MANDADO DE SEGURANÇA N /001 Romer. MarceLe da r7onseca - Co'federaão dos Servidores Públicos do,=krds'il e

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1 ilknó-pw TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR ROMERO MARCELO DA FONSECA OLIVEIRA MANDADO DE SEGURANÇA N /001 Romer. MarceLe da r7onseca - Co'federaão dos Servidores Públicos do,=krds'il e ACÓRDÃO Al de C,=alho e Silva e c1.1+:ros :Prourador Ce-ai de Jus: :ca da Paralba EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRIBUICÃO SINDICAL. NATUREZA TRIBUTARIA. SERVIDOR PÚBLICO. SUJEITO PASSIVO DA EXACÀO. CONFIGURAÇÃO. FILIAÇÃO À SINDICATO. REQUISITO PRESCINDIVEL. CONCESSÃO DA ORDEM. A Contribuição Sindical, prevista nos arts. 578 e seguintes da CLT, é devida por todos os trabalhadores de determinada categoria, inclusive pelos servidores públicos civis, independentemente do regime jurídico estatutário celetista ou estatutário, de ser ou não filiado a sindicato. VISTO, examinado, relatado e discutido o. presente procedimento de Mandado de Segurança, em que figuram como, partes, de uffi lado CSPB - Confederação dos Servidores Públicos do Brasil e outro, Impetrantes, e o Procurador Gerai de Justiça da Paraíba, na qualidade de Impetrado. ACORDAM os Membros do Egrégio Tribunal de Justiça da Paraíba, seguindo o voto do Relator, conforme a Súmula de julgamento constante dos autos, f. 126, conhecer do "mandamus" para conceder-lhe a ordem. VOTO CSPB Confederação dos Servidores Públicos do Brasil e FENASEMPE - Federação Nacional dos Servidores dos Ministérios Públicos Estaduais impetraram Mandado de Segurança contra supostos atos omissivos do Procurador Geral de Justiça do Estado da Paraíba consubstanciados na ausência de desconto de valores pertinentes à Contribuição sindical dos servidores do Ministério Público Estadual e do repasse das quantias para as entidades sindicais. Alegaram (1) que teriam publicado editais em jornais de circulação neste Estado e que promoveram a notificaão do Impetrado a fim de que ele determinasse a realizaço do desconto da contribuição sindical dos. Servidors. èo Ministério Público Estadual e efetuasse o seu repase ida'a ai. Romena Macio doonseca CANen Desembargador

2 os legítimos interessados; (2) que a contribuição sindicai teria natureza de tributo, que o seu desconto e repasse são compulsórios em decorrência de lei, e que não provoca aumento de despesa em detrimento da Fazenda Estadual por incidir sobre a remuneração dos servidores públicos. Requereram a concessão de liminar para determinar ao iroperrado a realização do desconto da contribuição 2indical do ano de 2011 e repassa-lo para' a entidade sindical e, no mérito, a ratificação da liminar anteriormente deferida. Em Despacho de f. 92, o então Juiz convocado Dr. Terei 2haves de Moura reservou-se o direito de analisar o pedido de liminar após as informações prestadas pela Autoridade apontada coatcra, f. 92. O Procurador Geral de Justiça do Estado da Paraíba prestou suas Informações, f. 96/102, sustentando (1) que a contribuição sindical não seria devida pelos servidores públicos regidos por estatuto; (2) que a contribuição sindical teria natureza tributária, submetendo-se ao princípio da legalidade e que inexiste legislação obrigando os servidores públicos estatutários a paaarem essa prestacão, pugnando pela denegação da ordem. O Estado da Paraíba ingressou no feito, f. 10/ii6, curando pela denegação da ordem, ao argumento de que os impetrantes não fariam jus à percepção dos valores relativos à contribuição sindical, por ser reara prevista Consolidação das Leis de Trabalho, que os servidores,olicos estaduais não são sujeitos passivos dessa ebrigaeão, por inexistência de previsão legal da incidência subsidiária dela ao regime jurídico dos servidores do Ministério Público Estadual. Aduziu que o Servicicres Públicos do Paraíba, Resolucão/CPJ associação sindical é Regulamento Administrativo dos Ministério Público do Estado da -h 003/93, assegura que a facultativa, que se submete ao principio da legalidade tributária estabelecida na alínea 'a', do inciso III, do art. 146, da CF, e no inciso III, do art. 97, do CTN, pugnando pela denegação da ordem, por ausência do direito liquido e certo. Foram os autos com vistas ao Ministério Público que deixou de apresentar parecer por já ter se manifestado acerca do mérito na qualidade de parte, requerendo prosseguimento do feito, f. 120/122. É o relatório. Os impetrantes pretendem obter o recolhimento e o respectivo repasse da contribuicão sindical compulsória :les servidores do Ministério Público do Estado da Paraiba, rrespondente à remuneração de um dia de referente ao exercício de A contribuição sindical compulsória é independente de filiação a sindicato, encon expressamente prevista na parte final no incis art. 5, da Constituição Federal, e regulamentada trabalho, devida tr n'ao-se, do art. Bel..d.:3)OnSeCa Oljvci 'firomba rg ado,

3 e 579 da CLT, ín verbis: a assombl.:_i.:: tixará a..:ont-ii:= c de eretissional, será des=-ada do -Jont.edeaLvo da 2;. ind.: L.:ond=t,.=_...n-Te da 1;. - u,:;nlf:l.;:iojes de:jdas aos 3:ndi.l..os ne.os das iasecomicas ou profissinais das re ;:resencadas pelas referdas enidades sob deremnauãd do "imposlo s.ndican, pa g as, 1.a forma es':abeecida neste - shd:.:a: é de-loa dct=inada de r-o'isãe :ibera:, e.7:- atr ao re r íe,:zer'..ao d roale a crj brohas,.:o na conformidada de disposro no arr. dada r_."' 229, de 1.1.6á8, de Essas hipóteses leoais conferiram à contribuição sindical compulsória natureza tributária, aplicável a todos os trabalhadores de determinada categoria, inclusive aos servidores públicos estatutários, independentemente de filiacão, não se confundindo com a contribuição T0r.federativa, que é devida pelos que mantêm vinculo de Zillaoào a determinado sindicato. Sr b,-- e o tema, colaciono juluado do Supremo Tribunal do instrumento intor i.-.0s df d...,:iso Ieo..--.se extracr-j.ináric,a=. 1,iL, IlL, a, e1á-...t...e se aie g a v'o:a,:.'ào do dispeslo no a, t...:.:,.:.-,:...'., '', 7.".." e.-::- '.:',":L.J Magna. O J.32;,.5rd,"-"i reccrrid::: :-;s disu,osi,.-ivos do.::_r re1:ati-jos à contribuic.5,.; si:.dical ::...:.. seiiam aplia-teis aça servidores públicos,.--:uj:... o é e'.â'..u:...ar-l...'ec..: fi.:t.., -:11.10-nàc o g Isla..-.ãoes :-..r'ica a amt...alal./:,..1.,--.2:::-ào Razão assistc :::. rcerrent::. f-hrto._. en,...en.).tenle, r-:o senydo ue ':4,...e j.) -1:_rjc.,-Ac SLnjiCH. a--... ::..,.c, TV, 1-, fne, da...:yns _..,_,:2, : 5-7s ss.' tc:m carater tributári-.r.' e:.:. ::.-.. ',..a:-:-.be- -.:;e seoores oudiocs, desde d,,,.. ey.-:-..-)s rerresen,:e, 'rd- -e-: 1::,nfiram-se, n,csse sentido, as seguintt:s oment.-..s: :=.UIÇ7ÃO LNSTIT=A PA ASL::BLE..i.A ER: 0 T;r".::=5UTÁRTO. NAC C,):\IFUT.,:::OR:FF. :--..r7:puul, N.i",C 7.,.' T.2='!:SCONTO. T.F"., :,r!.. :, =:.--:ed:-:rativa, instituida ;.,.' =., art.. -.:, :7 - dislin T,...e-se dd..:_e..:ricã'?. :19 - assim :.:mpuls.5ria. A primeira é compúls,::-.ri a.en.-.1s filiados d..-.: sindi,:ar.o." :1-,,E , rel. min. Ckr1-'s VW42ChT DesembAwadot

4 - d(= 11.1 "EMENTA: Sindidat- de ser'..ti.lors b_o à sr.dl-jd; domruiseha ss.:, ce. a ' 0, TV, in dendioicnàdc, a satisfaeão do requi:zi.to da 2.:i : i:2.. T. A Cons-..ituià1 --Hsta de art. e da r:erv..r, cuidào nos termos de:5 ar-s. :;)sinto'jrants da mtd a:tada a c)rmaefid de shndioat..os de se-ho, VI., nào dabe exdlui-los de 4 oc m.fuser:a ods ;..;alvão!. '.ntan'to, imrsta der ls' 'ns('páral, :.istemà de uni:idae çc,o 5, to,i, de suà 77 -.b.e-a'.ivo de um er.:lansme ---e:'sro das e-ljades shdicah. -3, que, a UaLa de 0,..fr" j de em:inua sendo e Minitério do Trabalhe ;MI F:'ada a sor- trove-sia de ::'ate sobre J, exisl.f jia, 'a me:3ma base :_err:lori-31, de outras entidades sindieais 'da oue s imet:ranr.c nào há cama reconhecerais mandado do seu,ranea, o direito a exigir o descsnto em da ocr,..ribuldão :=Tpuseria prelendida." (24 -IS , ro:i. min. Scle:-.1dda DL'. de CL ".r.;menia: 'A;ià...4RA: INTRUMENTC. TP:PU - 0. Q1".. SE NF.ST-,-)ROVNT(')." (.22 min. Cámdn 2ccia, E4 de ) mesme RE Irel. min. Carmen '2.:e do exc:osi.o, cor base no art. 3 4.'1,d 3 0 e 4 ', or2 Cddicso de ',:recessc deu 5:1=imente àe agray- e o r.,!surso extraordinàr.le, par -i, nos termos do art. 2,, do referia. d..p:oma :ega:, oar-.1e provimedte. os da suoumbân"..a. de 1-(01,-;tdr em cub.'2.000 em T, UPT:C T5 O fato de os servidores do Ministério Público deste Estado serem regidos por regime estatutário não afasta a obrigação relativa ao recolhimento da exação por inexistência de tratamento diferenciado em relação aos empredados celetistas que desempenham as suas funções na oiciativa privada, me smo encontrando-se assegurado o direito à livre associação sindical, nos termos do inciso V:, do art. 37, da CF. Nesse sentido, é o entendimento do Superior Tribunal,dé Justiça: LSPECIAL N' ;2011/221223t5-0. RELAT()T3. : 11524MAN RLC!2RRE::05:ELDERACAC 203 :J.L:NCIOART: MUN=CT'7:\TIE: r)r. Me27T3?..TJTST7, SFN;-, ir ) SE DO RIO ERETO. PR'JC,jRADOR : CECÍLIA CIO= E C1TRi.):5 T.F.CTSf,C 7-7-at.a-se de Re.:.-ursc irsreoas fllerposte jun.:ionaries Munidibais ds,.,s*-,-do de Sào. :5535, 2= ±undamente no ar:. dá 31 :- acórdão do Tdbunal de Justioa da so \ dc 0e Soa o, àssim emenade lis ,.J-STT): =:RI2TIC:4:O SINDICAL. ACAO DE E.ANA..,::;ERviDCRES 0.POtç" \i000 se orax4

5 JopySigqwe n _ v2s11ojtd,x~ L '.rj g.-.: _.,,edc ':-,- -.c: E;.,.., -7-:' _!-,_.7:P.',;:n:= J,.U.: T1P=7: g'=':: :T-,=...:...-)C -::;..T7.:7Y," :.-::)F..."- -,:,.; T7",,, :,'?::. '. - J.-...It'.j r:' -,p ;:_--sdc: '.,:r.b,:o::: -,-=,.;;,. >-. co e or2:2puo.-2, opp a E,' c: i;op0-4,.;.; ""; ne *: -; Izou -gçd TPU:IgT".U. rj (:T.":) H. T. )7.'2üT 012 o, Tv.-,TpuT9 Cp d2e,00i.20, ir ep - rr.'"::;=7,.. o =2, OUJjdr.,..:: O u,u P >-7,

6 4. espe nào p.rchc.; =PO C;.MPPF-.T.7. CC.21-NÇA preta se..deïes InderenderLe drihacàc., : - H-jade Pr:ecedenis. nã.o..)fs : c)s, 'n -.e:;rar a cat..ch) a ccjo oom os Orlàs?sadual e muni::ipal, direra e es, Rc.sr -_ /55, ReI M=1,. M&=.: 0,11101io em 1")Je =, TFTTVO RF:cuPse.21.1 AL(O R SL P' _:AvASCN, FiJe ' oi r:os do er.. 55', CIO,.;Isc írl7exto da ie de curubrc.011 js':_rc Contribuição Sindical prevista nos art. 578 e seguintes da CLT é devida por todos os trabalhadores de determinada categoria, inclusive pelos servidores publi,:os, independentemente de sua condição de servidor publico disciplinado pelo redime celetista ou estatutário, afastando, portanto a alegação do Impetrado no sentido de g,ue os servidores do Ministério Público Estadual não eram sujeitos passivos dessa obrigação. Posto isso, concedo a segurança, para determinar que a Autoridade Coatora efetue o desconto e realize o respectivo repasse da contribuição sindicai dos servidores d -2 Ministério Público Estadual, relativa ao exercício de 2C)11, nos moldes do art. 578 e seguintes da CLT. É O VOTO. Presidiu o julgamento o Excelentíssimo Senhor Desemb a rgador Márcio Murilo da Cunha Ramos, Decano presente, na justificada ausência do Excelentíssimo Senhor - Desembardador Abraham Lincoln da Cunha Ramos (Presidente', dele participaram, além deste Relator, os '--.xelentissimos Senhores Desembargadores e Juizes de Direi7c Convocados, Frederico Martinho da Nóbrega Ccutinho, José Ricardo Porto,'Aluízio Bezerra Filho (Juiz co=oado), Maria das Graças Morais Guedes (Juiza ocn - cada;, Ricardo Vital de Almeida (Juiz convoc ri\do), Tese Di Lorenzo Serpa, Marcos William de Oliveira Juiz con -:ocado, Arnóbi.o Alves Teodósic, João Bened't da O ai. d Fonseca Ow< -ce sí mb a8 dor

7 Silva, Carlos Martins Beltrão Filho e Joas de Brito Pereira Filho. Imcedido o Exmo. Sr. Des. Saulo Henriques de Sá Benevides. Ausentes, justifiçadamente, os Exmos..Srs. Des. João, Alves da Silva, Nilo Luis Ramalho Vieira (Corregedor Geral da Justica), Marcos Cavalcanti de Albuquerque e :l Sílvio Ramalhe Júnior. Presente, à sessão a Excelentíssima Senhora Frouradora de Justiça Marilene de Lima Campos de Carvalho, em substituição ao Excelentíssimo Senhor Doutor Cwla Triaueiro do Valia Filho, Procurador-Geral de Sala de Sessões do Egrégio Tribunal Pleno, Sessão Ordinária do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em 25 de janeiro de Gabinete7no TJ/Pa, em João Pessoa-PB, 02 de fevereiro 2012.,/ // s/ _ 'Des. Romero Marcelo da Fonseca Oliveira Relator