Cidadania Fiscal e Pobreza

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1 Cidadania Fiscal e Pobreza Flávio Ataliba Diretor Geral IPECE Setembro/ 2013 Fortaleza - Ceará

2 Algumas Evidências...

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4 Tabela 1: Os 10 maiores e menores municípios do Ceará quanto ao IDHM do ano de 2010 MUNICÍPIO IDHM POSIÇÃO IDHM POSIÇÃO IDHM POSIÇÃO 10 MELHORES EM 2010 FORTALEZA 0,546 1º 0,652 1º 0,754 1º SOBRAL 0,406 7º 0,537 8º 0,714 2º CRATO 0,444 2º 0,577 2º 0,713 3º EUSÉBIO 0,377 16º 0,507 20º 0,701 4º JUAZEIRO DO NORTE 0,419 5º 0,544 7º 0,694 5º MARACANAÚ 0,420 4º 0,575 3º 0,686 6º BARBALHA 0,381 15º 0,517 18º 0,683 7º CAUCAIA 0,411 6º 0,555 5º 0,682 8º LIMOEIRO DO NORTE 0,433 3º 0,561 4º 0,682 9º IGUATU 0,394 11º 0,546 6º 0,677 10º 10 PIORES EM 2010 GRAÇA 0, º 0, º 0, º PARAMBU 0,304 92º 0, º 0, º AIUABA 0, º 0, º 0, º GENERAL SAMPAIO 0, º 0, º 0, º URUOCA 0, º 0, º 0, º ARARIPE 0, º 0, º 0, º ITATIRA 0, º 0, º 0, º POTENGI 0,304 91º 0, º 0, º GRANJA 0, º 0, º 0, º SALITRE 0, º 0, º 0, º Fonte dos dados: Atlas do Desenvolvimento Humano 2013/PNUD. Elaboração: IPECE.

5 Figura 1: Mapas temáticos para o IDHM dos municípios cearenses referentes aos anos de 1991, 2000 e 2010.

6 Tabela 2: Os 10 maiores e menores municípios quanto ao IDHM-RENDA do ano de MUNICÍPIO IDHM POSIÇÃO IDHM POSIÇÃO IDHM POSIÇÃO 10 MELHORES EM 2010 FORTALEZA 0,650 1º 0,697 1º 0,749 1º EUSÉBIO 0,516 7º 0,534 19º 0,700 2º CRATO 0,533 4º 0,599 2º 0,655 3º SOBRAL 0,516 6º 0,582 3º 0,647 4º JUAZEIRO DO NORTE 0,533 5º 0,578 5º 0,644 5º IGUATU 0,534 3º 0,580 4º 0,642 6º LIMOEIRO DO NORTE 0,493 14º 0,560 6º 0,633 7º TIANGUÁ 0,477 22º 0,503 48º 0,628 8º IPAUMIRIM 0, º 0,485 71º 0,621 9º CAUCAIA* 0,507 8º 0,560 7º 0,620 10º 10 PIORES EM 2010 MIRAÍMA** 0, º 0, º 0, º TURURU 0, º 0, º 0, º URUOCA 0, º 0, º 0, º AMONTADA 0, º 0, º 0, º IPAPORANGA 0, º 0, º 0, º CROATÁ 0, º 0, º 0, º SALITRE 0, º 0, º 0, º MORAÚJO 0,414 92º 0, º 0, º GRANJA 0, º 0, º 0, º CHORÓ 0, º 0, º 0, º Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano 2013/PNUD. Elaboração: IPECE. *Os municípios de Tabuleiro do Norte e São João do Jaguaribe também registraram o IDHM-RENDA no valor de 0,620. **O município de Pires Ferreira anotou o índice de 0,510 em 2010.

7 Figura 2: Mapas temáticos para o IDHM-RENDA dos municípios cearenses referentes aos anos de 1991, 2000 e 2010.

8 Tabela 3: Os 10 maiores e menores municípios quanto ao IDHM-EDUCAÇÃO do ano de MUNICÍPIO IDHM POSIÇÃO IDHM POSIÇÃO IDHM POSIÇÃO 10 MELHORES EM 2010 FORTALEZA 0,367 1º 0,534 1º 0,695 1º SOBRAL 0,218 7º 0,369 18º 0,675 2º CRATO 0,267 2º 0,449 2º 0,673 3º MARACANAÚ 0,230 5º 0,447 3º 0,665 4º PACATUBA 0,186 17º 0,393 8º 0,652 5º SÃO GONÇALO DO AMARANTE 0,142 50º 0,297 64º 0,646 6º JUAZEIRO DO NORTE 0,225 6º 0,390 10º 0,642 8º ITAIÇABA 0,188 16º 0,401 6º 0,642 7º BARBALHA 0,175 27º 0,357 21º 0,637 9º JATI 0,146 44º 0,305 55º 0,634 10º 10 PIORES EM 2010 TAMBORIL 0, º 0, º 0, º VIÇOSA DO CEARÁ 0, º 0, º 0, º AIUABA 0, º 0, º 0, º ITATIRA 0, º 0, º 0, º PARAMBU 0, º 0, º 0, º ARARIPE 0, º 0, º 0, º GRANJA 0, º 0, º 0, º GENERAL SAMPAIO 0, º 0, º 0, º POTENGI 0,117 90º 0, º 0, º SALITRE 0, º 0, º 0, º Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano 2013/PNUD. Elaboração: IPECE

9 Figura 3: Mapas temáticos para o IDHM-EDUCAÇÃO dos Municípios cearenses referentes aos anos de 1991, 2000 e 2010.

10 Tabela 4: Os 10 maiores e menores municípios quanto ao IDHM-LONGEVIDADE do ano de MUNICÍPIO IDHM POSIÇÃO IDHM POSIÇÃO IDHM POSIÇÃO 10 MELHORES EM 2010 SOBRAL 0,594 71º 0,722 40º 0,832 1º FORTALEZA 0,683 1º 0,744 7º 0,824 2º CRATO 0,613 45º 0,714 49º 0,822 3º BARBALHA 0,663 4º 0,714 50º 0,817 4º JUAZEIRO DO NORTE 0,613 46º 0,713 51º 0,810 5º CAUCAIA 0,632 26º 0,764 3º 0,808 6º IGUATU 0,630 28º 0,728 24º 0,808 7º LIMOEIRO DO NORTE 0,666 2º 0,783 1º 0,804 8º EUSÉBIO 0, º 0,708 56º 0,794 9º CASCAVEL* 0,609 51º 0,735 12º 0,793 10º 10 PIORES EM 2010 ACOPIARA** 0, º 0, º 0, º PALHANO 0,638 23º 0,690 95º 0, º JIJOCA DE JERICOACOARA 0, º 0, º 0, º BARROQUINHA 0, º 0, º 0, º SÃO LUÍS DO CURU 0, º 0, º 0, º CATUNDA 0, º 0,692 91º 0, º CHAVAL 0, º 0, º 0, º GRANJEIRO 0, º 0, º 0, º SABOEIRO 0, º 0, º 0, º ACARAPE 0, º 0, º 0, º Fonte :Atlas do Desenvolvimento Humano 2013/PNUD. Elaboração: IPECE. *O município de Orós anotou o índice de 0,793 em **O município de Groaíras também registrou o IDHM-Longevidade no valor de 0,724..

11 Figura 4: Mapas temáticos para o IDHM-LONGEVIDADE dos municípios cearenses referentes aos anos de 1991, 2000 e 2010

12 Por que a qualidade de vida nos municípios são tão diferentes? As políticas locais importam! Será que uma maior autonomia fiscal dos governos locais ajudaria ainda mais nas políticas sociais?

13 A descentralização fiscal poderia melhorar o bem-estar social da população local: Sob a ótica dos gastos públicos, ela permitiria que as despesas sejam realizadas de forma mais próxima às pessoas, ajustando-se melhor às preferências dos indivíduos. Em tese, as autoridades locais se sentiriam mais pressionadas em prestar contas de suas políticas a partir do mecanismo de premiação e punição advindo do processo eleitoral; Pode-se imaginar que quanto menor a dependência de recursos de transferências do governo central, melhor seriam as ações dos governos locais na realização de suas políticas públicas.

14 Será que poderíamos ter efeitos adversos advindos da descentralização? A descentralização fiscal poderia ter mais dificuldades em garantir a progressividade do sistema de impostos e alterar a distribuição da renda disponível; Gastos e receitas poderiam criar um desequilíbrio entre os benefícios e os custos advindos dessa política (Guerra fiscal entre os municípios); O governo central poderia ser muito mais eficiente na coleta de impostos, haja vista os ganhos de escala.

15 Um Panorama da Questão Fiscal dos Municípios Cearenses

16 Estrutura das Receitas Municipais Brasil

17 Estrutura das Receitas Correntes Municipais - Brasil

18 CEARÁ - CARGA TRIBUTÁRIA MUNICIPAL (% DO PIB) ,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% CEARÁ 0,0% BRASIL

19 Gráfico 14: Composição da Receita Tributária Ceará 2000/2011 CEARÁ - COMPOSIÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA MUNICIPAL CEARÁ - COMPOSIÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA MUNICIPAL Taxas 20% Contribuição de Melhoria 0% IPTU 23% Taxas Contribuição 4% de Melhoria IPTU 1% 20% ISS 49% ITBI 8% ISS 64% ITBI 11% Comparando-se a composição da receita tributária municipal no Ceará nos anos de 2000 e 2011, verifica-se uma expansão do ISS e uma redução acentuada da utilização de taxas.

20 Gráfico 15: Grau de Dependência de Transferências Correntes - Ceará CEARÁ - GRAU DE DEPENDÊNCIA MUNICIPAL COM RESPEITO ÀS TRANSFERÊNCIAS (%) ,0% 84,0% 82,0% 80,0% 78,0% 76,0% 74,0% Os municípios cearenses são extremamente dependentes de repasses da União e do Estado. Essa dependência é persistente e ficou acima dos 80% na maior parte do período analisado. Grau de Dependênci a Transferências Correntes Receitas Correntes

21 Gráfico 16: % do Grau de Dependência Ceará ,4 78,8 91, Fortaleza RMF, exceto Fortaleza Interior Ao estratificar os dados percebe-se que o grau de dependência é maior no interior do Estado. Grau de Dependênci a Transferências Correntes Receitas Correntes

22 Gráfico 17: Composição da Carga Tributária. A situação em Ceará FORTALEZA - COMPOSIÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA MUNICIPAL INTERIOR - COMPOSIÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA MUNICIPAL Taxas 2% IPTU 25% Taxas 10% IPTU 9% ITBI 8% ISS 60% ITBI 13% ISS 73% Abaixo são apresentadas as distribuições da Receita Tributária em Fortaleza e nos demais municípios. Verifica-se uma natural maior relevância do IPTU em Fortaleza.

23 Dependência elevada das transferências é um problema?

24 Conceito A (Gestão de Excelência): resultados superiores a 0,8 pontos. Conceito B (Boa Gestão): resultados compreendidos entre 0,6 e 0,8 pontos. Conceito C (Gestão em Dificuldade): resultados compreendidos entre 0,4 e 0,6 pontos. Conceito D (Gestão Crítica): resultados inferiores a 0,4 pontos.

25 Gráfico 18: Os 500 Maiores IFGF s em 2010 Fonte: FIRJAN

26 Gráfico 19: Os 500 Menores IFGF s em 2010 Fonte: FIRJAN

27 A descentralização fiscal poderia melhorar o bem-estar social da população local: Sob a ótica dos gastos públicos, ela permitiria que as despesas sejam realizadas de forma mais próxima às pessoas, ajustando-se melhor às preferências dos indivíduos. Em tese, as autoridades locais se sentiriam mais pressionadas em prestar contas de suas políticas a partir do mecanismo de premiação e punição advindo do processo eleitoral; Pode-se imaginar que quanto menor a dependência de recursos de transferências do governo central, melhor seriam as ações dos governos locais na realização de suas políticas públicas.

28 Será que poderíamos ter efeitos adversos advindos da descentralização? A descentralização fiscal poderia ter mais dificuldades em garantir a progressividade do sistema de impostos e alterar a distribuição da renda disponível; Gastos e receitas poderiam criar um desequilíbrio entre os benefícios e os custos advindos dessa política (Guerra fiscal entre os municípios); O governo central poderia ser muito mais eficiente na coleta de impostos, haja vista os ganhos de escala.

29 Obrigado!