EDUCAÇÃO FINANCEIRA 1. Palavras-chave: educação financeira, crianças, jovens, futuro.

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1 EDUCAÇÃO FINANCEIRA 1 Alberto Tiago Bender 2, Jardelina Bueno Neris 3, Dilson Trennepohl 4. 1 Projeto de pesquisa realizado no curso de graduação em Ciências Econômicas, bolsista do Programa de Educação Tutorial da UNIJUI 2 Bolsista do Programa de Educação Tutorial, aluno do curso de Ciências Econômicas da Unijuí. 3 Bolsista Programa de Educação Tutorial, aluna do curso de Ciências Econômicas da Unijui 4 Professor Doutor do curso de Ciências econômicas, tutor do programa de educação tutorial da Unijuí. Palavras-chave: educação financeira, crianças, jovens, futuro. Resumo: A educação financeira tem como principal objetivo instruir, informar os indivíduos a utilizarem seu dinheiro de forma mais consciente. Com um consumo mais responsável, os indivíduos são capazes de proporcionar uma base mais segura para as ações governamentais como a distribuição de riqueza em prol da qualidade de vida da população como um todo. Com um planejamento adequado de suas finanças, as pessoas tem um risco menor de se endividarem e em contrapartida, proporcionar um crescimento econômico da sociedade em geral. Ao introduzir educação financeira na educação básica de ensino, a intenção governamental é ensinar esses alunos e futuros consumidores a terem uma maior compreensão de como trabalhar para manter uma vida financeira saudável. Fazendo com que esses desenvolvam valores, conhecimento e competências importantes para a condução autônoma da vida financeira, contribuindo para complementar a formação do cidadão. Introdução Para um país se desenvolver é preciso levar em consideração, além do crescimento econômico, a melhoria na qualidade de vida da população. Para isso, as pessoas precisam satisfazer suas necessidades básicas, como a educação, que proporciona conhecimento e melhora a utilização de recursos, trazendo melhoria crescente de produtos e serviços e a introdução de novas tecnologias que geram mais empregos, mais segurança para a economia e mais recursos financeiros, melhorando a participação na comunidade. Para a sociedade brasileira o consumo está diretamente ligado ao status de adquirir cada vez mais bens materiais que a mídia impõe como importantes para a vida. As facilidades de pagamento e promoções oferecidas fazem com que as pessoas não se planejem de forma adequada e acabam se

2 endividando, pois não conseguem perceber que, por exemplo, várias parcelas de baixo valor podem atrapalhar seu orçamento. Para muitos, o dinheiro é necessário para a sobrevivência momentânea e acabam esquecendo de realizar um planejamento para o futuro. Nesse ponto é que a educação é importante, pois orienta com informações confiáveis sobre o mundo financeiro dando condições para se tomar decisões efetivas e de forma adequada. Dessa forma, a educação financeira na escola deve ser direcionada a todos para ajudar as pessoas a planejarem seus futuros de maneira mais consciente. Nesse sentido, a escola torna-se o ambiente em que crianças e jovens adquirem não apenas conhecimentos, como também a capacidade de viver em sociedade, fazendo escolhas que influenciarão na realização dos seus sonhos e suas atitudes influenciam na sociedade.a educação financeira, entendida como um tema transversal, dialoga com as diversas disciplinas dos currículos do Ensino Fundamental e Médio, de forma a possibilitar ao estudante compreender como concretizar suas aspirações e estar preparado para as diversas fases da vida.com o objetivo de introduzir a educação financeira em todo o processo de formação de crianças e jovens, a ENEF (Estratégia Nacional de educação Financeira) desenvolveu o Programa Educação Financeira nas Escolas, levando esse conhecimento para a educação básica. Materiais e métodos No Brasil, infelizmente, a educação financeira não é parte do universo familiar nem escolar. Assim, as crianças não aprendem a lidar como o dinheiro. Aprender a lidar com o dinheiro é fundamental para se ter uma vida sem oscilações econômicas A recente ascensão econômica dos brasileiros coloca o cidadão em contato com novas situações e operações financeiras pouco familiares para muitas pessoas. Somado a isso, o aumento das possibilidades de consumo torna necessário promover a educação financeira para despertar a consciência da população quanto às suas decisões individuais e familiares relacionadas a seus recursos. Adotar decisões corretas proporciona uma vida financeira menos suscetívela impactos negativos não só a vida de cada um, como também no futuro do nosso país. A educação financeira convida a todos para ampliar sua compreensão a respeito dessas escolhas, sendo um conhecimento que possibilita o desenvolvimento de uma relação equilibrada com o dinheiro. A entrada da Educação Financeira nas escolas se da por diversas razões amplamente estudadas. Entre essas razões se destacam os benefícios de se conhecer o universo financeiro e de se tomar decisões financeiras adequadas, que fortaleçam o comando autônomoda própria vida e, por extensão, do âmbito familiar e comunitário.a Educação Financeira nas escolas se apresenta como uma estratégia fundamental para ajudar as pessoasa enfrentar seus desafios cotidianos e a realizar seus sonhos individuais e coletivos. Alunos e professores financeiramente educados são mais autônomos em relação a suas finanças e menos suscetíveis a dívidas descontroladas, fraudes e situações comprometedoras que prejudiquem não só a própria qualidade de vidacomo a de outras pessoas.

3 Flexibilidade e adaptação é o que define a proposta pedagógica da educação financeira, sempre considerando a postura participativa e cooperativa por parte do educador e do aluno que vão utilizálo. Mas, você pode estar se perguntando: por que e como devo levar a Educação Financeira para a sala de aula? Em 2008, quando da construção do Programa Educação Financeira nas Escolas, adotou-se como referência a pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular. Naquele ano os números acerca da organização financeira doméstica das famílias brasileiras eram considerados preocupantes: 36% dos pesquisados declararam ter um perfil gastador, 54% não conseguiram honrar suas dívidas pelo menos uma vez na vida e apenas 31% poupavam regularmente para a aposentadoria. Observou-se, ainda, que uma parte crescente da renda familiar destinava-se ao consumo, o que tornava as taxas de poupança demasiadamente baixas. Dados como esse indicam que o trabalho de Educação Financeira nas escolas precisa cumprir o papel de disseminar informações objetivas. Desse modo, levar a Educação Financeira para o maior número possível de pessoas pode ajuda- las a resolver suas dificuldades, bem como permitir que planejem melhor suas vidas para que consigam ter mais condições de alcançarem metas e sonhos. Nesse sentido as escolas têm como contribuir de forma significativa ao educar os alunos financeiramente, pois eles, por sua vez, levariam esse conhecimento para suas famílias causando um efeito multiplicador. O conceito de educação financeira adotado pela ENEF identificou-a como um processo a ser desenvolvido por meio de três vertentes Informação, Formação e Orientação. O documento Orientações para Educação Financeira nas Escolas destaca a Informação e Formação como base para o desenvolvimento do tema no contexto escolar. Por informação entende-se o provimento de fatos, dados e os conhecimentos específicos para tornar as pessoas atentas a oportunidades e escolhas financeiras, bem como às suas consequências. A vertente formação refere-se ao desenvolvimento dos valores e das competências necessárias para entender termos e conceitos financeiros por meio de ações educativas que preparem as pessoas para empreender projetos individuais e sociais. O material, bem como sua metodologia de utilização, foi desenvolvido utilizando-se referências do sistema financeiro e a cultura do brasileiro. A aplicação do programa e utilização do material em outros países deverá considerar, portanto as especificidades dos sistemas financeiros locais. A Educação Financeira tem um papel fundamental ao desenvolver competências que permitem consumir,poupar e investir de forma responsável e consciente, propiciando uma base mais segura para o desenvolvimento do país. Tal desenvolvimento retorna para as pessoas sob a forma de serviços mais eficientes eeficazes por parte do Estado, numa relação saudável das partes com o todo. Resultados preliminares Conhecer a comunidade escolar, considerar suas necessidades, procurar contextualizar as atividades, serão tentativas de se poder realizar uma proposta que inclua assuntos relacionados com

4 Educação Financeira. Desta forma cada escola que desejar trabalhar com uma pratica disciplinar, deverá passara por uma transformação pedagógica caso não seja uma pratica adotada pela escola. Os resultados apontam que a Educação Financeira é uma necessidade social, que possibilitara os alunos a refletir sobre os seus problemas financeira, a forma como realizam os seus planejamentos, a forma como estão fazendo as suas escolhas e que objetivo eles têm para a suas vidas, seu futuro, de modo que eles possam se sentir incluídos como cidadãos. Com o avanço de novas tecnologias e a recente demanda por um pensamento de consumo consciente, se deu inicio com 450 escolas publicas, no ano de 2010,o projeto piloto de Educação Financeira, que pretende chegar a mais de 200 mil instituições de ensino oficial com o fim de erradicar o analfabetismo financeiro no país. A ideia é que a solução para evitar ou ao menos combater o endividamento precoce dos jovens passa pela educação financeira, produzida em ambientes publico e privada. Em ambas as esferas, pensa-se que as incorporações de disciplinas atreladas ao planejamento orçamentário e às finanças domésticas nas matrizes curriculares do ensino fundamental e médio se mostra um caminho. Conclusões Este tema deve ser tratado com muita importância, pois é atual e de grande interesse. É assunto que precisa ser melhor trabalhado em sala de aula para que atinja seus objetivos e que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, em especial, as mais humildes que necessitam de um bom planejamento financeiro para atingir suas metas para o futuro. Educar as pessoas em relação ao dinheiro deve ser na direção de fazê-los alcançar uma maturidade financeira, ou seja, a capacidade de adiar os desejos em função de futuros benefícios. Atingir essa posição não é fácil, pois a natureza do ser humano buscar a satisfação imediata de todos os seus desejos e necessidades. Desse modo, a educação financeira deve fazer parte da vida das pessoas desde cedo, procurando sempre ensinar um melhor planejamento para o futuro. Agradecimentos Agradeço a todos que de uma forma ou de outra colaboraram na minha formação acadêmica. Referências Educação financeira nas escolas: ensino médio: livro do professor. Elaborado pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF) Brasília: CONEF, Estratégia Nacional de Educação Financeira. Disponível em Acesso em 16 de jun de 2015 Educação Financeira. Disponível em Acesso em 16 de jun de 2015.

5 Programa de educação financeira nas escolas como implementar. Disponível em Acesso em 17 jun 2015.