REGULAMENTO ETAPA NACIONAL. Programa Primeiro Museu Etapa Nacional

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1 REGULAMENTO ETAPA NACIONAL Programa Primeiro Museu Etapa Nacional O Instituto Cultural Ingá e o Museu da Família, ambos com sede e foro na cidade de Maringá-PR, no cumprimento de seus objetivos institucionais e inspirados no Plano Nacional Setorial de Museus, tornam pública a abertura do processo de inscrição para o Programa Primeiro Museu Etapa Nacional, nas condições e exigências estabelecidas a seguir. 1. DO OBJETO 1.1. O objeto da presente Chamada Pública consiste em selecionar propostas de Pessoas Jurídicas de direito público e privado sem fins lucrativos, de natureza cultural, em todo território nacional, interessadas em obter apoio técnico e financeiro a projetos que contemplem a implantação de museus ou espaços museais, mediante financiamento federal, estadual ou privado. 2. DO PROGRAMA 2.1. O Programa atenderá nos anos de 2014 e 2015 um total de 60 (sessenta) inscritos com projetos de valor máximo de R$ ,00 (seiscentos mil reais) para cada município. 2.2 Os projetos serão modelados visando a excelência técnica e a obtenção de recursos por meio do Fundo Nacional de Cultura do Ministério da Cultura, Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), e demais fontes identificadas durante a elaboração dos projetos. 2.3 Os projetos selecionados farão parte de um banco de projetos e serão apoiados de acordo com a disponibilidade orçamentária de patrocinadores privados ou outros mecanismos, e das fontes por estes identificadas, não conferindo direito subjetivo ao participante de financiamento. 3. DO PRAZO DE VIGÊNCIA 3.1. Esta Chamada Pública tem prazo até 23 de janeiro de 2015 e atenderá na ordem de inscrição os 80 primeiros municípios interessados, que deverão preencher o formulário de inscrição no Programa e atender as condições de participação. 4. DAS CONDIÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO 4.1. Poderão participar Pessoas Jurídicas de direito público, de âmbito municipal (Prefeituras, Câmaras Municipais, Fundos Municipais, Fundações, Autarquias), as associações civis sem fins lucrativos, as entidades filantrópicas, as instituições de ensino públicas e privadas, clubes esportivos, instituições religiosas e as cooperativas de qualquer ramo ou segmento, desde que comprovem vínculo com a comunidade a ser beneficiada e que possuam como uma de suas finalidades o desenvolvimento de ações ou atividades culturais.

2 4.2. Os participantes deverão ter sede e/ou atuação nos municípios para os quais serão desenvolvidos e implantados os museus ou espaços museais. 4.3 Os municípios beneficiados não poderão ter museu formalmente constituído e em funcionamento na data de inscrição. 5. DAS CONDIÇÕES PARA INSCRIÇÃO 5.1. As inscrições estarão abertas de 25 de setembro de 2014 a 23 de janeiro de 2015* e deverão ser feitas via site do Programa ( onde os dados básicos do projeto serão apresentados e detalhados O Formulário de Inscrição online, Regulamento e informações sobre o Programa estão disponíveis no site *POR DELIBERAÇÃO DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA A DATA FINAL PARA INSCRIÇÕES FOI PRORROGADA EM FUNÇÃO DA GRANDE PROCURA DE PREFEITURAS INTERESSADAS, PASSANDO PARA 80 O NÚMERO DE VAGAS OFERECIDAS. 6. DA DOCUMENTAÇÃO PARA INSCRIÇÃO 6.1. O proponente deverá enviar via upload, nos campos previstos do sistema de inscrição online, os documentos válidos digitalizados a seguir relacionados, obrigatoriamente na ordem estabelecida: a) Dois comprovantes de localização da instituição, conforme modalidades estabelecidas no item 4.1; b) Comprovação de que a pessoa que assinará os documentos junto ao Programa detém competência para este fim específico (Contrato Social, Ata de Posse, Estatuto Social da instituição interessada ou similar); c) Cópia do CPF e RG do representante legal da instituição. d) Ao enviar sua inscrição significa que o Proponente concorda e declara que: I - que todas as informações aqui prestadas em seus anexos, assim como os documentos apresentados são verdadeiros e de minha responsabilidade, podendo a qualquer momento ser comprovados, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas cabíveis, no caso de quaisquer irregularidades. II - que a entidade que represento dispõe de capacidade técnica e operacional para efetivamente implementar o projeto que será estruturado; III - ter ciência e concordância com os termos do regulamento do Programa Primeiro Museu, comprometendo-me ao cumprimento de todas as exigências nele estabelecidas. IV - ter ciência e concordância de que a inexatidão dos itens informados inviabilizará a habilitação da entidade para fins de celebrar o Termo de Cooperação Técnica. 7. DA HABILITAÇÃO DAS INSCRIÇÕES 7.1. As inscrições serão habilitadas por ordem de inscrição no site do Programa, bem como conferência documental de cada proponente Caberá ao Museu da Família e ao Instituto Cultural Ingá a validação das inscrições.

3 7.3. Após a validação da inscrição será elaborado Termo de Cooperação Técnica prevendo a elaboração de diagnóstico de oportunidades, modelagem e inscrição de projeto cultural nos instrumentos de financiamentos disponíveis no âmbito federal e estadual quando houver, bem como efetuar o pagamento do valor de R$ 6.300,00 a um dos agentes do Programa (Museu da Família ou Instituto Cultural Ingá) - a ser definido quando da formalização do Termo Esse investimento por parte do proponente selecionado será utilizado para custear despesas diversas relativas a customização do museu virtual a ser implantado no prazo de até 60 dias a contar do pagamento, bem como para a contratação de profissionais responsáveis pela elaboração dos projetos técnicos No caso de atendimento inloco, quando solicitado pelo proponente, as despesas relativas a deslocamento e hospedagem da visita serão assumidos pelo proponente e acordados entre as partes previamente Após a assinatura do Termo de Cooperação Técnica, o Instituto Cultural Ingá e Museu da Família efetivarão a inscrição do proponente e município no Programa Primeiro Museu. 8. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 8.1. A habilitação, seleção e inscrição no Programa não conferem qualquer direito subjetivo quanto à obtenção de apoio financeiro do Museu da Família ou do Instituto Cultural Ingá A inscrição do proponente implica na prévia e integral concordância com as normas contidas neste Programa Em caso de comprovação de falsidade das informações prestadas, o Instituto Cultural Ingá e o Museu da Família poderão, a qualquer momento, excluir o proponente do processo seletivo, assim como anular o Termo eventualmente firmado Toda e qualquer informação deverá ser encaminhada para o contato@primeiromuseu.org.br Todas as informações complementares do Programa Primeiro Museu constam no site do Programa ( e devem ser declaradas como de conhecimento dos inscritos nesta Chamada Pública Os casos omissos serão apreciados e resolvidos pelo Instituto Cultural Ingá e Museu da Família, ficando desde logo eleito o foro da Comarca de Maringá-PR para dirimir eventuais questões decorrentes desta Chamada Pública. Maringá-PR, 25 de setembro de Orlando Chiqueto Presidente do Instituto Cultural Ingá Regina Pereira Presidente do Museu da Família

4 O Programa Primeiro Museu é uma iniciativa do Museu da Família e do Instituto Cultural Ingá no sentido de promover processos museológicos em pequenas comunidades visando à preservação da memória e do patrimônio cultural local. PREMISSAS A preservação da história, da identidade, do patrimônio cultural e a memória é um direito que deve ser garantido pelo Estado, em cooperação com a comunidade e do cidadão. Os museus comunitários são instituições comprometidas com o direito à memória e necessárias ao desenvolvimento social, e no fortalecimento de uma cidadania responsável e comprometida com a comunidade. Na maioria dos municípios brasileiros, principalmente nos de menor população, tornase urgente a realização de ações e projetos que apoiem a manutenção de suas identidades culturais, pela preservação da memória e salvaguarda de seus patrimônios culturais e referências identitárias. OBJETIVO Apoiar comunidades na implantação de processos museológicos visando à conservação da memória. RESULTADOS O Programa terá como resultado para cada comunidade atendida: 1) Museu comunitário de tipologia virtual implantado; 2) Um projeto cultural para implantação de museu físico, enquadrado nos instrumentos de renúncia fiscal existentes; 3) Capacitação de agentes locais na gestão do projeto PARTICIPAÇÃO Poderão participar do Programa entidades politicas e comunitárias, como Prefeituras, Câmaras Municipais, Associações Civis (sem fins lucrativos), entidades filantrópicas, Instituições de Ensino, Clubes Esportivos, Igrejas, Cooperativas, dentre outros, desde que comprovem vínculo com a comunidade a ser beneficiada. Os museus comunitários poderão atender a todo o município, ou a localidades específicas, como distritos, regiões administrativas ou bairros.

5 PLANO DE TRABALHO FASES 1. Diagnóstico: análise do contexto atual, potencial cultural e histórico e ambiente da comunidade beneficiada e vinculada ao participante; Museu Comunitário (Virtual) 2. Banco de Dados Virtual: implantação de museu digital, através da disponibilização de ferramenta de Banco de Dados para preservação da memória individual, das famílias e da comunidade beneficiada. Prevê capacitação de agentes locais. Museu Comunitário (Físico) 3. Pré-projeto cultural: elaboração de proposta cultural de institucionalização e implantação física do museu comunitário; 4. Formalização do museu comunitário de acordo com a legislação pertinente; 5. Enquadramento: apresentação da proposta junto ao PRONAC (Lei Rouanet), e outros instrumentos de incentivo fiscal; 6. Captação dos recursos: plano de captação e comunicação. 7. Implantação física: obra civil e equipagem; 8. Equipe: capacitação e seleção dos colaboradores; 9. Avaliação final e replanejamento: apresentação da memória e relatório final.

6 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS Fase 1 DIAGNÓSTICO: Esta fase analisará as potencialidades identificadas, estudando as características físicas e históricas e os agentes sociais envolvidos, buscando identificar as oportunidades e as relações possíveis entre agentes sociais, o participante e o projeto, norteando a elaboração do museu comunitário nas fases seguintes. O diagnóstico avaliará as possibilidades de incentivo oferecidas e identificará potenciais parceiros e patrocinadores. Essa fase deve apresentar como resultado um documento básico para discussão com a comunidade. MUSEU COMUNITÁRIO (tipologia virtual) Fase 2 - BANCO DE DADOS VIRTUAL: Implantação de museu virtual, através da disponibilização de ferramenta de Banco de Dados do Museu da Família, para preservação da memória individual, das famílias e da comunidade beneficiada. Serão realizadas palestras e oficinas de capacitação de agentes locais. Nesta fase terá início a sensibilização da comunidade apresentando, de forma sucinta, conceitos gerais sobre o direito à memória, a importância da preservação do patrimônio cultural local, buscando identificar os agentes sociais mais comprometidos com a proposta para integrá-los ao processo. A implantação da Ferramenta Virtual proporcionará a interação da comunidade e com seus valores culturais, sua história coletiva a partir da narrativa da pessoa ou das famílias que a integram. Esta fase deve apresentar como resultado a disponibilização da ferramenta para as famílias e agentes locais, capacitação de pelo menos três agentes locais e um museu comunitário de tipologia virtual funcionando.

7 Fase 3 - PRÉ PROJETO CULTURAL: Elaboração do pré-projeto cultural de implantação do Museu Comunitário, compreendendo a realização de reuniões de trabalho com o ente participante e com a comunidade, a definição dos parâmetros que fundamentarão o conteúdo programático a ser desenvolvido e a subsequente apresentação de versões preliminares para discussão e análise. Esta fase deve proporcionar como resultado um pré-projeto de museografia, um estudo preliminar de arquitetura, conteúdos e temas da expografia, custos e cronograma de implantação, estimados segundo parâmetros locais. Fase 4 FORMALIZAÇÃO: Nesta fase será estudado e elaborado um modelo jurídico da futura entidade museológica, contendo uma proposta de governança a ser apresentada e aprovada pela comunidade. Será apresentada uma minuta do estatuto para aprovação. Esse material dará oportunidade da constituição da nova entidade. Fase 5 ENQUADRAMENTO: Apresentação do projeto cultural ao PRONAC Programa Nacional de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), após configuração do mesmo de acordo com as modernas técnicas de modelagem para enquadramento na legislação de renúncia fiscal vigente. Esta fase deve apresentar como resultado o projeto cultural apto à aprovação e captação junto ao PRONAC. Deverá obter também a aprovação junto a outros instrumentos de incentivo de financiamento à cultura quando houver. As aprovações junto aos instrumentos de incentivo poderão ser de forma parcial, contemplando diferentes partes do projeto, conforme cada instrumento. Esta fase inclui as atividades de acompanhamento dos trâmites de aprovação dos projetos nas diversas instâncias de governo e órgãos vinculados. Fase 6 CAPTAÇÃO: Nesta fase será elaborada a estratégia e a campanha de captação de recursos. Será produzido material de divulgação. Os técnicos do Programa organizarão reuniões com possíveis patrocinadores. O projeto será inscrito nos editais de patrocínio existentes. Será disponibilizada a tecnologia do CAPTARTE Programa de Captação de Recursos

8 para Projetos Culturais para potencializar a angariação de recursos ao projeto Museu Comunitário. Fase 7 - IMPLANTAÇÃO FÍSICA: Nesta fase o projeto terá as ações de intervenção física. Serão elaborados os estudos e projetos necessários para a obtenção de licenças em conformidade com a legislação ambiental e observados os aspectos inerentes à implantação da entidade cultural, conforme os incentivos fiscais e urbanísticos pleiteados. Também serão executadas as obras civis, incluindo a construção das unidades administrativas, de apoio ao visitante e expositiva. As exposições de longa duração serão montadas. Poderá ser incluída a montagem de uma biblioteca especializada e a aquisição de acervo. Fase 8 EQUIPE: O processo de seleção e capacitação da equipe da entidade gestora será iniciado. Os cursos de capacitação serão ministrados por especialistas. O processo de seleção dos colaboradores e voluntários poderá ser terceirizado conforme escolha do ente participante. Fase 9 AVALIAÇÃO / REPLANEJAMENTO: Serão elaboradas a memória e a avaliação do projeto, com realização de reunião com o nível diretivo do ente participante, visando à consolidação de resultados e a apresentação de recomendações ao funcionamento do equipamento cultural. Esta fase deverá apresentar como produto um relatório memória do projeto e recomendações para os primeiros cinco anos de funcionamento. Serão elaboradas diretrizes para recuperar os pontos deficientes identificados, e para potencializar as oportunidades. MÉTODO DE TRABALHO Serão estabelecidos contatos quinzenais, específicas de cada fase do projeto, estruturadas e conduzidas pela equipe técnica do Programa. Estes acontecerão de forma virtual, através de s, envios de questionários e relatórios, solicitação de documentação digital (fotos, vídeos, documentos, plantas arquitetônicas, outros), vídeo conferência e ligações telefônicas.

9 Também caberá à equipe técnica do Programa a orientação metodológica, a concepção, coleta e sistematização de dados e informações. As informações produzidas serão discutidas, ordenadas e validadas em uma reunião de consolidação a ser realizada pela equipe do programa e relatadas à direção do ente participante. Havendo necessidade de reuniões presenciais, solicitada pelo ente participante, estas deverão ser realizadas sempre com pauta definida e agendamento prévio. Os custos destas e despesas relativas a deslocamento serão assumidos pelo ente participante. Acontecerão ao final de cada fase ou sempre que necessário. Será apresentado um relatório por etapa, considerando as recomendações dos colaboradores e uma análise circunstanciada das informações obtidas nas etapas anteriores. PROGRAMA DE TRABALHO Fase 1 Metas Detalhamento do programa de trabalho, contendo o passo-a-passo das atividades a serem executadas na fase; Estudo das leis de incentivo, potencialidades e outras fontes de financiamento do projeto; Identificação dos potenciais parceiros e patrocinadores. Duração: 3 semanas Fase 2 Metas Implantação da metodologia do Museu da Família e do Banco de Dados para utilização do participante; Implantação do Museu Virtual da Comunidade; Capacitação dos agentes e usuários locais. Duração: 4 semanas Fase 3 Metas Elaboração de pesquisa histórica; Definição do conceito museológico; Dimensionamento do programa arquitetônico; Elaboração de anteprojeto arquitetônico, orçamento e cronograma; Consulta a comunidade direta; Consolidação do pré-projeto cultural. Duração: 5 semanas

10 Fase 4 Metas Institucionalização da entidade participante; Cadastramento junto aos órgãos públicos; Alvará de funcionamento. Duração: 3 semanas Fase 5 Metas Enquadramento da proposta no PRONAC (Lei Rouanet); Enquadramento do projeto junto a outros instrumentos de financiamento existentes. Duração: 8 semanas Fase 6 Meta Captação de 60% dos valores do projeto básico ou da primeira etapa de implantação. Duração: 6 semanas (estimado) Fase 7 Metas Construção das unidades expositivas, de apoio ao visitante e administrativa; Aquisição de acervo. Montagem da exposição de longa duração; Duração: 24 semanas Fase 8 Metas Seleção da equipe; Capacitação. Duração: 8 semanas Fase 9 Metas Consolidação dos resultados do projeto; Análise e avaliação; Recomendações. Duração: 3 semanas Quaisquer dúvidas poderão ser submetidas ao comitê técnico deste Programa, por meio do primeiromuseu@museudafamilia.org.br. Maringá, 01 de setembro de Orlando Chiqueto Presidente do Instituto Cultural Ingá Regina Pereira Presidente do Museu da Família