Regulamento Interno de Segurança e Saúde no Trabalho
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- Maria do Pilar Canário Igrejas
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1 Regulamento Interno de Segurança e Saúde no Trabalho novembro 2014
2 Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora Regulamento de Segurança e Saúde no Trabalho Preâmbulo A integração da valência de Segurança Higiene e Saúde no Trabalho na gestão dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora, para além de um imperativo legal que urge regularizar, corresponde a um posicionamento assumidamente responsável e interessado no desenvolvimento de um espaço de trabalho mais saudável, seguro e adaptado às necessidades e características dos serviços e dos trabalhadores. Por outro lado, o desenvolvimento de uma estrutura formal orientada para a gestão integrada dos aspetos relacionados com a higiene, com a saúde e segurança no trabalho, revela a assumpção de uma gestão eficiente dos recursos disponíveis através da introdução de uma cultura positiva na relação que o trabalhador estabelece com o trabalho e com o meio envolvente. A redução de acidentes e doenças profissionais, a diminuição do absentismo e o aumento da qualidade de vida dos trabalhadores, são hoje compromissos dos quais o SIMAS de Oeiras e Amadora não abdicam no sentido de criar processos e projetos que potenciem o aumento da produtividade e bem-estar dos trabalhadores, bem como a satisfação dos clientes. É neste sentido que é desenvolvido o presente Regulamento que cria as normas de funcionamento da atividade de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, em subordinação aos seguintes objetivos: a. Estabelecimento e manutenção de condições de trabalho que assegurem a integridade física e mental dos trabalhadores; b. Desenvolvimento de condições técnicas que assegurem a adoção das medidas de prevenção; c. Desenvolvimento de uma política de prevenção de riscos profissionais de forma a diminuir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais; Página 1 de 17
3 d. Promoção da participação dos trabalhadores na área da prevenção, segurança, higiene e saúde no trabalho; e. Prevenção de situações de inaptidão, inadaptação, marginalização e discriminação profissional, resistência à mudança ou outros conflitos no trabalho, que revelem, como causa próxima, a perda da aptidão física e equilíbrio psicossocial, provocada pelas condições em que o trabalho é desenvolvido; f. Contribuir para a realização profissional e qualidade de vida dos trabalhadores, tendo em vista o aumento da produtividade e eficácia dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora. O Regulamento considera, na sua redação, a legislação nacional existente (Lei n.º 102/2009, de 10 de Setembro, com as devidas alterações constantes na Lei n.º 3/2014 de 28 de janeiro, que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, e a Portaria n.º 762/2002, de 1 de Julho, que regulamenta a segurança, higiene e saúde no trabalho na exploração dos sistemas públicos de distribuição de água e de drenagem de águas residuais). Foram ouvidas as organizações representativas dos trabalhadores. CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1.º Âmbito O Regulamento de Segurança e Saúde no Trabalho dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento, define as normas relativas à segurança e saúde, aplicáveis a todos os trabalhadores dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora, independentemente do tipo de vínculo laboral e quaisquer que sejam as instalações e locais de trabalho onde exerçam a sua atividade. Página 2 de 17
4 Artigo 2.º Objetivo O Regulamento de Segurança e Saúde no Trabalho dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento, tem como objetivo promover a segurança e saúde nos locais de trabalho, assegurar a integridade física e psíquica dos trabalhadores, assim como a prevenção dos riscos profissionais, por forma a diminuir os acidentes de trabalho e doenças profissionais. Artigo 3º Conceitos Para efeitos deste Regulamento entende-se por: a) Empregador ou entidade empregadora: Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora, nos termos legalmente estabelecidos. b) Dirigente máximo: Presidente do Conselho de Administração c) Trabalhador: pessoa vinculada por nomeação, ou contrato individual de trabalho que desempenhe funções nos SIMAS de Oeiras e Amadora. d) Representante dos trabalhadores: pessoa eleita nos termos da lei para exercer funções de representação dos trabalhadores nos domínios da segurança, higiene e saúde no trabalho. e) Segurança no Trabalho: o conjunto de metodologias adequadas à prevenção de acidentes no local de trabalho, tendo como objetivo a identificação e controlo (eliminação/minimização) de riscos associados ao local de trabalho e ao processo produtivo. f) Higiene no Trabalho: reconhecimento, avaliação e controlo de fatores ambientais gerados no ou pelo trabalho e que podem causar doença, alteração na saúde e bem-estar ou conforto significativos e ineficiência entre os trabalhadores ou entre os cidadãos da comunidade envolvente. g) Saúde no Trabalho: aplicação de conhecimentos/procedimentos médicos destinados à vigilância da saúde dos trabalhadores, com o objetivo de garantir a ausência das doenças originadas e/ou gravadas pelo trabalho e de promover o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores. Página 3 de 17
5 h) Prevenção: Conjunto de atividades ou medidas adotadas ou previstas em todas as fases de atividade do órgão ou serviço, com o objetivo de evitar, eliminar ou diminuir os riscos profissionais. Processo dinâmico e nunca acabado de melhoria contínua das condições de trabalho. i) Local de trabalho: todo o lugar em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde se deve dirigir em virtude do seu trabalho, e em que esteja, direta ou indiretamente, sujeito ao controlo do empregador. j) Componentes materiais do trabalho: os locais de trabalho, o ambiente de trabalho, as ferramentas, as máquinas e materiais, as substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos, os processos de trabalho e a organização do trabalho. k) Equipamentos de trabalho: qualquer máquina, aparelho, ferramenta ou instalação utilizado no trabalho. l) Equipamentos de proteção individual (EPI): todo o dispositivo ou meio destinado a ser utilizado por um trabalhador, com vista a proteger o mesmo contra riscos suscetíveis de constituir uma ameaça à sua saúde ou à sua segurança. m) Equipamentos de proteção coletiva (EPC): todo o dispositivo ou meio destinado a ser utilizado com vista a proteger todos os trabalhadores contra riscos suscetíveis de constituir uma ameaça à sua saúde ou à sua segurança. Artigo 4.º Regulamentos Específicos O presente Regulamento Interno de Segurança e Saúde no Trabalho é complementado com os seguintes regulamentos específicos: a) Regulamento Interno de Procedimentos em caso de Acidente de Trabalho b) Regulamento de Fardamento; c) Regulamento de Equipamentos de Proteção Individual. Página 4 de 17
6 CAPÍTULO II Direitos, Deveres e Garantias das Partes Artigo 5.º Deveres dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento Os Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento obrigam-se a: 1- Respeitar e fazer cumprir a legislação em vigor bem como o presente regulamento. 2- Assegurar aos trabalhadores condições de segurança, higiene e saúde em todos os aspetos relacionados com o trabalho, aplicando as medidas necessárias, tendo em consideração os seguintes princípios de prevenção: a) Integrar no conjunto das atividades e a todos os níveis dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento, a promoção da avaliação dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores, com a adoção de convenientes medidas de prevenção; b) Proceder, na conceção ou construção das instalações, de locais e processos de trabalho, assim como na seleção de equipamentos, substâncias ou produtos, à identificação dos riscos previsíveis, combatendo-os na origem, anulando-os ou limitando os seus efeitos, de forma a garantir um nível eficaz de proteção; c) Ter em conta, aquando da aquisição de máquinas e equipamentos, os que respeitam a legislação em vigor, os ergonomicamente mais adequados e de menor risco para a saúde do utilizador; d) Assegurar que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos nos locais de trabalho não constituam risco para a saúde dos trabalhadores; e) Planificar a prevenção num sistema coerente que tenha em conta a componente técnica, a organização do trabalho, as relações sociais e os fatores materiais inerentes ao trabalho; f) Ter em conta, na organização dos meios, não só os trabalhadores, como também, terceiros suscetíveis de serem abrangidos pelos riscos, aquando da realização de trabalhos, quer nas instalações, quer no exterior; g) Dar prioridade à proteção coletiva em relação às medidas de proteção individual; Página 5 de 17
7 h) Organizar o trabalho procurando atenuar o trabalho monótono e cadenciado e reduzir os riscos psicossociais, com vista à sua eliminação ou, na sua impossibilidade, limitar os efeitos nocivos sobre a saúde dos trabalhadores; i) Assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores em função dos riscos a que se encontram expostos, no local de trabalho; j) Estabelecer, em matéria de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação de trabalhadores, as medidas que devem ser adotadas e a identificação dos trabalhadores responsáveis pela sua aplicação, bem como assegurar os contactos necessários com as entidades exteriores competentes para realizar aquelas operações e as de emergência médica; k) Permitir unicamente a trabalhadores com aptidão e formação adequada, e apenas quando e durante o tempo necessário, o acesso a zonas de risco grave; l) Adotar medidas e dar instruções que permitam aos trabalhadores, em caso de perigo grave e iminente que não possa ser evitado, cessar a sua atividade ou afastar-se imediatamente do local, sem que possam retomar a atividade enquanto persistir esse perigo, salvo em casos excecionais e desde que assegurada a proteção adequada; m) Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso que não ponha em risco a segurança e saúde dos trabalhadores; n) Dar instruções aos trabalhadores quanto à forma de atuação, em caso de emergência; o) Ter em consideração se os trabalhadores têm conhecimentos e aptidões em matéria de segurança e saúde no trabalho que lhes permitem exercer com segurança as tarefas para que foram incumbidos e quando estes não se verifiquem, fornecer a informação e formação necessária para que assim aconteça; p) Promover e dinamizar a formação e informação dos trabalhadores e chefias no âmbito da segurança, higiene e saúde no trabalho; q) Promover a consulta dos representantes dos trabalhadores ou, na sua falta, dos próprios trabalhadores nas matérias a que se refere o artigo 18º da Lei nº 102/2009, de 10 de setembro e sucessivas alterações; r) Monitorizar, sempre que se manifeste oportuno, a manutenção das instalações, máquinas, materiais, ferramentas de trabalho nas devidas condições de segurança; s) Fornecer aos trabalhadores o equipamento de proteção individual e os fardamentos necessários e adequados ao exercício das suas funções; Página 6 de 17
8 t) Suportar a totalidade dos encargos com a organização e funcionamento do serviço de segurança e saúde no trabalho, bem como dos sistemas de prevenção, vigilância e proteção, incluindo todas as medidas necessárias à promoção da segurança e saúde dos trabalhadores. 3- Análise de todos os acidentes de trabalho, com a finalidade de determinar as suas causas, e adoção das medidas necessárias para evitar a sua repetição. 4- Elaboração anual de um relatório de execução de programa de Segurança e Saúde no Trabalho. Artigo 6.º Direito dos Trabalhadores 1 - Os trabalhadores têm direito: a) À prestação de trabalho em condições de Segurança e proteção da Saúde. b) À informação atualizada sobre: i. Os riscos para a segurança e saúde, bem como as medidas de proteção e de prevenção e a forma como se aplicam, relativos, quer ao posto de trabalho ou função, quer em geral aos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento; ii. As medidas e instruções a adotar em caso de perigo grave e iminente; iii. As medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos trabalhadores em caso de sinistro, bem como os trabalhadores ou serviços encarregados de as pôr em prática. c) Sem prejuízo da formação adequada, a informação anteriormente referida deve ser sempre proporcionada ao trabalhador nos seguintes casos: i. Admissão na organização; ii. Mudança de postos de trabalho ou de funções; iii. Introdução de novos equipamentos de trabalho ou alteração dos existentes; iv. Adoção de uma nova tecnologia. d) A ser consultados previamente e em tempo útil sobre: i. A avaliação dos riscos para a segurança e saúde no trabalho; ii. As medidas de higiene e segurança antes de serem postas em prática ou, logo que seja possível, em caso de aplicação urgente das mesmas; iii. As medidas que, pelo seu impacte nas tecnologias e nas funções, tenham repercussão sobre a segurança e a saúde no trabalho; Página 7 de 17
9 iv. O programa e a organização da formação no domínio da segurança, higiene e saúde no trabalho; v. A designação do representante do empregador que acompanha a atividade da modalidade de serviço adotada; vi. A designação e a exoneração dos trabalhadores que desempenham funções específicas nos domínios da segurança e saúde no trabalho; vii. A designação dos trabalhadores responsáveis pela aplicação das medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e da evacuação dos trabalhadores, a respetiva formação e o material disponível; viii. A modalidade dos serviços a adotar bem como o recurso a serviços externos à empresa e a técnicos qualificados para assegurar a realização de todas ou parte das atividades de segurança e saúde no trabalho; ix. O equipamento de proteção que seja necessário utilizar; x. As informações referidas na alínea b) do n.º 1; xi. A lista anual dos acidentes de trabalho mortais e dos que ocasionem incapacidade para o trabalho superior a três dias úteis, elaborada até ao final de Março do ano subsequente; xii. Os relatórios dos acidentes de trabalho. e) A apresentar propostas, suscetíveis de minimizar qualquer risco profissional. f) Ao acesso: i. Às informações técnicas objeto de registo; ii. Aos dados médicos coletivos, não individualizados; iii. Às informações técnicas provenientes de serviços de inspeção e outros organismos competentes no domínio de segurança e saúde no trabalho. g) A suspender a execução do trabalho em caso de perigo iminente e grave para a sua vida ou de terceiros, devendo, logo que possível, informar a hierarquia e os serviços internos de segurança, higiene e saúde. h) A realizar exames de saúde no âmbito da medicina do trabalho. i) A eleger e a poderem ser eleitos representantes dos trabalhadores para esta temática. Página 8 de 17
10 Artigo 7.º Deveres dos trabalhadores 1- Constituem deveres dos trabalhadores: a) Cumprir o disposto no presente regulamento e na restante legislação existente; b) Zelar pela sua segurança e saúde, bem como pela segurança e saúde das outras pessoas que possam ser afetadas pelas suas ações ou omissões no trabalho; c) Utilizar corretamente, e segundo, as instruções transmitidas, as máquinas, os aparelhos, os instrumentos, as substâncias perigosas e outros equipamentos e meios postos à sua disposição, designadamente os equipamentos de proteção coletiva e individual, bem como cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos; d) Cooperar, com os Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento para a melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde no trabalho; e) Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível, aos responsáveis da segurança, higiene e saúde, as avarias e deficiências detetadas que se lhe afigurem suscetíveis de originar perigo grave e iminente, assim como qualquer defeito verificado nos sistemas de proteção; f) Em caso de perigo grave e iminente, não sendo possível estabelecer contacto imediato com o superior hierárquico ou com os trabalhadores que desempenham funções específicas nos domínios da segurança, higiene e saúde no local de trabalho, adotar as medidas e instruções estabelecidas para tal situação; g) Tomar conhecimento da informação e participar na formação, proporcionadas pelos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento, sobre segurança, higiene e saúde no trabalho; h) Comparecer aos exames médicos e realizar os testes que visem garantir a segurança e saúde no trabalho; i) Prestar informações que permitam avaliar, no momento da admissão, a sua aptidão física e psíquica para o exercício das funções correspondentes à respetiva categoria profissional, bem como sobre factos ou circunstâncias que visem garantir a segurança e saúde dos trabalhadores, sendo reservada ao médico do trabalho a utilização da informação de natureza médica. Página 9 de 17
11 2- Os titulares de cargos de dirigentes, coordenadores técnicos e encarregados, devem cooperar, de modo especial, em relação aos serviços sob o seu enquadramento hierárquico e técnico, com a Divisão de Gestão de Recursos Humanos, na execução das medidas de prevenção e de vigilância da saúde. 3- Os trabalhadores não podem ser prejudicados por causa dos procedimentos adotados na situação referida na alínea f) do número 1, nomeadamente em virtude de, em caso de perigo grave e iminente que não possa ser evitado, se afastarem do seu posto de trabalho ou de uma área perigosa, ou tomarem outras medidas para segurança própria ou de terceiros. 4- Se a conduta do trabalhador tiver contribuído para originar a situação de perigo, o disposto no número anterior não prejudica a sua responsabilidade, nos termos gerais. 5- As medidas e atividades à segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho não implicam encargos financeiros para os trabalhadores, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar e civil emergente do incumprimento culposo das suas obrigações. 6- As obrigações dos trabalhadores no domínio da segurança e saúde nos locais de trabalho não excluem a responsabilidade dos Serviços Intermunicipalizados pela segurança e saúde daqueles em todos os aspetos relacionados com o trabalho. Artigo 8.º Deveres específicos dos trabalhadores que ocupam cargos de direção 1 A promoção das normas previstas no presente Regulamento e demais legislação sobre a segurança, higiene e saúde no trabalho é da competência dos responsáveis que exercem o poder hierárquico ao nível de cada unidade orgânica. 2- Constituem deveres específicos dos trabalhadores que ocupam cargos de direção: a) Conhecer a legislação de segurança, higiene e saúde aplicável na respetiva unidade orgânica; b) Cumprir e fazer cumprir o presente Regulamento e os Regulamentos Específicos; c) Aplicar na sua unidade orgânica as políticas e programas de prevenção, segurança e higiene definidas; Página 10 de 17
12 d) Informar e/ou solicitar a intervenção da Divisão de Gestão de Recursos Humanos quando os trabalhadores revelarem inadaptação ao posto de trabalho; e) Colaborar na análise de acidentes de trabalho e diligenciar as medidas necessárias para evitar a sua repetição; f) Suspender a execução do trabalho em caso de risco iminente para a integridade e saúde dos trabalhadores; g) Informar a Divisão de Gestão de Recursos Humanos de todas e quaisquer situações que coloquem em risco a integridade física e psíquica dos trabalhadores; h) Respeitar as recomendações emanadas pelos serviços internos competentes; i) Colaborar nas auditorias internas e externas de segurança; j) Promover a segurança dos trabalhadores afetos à sua unidade orgânica; k) Solicitar atempadamente os meios de proteção individual e os fardamentos, definidos como obrigatórios nos regulamentos específicos; l) Fazer respeitar a sinalização de segurança; m) Promover a não deterioração, nem a alteração da localização dos meios de combate a incêndios afetos à sua unidade orgânica, bem como comunicar à Divisão de Gestão de Recursos Humanos qualquer anomalia detetada; n) Colaborar em estudos realizados nos locais de trabalho. CAPÍTULO III Representação dos Trabalhadores Artigo 9.º Representantes dos trabalhadores 1- Os representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho, são eleitos pelos trabalhadores por voto direto e secreto, segundo o princípio da representação, aplicando-se o método de Hondt. 2- O número de representantes dos trabalhadores é definido de acordo com o número de trabalhadores ao serviço dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento à data da eleição, nos termos do n.º 4, do artigo 21º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro na sua redação atual. Página 11 de 17
13 3- O exercício das funções dos representantes dos trabalhadores não implica a perda de quaisquer direitos ou regalias. 4- Os Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento garantem aos representantes dos trabalhadores, formação suficiente e adequada no domínio da segurança e saúde no trabalho, bem como a sua atualização, quando necessária. 5- O mandato dos representantes dos trabalhadores é de três anos. 6- A substituição dos representantes só é admitida no caso de renúncia ou impedimento definitivo, cabendo a mesma, aos candidatos efetivos e suplentes pela ordem indicada na respetiva lista. Artigo 10.º Crédito de horas 1. Os representantes dos trabalhadores dispõem, para o exercício das suas funções, de um crédito de cinco horas por mês. 2. O crédito de horas referido no número anterior não é acumulável com créditos de horas de que o trabalhador beneficie por integrar outras estruturas representativas dos trabalhadores. 3. A intenção de gozar do direito ao crédito de horas deve ser comunicada aos SIMAS, por escrito e com uma antecedência mínima de 2 dias, salvo motivo atendível. Artigo 11.º Processo de eleição 1- O processo eleitoral é promovido pelo sindicato que tenha trabalhadores representados, ou subscrita, no mínimo, por 100 ou 20% dos trabalhadores, não podendo nenhum trabalhador subscrever ou fazer parte de mais de uma lista. 2- A comunicação da eleição deve ser com uma antecedência mínima de 90 dias, à data do ato eleitoral, nos termos do n.º 3, do artigo 27º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro na sua redação atual. 3- A eleição dos representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho é realizada nos termos dos artigos 26º ao 40º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro na sua redação atual. Página 12 de 17
14 Artigo 12.º Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho 1- A Comissão de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, é um órgão de composição paritária, para consulta e cooperação regular e periódica em matéria de informação e formação dos trabalhadores, de prevenção dos riscos profissionais e promoção da saúde no trabalho, criada por instrumento de regulamentação coletiva negocial, nos termos do artigo 23º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro na sua redação atual. 2- O mandato da comissão é de três anos. 3- Compete à Comissão: a) Analisar relatórios, informações e dados estatísticos produzidos na área da segurança e saúde no trabalho, designadamente os elementos disponíveis relativos aos acidentes e doenças relacionadas com o trabalho; b) Realizar visitas aos locais de trabalho no âmbito de avaliações de riscos; c) Emitir parecer sobre o plano e o relatório de atividades para a área da segurança e saúde no trabalho; d) Propor iniciativas no âmbito da prevenção de riscos, tendo em vista a melhoria contínua das condições de trabalho e apresentar propostas, sempre que tal se justifique. CAPÍTULO IV Serviço de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Artigo 13.º Organização 1- Os Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento garantem a organização e o funcionamento do Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho, de forma a abranger todos os trabalhadores. 2- Os Técnicos de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento encontram-se integrados na Divisão de Gestão de Recursos Humanos, designado por Setor de Segurança e Saúde Ocupacional. Página 13 de 17
15 Artigo 14.º Atividade 1 Os serviços que desenvolvem atividade no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho, assumem as competências previstas no Regulamento Geral dos Serviços; 2 Para além das competências a que se refere o número anterior, a valência de Segurança e Saúde no Trabalho desenvolve ainda, as seguintes atividades: a. Apoiar o Conselho de Administração no desempenho dos seus deveres, previstos no artigo 4.º, do presente regulamento; b. Emitir pareceres técnicos na fase de projeto e de execução, sobre as medidas de prevenção relativas às instalações, locais, equipamentos e processos de trabalho; c. Identificar e avaliar os riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores e controlar periodicamente os riscos resultantes da exposição a agentes químicos, físicos, biológicos e psicossociais; d. Planear a prevenção, integrando, a todos os níveis e para o conjunto das atividades, a avaliação dos riscos e as respetivas medidas de prevenção; e. Elaborar a proposta de plano de atividades de segurança e higiene do trabalho e o programa de prevenção de riscos profissionais; f. Informar e formar os trabalhadores sobre os riscos para a segurança, higiene e saúde, bem como sobre as medidas de proteção e de prevenção; g. Estudar os locais e postos de trabalho do ponto de vista Físico, Químico, Biológico e Psicossocial; h. Organizar os meios destinados à prevenção, propondo medidas de proteção coletiva e individual e coordenando as medidas a adotar, em caso de perigo grave e iminente; i. Propor a implementação de meios de combate a incêndios; j. Propor a implementação de sinalização de segurança nos locais de trabalho; k. Analisar os acidentes de trabalho e as doenças profissionais; l. Recolher e organizar os elementos estatísticos relativos à segurança e higiene dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento; m. Coordenar as inspeções internas de segurança sobre o grau de controlo dos riscos e sobre a observância das normas e medidas de prevenção nos locais de trabalho; n. Articular a sua ação com o Núcleo de Saúde. Página 14 de 17
16 2 Os Serviços internos competentes devem exercer regularmente a sua atividade nos locais de trabalho. 3 Aos Serviços internos competentes não deve ser vedado o acesso a qualquer local de trabalho, a qualquer hora, bem como o contacto com os trabalhadores. Artigo 15.º Núcleo de Saúde 1- A responsabilidade técnica da vigilância da saúde cabe ao médico do trabalho e ao enfermeiro do trabalho, que está obrigado a sigilo profissional. 2- O Núcleo de Saúde dispõe de autonomia e independência técnica e científica na sua atividade. 3- O Núcleo de Saúde deverá desenvolver as seguintes atividades: a. Promover a vigilância da saúde, bem como a organização e manutenção dos registos clínicos de cada trabalhador, no quadro das normas legais em vigor; b. Recolher e organizar os elementos estatísticos relativos à saúde dos trabalhadores dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento; c. Promover a realização dos exames médicos legalmente previstos; d. Alterar, a periodicidade dos exames médicos, face ao estado de saúde dos trabalhadores e os resultados da prevenção dos riscos profissionais; e. Garantir o sigilo profissional do processo clínico dos trabalhadores; f. Assegurar o preenchimento das fichas de aptidão face a resultados dos exames de admissão, periódicos e ocasionais, dando conhecimento superiormente; g. Articular a sua ação com a Divisão de Gestão de Recursos Humanos. Artigo 16.º Comunicação e Fornecimento da Informação Técnica 1 - Todos os serviços devem fornecer à Divisão de Gestão de Recursos Humanos, os elementos técnicos sobre os equipamentos e a composição dos produtos utilizados. 2 A Divisão de Gestão de Recursos Humanos deve ser informada sobre todas as alterações dos componentes materiais do trabalho e consultados, previamente, sobre todas as situações com repercussão na segurança, higiene e saúde dos trabalhadores. Página 15 de 17
17 CAPITULO V Disposições Finais Artigo 17.º Conhecimento dos trabalhadores Este Regulamento é do conhecimento obrigatório de todos os trabalhadores dos Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento, devendo ser atribuído um exemplar a cada um e promovidas as adequadas medidas de divulgação. Artigo 18.º Violação Culposa A violação culposa do disposto no presente regulamento é passível de procedimento disciplinar nos termos legais. Artigo 19.º Regulamentação Especial Todas as normas não previstas no presente regulamento poderão ser alvo de regulamentação especial através de determinação do Conselho de Administração, e ouvidos os Representantes dos Trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho, sob proposta destes ou da Divisão de Gestão de Recursos Humanos. Artigo 20.º Normas supletivas Em tudo o que for omisso no presente Regulamento e nos Regulamentos Específicos, aplicar-se-á, com as devidas adaptações, a legislação em vigor. Página 16 de 17
18 Artigo 21.º Entrada em vigor O presente Regulamento entra em vigor 90 dias após aprovação do Conselho de Administração. Página 17 de 17
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