A FORÇA DE TRABALHO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO: DISCRIMINAÇÃO SALARIAL POR GÊNERO, EM 2002 E 2011

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1 A FORÇA DE TRABALHO FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO BRASILEIRO: DISCRIMINAÇÃO SALARIAL POR GÊNERO, EM 2002 E 2011 Sarah Crstna Bruno Cugn Unversdade Estadual de Londrna-UEL (sarahbrun@hotmal.com) Katy Maa Unversdade Estadual de Londrna-UEL (katymaa@terra.com.br) Arcer Devdé Júnor Unversdade Estadual de Londrna-UEL (ardjr@uel.br) Solange de Cássa Inforzato de Souza Unversdade Estadual de Londrna-UEL (solangecassa@uol.com.br) Área temátca: 6 População e mercado de trabalho no Paraná RESUMO As mulheres têm sofrdo há décadas com a dscrmnação de gênero no mercado de trabalho, mpedndo-as de exercerem plenamente seu papel como cdadãs fora do ambente famlar e prejudcando sua evolução e ascensão no mercado de trabalho. A partr do século XX, no entanto, elas começaram a ganhar espaço nesse mercado, assumndo um perfl de nova geradora de renda famlar. Sob esta ótca, este estudo objetva analsar a partcpação das mulheres no mercado de trabalho e os dferencas de saláros por gênero no Brasl, a partr dos mcrodados da PNAD, do IBGE, de 2002 e O procedmento metodológco consstu em estmar a equação de saláro (MINCER, 1974), aplcar a correção do vés de seleção na amostra (HECKMAN, 1979) e decompor o modelo Oaxaca-Blnder (OAXACA, 1973). Os resultados obtdos mostram que, apesar de as mulheres serem mas escolarzadas, anda há dferencas salaras que não decorrem dos fatores produtvos, snal de dscrmnação no mercado de trabalho braslero, tanto em 2002 como em Podem ser destacados dos aspectos, um negatvo e outro postvo, nesse período: houve aumento da dscrmnação por gênero, contudo aumentou a partcpação das mulheres no mercado de trabalho. Palavras-chave: Mercado de trabalho femnno. Dscrmnação salaral. Gênero. ABSTRACT Women have suffered for decades wth gender dscrmnaton n the labor market, preventng them from fully playng ther role as ctzens outsde the famly envronment and harmng ts evoluton and the rse n the labor market. From the twenteth century, however, they began to gan space n ths market, assumng a profle of new generatng famly ncome. From ths perspectve, ths study ams to show the evoluton of the partcpaton of Brazlan women n the economy and ts recovery n the labor market. From ths perspectve, ths study ams to analyze the partcpaton of women n the labor market and wage dfferentals by gender n Brazl, from the PNAD, IBGE, 2002 and Methodologcal procedure conssted n estmatng the equaton wage (Mncer 1974), applyng the correcton of selecton bas n the sample (HECKMAN, 1979) and Oaxaca-Blnder decompose model (OAXACA, 1973). The results show that although women are more educated, there are wage dfferentals, sgnal dscrmnaton n the Brazlan labor market, both n 2002 and n Two aspects can be hghlghted, one negatve and another postve n ths perod: there was an ncrease n gender dscrmnaton, however the ncreased partcpaton of women n the labor market. Key Words: Female labor market. Wage dscrmnaton. Gender.

2 1. Introdução A crescente presença da mulher no mercado de trabalho representou uma mportante mudança no cenáro econômco naconal. Sua nserção ocorreu de forma gradatva, ntensfcando-se nos anos 70. No transcorrer do tempo, mudanças foram ocorrendo na geração e estrutura dos empregos. A partr de então a mulher passou a ganhar espaço e reconhecmento no mercado de trabalho braslero. Dante deste processo de evolução da desgualdade de gênero, o número de mulheres trabalhando fora do espaço doméstco tornou-se relatvamente grande, em 2011 representava 46,1% da população economcamente atva (IBGE, 2012). Durante o século XX ocorreu um conjunto de acontecmentos relaconados ao processo de crescmento econômco e acelerada ndustralzação que resultaram no desenvolvmento urbano e na entrada das mulheres no mercado de trabalho. Por conta dessas alterações, a estrutura famlar moldada nos papés de um pa trabalhador e gerador da renda e uma mãe dona de casa em período ntegral começa a sofrer rompmento, apontando o níco da decadênca do modelo herárquco de estrutura famlar. Apesar das alterações no mercado de trabalho e na estrutura famlar as mulheres anda têm um longo camnho a ser percorrdo, pos é muto comum a exstênca de preconcetos e barreras no mercado. A desgualdade de gênero está dmnundo, mas anda é persstente em nossa socedade. Portanto, a necessdade de se verfcar a evolução das mulheres no mercado de trabalho braslero decorre de sua partcpação ser maor e notável, mostrando sua mportânca crescente para a dnâmca da economa e para a formação da renda famlar. Sendo assm, o objetvo deste artgo é analsar a evolução da partcpação da força de trabalho femnna no mercado de trabalho braslero e realzar uma comparação de rendmentos salaras por gênero nos anos 2002 e Para sso, utlzou-se os mcrodados de 2002 e 2011 da Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos PNAD, dsponblzados pelo Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca IBGE, para verfcar as dferenças salaras bem como nvestgar o grau de dscrmnação por gênero no mercado de trabalho braslero. O estudo está organzado em mas quatro seções, além desta ntrodução. Na segunda seção estão as evdêncas empírcas da evolução da mulher no mercado de trabalho e a desgualdade de rendmento salaral por gênero. A tercera seção apresenta a metodologa e a base de dados PNAD/IBGE. Foram estmadas equações mnceranas de saláro, com a correção do vés de especfcação da amostra (HECKMAN, 1979); e posterormente fo aplcada a decomposção de Oaxaca-Blnder (1973). Na quarta seção é realzada uma análse dos dados estatístcos sobre população, educação e rendmento e apresentados os resultados obtdos pelas equações salaras e mensurada a dscrmnação por gênero entre 2002 e Por fm, na últma seção estão as consderações fnas.

3 2. Evdêncas empírcas: transformações da força de trabalho femnna no mercado de trabalho braslero e a desgualdade de rendmentos entre gênero Ao se referr à dvsão sexual do trabalho, as evdêncas empírcas mostram o mercado braslero de forma bastante heterogênea. Segundo Aranda (1991), a manera como se consttuu o captalsmo no Brasl, através da concentração de renda, desgualdades regonas e preservação dos latfúndos, formou-se um mercado de trabalho segmentado e heterogêneo, tanto no plano naconal quanto no regonal. Na análse da dstrbução das característcas das ocupações de homens e mulheres verfca-se, prncpalmente, o dferencal dos saláros nos dversos setores da economa, de forma que a socedade transformou o processo de dferencação para herarquzar as atvdades e gerou um crtéro de seleção de gêneros. A mulher por muto tempo fo consderada como pertencente, sobretudo, ao mercado prmáro e tercáro; no prmero predomna atvdades lgadas à transformação dos recursos naturas e o tercáro envolve a comercalzação de produtos em geral e a prestação de servços a terceros. Conqustando maor acesso aos setores da economa, a mulher dexa aqueles que exgem menor nível de escolardade e qualfcação profssonal, por almejar melhores remunerações pela atvdade exercda. Contudo, anda persste o fardo de ocupar postos de trabalho marcados pela precaredade e nformaldade e de concorrer desfavoravelmente com os homens no desemprego (GUIRALDELLI, 2007). Segundo Hrata (2002), o trabalho femnno sofre de nstabldade, rotatvdade elevada e taxas de desemprego proporconalmente maores que o trabalho masculno. Sob uma perspectva hstórca, Hoffmann e Leone (2004) apontam que é a partr da década de 1970, em um cenáro de expansão da economa e acelerado processo de ndustralzação e urbanzação, que as mulheres ncam sua partcpação no mercado de trabalho mas atvamente, e esse processo contnua nas décadas de 1980 e A queda da fecunddade, a expansão da escolardade e o acesso das mulheres nas unversdades também contrbuíram para o desenvolvmento deste processo de transformação. Esses fatores propcaram a maor nserção da mulher nas taxas de atvdade e explcam a persstênca do emprego femnno mesmo em quadros de alta nflação, desemprego e crse econômca verfcada, sobretudo, na década de 80 e níco de Segundo Olvera e Ros-Neto (2006), o aumento da partcpação na força de trabalho observado nos anos 80 e 90 foram acompanhados por uma mudança em seu perfl etáro, o que é compatível com um aumento da taxa de partcpação das mulheres casadas e mães. Ou seja, as mulheres optam por postergar a decsão da materndade vsando um crescmento profssonal que lhe garanta establdade e melhores rendmentos. Soares e Izak (2002) ao nvestgarem as mudanças na partcpação femnna no mercado de trabalho de 1977 a 2001, com dados da PNAD, demonstraram que apesar do

4 aumento de sua partcpação neste mercado, dspardades em relação aos homens anda eram evdentes. Em 1977, 32% das mulheres com 10 a 15 anos e 39% das mulheres dos 16 aos 60 partcpavam do mercado de trabalho; para os homens as taxas equvalentes eram 73% e 88%. A proporção de mulheres chefes de famíla passou de 8% para 16%, nas décadas de 80 e 90; esta fo a varável mas forte a explcar as mudanças na taxa de partcpação femnna no mercado de trabalho. Segundo Bruschn (2000, p.20), apesar dos ganhos obtdos pelas trabalhadoras no que tange aos espaços ocupados no mercado de trabalho, os baxos rendmentos obtdos por elas e as desgualdades salaras entre os sexos refletem a permanênca da dscrmnação sexual. Anda que as mudanças ocorrdas e o aumento da partcpação femnna no mercado de trabalho tenha se verfcado, a dscrmnação de gênero pode ser consderada como um dos efetos mas nfluentes nas dferenças salaras (KON, 2002). Ramos (2007), ao analsar a dscrmnação de rendmentos no mercado de trabalho, defne os dferencas compensatóros de dferentes postos de trabalho, a heterogenedade do potencal produtvo ndvdual e a dstnção de trabalhadores va segmentação de mercado como os prncpas fatores responsáves pelos dferencas de rendmento exstentes no mercado de trabalho braslero. Bruschn (2007), afrma que as menores remunerações recebdas pelas mulheres, se comparadas às dos homens, são reafrmadas quando se consderam os setores econômcos, os grupos de horas trabalhadas, a posção na ocupação e os anos de estudo. Na ndústra de transformação, setor em que as relações de trabalho tendem a ser mas formalzadas, a proporção de ocupados recebendo até dos saláros mínmos fo de 46% em 2002, já as mulheres que se stuavam na mesma faxa de renda respondam por 73%. Coelho, Veszteg e Soares (2010) com dados da PNAD de 2007, estmam os retornos educaconas e dferencas racas na dstrbução de saláros das mulheres no Brasl, por meo de regressões quantílcas. As estmatvas mostraram elevado retorno referente aos nvestmentos em educação, nclusve para as mulheres entre 20 e 60 anos de dade, porém estes retornos não foram constantes ao longo da dstrbução salaral, pos o efeto dade apresentou uma forma de U nvertdo. Para a decomposção do dferencal de saláros, Carvalho, Nér e Slva (2006) usaram dados da PNAD de 2003 para estmar equações salaras mnceranas com correção do vés de seleção amostral. Os resultados apontaram que a dscrmnação fo responsável por 97% do dferencal de saláros entre homens de cor branca e as mulheres de cor preta ou parda, e quanto maor a escolardade maor a propensão dos ndvíduos trabalharem. Os dferencas salaras não são as úncas dfculdades enfrentadas no mercado de trabalho, uma vez que estão sujetos às varações no cenáro macroeconômco. A força de trabalho femnna anda sofre com a forte dscrmnação de postos de trabalho e as

5 condções menos adequadas que a dos homens. Segundo Polszezuk (2009), 40% de mulheres, em 2008, trabalhavam com cartera de trabalho assnada, sendo que entre os homens esta proporção fcou próxma de 50%. Além dsso, o rendmento delas corresponda a 71,3% do rendmento dos homens. Apesar do avanço obtdo pelas mulheres, anda há grandes barreras a serem vencdas, como a persstênca dos dferencas de rendmento. Segundo Dedecca, Jungbluth e Trovão (2008) apud Margonato (2011), a redução da desgualdade deve ser acompanhada pela dentfcação dos determnantes e perspectvas, de modo que é essencal analsar a evolução dos estudos sobre os dferencas de renda e rendmentos tanto no cenáro naconal como no regonal. 3. Procedmentos Metodológcos Nesta pesqusa, para examnar a evolução da mulher no mercado de trabalho braslero e as dferenças salaras entre gêneros, foram utlzados dados PNAD do IBGE, de 2002 e Entre as varáves seleconadas destacam-se a renda da força de trabalho femnna e masculna, a condção na famíla (cônjuge ou chefe), a escolardade (anos de estudo) e a dade da população ocupada. Prmeramente, foram calculadas estatístcas descrtvas das varáves seleconadas. Em seguda, estmou-se equações mnceranas, para comparar os dferencas salaras, por gênero, de 2002 e Posterormente, aplcou-se o método de Oaxaca para verfcar o nível de dscrmnação no mercado de trabalho braslero. 3.1 Equações de saláros e correção do Vés de Seleção: Procedmento de Heckman Para estmar equações de saláros (Mncer, 1974) fo necessáro nclur a correção do vés de seleção amostral (Heckman, 1979), por se tratar de uma amostra só da população ocupada. Com sso, buscou-se resultados mas consstentes. Para tanto, admte-se que L* seja a varável que representa a partcpação da força de trabalho: L Z u Assm, Z representa o vetor das varáves que determnam a partcpação no mercado de trabalho. Já L* não é observado, mas L pode ser observado, de modo que: L 1 se L 0 L 0 se L 0 A varável W representa o saláro, onde X é o vetor das varáves que determnam o saláro: W X v É possível observar W somente quando L* é maor do que zero. Portanto, assume-se que u e v têm uma dstrbução bvarada normal com méda zero, desvos padrão u e v, (1) (2)

6 e correlação, de forma que: observado 0 E W W E W L E W u Z Ao rearranjar a equação, tem-se a varável de correção do vés de seleção amostral denomnada por Heckman: Onde representa a função densdade de probabldade e cumulatva para uma dstrbução normal. u Z u Z u (3) a função dstrbução Segundo o modelo de Heckman (1979), se nclurmos o nverso da razão de Mlls na equação de saláro, vamos obter estmadores consstentes sem vés de seletvdade da amostra. Portanto, a partr da nclusão da razão nversa de Mlls, obtda pelo modelo de Seleção Amostral de Heckman, são obtdas estmatvas consstentes para equação de rendmento da força de trabalho. 3.2 Modelo econométrco: Decomposção de Oaxaca-Blnder A decomposção de Oaxaca-Blnder (Oaxaca, 1973) segue o método de estmação de Mínmos Quadrados Ordnáros (MQO). Segundo Leme e Wajnman (2000) apud Slva e Lma (2012), esta decomposção é baseada nas estmatvas da função de saláro do tpo mncerana dos homens e mulheres que trabalharam no mercado de trabalho braslero. Na equação de saláro de Mncer, o efeto das varáves de captal humano determna o rendmento do trabalho ndvdual conforme a produtvdade do ndvíduo. Deste modo: X E v u Z W L 0 X u ln w m m X m m X v u (4) (5) ln w f f X f f (6) Em que ln w é o logartmo do saláro; α é o ntercepto da regressão; X é o vetor das varáves de captal humano; β é o vetor dos coefcentes; e µ é o erro ou termo estocástco. Os subescrtos m e f representam as varáves masculna e femnna. E o subscrto representa o número de ndvíduos partcpantes da amostra. Portanto, as estmações da funções saláro (5) e (6), pelo método dos mínmos quadrados ordnáros (MQO) podem ser demonstradas como: ˆ ˆ X ln wm m m m ˆ ˆ X ln wf f f f (7) (8)

7 A dferença dos rendmentos pode ser verfcada com a dferença entre as equações (7) e (8). O acento crcunflexo sobre e, mostra os valores estmados e a barra sobre o X ndca o valor médo. Tal dferença é representada pela equação abaxo: Para aplcar a decomposção de Oaxaca-Blnder (Oaxaca,1973) deve-se realzar algumas mudanças na equação (9). Deve-se realzar uma subtração e uma soma de uma méda, que é obtda pelo produto dos coefcentes da regressão das mulheres, o grupo em desvantagem, e a méda dos atrbutos dos homens, o grupo consderado em vantagem: Após alguns ajustes na equação (6), obtem-se uma nova equação para o modelo: Nesta nova equação os termos, (9) (10) (11), ndcam se há dferença nos rendmentos em decorrênca da dscrmnação salaral contra as mulheres ou não. O tercero termo, ˆ ˆ ˆ ˆ w ln w ln w X X m f m f m m f f ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ln w ln w + X X X X m f m f m m f f f m f m ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ln w ln w X X X m f m f m m f f m f ˆ f X m X f ˆ ˆ ˆ ˆ m f X m m f, mostra a dferença nos rendmentos devdo às dferenças na dotação de atrbutos produtvos, tas como educação, experênca. Sendo assm, a metodologa consste em estmar a equação de saláros (Mncer, 1974) e decompor o dferencal de saláros através da metodologa apresentada por Oaxaca (1973). Para sso, nesta pesqusa, utlzou-se o os mcrodados da PNAD 2002 e 2011 para desenvolvmento do modelo apresentado. 4. Trabalho e gênero: A força de trabalho braslera O mercado de trabalho braslero fo regdo por décadas pelo domíno masculno. O homem, consderado o chefe famlar, era responsável pelos rendmentos do domcílo, e a mulher destnada aos afazeres doméstcos e à famíla. Assm, essa desgualdade de gênero fo observada por mutos anos na força de trabalho braslera. Apesar do consderavel avanço no mercado de trabalho braslero, as mulheres anda estão longe de atngr as taxas masculnas, vsto que a desgualdade anda está presente. A tabela 1 mostra que a força de trabalho femnna cresceu 0,8 p.p. nesta últma década. Segundo os dados do IBGE (2012), nota-se que nesta últma década houve um crescmento da força de trabalho e da ocupação femnna no Brasl. Em 2002 a população ocupada braslera era de 78 mlhões de pessoas, quase uma década depos saltou para 93 mlhões de pessoas ocupadas. De acordo com os dados da Tabela 1, apesar da população femnna apresentar uma partcpação menor do que a masculna, verfcou-se um crescmento da mulher de 0,82 p.p. na PEA e de 0,84 p.p. na PO.

8 Tabela 1 - Dstrbução da população economcamente atva e da população ocupada brasleras, por gênero, nos anos 2002 e 2011 (em %) Ano População Economcamente Atva (PEA) População Ocupada (PO) Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres ,54 42, ,68 41, ,72 43, ,84 42,16 Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD/IBGE 2002 e A partcpação da mulher na força de trabalho apresentou grande expansão na últma década, apresentando um movmento contínuo de crescmento devdo em sua maor parte ao aumento no nível de escolardade, a queda da fecunddade, novos modelos de gestão da força de trabalho, às mudanças nos padrões culturas que determnam posções fxas entre os gêneros na socedade. Na tabela 2 é possível verfcar a dstrbução da população ocupada braslera, por grupos de dade e gênero. Nas faxas etáras de 30 a 49 anos em que há maor concentração da população ocupada, com partcpação de mas de 45%, nota-se uma partcpação maor da mulher na dstrbução da população para o período. A presença da mulher ocupada na faxa de 30 a 39 anos cresceu no período 1,7 p.p., com partcpação de 42,1% do total de ocupados em Tabela 2: Dstrbução da população ocupada braslera, por grupos de dade e gênero, nos anos 2002 e 2011 (em %) Grupos de dade Brasl Homens Mulheres Brasl Homens Mulheres 10 a 14 anos 2,40 58,70 41,30 1,10 57,80 42,20 15 a 17 anos 4,20 66,90 33,10 2,73 69,70 30,40 18 e 19 anos 4,40 62,00 38,00 3,50 62,90 37,10 20 a 24 anos 13,50 63,20 36,80 11,48 65,10 34,90 25 a 29 anos 12,90 60,90 39,10 13,12 61,10 38,90 30 a 39 anos 25,10 59,60 40,40 25,38 57,90 42,10 40 a 49 anos 20,10 57,60 42,40 21,60 57,30 42,70 50 a 59 anos 11,20 56,90 43,10 14,28 55,60 44,40 60 anos ou mas 6,20 56,30 43,70 6,81 55,50 44,50 Total Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD/IBGE 2002 e As faxas 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e 60 ou mas cresceram no período, respectvamente, 0,3 p.p., 1,3 p.p., 0,8 p.p., sugerndo assm que houve um envelhecmento da população ocupada. Percebe-se que a população ocupada em 2002 com 50 a 59 anos

9 era de 11,20%, já em 2012 salta para 14,28%. Isso denota que a população está trabalhando até dades superores às de antgamente. Outro fator a ser ressaltado é a queda da partcpação femnna e masculna nas faxas etáras de 10 a 14 anos. De acordo com a tabela 2, verfca-se um decréscmo de 1,30 p.p. nesta faxa de dade; portanto pode-se conclur que com o passar dos anos o trabalho nfantl dmnuu entre 2002 e Nas faxas de 20 a 49 anos de dade percebe-se as maores porcentagens de pessoas ocupadas ao longo do período examnado. Apesar das dfculdades encontradas anda no mercado de trabalho, as mulheres vem superando barreras e se destacando como profssonas. 4.1 O nível de escolardade da população ocupada braslera O nível de escolardade da população braslera passou por uma recente melhora na educação e sso se deve aos novos programas educaconas propcados pelo governo, como os de fnancamento de estudos, aumento do número de cursos superores e técncos, que geram um aumento no nível de escolardade das pessoas, tanto para o gênero femnno quanto do masculno. Este fato tem contrbuído para a melhor qualfcação e melhora nos rendmentos da população ocupada. Na tabela 4 pode-se examnar o nível de escolardade da população ocupada braslera, por gênero, entre 2002 e 2011, em números percentuas. Tabela 4 - Nível de escolardade da população ocupada braslera, por gênero, 2002 e 2011 (Em %) Grupos de anos de estudo Brasl Homens Mulheres Brasl Homens Mulheres S/ nstrução e menos de 1 ano 10,70 65,06 34,94 9,30 67,54 32,46 1 a 3 anos 13,22 64,09 35,91 7,01 66,42 33,58 4 a 7 anos 28,93 62,04 37,96 20,05 63,87 36,13 8 a 10 anos 15,98 59,74 40,26 17,25 61,46 38,54 11 a 14 anos 23,30 51,26 48,74 34,63 52,48 47,52 15 anos ou mas 7,45 48,07 51,93 11,65 45,31 54,69 Não determnados s/declaração 0,42 52,90 47,10 0,11 44,57 55,43 Total Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD/IBGE 2002 e Verfca-se um crescmento da população ocupada com mas de 8 anos de estudo, tanto masculna quanto femnna, e uma queda nos grupos sem nstrução até 7 anos de estudos; a redução dos analfabetos funconas ocupados é outro fato mportante( de 23,92% para 16,31%). Em 2002, a classe de 11 a 14 anos de estudo detnha 23,3% da população ocupada, já em 2011 essa faxa etára saltou para 34,63%. No entanto, ressalta-se que a população ocupada femnna apesar de ser menor, na classe de mas de 15 anos de estudo mostra uma superordade e um crescmento de 2,76 p.p. para 2011.

10 A tabela 4 também mostra que a PO com 1 a 3 anos de estudo, em 2002, era de 13,22% de trabalhadores, já em 2011 houve uma queda consderável para 7,01%, ou seja, queda de 6,21 p.p. No entanto, a PO com 15 anos ou mas de estudos neste período de 2002 a 2011 pratcamente dobrou sua partcpação no mercado de trabalho, de 7,45% para 11,65%, sto é, aumentou 8,20 p.p.. Constata-se assm, que a escolardade passou a ser um fator mportante no mercado de trabalho e a população passou elevar seu nível de escolardade para buscar melhores cargos e saláros. Observa-se que o nível de escolardade da população braslera para ambos os sexos se concentra na parte medana, ou seja, verfca-se uma concentração substancal das pessoas nos grupamentos de 4 a 14 anos de estudo. No entanto, destaca-se o aumento da partcpação das pessoas com escolardade entre 11 a 14 anos de estudo, passando a representar o maor nível de escolardade da população ocupada. Sendo assm, a força de trabalho braslera passou por uma sére de transformações, prncpalmente no que se refere à escolardade dos trabalhadores. Hoje, esse fator pode ser vsto como um dferencal e um fator seletvo para postos de trabalho. 4.2 Rendmento da força de trabalho braslera Uma das partculardades do mercado de trabalho braslero é o dferencal de saláros entre homens e mulheres. Estes dferencas dependem não apenas das característcas produtvas pessoas, mas também do nível de dscrmnação do mercado de trabalho. As mulheres são dscrmnadas no mercado de trabalho quando, apesar de gualmente qualfcadas, recebem pagamento nferor no desempenho da mesma função ou recebem saláros menores porque tem acesso apenas às ocupações com pores remunerações. A tabela 5 mostra o percentual das classes de rendmentos mensas, por saláro mínmo, da população ocupada braslera, por gênero, nos anos de 2002 e Nesta tabela é possível observar um dos problemas mas graves no Brasl a concentração de renda. Percebe-se que as faxas de rendmento que detém os maores percentuas estão entre ½ a 3 saláros mínmos mensas. Em 2011, essas três classes representavam 72,00% e em 2002 representavam 65,65% do total das classes. Na análse por gênero, verfca-se que a mulher elevou sua partcpação méda nas 4 prmeras faxas de rendmento mensal, que passou de 45,12% em 2002 para 47,42% em Fenômeno semelhante observa-se para a méda das 4 faxas de renda superores que em 2002 era 30,72% e passou em 2011 para 31,35%, reforçando a presença e partcpação crescente da mulher no rendmento mensal, embora nas maores faxas não represente nem 50%, relatvamente ao homem.

11 Tabela 5 Classes de rendmento mensas da população ocupada braslera, por gênero 2002 e 2011 (Em %) Classe de rendmento mensal Brasl Homens Mulheres Brasl Homens Mulheres Até 1/2 saláro mínmo 9,50 58,70 41,30 7,15 57,80 42,20 Mas de ½ a 1 saláro mínmo 17,60 46,30 53,70 18,82 43,70 56,30 Mas de 1 a 2 saláros mínmos 26,27 54,40 45,60 32,80 51,20 48,80 Mas de 2 a 3 saláros mínmos 12,28 60,10 39,90 13,23 57,60 42,40 Mas de 3 a 5 saláros mínmos 9,98 68,40 31,60 8,24 69,20 30,80 Mas de 5 a 10 saláros mínmos 7,20 69,80 30,20 5,83 67,90 32,10 Mas de 10 a 20 saláros mínmos 2,85 68,10 31,90 1,93 66,80 33,20 Mas de 20 saláros mínmos 1,35 70,80 29,20 0,70 70,70 29,30 Sem rendmento* 11,72 79,40 20,60 7,55 77,30 22,70 Sem declaração 1,25 40,30 59,70 3,75 44,20 55,80 Total Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD/IBGE 2002 e Nota: * Inclusve as pessoas que receberam somente em benefícos. Mas o fator relevante da tabela 5 refere-se às comparações por gênero.tanto em 2002 como em 2011 os valores apontam que as mulheres não são predomnantes em nenhuma classe de rendmento, com exceção da classe de mas de meo a 1 saláro mínmo, e anda, quanto mas elevadas essas classes de renda, menor é a partcpação das mulheres, pos mesmo com o crescmento da carrera femnna elas anda sofrem com o preconceto e com as barreras do mercado de trabalho. Por exemplo, na maor faxa de rendmentos (mas de 20 SM) estão concentradas a menor parcela da população femnna ocupada, vsto que em 2011 representava 29,3% e em 2002 era de apenas 29,2%. Por outro lado, as mulheres apresentaram partcpação crescente no período examnado, prncpalmente nas faxas de rendmento: mas de ½ até 1 saláro mínmo, mas de 1 a 2 saláros mínmos, e mas de 2 a 3 saláros mínmos, regstrando crescmento de 2,6 p.p., 3,2 p.p. e 2,5 p.p., respectvamente. Vale destacar que as faxas de rendmento: mas de 5 a 10 saláros mínmos e mas de 10 a 20 saláros mínmos também apresentaram crescmento na partcpação femnna no período, de 1,9 p.p. e 1,3 p.p., respectvamente. Contudo, evdenca-se que o rendmento médo mensal das mulheres decresceu na medda que elas passam para faxas de rendmento mas elevado, exceto na faxa de mas de 3 e 5 saláros mínmos, que apresentou queda na partcpação no referdo período de 0,8 p.p. Uma das abordagens para tentar avalar a magntude das dferenças salaras no mercado de trabalho consste em smplesmente comparar os rendmentos médos por hora trabalhada entre o gênero femnno e masculno. A tabela 6 mostra que os rendmentos médos por hora trabalhada do gênero femnno são consderavelmente nferores aos dos homens, tanto em 2002 como em No entando, o estudo apontou que quase uma

12 década depos as mulheres conseguram dmnur 0,01 essa desgualdade, em 2011 a proporção do rendmento do homem recebda pela mulher subu para 0,79. Tabela 6 Rendmento médo por hora trabalhada das pessoas ocupadas, por gênero no Brasl 2002 e 2011 (Em R$ de 2011) Ano Homem Mulher Taxa** 2002* 7,17 5,62 0, ,24 8,07 0,79 Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD 2002 e Notas: *Os valores de 2002 foram deflaconados pelo IPCA, para valores de **A taxa é a relação entre o rendmento da mulher e o rendmento do homem, ou seja, a proporção do rendmento do homem recebda pela mulher. Se consderar a evolução do rendmento médo mensal por hora trabalhada de cada gênero nos dos períodos, a do homem elevou em 42,8%, enquanto que a da mulher aumentou 43,6%. Apesar deste crescmento da classe femnna, a mulher anda tem rendmentos nferores, em 2011 o rendmento médo por hora trabalhada do homem era 10,24 reas enquanto o da mulher fo apenas 8,07. Ao analsar os rendmentos médos por hora trabalhada, dos homens e das mulheres por faxa etára, apresentados na Tabela 7, constata-se que os rendmentos médos tanto dos homens quanto das mulheres elevaram-se até a faxa das pessoas ocupadas com até 48 anos de dade. A partr dessa dade até 65 anos, referente à população mas dosa, o rendmento/hora masculno pratcamente se mantem em 2002 e se eleva em 2011, mas o rendmento/hora femnno se reduz nos dos anos. Tabela 7 Rendmento médo por hora trabalhada das pessoas ocupadas, por gênero e faxa etára, no Brasl e 2011 (Em R$ de 2011) 2002* 2011 Faxa Etára Homem Mulher Taxa** Homem Mulher Taxa** 18 a 28 anos 4,41 4,32 0,98 6,84 6,56 0,96 29 a 38 anos 7,93 6,45 0,81 10,61 9,04 0,85 39 a 48 anos 10,07 7,23 0,72 12,85 9,20 0,72 49 a 65 anos 10,04 5,85 0,58 13,66 8,75 0,64 Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD 2002 e Notas: *Os valores de 2002 foram deflaconados pelo IPCA, para valores de **A taxa é a relação entre o rendmento da mulher e o rendmento do homem, ou seja, a proporção do rendmento do homem recebda pela mulher. Em 2002, as mulheres mas dosas receberam em torno de 58,3% dos rendmentos dos homens mas dosos. Enquanto que as mas jovens, receberam 98,0% dos rendmentos dos homens mas jovens. Nas duas outras faxas etáras, as proporções foram respectvamente, 81,3% e 71,8%. Ao examnar a classe femnna da faxa etára de 39 a 48 anos verfcou-se um crescmento de 1,97 p.p para 2011, já a faxa de 49 a 65 anos nota-se um crescmento de 3,62 p.p. para a classe masculna e 2,9 p.p. para a femna.

13 Em 2011, as mulheres mas velhas receberam apenas 64,1% dos rendmentos dos homens mas velhos. Já as mulheres mas jovens receberam 95,9% dos rendmentos dos homens dessa faxa etára. Nas duas faxas etáras ntermedáras, as proporções foram de 85,2% e 71,6%, respectvamente. Isso sugere que, com o avanço da dade, aumentam as desgualdades salaras por gênero. Mas ao longo do período examnado, houve uma sensível redução nas dferenças salaras por gênero. Outro fator estudado, refere-se à análse do rendmento médo mensal por hora trabalhada e nível de escolardade. Ao observar a Tabela 8, constata-se que, no período examnado, os rendmentos médos tanto dos homens como das mulheres elevaram-se com o aumento do nível de escolardade. Nota-se que a taxa entre os rendmentos das mulheres em relação aos dos homens fo reduzda na faxa sem escolardade e que a referda taxa aumentou nos maores níves de escolardade. Para as faxas de escolardade de 1 a 4 anos e 5 a 8 anos de estudo, as taxas proporconas entre os rendmentos por gênero elevaram-se em 2011, 0,03% e 0,04%, respectvamente. Isso mostra que as mulheres destas faxas de escolardade estão se aproxmando do rendmento dos homens. Fenômeno contráro ocorreu na faxa de 9 a 11 anos de estudo, sendo que a taxa de 0,68 em 2002 passou para 0,65 em 2011, ou seja, redução de 0,03%. Isso evdenca que nesta faxa de escolardade as mulheres reduzram seus rendmentos ao longo do período, em relação aos rendmentos dos homens. Já na faxa de escolaradade mas de 11 anos de estudo a referda taxa aumentou 0,03%, o que ndca uma aproxmação dos rendmentos femnnos aos masculnos. Portanto, em geral no período analsado, houve redução do dferencal dos rendmentos médos das mulheres mas escolarzadas em relação aos dos homens, com exceção daquelas com 9 a 11 anos de estudo. Tabela 8: Rendmento médo por hora trabalhada das pessoas ocupadas, por gênero e faxa de escolardade, no Brasl e 2011 (em R$ de 2011) 2002* 2011 Faxa de Escolardade Homem Mulher Taxa** Homem Mulher Taxa** Sem escolardade 2,39 1,45 0,61 5,28 3,06 0,58 1 a 4 anos de estudo 3,86 2,24 0,58 5,71 3,50 0,61 5 a 8 anos de estudo 4,87 3,14 0,65 6,95 4,81 0,69 9 a 11 anos de estudo 5,41 3,67 0,68 7,52 4,91 0,65 + de 11 anos de estudo 15,57 10,46 0,67 16,29 11,46 0,70 Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD 2002 e Notas: *Os valores de 2002 foram deflaconados pelo IPCA, para valores de **A taxa é a relação entre o rendmento da mulher e o rendmento do homem, ou seja, a proporção do rendmento do homem recebda pela mulher. Assm, pode-se conclur que as mulheres mas nstruídas anda são pouco valorzadas no mercado de trabalho braslero, embora recebam rendmentos mas elevados ao adqurr

14 maor nível de escolardade. Os avanços obtdos pelo gênero femnno nos postos de trabalho são expressvos comparados aos dos anos anterores, contudo a dspardade salaral anda persste. 4.3 Resultados da decomposção salaral de Oxaca-Blnder Esta seção mostra a partcpação da mão de obra femnna e masculna no mercado de trabalho braslero em 2002 e 2011 e o nível de dscrmnação. Para tanto, foram utlzadas nformações da PNAD dos respectvos anos e adotado o modelo Logt para estmar as equações de partcpação da força de trabalho braslera nestes anos. Neste modelo, a varável dependente da equação de partcpação no mercado de trabalho assume valor 1 se o ndvíduo trabalhou na semana de referênca e valor 0 se o ndvíduo não trabalhou nesta semana. A partcpação no mercado de trabalho depende de uma sére de varáves, tas como educação, raça, experênca, condção na famíla e flhos. A tabela 9 descreve as varáves utlzadas para elaboração das equações de partcpação e mostra suas médas e desvos padrão. As varáves: anos de estudo, experênca, experênca ao quadrado, e a nteração entre as varáves educação e experênca estão relaconadas ao captal humano. As demas varáves apresentadas na tabela 9 nfluencam a decsão dos ndvíduos de partcparem ou não do mercado de trabalho. Entre elas estão: a condção na famíla (cônjuge ou chefe) por acredtar-se que os chefes têm uma maor partcpação no mercado de trabalho; presença de flhos menores de 14 anos, por conta do custo de cudar de flhos e estes nterferrem na partcpação dos pas na força de trabalho, e a raça, por acredtar que ndvíduos com classfcação etára negra sofrem maor dscrmnação nos postos de trabalho. Tabela 9: Descrção das varáves utlzadas nas equações de partcpação de homens e mulheres no mercado de trabalho braslero e 2011 VARIÁVEIS Méda HOMEM Desvo Méda Padrão 2002 MULHER Desvo Padrão Méda HOMEM Desvo Méda Padrão 2011 MULHER Raça 1 se o ndvduo é branco 0,52 0,50 0,54 0,50 0,47 0,50 0,49 0,50 Educação Nº de anos de estudo do ndvíduo 5,00 4,45 5,36 4,56 6,02 4,77 6,50 4,90 Experênca Nº de anos de experênca do ndvíduo 16,43 19,29 17,81 20,34 18,52 20,22 19,99 21,14 Desvo Padrão Experênca2 Nº de anos de exper. do ndv. Ao Quadrado 642, ,15 730, ,07 751, ,58 846, ,62 Eduexp Interação das varáves educação e experênca 81,54 116,02 87,01 116,94 107,21 139,18 117,81 144,01 Flhos 1 se tem flhos menores de 14 anos 0,02 0,15 0,03 0,16 0,06 0,46 0,07 0,47 Cônjuge = 1 se o ndvíduo é cônjuge 0,02 0,14 0,37 0,48 0,08 0,27 0,34 0,47 Chefe = 1 se o ndvíduo é chefe 0,44 0,50 0,17 0,37 0,42 0,49 0,24 0,43 Rendmento Renda méda 633, ,00 269,71 887,16 769, ,60 368, ,08 n de observações Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD 2002 e 2011.

15 Em seguda foram calculadas as estmatvas das equações de partcpação no mercado de trabalho braslero das varáves que foram utlzadas no modelo, conforme verfcados na tabela 10. Tabela 10: Partcpação da mão de obra braslera no mercado de trabalho, por gênero 2002 e 2011 VARIÁVEIS HOMEM MULHER HOMEM MULHER 0, , , , Constante -3, , , , ,05-184,17-199,4-145,68 0, , , , Educação 0, , , , ,06 148,52 23,55 50,28 0, , , , Experenca 0, , , , ,95 149,21 23,66 34,96-0, , , , Experenca² -0, , , , ,11-130,84-24,94-28,92-0, , , , Expeduc -0, , , , ,28-892,44-8,68-26,61-0, , , , Flhos -0, , , , ,32-11,69 1,47-16,96 0, , , , Conjuge 0, , , , ,27-46,83 29,38-10,81 0, , , , Chefe 1, , , , ,98 63,69 51,65 10,56-0, , , , Raça , , , ,55-1,37 4,49 8,51 Razão Verossmlhança N de observações Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD 2002 e Os resultados mostram os efetos margnas em negrto, em seguda os coefcentes e os testes-t. Os resultados das estmatvas de partcpação mostram os snas corretos e conforme o esperado; a amostra fo defnda entre os ndvíduos ocupados e de 18 a 60 anos. Ao analsar o coefcente da varável educação nota-se que o seu snal é postvo e sgnfcatvo, sso expressa que com o aumento dos anos de estudo, para ambos os sexos, os saláros foram mas elevados. Os coefcentes das varáves: experênca e experenca² mostram snas postvos e negatvos, conforme o esperado e de acordo com a teora do Captal Humano. A função de rendmentos apresenta uma curva parabólca, aonde rá se atngr um valor máxmo em algum momento da vda profssonal do ndvíduo, a partr deste ponto rá ocorrer um processo de deprecação do captal humano, explcando o snal negatvo. Já a varável que representa a nteração entre experênca e educação, os resultados nos dos anos mostram snas negatvos e sgnfcatvos. Os coefcentes da varável raça e presença de flhos se mostraram negatvos, sso

16 ndca que os ndvíduos não brancos têm uma desvantagem para ngressar no mercado de trabalho em relação aos brancos, e a presença de flhos também sofre nterferênca negatva na partcpação femnna no mercado de trabalho braslero. Quanto aos coefcentes das varáves cônjuge e chefe, verfcou-se que a mulher como cônjuge na famíla refletu negatvamente na sua entrada no mercado de trabalho. Por outro lado, a mulher dentfcada como chefe refletu postvamente na partcpação no mercado de trabalho. A partr das estmatvas das equações de partcpação no mercado de trabalho calculou-se o nverso da razão de Mlls de cada ano. Para sso, fo ncluída a varável lambda com a ntenção de corrgr o vés de seletvdade amostral que o modelo apresentava, por se tratar somente da população ocupada, consegundo assm estmatvas consstentes dos parâmetros nas equações de rendmentos, através do método MQO. A tabela 11 mostra as estmatvas das funções de saláros da mão de obra femnna e masculna em 2002 e Os resultados das estmatvas das funções saláros mostraram snal postvo para educação, sso comprova que com o aumento dos anos de estudo, tanto homens como mulheres, os saláros aumentam. Como fo postulado no referencal teórco desta monografa a Teora do captal Humano condz com os resultados obtdos. A experênca também mostrou snal postvo, quanto mas anos de experênca o trabalhador adqure, maores os saláros. Tabela 11: Estmatvas das funções de saláro no mercado de trabalho braslero, por gênero 2002 e 2011 VARIÁVEIS HOMEM MULHER Constante Lambda -1,89-29,62 0,34 14,63 Educação Experênca Experênca² Expeduc N de observações 0,07 2,05-0,30-17,47 0,12 54,73 0,02 12,99-0,0002-8,06-0,001 12,43 0,23 64,40 0,09 39,10-0,001-31,84-0,002-25, Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD 2002 e Nota: As estatístcas t estão abaxo dos coefcentes. HOMEM MULHER 0,37-2,60 3,66-11,16 0,13 0,65 3,00 7,79 0,26 0,44 40,98 33,98 0,10 0,18 20,7 21,44-0,001-0,002-15,96-16,71-0,002-0,006-12,50-19, Para aplcar o modelo de Oaxaca e medr a dscrmnação por gênero no mercado de trabalho braslero, foram utlzadas as médas das varáves e as estmatvas das equações de saláro de homens e mulheres de 2002 e Na Tabela 12 estão os resultados do dferencal de saláros conforme o modelo ctado e também os resultados da decomposção, mensurando a dscrmnação nos resultados não explcados da amostra.

17 Tabela 12: Decomposção do dferencal de saláros, por gênero, no Brasl 2002 e Ln Renda Coefcente Erro padrão Coefcente Erro padrão Dferencal Homem Mulher Dferença Decomposção Explcado Não explcado Fonte: Elaboração própra, a partr dos mcrodados da PNAD 2002 e Nota: Resultados da decomposção de Oaxaca-Blnder. Observa-se uma relevante dscrmnação contra as mulheres nos dos anos estudados. A dferença do logartmo do saláro calculado, conforme as médas e as estmatvas apresentadas, fo em favor dos homens em 2002 e Os resultados, surpreendentemente, ndcam que a dscrmnação no mercado de trabalho aumentou para o gênero femnno neste período. A parcela do dferencal de saláro atrbuída exclusvamente à dscrmnação no mercado de trabalho fo de 0,29 em 2002, e de 0,43 no ano de Logo, a maor dscrmnação ocorreu no ano de Constata-se que a mulher, apesar de crescer no mercado de trabalho nesta últma década, segue dsputando vagas com o gênero masculno mesmo sendo altamente dscrmnada. Os resultados obtdos na decomposção do dferencal de saláros mostram que os homens receberam melhores remunerações que as mulheres nos dos anos estudados, sendo que em 2011 a dferença entre os dos gêneros fo de 0,12 e em 2002 esta dferença era de 0,10. Portanto, reduzr a dscrmnação no mercado de trabalho, dependerá não só da formação profssonal, mas prncpalmente da redução do preconceto contra a mulher, presente na socedade. 5 Consderações Fnas Neste estudo analsou-se as dspardades ocorrdas no mercado de trabalho braslero, em termos de desgualdade salaral e dscrmnação entre homens e mulheres nos anos 2002 e Verfcou-se, por meo de estatístcas descrtvas e econométrcas com os mcrodados da PNAD/IBGE, a partcpação da população ocupada femnna e masculna no mercado de trabalho braslero, assm como sua escolardade em termos de anos de estudo, seus rendmentos mensas, faxas etáras e setores de atvdade. Constatou-se que, apesar da crescente partcpação da força de trabalho femnna nesta últma década, a mulher braslera recebeu, em méda, rendmentos nferores aos do homem. Ao decompor esta desgualdade, para examnar o grau de dscrmnação do mercado de trabalho braslero, conforme o procedmento de Oaxaca (1973), verfcou-se

18 que a mulher braslera sofreu dscrmnação nos dos anos estudados. De modo geral,os snas dos coefcentes das equações de partcpação para ambos os anos foram coerentes com o esperado, de acordo com a lteratura ecônomca utlzada. Ressalta-se a mportânca das varáves experênca e educação no modelo, vsto que a varável experênca apresentou um snal negatvo, e postvo para a partcpação no mercado de trabalho e a varável educação um snal postvo. Sendo assm, a varável educação mostra um mpacto postvo na seleção dos postos de trabalho, e a experênca se mostra postva até um certo ponto, depos ela torna-se negatva. Um ponto a ser destacado quanto às equações de rendmentos refere-se ao processo de correção de Heckman utlzado para correção do vés de seleção, sso por se tratar de uma amostra da população ocupada. Assm, as amostras apresentadas se mostraram de forma consstentes e conforme o esperado. Portanto, de acordo com este estudo fo possível verfcar que apesar de quase uma década ter se passado a mulher braslera anda sofre forte dscrmnação nos postos de trabalho. Surpreendentemente, a pesqusa aponta para um aumento desta desgualdade no período examnado. Contudo, as mulheres contnuam tentanto quebrar as barreras da desgualdade e da dscrmnação no mercado de trabalho a cada da. Devdo a essa maor partcpação no mercado de trabalho, a força de trabalho femnna vêm assumndo números papés na socedade braslera, e devem fazer valer os seus dretos e revndcar gualdade na remuneração de suas atvdades profssonas. Para sso, é necessáro, prmeramente, a conscentzação da população sobre os reas problemas causados pela dscrmnação. E, em segundo lugar, a cração de nstrumentos que ncentvem a busca de soluções para mnmzar os efetos da dscrmnação. Assm, o ntuto da pesqusa fo mostrar a crescente partcpação da mulher na economa e mensurar a desgualdade salaral nos anos estudados. Este trabalho pode vr a colaborar na elaboração de polítcas públcas para que haja maor gualdade entre homens e mulheres na socedade braslera e na valorzação da mão de obra femnna, além de motvar polítcas que possbltem melhores condções no ensno para desenvolvmento da escolardade da força de trabalho braslera. REFERÊNCIAS ARANDIA, A. K. O mercado de trabalho frente a crse dos anos 80 e aos planos de establzação. Indcadores Econômcos FEE, v. 18, p , BRUSCHINI, M. C. A. Gênero e trabalho no Brasl: novas conqustas ou persstênca da dscrmnação? v. 34, p São Paulo: FCC, BRUSCHINI, C. Trabalho e gênero no Brasl nos últmos dez anos. São Paulo. Cad. Pesqusa, v.37, n.132. Sept./Dec CARVALHO, A. P.; NERI, M. C.; SILVA, D. B. do N. Dferencas de Saláros por Raça e

19 Gênero: Aplcação dos procedmentos de Oaxaca e Heckman em Pesqusas Amostras Complexas. In: XV Encontro Naconal de Estudos Populaconas, 2006, Caxambu. Anas do XV Encontro Naconal de Estudos Populaconas, COELHO, D.; SOARES, F. V.; VESZTEG, R. Regressão quantílca com correção para a seletvdade amostral: estmatva dos retornos educaconas e dferencas Racas na dstrbução de saláros das mulheres no Brasl. Revsta Pesqusa e Planejamento Econômco. Ro de Janero: IPEA, v. 40, n. 1, abrl GUIRALDELLI, R. Presença femnna no mundo do trabalho: hstóra e atualdade. Estudos do Trabalho, v. 1, p. 1-15, HECKMAN, J. Sample selecton bas as a specfcaton error. Econometrca, Prnceton, v.47, n.1, mar HIRATA, H. Nova dvsão sexual do trabalho? Um olhar voltado para a empresa e a socedade. São Paulo: Botempo, HOFFMANN, R.; LEONE, E. T. Partcpação da mulher no mercado de trabalho e desgualdade da renda domclar per capta no Brasl: Revsta Nova Economa. Belo Horzonte, v. 14, n.02, p , ago IBGE. Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca. Dsponível em: < bge.gov.br>. Acesso em: 20 jun KON, A. A Economa Polítca do Gênero: Determnantes da Dvsão do Trabalho. Revsta de Economa Polítca, vol. 22, nº 3 (87), julho-setembro, MARGONATO, R. C. G. Dstrbução nter-regonal do emprego e da renda: uma análse de nsumo produto para a regão sul e o restante do brasl. In: IX Encontro Naconal da Assocação de Estudos Regonas e Urbanos, 2011, Natal - RN. Anas do IX Encontro Naconal da Assocação de Estudos Regonas e Urbanos, MINCER, J. (1974). Shcoolng, experence and earnngs. Nova York: NBER. OAXACA, R. (1973). Male-female wage dfferentals n urban labor markets. Dsponível em Acesso em: 13 dez OLIVEIRA, A. M. H. C.; RIOS-NETO, E. L. G. Tendêncas da desgualdade salaral para coortes de mulheres brancas e negras no Brasl. Estudos Econômcos, São Paulo, v. 36, n. 2, p , abr./jun POLISZEZUK, M. V. Dfculdade das mulheres no mercado de trabalho. São Paulo, 2009 Dsponível em: < Acesso em: 21 dez RAMOS, L. O desempenho recente do Mercado de trabalho Braslero: tendêncas, fatos Estlzados padrões espacas. Ro de Janero, jan SILVA, J. S.; LIMA, J. R. F. Estudo da decomposção de rendmento da mulher pernambucana no mercado de trabalho utlzando a metodologa de Oaxaca-Blnder. In: X Encontro Naconal da Assocação Braslera de Estudos Regonas e Urbanos, 2012, Recfe - PE. Anas do... Encontro Naconal da Assocação Braslera de Estudos Regonas e Urbanos, SOARES, S.; IZAKI, R. S. A partcpação femnna no mercado de trabalho. Ro de Janero: IPEA, 2002.

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