Guia da Nova Ortografia da Língua Portuguesa

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Juan Ávila Vidal
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2 Guia da Nova Ortografia da Língua Portuguesa O objetivo deste material é trazer, de maneira clara e dinâmica, as alterações introduzidas na Língua Portuguesa pelo Acordo Ortográfico. De 2009 até 31 de dezembro de 2012, o Brasil terá um período de transição, no qual ficam valendo tanto a ortografia atual quanto as novas regras. Assim, concursos e vestibulares deverão aceitar as duas formas de escrita. Em 2009, os materiais didáticos poderão trazer tanto a antiga quanto a nova ortografia, mas a incorporação das mudanças será obrigatória a partir de A equipe editorial do Instituto Monitor já está trabalhando nessas alterações, atualizando os fascículos de todos os cursos. Mas você pode consultar esse guia sempre que surgir alguma dúvida ao ler ou redigir um texto. Assim, será muito mais fácil assimilar as mudanças da nossa Língua.

Assim, concursos e vestibulares deverão aceitar as duas formas de escrita.

3 1 ALFABETO O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. 2 TREMA Não se usa mais o trema, nos grupos gue, gui, que, qui. Exemplos: linguiça, tranquilo, frequente, sequestro, bilíngue. Observação: o trema permanece nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. 3 ACENTUAÇÃO 3.1 Nas palavras paroxítonas, os ditongos abertos éi e ói não serão acentuados. Exemplos: alcateia, claraboia, colmeia, Coreia, debiloide, estreia, jiboia, ideia. Observação: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, troféu. 3.2 Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Exemplos: baiuca, bocaiuva, feiura. Observação: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, Piauí. 3.3 Não se acentuam mais as palavras terminadas em êem e ôo(s). Exemplos: abençoo, creem, deem, enjoo, leem, perdoo, voo, veem. 3.4 Não se usa mais o acento para diferenciar os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Atenção: O acento diferencial permanece nas palavras: pôde/ pode, pôr/por, tem/têm, vem/vêm, mantém/mantêm, detém/ detêm, intervém/intervêm. 3.5 Não se usa mais o acento agudo no u tônico do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir nas seguintes pessoas: tu (arguis), ele (argui), eles (arguem). 3.6 Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, enxaguar, etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo.

1 Nas palavras paroxítonas, os ditongos abertos éi e ói não serão acentuados. Exemplos: alcateia, claraboia, colmeia, Coreia, debiloide, estreia, jiboia, ideia.

4 a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. Observação: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos. 4 HÍFEN 4.1 Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, mini-hotel, super-homem. Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). 4.2 Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos: aeroespacial, autoaprendizagem, autoescola, coautor, extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto. Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o. Exemplos: coobrigar, coordenar, cooperar. 4.3 Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos: antipedagógico, autopeça, geopolítica, pseudoprofessor, semicírculo, seminovo, ultramoderno. Observação: o hífen sempre deverá ser usado com o prefixo vice. 4.4 Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos: antirrábico, antirreligioso, antissocial, biorritmo, contrarregra, ultrarresistente, ultrassom. 4.5 Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos: anti-inflamatório, contra-atacar, micro-ondas, semi-internato. 4.6 Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos: inter-racial, sub-bibliotecário, super-racista.

Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.

5 Observação: Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r. Exemplos: sub-região, sub-raça, etc. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal. Exemplos: circum-navegação, pan-americano. 4.7 Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperativo, interescolar, superamigo, superaquecimento, superinteressante. 4.8 Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos: além-mar, ex-aluno, pós-graduação, pré-história, recém-nascido, sem-terra. 4.9 Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, capim-açu Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos: girassol, mandachuva, paraquedas, pontapé Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos: Não sabemos o que aconteceu, mas ouviram- -se gritos no local. O presidente recebeu o ex- -funcionário com alegria. Aquilo foi totalmente anti- -higiênico.

7 Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos: hiperativo, interescolar, superamigo, superaquecimento, superinteressante. 4.

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