Boletimj. Manual de Procedimentos. Legislação Trabalhista e Previdenciária. Contribuição Sindical. Relação Anual de Informações Sociais (Rais)
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- Rachel Lencastre di Azevedo
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1 Boletimj Manual de Procedimentos Legislação Trabalhista e Previdenciária Fascículo N o 05/2014 // Contribuição Sindical Contribuição sindical dos autônomos e profissionais liberais // Relação Anual de Informações Sociais (Rais) Instruções para a declaração da Rais relativa ao ano-base de // IOB Setorial Assistência Social Entidades e organizações de assistência social // IOB Comenta Contagem dos 5 dias de licença-paternidade // IOB Perguntas e Respostas Contribuição sindical dos autônomos e profissionais liberais Advogado empregado Não recolhimento - Penalidades Profissional liberal - Vínculo empregatício Rais - Ano-base de 2013 Declaração pela Internet Entrega - Prazo Quem deve declarar Veja nos Próximos Fascículos a Contribuição sindical dos empregados a Folha de pagamento a Novos valores da tabela de salário-de-contribuição
2 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) (São Paulo) (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Legislação trabalhista e previdenciária : contribuição sindical dos autônomos ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, (Coleção manual de procedimentos) ISBN Previdência social - Leis e legislação - Brasil 2. Trabalho - Leis e legislação - Brasil I. Série. CDU-34:368.4(81)(094) :331(81)(094) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Leis : Previdência social : Direito previdenciário 34:368.4(81)(094) 2. Leis trabalhistas : Brasil 34:331(81)(094) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de , DOU de ). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB
3 Boletimj Manual de Procedimentos a Contribuição Sindical Contribuição sindical dos autônomos e profissionais liberais SUMÁRIO 1. Contribuição sindical 2. Contribuição sindical - Procedimentos 3. Guias 4. Contribuição 5. GRCSU - Instruções de preenchimento - Modelo 6. Recolhimento fora do prazo - Acréscimos legais - Multa - Penalidades 7. Profissionais liberais - Exibição da quitação da contribuição sindical - Situações - Não recolhimento - Penalidade 8. Cobrança - Ação - Competência 9. Prescrição 10. Quadro das profissões liberais 11. Profissionais liberais 12. Autônomos e profissionais liberais organizados em firmas ou empresas 1. Contribuição sindical 1.1 Autonomia da organização sindical É livre a associação profissional ou sindical cuja fundação independe de autorização do Estado, sendo vedadas, ao Poder Público, a interferência e a intervenção na organização sindical (Constituição Federal - CF/1988, art. 5º, inciso XVIII, e art. 8º, caput e inciso I). 1.2 Instituição - Cobrança - Exigência A denominada contribuição sindical (CS) é prevista constitucionalmente, conforme se depreende do caput do art. 149 da CF/1988, o qual determina que compete, exclusivamente, à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou O recolhimento da contribuição sindical dos agentes, trabalhadores autônomos e profissionais liberais (não organizados em empresa), com vencimento em fevereiro, pode ser feito em todos os canais da Caixa Econômica Federal (agências, unidades lotéricas, correspondentes bancários, postos de autoatendimento), agências do Banco do Brasil ou em quaisquer estabelecimentos bancários nacionais integrantes do Sistema de Arrecadação de Tributos Federais econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. Relativamente à cobrança da CS, cumpre notar que a Carta Magna, assegurando o processo de modernização da organização sindical, dispõe, em seu art. 8º, inciso IV, que a assembleia geral fixará a contribuição que, tratando-se de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei. Portanto, o referido preceito constitucional torna evidente a exigência da CS, uma vez que esta decorre da própria lei. 1.3 Recolhimento da CS - Publicação de editais - Consulta às respectivas entidades sindicais - Medida preventiva Levando-se em consideração os dispositivos constitucionais ora mencionados, recomenda-se ficar atento à publicação de editais concernentes à fixação e ao recolhimento da CS que as entidades sindicais estão obrigadas a cumprir, nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), art. 605, uma vez que as instruções apresentadas a seguir não se basearam apenas na CLT, mas também em despachos e resoluções do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que vinham sendo sistematicamente adotados pelas entidades sindicais. Outrossim, ocorrendo dúvida quanto ao critério de cálculo e recolhimento da CS, é aconselhável, Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 CT05-01
4 como medida preventiva, que o interessado consulte a respectiva entidade sindical. 2. Contribuição sindical - Procedimentos (*) (*) Importante Os procedimentos a seguir, para fins de recolhimento da CS no exercício de 2014, fundamentam-se na CLT e na legislação complementar. Assim, conforme comentado no subitem 1.3, é aconselhável que o interessado fique atento ao que dispuserem os editais publicados pelas respectivas entidades sindicais. Havendo qualquer divergência nos critérios a serem adotados, caberá ao interessado, após consulta à respectiva entidade sindical, a escolha do posicionamento adequado, lembrando sempre que a decisão final sobre a questão competirá ao Poder Judiciário, caso seja proposta a competente ação. 2.1 Recolhimento - Prazo - Agentes arrecadadores Em fevereiro, os agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais (não organizados em empresa) recolhem a CS. O recolhimento poderá ser feito em todos os canais da Caixa Econômica Federal (Caixa), tais como agências, unidades lotéricas, correspondentes bancários, postos de autoatendimento. A CS também pode ser paga no Banco do Brasil S/A (BB) ou em quaisquer estabelecimentos bancários nacionais integrantes do sistema de arrecadação de tributos federais, mediante guias fornecidas pelas respectivas entidades sindicais (CLT, arts. 583 e 586). 3. Guias 3.1 Obtenção As guias de recolhimento geralmente são entregues pelos correios aos profissionais sindicalizados. Caso não sejam sindicalizados ou não recebam as guias por via postal, o autônomo e o profissional liberal podem obtê-las na correspondente entidade sindical. O modelo a ser utilizado é a Guia de Recolhimento de Contribuição Sindical Urbana (GRCSU), aprovada pela Portaria MTE nº 488/2005. Notas (1) A GRCSU estará disponível para preenchimento no site do MTE ( e no da Caixa ( (2) Por meio do site da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) - os autônomos e os profissionais liberais também podem emitir a guia da contribuição sindical e efetuar o respectivo recolhimento nos agentes arrecadadores descritos no subitem Liberais Profissionais liberais são, entre outros, os relacionados no item 10. Em caso de dúvida quanto à entidade destinatária da CS, deve-se contatar a Confederação Nacional das Profissões Liberais: SCS - Quadra 02 - Bloco D - Ed. Oscar Niemeyer, 9º andar - CEP: Brasília/DF Condutor autônomo de veículo rodoviário Nos casos de proprietários, coproprietários ou promitentes compradores de um só veículo (carros de aluguel, caminhões de carga etc.), cocheiros ou carreteiros, a contribuição deve ser recolhida à respectiva entidade sindical. 3.2 Número de vias - Destinação As guias, normalmente, são compostas de 2 vias com a seguinte destinação: a) 1ª via - contribuinte; b) 2ª via - documento do banco. 3.3 Preenchimento Para o preenchimento das guias, se necessário, consulte a citada Portaria MTE nº 488/2005 (veja item 5). 4. Contribuição 4.1 Valor A CS, para os agentes ou trabalhadores autônomos e para os profissionais liberais, consiste em importância correspondente a 30% do Maior Valor de Referência (MVR) fixado pelo Poder Executivo, vigente à época em que é devida a contribuição sindical, arredondada para Cr$ 1,00 a fração porventura existente (CLT, art. 580, caput e inciso II). Importante Veja os subitens 4.2 e 4.3 seguintes. 4.2 Valores de referência - Extinção A Lei nº 8.177/1991, art. 3º, inciso III, tratando de regras da desindexação da economia, extinguiu, CT Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 - Boletim IOB
5 entre outros, desde 1º , o MVR e as demais unidades de conta assemelhadas que são atualizadas, direta ou indiretamente, por índice de preços, sugerindo, nesse aspecto, a extinção de todos os valores de referência (regionais). Entretanto, a Lei nº 8.178/1991, art. 21, inciso II, estabeleceu que os valores constantes na legislação em vigor, expressos ou referenciados em MVR, são convertidos pelos valores fixados na tabela descrita no citado dispositivo legal. 4.3 Tabela baseada no MVR Tendo em vista a tabela de valores fixada pela mencionada Lei nº 8.178/1991, constata-se a existência de 5 diferentes valores, dos quais se entende que o maior (Cr$ 2.266,17) deve servir de base de cálculo para o recolhimento da CS. Esse entendimento, contudo, não é pacífico, havendo quem interprete que o MVR se desdobrou em Valores de Referência Regionais (VRR), acarretando, portanto, a elaboração de 5 valores distintos da CS de autônomos e profissionais liberais, ou seja, 30% dos valores mencionados na tabela prevista na Lei nº 8.178/1991, art. 21, inciso II, após a atualização, conforme a região. Importa ressaltar que, conforme mencionado no subitem 1.3 e item 2, ocorrendo dúvidas quanto ao critério de cálculo da CS, aconselha-se, como medida preventiva, que o interessado consulte, antecipadamente, a respectiva entidade sindical. Vale lembrar, ainda, que, nos termos da CLT, art. 913, o MTE vinha fixando o referido valor da CS e que a última tabela expedida foi válida para fevereiro/1990, conforme a Portaria MTb nº 3.023/1990. Veja comentários do subitem a seguir Valor - Vigência em fevereiro/ Comentários Levando-se em consideração os comentários dos subitens 4.2 e 4.3, para fins de determinação da CS de agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, em reais (R$), com base no MVR, conforme o art. 580, inciso II, da CLT, deve-se observar que: a) a Lei nº 8.383/1991 instituiu a Unidade Fiscal de Referência (Ufir) (*) como novo indexador para fins de cálculo da atualização monetária, e que ela aplica-se a tributos e contribuições sociais, inclusive previdenciárias, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas (art. 1º, 1º - grifamos); b) os valores expressos em cruzeiros (Cr$) na legislação tributária ficam convertidos em quantidade de Ufir (*), utilizando-se como divisores: b.1) o valor de Cr$ 215,6656, se relativos a multa e penalidades de qualquer natureza; b.2) o valor de Cr$ 126,8621, nos demais casos (Lei nº 8.383/1991, art. 3º, incisos I e II), como, por exemplo, a citada CS; Nota Na conversão apresentada adiante, em Ufir (*), utilizamos 8 casas após a vírgula para maior exatidão de cálculos. c) a reconversão, em reais, faz-se mediante multiplicação da quantidade de Ufir (*) pela expressão monetária da Ufir (*) referente ao exercício de 2000: R$ 1,0641 (Portaria MF nº 488/1999). Dessa forma, a CS baseada na CLT e legislação complementar é estabelecida na seguinte base de cálculo: MVR de Cr$ 2.266,17 = 17, Ufir (*) BTN de Cr$ 126, , x R$ 1,0641 (*) (Ufir em 2000) equivale a R$ 19,0083 (valor para base de cálculo); 30% de R$ 19,0083 equivale a R$ 5,70 (valor da CS originário da CLT) Não obstante os critérios de cálculo anteriormente mencionados, bem como o valor para base de cálculo e a consequente importância apurada da CS, de acordo com os valores que vinham, sistematicamente, sendo adotados até o exercício de 1997, com base na CLT e legislação posterior para atualização da CS em Ufir (*), a Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) deliberou o valor da CS para 2014 em R$ 203,40 (**), a ser recolhido até pelos profissionais liberais inorganizados em sindicatos ou federações, em nome daquela Confederação. Assim, conforme orientação da CNPL, a guia de recolhimento personalizada será enviada, pelo correio, aos profissionais cadastrados. Os não cadastrados poderão retirá-la na sede da CNPL, no seguinte endereço: SCS - Quadra 02 - Bloco D - Ed. Oscar Niemeyer, 9º andar - CEP: Brasília/DF ou através do site O referido valor de R$ 203,40 foi publicado no site do CNPL, no endereço anteriormente mencionado, conforme informação colhida em Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 CT05-03
6 Importante (*) No que concerne à aplicação dos cálculos de CS anteriormente mencionados, para autônomos e profissionais liberais, lembramos que foram utilizados, entre outros, o valor e o número de Ufir. Ocorre que, nos termos da Lei nº /2002, art. 29, 3º, está extinta a Unidade Fiscal de Referência (Ufir), instituída pela Lei nº 8.383/1991, art. 1º. Contudo, vale lembrar que, por meio da Lei nº /2001, em seu art. 6º, parágrafo único, ficou estabelecido que a reconversão para real dos valores expressos em Ufir, extinta em , será efetuada com base no valor dessa Unidade, fixado para o exercício de 2000, ou seja, R$ 1,0641. Relativamente às implicações da extinção da Ufir na legislação trabalhista, como é o caso da apuração do valor da contribuição sindical (CLT, arts. 578 e seguintes), informamos que o MTE havia disponibilizado, em seu site ( a Nota Técnica/ CGRT/SRT nº 5/2004, não publicada no DOU, a qual dispunha sobre cálculo da contribuição sindical. Segundo a citada Nota Técnica, o valor da CS a ser recolhido por trabalhadores autônomos e profissionais liberais era de R$ 5,70, conforme critério de cálculo demonstrado neste subitem. Não obstante os comentários anteriores, tendo em vista a polêmica existente entre os valores apurados pelo MTE e pela CNPL, recomenda-se que os agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, antes da efetiva utilização de um dos valores de CS tratados anteriormente, observados todos os comentários inseridos neste texto, principalmente os do subitem 1.3, consultem, como medida preventiva, o órgão local do MTE e as respectivas entidades sindicais sobre os critérios que passarão a ser adotados para fins de cálculo e recolhimento da contribuição sindical em decorrência da extinção da Ufir. (**) Apesar do valor apurado pela CNPL, recomenda-se que cada profissional liberal, na hipótese de não recebimento da correspondente GRCSU com o valor a ser recolhido, consulte, antecipadamente, a respectiva entidade sindical, a fim de certificar-se do correto valor de contribuição a ser pago, tendo em vista a possibilidade de não ser uniforme a importância a ser cobrada de cada profissional liberal, conforme a profissão exercida. Lembramos, ainda, que, de acordo com as tabelas de contribuição sindical patronal para janeiro/2014, elaboradas pelas Confederações Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da Indústria (CNI), do Transporte (CNT), da Saúde (CNS) e do Sistema Financeiro (Consif), foram utilizados, respectivamente, como base de cálculo das citadas tabelas, os valores de R$ 284,96, R$ 160,64, R$ 287,69, R$ 263,3743 e R$ 253,65. No que tange aos agentes ou trabalhadores autônomos, recomenda-se que cada um, da mesma forma que os profissionais liberais, consulte previamente a entidade sindical que os represente no exercício de sua atividade, para fins de confirmação do valor da CS a ser recolhido Rural Os parceiros, arrendatários, trabalhadores eventuais, empregadores, empregados, pequenos proprie - tários e outros que exerçam atividades no meio rural estão obrigados ao recolhimento da contribuição sindical (Portaria MTb/MA nº 3.210/1975, dos Ministros da Agricultura e do Trabalho). O comprovante do recolhimento da contribuição sindical rural constitui elemento indispensável à obtenção de qualquer assistência perante as entidades sindicais rurais (Portaria MTb/MA nº 3.210/1975, item 10). 5. GRCSU - Instruções de preenchimento - Modelo (*) (*) Importante Antes da efetiva utilização do modelo adiante reproduzido da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU) e de suas respectivas instruções de preenchimento, o autônomo ou o profissional liberal deverão verificar se a entidade sindical possui modelo personalizado de recolhimento da contribuição sindical e se o referido modelo já foi distribuído aos contribuintes por ela abrangidos. Nota A GRCSU é o único documento hábil para a quitação dos valores devidos a título de contribuição sindical urbana. Para o preenchimento da GRCSU, deverão ser observadas as condições descritas na Portaria MTE nº 488/2005, com as alterações introduzidas pela Portaria MTE nº 982/2010. Para melhor entendimento do critério de recolhimento das contribuições sindicais urbanas, transcrevemos, a seguir, as instruções de preenchimento e reproduzimos o modelo da guia de recolhimento CT Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 - Boletim IOB
7 Manual de Procedimentos MODELO GUIA DE RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL URBANA (GRCSU) - INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 CT05-05 Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/ Fascículo 05 CT 5
8 CT CT Manual Manual de de Procedimentos Procedimentos - Jan/2014 Fev/ Fascículo Fascículo Boletim Boletim IOB IOB
9 GUIA DE RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL URBANA (GRCSU) 5.1 Repasse de valores O repasse, pela Caixa, dos valores da contribuição sindical urbana para as entidades sindicais e para a Conta Especial Emprego e Salário (CEES) observará o disposto nos arts. 589, 590 e 591 da CLT. A distribuição dos valores recolhidos será efetuada, pela Caixa, de acordo com as filiações da entidade sindical constantes do Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES) no dia do efetivo pagamento da CS pelo contribuinte. Os valores não repassados a entidades sindicais de grau superior ou centrais sindicais em virtude de divergência nos dados indicados na GRCSU serão repassados integralmente pela CEES. Caberá ao contribuinte solicitar a restituição dos valores repassados à CEES na hipótese do parágrafo anterior, em conformidade com as normas editadas Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 CT05-07
10 pelo MTE, para fins de novo recolhimento à entidade beneficiária. Será facultativo o preenchimento na GRCSU, pelas entidades sindicais, do campo destinado ao código sindical, sendo obrigatório o preenchimento do campo destinado ao Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), que servirá de base para a distribuição prevista neste subitem. 6. Recolhimento fora do prazo - Acréscimos legais - Multa - Penalidades O pagamento da contribuição sindical fora do prazo, quando espontâneo, é acrescido da multa de 10% nos primeiros 30 dias, com adicional de 2% por mês subsequente de atraso, juro de mora de 1% ao mês e correção monetária, conforme o caso (CLT, art. 600). Para maior facilidade do cálculo da multa, pode- -se adotar a seguinte fórmula prática: (2M + 8)%, onde M = nº de meses em atraso. WExemplo - débito de fevereiro/2014 a ser pago em maio/2014: - nº de meses em atraso: 3 - cálculo: - 2 x = 14% (multa) D Importante Na elaboração dos cálculos dos acréscimos legais, deve-se seguir orientação da entidade sindical respectiva, cujos percentuais já poderão estar discriminados nas correspondentes GRCSU. Além desses acréscimos legais, a fiscalização do trabalho pode aplicar a multa de 1/5 a 200 VRR por infração a dispositivos relativos à contribuição sindical (CLT, art. 598). Cabe observar que, conforme comentários do subitem 4.2, os VRR estão extintos. Não obstante a extinção dos VRR, o descumprimento do disposto nos arts. 578 a 610 da CLT, que tratam da contribuição sindical, sujeita o infrator à multa de, no mínimo, 7,5657 e, no máximo, 7.565,6943 Ufir (*), conforme o art. 598 da CLT, combinado com a Portaria MTb nº 290/1997. Importante (*) Veja observação Importante no subitem Profissionais liberais - Exibição da quitação da contribuição sindical - Situações - Não recolhimento - Penalidade Os agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais são obrigados a prestar, aos encarregados da fiscalização, os esclarecimentos que lhes forem solicitados, inclusive a exibição de quitação da CS. Assim, aos profissionais liberais, a penalidade pelo não recolhimento das contribuições consiste na suspensão do exercício profissional até a necessária quitação. Compete aos órgãos disciplinadores das respectivas profissões, mediante comunicação das autoridades fiscalizadoras, aplicar a referida penalidade. Lembra-se, ainda, que as repartições federais, estaduais ou municipais não concederão registro ou licenças para funcionamento ou renovação de atividades aos estabelecimentos de empregadores e aos escritórios ou congêneres dos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, nem concederão alvarás de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas de quitação da contribuição sindical (CLT, arts. 599, 604 e 608). Nota Nos termos da Portaria MTPS nº 3.312/1971, art. 1º, caput, DOU de , o pagamento das anuidades devidas aos órgãos fiscalizadores do exercício profissional ficará condicionado à comprovação de quitação da CS. Importante Vale lembrar que o MTE, com base nas notas técnicas adiante, confirma a exigência da prova da quitação da contribuição sindical contida no citado art. 608 da CLT. Transcrevemos, a seguir, apenas parte das notas técnicas que tratam do assunto deste item: Nota Técnica SRT/MTE nº 64/2009 (DOU 1 de , pág. 87) [...] 10. Saliente-se que a contribuição sindical é obrigatória a todos que participem de uma categoria econômica ou profissional ou exerçam sua atividade na qualidade de autônomo, e essa exigência decorre da lei, portanto, a CT Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 - Boletim IOB
11 forma que a Consolidação das Leis do Trabalho entendeu necessária para exigir a contribuição dos autônomos, que consiste na comprovação de sua quitação para licenças e alvarás, é a mais adequada para prevenir eventuais descumprimentos da regra geral, portanto, deve ser observada por todos os responsáveis pela emissão desses documentos. [...] Nota Técnica SRT/MTE nº 201/2009 (DOU 1 de , pág. 119) [...] 6. Como ressaltado na Nota Técnica nº 64/2009, a legislação brasileira considera nulos de pleno direito os atos praticados por entes públicos das esferas federal, estadual ou municipal, relativos a emissões de registros e concessões de alvarás, permissões e licenças para funcionamento e renovação de atividades aos profissionais liberais e autônomos, inclusive taxistas, sem o comprovante da quitação da contribuição sindical. [...] Nota Técnica SRT/MTE nº 202/2009 (DOU 1 de , pág. 150) [...] 5. Por sua vez, a FECOMÉRCIO/SP - Federação do Comércio do Estado de São Paulo solicitou complementação da Nota Técnica nº 201/2009, publicada no Diário Oficial da União de 3 de dezembro de 2009, a fim de esclarecer a obrigatoriedade da contribuição sindical patronal. 6. De fato, o art. 608 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, dispõe que as repartições federais, estaduais ou municipais não concederão registro ou licenças para funcionamento ou renovação de atividades aos estabelecimentos de empregadores e aos escritórios ou congêneres dos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, nem concederão alvarás de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas de quitação do imposto sindical. 7. Pela interpretação do dispositivo, constata-se que, na concessão de alvará, permissões ou licenças para funcionamento de estabelecimentos em geral do setor econômico ou profissional ou ainda em suas renovações, será exigida por parte do Poder Público concedente a prova da quitação do recolhimento da contribuição sindical, sem a qual serão os atos praticados considerados nulos. [...] 8. Cobrança - Ação - Competência A Emenda Constitucional nº 45/2004 instituiu a chamada Reforma do Poder Judiciário. Assim, entre outras disposições, foi alterada a redação do art. 114 da CF/1988, que dispõe sobre a competência da Justiça do Trabalho, para determinar, entre outros, que compete à mencionada Justiça processar e julgar as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores e entre sindicatos e empregadores. Diante da nova redação dada ao art. 114 e da atual jurisprudência sobre o assunto, a competência para dirimir controvérsias relativas às ações de cobrança da contribuição sindical é da Justiça do Trabalho. 9. Prescrição O direito à ação para cobrança da contribuição sindical prescreve em 5 anos, uma vez que está vinculada às normas do sistema do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966), conforme previsto no seu art. 217 (Despacho de Parecer nº 238/ Processo MTPS nº /1971). 10. Quadro das profissões liberais (*) O quadro das profissões liberais inclui, entre outros, os seguintes grupos: 1º - advogados; 2º - médicos; 3º - odontologistas; 4º - médicos-veterinários; 5º - farmacêuticos; 6º - engenheiros (civis, de minas, mecânicos, eletricistas, industriais e agrônomos); 7º - químicos (químicos industriais, químicos industriais agrícolas e engenheiros químicos); 8º - parteiros; 9º - economistas; 10º - atuários; 11º - contabilistas - Técnicos em contabilidade (veja Nota ao subitem 11.1); 12º - professores (privados); 13º - escritores; 14º - autores teatrais; 15º - compositores artísticos, musicais e plásticos; Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 CT05-09
12 16º - assistentes sociais; 17º - jornalistas; 18º - protéticos dentários; 19º - bibliotecários; 20º - estatísticos; 21º - enfermeiros; 22º - administradores; 23º - arquitetos; 24º - nutricionistas; 25º - psicólogos; 26º - geólogos; 27º - fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, auxiliares de fisioterapia e auxiliares de terapia ocupacional; 28º - zootecnistas; 29º - profissionais liberais de relações públicas; 30º - fonoaudiólogos; 31º - sociólogos; 32º - biomédicos; 33º - corretores de imóveis; 34º - técnicos industriais de nível médio (2º grau); 35º - técnicos agrícolas de nível médio (2º grau); 36º - tradutores. (*) Importante Com o advento da CF/1988 garantindo o princípio da liberdade na organização sindical, a Comissão de Enquadramento Sindical (CES), vinculada ao MTE, foi desativada. Dessa forma, suas decisões, bem como o quadro de atividades ou profissões anexo ao art. 577 da CLT, o qual era normalmente fixado por portaria ministerial, podem estar desatualizados ou alterados, razão pela qual solicitamos especial atenção ao disposto nos subitens 1.1 a 1.3 e item 2. Lembramos, ainda, que, em caso de dúvida quanto à relação anteriormente descrita, convém consultar, antecipadamente, a CNPL, principalmente quanto a prováveis inclusões de novas profissões liberais. Para melhor visualizar o quadro das profissões liberais, observados os comentários anteriores, citamos, a título de conhecimento, as seguintes profissões que, além das descritas anteriormente, também fazem parte da CNPL: a) analistas de sistemas; b) arquivistas; c) bacharel em ciências da computação e informática; d) biólogos; e) detetives particulares; f) economistas domésticos; g) físicos; h) geógrafos; i) museólogos; j) profissional de educação física; k) técnicos em optometria; l) técnicos em turismo; m) tecnólogos. 11. Profissionais liberais O profissional liberal pode ser conceituado, basicamente, como aquele que exerce, com independência ou autonomia, profissão ligada à aplicação de conhecimentos técnicos e científicos, cuja natureza intelectual é comprovada, geralmente, por meio de título de habilitação expedido em forma legal. Consideram-se liberais as profissões de advogados, médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, contadores, economistas, jornalistas etc., as quais constituem categorias integrantes da CNPL Profissional liberal - Exercício - Vínculo empregatício Os profissionais liberais registrados como empregados, no exercício das respectivas profissões permitidas pelo grau ou título de que são portadores, podem optar pelo pagamento da contribuição unicamente às entidades representativas de suas próprias categorias, em valor correspondente a 30% do MVR (*), cujo recolhimento é efetuado pelo próprio contribuinte em fevereiro de cada ano (CLT, art. 580, inciso II, e art. 583, caput, e art. 585). (*) Veja comentários nos subitens 4.2, 4.3 e CT Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 - Boletim IOB
13 Importante Sobre o critério de cálculo e recolhimento da contribuição sindical dos profissionais liberais que exerçam sua profissão com vínculo empregatício nas empresas, foram publicadas notas técnicas, que reproduzimos a seguir para melhor compreensão do assunto. I - Nota Técnica/SRT/MTE nº 11/2010, de DOU 1 de , pág. 129 Ministério do Trabalho e Emprego GABINETE DO MINISTRO DESPACHO DO MINISTRO Em 2 de fevereiro de 2010 Aprovo a NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 11/2010, acerca da contribuição sindical dos profissionais liberais e autônomos. CARLOS ROBERTO LUPI ANEXO NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 11/2010 Sugere a Confederação Nacional das Profissões Liberais - CNPL, no documento epigrafado, nova redação para o item 2 da Nota Técnica nº 201, de 2009, em face de discussões havidas no Ciclo de Debates CNPL 2010, em que foram expostas dúvidas em relação à mencionada nota. 2. A solicitação evidenciou a necessidade de esclarecimentos no sentido de que o valor da contribuição sindical do profissional liberal deve ser repassado ao sindicato da respectiva profissão, e ser recolhido por meio da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana - GRCSU quando o empregado utilizar a opção prevista no art. 585 da Consolidação das Leis do Trabalho, de efetuar o pagamento diretamente à entidade sindical profissional. Brasília, 2 de fevereiro de 2010 LUIZ ANTONIO DE MEDEIROS Secretário de Relações do Trabalho II - Nota Técnica/SRT/MTE nº 201/2009, de DOU 1 de , pág. 119 Ministério do Trabalho e Emprego GABINETE DO MINISTRO DESPACHO DO MINISTRO Em 2 de dezembro de 2009 Aprovo a NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 201/2009, em anexo, acerca da contribuição sindical dos profissionais liberais e autônomos. CARLOS ROBERTO LUPI ANEXO NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 201 /2009 Em virtude da necessidade de esclarecimentos acerca do disposto nos artigos 585, 599 e 608 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, esta nota tem por objeto fixar a interpretação acerca dessas regras para propiciar o seu fiel cumprimento. 2. O recolhimento da contribuição sindical do profissional liberal empregado deve ter por base o cálculo previsto no inciso I do artigo 580 da CLT, que consiste no valor de um dia da remuneração percebida no emprego, mesmo que o profissional utilize a faculdade, prevista no art. 585 da CLT, de optar pelo pagamento diretamente à entidade sindical representativa da categoria, conforme esclarece a Nota Técnica nº 21/ Em face dos prazos legais para o recolhimento da contribuição sindical, os conselhos de fiscalização de profissões devem encaminhar, até o dia 31 de dezembro de cada ano, às confederações representativas das respectivas categorias ou aos bancos oficiais por elas indicados, relação dos profissionais neles registrados, com os dados que possibilitem a identificação dos contribuintes para fins de notificação e cobrança. 4. Sempre que a fiscalização dos respectivos conselhos vier a encontrar, no curso de qualquer diligência, algum profissional liberal inadimplente com o recolhimento da contribuição sindical obrigatória, deve ser apresentada denúncia ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE para as devidas providências. 5. De acordo com o art. 599 da Consolidação das Leis do Trabalho, é prerrogativa dos conselhos de fiscalização de profissões a aplicação da penalidade de suspensão do registro profissional aos profissionais liberais inadimplentes com a contribuição sindical obrigatória, antes ou após qualquer providência tomada pelo MTE. 6. Como ressaltado na Nota Técnica nº 64/2009, a legislação brasileira considera nulos de pleno direito os atos praticados por entes públicos das esferas federal, estadual ou municipal, relativos a emissões de registros e concessões de alvarás, permissões e licenças para funcionamento e renovação de atividades aos profissionais liberais e autônomos, inclusive taxistas, sem o comprovante da quitação da contribuição sindical. Brasília, 30 de novembro de 2009 LUIZ ANTONIO DE MEDEIROS Secretário de Relações Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 CT05-11
14 III - Nota Técnica/SRT/MTE nº 64/2009, de DOU 1 de , pág. 87 Ministério do Trabalho e Emprego GABINETE DO MINISTRO DESPACHOS DO MINISTRO Em 15 de julho de 2009 Aprovo a NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 64/2009, em anexo, acerca da interpretação do Ministério do Trabalho e Emprego quanto à vigência do art. 608 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de ANEXO NOTA TÉCNICA/SRT/MTE/Nº 64, DE 16 DE JUNHO DE 2009 O interessado supra encaminhou ao Senhor Ministro de Estado do Trabalho e Emprego o Oficio nº DP/013/09, no qual se refere à obrigatoriedade das entidades públicas federais, estaduais ou municipais exigirem, para concessão de registro, licenças e alvarás para funcionamento ou renovação de atividades aos trabalhadores autônomos, a exibição de prova de quitação da contribuição sindical. 2. Aduz que entidades públicas, especialmente do Estado de São Paulo, têm concedido a renovação dos alvarás e licenças a taxistas autônomos sem exigir a prova da quitação da contribuição sindical. 3. Solicita a expedição de portaria que determine o cumprimento da exigência da prova de quitação da contribuição sindical por parte dos órgãos municipais, na expedição ou renovação de licença para a prestação de serviço de táxi, dos Departamentos Estaduais de Trânsito para licenciamento anual de veículos de aluguel, e dos órgãos estaduais com delegação do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro, para o licenciamento do taxímetro. 4. Partindo da análise do texto da Consolidação das Leis do Trabalho, constata-se do art. 608 a seguinte determinação: Art As repartições federais, estaduais ou municipais não concederão registro ou licenças para funcionamento ou renovação de atividades aos estabelecimentos de empregadores e aos escritórios ou congêneres dos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais, nem concederão alvarás de licença ou localização, sem que sejam exibidas as provas de quitação da contribuição sindical, na forma do artigo anterior. Parágrafo único. A não observância do disposto neste artigo acarretará, de pleno direito, a nulidade dos atos nele referidos, bem como dos mencionados no art Considerando que não houve revogação expressa do artigo acima transcrito, tampouco qualquer modificação legislativa que possa ensejar sua incompatibilidade com o ordenamento jurídico ou a ineficácia de seus preceitos, obviamente o art. 608, caput e a parte inicial de seu parágrafo único encontram-se em pleno vigor. 6. Nesse sentido, vale citar, que no PARECER/CONJUR/ MTE/Nº 424/2006, a Consultoria Jurídica apresentou concordância com a posição desta Secretaria, afirmando: no que tange à aplicabilidade do artigo 608 da CLT, também pensamos que esse dispositivo continua em vigor, como já adiantado pela SRT, pois não se identificou legislação posterior que disponha noutro sentido. 7. Dessa forma, a exigência, pelas repartições públicas, da comprovação da quitação da contribuição sindical para concessão de alvarás de funcionamento ou registro de estabelecimentos de empregadores, autônomos e profissionais liberais, deve ser observada pelo Poder Público concedente, sob pena de tais concessões serem consideradas nulas. 8. Vale somente acrescentar que não há previsão legal de sanção administrativa a ser aplicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego ao órgão público que descumpra os preceitos do art. 608 da Consolidação das Leis do Trabalho, e a possível sanção está prevista no parágrafo único do próprio dispositivo, que esclarece haver nulidade dos atos praticados sem a observância do dispositivo consolidado, porquanto uma portaria ministerial. 9. E essa nulidade não será argüida perante o Ministério do Trabalho e Emprego, que não possui competência para declará-la, e sim perante o Poder Judiciário, que possui a prerrogativa de controlar os atos administrativos no tocante à sua legalidade e obediência aos requisitos de validade. 10. Saliente-se que a contribuição sindical é obrigatória a todos que participem de uma categoria econômica ou profissional ou exerçam sua atividade na qualidade de autônomo, e essa exigência decorre da lei, portanto, a forma que a Consolidação das Leis do Trabalho entendeu necessária para exigir a contribuição dos autônomos, que consiste na comprovação de sua quitação para licenças e alvarás, é a mais adequada para prevenir eventuais descumprimentos da regra geral, portanto, deve ser observada por todos os responsáveis pela emissão desses documentos. 11. Por fim, acrescente-se ser recomendável que o taxista autônomo, em face das peculiaridades e riscos inerentes à profissão, inscreva-se como contribuinte individual da previdência social, como forma de melhor proteger a sua integridade física e a de seus dependentes. ANDRÉ LUÍS GRANDIZOLI Secretário Adjunto de Relações do Trabalho Em 16 de julho de CT Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 - Boletim IOB
15 Manual de de Procedimentos Legislação Trabalhista e e Previdenciária IV IV - - Nota Técnica/SRT/MTE nnº o 021/2009, de Não publicada no DOU Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 CT05-13 Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/ Fascículo 05 CT 13
16 Manual de Procedimentos WExemplo O empregado que exerce função de contador pode optar por contribuir ao Sindicato dos Contabilistas. Empregado Nesse caso, que exerce à vista função da de sua contador manifestação pode optar (declaração por contribuir ao de Sindicato opção, dos em Contabilistas. poder do Nesse empregador) caso, à vista e da sua exibição manifestação (declaração de opção, poder empregador) e da exibição da prova de quitação, o empregador não efetua, no salário do da prova de quitação, o empregador não efetua, no salário do empregado, o desconto que incidiria no mês empregado, o desconto que incidiria no mês de março, a título de contribuição sindical. A opção ocorre quando o contribuinte exercer, na de condição março, de empregado, a título de a CS. respectiva A opção atividade ocorre profissional quando (CLT, o art. contribuinte 585). exercer, na condição de empregado, a respectiva atividade profissional (CLT, art. 585). D WExemplo D 14 CT Manual de Procedimentos - Fev/ Fascículo 05 - Boletim IOB CT Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 - Boletim IOB
17 Nota Os técnicos em contabilidade enquadram-se no 11º grupo - Contabilistas - do plano da CNPL a que se refere o quadro anexo ao art. 577 da CLT. Portanto, atendidos os requisitos do art. 585 do texto consolidado, esses profissionais têm direito à opção (Processo MTb nº /1982). Veja observação Importante no item Profissão liberal - Não-exercício - Vínculo empregatício Os profissionais liberais registrados como empregados, que não exercem a profissão permitida pelo grau ou título de que são portadores, pagam a CS à entidade representativa da categoria profissional em que se enquadrem os demais empregados da empresa - categoria preponderante (Resolução MTPS nº /1974 e Resolução MTb nº /1978) Profissão liberal/emprego - Exercício simultâneo Aqueles que exercem profissão liberal e também ocupam emprego nas condições mencionadas ficam sujeitos à múltipla CS correspondente a cada profissão exercida (Resolução MTPS nº /1974 e Resolução MTb nº /1978). Assim, se o contador do exemplo citado no subitem 11.1 deste texto exercer, exclusivamente, a função de chefe do departamento de pessoal em uma empresa de construção civil, a CS de um dia de trabalho é devida ao Sindicato da Construção Civil, e não ao Sindicato dos Contabilistas. Se, por outro lado, concomitantemente à função de chefe de pessoal na empresa (condição de empregado), exercer a profissão fora do emprego, executando, por exemplo, a contabilidade de outras empresas, ficará sujeito a contribuir, também, ao Sindicato dos Contabilistas na condição de profissional liberal Advogados/empregados O pagamento da contribuição anual à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) isenta os inscritos em seus quadros do pagamento obrigatório da contribuição sindical (Estatuto da OAB - Lei nº 8.906/1994, art. 47). Nota A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) nº , ajuizada pela CNPL contra disposição do Estatuto da OAB, que isenta os advogados do pagamento da contribuição sindical tratada neste subitem, teve a seguinte decisão do Supremo Tribunal Federal publicada no Diário Oficial da União (DOU 1) de , pág. 1, e no Diário da Justiça (DJ 1) de , pág. 25: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nr PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. EROS GRAU REQTE. : CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS PROFISSÕES LIBERAIS - CNPL ADVDOS. :... REQDO. : PRESIDENTE DA REPÚBLICA REQDO. : CONGRESSO NACIONAL INTDO.(A/S) : ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - OAB ADV.(A/S) :... Decisão: O Tribunal, à unanimidade, julgou improcedente a ação, nos termos do voto do Relator. Votou a Presidente, Ministra Ellen Gracie. Impedido o Senhor Ministro Gilmar Mendes. Ausente, justificadamente, neste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Plenário, EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGO 47 DA LEI FEDERAL N /94. ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. CONTRIBUIÇÃO ANUAL À OAB. ISENÇÃO DO PAGAMENTO OBRIGATÓRIO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. VIOLA- ÇÃO DOS ARTIGOS 5º, INCISOS I E XVII; 8º, INCISOS I E IV; 149; 150; 6º; E 151 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. A Lei Federal n /94 atribui à OAB função tradicionalmente desempenhada pelos sindicados, ou seja, a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria. 2. A Ordem dos Advogados do Brasil ampara todos os inscritos, não apenas os empregados, como o fazem os sindicatos. Não há como traçar relação de igualdade entre os sindicatos de advogados e os demais. As funções que deveriam, em tese, ser por eles desempenhadas foram atribuídas à Ordem dos Advogados. 3. O texto hostilizado não consubstancia violação da independência sindical, visto não ser expressivo de interferência e/ou intervenção na organização dos sindicatos. Não se sustenta o argumento de que o preceito impugnado retira do sindicato sua fonte essencial de custeio. 4. Deve ser afastada a afronta ao preceito da liberdade de associação. O texto atacado não obsta a liberdade dos advogados. Pedido julgado improcedente. Secretaria Judiciária Ana Luiza M. Veras Secretária 11.5 Anotações A empresa anota, na ficha ou na folha do livro Registro de Empregados, as seguintes informações relativas à CS paga: a) número da guia de recolhimento; b) nome da entidade sindical; c) valor e data do recolhimento. Estes dados também devem constar na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do empregado. A empresa mantém, em arquivo, cópia da respectiva guia, para fins de exibição à fiscalização quando exigida. Nota Cumpre notar que a Portaria MTPS nº 3.626/1991, observadas as alterações posteriores, ao dispor, entre outros, sobre as informações obrigatórias que devem constar do Registro de Empregados (art. 1º e incisos), não exige, mas também não proíbe, a anotação de pagamento de contribuição sindical, a qual estava prevista na Portaria GB nº 195, de , atualmente revogada pela citada Portaria MTPS nº 3.626/1991. A Portaria MTb nº 44/1997 aprova novos modelos de CTPS para brasileiros e estrangeiros, e a Portaria SPES/MTb nº 1/1997 estabelece normas para emissão das novas CTPS. Cabe observar, ainda, que a Portaria MTE nº 210/2008 baixou as disposições a serem observadas na confecção da CTPS Informatizada, a qual terá numeração e seriação únicas para todo o território nacional. 12. Autônomos e profissionais liberais organizados em firmas ou empresas Os agentes ou trabalhadores autônomos e os profissionais liberais organizados em firmas ou empresas, com capital social registrado, recolhem a CS segundo a tabela progressiva (CLT, art. 580, inciso III). N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 CT05-15
18 a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) Instruções para a declaração da Rais relativa ao ano-base de 2013 SUMÁRIO 1. Introdução 2. Declaração - Obrigatoriedade 3. Informações - Relação obrigatória - Abrangência 4. Informações - Fornecimento - Forma 5. Certificado digital - Utilização 6. Prazo de entrega 7. Rais - Retificação 8. Entrega - Recibo 9. Documentos - Manutenção à disposição da fiscalização - Prazo 10. Penalidades 11. Rais de exercícios anteriores - Declaração - Forma 12. Vigência - Revogações 13. Locais para esclarecimento de dúvidas 14. Anexos 1. Introdução Por intermédio da Portaria MTE nº 2.072/2013, em vigor desde , foram aprovadas as instruções para a declaração da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), instituída pelo Decreto nº /1975, referentes ao ano-base 2013, cujo prazo de entrega se inicia em e se encerra em , bem como o Manual de Orientação da Rais relativo ao mesmo ano-base. 2. Declaração - Obrigatoriedade Estão obrigados a declarar a Rais: a) empregadores urbanos, definidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT, art. 2º), e rurais, conforme a Lei nº 5.889/1973, art. 3º; b) filiais, agências, sucursais, representações ou quaisquer outras formas de entidades vinculadas à pessoa jurídica domiciliada no exterior; c) autônomos ou profissionais liberais que tenham mantido empregados no ano-base; d) órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional dos Governos federal, estadual, municipal e do Distrito Federal; Os empregadores - urbanos, rurais, autônomos, profissionais liberais, órgãos e entidades da administração direta, autárquica e fundacional dos Governos federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, conselhos profissionais, condomínios etc. - estão obrigados à entrega da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), sob pena de autuação e imposição da correspondente multa administrativa e) conselhos profissionais, criados por lei, com atribuições de fiscalização do exercício profissional, e as entidades paraestatais; f) condomínios e sociedades civis; e g) cartórios extrajudiciais e consórcios de empresas. Ressalte-se que o estabelecimento inscrito no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do Ministério da Fazenda que não manteve empregados ou que permaneceu inativo no ano-base está obrigado a entregar a Rais (Rais Negativa), preenchendo apenas os dados a ele pertinentes. Notas (1) O microempreendedor individual (MEI), de que trata o 1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006, fica dispensado da apresentação da Rais Negativa. (2) De acordo com os 3º e 4º do art. 18-C da Lei Complementar nº 123/2006, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) poderá determinar, com relação ao MEI, a entrega de uma única declaração à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), com dados relacionados, entre outros, à contribuição para a Seguridade Social e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e outras informações de interesse do Ministério do Trabalho e Emprego, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Conselho Curador do FGTS. A entrega da referida declaração única substituirá, na forma regulamentada pelo CGSN, a obrigatoriedade de entrega de todas as informações, formulários e declarações a que estão sujeitas as demais empresas ou equiparados, inclusive as relativas à Rais. (3) De acordo com o art. 100 da Resolução CGSN nº 94/2011, com a nova redação dada pela Resolução CGSN nº 98/2012, na hipótese de o empresário individual ser optante pelo Simei no ano-calendário anterior, deverá apresentar, até o último dia de maio de cada ano, à RFB, a Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual (DASN-Simei), que conterá tão somente: a) a receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior; b) a receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior, referente às atividades sujeitas ao ICMS; c) informação referente à contratação de empregado, quando houver. Os dados informados na DASN-Simei relativos à letra c poderão ser encaminhados pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) ao Ministério do Trabalho e Emprego, observados os procedimentos estabelecidos entre as partes, com vistas à exoneração da obrigação da apresentação da Rais por parte do MEI. Entretanto, de acordo com o art. 101 da Resolução CGSN nº 94/2011, a partir da instituição, em ato próprio do CGSN, da Declaração Única do MEI (Dumei), de que trata a nota nº 1, o MEI ficará dispensado da apresentação da DASN-Simei CT Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 - Boletim IOB
19 3. Informações - Relação obrigatória - Abrangência O empregador, ou aquele legalmente responsável pela prestação das informações, deverá relacionar na Rais de cada estabelecimento os vínculos laborais havidos ou em curso no ano-base, e não apenas os existentes em 31 de dezembro, abrangendo: a) empregados urbanos e rurais contratados por prazo indeterminado ou determinado; b) trabalhadores temporários regidos pela Lei nº 6.019/1974; c) diretores sem vínculo empregatício para os quais o estabelecimento tenha optado pelo recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); d) servidores da administração pública direta ou indireta federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, bem como das fundações supervisionadas; e) servidores públicos não efetivos, demissíveis ad nutum ou admitidos por meio de legislação especial, não regidos pela CLT; f) empregados dos cartórios extrajudiciais; g) trabalhadores avulsos (assim considerados aqueles que prestam serviços de natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos da Lei nº /2013, regulamentada pelo Decreto nº 8.033/2013, ou do sindicato da categoria); h) trabalhadores com contrato de trabalho por prazo determinado regido pela Lei nº 9.601/1998; i) aprendiz contratado na forma da CLT, art. 428, regulamentado pelo Decreto nº 5.598/2005; j) trabalhadores com contrato de trabalho por tempo determinado regido pela Lei nº 8.745/1993; k) trabalhadores regidos pelo Estatuto do Trabalhador Rural (Lei nº 5.889/1973); l) trabalhadores com contrato de trabalho por prazo determinado regido por lei estadual; m) trabalhadores com contrato de trabalho por prazo determinado regido por lei municipal; n) servidores e trabalhadores licenciados; e o) servidores públicos cedidos e requisitados; p) dirigentes sindicais. 3.1 Informações sindicais Os empregadores deverão informar na Rais: a) os quantitativos de arrecadação das contribuições sindicais previstas na CLT, art. 579, devidas aos sindicatos das respectivas categorias econômicas e profissionais ou das profissões liberais e às respectivas entidades sindicais beneficiárias; b) a entidade sindical à qual se encontram filiados; e c) os empregados que tiveram desconto de contribuição associativa, com a identificação da entidade sindical beneficiária. 4. Informações - Fornecimento - Forma As informações exigidas para o preenchimento da Rais encontram-se no Manual de Orientação da Rais, edição 2013, disponível na internet nos endereços e As declarações deverão ser fornecidas por meio da Internet, mediante utilização do programa gerador de arquivos da Rais (GDRAIS2013), que poderá ser obtidos em um dos endereços eletrônicos mencionados. Excepcionalmente, não sendo possível a entrega da declaração pela Internet, o arquivo poderá ser entregue nos órgãos regionais do MTE, desde que devidamente justificada. Os estabelecimentos ou as entidades que não tiveram vínculos laborais no ano-base poderão fazer a declaração acessando a opção Rais Negativa - on line, disponível nos mencionados endereços eletrônicos. Notas (1) O MEI, de que trata o 1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123/2006, fica dispensado da apresentação da Rais Negativa. (2) De acordo com os 3º e 4º do art. 18-C da Lei Complementar nº 123/2006, o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) poderá determinar, com relação ao MEI, a entrega de uma única declaração à RFB, com dados relacionados, entre outros, à contribuição para a Seguridade Social e ao FGTS, e outras informações de interesse do MTE, do INSS e do Conselho Curador do FGTS. A entrega da referida declaração única substituirá, na forma regulamentada pelo CGSN, a obrigatoriedade de entrega de todas as informações, formulários e declarações a que estão sujeitas as demais empresas ou equiparados, inclusive as relativas à Rais. (3) De acordo com o art. 100 da Resolução CGSN nº 94/2011, com a nova redação dada pela Resolução CGSN nº 98/2012, na hipótese de o empresário individual ser optante pelo Simei no ano-calendário anterior, deverá apresentar, até o último dia de maio de cada ano, à RFB, a DASN-Simei, que conterá tão somente: a) a receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior; b) a receita bruta total auferida relativa ao ano-calendário anterior, referente às atividades sujeitas ao ICMS; c) informação referente à contratação de empregado, quando houver. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 CT05-17
20 Os dados informados na DASN-Simei relativos à letra c poderão ser encaminhados pelo Serpro ao MTE, observados procedimentos estabelecidos entre as partes, com vistas à exoneração da obrigação da apresentação da Rais por parte do MEI. Entretanto, de acordo com o art. 101 da Resolução CGSN nº 94/2011, a partir da instituição, em ato próprio do CGSN, da Dumei, de que trata a nota nº 1, o MEI ficará dispensado da apresentação da DASN-Simei. 4.1 Isenção de tarifa para entrega da Rais A entrega da Rais é isenta de tarifa. 5. Certificado digital - Utilização É obrigatória a utilização de certificado digital válido, padrão Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), para a transmissão da declaração da Rais por todos os estabelecimentos que possuem a partir de 11 vínculos, exceto para a transmissão da Rais Negativa e para os estabelecimentos que possuem menos de 11 vínculos. As declarações poderão ser transmitidas com o certificado digital de pessoa jurídica, emitido em nome do estabelecimento, ou com certificado digital do responsável pela entrega da declaração, sendo que este pode ser um CPF ou um CNPJ. 6. Prazo de entrega O prazo para a entrega da declaração da Rais inicia-se no dia e encerra-se em Entrega fora do prazo Vencido o prazo mencionado no item 6, a declaração da Rais 2013 e as declarações de exercícios anteriores gravadas no GDRAIS Genérico (disponível nos endereços eletrônicos mencionados no item 4) deverão ser transmitidas por meio da Internet, ou o arquivo poderá ser entregue nos órgãos regionais do MTE, para os estabelecimentos sem acesso à Internet, acompanhadas da Relação dos Estabelecimentos Declarados. 6.2 Apresentação de inconsistências no arquivo Havendo inconsistências no arquivo da declaração da Rais que impeçam o processamento das informações, o estabelecimento deverá reencaminhar cópia daquele. 7. Rais - Retificação As retificações de informações e as exclusões de arquivos poderão ocorrer, sem multa, até o dia Entrega - Recibo O recibo de entrega deverá ser impresso 5 dias úteis após a entrega da declaração. Para isso, basta acessar os sites ( ou e clicar na opção Impressão de Recibo. 9. Documentos - Manutenção à disposição da fiscalização - Prazo O estabelecimento é obrigado a manter arquivados durante 5 anos, à disposição do trabalhador e da Fiscalização do Trabalho, os seguintes documentos comprobatórios do cumprimento das obrigações para com o MTE: a) o relatório impresso ou a cópia dos arquivos; e b) o recibo de entrega da Rais. 10. Penalidades O empregador que não entregar a Rais no prazo fixado, omitir informações ou prestar declaração falsa ou inexata ficará sujeito à multa prevista na Lei nº 7.998/1990, art. 25, regulamentada pela Portaria MTE nº 14/2006, alterada pela Portaria MTE nº 688/2009. Por sua vez, a Portaria MTE nº 14/2006, alterada pela de nº 688/2009, aprova as normas para a imposição da multa administrativa variável prevista na Lei nº 7.998/1990, art. 25, pelo não cumprimento das obrigações relativas à declaração da Rais, estabelecendo que: a) o empregador que não entregar a Rais no prazo legal ficará sujeito à multa a ser cobrada em valores monetários a partir de R$ 425,64, acrescida de R$ 106,40 por bimestre de atraso, contados até a data de entrega da Rais respectiva ou da lavratura do auto de infração, se este ocorrer primeiro. O valor da multa apurada nestes termos, quando decorrente da lavratura de auto de infração, deverá ser acrescido de percentuais, em relação ao valor máximo da multa prevista na Lei nº 7.998/1990, art. 25 (ver nota ao final deste item), a critério da autoridade julgadora, na seguinte proporção: a.1) de 0% a 4% - para empresas com 0 a 25 empregados; a.2) de 5% a 8,0% - para empresas com 26 a 50 empregados; a.3) de 9% a 12% - para empresas com 51 a 100 empregados; CT Manual de Procedimentos - Jan/ Fascículo 05 - Boletim IOB
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