimos ganhos na força, potência muscular, performance motora, etc. Em um programa de treinamento (periodização), o objetivo principal do preparador físico é a dos seus atletas desenvolverem o processo de adaptação contínuo aos estímulos recebidos pelo treinamento. Segundo MOREIRA (2002), a adaptação surge como resultado final das somas das repostas fisiológicas aos diferentes esforços de treinamento, sobretudo do sistema endócrino, neuromuscular, nervoso e processos neurohormonais. Esse mesmo autor ressalta, que à luz do conhecimento e investigações científicas modernas, a adaptação não pode ser considerada como um processo de equilíbrio, mas, sim, a manutenção dinâmica de um

21 19 nível definido de desequilíbrio entre o corpo e o meio ambiente, em um determinado momento, razão fundamental para a origem da reconstrução acomodativa. Segundo ZAKHAROV (1992), a forma desportiva de um atleta seria a ótima correlação de todos os aspectos (componentes) da preparação do desportista numa dada modalidade: o físico, o técnico, o tático e o psicológico. Essa forma só será adquirida num processo de preparação desportiva relativamente prolongado. O processo de desenvolvimento da preparação desportiva, segundo MATVEEV (1997), pode ser dividido em três fases: aquisição, manutenção (estabilização relativa) e perda temporária (Fig.1). Figura 1 - Correlação das fases de desenvolvimento da forma desportiva e dos períodos de treino no ciclo entrosado (periodização bicíclica) - semestral (MATVEEV, 1997). Todo treinamento se organiza em término de unidades estruturais básicas, ou seja, na sessão de treinamento (unidade fundamental), o microciclo, o mesociclo, o macrociclo, o ciclo olímpico e o ciclo plurianual. (VERKHOSHANSHY, 1990). Através desse processo de desenvolvimento da preparação desportiva, constrói-se o macrociclo, que pode tanto possuir uma duração de 4 meses, 6meses ou até um ano, dependendo do número de competições e da periodização escolhida. O macrociclo preconiza objetivos maiores, aqueles somente alcançados em longo prazo. Através do conceito das três fases da preparação desportiva, o macrociclo se divide também em três períodos conhecidos como: período preparatório, período competitivo e período transitório ou de transição.

22 20 O período preparatório, de acordo com ZAKHAROV (1992), é que assegura o desenvolvimento das possibilidades funcionais do organismo do desportista e pressupõe a solução das tarefas de aperfeiçoamento de vários aspectos específicos do estado de preparação. Para WEINECK (1999), esse período tem como objetivo o desenvolvimento da boa forma esportiva. O período preparatório permite construir os fundamentos funcionais necessários para a execução dos volumes importantes de trabalho específico (motriz, mental e tático) centrado na preparação para a competição. (PLATONOV, 1995). O intuito do período preparatório, segundo PLATONOV, (1995), é de preparar os atletas para as futuras cargas de treino. É de fundamental importância esse período de treinamento, pois é ele quem garantirá a boa forma desportiva dos atletas durante toda a competição. Um excelente trabalho realizado nessa fase inicial provavelmente diminuirá a incidência das possíveis lesões que normalmente ocorrem com atletas de alto nível. O período preparatório se divide em duas partes: período preparatório geral (PPG) e período preparatório especial (PPE). Entende-se como PPG, segundo PLATONOV, (1995), a fase inicial de treinamento físico, onde se opta por um maior volume (quantidade) e uma menor intensidade (qualidade). Nesse período predomina a preparação geral. Nos desportos coletivos, na sua maioria, os preparadores físicos buscam mais o desenvolvimento da capacidade aeróbia, o aumento das funções oxidativas das células musculares como também de todo o sistema cardiorrespiratório. A seleção dos exercícios é escolhida de forma global, não se preocupando com execuções que possuam o mesmo gesto motor do desporto. A PPE, segundo PLATONOV, (1995), começa com alterações da relação intensidade-volume, buscando aumentar a intensidade e diminuição do volume. Neste período predomina a preparação especial. Por preparação física especial entende-se que as características dos exercícios, tanto nas ações motoras quanto no substrato energético utilizado, começam a se assemelhar com o desporto escolhido. VERKHOSHANSHY (2001), ressalta que o aproveitamento dos meios de preparação física especial para o aumento do potencial energético do desportista exigirá a noção dos processos metabólicos e a escolha certa dos métodos adequados

23 21 no sentido de se obter a sua potência e o seu volume. Todavia, é muito valiosa a importância de mobilizar e integrar todos os sistemas fisiológicos. Esse mesmo autor defende que a preparação física especial deverá contribuir para a formação da estrutura biodinâmica objetivada da ação desportiva, para o crescimento simultâneo do potencial energético dos mecanismos úteis e para a amplificação e intensificação da capacidade dos sistemas fisiológicos do organismo que garantem seu funcionamento. Para a preparação física especial ser eficaz, segundo MOREIRA (2002), não se considera o fator mais importante os meios reproduzirem as características espaciais do exercício dado, mas sim o regime global de trabalho muscular. Por exemplo: os exercícios de força como os agachamentos com barra, são pouco similares com o movimento do desportista nas ações de correr ou mais especificamente no caso das ações específicas do basquetebol. Porém, a execução do exercício de agachamento é justificada pela contribuição no aumento da capacidade de trabalho especial dos adequados músculos mobilizados na prática dessas atividades. MATVEEV (1997), vê uma combinação, de uma forma inseparável, a preparação física geral e a especial. Para esse mesmo autor, é de excepcional importância que a combinação da preparação geral e da especial responda não só às leis do aperfeiçoamento desportivo, mas também as leis gerais do sistema de educação, pois que tudo está subordinado ao desenvolvimento integral do homem. A proporção da preparação geral nos atletas principiantes, especialmente nos jovens, deve ser maior, já que o processo de treino tem, para eles, um caráter menos especializado. O período competitivo (PC) do treinamento tende a manter e eventualmente elevar o nível de preparação especial e favorecer a plena utilização desta no decorrer das competições, segundo PLATONOV (1995). Já ZAKHAROV (1992), definiu o período competitivo de forma semelhante ao autor citado anteriormente, pressupondo a estrutura direta da forma desportiva, sua realização em resultados desportivos altos nas competições principais, assim como a manutenção do nível de preparação atingido. A preparação física neste período tem o caráter de preparação funcional imediata para as tensões limite e está orientada para a obtenção do nível máximo de treino especial

24 22 (para esse ciclo) e para a sua manutenção, bem como para a conservação do nível de treino geral alcançado. (MATVEEV, 1997). Os exercícios propostos para essa fase são alterados em relação ao período preparatório, onde os estímulos para o desenvolvimento da potência, da agilidade, da força e velocidade predominarão. É na fase final do período competitivo o momento em que os atletas devem estar na sua melhor forma desportiva, sendo esse momento um dos mais importantes, pois coincide com a fase de decisão de um campeonato. No PC, prevalecerá um volume maior de exercícios competitivos, principalmente nos desportos coletivos. Neste período a aplicação do treino esta voltada ao aperfeiçoamento e a manutenção da forma desportiva ou dos componentes do treinamento (físico, técnico, tático e intelectual). Como em todos os períodos, o treinador deve encontrar a correlação perfeita entre intensidade e volume. Nesta etapa, as cargas de treino possuirão um caráter mais destinado à intensidade do que no volume, pois no momento mais importante da competição (fase final), o atleta possua não só possibilidades funcionais elevadas, mas também se encontre em condições de as aplicar ao máximo no momento preciso. (MATVEEV, 1997). O período transitório contribui para a recuperação completa do potencial de adaptação do organismo do desportista e serve de elo de ligação entre os macrociclos de preparação. (ZAKHAROV, 1992). Acrescentando à definição supracitada, WEINECK (1999), afirma que na fase de transição, ocorre uma perda inevitável do estado de desempenho (condicionamento). Esse período serve para que os atletas consigam se recuperar do estresse de uma competição e, para o início de uma outra competição (novo macrociclo), esses atletas iniciem em boas condições. A periodização pode ser, segundo WEINECK (1999), simples ou dupla. Ela é simples ou monocíclica quando se tem apenas um macrociclo durante todo o ciclo anual, ou seja, o atleta obterá somente um pico máximo do seu rendimento durante o ano, onde esse pico coincidira com a etapa mais importante da competição. A periodização simples é normalmente utilizada quando se objetiva somente uma competição, ou aquela em que o treinador achar a mais importante. Já a periodização dupla ou bicíclica possui dois macrociclos no seu ciclo anual, onde o atleta atingirá duas

25 23 vezes o ponto máximo da sua performance. Se uma determinada equipe possui duas competições consideradas importantíssimas pelo treinador, a periodização dupla é a mais utilizada. BOMPA (2002) sugere ainda uma periodização tripla e/ou múltipla, porém sendo elas recomendadas somente para atletas avançados ou internacionais, pois esses atletas têm uma base sólida e experiência suficiente para executar um planejamento anual com três ou mais períodos competitivos com facilidade. A partir de um macrociclo, podemos então chegar nos objetivos de médio prazo que são chamados de mesociclos (aproximadamente quatro a seis semanas de treino). O mesociclo tem como objetivo o desenvolvimento de uma determinada capacidade motora ou de várias capacidades motoras ao mesmo tempo. De acordo com o princípio da adaptação ao treinamento, um mês (4 semanas) é suficiente para um indivíduo conseguir se adaptar aquele estimulo (carga de treino), sendo que um período acima desse tempo provavelmente não acarretará mais em adaptação para o indivíduo, ou seja, o aumento do rendimento do atleta. O inverso também é verdadeiro, pois se um tempo muito curto de treino eventualmente não acarretará em adaptação, pois estímulos débeis (fraco) não provocam resposta positiva ao organismo. ZAKHAROV (1992), destaca os mesociclos como o elemento da estrutura da preparação do atleta, e os divide nos seguintes tipos: de treino (envolvente ou introdutório, de base, recuperativo), preparatório de controle, pré-competitivo e competitivo. PLATONOV (1995), destaca os tipos de mesociclos como: gradual, de base, de controle e de preparação, pré-competitivo e competitivo. Importante ressaltar que os objetivos de cada mesociclo de treinamento seguem os objetivos propostos pelo macrociclo. Dentro de um mesociclo, temos os microciclos que são os ciclos que mais se aproximam da sessão de treino propriamente dita, tendo objetivos em curto prazo. Os microciclos têm duração de dias, aproximadamente uma semana. Os microciclos estão de acordo também com as necessidades ou objetivos principais de um ano, onde a maioria dos autores preconiza uma intensa modificação das exigências fisiológicas e psicológicas dos atletas, ou seja, uma variação dos componentes da carga de treino. As sessões de treino são retiradas do objetivo daquele determinado microciclo, sendo ele o mais flexível entre todos os ciclos do planejamento. PLATONOV (1995), definiu os tipos de microciclos como sendo: gradual, de choque, condicionante, de recuperação e

26 24 de competição. De maneira semelhante à definição do autor citado anteriormente, Bompa (2003) conceitua os diferentes tipos de microciclo como: de desenvolvimento, de choque, de recuperação, de competição e de descarga. Essas denominações servem para identificar a intensidade da carga de trabalho em cada etapa do treinamento. Para VERKHOSHANSKY (1990), cada estímulo de treinamento atua impondo um esforço que gerará uma resposta aguda (em curto prazo) e outra retardada. Se esse estímulo tiver uma intensidade, um volume e medidas de recuperação adequada, se produzirá uma supercompensação e uma adaptação em nível superior de rendimento. Em relação ao grau de importância dos ciclos de treinamento, BOMPA (2001) sugere o microciclo como sendo o ciclo mais importante. Essa sugestão torna-se, portanto, questionável devido às adaptações referente a um microciclo serem de um espaço temporal muito curto, ou seja, de pequena modificação da forma desportiva do atleta. O mesociclo, dentro de todo o ciclo anual, é considerado o mais importante tanto no meu modo de ver quanto na de muito outros autores, tais como VERKHOSHANSKY e BADILLO, devido o tempo de duração do mesociclo permitir mudanças fisiológicas significativas nos atletas, sendo assim, é de fundamental importância à coerência na organização e escolha do mesociclo para as diferentes etapas ao longo da preparação física. 2.1 ESTUDO DOS MÉTODOS DE TREINAMENTO Os métodos são as formas de como se realizar um treinamento. Existem diversos métodos de treinamento para o desenvolvimento de cada capacidade motora, onde cabe ao treinador físico escolher e aplicá-los de forma consciente no treinamento. O método de treinamento usado para atingir um aumento da performance dependerá do nível de habilidade e experiência de treino dos atletas. Em atletas iniciantes, a melhora simultânea do controle de movimento (coordenação motora) e força muscular permite aumento da performance. (CRONIN, 2001).

27 25 Um dos métodos mais conhecidos na ciência do treinamento para o desenvolvimento de potência muscular é o método pliométrico, caracterizado pela ação reativa (potencial elástico) da musculatura esquelética, ou seja, após a fase excêntrica (negativa), imediatamente se realiza a fase concêntrica. Segundo WEINECK (1999), esse método, também conhecido como treinamento da elasticidade ou treinamento reativo, obtém-se uma mistura complexa de efeitos do treinamento dinâmico negativo e do treinamento dinâmico positivo. Levando em conta a fisiologia muscular, aproveitamse os momentos de pré-inervação, do reflexo tendinoso (ciclo de encurtamento dos tendões) e do componente elástico do músculo. (WEINECK, 1999). A aplicação de tal método permite incrementar a capacidade do sistema nervoso central do atleta em exercer um controle motor mais eficaz, manifestando uma impulsão muscular mais intensa, através da incorporação de uma maior quantidade de unidades motoras, da redução do tempo de contração das fibras musculares e da sincronização dos motoneurônios no momento da transição do trabalho muscular excêntrico em trabalho muscular concêntrico. (PLATONOV, 2003). Em um estudo realizado por MATAVULJ et. al. (2001), o qual utilizou 33 jogadores com idade de 15 a 16 anos, demonstrou os efeitos positivos do treinamento pliométrico no desenvolvimento do salto de basquetebolistas juniores. Foi escolhido o drop jump (saltos profundos) como meio (exercício) de treinamento pliométrico, sendo que o grupo I executava o salto saindo de uma altura de 50 cm, o grupo II executava saindo de uma altura de 100 cm e o grupo III era o controle. Os resultados mostraram um aumento estatisticamente significativo na altura do teste de salto contra movimento (countermovement jump) de 4.8 cm (grupo I) e 5.6 cm (grupo II) em relação ao préteste, porém não sustentada estatisticamente uma diferença entre os grupos I e II. Um importante fator a ser analisado quanto à utilização dos drop jumps é que até hoje a literatura científica não conseguiu comprovar qual altura inicial seria a ideal ou a mais eficaz para os ganhos na potência de salto. WEINECK (1999), sugere para os jogadores de basquetebol e voleibol uma altura bem alta para a realização dos saltos profundos (acima de 1 m para esportistas bem treinados).

28 26 De acordo com PLATONOV (2003), se faz necessário antes de executar um volume considerável de trabalho em regime pliométrico, o atleta apresentar um nível satisfatório de força máxima. Se este requisito não for atendido, aumenta-se a probabilidade do risco de lesões, e diminuindo-se, simultaneamente, a eficácia do treinamento. DUTHIE et. al. (2002), realizou um estudo comparando outros métodos de treinamento para o desenvolvimento da potência de salto. Ele utilizou três métodos diferentes: 1. Método complexo: refere-se ao uso de diversas séries de exercício resistido com carga pesada (força máxima) seguido por séries de exercícios com cargas leves (potência); 2. Método contraste: refere-se ao trabalho que envolve o uso de exercícios de cargas contrastantes, ou seja, alternando exercícios com cargas pesadas e leves a cada série; 3. Método tradicional: refere-se a executar exercícios com cargas mais leves antes dos exercícios com cargas mais pesadas. Participaram desta pesquisa 11 mulheres treinadas, considerando que elas tinham no mínimo dois anos de experiência com treinamento resistido de alta intensidade. Utilizaram o meio agachamento (half squat) como exercício de cargas pesadas e o salto saindo da posição de agachamento de 90º (squat jump). Realizaram três séries para cada exercício, por apenas quatro sessões de treinamento. Não houve nenhuma diferença significativa entre os métodos de treinamento quanto ao ganho de potência de salto. Observou-se que o método contraste apresentou uma menor queda na sua performance ao ser realizada uma comparação intersessões de treinamento, possivelmente devido ao efeito potencializador das 3 RM de agachamento que diminuiu a influência da fadiga no salto, onde esta comprovado que esse efeito permanece por um determinado tempo após a realização de esforços máximos. Em se tratando do método complexo, observou-se uma maior queda do rendimento na passagem dos exercícios de força máxima para a primeira série dos exercícios de potência, provavelmente devido à ocorrência de um início de fadiga central, ou seja, de uma

29 27 diminuição do envio dos impulsos neurais para a musculatura esquelética e também de uma possível depletação do substrato energético. Houve também uma tendência ao método contraste de treinamento ser melhor em relação aos outros métodos, porém essa tendência somente foi demonstrada para as participantes com um alto nível de força, ou seja, que ganhos mais significativos ocorreram nos indivíduos que possuem uma base de força geral bem desenvolvida, que possibilite a utilização de um método potente como o de contraste. Esse alto nível de força é que possibilitará o atleta buscar picos de inervação neural durante os exercícios com cargas elevadas (força máxima) e transferir essa alta taxa de ativação neural para a musculatura agonista do movimento a ser executado posteriormente (salto, arremesso, etc), onde se o atleta não possuir tais níveis de força muscular, provavelmente sua sobrecarga (peso) para os exercícios de força máxima será insuficiente para atingir esses níveis de ativação neural. Os autores sugeriram pouca vantagem para atletas com baixo nível de força a utilização do método de contraste. Muitos preparadores físicos procuram desenvolver um nível suficiente de força máxima dos seus atletas que possibilite uma possível transferência para o trabalho de força-rápida (potência). Segundo PLATONOV (2003), existem duas vias relativamente independentes e muito eficazes para o desenvolvimento da força máxima, sendo: 1ª via: supõe o incremento da força através do aperfeiçoamento dos mecanismos neurorreguladores (aperfeiçoamento da propagação do impulso nervoso, da coordenação inter e intramuscular) e o aumento da capacidade de potência e da mobilização da via alática de fornecimento energético para a contração muscular. Sem aumento do diâmetro muscular. 2ª via: pressupõe um aumento da força máxima mediante o aumento do diâmetro muscular. Ele se baseia numa organização do treinamento que permita um intenso catabolismo protéico nos músculos em atividade. A realização de um treinamento de força com exercícios resistidos (musculação) para os atletas, principalmente no basquetebol, são de extrema importância, pois segundo PLATONOV (2003), nas modalidades em que a performance competitiva exige que se vençam grandes resistências (por exemplo, a massa corporal

30 28 como velocistas; atletas de salto em distância, em altura e salto com vara etc.; massa corporal e a de um aparato halterofilistas, lançadores de martelo e dardo, arremessadores de peso etc.; a própria massa corporal e a do adversário como lutadores etc.), faz-se necessária a manifestação da força-velocidade contra grandes resistências. Nesse caso, fica evidente o papel primordial do diâmetro muscular (hipertrofia). Simulando repetitivamente o movimento padrão, velocidade, tipo de contração e força da contração durante o treinamento tem se encontrado um aumento da ativação e coordenação dos músculos agonistas e sinergistas, resultando na melhora da performance esportiva. (CRONIN, 2001). Segundo WEINECK (1999), outros dois métodos que também são utilizados para o desenvolvimento da força-rápida (potência) são: excêntrico e contrário (estáticodinâmico). O método excêntrico prioriza o amortecimento e a neutralização do peso do próprio corpo, bem como de cargas supramáximas (que representam até 120% da força máxima individual). Pode servir como exemplo de exercícios excêntricos os: saltos em profundidade (somente aterrissagem), descendo rampa ou escada, com auxílio em aparelhos hidráulicos especiais, etc. (WEINECK, 1999). O método estático-dinâmico consiste de uma fase de contração isométrica antes do início do movimento dinâmico. Exemplo: squat jump. Esse método busca enfatizar a fase concêntrica, onde a fase isométrica que antecede o movimento busca uma pré-inervação da musculatura responsável pelo movimento. Os métodos para aperfeiçoar as respostas motoras no tocante a velocidade motora, deverá considerar a necessidade de um enfoque analítico: inicialmente, um aperfeiçoamento das estruturas motoras do componente motor (técnica do movimento) e do período latente e, posteriormente, uma melhor interação entre o período latente e o componente motor das reações, de acordo com a situação da ação aperfeiçoada. (PLATONOV, 2003). Utilizando-se a corrida para o desenvolvimento da velocidade motora com máximo de esforço em distâncias de 20 m, a ênfase se da na aceleração do indivíduo,

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