PENTECOSTES SEGUNDO ATOS

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1 PENTECOSTES SEGUNDO ATOS 2,1-14* Eliene de Sousa Machado Cardoso** Resumo: após a ascensão de Jesus o Pentecostes deu às igrejas sua força e caráter, à medida que através de uma nova leitura de sua celebração, apresentou uma proposta ecumenica, oikoumene que possibilitou a troca de experiência litúrgica entre grupos que não tinham muita comunicação, através da manifestação do Espirito Santo, representado como línguas de fogo, assim, a pregação da mensagem de Cristo kerigma, pôde alcançar pessoas de diferentes comunidades, dando uma só voz aos ouvidos das mais variadas línguas e dialetos ali presentes. Palavras-chave: Pentecostes. Línguas de Fogo. Espirito Santo. Kerigma. Historicamente havia na igreja primitiva, uma maior complexidade de entendimento acerca dos fatos ligados a religiosidade. Todavia, de certo modo um fato marcante para o surgimento dos Cristianismos Originários e consequentemente da igreja foi o advento do primeiro Pentecostes em Jerusalém após a ascensão de Jesus. Por intermedio da troca de experiências de varios grupos do inicio do cristianismo, que anteriormente não se comunicavam, mas que através da ação do espirito Santo e da mensagem de Cristo proclamada Kerigma, começaram a.professar que Jesus era o Cristo, o Messias prometido, considerado o Filho de Deus. (FERREIRA, 2012, p. 10-8). * Recebido em: Aprovado em: * Mestranda em Ciências da Religião na PUC Goiás. Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

2 O nome Pentecostes vem do Grego que significa cinquenta dias após a comemoração da festa da Páscoa. Esta festa também era conhecida como festa das Semanas, festa das Colheitas. Esse desdobramento acaba por revelar características peculiarmente de celebração agrícola de uma festa situada no período das colheitas com duração de sete semanas, em que todos poderiam participar inclusive estrangeiros, mulheres e pobres. E durante as semanas de celebração e adoração e agradecimento pelas boas colheitas às pregações Kerigmas eram reconhecidas como alimentos para o Espírito. Inicialmente, o sentido de celebração de Pentecostes do grego Pentekostés, era o agradecimento pela terra e seu fruto mais tarde passou a ter um significado de reconhecimento e reverência a Deus por ter concedido a lei conhecida como Torá, que se resume no Pentateuco que são os cinco primeiros livros bíblicos. Esta ideia de celebrar a Torá como um presente divino de ensinamentos deixados por Deus aos homens era com toda certeza a idealização de pentecostes em At 2 (BERGANT, 2010, p. 149). Em Atos temos a narrativa de como os discípulos receberam o Espirito Santo e deram continuidade as obras de Cristo. Lucas inicia o evangelho sob o ponto de vista de que o mesmo Espirito Santo que desceu no dia de Pentecostes, era o mesmo Espirito que estavam com os apóstolos quando foram escolhidos e instruídos por Jesus. At 2, 1: DIA DE PENTECOSTES. Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. O Pentecostes era uma das grandes festas anuais dos judeus, nas semanas de comemoração Jerusalém recebia peregrinos vindosde varias regiões próximas para as festividades que duravam sete semanas. Quando em At 2,1 cita que estavam todos reunidos no mesmo lugar. Presumimos que havia aqueles cento e vinte discípulos, os doze apóstolos, Maria, algumas outras mulheres e parentes próximos de Jesus. Não se sabe ao certo onde os discípulos estavam reunidos, entretanto, o certo é que pode ser que eles não tenham se reunido em uma casa particular, se formos levar em conta o número de pessoas não caberia em uma residência, poderia, contudo estar reunidos em um lugar público, ou até mesmo ao ar livre. Não se pode, entretanto, excluir nenhumas 654 Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

3 das possibilidades, pois o lugar exato, onde ocorreu não é especificado (ODORÍSSIO, 1930, p. 23-4). Entretanto, o fato das pessoas ficarem sabendo de forma muito rápida, sugere que os discípulos estariam num lugar onde podiam ser vistos, como por exemplo, no pátio externo do templo. A utilização da palavra casa ¹, no v. 2 não descarta esta hipótese, embora tivéssemos a expectativa de que se fizesse menção ao templo se a reunião de fato, houvesse se realizado nele (WILLIANS, 1996, p. 50). At 2,2-3: TEOFANIA At 2,2: De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. No dia de Pentecostes, os apóstolos estavam todos reunidos, juntamente com Maria, as mulheres e os demais parentes de Jesus e outros 120 discipulos ali presentes. Quando derepente ouviram um barulho de um forte vento que invadiu todo aquele lugar. (STORNIOLO, 2008, p. 29). At 2,3: Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todavia, com toda certeza acontecera algo naquele dia que acabou convencendo os discípulos do fato de que o Espírito Santo de Deus havia descido sobre ele e que eles tinham sido batizados com o Espírito Santo, como Jesus preveu que seriam (At 1,5). Lucas começa a descrever a cena: ² De repente veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso. A expressão veio do céu, reflete um acontecimento sobrenatural. Observamos o termo como se, e notamos que não era propriamente um vento, mas uma simbologia e representação da presença e do Poder Divino. Visto que, este Poder sugerido pelo vento impetuoso, simbolizava nele o instante da presença do Espírito de Deus. At 2, 3: AS LÍNGUAS DE FOGO E com o ruido de uma grande ventania, Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.. Notoriamente observamos que somente pelo Espirito Santo através de línguas de fogo, os doze poderiam compreender que aquele era de fato Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

4 um meio em que o poder de Deus era dado aos humanos como missão de pregar o evangelho a todos sem distinção de credo, raça ou língua. Segundo Delarue (1970, p. 48), podemos representar o Espirito como a presença espiritual de Jesus, cuja soberana importância, cuja imperiosa necessidade se faz justamente sentir desde que desapareceu a presença corporal do Salvador. Essa simbologia do fogo tem uma representação diferenciada, tendo o elemento fogo significado de purificação, oportuno se torna dizer que, as línguas de fogo que se pousaram sobre cada um presentes em Pentecostes, simbolizava a purificação daqueles discípulos por Deus, para que pudessem receber o Espirito Santo. O Espiríto Santo apareceu como línguas de fogo que divididos pousaram sobre cada um deles. A ação do Espírito Santo sobre os Apóstolos os fizeram Fortes, Corajosos e Santos para proclamar fielmente o Evangelho a todos. E através das línguas de fogo, puderam pregar o Cristianismo através da luz da verdade demonstrando a linguagem do amor unilateral aos novos cristão convertidos em Jerusalém de comunidades de representantes de nações de todo o mundo conhecido daquela época. (STORNIOLO, 2008, p. 29). Delarue (1970, p. 48) nos esclarece que [...] O Espirito foi dado, sem tardar, aos apostólos, devidamente preparados, numa manifestação tão veemente que se tornou tumultuosa, naquela manhã de Pentecostes. Aqueles discípulos de certa forma exerciam a representação de toda a igreja, e passaram por aquela experiência de experimentação da ação do Espirito Santo em suas vidas como um acontecimento revolucionário para eles. É possivel imaginarmos que sentiram o mover do Espirito Santo, queimando suas imperfeições espirituais a fim de que, em seguida pudessem ser moldados segundo os propósitos de Deus para a propagação do Cristianismo. At 2, 4: RECEPÇÃO DO ESPÍRITO SANTO 4 Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Apesar da subjetividade da expressão cheios do Espirito Santo ², Podemos verificar que o fato dos discípulos terem experimentado uma experiência divina, e sentiram-se envolvidos pelo estado de graça, que contribuiu para a reconstrução do ímpeto religioso. Passaram, contudo, a sentir-se encorajados, não temendo em certos instante a nenhuma forma de represália, pois desde a Ascenção 656 Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

5 de Jesus, eles estavam mais prudentes e comedidos em suas pregações. Todavia sentiam-se acolhidos por Deus, por ter-lhes concedido uns dos mais belos dons que é falar as línguas concedidas pelo Espirito Santo, houve então, uma explosão de sentimentos naquele instante, como se estivessem nascendo de novo, só que desta vez fortes e cheios do Espirito. A vinda do Espirito Santo, faz parte do quadro propulsor das forças da Palavra e da Fé que juntas são capazes de determinar a união entre os fieis, à medida que os capacita a entender e receber a mensagem da salvação. Essa integração que alcançou todos os presentes no dia de Pentecostes proporcionou ao homem uma maior aproximação para com Deus. (STADELMANN, 1985, p. 10). At 2, 5-6: O POVO SE MARAVILHA. Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua.. Naquele dia, romperam- se as barreiras da linguagem e criou-se uma comunicação a fim de se anunciar o Evangelho (MESTERS, 1985, p. 25). Os discípulos após receberem o Espirito Santo e a Purificação, começaram a falar em línguas que podiam ser compreendidas por todos aqueles ouvintes em suas próprias línguas ou dialetos. Entretanto Lucas não se refere ao fenômeno da glossolalia (Falar em línguas) em que não se compreende o que esta sendo falado (estado de êxtase), muito pelo contrário a linguagem é transmitida em uma única língua e compreendidas em varias línguas de forma clara e precisa, como se o Espirito Santo fosse traduzindo simultaneamente e, sobretudo individualmente a Kerigma a cada um, respeitando suas culturas, sem a imposição do evangelho que deveria ser recebido de forma espontânea para que fosse possível a compreensão no mesmo Espirito da linguagem de Deus e de Jesus. At 2,7-11: JUDEUS DE TODAS AS PARTES De acordo com At 2,7- c11, temos que: 7 Profundamente impressionados manifestavam a sua admiração: Não são, porventura, galileus todos estes que falam? 8 Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

6 9 Partos, medos, Elamitas; os que habitam a Macedônia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia; 10 a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos; 11 Judeus ou prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus! Essa passagem acaba por revelar uma dimensão cultural totalmente diferenciada em que estava envolvida a cidade de Jerusalém, na ocorrência da festa de Pentecostes. Notoriamente, os Judeus que iam para Jerusálem e vinham de todas as partes do Império Romano, estavam em Jerusalém celebrando Pentecostes. Todos aqueles judeus que estavam reunidos em Jerusalém eram fruto das diversas diásporas que ocorreram em todo contexto histórico de Israel, mas que se mantiveram religiosamente ligados ao judaísmo. Aquela era uma ocasião de festejo, em que pessoas vinham de vários lugares para celebrar Pentecostes (At 2,9-11). Percebe-se que todas as pessoas citadas, falavam uma língua diferente de acordo com a região em que habitavam. Todos ficaram impressionados porque podiam ouvir o povo da Galiléia não falando possivelmente em aramaico, mas em seus idiomas de origem. Naquele dia, todos puderam entender o que os apóstolos estavam dizendo, porque o Espirito Santo lhes deu o Dom de falar outros idiomas. O mover do Espirito Santo, tornou o acontecimento do Pentecostes marco inicial para a igreja. Á medida que, em meio à multidão pessoas identificaram em que línguas os discípulos estavam realizando sua adoração a Deus, afirmando se tratavam de galileus. Haja vista que alguns grupos ou comunidades tinham tendência a desprezar os Galileus, como eram o caso dos de origem da Judéia (LOPES, 1999, p. 51). Para alguns daqueles judeus, não importava a distância, faziam questão de todos os anos irem a Jerusalém realizar o pagamento anual do imposto ao templo, a distância a ser percorrida, não era problema capaz de impedir a ida de um judeu ao templo a fim de comemorar todas as festas judaicas, sobretudo a festa de Pentecostes, em que era feita a festa das colheitas. Lucas menciona que o evangelho espalhou-se por todo o oriente Médio e bacia do mar Mediterrâneo, não se esquecendo de também de incluir os Judeus da vizinhança, naquele dia, todos puderam ouvir através das Línguas de fogo, a mensagem do Cristianismo que era espalhado por 658 Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

7 todos os lugares, alicerçando as bases da Igreja, a partir de Jerusalém, através do testemunho cristão (COMBLIM, 1988, p. 87). Podemos associar as línguas de fogo ao calor do amor que queima a divisão geográfica e cultural e cria uma comunidade nova que se estabelece definitivamente, comunicando-se não somente pela linguagem humana, que poderá falhar em certos momentos, mas, sobretudo pela linguagem do amor, que é universal. Naquelas várias culturas a linguagem do amor era uma só. Todos eram capazes de entendê-la, por este motivo o Espirito Santo naquele dia distribuiu um Dom de Línguas, que expressou todo o amor de Deus não só pelos Judeus, mas também pelos Gentios. At 2, 12-13: REAÇÃO DOS OUVINTES At 2,12: Estavam, pois, todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: Que significam estas coisas?. O novo Pentecostes é uma Babel ao contrário. Em Babel, um espírito contrário ao projeto de Deus acabou planejando a construção idolátrica com a consequente dispersão dos homens. Em Pentecostes, o Espírito Santo protagoniza um projeto que é capaz de unir a todos (CNBB, 2001, p. 47). As pessoas estavam confusas e assustadas com aquelas manifestações do Espírito Santo e começaram a fazer varias perguntas peculiares àquele momento de contato direto que foi estabelecido com Deus, em que pela primeira vez as línguas chamadas de Fogo, tiveram uma ação diferenciada, das demais já apresentadas nas escrituras, devido a sua clareza de compreensão e alcance no entendimento de todos os povos ali presentes (ODORÍSSIO, 2001, p. 23-5). At 2,13: Outros, porém, escarnecendo, diziam: Estão todos embriagados de vinho doce. O fato de alguns acharem acontecendo não passava de acontecimentos sem importâncias, de quem não sabia o que estava dizendo ou até mesmo os julgava como se supostamente estivessem sob o efeito alcólico. Segundo Grelot, (1976, p. 119) Lucas em Atos dos apóstolos consegue reverter o castigo acontecido na torre de Babel (Gn 11, 1-9), em Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

8 que os seus habitantes apesar de falarem a mesma língua não conseguiam entender uns aos outros. Para Grelot, (1976, p. 119) O entusiasmo religioso é sempre algo ambíguo em que uma interpretação humana é proposta pelos espectadores para explicar esta manifestação da fé.. Ainda Segundo Valério (2001, p. 82) acerca do Pentecostes: O relato objetiva a dispersão como certa prevenção, para evitar o pior, mas não como castigo propriamente dito. Na verdade, a intervenção de Deus é solução e salvação para a humanidade, pois preserva a singularidade, a autonomia e a liberdade das pessoas e dos povos. Neste projeto de pluralidade, a diversidade das línguas tem papel fundamental. Em Babel ocorreu uma dispersão para evitar o pior, lá às pessoas de forma confusa, começaram a falar vários idiomas e não entendiam umas as outras, mas não podemos tomar como castigo propriamente dito. Na verdade, foi como uma intervenção de Deus para solução e salvação da humanidade, com o intuito de preservar a singularidade, a autonomia e a liberdade das pessoas e dos povos. A reversão do ocorrido em Babel em comparação a Pentecostes objetiva demonstrar que Deus interviu naquele acontecimento, a fim de criar uma unidade espiritual entre os discípulos de Jesus. Esta intervenção Divina ocorrida em Pentecostes inverteu o julgamento de Babel. Os Apóstolos de Jesus começaram a falar, enquanto a mensagem (Kerigma) era ouvida por todos os discípulos em seu próprio idioma, como se fosse uma tradução simultânea enviada pelo Espirito Santo a todos ali presentes. Em Jerusalém, em virtude das celebrações de pentecostes havia judeus de varias nações, que apesar das diferenças encontradas entre os grupos que pertenciam, tiveram um momento de ecumenismo em que puderam presenciar o nascimento da igreja através do testemunho das maravilhas contadas de forma compartilhada com pessoas de comunidades de diferentes lugares (COMBLIN, 1988, p. 87) Em Pentecostes até mesmo aqueles que falavam diversas línguas eram capazes de entender as mensagens dos apóstolos. Podendo-se desta forma dar-se continuidade a missão de Cristo, levando, pois a compreensão da palavra, através do espirito Santo, como havia prometido Jesus, revelando assim as grandezas de Deus. 660 Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

9 OS DONS DE LÍNGUAS INTELIGÍVEIS Ao analisarmos detalhadamente o dia de Pentecostes, notamos que durante sua celebração, havia uma santa Convocação, onde todos os homens israelitas eram obrigados a estarem presentes no Santuário. (Lv. 23, 16,21). Quando o Espirito Santo deu a cada um dos seus discípulos a língua de fogo, eles começaram a falar, a mensagem de Cristo, que podia ser entendida na linguagem nativa das diferentes pessoas ali presentes, cada uma de acordo com sua origem. Naquela ocasião havia dois grupos de judeus. Os que visitavam Jerusalém em virtude da celebração de Pentecostes (At 2,9-11) e também aqueles que eram nativos da região de Jerusalém e Judéia (At 2,13). Entretanto, nem mesmo os nativos sabiam falar sobre o Dom de línguas, haja vista que taxaram os apóstolos de bêbados, por não entenderem o que estava acontecendo. O Dom de Línguas não é um dom em que Deus fala com os homens, muito pelo contrário, são os homens falando com Deus que o caracteriza. Em pentecostes, não há a pregação do evangelho em línguas diversas, mas sim o falar das maravilhas e grandezas de Deus (At 2,11). A adoração a Deus, através das línguas dos povos pagãos de onde aqueles Judeus vieram, causou perplexidade nos demais Judeus que achavam que a sua língua era a única que podia ser entendida por Deus, pois se achavam escolhidos por Ele. Deus, entretanto, mostra sua aceitação em relação aos demais povos, demostrando que os gentios convertidos também poderiam ser participantes das promessas de Cristo. Assim os Judeus incrédulos, tomados por ciúmes e descontentamento enfureceram- -se ao saber que o Deus de Israel, passara a ser também o Deus de todos os povos das diversas línguas e das inúmeras nações. Para Ferreira (2012, p. 18): [...] Além de herdar a missão de Jesus, a igreja herdou também a sua linguagem. Era sua missão proclamar o amor de Deus a todas as gentes. A linguagem do amor sempre foi e sempre será compreendida por todos, de qualquer cultura, nação, língua, idade etc. [...] Porque a linguagem do amor é universal. Esta linguagem é compreendida por todo ser humano. A finalidade do Dom de línguas completou-se em Pentecostes, com o fato de Judeus e Gentios fazerem parte de um mesmo Corpo (igreja) Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

10 em que a Cabeça é Jesus Cristo, passou, entretanto, a ser entendido, não sendo mais contestado, mas aceito e compreendido através da missão do amor de Deus aos povos, através da expressão da linguagem do amor. At 2,14: AS PRIMEIRAS CONVERSÕES Apesar de não ser o primeiro sermão de Atos, sem duvida alguma, o sermão de Pedro, foi o mais importante, pois se tornou o marco inicial na proclamação do Cristianismo. Na pregação de Pedro temos o primeiro exemplo de kerigma 4, em que é mencionado a morte de Jesus e seu ministério, preocupando-se em demonstrar que Jesus é o Messias e dessa forma dar ênfase a Ressurreição e Ascensão do Senhor. Analisando exemplos de kerigma em Atos, de acordo com Dodd (apud WILLIAMS, 1996, p. 61), identificamos seis elementos primordiais para sua caracterização: falava-se em cumprimento das profecias; ressaltavam o fato de que cumprimento profético havia sido feito na obra e na Pessoa de Jesus, dando especial destaque a sua morte e ressurreição, colocava-se como prova de que Jesus é o Cristo; a exaltação de Cristo era a presença marcante do Espírito Santo na igreja como sinal do seu poder; Cristo irá voltar; era preciso os ouvintes crer e se arrependerem de seus pecados. Contudo, apesar de nem todos estes elementos estarem presentes todas as vezes que Cristo é proclamado, somente o fato de aparecem com frequência alguns desses elementos já se consegue estabelecer um padrão definido de pregação (Kerigma). (GRELOT, 1976, p. 120). Adoniran (2001, p ) apresenta-nos alguns caminhos para um entendimento acerca do papel do Espírito Santo no livro dos Atos, Classificando o capítulo 2 de atos como uma forma reflexão interior. Em At 2, grande parte das formas de kerigma demonstra uma linguagem que nos coloca em contato direto com as tradições primitivas da história de Jesus. Lucas, entretanto, procurou desenvolver um trabalho de registro teólogico confiável em que procurava relatar o que havia sido dito nessas ocasiões, como as palavras originais dos pregadores dos sermões. Pedro ao perceber que as pessoas zombavam dos discípulos dizendo que estavam bêbados, prontamente os defendeu alegando que àquela hora 662 Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

11 da manhã eles jamais poderiam estar embriagados, e explicou naquele sermão que como havia sido profetisado por Joel aconteceria (Atos 2,17). Neste cenário, Pedro, ressaltou ainda que aquela era uma manifestação de derramamento de Espirito de Deus sobre todos naquele lugar, portanto, à medida que ia pregando as pessoas aproximavam-se atentas para ouvi-lo dizer sobre Jesus crucificado, que ele os apresentava com sendo um Ressurreto dentre os mortos, que havia sido constituído por Deus como Senhor e Cristo. Por fim, considera-se, que diante de tão belas palavras cerca de 3000 (três mil) pessoas 5 se converteram, fundando-se naquele momento o Cristianismo. Que através da Kerigma dos discípulos de Cristo. no dia de Pentecostes, foi possível fazer reunificação dos povos que estavam dispersos, abrindo caminhos atraves do Cristianismo para que a igreja continuasse sua caminhada ao longo dos anos, alcançando pessoas, desde os vilarejos mais remotos, até os lugares mais longínquos, para que continue se cumprindo as profecias e nenhum individuo deixe de conhecer Cristo, como exemplo de retidão e grandeza de amor incondicional. PENTECOST AND FIRE BY THE HOLY SPIRIT (Acts 2, 1-14) Abstract: after Jesus ascension to Pentecost churches gave their strength and character, as through a new reading of its celebration, presented a proposal for ecumenical, oikoumene that enabled the exchange of experience between liturgical groups that did not have much communication through the manifestation of the Holy Spirit, represented as tongues of fire, so the preaching of Christ s message kerygma, could reach people in different communities, giving a voice to the ears of various languages and dialects present there. Keywords: Pentecost Languages Fire. Holy Spirit. Kerygma. Notas ¹ Do grego OIKOS, Oikia, em grego, é o plural de Oikos, casa, e servia para designar as antigas tribos formadas pelos aglomerados de casas que precederam a formação da pólis, as cidades. Entre essas casas havia uma relação de parentesco ancestral, que fazia com que todos formassem uma grande família. ² Ser cheio do Espírito Santo é uma ação externa causada pelo próprio Espírito Santo em resposta ao anseio do cristão que resulta em um interior e um Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

12 comportamento que expressam as características do próprio Espírito Santo. Esta é uma ação experimentada e percebida. ³ Como um meio de propagação da fé através da Kerigma (GRELOT, 1976, p. 120). 4 Kerigma é o primeiro anúncio de boas novas. Palavra grega que significa proclamação. Kerix é o mensageiro, o que traz a boa notícia. Por isso se dá o nome de kerigma ao anúncio do evangelho. Do Grego kérygma (produz querigma/ querigmático). É uma Mensagem, uma pregação, uma proclamação, que mais tarde passou a designar a pregação da Cristandade primitiva a respeito de Jesus. 5 Inicialmente eram os apóstolos e os 120 discípulos reunidos, no dia de Pentecostes. Após a primeira pregação de Pedro, neste mesmo dia, 3000 se converteram, dando inicio com este sermão ao cristianismo de fato. (STORNIOLO, 2008, p. 29,36). Referências ADONIRAN, Marcos. O Espírito Santo no livro dos Atos: o agitador social de Deus. Petrópolis: Vozes, p (Estudos Bíblicos, 70). ANTONIAZZI, Alberto. A pesquisa sobre os Atos dos Apóstolos: alguns resultados. 2. ed. Petrópolis: Vozes, (Estudos Bíblicos, 3). BERGANT, Dianne; CSA, Robert J.; KARRIS, OFM (Orgs.). Comentário BíblicoI: Evangelhos e Atos, Cartas e Apocalipse. São Paulo: Loyola, V. III. BIBLIA DE JERUSALÉM. Nova edição, revista e ampliada. São Paulo: Paulus, COMBLIN, José. Atos dos Apóstolos. Petrópolis: Vozes; Metodista; Sinodal, (Comentário Bíblico).V. I. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Que novidade é essa? Uma leitura dos Atos dos Apóstolos. Brasília: CNBB, p. 47. DELARUE, Georges. Os Atos dos Apóstolos- Infância da Igreja. São Paulo: Paulinas, FERREIRA, Joel Antônio. Jesus na Origem do Cristianismo. Goiânia: Ed. da PUC, GRELOT, Pierre. À Escuta do Evangelho. Rio de Janeiro: Agir, LOPES, Hernandes Dias. Pentecostes: o fogo que não se apaga. São Paulo: Candeias, MESTERS, Carlos. Os Conflitos no livro dos Atos dos Apóstolos 2. ed. Petrópolis: Vozes, p (Estudos Bíblicos, 3). 664 Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

13 ODORÍSSIO, Mauro. Atos dos Apóstolos.São Paulo: Ave Maria, STADELMANN, Luís I. J. Recursos audiovisuais nos Atos dos Apóstolos. 2. ed. Petrópolis: Vozes, p (Estudos Bíblicos, 3). STORNIOLLO, Ivo. Como ler Os Atos dos Apóstolos: o Caminho do evangelho. São Paulo: Paulus, THEISSEN, Gerd. Uma teoria do Cristianismo Primitivo. São Paulo: Paulinas, VALÉRIO, Paulo F. Babel e Pentecostes (Gn 11,1-9 e At 2,1-13). Petrópolis: Vozes, p (Estudos Bíblicos, 70). WILLIAMS, David J. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo ATOS. São Paulo: Vida, Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 21, n. 10/12, p , out./dez

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