Análise semiótica do cartaz «Deus, Pátria, Família»

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1 Universidade do Algarve Escola Superior de Educação e Comunicação Análise semiótica do cartaz «Deus, Pátria, Família» Trabalho realizado para a unidade curricular de Semiótica Sob a orientação de Profª. Ana Filipa Cerol Ana Pereira Ana Marques Ana Parra Ana Lourenço Isa Vicente Janeiro de 2011

2 ÍNDICE 1. RESUMO INTRODUÇÃO FICHA TÉCNICA CONCEITOS-CHAVE Semiótica O Signo Publicidadade/Propaganda ENQUADRAMENTO TEÓRICO Charles Sanders Peirce Roland Barthes Exemplo de análises de imagem por Roland Barthes ANÁLISE SEMIÓTICA CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA E SITIOGRAFIA P á g i n a

3 1. RESUMO 1 A propaganda, ou seja, a publicidade política teve uma enorme importância para as ditaduras fascistas. O seu objetivo era influenciar a sociedade em geral, e os mais novos em particular, incutindo-lhes as ideias fascistas. O Secretariado da Propaganda Nacional (SPN) foi um instrumento de grande relevância para a consolidação desta doutrina, em Portugal, desenvolvendo várias estratégias propagandistas. Palavras-chave: Semiótica, Signo, Publicidade, Propaganda. 1 Este trabalho foi redigido segundo as normas do Novo acordo ortográfico 3 P á g i n a

4 2. INTRODUÇÃO No âmbito da unidade curricular de Semiótica do curso de licenciatura em Ciências da Comunicação da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, surge um trabalho de análise semiótica sobre a propaganda política aliada à doutrina salazarista. Uma das questões que induziu à realização deste trabalho foi avaliar e compreender em que medida a propaganda política pode influenciar a ideologia de uma sociedade. Este trabalho pretende avaliar, a partir de elementos icónicos presentes no cartaz, as estratégias utilizadas para influenciar um público-alvo, mais concretamente a sociedade portuguesa durante o Estado Novo. O desenvolvimento desta análise teve como ponto de partida teorias de Charles Peirce e Roland Barthes. Peirce concebeu que tanto as ideias como o homem são entidades semióticas. Tal como um signo, uma ideia também se refere a outras ideias e objetos do mundo. Roland Barthes foi um dos primeiros a optar pela utilização da imagem publicitária como campo de estudo para a análise da imagem. As razões para essa opção são operacionais: «Se a imagem contém signos, é certo que na publicidade esses signos são plenos, formados com vistas à melhor leitura: a imagem publicitária é franca ou pelo menos enfática.». A imagem publicitária, essencialmente comunicativa e destinada a uma leitura pública, oferece-se como o campo privilegiado de observação dos mecanismos de produção de sentido pela imagem. A própria função da mensagem publicitária é a de ser rapidamente compreendida pelo maior número de pessoas. 4 P á g i n a

5 3. FICHA TÉCNICA Em 1938 foi editada pelo Secretariado de Propaganda Nacional (SPN) uma série de sete cartazes intitulada A Lição de Salazar para assinalar os dez anos de governo de Salazar. Estes cartazes eram distribuídos por todas as escolas primárias portuguesas a fim de serem comentados pelos professores, fazendo parte de uma estratégia de manipulação de ideais levada a cabo pelo Estado Novo. A sua ideia central era glorificar a obra feita por Salazar, desde o campo económico-financeiro às obras públicas, bem como transmitir a superioridade de um Estado forte e autoritário sobre os regimes democráticos e liberais. Esta propaganda procurava fazer uma comparação entre a obra do Estado Novo e a 1.ª República, realçando sempre uma imagem positiva de um país colorido, organizado e moderno, fruto da obra salazarista. Figura 1 Defesa da Nação e do Império 5 P á g i n a

6 Figura 2 Dignificação do trabalho e da justiça social Figura 3 As finanças 6 P á g i n a

7 Figura 4 Pinhais, searas e estradas Figura 5 Cais de Portugal 7 P á g i n a

8 Figura 6 Renascimento do património artístico Figura 7 Deus, pátria e família 8 P á g i n a

9 4. CONCEITOS-CHAVE 4.1. Semiótica «A semiótica é a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura.» Esta é a possível resposta frente ao desenvolvimento desta área de investigação que se alarga desde a semiótica da arquitetura, da biosemiótica até a zoosemiótica. Mas nem todos os estudiosos a aceitam como a resposta possível. Algumas escolas da semiótica preferem definições mais específicas e restritivas, outras exigem que a semiótica se deve apenas ocupar da comunicação humana. A escola de Greimas recusa-se até a aceitar definir semiótica como uma teoria de signos, definindo- -a apenas como uma teoria da significação. A semiótica propriamente dita surge com John Locke no seu Essay on human understanding e com Johann Heinrich Lambert, um dos primeiros filósofos a escrever um tratado específico chamado Semiotik. A doutrina do signo aglomera todas as investigações sobre a natureza dos signos, da significação e da comunicação. A origem destas investigações coincide com a origem da filosofia, por exemplo, Platão e Aristóteles eram teóricos do signo, eram semioticistas sem o saber. É na história da medicina que a semiótica encontra o seu início como primeiro estudo diagnóstico dos signos das doenças. O médico grego Galenum de Pergamum referiu-se à parte diagnóstica da medicina como semeiotikón méros (parte semiótica). A literatura médica começou também a utilizar o termo semiologia em vez de semiótica, com variações de sentido, no século XVIII. Foi nesta altura também que a semiótica médica passou a incluir três ramos da investigação: o estudo da história médica do paciente, o estudo dos sintomas atuais das doenças e o estudo que trata do que se prevê e projeta num desenvolvimento futuro das doenças. Hoje em dia o termo semiótica abandonou a medicina sendo substituída por sintomatologia. Como teoria geral dos signos, a semiótica teve várias designações ao longo da história da filosofia. A origem do termo remete-nos ao semeîon que significa «signo» e a sêma que significa «sinal» ou também «signo». Semio- é uma translineação latinizada se semeîo- e com os parentes radicais sema(t)- e seman- têm sido a base morfológica para uma série de termos semióticos. Semiotics é de origem mais recente. Charles Peirce, por exemplo, nunca a usou preferindo semeiotic, semeiotics, semiotic ou semeotic. O termo semiologia vem do grego semeion e logia: discurso ou estudo dos signos. Nos países anglo-saxónicos, o termo mais utilizado é o de semiotics, ao passo 9 P á g i n a

10 que na tradição europeia generalizou-se durante muito tempo o termo semiologia. Atualmente, tende a generalizar-se o termo semiótica. Até há pouco tempo, semiologia era sobretudo o termo utilizado para referir o estudo genérico dos princípios que presidem à natureza, à estrutura e ao funcionamento dos signos em geral e semiótica costumava referir-se às diferentes aplicações particulares da semiologia, tais como semiótica médica, musical, gestual, da dança, da narrativa, discursiva, da pintura, da publicidade, da moda O Signo Tem-se um signo quando qualquer sinal é instituído por um código como significado. Assim, tem-se um processo de comunicação quando um emissor intencionalmente transmite sinais postos em código mediante um transmissor que os faz passar através de um canal; os sinais saídos do canal são captados por um aparelho recetor que os transforma em mensagem percetível para um destinatário que associa à mensagem um significado ou conteúdo da mensagem. O signo insere-se num processo de comunicação do tipo: fonte-emissor-canal-mensagem-destinatário. Quando o emissor não emite intencionalmente uma mensagem, e esta aparece como fonte natural, existe um processo de significação. Um signo é a ligação do significante com o significado. Assim sendo, o signo é sempre semioticamente autónomo em relação aos objetos a que pode ser referido. O signo é usado para transmitir uma informação, para indicar alguma coisa a alguém, que um outro conhece e quer que outros conheçam também. «Um signo não tem significação; uma seta, separada dos letreiros de sinalização rodoviária, recorda-nos semas de dizem respeito às direcções dos veículos, mas por si só esta seta não permite a concretização de um estado de consciência: para o fazer terá de ter uma certa cor, uma certa orientação e figurar num certo letreiro colocado num certo lugar; é o que acontece com a palavra isolada, como por exemplo mesa: ela aparece-nos como membro virtual de diversas frases em que se fala de coisas diversas; mas por si só não permite reconstruir o estado de consciência de que se fala.» Buyssens, 1943, pág.38 As correntes semióticas mais recentes procuram incluir na categoria do signo todos os tipos de sinal considerados comunicativos que o homem ou outros seres recebem de outros seres ou da própria matéria inorgânica. 10 P á g i n a

11 4.2. Publicidadade/Propaganda A publicidade é uma forma paga de comunicação através da qual se transmitem mensagens orais ou visuais destinadas a informar e influenciar os alvos, utilizando o espaço e tempo dos disversos meios de comunicação disponíveis. A publicidade pode ser de produto ou institucional. A publicidade de produtos centra-se na comunicação dos atributos e vantagens do produto ou serviço. A publicidade institucional está focada na organização que fornece e comercializa produtos. Muitas vezes, os conceitos de publicidade e propaganda confundem-se, pois ambas procuram criar e transformar opiniões. Contudo, a propaganda distingue-se da publicidade por não visar objetos comerciais, mas sim ideais políticos. A propaganda impõe crenças e atitudes que, a longo prazo, modificam o comportamento, a mentalidade e mesmo as convicções religiosas ou filosóficas. A propaganda política surgiu somente no século XX como uma empresa oranizada para influenciar e dirigir a opinião pública. A palavra propaganda refere-se à transmissão de ideiais políticos, não tem nada a ver com a promoção de perfumes, roupa ou «políticos descartaveis». A propaganda não é uma ciência de fórmulas, pelo contrário, movimenta mecanismos fisiológicos, psíquicos e inconscientes bastante complexos. Desta forma, pode dizer-se que é como que uma empresa que se auxilia das novas (ou não) técnicas de informação e de comunicação. A amplitude da sua influência avultou de tal modo que se impõe falar de um salto qualitativo, mesmo que a intenção do propagandista e alguns procedimentos seus tenham permanecido inalterados desde a origem das sociedades políticas. A propaganda de tipo publicitário limita-se a campanhas de padrão «eleitoral» que assentam na valorização ideias e de certos homens mediante a expressão da atividade política. Outro tipo de propaganda que se pode destacar é a de tendência totalitária, que decorre da fusão da ideologia com a política. Esta trata-se de uma atividade de expressão concreta da política, como vontade de conversão, de conquista e de exploração. Esta propaganda está ligada à introdução, na história, das grandes e sedutoras ideologias políticas como o salazarismo. 11 P á g i n a

12 5. ENQUADRAMENTO TEÓRICO 5.1.Charles Sanders Peirce Charles Sanders Peirce nasceu a 10 de Setembro de 1980, em Cambridge, Massachussets, nos EUA. Paralelamente ao seu trabalho no observatório astronómico de Harvard, Charles Peirce dedicava-se ao estudo da filosofia. Entre 1879 e 1884 lecionou na Universidade John Hopkins. Foi considerado uma pessoa de hábitos excêntricos e um dos mais profundos e originais pensadores norte-americanos, tendo deixado contribuições em múltiplas áreas do conhecimento: lógica, semiótica, astronomia, geodésia, matemática, teoria e história da ciência, econometria e psicologia. O ponto de partida da teoria peirciana dos signos é o axioma de que as cognições, as ideias e até o homem são essencialmente entidades semióticas. Como um signo, uma ideia também se refere a outras ideias e objetos do mundo. Mas Peirce foi mais longe ao concluir que «o facto de que toda a ideia é um signo junto ao facto de que a vida é uma série de ideias prova que o homem é um signo» CP Essa interpretação semiótica do homem e da cognição tem uma dimensão presente, passada e futura. O que significa que Peirce tem uma visão pansemiótica do universo. Na sua interpretação, signos não são uma classe de fenómenos ao lado de outros objetos não-semióticos. Peirce desenvolveu uma fenomenologia de apenas três categorias universais que chamou de firstness, secondness e thirdness, traduzidas por primeiridade, secundidade e terceiridade. A primeiridade é a categoria do sentimento imediato e presente das coisas, sem nenhuma relação com outros fenómenos do mundo. É a categoria do sentimento sem reflexão, da mera possibilidade, da liberdade, do imediato, da qualidade ainda não distinguida e da independência. A secundidade começa quando um fenómeno primeiro é relacionado com um segundo fenómeno qualquer. É a categoria da comparação, da ação, do facto, da realidade e da experiência no tempo e no espaço. A terceiridade é a categoria que relaciona um fenómeno segundo a um terceiro; É a categoria da mediação, do hábito, da memória, da continuidade, da síntese, da comunicação, da representação, da semiose e dos signos. 12 P á g i n a

13 A base do signo é, portanto, uma relação triádica entre três elementos, dos quais um deve ser o fenómeno de primeiridade, outro de secundidade e o último de terceiridade. Na terminologia que adotou mais tarde, o representamen é primeiro que se relaciona a um segundo, denominado objeto, capaz de determinar um terceiro, chamado interpretante. Por isso, para definir a semiótica peirciana é preciso dizer que o seu objeto de estudo não é bem o signo, mas sim a semiose. Representamen é o nome peirciano do «objeto percetível» que serve para o recetor. O objeto corresponde ao referente, à coisa ou ao denotatum noutros modelos do signo, numa correspondência que é só aproximativa. Peirce deu uma definição pragmática da significação quando definiu o interpretante como o próprio resultado significante, ou seja, efeito do signo, podendo também ser criado na mente do intérprete. Conforme Peirce, o objeto pode ser «uma coisa material do mundo» do qual temos um conhecimento percetivo, mas também pode ser um entidade meramente mental ou imaginária da natureza de um signo ou pensamento. 13 P á g i n a

14 5.2. Roland Barthes «A linguagem é como uma pele: com ela eu entro em contacto com os outros.» Roland Barthes Roland Barthes foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiótico e filósofo, que nasceu em 1915, em Cherbourg, mas foi em Paris que fez os seus estudos liceais e universitários. No final dos anos trinta termina a sua licenciatura em Clássicas, funda o Grupo de Teatro Antigo (com o qual viaja à Grécia) e obtém um diploma de Estudos Superiores sobre a tragédia grega. Em 1943 recebe o último certificado de licenciatura em Gramática e Filologia e, Figura 8- Roland Barthes após cinco anos de permanente estadia em sanatórios devido a uma lesão pulmonar, estabelece-se como bibliotecário-adjunto e, depois como professor, no Instituto Francês de Bucareste e como leitor na Universidade desta cidade. De 1952 a 1962 foi sucessivamente leitor na Universidade de Alexandria, no Egipto estagiário de investigação no CNRS, no campo da lexicologia: conselheiro literário nas Editions de l Arche e agregado de investigação no CNRS, no campo da Sociologia. Já no início da década de 60, colaborou na VI Secção da École Pratique des Hautes Etudes como chefe de trabalhos, no âmbito das ciências económicas e sociais, e foi diretor de estudos, na mesma Escola, referentes à «sociologia dos signos, símbolos e representações». Em 1974 é proferida a «Lição de Abertura» da cadeira de Semiótica Literária, no Colégio de França. Roland Barthes concedeu um estatuto à Semiótica, arranjando-lhe um objeto particular de pesquisa: os Mass Media. Isto é, usou a análise semiótica em revistas e propagandas, destacando o seu conteúdo político. Barthes possui uma resposta quase estereotipada para a interrogação: o que é a Semiótica? «É uma aventura, quer dizer, aquilo que me acontece (o que me vem do Significante)». Ele, na sua história pessoal, divide-a em três momentos: 14 P á g i n a

15 «O primeiro momento foi de admiração. A linguagem, ou para ser mais preciso, o discurso, foi o objecto constante do meu trabalho desde o meu primeiro livro, O Grau Zero da Escrita [...] O segundo momento foi o da Ciência, ou, pelo menos, da cientificidade. [...] Para mim, o que domina este período do meu trabalho, creio eu, é menos o projecto de fundar a Semiótica, como Ciência, que o prazer de exercer uma Sistemática [...] O terceiro momento é, com efeito, o do texto. Teciam-se discursos à minha volta, que deslocavam preconceitos, inquietavam evidências, propunham novos conceitos [...]» BARTHES, 1987, p. 12 Existem três elementos essenciais na semiótica barthesiana: a cultura, o poder e o discurso. E podemos observar que é no discurso barthesiano que surge o signo objeto que moveu e agenciou os seus estudos. Possui a linguagem como tema, o signo como assunto, com uma delimitação precisa: as questões discursivas. Tal triunvirato pode abraçar, na sua particularidade, a perspetiva de um todo, através dos diálogos entre a língua e a fala. E esta relação entre língua e fala parece pronunciar-se pela denotação, responsável pelo universo linguístico, e pela conotação, que diz respeito ao universo translinguístico. Barthes dividia, assim, o processo de significação em dois momentos: denotativo e conotativo. A denotação tratava da perceção simples, superficial; e o segundo continha as mitologias, como chamava os sistemas de códigos que nos são transmitidos e são adotados como padrões. Segundo ele, esses conjuntos ideológicos eram, por vezes, absorvidos despercebidamente, o que possibilitava e tornava viável o uso de veículos de comunicação para a persuasão. Na concepção de Barthes, a conotação tem a hegemonia. É onde «vibra o social» fazendo do signo uma realização da sociedade humana, onde melhor se ouve as vozes da fala. O semiótico concebe o mito como uma forma de fala produzida pela conotação. O mito não se caracteriza pelo objeto da mensagem, mas sim pela sua forma. Desta forma, pode ser pronunciado por diferentes representações: uma foto, um anúncio ou uma reportagem. Dispõe de mensagens factuais, de extração denotativa, mas investindo na conotação. Também na separação entre significante e significado como elementos constituintes da síntese semiótica existe uma supremacia. O significado é a aparência, o imaginário, o seu desenho ilusório. É da ordem da consciência. Tal como a conotação, o significante pode representar a essência, pois tem relação com o simbólico e é da ordem do inconsciente. Temos, no signo objeto, a linguagem como uma predileção temática, a discursividade, em especial a mediática, como o agenciamento do assunto, e as questões semióticas, como um recorte exemplar. As hegemonias da conotação e do significante 15 P á g i n a

16 especificam os tons da abordagem. O signo é compreendido como uma realidade linguística e translinguística, sendo inseparável de sua fisionomia social e histórica. 16 P á g i n a

17 Exemplo de análises de imagem por Roland Barthes No anúncio das massas Panzani, Barthes desenvolve a sua análise identificando três tipos de mensagem: a mensagem linguística (verbal), a mensagem conotada (simbólica) e a mensagem denotada (icónica). A seguir, parte para uma breve descrição do anúncio: «Temos aqui uma publicidade Panzani: pacotes de massas, uma lata, tomates, cebolas, pimentões, um Figura 9 - Anúncio das massas cogumelo, todo o conjunto saindo de uma Panzani sacola de compras entreaberta, em tons de amarelo e verde sobre fundo vermelho». No anúncio Panzani, a função da mensagem verbal é de ancoragem, reforçando o aspeto de «italianidade» dos produtos da marca. A imagem apresenta dois tipos de mensagens: a conotativa e a denotativa. Na mensagem conotada encontramos os aspetos simbólicos do anúncio. No exemplo das massas Panzani, a cena visual conota «volta das compras», produtos frescos «recém comprados», enquanto a mensagem verbal colabora para a perceção de «italianidade» que também está na composição de cores do anúncio (cores da bandeira italiana). A presença do tomate fresco disposto proximamente do molho de tomate estabelece uma relação de semelhança; o molho Panzani é tão fresco como o feito com o próprio tomate. A mensagem denotada é a representação pura das imagens apresentando os objectos reais da imagem. A imagem de um tomate representando um tomate é a mensagem literal em oposição à mensagem conotada ou simbólica). O nível denotativo da imagem inclui a percepção e o conhecimento cultural do receptor, que permite o reconhecimento das representações fotográficas. Na análise das imagens, Barthes afirma existir uma retórica da imagem, semelhante à retórica verbal, abrindo caminho para outros pesquisadores da imagem publicitária. 17 P á g i n a

18 O exemplo vem de uma foto da capa de revista Paris-Match dos anos 50, do século XX. Barthes detalha que a foto - um significante - denota «um africano num uniforme francês, saudando a bandeira da França». Subjacente a esta ideia está uma conotação: «a França é um grande império colonial». O «africano», na foto, é uma figura histórica que adquire visibilidade, destacando-se no primeiro plano da imagem. O uniforme francês pesa mais do que qualquer peça do vestuário, não é somente um abrigo do corpo. Fixa a imagem de uma subjetividade, que apenas existe e tem importância quando legitima o império francês. 18 P á g i n a

19 6. ANÁLISE SEMIÓTICA Figura 10 Deus, pátria e família Deus, Pátria, Família: A Trilogia da Educação Nacional é um cartaz da série A Lição de Salazar editada em 1938 pelo Secretariado da Propaganda Nacional do Estado Novo, a fim de ser comentada pelos professores nas escolas primárias portuguesas. A «pedagogia» salazarista enaltecia a obra do Chefe, Salazar, e os valores supremos do regime. Neste cartaz, de Martins Barata, ergue-se, num cenário rural, a família típica do salazarismo, uma família remediada, religiosa e trabalhadora. É na representação desta casa humilde, patriarca, cristã, tradicional, sem energia eléctrica, rústica, que, no fundo, observamos todos os elementos icónicos da política salazarista que fazem apologia à vida simples rural, isenta dos vícios da sociedade urbana, que refletia o ruralismo exacerbado vivido nos anos 30 em Portugal. Deus está presente no altar familiar, representado simbolicamente pelo crucifixo, instalado no melhor móvel da casa ladeado de castiçais. Este elemento destaca a proteção dada à religião católica, definida, na década de 1950, como religião da nação portuguesa. Considerava-se a «verdadeira família portuguesa» como uma família católica de moralidade austera, que repelia o vício e os costumes liberalistas proporcionados pela sociedade de ordens. O crucifixo, em cima do móvel, o pão e o vinho, sobre a mesa, simbolizam a constante celebração cristã vivida pela família numa casa humilde, mas devota. 19 P á g i n a

20 A Pátria distingue-se, através da janela, no castelo que ostenta a bandeira nacional e na própria farda da Mocidade Portuguesa vestida pelo rapaz. O Estado Novo perfilhou um nacionalismo exacerbado. Criou o slogan «Tudo pela Nação, nada contra a Nação.», realçando que todas as ações deviam reger-se tendo em conta o bem da nação, pois na visão de António de Oliveira Salazar a nação representava um todo orgânico e não um conjunto de indivíduos isolados. Esta ideologia fez dos portugueses um povo de heróis, dotado de qualidades civilizacionais ímpares, de que eram testemunhas a grandeza e a sua história, a ação evangelizadora e a integração racial levadas a cabo no Império colonial. Quanto à Mocidade Portuguesa, de inscrição obrigatória para os estudantes dos ensinos primário e secundário, destinava-se a ideologizar a juventude, incutindo-lhe os valores nacionalistas e patrióticos do Estado Novo. A autoridade da Família surge, indiscutivelmente, na figura do pai, que chega a casa depois de um dia de trabalho e encontra o carinho e o entusiasmo da filha a reverência do filho, que se levanta para o saudar, e a subserviência da esposa, que se confina ao lar e à economia doméstica. Nesta casa todos ocupam o lugar que lhes era destinado: a mulher cumpre as suas funções de esposa e mãe; o pai é o chefe de família, representa o sustento e a força de trabalho no campo; os filhos recebem o pai alegremente, é de realçar que enquanto o rapaz segura um caderno, demonstrando interesse pelos estudos, a rapariga brinca às donas de casa, o que espelha por um lado que apenas os homens tinham acesso à formação escolar e intelectual e, por outro o futuro que lhes está pré-destinado. Também na presença de apenas duas cadeiras, em vez de quatro, e de dois bancos na mesa se evidencia a superioridade dos pais perante os filhos, visto que as cadeiras se destinam a ser utilizadas pelos pais e os bancos, mais simples, destinam-se às crianças. A mulher tinha um papel passivo do ponto de vista económico, social, político e cultural. A mulher-modelo foi definida como uma mulher de grande feminilidade, uma esposa carinhosa e submissa, uma mãe sacrificada e virtuosa. Daí que o trabalho feminino fora do lar fosse entendido como uma ameaça à estabilidade familiar e à formação moral das gerações de portugueses. Em 1936 surgiu a «Obra das Mães para a Educação Nacional», destinada à formação das futuras mulheres e mães. A nível global, na imagem predominam as cores verde, vermelho e amarelo: as cores da bandeira portuguesa. O verde está presente na porta da casa, na janela e na farda vestida pelo rapaz. A barra da parede e a saia da mulher são vermelhas. E por fim, o amarelo predomina em quase todo o cartaz: nos móveis, no chão, no castelo e na luz da imagem em si. Isto remete-nos, conotativamente, para os valores patrióticos e nacionalistas. 20 P á g i n a

21 «Deus surge não como um ente religioso, mas como mero fundamento de uma ordem ética (a virtude) assente nos valores absolutos da verdade, do bem e do belo e, como tal, fundamento último da autoridade: a Pátria é a nação na sua dimensão histórica e territorial, que implicará a ideia de unidade, coesão e, logo, de ordem, pelo que fundamentará igualmente a prioridade concedida ao princípio da autoridade; a autoridade, para que afinal convergem os princípios anteriores, será essência mesmo do Estado; a família é o lugar da transmissão dos valores anteriores e, como tal, garante da tradição e do equilíbrio social; o trabalho é sobretudo um antídoto contra a parasitagem e o vício, que fomentam a desordem, e só subsidiariamente fator de um progresso e uma prosperidade, sempre limitados pela parca ambição de um simples mínimo de subsistência vital para todos. Tudo converge assim para o princípio da autoridade e para o valor da ordem condições básicas de eficácia operacional do Estado.» REIS, António Os Valores Salazaristas 21 P á g i n a

22 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A semiótica não é apenas uma teoria, mas uma prática comum. Isto porque o sistema semântico muda e a semiótica só o pode descrever em parte e em resposta a acontecimentos comunicativos concretos, e porque a própria prática social só se exprime em forma de semiose. Desta forma, pode dizer-se que os signos são uma força social e não simples instrumentos de reflexo das forças sociais. Os signos, enquanto força social, fizeram parte da difusão de todo um conjunto repleto de significações utilizadas para promover uma doutrina totalitária que pretendia manipular as massas. Durante o Estado Novo, regime político autoritário e corporativista que vigorou em Portugal desde 1933 e 1974, António de Oliveira Salazar, enquanto «salvador da Pátria», orientou o povo no sentido de o unir e de lhe incutir os valores nacionalistas utilizando poderosos slogans. Tal como outros regimes totalitários, o Estado Novo possuía lemas para mostrar resumidamente a sua ideologia e doutrina: «Tudo pela Nação, nada contra a Nação» e «Deus, Pátria, Família» são os mais conhecidos. Estes aspetos, refletidos no cartaz analisado, reforçam o aproveitamento da propaganda política como modo de difusão do ideário político, social, cultural e económico. 22 P á g i n a

23 8. BIBLIOGRAFIA E SITIOGRAFIA BARTHES, Roland - Elementos de Semiologia. Lisboa: Edições 70, BARTHES, Roland Mitologia. Lisboa: Edições 70, COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso O Tempo da História História A, 1.ª parte, 12.ºano. Porto: Porto Editora, DEELY, John Introdução à Semiótica: história e doutrina. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, ECO, Umberto - O Signo. Lisboa: Editorial Presença, FREUD, Sigmund - A interpretação dos sonhos. s.l.: Imago, 2010 JOLY, Martine Introdução à análise da imagem. Lisboa: Edições 70, LÖWY, Michael - Ideologias e ciência social: elementos para uma crítica marxista. PIRES, Aníbal Marketing conceitos, técnicas e problemas de gestão. Lisboa São Paulo: Editorial Verbo, 2002 RODRIGUES, Adriano Duarte Introdução à Semiótica. Lisboa: Editorial Presença, *** consultado a 28 de dezembro de consultado a 5 de janeiro de consultado a 5 de janeiro de P á g i n a

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