RELATO DAS ATIVIDADES DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO COMBATE A DENGUE EM SANTA MARIA
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- Cláudia de Carvalho da Mota
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1 RELATO DAS ATIVIDADES DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO COMBATE A DENGUE EM SANTA MARIA A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue. Em nosso país, as condições socio-ambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da doença. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por vetores. Programas com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração intersetorial e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos. No Brasil os casos de dengue registrados, tanto na forma clássica como na hemorrágica e, em algumas situações o seu agravamento pode levar à morte. A doença ocorre em diversos períodos do ano, porém, é no verão que os surtos são mais significativos, pois, é exatamente quando o mosquito Aedes aegypti encontra as temperaturas ideais para o seu desenvolvimento. Associa-se a este quadro, o acúmulo de água parada em pneus, garrafas pet, vidros, caixas de água e outros recipientes. O trabalho de prevenção merece, uma reflexão da sociedade, repensando seu papel como agente transformador. A doença da dengue pode ocasionar danos irremediáveis à vida humana, não sendo apenas uma questão de responsabilidade institucional, mas de toda a população. Com um novo olhar na prevenção da doença da Dengue, são executadas ações diárias pelos Agentes de Saúde Pública e Vigilantes Ambientais do município de Santa Maria, subordinados à Superintendência de Vigilância em Saúde. As metodologias são estipuladas pelo Ministério da Saúde e pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). As Secretarias Estadual e Municipais de Saúde são responsáveis pela execução trabalhos relacionados com esta política pública.
2 As ações com caráter epidemiológico, sanitário e ambiental são realizadas por profissionais, que farão a pesquisa e a investigação dos focos em diversos locais, nos criadouros, pontos críticos e de difícil acesso e os determinados como estratégicos. A Superintendência de Vigilância em Saúde, trabalha durante o ano todo com ações articuladas na prevenção e controle da Dengue onde as palavras de ordem são: comprometimento, mobilização e integração com o objetivo de evitar que esta enfermidade se instale no município e região levando ao adoecimento de um grande contingente populacional, com possíveis riscos de óbito. Principais sintomas: v Febre alta; v Dor de cabeça; v Dor nas articulações e ossos; v Erupções na pele como sarampo; v Náuseas; e v Vômitos; Obs: Duração média de 5 a 7 dias Na forma HEMORRÁGICA, a febre é alta, com manifestações hemorrágicas, hepatomegalia e insuficiência circulatória. A letalidade é significativamente maior do que na forma CLÁSSICA. Manifesta-se de 3 a 5 dias após a clássica; Suor; Queda de pressão; Febre intensa; Hemorragias; Extremidades frias; e Pele esbranquiçada. Obs: Não usar medicamentos a base de ácido acetil salicílico (AAS, ASPIRINA, Melhoral) porque são vasos dilatadores e favorecem hemorragias.
3 Ações Concretas de Prevenção e Controle da Dengue: Os Agentes de Saúde Pública e Vigilantes Ambientais diariamente orientam a comunidade com ações concretas para evitar e combater os focos da Dengue, ou seja, mudanças de hábitos com ações simples como: Lavar o pratinho de folhagens, escovando as bordas para eliminar os ovos da mosquito-fêmea de Aedes aegypti e, colocar a areia evitando acumular água neste recipiente; manter a caixa d água sempre fechada com tampa adequada; remover galhos, folhas e todo e qualquer material que possa levar a obstrução na passagem da água pelas calhas; não deixe a água da chuva acumulada sobre a laje; lavar semanalmente a parte interna dos tanques(reservatórios) com água e sabão; manter bem tampados tonéis e barris d água; Em cemitérios substituir a água dos vasos por areia; se você tiver vasos de plantas aquáticas, troque a água e lave o vaso principalmente por dentro com escova, água e sabão, pelo menos uma vez por semana; guardar as garrafas com o gargalo para baixo entregue seus pneus velhos ao serviço de limpeza urbana ou guarde-os em local coberto e abrigados da chuva; lixos (copos, garrafas, papéis, latas, habituar-se a coleta seletiva): colocar em sacos plásticos e manter a lixeira ou container fechados, não jogar lixo em terrenos baldios. AÇÕES DIÁRIAS EFETUADAS PELOS AGENTES DE SAÚDE E VIGILANTES AMBIENTAIS : Pesquisa em Pontos Estratégicos (PE): são locais onde há grande concentração de depósitos preferenciais para a desova do Aedes aegypti, ou seja, o local especialmente vulnerável à introdução do vetor. Os pontos estratégicos são identificados, cadastrados e constantemente atualizados, sendo inspecionados de quinze em quinze dias. Em nossa cidade os pontos estratégicos visitados são: cemitérios(onde foi adotado medidas de preventiva para que todos os visitantes utilizassem a areia nos vasos e não mais a água nos potes de flores) borracharias, depósitos de sucatas, depósitos de materiais de construção, garagens de transportadoras, entre outros(a orientação a todos proprietários e funcionários dos locais é que após a chuva, eliminem a água parada em todos os possíveis criadouros). Pontos Estratégicos em números: 296. Pesquisa em Armadilhas Larvitrampa (PAR): são depósitos com água confeccionadas artesanalmente com pneus em localidades negativas para o Aedes aegypti, com objetivo de atrair as fêmeas do vetor para a postura dos ovos. São instaladas a uma altura em média 80 centímetros do
4 solo e no interior deste pneu deverá conter um litro de água limpa.sendo que o agente de saúde pública faz a visitação dos mesmos de sete em sete dias. Armadilhas em Números: 316. Levantamento de Índice(LI): é a pesquisa regular de imóveis onde são visitadas residências para a detecção de focos de Aedes aegypti. CONCLUSÃO O Brasil possui uma vasta extensão de terras e suas condições climáticas e ambientais favorecem a permanente circulação do vetor do mosquito Aedes aegypti que transmite 4 tipos virais da doença (den1,2,3,4) o último voltou a circular em Roraima e há 28 anos não acontecia. O Ministério da Saúde lançou em 2010 uma meta para este verão: dificultar a proliferação deste mosquito, convocando todos profissionais da Saúde para integrarem ações com finalidade de capacitar, organizar, orientar, facilitar e agilizar de forma uniformizada a prevenção e controle da Dengue. O desafio é reunir todas as esferas dos governos municipais, estaduais e federais junto à sociedade organizada. É necessário o comprometimento de todos os envolvidos em cumprir o grande objetivo que é evitar o adoecimento e óbitos por dengue no País. Por meio das nossas atitudes, transformaremos as informações em ações. As gerações futuras agradecerão por essas atitudes. MOBILIZEM-SE.
5 PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA MARIA SECRETARIA DE MUNICÍPIO DA SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Relação Nominal Atual dos Servidores da Equipe Municipal de Vigilância em Saúde ( Dengue) PROFISSIONAIS Nº NOME FUNÇÃO 1 SELENA DUTRA MICHEL SUPERINTENDENTE DE VIGILANCIA 2 ALCIONE TEREZINHA DUTRA AGENTE DE SAÚDE PUB.VIG.AMBIENTAL 3 CRISTIANE B. BATAGLIN AGENTE DE SAÚDE PUB.VIG.AMBIENTAL 4 CRISTIANE S.DA SILVA AGENTE DE SAÚDE PÚB.VIG.AMBIENTAL 5 JOCELI DE F. NUNES AGENTE DE SAÚDE PÚB.VIG.AMBIENTAL 6 LEILA REGINA C.R.RODRIGUES AGENTE DE SAÚDE PUB.VIG.AMBIENTAL 7 LÚCIO TERRAS DE SOUZA AGENTE DE SAÚDE PÚB.VIG.AMBIENTAL 8 MAGALI FAVARINI KUHN AGENTE DE SAÚDE PÚB.VIG.AMBIENTAL 9 MARIA DE LURDES P. AIRES AGENTE DE SAÚDE PÚB. VIG AMBIENTAL 10 MARCIA REJANE L. DE MEDEIROS AGENTE DE SAÚDE PÚB.VIG.AMBIENTAL 11 MARIUZA T.FARINHA AGENTE DE SAÚDE PÚB.VIG.AMBIENTAL 12 NADIA HELENA TEIXEIRA SOARES AGENTE DE SAÚDE PUB.VIG.AMBIENTAL 13 PAULO R.M.MARTINS AGENTE DE SAÚDE PÚB.VIG.AMBIENTAL 14 ANTONIO ODILON CUT AGENTE DE SAÚDE PÚB.VIG.AMBIENTAL 15 IVAN XAVIER DOS SANTOS AUXILIAR EM LABORATÓRIO 16 JOSE ALMIRO DA ROSA AGENTE DE SAÚDE PÚB.VIG.AMBIENTAL 17 JOSE FRANCISCO SANTIN COORDENADOR DE CAMPO 18 ALBERI DIAS MOTORISTA Mais informações a respeito da dengue através do site:
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