O IMAGINÁRIO INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O IMAGINÁRIO INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA"

Transcrição

1 O IMAGINÁRIO INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NASCIMENTO, Mary Celina Barbosa do - UEMG Marye-celina@hotmail.com LOPES, Telma Jannuzzi da Silva - UEMG telmajannuzzi@terra.com.br Eixo Temático: Educação da Infância Agência Financiadora: PIBIC/UEMG/CNPq RESUMO: Como os professores utilizam os contos de fadas na Educação Infantil? Que valor eles dão a este gênero literário? Essas questões tiveram o objetivo de analisar as representações sociais docentes sobre os contos de fadas no desenvolvimento da criança de quatro a seis anos, durante o ano de 2010 e 2011, em Barbacena. O estudo e pesquisa foram assim estruturados: o percurso histórico e origem da literatura infantil; a influência dos contos de fadas no desenvolvimento da criança, a fantasia e o cognitivo; e a pesquisa das representações sociais feita em um questionário semi-estruturado sobre a sua utilização no fazer pedagógico e sua importância como auxiliar docente. Fundamentou-se na Teoria das Representações Sociais de Moscovici. Como resultado registrou-se que os docentes reconhecem os contos de fadas como fórmula mágica capaz de envolver a atenção das crianças, despertando-lhes sentimentos e valores intuitivos. Ressaltam que a criança compactua esse aprendizado através de elementos carregados de simbolismos. Afirmam trabalhar com os contos de maneira lúdica: em teatro, varal de histórias, fantoches, dramatização através das aulas de literatura e cantinho da leitura, mas demonstram preocupação com o nível de fantasia dos mesmos frente à realidade. Os contos de fadas são utilizados como se fossem conteúdos de aprendizagem. Foram nomeadas como representações deste grupo as evocações: fantasia, imaginação, crescimento, superação, valores, encantamento, sentimento, conhecimento, felicidade, criatividade, esperança, infância, ludicidade, liberdade, mistério. PALAVRAS-CHAVE: Contos de fadas- Representações Sociais Desenvolvimento emocional da criança Introdução: O impulso de contar histórias nasceu com o homem, no momento em que este sentiu necessidade de comunicar suas experiências aos outros. Depois de terem exercido sua função

2 16426 civilizadora e formadora, estas histórias orais, que contêm experiências da humanidade se transformaram em obras imortais da literatura universal, perpetuadas em livro. A Literatura Infantil talvez seja o gênero que mais guarde proximidade das narrativas orais que tanto encantaram os homens. Grande parte da narrativa infantil manifesta ainda a autoridade do contador que efetivamente possui experiência comunicável e a clareza que dela decorre, por isso a literatura infantil é capaz de manter acesa a tradição milenar de contar histórias, nas quais o mito, a lenda, os contos de fadas permanecem vivos tal qual estavam nas narrativas orais dos contadores ancestrais. Os contos de fadas são sempre atuais, muito embora estejam atrelados à realidade sócio-econômica da Europa medieval. Satisfazem as emoções porque mapeiam impulsos e temores conscientes e inconscientes e delineiam experiências reais. Lidam com problemas universais, atacam ideias preconcebidas e defendem causas perdidas. Darnton (1988) entende que a origem dos contos não pode ser datada com precisão, porém evidências históricas indicam que já havia referências a eles, nos sermões dos pregadores medievais, pois: os pregadores medievais utilizavam elementos da tradição oral para ilustrar argumentos morais. Seus sermões, transcritos em coleções de Exempla dos séculos XII ao XV, referem-se às mesmas histórias que foram recolhidas, nas cabanas dos camponeses franceses, pelos folcloristas do século XIX. Referindo-se a outros estudos, Darnton pontua que embora não se possa determinar no tempo e no espaço a origem dos contos de fadas, já existia uma Cinderela chinesa, desde o século IX, esta inconfundível com a heroína de Charles Perrault, um dos primeiros a registrar os contos populares franceses. Mesmo assim, não se pode falar em uma mitologia universal, pois no caso dos contos franceses tradicionais existem características peculiares que os diferenciam de outros contos, como os ingleses. Em cada território os contos enraizaram-se de forma particular. As versões dos contos de fadas criadas e difundidas pelo povo da França representavam o modo de pensar dos seus contadores, os camponeses franceses. A primeira obra direcionada ao público infantil foi uma coletânea de cantigas infantis, publicada por Mary Cooper em O seu título era: Para todos os pequenos senhores e senhoritas, para ser cantado por suas babás até que possam cantar sozinhos. Uma segunda coletânea foi intitulada Melodia da Mamãe Gansa, de John Newbery, datada de Considerado por muitos o primeiro autor a escrever para crianças, no século XVII o francês Charles Perrault foi o primeiro a coletar e organizar contos de fadas em um livro. Perrault

3 16427 ouvia as histórias de contadores populares, e então as adaptava ao gosto da corte francesa, acrescentando ricos detalhes descritivos, bem como diminuindo os trechos que conotavam os rituais da cultura pagã popular ou fizessem referências à sexualidade humana (pois vivia sob o contexto de conflito religioso entre católicos e protestantes à época da Contra-Reforma Católica). Também, ao final da narrativa, escrevia, sob a forma de versos, a moral da história, traduzindo sua preocupação pedagógica, segundo a qual as histórias deveriam servir para instruir moralmente as crianças. (Ou seja, desde o seu primeiro registro por escrito, os contos de fadas já começaram a ter seus detalhes de enorme riqueza simbólica deturpados.) Os irmãos Grimm, também, escreveram suas versões sobre os contos de fadas, depois que estes enraizaram na Alemanha, através da imigração dos huguenotes franceses ao tecer análises sobre interpretações de outros estudiosos acerca do conto, Chapeuzinho Vermelho. Estes conseguiram, juntamente com O gato de botas, Barba Azul e algumas poucas outras histórias compiladas por Jeannette Hassenpflug, vizinha e amiga íntima deles, em Cassel; onde ela ouvira as histórias de sua mãe, que descendia de uma família francesa huguenote. Os huguenotes trouxeram seu próprio repertório de contos para a Alemanha, quando fugiram da perseguição de Luís XIV. Mas leram-no em livros escritos por Charles Perrault, Marie Catherine d Aulnoy e outros. Assim os contos que chegaram aos Grimm através dos Hassenpflug não eram nem muito alemães nem muito representativos da tradição popular. Os contos de fadas caracterizam-se pela presença do elemento fada. Etimologicamente, a palavra fada vem do latim fatum destino, fatalidade, oráculo. Tornaramse conhecidas como seres fantásticos ou imaginários, de grande beleza, que se apresentavam sob forma de mulher. Dotadas de virtudes e poderes sobrenaturais, interferem na vida dos homens, para auxiliá-los em situações-limite. De acordo com Tavares conforme seu papel ou circunstância apresentam-se ora como mulher deslumbrante, vestida, ora como velha feiticeira coberta de andrajos. Cândida, fada linda e bondosa, e Carabossa, feia e má, simbolizariam esses tipos. Como insígnia, traz a primeira uma vara (a vara de condão) e empunha a segunda um cajado ou bastão. Poderiam encarnar o Mal e apresentarem como o avesso da imagem anterior, como bruxas. Vulgarmente, se diz que fada e bruxa são formas simbólicas da eterna dualidade da mulher, ou da condição feminina. O enredo básico dos contos de fadas expressa os obstáculos, ou provas, que deveriam ser vencidas, para que o herói alcance sua autorealização existencial, seja pelo encontro de seu verdadeiro eu, seja pelo encontro da princesa, que encarna o ideal a ser alcançado.

4 16428 Os contos de fadas são um patrimônio da humanidade. Eles foram escritos em outra época, e a criança consegue compreender isso. Porém, muitos clássicos infantis foram se modificando através dos tempos, as histórias mudaram de acordo com a cultura e a época, havendo muita diferença dos Contos de Fadas originais para os atuais. A tendência em retirar o mal, o medo e o castigo de certas narrativas são fortes nos dias de hoje. As mudanças de enredo apaziguam as emoções que precisam ser vividas. Atualmente a psicanálise e os estudos das manifestações culturais contribuem para o renascimento do interesse pelos contos de fadas. Diz Marina Warner (1999, p.453) que após a guerra de 1939/45, a aprovação psicanalítica dos contos de fadas como sendo altamente terapêuticos e educativos [...] sem dúvida contribuiu para esse retorno à respeitabilidade, e daí a fruição, de reinos encantados ilusórios. Nos contos, a curiosidade, embora castigada, é incentivada. Eles mostram o despertar erótico, a iniciação sexual, a esperteza e a malícia. É feminista, abrindo espaço para a mulher comunicar suas ideias. Ao mesmo tempo em que defendem aspirações tradicionais, minam ensinamentos convencionais. Desafiam ideias estabelecidas e levantam questões na mente do ouvinte. Apresentam uma justiça poética: o filho mais novo, mais tolo, mais desvalorizado pela família e pela comunidade é quem se casa com a princesa. Falam de medos, de amor, da dificuldade de ser criança, de carências, de autodescobertas, de perdas e buscas, da vida e da morte. Alia-se a isso o fato de que os significados mudam de acordo com a necessidade ou o desejo do leitor. São sempre atuais, também, porque se envolvem no mundo maravilhoso partindo de uma situação real; lidam com emoções; passa-se em tempo e lugar indefinidos; as personagens são simples e vivenciam situações diferentes, resolvem conflitos nos quais buscam a cumplicidade da criança através do imaginário em que bruxas e fadas atuam como elementos mágicos. O cotidiano abordado na literatura infantil mostra os conflitos e as relações que a criança vive na escola, no clube, em casa, na natureza, com amigos, família etc., mas o faz no sentido de reduzir este conflito a um núcleo-base facilmente resolvido. Isso faz com que o conflito perca sua dimensão moderna, que pressupõe aspectos psicológicos e sociológicos densos. Os contos de fadas transmitem em suas histórias, valores como a humildade, o respeito além de formar, informar transmitir saberes, lições e principalmente, afeto - esse signo que deveria reger todos os relacionamentos, todas as ações, todos os vínculos. Todo conto de

5 16429 fadas possui uma mensagem significativa, um ensinamento uma ideologia e isto são indispensáveis na formação da personalidade, do caráter e da educação. Seu caráter utilitário resulta das condições de sua produção. Ele é produzido pelo adulto, que toma como referência o mundo adulto, projetando para a criança um mundo idealizado, como se esta não pudesse perceber ou pensar. No processo dinâmico da construção de conhecimento o que se pretende da criança é que ela realize plenamente as suas potencialidades, que transponha os seus próprios limites, que se desenvolva. O desenvolvimento acontece num processo de aprendizagem contínua, em que a criança vai incorporando novos conhecimentos, habilidades e valores próprios da sociedade em que ela vive. Desenvolvimento aqui se refere ao crescimento progressivo da criança nas funções da atenção, memória, raciocínio, linguagem, escrita, autoestima e capacidade de relacionar-se com outros. As aprendizagens que a criança conquista através das suas vivências interferem na sua conduta, no seu modo de agir e de responder aos desafios da vida continuamente, dia após dia. Os limites estabelecidos pela consciência daquilo que se sabe diante do que não sabe, são desafiantes; é a própria desordem das certezas cognitivas e ao mesmo tempo é aquilo que provoca o interesse pela busca de reorganização dessa ordem alterada. Taille (1992) escrevendo sobre a importância de se promover na escola desafios cognitivos para que a criança transponha seus próprios limites, responde o que se entende por desenvolvimento: Ora, o que é desenvolver-se e aprender? É justamente se descentrar, abrir horizontes, construir novas estruturas, mais ricas e mais complexas. Material e método: O presente trabalho teve a intenção de apreender a relevância dos contos de fadas para os docentes da Educação infantil; não somente como contribuição para o aprendizado da leitura e escrita, entretenimento e prazer, mas levando em conta a sua importância para o desenvolvimento psíquico, para a resolução de problemas internos, constituição de subjetividade e personalidade sadia das crianças. A pesquisa e estudo estruturam-se em quatro partes: a primeira refere-se ao estudo bibliográfico do tema no percurso histórico da literatura infanto-juvenil, relatando a origem e a história dos contos de fadas. A segunda parte relata a influência dos contos de fadas no desenvolvimento da leitura infantil. E a terceira fala da criança e o cognitivo relacionando o tema a seu desenvolvimento e aprendizagem. A quarta

6 16430 parte é a pesquisa amparada no construtivismo social (ALVES MAZZOTTI e GEWANDSZNAJDER) qualitativa (discursos e opiniões docentes sobre o tema. BARDIN (1977) e quantitativa (análise das frequências das evocações de palavras descritoras sobre o sentido e significado dos contos de fadas- ABRIC (1994); sobre a as representações sociais da relevância deste instrumento pedagógico no cotidiano escolar. Para nortear a investigação, foram formuladas as perguntas de pesquisa: a importância dos contos de fadas; os contos de fadas funcionam como instrumentos para a descoberta de sentimentos como ódio, inveja, ambição, rejeição e frustração na vida da criança. Como referencial teórico foi utilizado às concepções de Abramovich (2005), Amarilha (1997), Áries (1978), Bettelheim (1980), Cademartori (1986), Coelho (1995), Darnton (1988), Diogo (1994), Ginzburg (1998), Granadeiro (2005), Gutzat (1986), Lajolo (2001), Silva (1986), Tavares (1974), Warner (1999). Como aporte metodológico teve a teoria das Representações Sociais como referencial de pesquisa nos trabalhos de Abric, (1994), Alves-Mazzotti, (1994), Moscovici (1978). As representações Sociais são um conjunto de explicações, crenças e ideias que nos permitem evocar um dado acontecimento, pessoa ou objeto. São resultantes da interação social, porque são comuns a um determinado grupo de indivíduos. Para o romeno Serge Moscovici (1961/1978) as Representações Sociais são meios de recriar realidades buscando torná-las senso comum. O estudo de como e porque as pessoas partilham estes conhecimentos de senso comum, é um objeto de estudo muito rico para ser apurado pela psicologia social, despertando o interesse sobre os processos do conhecimento (sua gênese, transformação e projeção na sociedade). As Representações Sociais são como uma rede de ideias, metáforas e imagens que são interligadas livremente em maior ou menor intenção, tratando o pensamento como um ambiente, como uma atmosfera social e cultural. Possuem duas funções: tornar convencional ou tradicional, objetos, pessoas ou acontecimentos desconhecidos por nós. Cada experiência acrescenta novas ideias, imagens e metáforas, colocando os elementos, objetos ou ocorrências, em categorias distintas. Somos condicionados tanto por nossas representações quanto por nossa cultura; as Representações Sociais são prescritivas, ou seja, se impõem sobre nós com força irresistível, já encontramos as respostas prontas no mundo cotidiano.

7 16431 A teoria das Representações Sociais destaca os conceitos como se fossem fenômenos, pois, estes não ficam estáticos ou estagnados por muito tempo, ou seja, estão sempre sendo transformados e desenvolvidos cientificamente no nosso cotidiano. Resultados obtidos: Uma representação é sempre uma representação de algo para alguém. É sempre de caráter social. Esta colocação conduz a um status novo na identificação da realidade objetiva que é definida mediante os componentes determinantes da situação e do objeto. Não existe realidade objetiva a priori porque toda ela é representada, apropriada pelo indivíduo e seu grupo e reconstruída em seu sistema cognitivo, integrada a um sistema de valores, que dependem de um contexto social e ideológico onde ela circula. Esta realidade apropriada reestruturada constitui a realidade mesma. Moscovici (1978) sistematiza tais fundamentos, recorrendo a dois processos a objetivação, que esclarece como se estrutura o conhecimento do objeto. Reabsorvendo o excesso de significações. A ancoragem é o outro processo, aquele que dá sentido ao objeto que se apresenta à nossa compreensão. Trata-se da maneira pela qual o conhecimento se enraíza no social e volta a ele, ao converter-se em categoria e integrar-se à grade de leitura do mundo do sujeito, instrumentalizando o novo objeto. Na objetivação materializa-se o abstrato, tornando-o concreto, as idéias são percebidas de modo real o conceito transforma-se em imagem. 1-Na resposta do questionário semi-estruturado da pesquisa pode-se registrar como representações do grupo das professoras entrevistadas sobre a importância dos contos de fadas que: eles permitem a criança se projetar no outro, ato fundamental para ela abandonar o egocentrismo. Afirmam (10%) que contribuem através da fantasia para uma maior tolerância no cotidiano, acreditando que o melhor ainda estar por vir. Eles ajudam a encarar a realidade e dão aos ouvintes poderes. Recordaram experiências vividas (20%) ao afirmarem que eles permitem deixar a imaginação livre para ser e para criar A pesquisa revelou que (30%) das professoras ainda associam as atividades da educação Infantil a uma preocupação pedagógica, ao colocar que: Contar histórias não é um ato simples, mas sim uma arte que pode ou não contribuir na aprendizagem da criança. Todas reconhecem a importância deste tipo de literatura: A visão literária dos contos de fadas atualiza ou reinterpreta os conflitos de poder e de formação de valores, através da mistura de realidade

8 16432 com fantasia, pois lidam com a sabedoria popular, com conteúdos essenciais das condições humanas, perpetuadas até hoje: amor, medo, carência, perdas, solidão, dificuldades e descobertas de ser criança. Como elementos que estimulam o desenvolvimento infantil a desenvolvem a imaginação, ajudam a construir valores; promover um aprendizado de maneira lúdica. Trabalham também a interação. Proporcionam prazer. São ricos em magia e fantasia, o que possibilita a criança fazer uma viagem no universo de heróis, princesas, bruxas, florestas e castelos, desenvolvendo assim a criatividade, a imaginação, a concentração e a empatia, no momento em que as crianças sentem e vivem as situações das narrativas. Como formativos a Professora 11 ressalta que: Existe uma força maior na figura do herói que sempre irá triunfar no final, não importa o quanto árduo tenha sido o seu caminho percorrido, no final os honestos e puros de coração sairão vencedores, levando a crer que a maldade não compensa, por maior que seja seu sofrimento e suas angústias, sempre existirá um conto de fadas capaz de lhe trazer a paz perdida. Em relação à segunda questão: Os contos de fadas funcionam como instrumentos para a descoberta de sentimentos como ódio, inveja, ambição, rejeição e frustração na vida da criança? Os contos de fadas influenciam na formação da personalidade infantil? Por quê? Todas reconhecem o valor dos contos de fadas e completam que: Os contos de fadas exercem uma influência muito benéfica na formação da personalidade porque, através da assimilação dos conteúdos, as crianças aprendem que é possível vencer os obstáculos e saírem vitoriosas, especialmente quando o herói vence no final. A descoberta do ódio, inveja, ambição e outros sentimentos negativos fazem com que a criança aprenda a diferenciar o certo do errado e entender que precisamos de superação para buscar a felicidade. Sim, porque concretiza símbolos capazes de auxiliar o emocional. Mas também demonstram certo receio quanto ao uso deste tipo de literatura: Porque se não forem bem trabalhados levam as crianças a pensar que a vida real pode também ser como nos contos de fadas. Em relação à terceira questão: Segundo o psicanalista Bruno Bettelheim (1980), os contos de fadas são a chave para ajudar as pessoas a desembaraçar os mistérios da realidade. A psicanálise afirma que os significados simbólicos dos contos maravilhosos estão ligados aos eternos dilemas que o homem enfrenta ao longo de seu amadurecimento emocional. Você concorda com esta afirmação? Justifique.

9 16433 Os contos de fadas podem ser um suporte para várias situações, mas não somente a chave para ajudar pessoas a desembarcar os mistérios da realidade. O amadurecimento emocional acontece pela interação que a criança desenvolve no processo de sua ação sobre o mundo. Os dilemas enfrentados pelo homem nem sempre têm um bom final. O simples fato de trazer a mensagem da vitória do bem sobre o mal faz com que a criança, façam a transposição para sua realidade atual. Quando trabalhado de modo correto ajudam as crianças a enxergarem que todos têm dificuldades e que as dificuldades podem ser superadas com esforço. O significado simbólico- a fantasia facilita a compreensão da criança desembaraçando os mistérios da realidade. Os contos de fada geralmente tratam de dilemas do nosso cotidiano e, muitas vezes, procuramos auxilio nos desfechos que possam nos amparar em decisões difíceis. Em relação à quarta questão Como são trabalhados os contos de fadas em seu fazer pedagógico? Através da leitura, reconto, mudar final da história, criação der outros personagens, moral da história, ilustrações, teatro, fantoches, parte que mais gostou, filmes etc. Estimulando as crianças a falarem sobre angústias, partilhar suas dúvidas e ansiedades sem se expor pessoalmente, não diretamente de si própria utilizando o recurso dos personagens e de uma situação fictícia como apoio. No cálculo da frequências das evocações sobre os contos de fadas registramos as evocações: fantasia (32). Imaginação (16), crescimento (14), superação (12), valores (12), encantamento (11), sentimento (11), conhecimento (9), felicidade (8), criatividade (4), esperança (4), infância (4), ludicidade (3), liberdade (2), mistério (1) que reforçam as opiniões colhidas no questionário. Os contos de fadas não descrevem o mundo de acordo com a simples realidade objetiva. (o que justifica a evocação fantasia e imaginação). Através de sua riqueza simbólica, descrevem a realidade subjetiva da mente humana. Isso os torna mais verdadeiros, pois faz refletir sobre os aspectos mais obscuros da psique, que não podem ser alcançados diretamente através do pensamento consciente. Esse poder de atuação dos contos de fadas é maior ainda para o pensamento infantil, pois, se o adulto tem dificuldade em aceitar e enfrentar suas próprias incertezas expressas nas aventuras dos contos, a criança é imediatamente captada pela beleza e a linguagem destes, que muito se aproxima de seu próprio mundo inconsciente. Por isso, ao ouvir contos, o psiquismo da criança se desenvolve. (evocação: crescimento e superação). Primeiramente, porque ela tem o desafio intelectual de compreender uma narrativa tão rica, intrincada e bem urdida, como a dessas histórias, pedindo para ouvi-la

10 16434 várias vezes, até alcançar este objetivo. E também porque, dominando o conflito da história, ela está dominando seus próprios conflitos internos. REFERÊNCIAS ABRAMOVICH, Fanny. Por uma arte de contar histórias. Disponível em: < Acessado em 23 de maio de 2005, p.1. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1995, p.120. ABRIC, Jean Claude (org.) Práticas Sociales y representaciones. 1ª edição. Presses Universitaires de France, Ediciones Coyoacan, S.A.de C.V. ALVES-MAZOTTI, A. J, GEWANDSZNAJDER F. O método nas Ciências Naturais e Sociais. Pesquisa Quantitativa e Qualitativa. São Paulo: Pioneira-Thomson Leraning, AMARILHA, Marly. Estão mortas as fadas? Literatura infantil e prática pedagógica. Petrópolis: Vozes, BETTELHEM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Rio de Janeiro: Paz e terra, CADEMAROTI, Lígia. O que é literatura infantil. São Paulo: Brasiliense, 1986, CARUSO, Carla. A importância da literatura na formação da criança. Disponível em: Acessado em 3 de abril de COELHO, Nelly Novaes. Dicionário crítico de literatura infantil e juvenil brasileira: séculos XIX e XX. 4. ed. São Paulo: USP, DARNTON, Robert. O grande massacre de gatos: E outros episódios da história cultural Francesa. Rio de janeiro: Graal, 2ª Ed GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. Companhia Das Letras, 10ª Edição, São Paulo 1998, GRANADEIRO, Cláudia. Histórias para contar. Disponível em: < educação /311001/p_130.html>. Acessado em 23 de maio de GUTZAT, Barbel. Os Contos de Grimm. Revista de Letras, v.11, nº 2, jul./dez., LAJOLO, Marisa. Infância de papel e tinta. In: FREITAS, Marcos Cezar (org.). História social da infância no Brasil. São Paulo: Cortez, MOSCOVICI, S. A representação social da psicanálise. RJ. Zahar, 1978.

11 16435 RAMOS, Magda Maria. A literatura como fruição na escola. Disponível em: < Acessado em 6 março de SILVA, Ezequiel Teodoro. Leitura na escola e na biblioteca. 2 ed. Campinas, São Paulo: Papirus, TAVARES, Hênio. Teoria Literária. 5. Ed. Belo Horizonte: Itatiaia, TAYLLE. Yves de La. IN: Piaget, Vygotsky, Wallon. Teorias Psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, WARNER, Marina. Da fera à loira: sobre contos de fadas e seus narradores. Tradução de Thelma Médici Nóbrega. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

As diferentes linguagens da criança: o jogo simbólico

As diferentes linguagens da criança: o jogo simbólico As diferentes linguagens da criança: o jogo simbólico Mariana Antoniuk 1 Dêivid Marques 2 Maria Angela Barbato Carneiro ( orientação) 3 Abordando as diferentes linguagens da criança neste ano, dentro do

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Pensar na realidade é pensar em transformações sociais. Atualmente, temos observado os avanços com relação à

Leia mais

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar Colégio La Salle São João Professora Kelen Costa Educação Infantil Educação Infantil- Brincar também é Educar A importância do lúdico na formação docente e nas práticas de sala de aula. A educação lúdica

Leia mais

IMPORTÂNCIA DOS CONTOS INFANTIS PARA EDUCAÇÃO

IMPORTÂNCIA DOS CONTOS INFANTIS PARA EDUCAÇÃO IMPORTÂNCIA DOS CONTOS INFANTIS PARA EDUCAÇÃO Magna Flora de Melo Almeida Ouriques 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) mellomagna@gmail.com Co-Autor Renan de Oliveira Silva 2 rennanoliveira8@gmail.com

Leia mais

LEV VIGOTSKY 1. VIDA E OBRA

LEV VIGOTSKY 1. VIDA E OBRA LEV VIGOTSKY 1. VIDA E OBRA Casou-se em 1924. Pesquisou profundamente sobre o comportamento e desenvolvimento humanos. Dizia que o conhecimento é decorrente da interação da história social e pessoal. Escreveu

Leia mais

qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwerty uiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasd fghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzx cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq

qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwerty uiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasd fghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzx cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq qwertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwerty uiopasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasd fghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfghjklzx cvbnmqwertyuiopasdfghjklzxcvbnmq LITERATURA wertyuiopasdfghjklzxcvbnmqwertyui INFANTIL opasdfghjklzxcvbnmqwertyuiopasdfg

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e Apresentação Este livro tem o objetivo de oferecer aos leitores de diversas áreas do conhecimento escolar, principalmente aos professores de educação infantil, uma leitura que ajudará a compreender o papel

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado. A pesquisa e o tema da subjetividade em educação

GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado. A pesquisa e o tema da subjetividade em educação GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado A pesquisa e o tema da subjetividade em educação Fernando Luis González Rey 1 A subjetividade representa um macroconceito orientado à compreensão da psique

Leia mais

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula INTRODUÇÃO Josiane Faxina Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus Bauru e-mail: josi_unesp@hotmail.com

Leia mais

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br

Leia mais

Atividades lúdicas na educação o Caminho de tijolos amarelos do aprendizado.

Atividades lúdicas na educação o Caminho de tijolos amarelos do aprendizado. Atividades lúdicas na educação o Caminho de tijolos amarelos do aprendizado. Vania D'Angelo Dohme (Mackenzie) 1. Considerações iniciais Johan Huizinga foi um importante historiador alemão, que viveu entre

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. Autor: José Marcos da Silva Instituição: UFF/CMIDS E-mail: mzosilva@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa tem como proposta investigar a visão

Leia mais

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Regina Luzia Corio de Buriasco * UEL reginaburiasco@sercomtel.com.br Magna Natália Marin Pires* UEL magna@onda.com.br Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino*

Leia mais

Circuito de Oficinas: Mediação de Leitura em Bibliotecas Públicas

Circuito de Oficinas: Mediação de Leitura em Bibliotecas Públicas Circuito de Oficinas: Mediação de Leitura em Bibliotecas Públicas outubro/novembro de 2012 A leitura mediada na formação do leitor. Professora Marta Maria Pinto Ferraz martampf@uol.com.br A leitura deve

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6]

BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] BOLETIM INFORMATIVO MAR/ABRIL 2013 [Edição 6] O tema central desta edição do Boletim Informativo será a Psicologia Infantil. A Psicologia Infantil é a área da Psicologia que estuda o desenvolvimento da

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES. GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental

A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES. GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental Adriele Monteiro Ravalha, URI/Santiago-RS, adrieleravalha@yahoo.com.br

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS NOS ANOS INICIAIS RESUMO

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS NOS ANOS INICIAIS RESUMO A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS NOS ANOS INICIAIS RESUMO Marcelo Moura 1 Líbia Serpa Aquino 2 Este artigo tem por objetivo abordar a importância das atividades lúdicas como verdadeiras

Leia mais

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum?

A Busca. Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas. Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas. encontrar uma trama em comum? A Busca Capítulo 01 Uma Saga Entre Muitas Sagas Não é interessante como nas inúmeras sagas que nos são apresentadas em livros e filmes podemos encontrar uma trama em comum? Alguém, no passado, deixouse

Leia mais

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014 Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. RESUMO Adriana Vieira de Lima Colégio Marista Arquidiocesano

Leia mais

Profa. Ma. Adriana Rosa

Profa. Ma. Adriana Rosa Unidade I ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Profa. Ma. Adriana Rosa Ementa A teoria construtivista: principais contribuições, possibilidades de trabalho pedagógico. Conceito de alfabetização: história e evolução.

Leia mais

A vida em grupo é uma exigência da natureza humana. É na presença do outro que a pessoa forma a sua identidade. Lev Vygotsky

A vida em grupo é uma exigência da natureza humana. É na presença do outro que a pessoa forma a sua identidade. Lev Vygotsky A vida em grupo é uma exigência da natureza humana É na presença do outro que a pessoa forma a sua identidade. Lev Vygotsky No processo de socialização a criança aprende as regras básicas, os valores e

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ZERO Instruções REDAÇÃO Você deve desenvolver seu texto em um dos gêneros apresentados nas propostas de redação. O tema é único para as três propostas. O texto deve ser redigido em prosa. A fuga do tema

Leia mais

QUE ESCOLA QUEREMOS PARA AS NOSSAS CRIANÇAS?

QUE ESCOLA QUEREMOS PARA AS NOSSAS CRIANÇAS? SEMINÁRIO DE PESQUISA OBJETIVO DEBATER E PROBLEMATIZAR QUESTÕES RELACIONADAS ÀS PRÁTICAS DOCENTES NA EDUCAÇÃO INAFANTIL, BEM COMO ESTABELECER DIÁLOGO COM TEÓRICOS DA PEDAGOGIA, DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DAS

Leia mais

PROJETO ERA UMA VEZ...

PROJETO ERA UMA VEZ... PROJETO ERA UMA VEZ... TEMA: Contos de Fada PÚBLICO ALVO: Alunos da Educação Infantil (Creche I à Pré II) JUSTIFICATIVA O subprojeto Letramento e Educação Infantil, implantado na EMEI Sementinha, trabalha

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com:

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com: 1 Metodologia da Pesquisa Científica Aula 4: Tipos de pesquisa Podemos classificar os vários tipos de pesquisa em função das diferentes maneiras pelo qual interpretamos os resultados alcançados. Essa diversidade

Leia mais

Novas possibilidades de leituras na escola

Novas possibilidades de leituras na escola Novas possibilidades de leituras na escola Mariana Fernandes Valadão (UERJ/EDU/CNPq) Verônica da Rocha Vieira (UERJ/EDU/CNPq) Eixo 1: Leitura é problema de quem? Resumo A nossa pesquisa pretende discutir

Leia mais

Circuito de Oficinas: Mediação de Leitura em Bibliotecas Públicas

Circuito de Oficinas: Mediação de Leitura em Bibliotecas Públicas Circuito de Oficinas: Mediação de Leitura em Bibliotecas Públicas outubro/novembro de 2012 Literatura na escola: os contos maravilhosos, contos populares e contos de fadas. Professora Marta Maria Pinto

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

TEORIA DA MEDIAÇÃO DE LEV VYGOTSKY

TEORIA DA MEDIAÇÃO DE LEV VYGOTSKY TEORIA DA MEDIAÇÃO DE LEV VYGOTSKY Sérgio Choiti Yamazaki Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) estudou literatura na Universidade de Moscou, interessando-se primeiramente

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR Resumo A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR Ana Regina Donato de Moraes 1 Lourdes Keila Casado Pulucena 2 Lucieni Vaz dos Santos 3 Aprender brincando não é apenas um passatempo, quando se trata de ensinar.

Leia mais

TÍTULO: COMO INTERLIGAR OS LIVROS DE LITERATURA INFANTIL COM OS CONTEÚDOS MATEMÁTICOS TRABALHADOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

TÍTULO: COMO INTERLIGAR OS LIVROS DE LITERATURA INFANTIL COM OS CONTEÚDOS MATEMÁTICOS TRABALHADOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL? Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: COMO INTERLIGAR OS LIVROS DE LITERATURA INFANTIL COM OS CONTEÚDOS MATEMÁTICOS TRABALHADOS NA

Leia mais

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59 Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br Graduada em pedagogia e fonoaudiologia, Pós-graduada em linguagem, Professora da Creche-Escola

Leia mais

Ler em família: viagens partilhadas (com a escola?)

Ler em família: viagens partilhadas (com a escola?) Ler em família: viagens partilhadas (com a escola?) Ação nº41/2012 Formadora: Madalena Moniz Faria Lobo San-Bento Formanda: Rosemary Amaral Cabral de Frias Introdução Para se contar histórias a crianças,

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS PARA A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS PARA A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL A IMPORTÂNCIA DOS CONTOS DE FADAS PARA A CONSTRUÇÃO DO IMAGINÁRIO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Fernanda Maria Sousa Martins; Valdiêgo José Monteiro Tavares; Larissa Mabrine Dias da Silva; Professor

Leia mais

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1. TÍTULO DO PROGRAMA Connie, a Vaquinha 2. EPISÓDIO(S) TRABALHADO(S): A Ponte 3. SINOPSE DO(S) EPISÓDIO(S) ESPECÍFICO(S) O episódio A Ponte faz parte da série Connie,

Leia mais

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA. Prof.º Evandro Cardoso do Nascimento

METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA. Prof.º Evandro Cardoso do Nascimento METODOLOGIA DE PESQUISA CIENTÍFICA Prof.º Evandro Cardoso do Nascimento DEFINIÇÕES Metodologia Científica: Universalização da comunicação do conhecimento científico; Dessa forma, pode-se deduzir que a

Leia mais

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL RESUMO Luana da Mata (UEPB) 1 Patrícia Cristina de Aragão Araújo (UEPB) 2 Este artigo tem como objetivo refletir como as brincadeiras

Leia mais

Prefácio... 9. A mulher do pai... 14. A mulher do pai faz parte da família?... 17. A mulher do pai é parente?... 29. Visita ou da casa?...

Prefácio... 9. A mulher do pai... 14. A mulher do pai faz parte da família?... 17. A mulher do pai é parente?... 29. Visita ou da casa?... Sumário Prefácio... 9 A mulher do pai... 14 A mulher do pai faz parte da família?... 17 A mulher do pai é parente?... 29 Visita ou da casa?... 37 A mulher do pai é madrasta?... 43 Relação civilizada?...

Leia mais

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER Duas explicações da Origem do mundo palavra (a linguagem verbal) associada ao poder mágico de criar. Atributo reservado a Deus. Através dela ele criou as

Leia mais

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS RESUMO Juliana Candido QUEROZ (Bolsista) 1 ; Natália SILVA (Bolsista) 2, Leila BRUNO (Supervisora) 3 ; Sinval Martins S. FILHO (Coordenador)

Leia mais

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA Rogério Santos Grisante 1 ; Ozilia Geraldini Burgo 2 RESUMO: A prática da expressão corporal na disciplina de Artes Visuais no Ensino Fundamental II pode servir

Leia mais

OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES

OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES Introdução ao tema A importância da mitologia grega para a civilização ocidental é tão grande que, mesmo depois de séculos, ela continua presente no nosso imaginário. Muitas

Leia mais

LEITURA E LITERATURA NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA

LEITURA E LITERATURA NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA LEITURA E LITERATURA NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA Suellen Lopes 1 Graduação Universidade Estadual de Londrina su.ellen23@hotmail.com Rovilson José da Silva 2 Universidade Estadual de Londrina rovilson@uel.br

Leia mais

A INFLUÊNCIA DOCENTE NA (RE)CONSTRUÇÃO DO SIGNIFICADO DE LUGAR POR ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FEIRA DE SANTANA-BA 1

A INFLUÊNCIA DOCENTE NA (RE)CONSTRUÇÃO DO SIGNIFICADO DE LUGAR POR ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FEIRA DE SANTANA-BA 1 64 A INFLUÊNCIA DOCENTE NA (RE)CONSTRUÇÃO DO SIGNIFICADO DE LUGAR POR ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FEIRA DE SANTANA-BA 1 Edson da Silva Santos e-mail: edsonsporte@hotmail.com Bolsista FAPESB, Bacharelando

Leia mais

REPRESENTAÇÕES DE AFETIVIDADE DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Deise Vera Ritter 1 ; Sônia Fernandes 2

REPRESENTAÇÕES DE AFETIVIDADE DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Deise Vera Ritter 1 ; Sônia Fernandes 2 REPRESENTAÇÕES DE AFETIVIDADE DOS PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL Deise Vera Ritter 1 ; Sônia Fernandes 2 RESUMO Este texto apresenta uma pesquisa em andamento que busca identificar as representações

Leia mais

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve:

Como mediador o educador da primeira infância tem nas suas ações o motivador de sua conduta, para tanto ele deve: 18. O papel do profissional na ação educativa da creche Segundo o RCNEI (1998), o profissional da educação infantil trabalha questões de naturezas diversas, abrangendo desde cuidados básicos essenciais

Leia mais

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO CARNEIRO, Trícia Oliveira / Centro Universitário Leonardo da Vinci SODRÉ, Marta Patrícia Faianca / Universidade do Estado do

Leia mais

CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES. Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva

CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES. Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva 1 Conteúdo: Concepções Pedagógicas Conceitos de Educação; Pedagogia; Abordagens Pedagógicas: psicomotora, construtivista,

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID Michele Dalzotto Garcia Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro- Oeste/Irati bolsista do PIBID CAPES Rejane Klein Docente do

Leia mais

PROGRAMA ESCOLA DA INTELIGÊNCIA - Grupo III ao 5º Ano

PROGRAMA ESCOLA DA INTELIGÊNCIA - Grupo III ao 5º Ano ... CEFF - CENTRO EDUCACIONAL FAZENDINHA FELIZ Rua Professor Jones, 1513 - Centro - Linhares / ES - CEP. 29.900-131 - Telefone: (27) 3371-2265 www.escolafazendinhafeliz.com.br... Ao colocar seu filho na

Leia mais

Contos de ensinamento da tradição oral

Contos de ensinamento da tradição oral Contos de ensinamento da tradição oral Os chamados contos de ensinamento, fazem parte da grande herança cultural formada pelos contos transmitidos oralmente, de geração para geração, ao longo de milênios.

Leia mais

Mudança gera transformação? Mudar equivale a transformar?

Mudança gera transformação? Mudar equivale a transformar? Mudança gera transformação? Mudar equivale a transformar? Seminário Síntese de Adequações/Inovações no Estudo Doutrinário Espírita Federação Espírita Brasileira Janeiro/2015 JESUS Conhecereis a Verdade

Leia mais

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Eixo temático 1: Fundamentos e práticas educacionais Telma Sara Q. Matos 1 Vilma L. Nista-Piccolo 2 Agências Financiadoras: Capes / Fapemig

Leia mais

TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA

TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA RESUMO Os educadores têm se utilizado de uma metodologia Linear, que traz uma característica conteudista; É possível notar que o Lúdico não se limita

Leia mais

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio 1. Substitua as palavras destacadas e copie as frases, tornando os fragmentos abaixo mais elegantes, além de mais próximos à língua padrão e à proposta

Leia mais

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino Wérica Pricylla de Oliveira VALERIANO 1 Mestrado em Educação em Ciências e Matemática wericapricylla@gmail.com

Leia mais

ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR? ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR?

ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR? ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR? ESTUDAR E BRINCAR OU BRINCAR E ESTUDAR? O que dizem as crianças sobre o brincar e a brincadeira no 1 ano do Ensino Fundamental? Resumo JAIRO GEBIEN - UNIVALI 1 Esta pesquisa visa investigar os momentos

Leia mais

Imagens de professores e alunos. Andréa Becker Narvaes

Imagens de professores e alunos. Andréa Becker Narvaes Imagens de professores e alunos Andréa Becker Narvaes Inicio este texto sem certeza de poder concluí-lo de imediato e no intuito de, ao apresentá-lo no evento, poder ouvir coisas que contribuam para continuidade

Leia mais

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO.

UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. UNIDADE I OS PRIMEIROS PASSOS PARA O SURGIMENTO DO PENSAMENTO FILOSÓFICO. PARTE 1 O QUE É FILOSOFIA? não é possível aprender qualquer filosofia; só é possível aprender a filosofar. Kant Toda às vezes que

Leia mais

A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA

A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA. AÇÕES DO PIBID/CAPES UFG (SUBPROJETO: LETRAS: PORTUGUÊS) NO COLÉGIO ESTADUAL LYCEU DE GOIÂNIA Bolsistas: SILVA, Danila L.; VAZ, Paula R. de Sena.;

Leia mais

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011 A IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011 A IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL A IMPORTÂNCIA DAS ARTES NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL Marília Darc Cardoso Cabral e Silva 1 Tatiane Pereira da Silva 2 RESUMO Sendo a arte uma forma do ser humano expressar seus sentimentos,

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

A IMPRENSA E A QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL

A IMPRENSA E A QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL FACULDADE SETE DE SETEMBRO INICIAÇÃO CIENTÍFICA CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA ALUNA: NATÁLIA DE ARAGÃO PINTO ORIENTADOR: PROF. DR. TIAGO SEIXAS THEMUDO A IMPRENSA

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO MARIA MAZUR

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO MARIA MAZUR UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO MARIA MAZUR A INFORMÁTICA E A MÍDIA IMPRESSA: COMO ELAS PODEM Prudentópolis 2013 MARIA MAZUR A INFORMÁTICA

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

Metodologia e Prática de Ensino de Ciências Sociais

Metodologia e Prática de Ensino de Ciências Sociais Metodologia e Prática de Ensino de Ciências Sociais Metodologia I nvestigativa Escolha de uma situação inicial: Adequado ao plano de trabalho geral; Caráter produtivo (questionamentos); Recursos (materiais/

Leia mais

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO - IED AULAS ABRIL E MAIO Docente: TIAGO CLEMENTE SOUZA E-mail: tiago_csouza@hotmail.com 2. Direito como objeto de conhecimento. Conforme pudemos observar nas aulas iniciais

Leia mais

CURIOSIDADE É UMA COCEIRA QUE DÁ NAS IDÉIAS

CURIOSIDADE É UMA COCEIRA QUE DÁ NAS IDÉIAS PAUTA DO ENCONTRO Início : 13hs30 1. Parte teórica 20 2. Oficina elaboração de mapas conceituais e infográficos ( processo) 40 3. Socialização dos resultados ( produto) 40 4. Avaliação geral da proposta

Leia mais

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é:

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: a capacidade individual ou social para manter uma orientação constante, imutável, qualquer que seja a complexidade de uma situação

Leia mais

RESUMO. Palavras chave: Brinquedo. Brincar. Ambiente escolar. Criança. INTRODUÇÃO

RESUMO. Palavras chave: Brinquedo. Brincar. Ambiente escolar. Criança. INTRODUÇÃO A FUNÇÃO DO BRINQUEDO E OS DIVERSOS OLHARES Érica Cristina Marques de Oliveira- erikacmo06@hotmail.com Rafaela Brito de Souza - rafa_pdgg@hotmail.com.br Raquel Cardoso de Araújo- raquelins1@hotmail.com

Leia mais

Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia

Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia INTRODUÇÃO A psicomotricidade está

Leia mais

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA Autores: FIGUEIREDO 1, Maria do Amparo Caetano de LIMA 2, Luana Rodrigues de LIMA 3, Thalita Silva Centro de Educação/

Leia mais

Atividades Pedagógicas. Agosto 2014

Atividades Pedagógicas. Agosto 2014 Atividades Pedagógicas Agosto 2014 EM DESTAQUE Acompanhe aqui um pouco do dia-a-dia de nossos alunos em busca de novos aprendizados. ATIVIDADES DE SALA DE AULA GRUPO II A GRUPO II B GRUPO II C GRUPO II

Leia mais

Informativo G3 Abril 2011 O início do brincar no teatro

Informativo G3 Abril 2011 O início do brincar no teatro Informativo G3 Abril 2011 O início do brincar no teatro Professora Elisa Brincar, explorar, conhecer o corpo e ouvir histórias de montão são as palavras que traduzem o trabalho feito com o G3. Nesse semestre,

Leia mais

PROJETO DE LEITURA CESTA LITERÁRIA

PROJETO DE LEITURA CESTA LITERÁRIA Escola de Ensino Médio João Barbosa Lima PROJETO DE LEITURA CESTA LITERÁRIA DESPERTANDO O GOSTO PELA LEITURA E A ARTE DE ESCREVER Projeto na Sala de PCA da Área de Linguagens e Códigos PROEMI -Programa

Leia mais

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS Ari Lima Um empreendimento comercial tem duas e só duas funções básicas: marketing e inovação. O resto são custos. Peter Drucker

Leia mais

Sobre a intimidade na clínica contemporânea

Sobre a intimidade na clínica contemporânea Sobre a intimidade na clínica contemporânea Flávia R. B. M. Bertão * Francisco Hashimoto** Faculdade de Ciências e Letras de Assis, UNESP. Doutorado Psicologia frbmbertao@ibest.com.br Resumo: Buscou-se

Leia mais

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade

Leia mais

INTERATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA. Aula 1.2 Conteúdo:

INTERATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA. Aula 1.2 Conteúdo: Aula 1.2 Conteúdo: FILOSOFIA: Outras formas de pensar 1. Filosofia e Mitologia: O conhecimento tradicional indígena 2. Filosofia e Religião 3. Filosofia e senso comum 2 Habilidades: Perceber outros tipos

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

OS JOGOS E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE LÌNGUA ESTRANGEIRA

OS JOGOS E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE LÌNGUA ESTRANGEIRA OS JOGOS E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE LÌNGUA ESTRANGEIRA Flávio de Ávila Lins Teixeira Universidade Federal da Paraíba/ PIBID/ Letras-Inglês/ Supervisor Resumo: Esse trabalho objetiva analisar algumas

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

A produção de leituras da obra A maior flor do mundo

A produção de leituras da obra A maior flor do mundo Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Educação Escola de Educação Básica e Profissional da UFMG - Centro Pedagógico Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) A produção

Leia mais