UMA VISÃO SOBRE A COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS NA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

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1 UMA VISÃO SOBRE A COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS NA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL A compensação é uma das formas de extinção de crédito tributário, previstas no art. 156 do Código Tributário Nacional CTN. Dispondo sobre o tema, o art. 170 do mesmo diploma assim determinou: Lei nº 5.172, de 1966 Art A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. 2. O exemplo mais clássico do dispositivo legal é a histórica possibilidade de o sujeito passivo compensar até 50% (cinqüenta por cento) do Imposto Territorial Rural ITR, com Títulos da Dívida Agrária TDA. Os TDA são créditos líquidos e certos, com prazos de vencimentos definidos em sua emissão, reconhecidos como dívida pública pela União, que os emite em razão das desapropriações agrárias. A Lei nº 4.504/64, Estatuto da Terra, já autorizava que esses créditos, TDA, pudessem ser utilizados para amortização de até metade de créditos tributários de ITR, pagando-se em dinheiro o restante do crédito tributário devido. 3. Não se conhece na legislação outra forma de, administrativamente, no âmbito da Secretaria da Receita Federal, compensar-se créditos tributários devidos pelos sujeitos passivos com créditos líquidos e certos decorrentes de quaisquer outros títulos ou papéis emitidos pelo Governo. Isso, óbvio, não alcança os indébitos, os direitos creditórios de natureza tributária que o contribuinte adquire junto à Fazenda Pública, por pagar a maior ou indevidamente um tributo. 4. Por décadas, o processo de quitar créditos tributários devidos por sujeitos passivos credores de indébitos junto ao Tesouro desenrolou-se da mesma maneira. Reconhecido um direito creditório, mediante processo administrativo de pedido de restituição (indébitos) ou de ressarcimento (benefícios fiscais), efetuava-se uma pesquisa de débitos do contribuinte credor e, havendo-os, procediam-se suas quitações, com os acréscimos legais devidos, ou na proporção do valor do crédito. Vejamos alguns atos legais tratando do tema nos últimos quarenta anos: Lei nº 4.862, de 1965: Art. 18. A restituição de qualquer receita da União, descontada ou recolhida a maior será efetuada mediante anulação da respectiva receita, pela autoridade incumbida de promover a cobrança originária, a qual, em despacho expresso, reconhecerá o direito 1

2 creditório contra a Fazenda Nacional e autorizará a entrega da importância considerada indevida. Decreto-Lei nº 2.287, de 1986: Art. 7º A Secretaria da Receita Federal, antes de proceder a restituição ou ao ressarcimento de tributos, deverá verificar se o contribuinte é devedor à Fazenda Nacional. 1º Existindo débito em nome do contribuinte, o valor da restituição ou ressarcimento será compensado, total ou parcialmente, com o valor do débito. 2º O Ministério da Fazenda disciplinará a compensação prevista no parágrafo anterior. Instrução Normativa SRF nº 05, de 1987: 1. Os contribuintes pessoas físicas e jurídicas com direito a restituição ou ressarcimento de tributos federais, que estiverem em débito para com a Fazenda Nacional, terão o valor de suas restituições utilizado para compensação com o valor do débito. (...) 3. Os acréscimos legais incidentes sobre os débitos de natureza tributária serão calculados até o mês da efetiva compensação. 5. A partir de 1992, uma mudança se deu na legislação de regência da matéria com a entrada em vigor da Lei nº 8.383/91, que em seu art. 66 assim determinou: Lei nº 8.383, de 1991: Art. 66. Nos casos de pagamento indevido ou a maior de tributos e contribuições federais, inclusive previdenciárias, mesmo quando resultante de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, o contribuinte poderá efetuar a compensação desse valor no recolhimento de importância correspondente a períodos subseqüentes. 1º A compensação só poderá ser efetuada entre tributos e contribuições da mesma espécie. 2º É facultado ao contribuinte optar pelo pedido de restituição. 6. Uma razão lógica assistia à lei. Os recolhimentos são ingressos de receitas no Tesouro. Recolhido indevidamente um tributo (ou uma contribuição federal), e apropriado pela União, na forma da lei, bastava então ao sujeito passivo descontar o valor equivalente em recolhimentos futuros que devesse fazer, de créditos tributários da mesma espécie. Naturalmente, em tese, se ajustavam as contas públicas, contudo, perdia-se o controle sobre os créditos tributários que estavam sendo compensados pelo contribuinte, que do fato não teria de dar ciência à Receita Federal. 7. O mesmo princípio, acerto contábil das contas do Tesouro, foi observado a partir de 1997, quando da entrada em vigor da Lei nº 9.430/96: Lei nº 9.430, de 1996: Art. 73. Para efeito do disposto no art. 7º do Decreto-lei nº 2.287, de 23 de julho de 1986, a utilização dos créditos do contribuinte e a quitação de seus débitos serão efetuadas em procedimentos internos à Secretaria da Receita Federal, observado o seguinte: I o valor bruto da restituição ou do ressarcimento será debitado à conta do tributo ou da contribuição a que se referir; II a parcela utilizada para a quitação de débitos do contribuinte ou responsável será creditada à conta do respectivo tributo ou da respectiva contribuição. 2

3 Art. 74. Observado o disposto no artigo anterior, a Secretaria da Receita Federal, atendendo a requerimento do contribuinte, poderá autorizar a utilização de créditos a serem a ele restituídos ou ressarcidos para a quitação de quaisquer tributos e contribuições sob sua administração. 8. Regulamentando o dispositivo, a Instrução Normativa IN SRF nº 21, de 1997, criou um novo documento no Sistema Siafi, chamado Nota de Compensação NT. A NT deveria, atendendo ao disposto no art. 73 da Lei nº 9.430/96, proceder aos lançamentos contábeis no Tesouro. A emissão desse documento naquele sistema gera, automaticamente, um Darf e apesar da compensação estar sendo feita numa data passada, (de princípio a data em que se originou o crédito), chamada data de valorização, o Darf é processado como um recolhimento normal feito pelo sujeito passivo no mês de sua emissão, ou seja, um valor que nunca saiu do Tesouro é informado como um novo ingresso. Tratado como recolhimento, vai compor a chamada arrecadação bruta, cujos recordes são divulgados para a imprensa todos os meses. 9. Uma outra novidade apresentada pela IN SRF nº 21/97, sem que em lei se possa identificar sua previsão legal, foi a criação do Pedido de Compensação de Crédito com Débito de Terceiros. Por esse documento, um sujeito passivo que se pretendia credor junto à Fazenda Nacional autorizava a Receita Federal a, reconhecendo-lhe o direito creditório, compensá-lo com créditos tributários devidos à União por um terceiro. Toda a sorte de eventos foram vistos em nome deste documento, principalmente no âmbito judicial. Créditos que, administrativamente (e essa seria, inicialmente, a única esfera das operações) não poderiam adquirir certeza e liquidez, foram sendo buscados judicialmente, aos milhões. E muito antes de sua certeza e liquidez (necessidade imposta pelo art. 170 do CTN), que se daria com o trânsito em julgado das ações, suas compensações já eram determinadas, até mesmo por meio de liminares, criando, com isso, uma grande banca de negócios, envolvendo os pretensos direitos. Supostos detentores de créditos passaram a pagar seus fornecedores com Documentos Comprobatórios de Compensação DCC, uma espécie de título público, também criado pela IN SRF nº 21/97, e desaparecido na edição da IN SRF nº 210, de Em vez de receber pelas mercadorias vendidas, as empresas fornecedoras deixavam de pagar seus impostos, mediante a utilização de supostos créditos transferidos pelos seus clientes. 10. Às Unidades Administrativas da Receita Federal interessavam as compensações, na medida em que os Darf gerados a cada NT emitida ajudavam a atingir as metas de arrecadação, criando a falsa idéia de alcance de resultados na gestão pública. Havia situações em que, mesmo não tendo débitos, aceitavam-se pedidos de compensação do sujeito passivo envolvendo créditos tributários vincendos, só para que não houvesse emissão de ordem bancária de restituição, de tal forma que ainda hoje se identificam nos processos em curso, pedidos de compensação de créditos tributários que os sujeitos passivos só apurariam, por exemplo, um ano depois de formulado o pedido. 11. Um outro grande campo de negociações foi aberto com a possibilidade, também criada pela IN SRF nº 21/97, dos detentores de créditos reconhecidos 3

4 judicialmente desistirem das ações de execução e, livrando-se dos indesejáveis precatórios, compensarem aqueles valores com créditos tributários próprios, ou mesmo de terceiros, devidos à Receita Federal. Exemplos existem em que os litigantes contra a União deixaram de ser os antigos credores e passaram a ser os tais terceiros (com a conseqüente mudança de pólo ativo). 12. No contexto da fragilização dos controles da legalidade do instituto da compensação (e da restituição de indébitos, da qual a compensação é espécie), com a edição da Medida Provisória nº , de 27 de novembro de 1998, convertida na Lei nº , de 2002, foi extinta a figura do recurso de ofício. Era obrigatório, tanto para as decisões favoráveis ao pedido do sujeito passivo, prolatadas pela autoridade fiscal que o jurisdicionasse, quanto pelas Delegacias de Julgamento, recorrer de ofício de sua decisão à instância superior quando o crédito deferido ultrapassasse um determinado valor. A edição do ato legal soterrou a possibilidade de revisão do direito concedido, considerada necessária até então. A medida concede um poder ilimitado nas mãos de autoridades administrativas: autorizar o pagamento de alegados indébitos a serem restituídos ou compensados, sem qualquer restrição de valor e sem que a decisão passe por qualquer revisão que assegure o necessário controle dos direitos indisponíveis titulados difusamente pela sociedade e, só por mera ficção, concentrados no ente Estado. Tal conclusão ganha maior relevância se for feito um paralelo com as decisões judiciais. Numa ação de repetição de indébito tributário, o juiz (aquele que diz o direito), julgando favoravelmente ao contribuinte, obrigatoriamente submete o decisum ao Tribunal, para que seja cumprido o duplo grau de jurisdição, nos termos do art. 475, do Código de Processo Civil. 13. Voltando ao disciplinamento normativo do instituto da compensação, três anos depois de criado, sem que qualquer mudança ocorresse em lei, o Pedido de Compensação de Crédito com Débito de Terceiros foi extinto pela Instrução Normativa IN SRF nº 41, de Com a ação, fica claro que a autoridade administrativa apropriou-se de prerrogativa legal para criar direito não previsto em lei, já que, decorrido razoável intervalo de tempo, em ato de mesma hierarquia, o pretenso direito foi extinto, deixando a idéia de que, ou nunca poderia ter existido, ou não deveria ter sido extinto. O fato é que, mesmo deixando de ser aceito administrativamente, por ter existido um dia, muitos contribuintes continuaram obtendo, judicialmente, aquele direito, abarrotando as unidades da Receita Federal de trabalho, por entenderem que sua extinção fora uma arbitrariedade. 14. Era tanto trabalho que foi preciso mudar a lei. O art. 74 da Lei nº 9.430/96, sofreu então sua primeira alteração, ao ser editada a Medida Provisória nº 66, de 2002, convertida em Lei nº , de 2002, adotando, então a seguinte redação: Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos ou contribuições administrados por aquele Órgão. 4

5 1º A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados. 2º A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologação. 3º Além das hipóteses previstas nas leis específicas de cada tributo, não poderão ser objeto de compensação: I o saldo a restituir apurado na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física; II os débitos relativos a tributos e contribuições devidos no registro da Declaração de Importação. 4 o Os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela autoridade administrativa serão considerados declaração de compensação, desde o seu protocolo, para os efeitos previstos neste artigo. 5º A Secretaria da Receita Federal disciplinará o disposto neste artigo. 15. Um adeus ao art. 170 do CTN. As necessárias certeza e liquidez do crédito não mais seriam exigidas para que uma compensação pudesse ser feita. Com a nova redação do dispositivo, o sujeito passivo, e não mais o Estado, levanta o crédito, faz suas compensações e, simplesmente, as declara. E a Receita Federal que corra atrás do prejuízo para apurar se, de fato, existe ou não o crédito alegado. Uma situação típica surgida com essa prerrogativa é a seguinte: um contribuinte, ao solicitar uma certidão negativa na Receita Federal, é informado da existência de débitos nos sistemas; ato contínuo, prepara e entrega (hoje pela internet) uma Declaração de Compensação DComp, extinguindo seus débitos nos sistemas de controle da SRF e possibilitando o recebimento da certidão negativa requerida. Para reaver o crédito tributário indevidamente extinto por compensação, a Receita Federal terá de provar a nãoexistência dos créditos alegados pelo contribuinte. 16. Porque papéis produzem muito volume e acumulam muita poeira, as DComp, acompanhando a sistemática de apresentação de todas as declarações devidas à Receita Federal, passaram a ser entregues por meio eletrônico desde maio de Até hoje, dois anos depois de instituídas, resumem-se a um grande banco de informações, sem um programa definido de trabalho, sem um sistema de cruzamento de dados que lhes confirme a autenticidade, ou qualquer procedimento de controle administrativo que defina, dentre as milhares de declarações apresentadas, o que é, e o que não é verdadeiro. Simplesmente, se surgir algum interesse funcional, uma DComp é baixada em papel para ser analisada. 17. Até abril de 2005, mais de 55 bilhões de reais em créditos tributários estavam extintos pelas compensações informadas em formulários de papel, aguardando apreciação dos processos nas Unidades da SRF, conforme registro no Sistema Processos Fiscais. Por nota datada de 22 de fevereiro de 2005, as Coordenações de Administração Tributária e de Tecnologia e Segurança da Informação informam que, anualmente, setecentas mil DComp são transmitidas, correspondendo a 45 bilhões de reais. Como são dois anos de existência de DComp eletrônica, deve haver 90 bilhões de reais em créditos tributários extintos por esse mecanismo aguardando análise. Em nota à imprensa divulgada em janeiro de 2005, o Sr. Superintendente da Receita Federal na 1ª 5

6 Região Fiscal declarou que somente na Delegacia da Receita Federal em Brasília, foram identificadas utilizações indevidas de crédito em valor superior a R$ 1 bilhão. Já em recente nota à imprensa, o Sr. Superintendente da Receita Federal na 10ª Região Fiscal (Rio Grande do Sul), rebatendo denúncias tornadas públicas na operação policial federal Tango disse que nos últimos 18 meses, de mais de processos analisados, envolvendo restituição, ressarcimento e compensação, cujo valor consolidado atingiu 1,92 bilhão de Reais, foi indeferido ou não-homologado 1,14 bilhão de Reais (59%). A autoridade confirma, assim, estatisticamente, que três quintos das declarações de compensação podem não ser verdadeiras. Em números ampliados: cerca de 90 bilhões de reais do que hoje está posto. 18. O trabalho agigantando-se e o aparelho fiscal insuficiente para reprimir fraudes, uma segunda alteração foi providenciada no art. 74 da Lei nº 9.430/96, por meio da Medida Provisória nº 135, de 2003, convertida na Lei nº , de 2003, incluindo incisos no 3º, alterando a redação do 5º, e inserindo novos parágrafos ao artigo. Assim ficou: Art º Além das hipóteses previstas nas leis específicas de cada tributo ou contribuição, não poderão ser objeto de compensação mediante entrega, pelo sujeito passivo, da declaração referida no 1º (...) III - os débitos relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal que já tenham sido encaminhados à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inscrição em Dívida Ativa da União; IV os créditos relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal com o débito consolidado no âmbito do Programa de Recuperação Fiscal Refis, ou do parcelamento a ele alternativo; e V os débitos que já tenham sido objeto de compensação não homologada pela Secretaria da Receita Federal. 5 o O prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega da declaração de compensação. 6 o A declaração de compensação constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. 7 o Não homologada a compensação, a autoridade administrativa deverá cientificar o sujeito passivo e intimá-lo a efetuar, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência do ato que não a homologou, o pagamento dos débitos indevidamente compensados. 8 o Não efetuado o pagamento no prazo previsto no 7 o, o débito será encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inscrição em Dívida Ativa da União, ressalvado o disposto no 9º. 9 o É facultado ao sujeito passivo, no prazo referido no 7 o, apresentar manifestação de inconformidade contra a não-homologação da compensação. 10. Da decisão que julgar improcedente a manifestação de inconformidade caberá recurso ao Conselho de Contribuintes. 11. A manifestação de inconformidade e o recurso de que tratam os 9 o e 10 obedecerão ao rito processual do Decreto n o , de 6 de março de 1972, e enquadram-se no disposto no inciso III do art. 151 da Lei n o 5.172, de 25 de outubro de Código Tributário Nacional, relativamente ao débito objeto da compensação. 12. A Secretaria da Receita Federal disciplinará o disposto neste artigo, podendo, para fins de apreciação das declarações de compensação e dos pedidos de restituição e de 6

7 ressarcimento, fixar critérios de prioridade em função do valor compensado ou a ser restituído ou ressarcido e dos prazos de prescrição. 19. O parágrafo quinto é um primor legislativo. Numa só penada, milhões em créditos tributários foram dados por perdidos sem justa causa, quando se fixou em 5 (cinco) anos o prazo para que a Secretaria da Receita Federal se manifestasse sobre a compensação declarada pelo sujeito passivo, prazo esse aplicado retroativamente aos processos em curso. O dispositivo alcançou em cheio processos em andamento nas Unidades da SRF, na medida em que os simples pedidos de compensação já haviam sido transformados em declarações de compensação pela MP nº 66, de Em qualquer unidade da Receita Federal essa situação pode ser encontrada. Os processos estão encostados, principalmente porque ainda se estar por saber como proceder ao acerto contábil nas contas do Tesouro se o crédito não existe. Não há como cumprir o art. 73 da Lei nº 9.430/ Em 1997, quando inventado o Pedido de Compensação, a Receita Federal adotou, ao arrepio da lei, o procedimento de interromper a cobrança dos créditos tributários inseridos nos pedidos. Ora, o pedido de compensação nunca fez parte da lista do art. 151 do CTN, que dispõe sobre a suspensão de exigibilidade do crédito tributário. Mesmo assim, por força das Instruções Normativas IN SRF nºs 14, 15 e 16, de 1999, os créditos tributários objetos de pedido de compensação só seriam comunicados à Procuradoria da Fazenda Nacional, para inscrição em Dívida Ativa da União, trinta dias após a ciência da decisão definitiva na esfera administrativa, que mantivesse o indeferimento, o que poderia ser a última instância (Câmara Superior de Recursos Fiscais). Nas unidades da SRF os créditos tributários foram prescrevendo por conseqüência da prática determinada. Não se inscreviam os créditos tributários em Dívida Ativa da União porque havia um pedido de compensação e os créditos que os sujeitos passivos alegavam possuir demandavam muito tempo para que fossem analisados e se decidisse por seu indeferimento definitivo. O parágrafo quinto, do art. 74 da Lei 9.430/96 trouxe, enfim, o perdão para a falta administrativa. Transformados inicialmente em declaração, o que eram simples pedidos, passaram a extinguir os créditos tributários até ulterior homologação. Impedidos pela nova redação legal de nãohomologar, os delegados da Receita Federal viram fechar-se em torno de si o círculo de elogio à inoperância. E nenhum contribuinte precisa alegar a prescrição do crédito tributário para não pagá-lo. Simplesmente, foi a lei Mas não só o instituto da prescrição dos créditos tributários foi atingido. Também o foi o da decadência. Imagine-se, por exemplo, que PIS e Cofins, apurados por um sujeito passivo em 1997 e 1998, não declarados em DCTF, constem de pedidos de compensação protocolizados naquela época. Hoje, mesmo não existindo direito creditório, estão homologados por decurso de prazo, conforme 5º do art. 74 da Lei nº 9.430/96. Nem todos os contribuintes, naqueles anos, estavam obrigados à apresentação daquelas declarações. Não declarados, não estão confessados; não sendo o pedido de compensação forma de confissão de dívida, conclui-se que aqueles créditos tributários não foram constituídos. Como o prazo de decadência das contribuições sociais, por lei, é de dez anos, extinguindo-se os créditos tributários por homologação de compensação 7

8 por decurso de prazo de cinco anos, sem existência de direito creditório, a autoridade tributária, que, normalmente, ainda teria tempo de constituí-los, não mais poderá fazêlo. 22. Inicialmente, qualquer débito, independentemente de sua situação, poderia ser extinto mediante entrega de uma declaração de compensação. Com a mudança do parágrafo terceiro do dispositivo sob análise, foi vedada a compensação de débitos consolidados no âmbito do REFIS mediante apresentação de DComp. Foi também vedada a compensação mediante DComp de débitos já encaminhados pela SRF à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional para inscrição em dívida ativa. Contudo, a percepção de outros tantos pontos vulneráveis impôs uma nova alteração no já tão surrado art. 74 da Lei nº 9.430/96, para que pudessem ser fechadas possibilidades de vazamento na estrutura do instituto. Assim, no bojo da conversão da Medida Provisória nº 219, de 2004, convertida em Lei nº , de 2004, as seguintes mudanças foram promovidas: Art º... IV o débito consolidado em qualquer modalidade de parcelamento concedido pela Secretaria da Receita Federal SRF V o débito que já tenha sido objeto de compensação não homologada, ainda que a compensação se encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa; e VI o valor objeto de pedido de pedido de restituição ou de ressarcimento já indeferido pela autoridade competente da Secretaria da Receita Federal SRF, ainda que o pedido se encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa. (...) 12. Será considerada não declarada a compensação nas hipóteses: I previstas no 3º deste artigo; II em que o crédito: a) seja de terceiros; b) refira-se a crédito-prêmio instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei nº 491, de 5 de março de 1969; c) refira-se a título público; d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; ou e) não se refira a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal SRF. 13. O disposto nos 2º e 5º a 11 deste artigo não se aplica às hipóteses previstas no 12 deste artigo. 14. A Secretaria da Receita Federal SRF disciplinará o disposto neste artigo, inclusive quanto à fixação de critérios de prioridade para a apreciação de processos de restituição, de ressarcimento e de compensação. 23. Vem se alterando, constantemente, o teor do dispositivo para inibir práticas nocivas ao interesse público. De forma que hoje, se pode resumir os trabalhos de acerto do art. 74 da Lei nº 9.430/96 da seguinte forma: caput original da Lei nº 9.430/96; 8

9 caput - alterado pela Lei nº /2002; 1º - incluído pela Lei nº /2002; 2º - incluído pela Lei nº /2002; 3º - incluído pela Lei nº /2002; alterado pela Lei nº /2003; inciso I incluído pela Lei nº /2002; inciso II - incluído pela Lei nº /2002; inciso III - incluído pela Lei nº /2003; inciso IV - incluído pela Lei nº /2003; alterado pela Lei nº /2004; inciso V - incluído pela Lei nº /2003; alterado pela Lei nº /2004; inciso VI - incluído pela Lei nº /2004; 4º - incluído pela Lei nº /2002; 5º - incluído pela Lei nº /2002; alterado pela Lei nº /2003; 6º - incluído pela Lei nº /2003; 7º - incluído pela Lei nº /2003; 8º incluído pela Lei nº /2003; 9º - incluído pela Lei nº /2003; 10º - incluído pela Lei nº /2003; 11º - incluído pela Lei nº /2003; 12º - incluído pela Lei nº /2003; alterado pela Lei nº /2004; inciso I - incluído pela Lei nº /2004; inciso II - incluído pela Lei nº /2004; alínea a - incluído pela Lei nº /2004; alínea b - incluído pela Lei nº /2004; alínea c - incluído pela Lei nº /2004; alínea d - incluído pela Lei nº /2004; alínea e - incluído pela Lei nº /2004; 13º - incluído pela Lei nº /2004; 14º - incluído pela Lei nº /2004. Brasília, 15 de dezembro de Documento elaborado pelo UNAFISCO SINDICAL Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal Departamento de Estudos Técnicos É permitida a reprodução deste texto e dos dados neles contidos, desde que citada a fonte. 9

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