FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO GUIA DE ESTUDOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO GUIA DE ESTUDOS"

Transcrição

1 FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO GUIA DE ESTUDOS Material didático-pedagógico elaborado pelo Prof. Msc. Vitor Condorelli dos Santos na disciplina Direito Processual Constitucional. Aracaju 2013

2 TEORIA GERAL DO DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL SUMÁRIO 1. O Direito Processual Constitucional: Conceituação e Finalidades. 2. Princípios Constitucionais Princípios Constitucionais no Estado Democrático de Direito Princípios implícitos Princípio republicano Princípio federativo Estado democrático de direito Princípios Explícitos A Soberania A Cidadania A Dignidade da Pessoa Humana Os Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa O Pluralismo Político Princípios Constitucionais do Processo Princípio da Igualdade (Isonomia ou Paridade) Princípio da Legalidade Princípio do Devido Processo Legal Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa Princípio do Juiz Natural Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição (ou do Acesso à Justiça) Princípio da Razoável Duração do Processo. 1. O DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONAL: CONCEITUAÇÃO E FINALIDADE. É o conjunto de normas destinadas a regular o exercício da jurisdição constitucional, ou seja, a aplicação jurisdicional das normas constitucionais dando, assim, eficácia aos direitos e garantias fundamentais. O direito processual constitucional tem por finalidade precípua o estudo dos instrumentos necessários para efetivar os preceitos estabelecidos na Carta Magna. 2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. Os princípios constitucionais são enunciados que servem, principalmente, de orientação para solucionar dilemas interpretativos das normas constitucionais. Em regra, os princípios tem três funções: (a) Interpretativa, pois orientam o aplicador do direito a buscar o real sentido da lei; (b) Auxiliadora, pois ajudam o legislador no momento da criação da norma jurídica infraconstitucional; (c) Integrativa, uma vez que integram as lacunas legais, pois faltosa uma norma para um caso concreto, os princípios poderão ocupar esse vazio. A atual Constituição, promulgada em 1988, esboçou uma série de princípios, destacando-se: (a) OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, isto é, as diretrizes básicas de configuração do Estado brasileiro, determinando-lhe a forma e o modo de ser; e (b) OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. Os princípios basilares do Estado brasileiro estão previstos no art. 1º da Constituição Federal de e dividem-se da seguinte forma: implícitos (encontrados ao longo do caput do art. 1º) e explícitos (dos incisos I a V do mesmo artigo) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS PRINCÍPIO REPUBLICANO. 1 Art. 1º da Constituição Federal de 1988: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I a soberania; II a cidadania; III a dignidade da pessoa humana; IV os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V o pluralismo político (grifo nosso). 1

3 a) A República, enquanto forma de governo legítima (ou pura) 2, nasceu de uma importante conquista em e ganhou sede constitucional, pela primeira vez, em 1891; b) Características: (1) Temporariedade dos mandatos (art. 82 da CFRB/88); (2) Eletividade, seja ela direta ou indireta (arts. 77 e 81 da CFRB/88); (3) Representatividade popular (art. 1º, parágrafo único da CFRB/88); e (4) Responsabilidade política do governante (art. 85; art. 51, I; art. 52, I c/c parágrafo único; e art. 86, todos da CFRB/88); c) Forma de governo antagônica à monarquia, vigente no Brasil quando da Constituição de 1824 (características: Vitaliciedade; Hereditariedade; Inexistência de representação popular; e Irresponsabilidade política do governante); d) A Constituição Federal de 1988 também elege o princípio republicano como um princípio constitucional sensível, na forma do art. 34, VII, a, cuja desobediência poderá ensejar a intervenção federal na unidade da federação que o desrespeitou; e) Embora não fosse considerada uma cláusula pétrea (art. 60, 4º, I a IV) quando da criação da presente Constituição, uma vez que o povo brasileiro se manifestou no plebiscito de 21 de abril de 1993 (art. 2º do ADCT c/c artigo único da EC nº 02/1992) a favor da república em vez da monarquia, atualmente, alguns autores consideram que, a partir desse evento, ela se tornou limitação material implícita ao Poder Constituinte Reformador PRINCÍPIO FEDERATIVO. a) Instituída no Brasil a partir de 1891, a federação é uma forma de estado composta ou complexa constituída pela união indissolúvel de duas ou mais entidades políticas autônomas; b) Indissolubilidade do vínculo federativo (ou integridade nacional) A atual Constituição, no art. 34, I, consagra a impossibilidade de ruptura do vínculo federativo entre as entidades políticas que formam o Brasil, sob pena de decretação de intervenção federal espontaneamente pela Presidência da República (inexistência do direito de secessão); c) Para que uma unidade seja considerada ente federativo é preciso a existência de autonomia organizacional, governamental, administrativa e legislativa, atributos que, aliás, não estarão presentes nos territórios federais porventura criados (art. 18, 2º c/c art. 33 da CFRB/88); d) É considerada cláusula pétrea ou limitação material explícita ao Poder Constituinte Reformador (art. 60, 4º, I), dela decorrendo algumas características, a saber: Descentralização política e consequente repartição constitucional de competências; Rigidez constitucional; Fiscalização da autonomia federativa através do controle de constitucionalidade das leis e atos normativos e do processo de intervenção (elementos de estabilização constitucional); Repartição de receitas tributárias; Existência de um órgão representativo dos Estados e do Distrito Federal (Senado); Órgão encarregado de guardar a Constituição (STF) art. 102, caput da CRFB/ ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. a) Estado Democrático de Direito é um modelo-espécie de Estado de Direito, não se confundindo com este. Neste sistema, o Estado constrói seu alicerce na soberania popular, favorecendo à criação de uma sociedade democrática e republicana. Nem todo Estado de Direito é um Estado Democrático de Direito. Neste último, deve-se obediência ou submissão tão somente ao Direito positivamente imposto, ao império da lei 2 Busca a realização de um interesse geral. 2

4 e mais especificamente a uma Constituição (art. 5º, II da CRFB/88). No entanto, existem Estados que obedecem também ao Direito Canônico ou ao Direito Natural. Para que determinado Estado seja considerado um Estado Democrático de Direito é necessário que o mesmo apresente, um plus, um algo a mais, qual seja, o poder emanando do povo (art. 1º, parágrafo único da CRFB/88). b) Regime de governo brasileiro. O parágrafo único do art. 1.º da Constituição Federal reproduz o conceito de Lincoln de que a democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo, isto é, todo o poder emana do povo (titular do Poder Constituinte Originário), que o exerce por meio d e representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal. A esse exercício misto da soberania popular, que no Brasil se dá por meio de representantes eleitos (eleição direta dos parlamentares e dos chefes do executivo democracia indireta ou representativa) o u diretamente (iniciativa popular, plebiscito e referendo democracia participativa), dá-se o nome de democracia semidireta (que é o nosso regime de governo). c) Mecanismos de soberania popular (art. 14, I a III da CRFB/88). Regulamentados pela Lei nº 9.709/98, os instrumentos de soberania popular são: Plebiscito (art. 14, I da CRFB/88). É uma consulta formulada ao povo com anterioridade a ato legislativo ou administrativo, a fim de que, pelo voto, aprovem ou deneguem o que lhe tenha sido submetido; Referendo (art. 14, II da CRFB/88). É uma consulta formulada ao povo com posterioridade a ato legislativo ou administrativo, para que possam ratificá-lo ou rejeitá-lo. Iniciativa Popular (art. 14, III da CRFB/88). Consiste na apresentação de projeto de lei, circunscrito a um só assunto, à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles. O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de forma, cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou de redação PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS A SOBERANIA. A soberania, enquanto capacidade de criar um ordenamento jurídico próprio, não necessitaria de menção expressa como fundamento da República Federativa do Brasil, pois é elemento essencial do Estado. Divide-se em soberania interna e externa. Soberania interna é a supremacia do Estado em relação a toda a ordem interna, isto é, a capacidade de editar orientações sem se sobrepujar a nenhuma outra manifestação de poder. Externamente, corresponde à sua independência no plano internacional, de modo a agir apenas em coordenação a países estrangeiros, e não em subordinação; atuar em igualdade de condições A CIDADANIA. É a capacidade que o indivíduo possui de participar efetivamente da constituição e organização do poder político estatal de forma direta ou indireta, ou seja, votando e sendo votado. A nacionalidade é pressuposto de cidadania, já que pertencer a tal nação, é condição primordial para o exercício dos direitos políticos. Entretanto, se todo cidadão é nacional de um 3

5 Estado, nem todo nacional é cidadão. No Brasil os direitos políticos são regulados através da Constituição Federal (arts. 14 a 16). Nas palavras de DA SILVA, José Afonso (Curso de direito constitucional positivo): O cidadão surge, assim, como o nacional a que se atribuem os direitos políticos. A idéia de cidadania restrita aos titulares desses direitos revelava uma forma de tornar mais abstrata a relação povo governo. Mesmo nos casos em que a palavra cidadão era empregada em dois sentidos um amplo, compreendendo todos os nacionais, e outro estrito, correspondendo aos titulares dos direitos políticos -, ainda assim a idéia de abstração esteve presente. Isso é perceptível no sistema da Constituição Política de Seus arts. 6º e 7º falam dos cidadãos brasileiros, no sentido amplo em que cidadão é o nacional Já nos artigos 90 e 91, o cidadão aparece como titular dos direitos de eleger e ser eleito. A distinção e faz chamando os últimos de cidadão ativos e os primeiros de cidadãos inativos, massa do povo, uma cidadania amorfa, indivíduos abstratos, alheios a toda realidade sociológica, sem referência política. A evolução do estudo político nos permite definir cidadão como nacional no exercício de direitos políticos. Mas não se restringe somente a este gozo de direito. A cidadania é ampla, e abrange a dignidade da pessoa humana, e o direito a se ter direitos. Prega a participação efetiva e consciente no processo do poder, como garantia de tornar o poder melhor para toda a coletividade A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. O princípio da dignidade da pessoa humana diz respeito da inserção das pessoas dentro de um Estado Democrático de Direito para assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, tais como valores de uma sociedade fraterna, fundada na harmonia social e comprometida. O princípio da dignidade da pessoa humana deve expressar para a sociedade a segurança e a realização do objetivo de igualdade dos indivíduos no meio onde vivem e que isso seja feito de forma harmônica e sem discriminação OS VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA. Esses ideais, indicados igualmente como fundamentos de nossa ordem econômica pelo art. 170 da Constituição Federal, são também fundamentos sociais, como diz o art. 193; suscitam que o Brasil adota o sistema capitalista, calcado na liberdade de empreendimento e propriedade, e atribui ao Estado dois papéis primordiais, quais sejam: a regulamentação do sistema econômico em concomitância com a valoração do trabalho, promovendo, portanto, a sua proteção, quer em relação ao empregador, quer em relação a mudanças econômicosociais. É através do trabalho que o homem garante sua subsistência e o crescimento do país, prevendo a Constituição Federal, em diversas passagens, a liberdade, o respeito e a dignidade ao trabalhador. A garantia de proteção ao trabalho não engloba somente o trabalhador subordinado, mas também aquele autônomo e o empregador, enquanto empreendedor do crescimento do país. É através do trabalho que o homem garante o sustento o crescimento do país, prevendo a Constituição Federal, em diversas passagens, a liberdade, o respeito e a dignidade ao trabalhador. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa abrangem relações com diversos setores, 4

6 como o Direito do Trabalho, Civil, Comercial, Econômico e Penal, uma vez que as relações de trabalho são altamente complexas, estabelecidas entre o capital e o trabalho, mas de interesse público, especialmente quando se trata de norma de proteção ao trabalhador O PLURALISMO POLÍTICO. O pluralismo político é alicerce da democracia e direito essencial para a forma representativa e democrática escolhida pelo Estado para a organização do Poder. Demonstra o intuito do legislador constituinte em garantir a ampla, livre e efetiva participação massiva popular na confecção e organização do Poder Político. Garantidor da liberdade filosófica e de convicção possibilita a organização e participação em partidos políticos. O Estado Brasileiro rege-se por normas democráticas, com eleições livres, periódicas e pelo povo, bem como o respeito das autoridades públicas aos direitos e garantias fundamentais, adota o princípio democrático que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal que obriga a existência de vários partidos políticos, não permitindo um sistema unipartidário PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PRINCÍPIO DA IGUALDADE (ISONOMIA OU PARIDADE) ART. 5º, CAPUT DA CRFB/88. a) Manifestações: Art. 5º, XLII; Art. 7º, XXX; Art. 7º, XXXI; Art. 37, II; Art. 150, II, todos da CFRB/88. b) PÉREZ NUÑO, Antonio Enrique. Derechos Humanos, Estado de Derecho y Constitución. Igualdade FORMAL (PERANTE A LEI, CIVIL ou JURÍDICA) RECONHECIDA EXPRESSAMENTE NA CRFB/88. Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades, com o propósito de atenuar os desníveis (DISCRIMINAÇÕES POSITIVAS Art. 5º, I; Art. 7º, XX; Art. 40, 1º, III; Art. 201, 7º, todos da CF). Igualdade MATERIAL (PERANTE OS BENS DA VIDA, REAL ou FÁTICA) ALMEJADA PELA SOCIEDADE. O Estado deve realizar ações que tornem efetivo o princípio (Art. 6º e ss; Art. 3º, III, todos da CRFB/88). c) Eficácia vertical e horizontal do princípio da igualdade (DESTINATÁRIOS DO PRINCÍPIO). VERTICALMENTE. O princípio em tela existe sob duas modalidades: a igualdade PERANTE A LEI (destinada aos aplicadores do Direito PODER JUDICIÁRIO e ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA) e a igualdade NA LEI (direcionada ao legislador PODER LEGISLATIVO). HORIZONTALMENTE. Os particulares também estão obrigados a observar o princípio da igualdade, porém, é preciso certa cautela nas relações interparticulares, uma vez que vigora o PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE. d) SÚMULA 683 DO STF 24/09/ DJ de 9/10/2003, p. 5; DJ de 10/10/2003, p. 5; DJ de 13/10/2003, p. 5. Limite de Idade - Inscrição em Concurso Público - Natureza das Atribuições do Cargo a Ser Preenchido. O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da Constituição Federal, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. e) SÚMULA VINCULANTE 6 Sessão Plenária de 07/05/ DJe nº 88/2008, p. 1, em 16/5/ DO de 16/5/2008, p. 1. Estabelecimento de Remuneração Inferior ao Salário Mínimo - Praças Prestadoras de Serviço Militar Inicial. Não viola a constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial. 5

7 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ART. 5º, II DA CRFB/88. a) O art. 5º, II da CRFB/88 estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Logo, as obrigações dos indivíduos podem ser criadas por quaisquer das espécies normativas primárias previstas no art. 59 da CRFB/88 e produzidas em conformidade com o devido processo legislativo constitucional (vide art. 146 do CPB Constrangimento Ilegal). b) PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL. O princípio da reserva legal ocorre quando uma norma constitucional atribui determinada matéria exclusivamente à lei formal (ou a atos equiparados, na interpretação firmada na praxe), subtraindo-a, com isso, à disciplina de outras fontes, àquelas subordinadas (CRISAFULLI, Vezio apud SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo). Conforme orientação da doutrina dominante são espécies de reserva legal: ABSOLUTA. Ocorre quando a disciplina de determinada matéria é reservada, pela Constituição à lei (entenda-se, apenas por uma das espécies previstas no art. 59 da CRFB/88). Ex.: art. 154, I e II; art. 61, 1º, I, b, todos da CRF/88; RELATIVA. Ocorre quando a disciplina de determinada matéria é, em parte, admissível a outra fonte diversa da lei, sob a condição de que esta indique as bases em que aquela deva produzir-se validamente. São os casos nos quais a Constituição prevê a prática de ato infralegal sobre determinada matéria, impondo, no entanto, obediência a requisitos ou condições reservados à lei. Ex.: art. 153, 1º da CRFB/88. c) RESTRIÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. As medidas provisórias (art. 62 da CRFB/88); Os estados de legalidade extraordinária previstos dos arts. 136 a 141 da CRFB/88 (quais sejam, o estado de defesa e o estado de sítio) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL ART. 5º, LIV DA CRFB/88. a) Apesar de implícito nas Constituições anteriores, o princípio do devido processo legal só foi surgir expressamente no Brasil na Constituição Federal de 1988, precisamente, em seu art. 5º, LIV, a saber: ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal 34. O princípio do devido processo legal é uma das garantias constitucionais mais festejadas, pois dele decorrem todos os outros princípios e garantias constitucionais. Ele é a base legal para aplicação de todos os demais princípios, independente do ramo do direito processual, inclusive no âmbito do direito material ou administrativo. b) DEVIDO PROCESSO LEGAL EM SENTIDO FORMAL e DEVIDO PROCESSO LEGAL SUBSTANTIVO. Do devido processo legal em sentido formal (procedural due process). Tem como principal destinatário o juiz, enquanto representante do Estado, pois, a este compete o dever de obedecer aos ritos, bem como seus demais aspectos que circundam o processo sem, portanto, o eivá-lo de nulidade, ou suprimindo quaisquer garantias das partes. Do devido processo legal substantivo (substantive due process). O devido processo legal substantivo vai além do que de uma simples decisão formal promovida pelo juiz de 3 Art.8º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU, 1948): Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei. 4 Art. 8º, Item 1 da Convenção Americana de Direitos Humanos (San José de Costa Rica, 1969): Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza. 6

8 direito diante de um caso concreto. Como nos ensina CANOTILHO, J.J. Gomes (Direito Constitucional e teoria da Constituição): A teoria substantiva está ligada à idéia de um processo legal justo e adequado, materialmente informado pelos princípios da justiça, com base nos quais os juízes podem e devem analisar os requisitos intrínsecos da lei. Não podemos afastar também, outros princípios que tomam forma tendo como sustento legal, doutrinário e jurisprudencial, que vem com este princípio, conforme nos aponta NOVELINO, Marcelo (Direito Constitucional): O devido processo legal substantivo se dirige, em primeiro momento ao legislador, que se constituindo em um limite à sua atuação, que deverá pautar-se pelos critérios de justiça, razoabilidade e racionalidade. Como decorrência deste princípio surgem o postulado da proporcionalidade e algumas garantias constitucionais processuais, como o acesso a justiça, o juiz natural a ampla defesa o contraditório, a igualdade entre as partes e a exigência de imparcialidade do magistrado PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA ART. 5º, LV DA CRFB/88. a) É o princípio estabelecido no art. 5º, LV da CRFB/88, segundo o qual aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. b) DIFERENCIAÇÃO ENTRE OS PRINCÍPIOS. O contraditório é a ciência bilateral dos atos do processo com a possibilidade de contrariá-los (DIREITO DE INFORMAÇÃO). A ampla defesa é uma decorrência do contraditório, pois assegura ao indivíduo a utilização, para a defesa de seus direitos, de todos os meios legais e moralmente admitidos (DIREITO DE REAÇÃO). c) SÚMULA VINCULANTE 3 Sessão Plenária de 30/05/ DJe nº 31/2007, p. 1, em 6/6/ DJ de 6/6/2007, p. 1 - DO de 6/6/2007, p. 1. Processos Perante o Tribunal de Contas da União - Contraditório e Ampla Defesa - Anulação ou Revogação de Ato Administrativo - Apreciação da Legalidade do Ato de Concessão Inicial de Aposentadoria, Reforma e Pensão. Nos processos perante o tribunal de contas da união asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. d) SÚMULA 21 DO STF 13/12/ Súmula da Jurisprudência Predominante do Supremo Tribunal Federal - Anexo ao Regimento Interno. Edição: Imprensa Nacional, 1964, p. 39. Funcionário em Estágio Probatório - Exoneração ou Demissão - Inquérito ou Formalidades Legais de Apuração de Capacidade. Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade. e) INQUÉRITO POLICIAL. Por se tratar de um procedimento investigatório e inquisitorial e não de processo judicial ou administrativo, assim como por ser um mero indiciamento e não acusação formal, o inquérito policial não permite a aplicação dos princípios do contraditório e da ampla defesa PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL ART. 5º, XXXVII E LIII DA CRFB/88. a) A atual Constituição consagrou o princípio do juiz natural ao vedar a criação de juízo ou tribunal de exceção (art. 5º, XXXVII) e estabelecer que ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente (art. 5º, LIII). O princípio do juiz natural não exige apenas um juízo competente e objetivamente capaz, mas, também, a imparcialidade e a independência dos magistrados. b) JUIZ NATURAL E TRIBUNAL DE EXCEÇÃO. O juiz natural é aquele abstratamente constituído antes da ocorrência do fato. Logo, a definição do juízo competente deve ser feita 7

9 previamente por meio de normas gerais e abstratas, com base em critérios impessoais e objetivos. Não se admite a criação de um órgão para o julgamento de um determinado fato (juízo ex post facto). c) A criação de VARAS ESPECIALIZADAS e as hipóteses de PRERROGATIVA DE FORO (FUNÇÃO), segundo entendimento do STF, não configuram ofensa ao princípio do juiz natural, tendo em vista serem regras gerais, abstratas e impessoais PRINCÍPIO DA INFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO (OU DO ACESSO À JUSTIÇA) ART. 5.º, XXXV DA CRFB/88. a) Reza o art. 5º, XXXV da CRFB/88 que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão (via repressiva) ou ameaça a direito (via preventiva), princípio, aliás, aplicável não apenas ao legislador, mas a todas as autoridades. A Constituição dá ênfase ao princípio, inclusive, por meio de alguns de seus dispositivos, a exemplo do art. 5º, LXXIV c/c art. 134 e art. 5º, LXXVII. b) PRÉVIO ESGOTAMENTO DE VIAS EXTRAJUDICIAIS. O acesso ao Judiciário não está condicionado, salvo a previsão do art. 217, 1º da CRFB/88, ao prévio esgotamento das vias extrajudiciais. c) HABEAS DATA (Art. 8º, parágrafo único da Lei nº 9.507/1997 e Súmula 2 do STJ). A necessidade de recusa de informações por parte da autoridade administrativa para cabimento do remédio constitucional não se trata de exigência de prévio esgotamento da ia administrativa, mas da existência de uma das condições da ação, qual seja, o interesse de agir. d) SÚMULA 667 DO STF 24/09/ DJ de 9/10/2003, p. 4; DJ de 10/10/2003, p. 4; DJ de 13/10/2003, p. 4. Violação da Garantia Constitucional de Acesso à Jurisdição - Taxa Judiciária - Limites Sobre o Valor da Causa. Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa. e) ARBITRAGEM (Lei nº 9.307/1996). Não há qualquer violação do princípio em tela, pois as partes envolvidas optam, por vontade própria, pela retirada da solução do conflito do âmbito jurisdicional. f) HIPÓTESES EM QUE SE EXCLUI A APRECIAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO: art. 52, I e II c/c parágrafo único; art. 55, 2º, todos da CRFB/88, além de questões interna corporis (a exemplo da decisão sobre a abertura de uma CPI art. 58, 3º da CRFB/88) PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO ART. 5º, LXXVIII DA CRFB/88. a) Com o intuito de assegurar uma prestação estatal rápida, efetiva e adequada, a EC 45/2004 acrescentou no rol de direitos e deveres individuais e coletivos constantes do art. 5º da CRFB/88, o inciso LXXVIII que determina: a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. b) Art. 93, XIII da CRFB/88: o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população. 8

10 O PROCESSO LEGISLATIVO CONSTITUCIONAL SUMÁRIO 1. Processo Legislativo: Conceitos e espécies. 2. Procedimentos legislativos. 3. Procedimento legislativo ordinário. 4. Procedimento legislativo sumário. 5. Procedimento legislativo especial. 1. PROCESSO LEGISLATIVO: CONCEITO E ESPÉCIES. Processo legislativo é o conjunto de atos e procedimentos observados na proposta e na formulação das leis e demais espécies normativas previstas no art. 59 da CF. Tem por objeto a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções (legislativas). Desde 1998 vige a LC n.º 95, já alterada pela LC n.º 107/2001, e que regulamentando o parágrafo único do art. 59 da CF, dispõe sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis, estabelecendo regras de técnica legislativa. Existem 04 (quatro) espécies de processo legislativo: a) AUTOCRÁTICO As leis são impostas pelos governantes sem qualquer participação popular; b) DIRETO (ou POPULAR) As leis são elaboradas pelo próprio povo, sem a participação de seus representantes legítimos; c) INDIRETO (ou REPRESENTATIVO) As leis são elaboradas por representantes legitimamente escolhidos pelo povo; d) SEMIDIRETO (ou MISTO) As leis são elaboradas por representantes legitimamente eleitos pelo povo, mas se sujeitam, em alguns casos, à aprovação popular antes de entrarem em vigor. No Brasil, existe a possibilidade de convocação de um referendo para que a lei tenha aplicabilidade. Obs.: Embora a Constituição Federal promova ênfase ao processo legislativo da União, que é bicameral, o STF entende que as regras básicas do processo legislativo federal devem obrigatoriamente ser seguidas pelas demais esferas da Federação, ou seja, pelos Estados, Municípios e Distrito Federal (Princípio da Simetria). 2. PROCEDIMENTOS LEGISLATIVOS. I. Procedimento legislativo ordinário. É o procedimento comum, destinado à elaboração das leis ordinárias, sem a fixação de prazo para deliberação nas Casas Legislativas; II. Procedimento legislativo sumário (célere, abreviado ou desconcentrado). É o procedimento aplicável somente aos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República que devam sofrer deliberação em regime de urgência. A diferença entre esse procedimento e o ordinário, reside no fato de que a Constituição Federal estabelece prazo para deliberação nas Casas Legislativas (art. 64, 1.º e 2.º); III. Procedimento legislativo especial. É o estabelecido para as demais espécies legislativas, ou seja, elaboração de Emendas Constitucionais, leis complementares, leis delegadas, medidas provisórias, decretos-legislativos e resoluções (legislativas). 3. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO (OU COMUM) LEIS ORDINÁRIAS. 23

11 Apresenta as seguintes fases: 1.ª FASE: Introdutória, inicial, inaugural ou da iniciativa A lei não nasce um ato perfeito e acabado. É preciso que um esboço seja levado ao Poder Legislativo. Nesta etapa se analisa quem tem competência para apresentar o projeto de lei ordinária, ou seja, uma proposta formal que apresenta o texto que se pretende que seja transformado em lei, com todos os elementos estruturais de um texto de lei, junto à Mesa de uma das Casas do Congresso Nacional, a qual será chamada de Casa Iniciadora. Como o processo legislativo federal é de índole bicameral, ou seja, conduzido através de duas Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal), uma das Casas funciona como Casa Iniciadora perante a qual se faz a iniciativa e por onde se inicia a tramitação do projeto de lei e a outra funcionará como Casa Revisora que receberá o projeto aprovado pela iniciadora, se este vier aprovado, para que se faça uma revisão. Obs.: Inexiste prazo para a deflagração do processo legislativo. O Judiciário não tem força para coagir as pessoas, órgãos ou entidades a apresentarem projetos de lei, nem admite a criação de leis que estipulem prazo para que algum legitimado inicie o procedimento. Segundo entendimento do STF, ninguém pode obrigar o legislador a legislar, o que não significa que as omissões normativas (inércia legislativa) que impossibilitem o indivíduo de exercer seus direitos não possam ser resolvidas. A propósito, Mandado de Injunção (art. 5.º, LXXI) e ADINPO Ação Direta de Inconstitucionalidade Por Omissão (art. 103, 2.º). Conforme a redação constitucional, a iniciativa pode ser: 1. CONCORRENTE (COMUM, GERAL OU GENÉRICA) Mais de uma pessoa ou órgão, em conjunto ou isoladamente. É a regra no processo legislativo brasileiro. Ex.: art. 61, caput da CF/88 (qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal ou do Congresso Nacional, Presidente da República, ao STF, aos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE e STM), ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, mediante a iniciativa popular, nos termos da Constituição). Obs.: a) Em regra, o Vice-Presidente da República não participa do processo legislativo brasileiro (art. 84, III c/c art. 84, parágrafo único da CF). Excepcionalmente, ao substituir ou suceder o titular do poder executivo (Presidente da República) terá capacidade para fazê-lo (art. 79, caput da CF); b) Além desses legitimados, também detém iniciativa o Tribunal de Contas da União TCU, prevista no art. 73 c/c art. 96 da CF. 2. PRIVATIVA (RESERVADA OU EXCLUSIVA) A uma só pessoa ou órgão. Ex.: art. 61, 1.º, I e II (Presidente da República), art. 48, XV, alterado pela EC n.º 41/2003 (Presidente do STF), art. 93, caput (STF), art. 51, IV, parte final (Câmara dos Deputados), art. 52, XIII, parte final (Senado Federal), e art. 125, 1.º (Tribunal de Justiça), todos da CF. 24

12 Obs.: O Confronto entre o art. 61, 1.º, II, d e o art. 128, 5.º, todos da CF Embora inicialmente a CF estabeleça ser da iniciativa privativa do Presidente da República a elaboração de projeto de lei acerca da organização e estruturação do Ministério Público, mais adiante o texto constitucional outorga tal possibilidade ao Procurador-Geral da República. Portanto, a iniciativa ao invés de ser privativa, é considerada comum. 3. POPULAR Aos cidadãos (pessoas físicas em exercício dos direitos políticos e possuidoras do título de eleitor). É um instrumento de democracia, previsto no art. 14, III da CF, e que se desdobra da seguinte maneira: c) União (art. 61, 2.º) A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% (um por cento) do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por 5 (cinco) Estados, com não menos de 0,3% (três décimos por cento) dos eleitores de cada um deles; d) Estados (art. 27, 4.º) e Distrito Federal (art. 32, 3.º) A Constituição Federal diz que a lei disporá sobre a iniciativa popular a ser exercida nessas entidades federativas junto à Assembléia Legislativa e à Câmara Legislativa, respectivamente. Algumas Constituições Estaduais, atualmente, regulam essa situação, a exemplo do art. 57, caput da Constituição do Estado de Sergipe, que fala em projeto de lei subscrito por 1% (um por cento) dos eleitores do Estado; e) Municípios (art. 29, XIII) Dependerá da manifestação de, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado municipal junto à Câmara de Vereadores (ou Câmara Municipal). 4. CONJUNTA A mais de uma pessoa ou órgão, simultaneamente. Atualmente inexiste no Brasil. A hipótese que havia, instaurada pela EC n.º 19/98, era a iniciativa conjunta dos Presidente da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do STF, para a apresentação do projeto de lei de fixação do subsídio mensal dos Ministros do STF (art. 48, XV da CF), foi revogada pela EC n.º 41/2003, que passou a exigir iniciativa privativa do Presidente do STF. Por fim é interessante observar algumas considerações finais, a se tratar: 1. Alguns autores dividem a iniciativa em parlamentar (quando os projetos de lei são apresentados por membros do Poder Legislativo) e extraparlamentar (quando os projetos de lei são apresentados por pessoas que não integrem o Poder Legislativo); 2. Os legitimados a apresentar o projeto de lei não podem escolher em qual Casa Legislativa irão fazê-lo. O art. 64, caput da CF e art. 142 do Regimento Comum do Congresso Nacional, indicam que a iniciativa sempre será feita perante a Câmara dos Deputados, salvo quando o projeto for encaminhado por Senador ou Comissão do Senado (quando a Casa Iniciadora será o Senado) ou Comissão Mista do Congresso Nacional (quando será alternada entre as duas Casas Legislativas: um projeto começa na Câmara, outro no Senado, e assim por diante); 3. Segundo o Regimento do Senado Federal (art. 256) e o Regimento da Câmara dos Deputados (art. 104), quem iniciou o processo legislativo pode solicitar a retirada de sua proposição, ou seja, desistir no prosseguimento da apreciação do projeto de lei. A proposição retirada não pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa, salvo deliberação da maioria absoluta do Plenário. Aplica-se a regra do art. 67 da CF (Princípio da irrepetibilidade) que torna possível a reapresentação, na mesma sessão legislativa, de projeto de lei cuja matéria tenha sido rejeitada, desde que haja o requerimento da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional (Câmara Federal ou Senado Federal); 4. Vício de iniciativa e sanção presidencial. A apresentação de projetos de lei por pessoas que não tenham essa atribuição gera inconstitucionalidade ou não? Embora a Súmula n.º 05 do STF indique que a sanção do projeto supre a falta de inciaitiva do Poder Executivo, a atual posição do STF é no sentido de que a sanção do projeto de lei não convalida o defeito de iniciativa, pois haverá flagrante inconstitucionalidade formal subjetiva por usurpação de iniciativa. 2.ª FASE: Constitutiva Dividi-se em duas etapas, ambas destinadas à formação do ato legislativo: uma atuação legislativa, em que o projeto de lei apresentado será discutido e votado nas duas Casas do Congresso Nacional, e uma manifestação do Chefe do Executivo, por meio de sanção ou veto, caso o projeto venha a ser aprovado nas duas Casas do Congresso Nacional. I. Deliberação parlamentar. Etapa durante a qual caberá às Casas Legislativas (Câmara e Senado) discutir, corrigir (se for o caso), e deliberar sobre o projeto, aprovando-o ou rejeitando-o. A apreciação do projeto ocorrerá em ambas as Casas, em apartado, e da seguinte maneira: Tanto na Casa iniciadora como na Casa Revisora, o projeto de lei apresentado, antes da discussão e votação em plenário, passará por uma fase de instrução em que será apreciado pelas Comissões Parlamentares, para que sejam apreciados seus aspectos materiais (Comissão Temática) e seus aspectos formais, ligados à constitucionalidade (Comissão de Constituição, Justiça e Redação, na Câmara dos Deputados, e Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, no Senado Federal). 25

13 (1) Obs.: Comissões Temáticas. São aquelas instituídas em razão da matéria tratada (Comissão de Agricultura e Política Rural; Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática...); Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Examina os aspectos constitucionais, legais, regimentais e de técnica legislativa. Aprovado pelas Comissões, o projeto de lei será encaminhado ao plenário da Casa respectiva, onde será objeto de discussão e votação. (2) Obs.: Emendas Parlamentares. Os parlamentares durante essa etapa poderão apresentar emendas aos projetos de lei, de modo a aperfeiçoá-lo. As emendas podem ser apresentadas tanto no interior das Comissões como na apreciação em Plenário. Estão dispostas, conforme o Regimento Interno da Câmara dos Deputados (art. 118), da seguinte maneira: a) ADITIVAS Acrescenta-se uma proposição a outra; b) AGLUTINATIVAS Fusão de outros elementos ou destas com o texto; c) MODIFICATIVAS Altera a proposição apresentada; d) SUBSTITUTIVAS Erradica totalmente a proposição apresentada; e) SUPRESSIVAS Erradica parcialmente a proposição apresentada. Restrições às emendas parlamentares. São duas: a) Proibição do aumento de despesas (art. 63, I e II da CF); b) Exigência de pertinência temática. Embora não esteja explícito na Constituição Federal, somente se admitem emendas parlamentares que contiverem relação com a matéria veiculada originalmente no projeto de lei, sob pena de desvirtuá-lo. Delegação interna corporis (art. 58, 2.º, I da CF). A Constituição Federal outorga a competência às Comissões para discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento respectivo, a competência do Plenário, salvo de houver recurso de 0,1% (um décimo por cento) dos membros da Casa. Deliberação plenária (art. 65 da CF). Devidamente instruído o projeto de lei será posto em discussão e, no passo seguinte, em votação, sempre na forma estabelecida nos regimentos das Casas Legislativas. Em se tratando de lei ordinária (art. 47 da CF), a aprovação do projeto de lei está condicionada ao voto da maioria simples ou relativa dos membros da Casa Legislativa. Na Casa iniciadora, o projeto poderá ser aprovado ou rejeitado. Na hipótese de aprovação, será ele encaminhado à outra Casa para revisão. Se, diversamente, for rejeitado, será arquivado, aplicando-se-lhe o princípio da irrepetibilidade (art. 67 da CF). Na Casa revisora, após a tramitação regimental (comissões, discussão e votação), poderemos ter 03 (três) hipóteses distintas: c) Aprovação sem emendas O projeto é aprovado exatamente como já havia sido aprovado pela Casa iniciadora. Nesse caso, será encaminhado, em autógrafos, ao Chefe do Poder Executivo, para sanção ou veto (deliberação executiva). Os autógrafos consubstanciam o texto oficial aprovado e assinado pelas Mesas-diretoras; d) Aprovação com emendas Havendo qualquer correção o projeto voltará à Casa iniciadora, para que esta delibere exclusivamente acerca das modificações introduzidas, e, posteriormente, encaminhe o projeto à sanção ou veto; e) Rejeição Será prejudicado e arquivado, aplicando-se-lhe o princípio da irrepetibilidade (art. 67 da CF). II. Deliberação executiva. Etapa que precede a promulgação e a publicação de uma lei na qual caberá, apenas à Presidência da República (art. 84, IV e V da CF), uma das seguintes atitudes: Sanção, ou seja, a aquiescência, a concordância quanto ao projeto de lei aprovado pelas Casas do Congresso Nacional e que lhe fora encaminhado para apreciação. Segundo a maioria doutrinária, é o ato que formalmente transforma o projeto de lei em lei. Conforme a redação do art. 66, 1.º c/c 3.º da CF, o prazo para que o Presidente da República manifeste sua vontade será de até 15 (quinze) dias úteis, sendo que vencido o prazo e ausente a sua manifestação (diante do silêncio, portanto) haverá sanção tácita ou presumida quem cala consente. Havendo sanção, expressa ou presumidamente, a lei será promulgada e publicada, para que possa produzir seus efeitos. Veto, ou seja, a discordância do projeto de lei aprovado pelas Casas do Congresso Nacional e que lhe fora encaminhado para apreciação. Possui as seguintes características: 26

14 a) Expresso Todo veto há de ser escrito, expresso. Inexiste veto presumido, pois se o Presidente da República, ao receber o projeto de lei aprovado pelas Casas Legislativas, discordar de seu conteúdo deverá expressamente se manifestar em até 15 (quinze) dias úteis; b) Fundamentado (ou motivado) Vetado o projeto de lei, o Presidente da República deverá encaminhar suas razões, dentro de 48 horas, ao Presidente do Senado Federal, explicando porque discorda do projeto de lei aprovado pelas Casas do Congresso Nacional. A fundamentação, conforme o art. 66, 1.º da CF, será: 1. Quanto ao tamanho (amplitude ou extensão): veto total (discorda de todo o conteúdo do projeto de lei) ou veto parcial (apenas de parte do projeto; algum artigo, parágrafo, inciso ou alínea). Nesse último caso, inclusive, diz o art. 66, 2.º, que o veto deverá abranger texto integral da redação onde a discordância estiver situada; 2. Quanto ao motivo: veto político (o projeto de lei é considerado contrário ao interesse público) ou veto jurídico (contrário à Constituição Federal). Nesse último caso, haverá manifestação de controle preventivo de constitucionalidade, já que o Chefe do Poder Executivo busca evitar a aprovação de um projeto de lei inconstitucional. c) Irretratável e insuscetível de apreciação judicial, a não ser quando intempestivo, ou seja, efetuado fora do prazo; d) Relativo (ou superável) O veto não possui natureza absoluta, pois esboçadas as razões do Presidente da República, caberá ao Presidente do Senado Federal, convocar Congresso Nacional, em sessão conjunta, para conhecer e deliberar acerca do mesmo em até 30 (trinta) dias corridos, podendo, inclusive, derrubá-lo (art. 58, 4.º, IV c/c art. 66, 4.º, todos da CF). Obs.: Art. 66, 6.º da CF Se esgotado o prazo para deliberação acerca do veto, o Congresso Nacional não houver se manifestado, o mesmo será colocado na ordem do dia da sessão imediatamente subseqüente, sendo sobrestadas as demais proposições, até que se delibere sobre o veto; Conseqüências diante da apreciação do veto pelo Congresso Nacional: 1. Manutenção do veto. Se não for atingida a maioria absoluta para derrubá-lo, a parte vetada ou todo o projeto é definitivamente rejeitado e arquivado; 2. Derrubada do veto. Após ter sido rejeitado pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em escrutínio secreto, a derrubada do veto transforma o projeto de lei em lei, assim como a sanção; 3.ª FASE: Complementar Nessa fase final a lei será: 1. Promulgada A promulgação é atestar que a ordem jurídica foi inovada. Significa autenticar a lei, isto é, atestar sua existência, ordenando-lhe a aplicação e conseqüente cumprimento, por parte de terceiros. A competência para a promulgação das leis, segundo o art. 66, 7.º da CF, é do Presidente da República, podendo, nas hipóteses de sanção tácita (art. 66, 3.º) e derrubada do veto (art. 66, 5.º) e caso haja desídia presidencial, decorridas 48 horas, ser efetuada pelo Presidente do Senado Federal, no mesmo prazo de 48 horas e, se também este o recusar, caberá ao Vice-Presidente do Senado Federal fazê-lo, em igual prazo. 2. Publicada A publicação em Diário Oficial da União (D.O.U.) visa a dar conhecimento a todos de que a ordem jurídica recebeu normação nova, e que a partir daquela data o seu cumprimento passa a ser exigido. Visa a impedir que alguém alegue a ignorância ou desconhecimento da lei. Quem promulga deve publicar a lei. Mas a Constituição Federal não assinala prazo para isso. A inexistência de prazo, no entanto, não permite o adiamento ad perpetua da publicação, muito menos a recusa de publicação. Esta deve acontecer em um prazo razoável. A publicação marca o verdadeiro nascimento da lei, que já existia, mas ainda estava pendente de publicação, que é o requisito para que ela possa ter eficácia jurídica. Obs.: Vacatio Legis. O art. 8.º da LC n.º 95/98 reza que: A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula entra em vigor na data de sua publicação para leis de pequena repercussão. Com base nisso, conclui-se que as leis nem sempre entram em vigor na data de sua publicação. O período entre a publicação de uma lei e sua vigência é conhecido como vacatio legis. O art. 1.º da Lei de Introdução ao Código Civil LICC ensina o momento em que as leis de tornam obrigatórias em território nacional (caput) e nos Estados estrangeiros ( 1.º), bem como o tratamento dispensado às leis estaduais elaboradas por autorização do Governo Federal ( 3.º). 27

15 4. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO SUMÁRIO (CÉLERE, ABREVIADO OU DESCONCETRADO). O processo legislativo sumário não apresenta uma diferenciação de procedimentos em relação ao procedimento ordinário, antes analisado. O que diferencia o processo legislativo sumário do ordinário é que somente será utilizado em relação aos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República que devam sofrer deliberação por ambas as Casas do Congresso Nacional, em regime de urgência (art. 64, 1.º a 4.º da CF). Como é uma hipótese limitada constitucionalmente ao Presidente da República, e apenas para projetos de sua iniciativa, a Câmara dos Deputados terá, inicialmente, 45 dias para decidir. Se aprovar o projeto, esse vai para o Senado Federal, que terá outros 45 dias. Se o Senado aprovar com alteração de mérito (emendas), o projeto volta para a Câmara dos Deputados, que terá mais 10 dias para decidir sobre a matéria. Obs.: 1. Em virtude do que prescreve o art. 64, caput da CF, a Câmara dos Deputados sempre será a Casa Iniciadora e o Senado Federal, Casa Revisora; 2. O prazo máximo para o encerramento desse procedimento será de 90 (noventa) dias (45 dias na Câmara dos Deputados + 45 dias no Senado Federal), não havendo emendas na Casa Revisora. Existindo emendas, o prazo máximo será de 100 dias (já que a Casa Iniciadora terá um acréscimo de 10 dias para apreciar as correções art. 64, 3.º); 3. Esgotados os prazos sem deliberação, a proposição será incluída na ordem dos dia, sobrestando-se todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa até que se ultime a votação, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado (art. 64, 2.º); 4. O procedimento em questão não se aplica aos projetos de Código e nem correrá durante os períodos de recesso do Congresso Nacional (art. 64, 4.º). 5. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ESPECIAL EMENDAS À CONSTITUIÇÃO. 1. Emendas Constitucionais EC (art. 60 da CF). O seu procedimento está divido em 03 (três) etapas: a) Fase da Iniciativa (Inicial ou Introdutória) Apresentação da Proposta de Emenda Constitucional - PEC (art. 60, I a III). Obs: 1. A iniciativa popular (participação do eleitorado na confecção de projetos art. 61, 2.º), não alcança as EC; 2. O Vice-Presidente da República não possui competência para propor Emendas à Constituição. Excepcionalmente, quando em substituição ou sucessão presidencial, poderá fazê-lo (arts. 61, caput; 84, III e 79, todos da CF). b) Fase Constitutiva Discussão e votação da PEC (art. 60, 2.º). Obs: 1. Ao contrário dos projetos de lei, que serão discutidos e votados em um só turno e em cada Casa Legislativa (art. 65, caput), as PEC deverão ser discutidas e votadas sempre em 02 (dois) turnos e em ambas as Casas Legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal); 28

16 2. O Senado Federal será considerado Casa Iniciadora somente quando a PEC for apresentada por 1/3 dos senadores ou mais de metade das Assembléias Legislativas do País (art. 212 do Regimento Interno do Senado). Nos demais casos será a Câmara dos Deputados; 3. As PEC rejeitadas ou havidas por prejudicadas, ao contrário dos projetos de lei (art. 67), somente serão levadas à nova deliberação na sessão legislativa seguinte (art. 60, 5.º); 4. As PEC jamais serão sancionadas ou vetadas pelo Presidente da República (inexiste deliberação executiva), o que só ocorrerá com projetos de lei (art. 84, IV). c) Fase Complementar Promulgação e Publicação da EC (art. 60, 3.º). Obs: 1. Ao contrário dos projetos de lei, que são promulgados e publicados pelo Presidente da República (art. 84, IV c/c art. 66, 7.º), as EC serão promulgadas e publicadas pelas Mesas das Casas Legislativas com o respectivo número de ordem; 2. Emendas Constitucionais de Revisão ECR (art. 3.º do ADCT): ESPÉCIE LIMITE TEMPORAL ABRANGÊNCIA SESSÃO QUORUM Emenda Inexistente Tópica Bicameral 3/5 Após 05 (cinco) anos, Maioria Revisão contados da promulgação Geral Unicameral Absoluta da atual Constituição 5.2. LEIS COMPLEMENTARES. Os procedimentos tomados quando da apresentação da lei complementar e da lei ordinária são idênticos, existindo apenas duas diferenças a serem consideradas: LEI COMPLEMENTAR LEI ORDINÁRIA ASPECTO MATERIAL Matérias expressas, ou seja, só as reservadas pelo Constituinte (matérias expressamente previstas na Constituição Federal). Ex.: art. 18, 2.º, art. 37, XIX, art. 79, parágrafo único... Matérias residuais, ou seja, aquelas que não sejam: 1. Reservadas à lei complementar; 2. De competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49); 3. De competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal (arts. 51 e 52); 4. Emenda constitucional (art. 60). ASPECTO FORMAL Quorum para a aprovação: maioria absoluta Quorum para a aprovação: maioria simples As deliberações, sempre presente a maioria absoluta dos membros da Casa, ocorrerão da seguinte maneira (art. 47): Quorum de Maioria Relativa (ou Simples): Metade (nº inteiro) + 1 dos membros presentes. Quorum de Maioria Absoluta: Metade (nº inteiro) + 1 dos membros da respectiva Casa (ausentes + presentes). Quorum Qualificado: Expressa em frações será calculada sobre a totalidade dos membros da Casa. Ex: 1/3 (para a proposição de PEC através dos parlamentares); 2/3 (para aprovar a instauração de processo contra o Presidente da República e aprovar a Lei Orgânica); 3/5 (somente no caso de aprovação de Emenda à Constituição). PARLAMENTO HIPOTÉTICO (100 membros. Naquele dia compareceram 60 dos 100) LEI ORDINÁRIA LEI COMPLEMENTAR Quorum para instaurar a sessão: Maioria absoluta (51 membros). Como vieram 60, posso iniciar a sessão. Quorum para aprovar a matéria: Maioria simples (31 membros). Calculada sobre os presentes. Quorum para instaurar a sessão: Maioria absoluta (51 membros). Como vieram 60, posso iniciar a sessão. Quorum para aprovar a matéria: Maioria absoluta (51 membros). Calculada sobre a totalidade (ausentes e presentes). 29

17 Obs.: 1. Segundo entendimento majoritário do STF, inexiste hierarquia entre as leis complementares e ordinárias. 2. As leis ordinárias não podem tratar de assunto reservado às leis complementares. Entretanto, será que as leis complementares podem cuidar de assunto que a ela não tenha sido reservado? Sim, mas se isso vier a acontecer os dispositivos nela presentes somente serão posteriormente alterados por meio de lei ordinária LEIS DELEGADAS (art. 68). São elaboradas diretamente pelo Presidente da República, mediante autorização (delegação de poderes) do Congresso Nacional. É um mecanismo legislativo pouco usado em virtude da prerrogativa constitucional dada ao Presidente da República quanto à edição de medidas provisórias, já que nesse caso são editadas sem a participação do Poder Legislativo, óbvio com dispensa de apreciação prévia por parte do Congresso Nacional. O procedimento referente à lei delegada, que tem o mesmo nível de eficácia da lei ordinária, encontra-se dividido da mesma maneira com certas observações: Iniciativa solicitadora Ao contrário dos procedimentos ordinário e sumário, em que as pessoas verificavam se possuíam ou não iniciativa para elaborar o projeto de lei, e havendo tal possibilidade o elaboravam, a lei delegada surge de uma solicitação feita pelo Presidente da República ao Congresso Nacional para legislar sobre certa matéria. Obs.: 1. Segundo o art. 68, 1.º da CF, existem limites materiais à edição da lei delegada, quais sejam: os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, NEM a legislação sobre: I. organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II. nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III. planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 2. O instrumento através do qual o Congresso Nacional delega matéria legislativa ao Chefe do Poder Executivo é a resolução (art. 68, 2.º), que especificará o conteúdo e os termos do exercício da delegação. Toda delegação é temporária; se o Presidente da República não legislar extingue automaticamente os efeitos da resolução. O limite temporal não pode nunca exceder à legislatura; 3. A delegação pode adotar duas formas: a) Delegação típica ou própria. A delegação permite ao Presidente da República elaborar a lei, nos estreitos limites estabelecidos, e, em seguida, promulgá-la e publicá-la sem a necessidade de ser encaminhada ao Congresso para a discussão e votação de seu conteúdo (dispensa a deliberação parlamentar); b) Delegação atípica ou imprópria. Ao delegar poderes ao Presidente da República para criar a referida lei, o Congresso determina expressamente a devolução do projeto para conhecimento, discussão e votação (haverá deliberação parlamentar). Ressalta-se, que nesse caso, a aprovação ou rejeição do projeto será feita em votação única, sendo absolutamente proibida qualquer emenda ou correção ao seu conteúdo (art. 68, 3.º). Em virtude das espécies de delegação, conclui-se que a sanção é um ato dispensável, pois se o Congresso Nacional dispensar a deliberação parlamentar (delegação atípica) ou aprovar o projeto de lei da maneira como foi descrito pelo Chefe 30

18 do Poder Executivo (delegação atípica), é óbvio que haverá a sanção e jamais o veto. É ilógico pensar-se que o Presidente da República vetaria aquilo que ele próprio elaborou e que sequer foi alterado. 4. O Presidente da República em hipótese alguma poderá extrapolar os limites oferecidos pelo Congresso Nacional, sob pena de o Congresso sustar a lei delegada, conforme ensina o art. 49, V da CF (chamado de veto legislativo ) DECRETOS LEGISLATIVO E RESOLUÇÕES (LEGISLATIVAS) (arts. 49, 51 e 52). a) DECRETO LEGISLATIVO: Instrumento formal de que se vale o Congresso Nacional para praticar os atos de sua competência exclusiva (art. 49). Não haverá sanção presidencial, sendo que após sua aprovação pela maioria simples do Congresso Nacional (art. 47), será promulgado e publicado pelo Presidente do Senado Federal, que segundo o art. 57, 5.º da CF, presidirá o Congresso Nacional; b) RESOLUÇÃO: Instrumento formal de que se vale a Câmara dos Deputados e o Senado Federal para praticar os atos de sua competência privativa (arts. 51 e 52). Não haverá sanção presidencial, sendo que após sua aprovação pela maioria simples do Congresso Nacional (art. 47), será promulgada e publicada pela Mesa da Casa Legislativa que a expediu, ou quando se tratar de resolução do Congresso Nacional, pela Mesa do Senado Federal (art. 68, 2.º) MEDIDAS PROVISÓRIAS (art. 62, alterado pela EC n.º 32/2001). Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las ao Congresso Nacional, que através de uma Comissão mista de Deputados e Senadores, e antes de encaminhá-la para a deliberação em plenário de cada uma Casas Legislativas, irá apreciar o preenchimento dos requisitos constitucionais necessários à sua edição (art. 62, 5.º e 9.º). No Brasil, Estado Democrático de Direito, a adoção do princípio da legalidade como verdadeiro alicerce faz com que observemos a seguinte regra: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. O postulado em questão significa tão-somente que apenas as leis (atos gerais, abstratos e imperativos elaborados pelo Legislativo e sancionada pelo Executivo) podem circunscrever e limitar a liberdade, posto que a autoridade pública só pode exigir que o cidadão pague ou deixe de pagar, faça ou deixe de fazer, aquilo que está expresso em lei. Seguindo essa orientação, a Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), em seu art. 59, aponta quais espécies normativas são capazes de gerar tal obrigação. Diz a Constituição que o processo legislativo compreende a elaboração, dentre outras, das medidas provisórias, espécie legislativa criada em 1988 com o objetivo de substituir o Decreto-lei e ser utilizada em casos de relevância e urgência pela Presidência da República (leia-se art. 62 da CRFB). Diversos pontos chamam atenção quanto a essa espécie legislativa, tais como: 1. Normalmente a iniciativa, quanto à elaboração das leis, compete ao Legislativo, sendo que, no caso das medidas provisórias a elaboração caberá ao Presidente da República (representante do Executivo) e, excepcionalmente, aos Estados e Municípios, na figura de seus respectivos Governadores e Prefeitos. O Supremo Tribunal Federal (STF) vem afirmando sua posição e entendimento no sentido de que os Estados e Municípios poderão editar medidas provisórias desde que esse instrumento se encontre previsto nas respectivas Constituições Estaduais e Leis Orgânicas e versem, 31

19 exclusivamente, sobre matéria de sua competência. Atualmente os Estados do Acre, Santa Catarina e Tocantins tiveram confirmada essa possibilidade pelo Excelso Pretório; 2. As medidas provisórias, distintas das leis, são atos excepcionais, efêmeros, precários e condicionados, senão vejamos: a) Excepcionais Apesar de não serem propriamente uma lei (pois não são elaboradas por autoridades genuinamente eleitas para a representação popular, ou seja, saem da mente do Presidente da República e vão direto para a publicação), segundo a Carta Constitucional têm força de lei, já que são capazes de gerar obrigação; b) Efêmeros (passageiros ou transitórios) Possuem um curto prazo de vida (apenas por 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, caso sua votação nas duas Casas do Congresso Nacional não seja encerrada naquele prazo art. 62, 3.º e 7.º), sendo necessária para sua conversão em lei propriamente dita a aprovação do Legislativo. Se a medida provisória, que tem sua votação sempre iniciada na Câmara dos Deputados, não forem apreciadas em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, sobrestando todas as demais deliberações; Obs.: As medidas provisórias editadas não revogam, mas apenas suspendem a eficácia das leis editadas anteriormente à sua vigência e contrárias ao seu conteúdo. c) Precários A falta de confirmação do Congresso Nacional marca sua precariedade, pois uma vez não transformadas em lei perdem sua eficácia desde o início; d) Condicionados Posto que sujeitas à satisfação de dois pressupostos simultâneos: a relevância e a urgência. Importadas do parlamentarismo italiano, as medidas provisórias causam problemas por estarem contextualizadas numa sistema de governo presidencialista. Tudo porque o Presidente da República não tem responsabilidade política por sua edição. Se o Primeiro-Ministro italiano editar uma medida provisória e, em sessenta dias (art. 77 da Constituição Italiana), o Parlamento não a aprovar, ele, simplesmente, perde o poder através de uma moção de desconfiança. No presidencialismo brasileiro, isso jamais ocorreria, daí as desenfreadas reedições de medidas provisórias por aqui. Foram por muito tempo essas reedições, inclusive, as responsáveis por uma crise sem precedentes na prestação da atividade jurisdicional, sobrecarregando o Judiciário de tal forma com processos iguais que se torna impossível para o julgador compor os milhares de conflitos que lhe são submetidos diuturnamente. Atualmente, segundo a redação do art. 62, 10, é vedada a reedição de medidas provisórias que tenham sido rejeitadas ou que tenham perdido sua eficácia por decurso de prazo, na mesma sessão legislativa. A CF estabelece alguns limites materiais à edição de medidas provisórias, a se tratarem: 1. Art. 62, 1.º, I a IV. Matéria: I. relativa a: a. nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b. direito penal, processual penal e processual civil; c. organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; d. planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos II. que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III. reservada a Lei Complementar; IV. já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 2. Art É vedada a adoção de medida provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda promulgada entre 1º de janeiro de 1995 e 11 de setembro de Editada uma medida provisória pelo Presidente da República acerca de matéria estabelecida na CF, e devidamente publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.), passa a ter vigência e eficácia, com força de lei, depende, porém, de aprovação do Congresso Nacional, sendo possíveis as seguintes situações: a)mp aprovada: se transforma em leio ordinária e é promulgada pelo Presidente do Congresso Nacional, sendo dispensada a sanção presidencial; b)mp rejeitada: A medida provisória deixa de existir desde sua publicação, sendo que as relações jurídicas do período em que vigorava a medida provisória serão disciplinadas pelo Congresso Nacional, através da edição de um decreto legislativo, em até 60 dias contadas da data de rejeição ou perda de eficácia. Caso isso não ocorra as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas (art. 62, 11); c)decurso de prazo: Decorrido o prazo sem manifestação do Congresso Nacional a medida provisória está rejeitada (aprovação só expressa); d)emendada: Aprovado o projeto de lei com as alterações teremos o projeto de lei de conversão - em substituição à medida provisória - daí em diante segue o rito ordinário (sanção e veto). 32

20 O CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS E ATOS NORMATIVOS 1. DIREITO CONSTITUCIONAL INTERTEMPORAL: A TEORIA DA RECEPÇÃO. A Constituição é à base de validade jurídica das normas infraconstitucionais. Com o advento de uma nova Constituição, as normas infraconstitucionais anteriores e vigentes sob o império da antiga Constituição, se forem materialmente (o seu conteúdo) incompatíveis com esta nova Constituição, serão revogadas. Por outro lado, aquelas normas infraconstitucionais anteriores materialmente compatíveis com a nova Constituição irão aderir ao novo ordenamento jurídico (isto é, serão recepcionadas) como se novas fossem porque terão como base de validade a atual Constituição (trata-se de uma ficção jurídica). Essa teoria é tradicionalmente admitida no direito brasileiro, independentemente de qualquer determinação expressa 1. As normas anteriores, incompatíveis formalmente com a nova Constituição serão por ela recebidas se houver compatibilidade material e passarão a ter status formal determinado pelo novo ordenamento constitucional CONCEITO E ESPÉCIES DE NORMAS INCONSTITUCIONAIS. SUMÁRIO 1. Direito constitucional intertemporal: a teoria da recepção. 2. Conceito e espécies de normas inconstitucionais. 2. Princípios norteadores do controle de constitucionalidade. 3. Histórico do controle de constitucionalidade no Brasil. 4. Formas de inconstitucionalidade. 5. Processo legislativo e questões afins ao controle. 6. Momentos do controle. 7. Jurisdição constitucional (critérios de controle). 8. Legitimação ativa e pertinência temática. 9. Atuação do Procurador-Geral da República e Advogado-Geral da União. 10. Medida cautelar e efeitos repristinatórios. 11. Competência para o conhecimento das ações. 12. ADI, ADC e ADPF Análise de normas contrárias à Constituição Federal de Inovações advindas com a reforma do Poder Judiciário. 14. Resumos esquemáticos Para entendermos o que seja o fenômeno de inconstitucionalidade é necessário, inicialmente, saber a classificação das normas jurídicas, as quais estão dividas da seguinte maneira: NORMAS JURÍDICAS CONSTITUCIONAIS CLASSIFICAÇÃO 1) Originárias. São aquelas inseridas na Constituição, quando de sua criação, e até hoje inabaláveis (dispositivos originais da Constituição que não sofreram qualquer tipo de alteração). 2) Derivadas. São aquelas inseridas na Constituição, quando de sua mudança (dispositivos que foram resultado do processo de reforma por Emendas ou Revisão) 3. 1 A recepção é um fenômeno automático, tendo sido previsto expressamente apenas na Constituição brasileira de 1937, em seu art. 183: Continua em vigor, enquanto não revogadas, as leis que explícita ou implicitamente não contrariarem as disposições desta Constituição. 2 Podemos citar como exemplos, o Código Tributário Nacional CTN, o Código Penal Brasileiro CP, o Código de Processo Penal CPP e a Lei das Contravenções Penais LCP. O CTN foi feito sob a forma de lei ordinária (Lei n 5.172/1966) e a Constituição de 1988 determina que as normas gerais tributárias sejam tratadas por lei complementar (art. 146). Quanto ao CP (decreto-lei n 2.848/1940), o CPP (decreto-lei n 3.689/1941) e a LCP (decreto-lei n 3.688/1941), a situação é um pouco diversa. Decreto-lei não é espécie normativa presente no novo ordenamento constitucional e as matérias do direito penal e direito processual penal devem ser cuidadas por lei ordinária federal. Com a nova determinação constitucional, as normas citadas foram recebidas naquilo que não contrariavam materialmente a nova Constituição e suas alterações formais futuras somente serão feitas de acordo com o novo processo legislativo previsto na Constituição Federal de

Subseção I Disposição Geral

Subseção I Disposição Geral Subseção I Disposição Geral Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias;

Leia mais

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS... 17. INTRODUÇÃO... 21 A importância da Lei na sociedade contemporânea... 21

SUMÁRIO AGRADECIMENTOS... 17. INTRODUÇÃO... 21 A importância da Lei na sociedade contemporânea... 21 STF00094362 SUMÁRIO NOTA DO AUTOR... 15 AGRADECIMENTOS... 17 LISTA DE ABREVIATURAS UTILIZADAS... 19 INTRODUÇÃO... 21 A importância da Lei na sociedade contemporânea... 21 CAPÍTULO 1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Leia mais

DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO

DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO DIREITO CONSTITUCIONAL PODER LEGISLATIVO Atualizado em 03/11/2015 PODER LEGISLATIVO No plano federal temos o Congresso Nacional composto por duas casas (Câmara dos Deputados e Senado Federal). No âmbito

Leia mais

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, DE 2015 As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do 3º do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Leia mais

Legislador VII - Etapas da Tramitação de um Projeto de Lei

Legislador VII - Etapas da Tramitação de um Projeto de Lei Legislador VII - Etapas da Tramitação de um Projeto de Lei Processo Legislativo é o procedimento a ser observado para a formação das Leis, estabelecido por disposições constitucionais e pelos regimentos

Leia mais

RESPOSTA A QUESTÃO DE ORDEM SOBRE A INCLUSÃO DE MATÉRIA ESTRANHA À MEDIDA PROVISÓRIA EM PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO ENVIADO À APRECIAÇÃO DO SENADO

RESPOSTA A QUESTÃO DE ORDEM SOBRE A INCLUSÃO DE MATÉRIA ESTRANHA À MEDIDA PROVISÓRIA EM PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO ENVIADO À APRECIAÇÃO DO SENADO RESPOSTA A QUESTÃO DE ORDEM SOBRE A INCLUSÃO DE MATÉRIA ESTRANHA À MEDIDA PROVISÓRIA EM PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO ENVIADO À APRECIAÇÃO DO SENADO Em resposta à questão de ordem apresentada pelo Senador

Leia mais

Aulas 1 e 2 de Direito Eleitoral Professor: Will

Aulas 1 e 2 de Direito Eleitoral Professor: Will Aulas 1 e 2 de Direito Eleitoral Professor: Will 1) Mudanças que se sujeitam ao princípio da anualidade: a) mudança na lei partidária (filiação, convenção, coligações, número de candidatos etc). b) mudança

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

INTERVENÇÃO FEDERAL ARTIGO 34 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

INTERVENÇÃO FEDERAL ARTIGO 34 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL INTERVENÇÃO FEDERAL ARTIGO 34 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL É o ato de intervir (tomar parte), toda vez que a ação de um Estado- Membro perturbe o sistema constitucional federativo ou provoque grave anormalidade

Leia mais

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A.

REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. REGULAMENTO DA COMISSÃO EXECUTIVA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REDITUS - SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. ARTIGO 1.º (Âmbito e Aplicabilidade) 1. O presente regulamento estabelece as regras

Leia mais

Remédio constitucional ou remédio jurídico, são meios postos à disposição dos indivíduos e cidadão para provocar a intervenção das autoridades

Remédio constitucional ou remédio jurídico, são meios postos à disposição dos indivíduos e cidadão para provocar a intervenção das autoridades Remédio constitucional ou remédio jurídico, são meios postos à disposição dos indivíduos e cidadão para provocar a intervenção das autoridades competentes, visando sanar ilegalidades ou abuso de poder

Leia mais

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de

ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de ARTIGO: Efeitos (subjetivos e objetivos) do controle de constitucionalidade Luís Fernando de Souza Pastana 1 RESUMO: há diversas modalidades de controle de constitucionalidade previstas no direito brasileiro.

Leia mais

FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL

FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO NACIONAL - legislatura: tem duração de quatro anos e corresponde ao período que vai do início do mandato dos membros da Câmara dos Deputados até o seu término (art. 44, par.

Leia mais

Instrutor: Marlon L. Souto Maior Auditor-Fiscal de Contas

Instrutor: Marlon L. Souto Maior Auditor-Fiscal de Contas TREINAMENTO AOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE RORAIMA Módulo: Processos e Técnicas Legislativas Noções Básicas de Direito Administrativo e Administração Pública Instrutor: Marlon L. Souto Maior Auditor-Fiscal

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 5.339, DE 2013

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 5.339, DE 2013 COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI Nº 5.339, DE 2013 (Apenso: Projeto de Lei nº 4.865, de 2012) Altera o art. 20 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991, para instituir

Leia mais

GUIA DE ESTUDOS INSS NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO FÁBIO RAMOS BARBOSA

GUIA DE ESTUDOS INSS NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO FÁBIO RAMOS BARBOSA DIREITO ADMINISTRATIVO Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios. Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios. Organização

Leia mais

Prof. Cristiano Lopes

Prof. Cristiano Lopes Prof. Cristiano Lopes CONCEITO: É o procedimento de verificar se uma lei ou ato normativo (norma infraconstitucional) está formalmente e materialmente de acordo com a Constituição. Controlar significa

Leia mais

OAB 2ª Fase Direito Constitucional Meta 4 Cristiano Lopes

OAB 2ª Fase Direito Constitucional Meta 4 Cristiano Lopes OAB ª Fase Direito Constitucional Meta Cristiano Lopes 0 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. META LEITURA OBRIGATÓRIA Legislação: CF, arts. ; Doutrina: Poder legislativo

Leia mais

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente

Leia mais

AULA 10 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL

AULA 10 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL Faculdade do Vale do Ipojuca - FAVIP Bacharelado em Direito Autorizado pela Portaria nº 4.018 de 23.12.2003 publicada no D.O.U. no dia 24.12.2003 Curso reconhecido pela Portaria Normativa do MEC nº 40,

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 5.963, DE 2001 (Do Sr. Milton Monti)

PROJETO DE LEI Nº 5.963, DE 2001 (Do Sr. Milton Monti) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 5.963, DE 2001 (Do Sr. Milton Monti) Que torna obrigatório o exame de acuidade visual em todos os alunos matriculados no ensino fundamental

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

CONSTITUIÇÃO FEDERAL CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,

Leia mais

Controlar a constitucionalidade de lei ou ato normativo significa:

Controlar a constitucionalidade de lei ou ato normativo significa: Conceito Controlar a constitucionalidade de lei ou ato normativo significa: a) impedir a subsistência da eficácia de norma contrária à Constituição (incompatibilidade vertical) b) conferir eficácia plena

Leia mais

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO CONSELHO NACIONAL PARA A ECONOMIA SOCIAL CAPÍTULO I PRINCÍPIOS GERAIS Artigo 1. (Natureza) O Conselho Nacional para a Economia Social, adiante também identificado como CNES,

Leia mais

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador ALVARO DIAS RELATOR AD HOC: Senador ANTONIO CARLOS JÚNIOR

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador ALVARO DIAS RELATOR AD HOC: Senador ANTONIO CARLOS JÚNIOR PARECER Nº, DE 2010 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre a Proposta de Emenda à Constituição nº 95, de 2003, primeiro signatário o Senador Paulo Paim, que dá nova redação ao inciso III,

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO. PORTARIA Nº CF-POR-2012/00116 de 11 de maio de 2012

PODER JUDICIÁRIO. PORTARIA Nº CF-POR-2012/00116 de 11 de maio de 2012 PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL PORTARIA Nº CF-POR-2012/00116 de 11 de maio de 2012 Dispõe sobre a composição, o funcionamento e as atribuições dos Comitês Gestores do Código

Leia mais

Maratona Fiscal ISS Direito tributário

Maratona Fiscal ISS Direito tributário Maratona Fiscal ISS Direito tributário 1. São tributos de competência municipal: (A) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a prestação de serviço de comunicação e imposto

Leia mais

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 391-A, DE 2014

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 391-A, DE 2014 COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 391-A, DE 2014 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 391-A, DE 2014 Fixa parâmetros para a remuneração da Carreira de

Leia mais

0emâe>6Ín& ;^- racámtfstfrúíe-jfcis6táijp&

0emâe>6Ín& ;^- racámtfstfrúíe-jfcis6táijp& r. 0emâe>6Ín& ;^- racámtfstfrúíe-jfcis6táijp& NOTA TÉCNICA N 15/2013 Assunto: Projeto de Lei n 02, de 2013-CN (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014). O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE

Leia mais

II - Fontes do Direito Tributário

II - Fontes do Direito Tributário II - Fontes do Direito Tributário 1 Fontes do Direito Tributário 1 Conceito 2 - Classificação 3 - Fontes formais 3.1 - principais 3.2 complementares 4 Doutrina e jurisprudência 2 1 - Conceito As fontes

Leia mais

Direito Tributário. Aula 05. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

Direito Tributário. Aula 05. Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Direito Tributário Aula 05 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DO FUNDO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR- FAPS

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DO FUNDO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR- FAPS REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DO FUNDO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR- FAPS CAPÍTULO I DA NATUREZA Art. 1.º - O Conselho Fiscal do Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor- FAPS, criado

Leia mais

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT]

NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS. INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] NBA 10: INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS INTRODUÇÃO [Issai 10, Preâmbulo, e NAT] 1. Os Tribunais de Contas somente podem realizar suas tarefas quando são independentes da entidade auditada e são protegidos

Leia mais

Processo Legislativo

Processo Legislativo Processo Legislativo Os Projetos de Lei Ordinária e de Lei Complementar são proposições que visam regular toda a matéria legislativa de competência da Câmara e devem ser submetidos à sanção do prefeito

Leia mais

REGIMENTO INTERNO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO CONSEPE

REGIMENTO INTERNO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO CONSEPE REGIMENTO INTERNO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO CONSEPE TÍTULO I DA COMPOSIÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS CAPÍTULO I - DA COMPOSIÇÃO Art. 1º O CONSEPE é o órgão colegiado superior que supervisiona e

Leia mais

PROVA DE NOÇÕES DE DIREITO

PROVA DE NOÇÕES DE DIREITO 12 PROVA DE NOÇÕES DE DIREITO QUESTÃO 41 NÃO está correta a seguinte definição: a) DIREITO POSITIVO: o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e intrinsecamente boa e legítima. b) DIREITO

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, SEDE, DURAÇÃO E FINALIDADE

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, SEDE, DURAÇÃO E FINALIDADE REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, SEDE, DURAÇÃO E FINALIDADE Art. 1º - O Conselho Municipal do Idoso CMI de Carlos Barbosa, criado pela Lei Municipal nº 1754,

Leia mais

Com a citada modificação, o artigo 544, do CPC, passa a vigorar com a seguinte redação:

Com a citada modificação, o artigo 544, do CPC, passa a vigorar com a seguinte redação: O NOVO AGRAVO CONTRA DESPACHO DENEGATÓRIO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL 2011-06-15 Alexandre Poletti A Lei nº 12.322/2010, que alterou os artigos 544 e 545 do CPC, acabou com o tão conhecido e utilizado

Leia mais

RESOLUÇÃO N 83/TCE/RO-2011

RESOLUÇÃO N 83/TCE/RO-2011 RESOLUÇÃO N 83/TCE/RO-2011 Dispõe sobre o exercício da fiscalização dos atos de gestão pelo Tribunal de Contas e dá outras providências. O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, no uso de suas atribuições

Leia mais

Direito Constitucional Dra. Vânia Hack de Ameida

Direito Constitucional Dra. Vânia Hack de Ameida 1 Controle da Constitucionalidade 1. Sobre o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade, é correto afirmar que: a) compete a qualquer juiz ou tribunal, no primeiro caso desde que inexista pronunciamento

Leia mais

Outrossim, ficou assim formatado o dispositivo do voto do Mn. Fux:

Outrossim, ficou assim formatado o dispositivo do voto do Mn. Fux: QUESTÃO DE ORDEM Nos termos do art. 131 e seguintes do Regimento do Congresso Nacional, venho propor a presente QUESTÃO DE ORDEM, consoante fatos e fundamentos a seguir expostos: O Congresso Nacional (CN)

Leia mais

FIXAÇÃO DO NÚMERO DE VEREADORES PELOS MUNICÍPIOS MÁRCIO SILVA FERNANDES

FIXAÇÃO DO NÚMERO DE VEREADORES PELOS MUNICÍPIOS MÁRCIO SILVA FERNANDES FIXAÇÃO DO NÚMERO DE VEREADORES PELOS MUNICÍPIOS MÁRCIO SILVA FERNANDES Consultor Legislativo da Área I Direito Constitucional, Eleitoral, Municipal, Administrativo, Processo Legislativo e Poder Judiciário

Leia mais

Regulamento do Conselho de Administração da Assembleia da República

Regulamento do Conselho de Administração da Assembleia da República Regulamento do Conselho de Administração da Assembleia da República publicado no Diário da Assembleia da República, II Série C, n.º 11 de 8 de Janeiro de 1991 Conselho de Administração O Conselho de Administração

Leia mais

Maurício Piragino /Xixo Escola de Governo de São Paulo. mauxixo.piragino@uol.com.br

Maurício Piragino /Xixo Escola de Governo de São Paulo. mauxixo.piragino@uol.com.br Democracia Participativa e Direta: conselhos temáticos e territoriais (Conselhos Participativos nas Subprefeituras); Iniciativa Popular, Plebiscitos e Referendo" Maurício Piragino /Xixo Escola de Governo

Leia mais

JUIZ FEDERAL TRF 1ª REGIÃO

JUIZ FEDERAL TRF 1ª REGIÃO DIREITO FINANCEIRO I. Finanças Públicas na Constituição Federal... 02 II. Orçamento... 04 III. Despesa Pública... 39 IV. Receita Pública... 76 V. Dívida Ativa da União de Natureza Tributária e não-tributária...

Leia mais

Quanto ao órgão controlador

Quanto ao órgão controlador Prof. Ms. Cristian Wittmann Aborda os instrumentos jurídicos de fiscalização sobre a atuação dos Agentes públicos; Órgãos públicos; Entidades integradas na Administração Pública; Tem como objetivos fundamentais

Leia mais

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL O Partido Político "Z", que possui apenas três representantes na Câmara dos Deputados, por entender presente a violação de regras da CRFB, o procura para que, na

Leia mais

PARECER Nº, DE 2011. RELATOR: Senador LUIZ HENRIQUE

PARECER Nº, DE 2011. RELATOR: Senador LUIZ HENRIQUE PARECER Nº, DE 2011 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 244, de 2011, do Senador Armando Monteiro, que acrescenta os arts. 15-A, 15-B e 15-C à Lei nº 6.830, de 22 de

Leia mais

Poderes Administrativos. Professora: Paloma Braga

Poderes Administrativos. Professora: Paloma Braga Poderes Administrativos Professora: Paloma Braga Poderes Administrativos - Conceito São os meios ou instrumentos através dos quais a Administração Pública exerce a atividade administrativa na gestão dos

Leia mais

LEI COMPLEMENTAR Nº 3, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1967

LEI COMPLEMENTAR Nº 3, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1967 LEI COMPLEMENTAR Nº 3, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1967 Dispõe sobre os Orçamentos Plurianuais de Investimento, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta

Leia mais

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras)

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras) - REGIMENTO - Considerando que, a Lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19.º, n.º 2, alínea b), a competência dos órgãos municipais para criar os conselhos locais de educação; Considerando

Leia mais

APOSENTADORIA ESPECIAL DO POLICIAL CIVIL

APOSENTADORIA ESPECIAL DO POLICIAL CIVIL APOSENTADORIA ESPECIAL DO POLICIAL CIVIL José Heitor dos Santos Promotor de Justiça/SP Silvio Carlos Alves dos Santos Advogado/SP A Lei Complementar Paulista nº. 1.062/08, que disciplina a aposentadoria

Leia mais

REGULAMENTO DO CONSELHO DEPARTAMENTAL

REGULAMENTO DO CONSELHO DEPARTAMENTAL Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional REGULAMENTO DO CONSELHO DEPARTAMENTAL RESOLUÇÃO Nº. 073/12-COGEP de 07/12/12 Curitiba

Leia mais

SABER DIREITO FORMULÁRIO

SABER DIREITO FORMULÁRIO Programa Saber Direito TV Justiça Outubro de 2010 Curso: Poder Constituinte Professor: André Alencar SABER DIREITO FORMULÁRIO TÍTULO DO CURSO PODER CONSTITUINTE PROFESSOR ANDRÉ ALENCAR TÍTULO Máximo de

Leia mais

PORTARIA CAU/SP Nº 063, DE 31 DE AGOSTO DE 2015.

PORTARIA CAU/SP Nº 063, DE 31 DE AGOSTO DE 2015. PORTARIA CAU/SP Nº 063, DE 31 DE AGOSTO DE 2015. Aprova a Instrução Normativa nº 06, de 31 de agosto de 2015, que regulamenta os trâmites administrativos dos Contratos no âmbito do Conselho de Arquitetura

Leia mais

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição.

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição. TÍTULO VII - Regiões autónomas Artigo 225.º (Regime político-administrativo dos Açores e da Madeira) 1. O regime político-administrativo próprio dos arquipélagos dos Açores e da Madeira fundamenta-se nas

Leia mais

Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo, o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ. JOSÉ EDUARDO CARDOZO ANEXO

Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo, o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ. JOSÉ EDUARDO CARDOZO ANEXO PORTARIA Nº 2.588, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011 Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições previstas nos incisos I e II do parágrafo

Leia mais

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS 1 1. CONCEITO BÁSICO DE DIREITO Somente podemos compreender o Direito, em função da sociedade. Se fosse possível ao indivíduo

Leia mais

CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS CULTURAIS REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS CULTURAIS REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICAS CULTURAIS REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - Este regimento interno disciplina o funcionamento do Conselho Municipal de Políticas Culturais,

Leia mais

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013.

ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013. ATO DO 1º SECRETÁRIO Nº 2, DE 2013. Regulamenta o controle do cumprimento da jornada e do horário de trabalho pelos servidores do Senado Federal, nos termos do Ato da Comissão Diretora nº 7, de 2010. O

Leia mais

CESPE/UnB Câmara dos Deputados Aplicação: 2014 PROVA DISCURSIVA P 3

CESPE/UnB Câmara dos Deputados Aplicação: 2014 PROVA DISCURSIVA P 3 PROVA DISCURSIVA P 3 Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso queira, os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva os textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS

Leia mais

DISPÕE SOBRE A AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO PROBATÓRIO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DISPÕE SOBRE A AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO PROBATÓRIO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. LEI Nº 2001/2006 DISPÕE SOBRE A AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO PROBATÓRIO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. IRANI CHIES, Prefeito Municipal de Carlos Barbosa, Estado do Rio Grande do Sul, no uso de suas atribuições legais,

Leia mais

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Autora: Idinéia Perez Bonafina Escrito em maio/2015 TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Nas relações internacionais do

Leia mais

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Modelo esquemático de ação direta de inconstitucionalidade genérica EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Legitimidade ativa (Pessoas relacionadas no art. 103 da

Leia mais

Simulado de Direito Administrativo Professor Estevam Freitas

Simulado de Direito Administrativo Professor Estevam Freitas Simulado de Direito Administrativo Professor Estevam Freitas 01. ( FUNIVESA/SEPLAG/AFC 2009) Assinale a alternativa correta acerca da organização administrativa brasileira. ( A ) Toda a sociedade em que

Leia mais

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS

EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS EFICÁCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 1 Eficácia é o poder que tem as normas e os atos jurídicos para a conseqüente produção de seus efeitos jurídicos próprios. No sábio entendimento do mestre

Leia mais

FORUM PERMANENTE DA AGENDA 21 LOCAL DE SAQUAREMA REGIMENTO INTERNO. CAPITULO 1-Da natureza, sede, finalidade, princípios e atribuições:

FORUM PERMANENTE DA AGENDA 21 LOCAL DE SAQUAREMA REGIMENTO INTERNO. CAPITULO 1-Da natureza, sede, finalidade, princípios e atribuições: FORUM PERMANENTE DA AGENDA 21 LOCAL DE SAQUAREMA REGIMENTO INTERNO CAPITULO 1-Da natureza, sede, finalidade, princípios e atribuições: Artigo I: O Fórum Permanente da Agenda 21 de Saquarema, criado pelo

Leia mais

Processo Legislativo. Aula 2. Prof. Jorge Bernardi. A federação brasileira. A Federação Brasileira. O positivismo. Conceito de lei.

Processo Legislativo. Aula 2. Prof. Jorge Bernardi. A federação brasileira. A Federação Brasileira. O positivismo. Conceito de lei. Processo Legislativo Aula 2 Contextualização Prof. Jorge Bernardi A federação brasileira Conceito de lei O direito O jus naturalis O positivismo Validade da lei Tipologia das normas Decreto autônomo A

Leia mais

O empregado caminhando na empresa, cai e se machuca vai pedir uma indenização na justiça do trabalho. (empregado x empregador);

O empregado caminhando na empresa, cai e se machuca vai pedir uma indenização na justiça do trabalho. (empregado x empregador); Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Processo do Trabalho / Aula 04 Professor: Leandro Antunes Conteúdo: Procedimento Sumário, Procedimento Sumaríssimo. A competência para julgar acidente de trabalho:

Leia mais

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador SÉRGIO SOUZA I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2013. RELATOR: Senador SÉRGIO SOUZA I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2013 Da COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONSUMIDOR E FISCALIZAÇÃO E CONTROLE, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 398, de 2012, do Senador Pedro Taques, que

Leia mais

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO REGIMENTO INTERNO

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO REGIMENTO INTERNO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DO CONSELHO, ATRIBUIÇÕES E SUA COMPOSIÇÃO Art. 1.º- O Conselho Municipal de Educação de Carlos Barbosa, criado pela Lei Municipal nº1.176 de

Leia mais

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS AUTORIDADE CENTRAL ADMINISTRATIVA FEDERAL

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA SECRETARIA DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS AUTORIDADE CENTRAL ADMINISTRATIVA FEDERAL II REUNIÃO DO CONSELHO DAS AUTORIDADES CENTRAIS BRASILEIRAS RESOLUÇÃO N.º 02/ 2000 Dispõe sobre a Aprovação do Regimento Interno e dá outras providências O Presidente do Conselho das Autoridades Centrais

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 175, DE 2011. Relator: Deputado Paulo Abi-Ackel.

PROJETO DE LEI N.º 175, DE 2011. Relator: Deputado Paulo Abi-Ackel. CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA PROJETO DE LEI N.º 175, DE 2011. Determina a adoção de número único para emergências e segurança pública. Autor: Deputado

Leia mais

LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999. Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas.

LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999. Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. LEI COMPLEMENTAR Nº 97, DE 9 DE JUNHO DE 1999 Dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta

Leia mais

Mais do que faculdade, uma escola de empreendedores. Regulamento do Colegiado de curso da Faculdade Montes Belos

Mais do que faculdade, uma escola de empreendedores. Regulamento do Colegiado de curso da Faculdade Montes Belos Mais do que faculdade, uma escola de empreendedores Regulamento do Colegiado de curso da Faculdade Montes Belos São Luís de Montes Belos, novembro de 2011 REGULAMENTO COLEGIADO DE CURSOS REGULAMENTO INTERNO

Leia mais

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas.

O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O Dever de Consulta Prévia do Estado Brasileiro aos Povos Indígenas. O que é o dever de Consulta Prévia? O dever de consulta prévia é a obrigação do Estado (tanto do Poder Executivo, como do Poder Legislativo)

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO PROJETO DE LEI N o 3.847, DE 2012 (Apensados os PLs nº 5.158, de 2013, e nº 6.925, de 2013) Institui a obrigatoriedade de as montadoras de veículos,

Leia mais

Reforma Política Democrática Eleições Limpas 13 de janeiro de 2015

Reforma Política Democrática Eleições Limpas 13 de janeiro de 2015 Reforma Política Democrática Eleições Limpas 13 de janeiro de 2015 A Coalizão é uma articulação da sociedade brasileira visando a uma Reforma Política Democrática. Ela é composta atualmente por 101 entidades,

Leia mais

Regulamento do Colegiado dos Cursos da Faculdade Católica Santa Teresinha (Aprovado pela Resolução 005/2010-DG/FCST, datado de 20/12/2010)

Regulamento do Colegiado dos Cursos da Faculdade Católica Santa Teresinha (Aprovado pela Resolução 005/2010-DG/FCST, datado de 20/12/2010) 0 Regulamento do Colegiado dos Cursos da Faculdade Católica Santa Teresinha (Aprovado pela Resolução 005/2010-DG/FCST, datado de 20/12/2010) CAICÓ-RN 2010 1 SUMÁRIO CAPÍTULO I: DA NATUREZA, COMPOSIÇÃO

Leia mais

DECRETO Nº 55.867, DE 23 DE JANEIRO DE 2015

DECRETO Nº 55.867, DE 23 DE JANEIRO DE 2015 Secretaria Geral Parlamentar Secretaria de Documentação Equipe de Documentação do Legislativo DECRETO Nº 55.867, DE 23 DE JANEIRO DE 2015 Confere nova regulamentação ao Conselho Municipal de Segurança

Leia mais

Faço saber, que a Câmara Municipal de Mangueirinha, Estado do Paraná aprovou e eu, ALBARI GUIMORVAM FONSECA DOS SANTOS, sanciono a seguinte lei:

Faço saber, que a Câmara Municipal de Mangueirinha, Estado do Paraná aprovou e eu, ALBARI GUIMORVAM FONSECA DOS SANTOS, sanciono a seguinte lei: LEI Nº 1512/2009 SÚMULA: Cria o Conselho Municipal da Educação. Faço saber, que a Câmara Municipal de Mangueirinha, Estado do Paraná aprovou e eu, ALBARI GUIMORVAM FONSECA DOS SANTOS, sanciono a seguinte

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014

PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 PROJETO DE LEI Nº, DE 2014 (Do Sr. Arthur Oliveira Maia) Altera a redação do art. 3º da Lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993, para suprimir qualquer restrição ou preferência legal na contratação de treinador

Leia mais

PARECER Nº, DE 2009. RELATOR: Senador MARCELO CRIVELLA

PARECER Nº, DE 2009. RELATOR: Senador MARCELO CRIVELLA PARECER Nº, DE 2009 Da COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 117, de 2006, que regula o exercício profissional de Geofísico e altera

Leia mais

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 Depois de concluídas todas as etapas, podemos inferir que a Convenção sobre os Direitos

Leia mais

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO CAPÍTULO I DA NATUREZA, COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO CAPÍTULO I DA NATUREZA, COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO CAPÍTULO I DA NATUREZA, COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO Art. 1º - O Conselho Municipal de Planejamento Urbano, criado pela Lei Complementar nº 510,

Leia mais

Marcel Brasil F. Capiberibe. Subprocurador do Ministério Público Especial Junto ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul

Marcel Brasil F. Capiberibe. Subprocurador do Ministério Público Especial Junto ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul Critérios institucionais diferençados entre as funções do Ministério Público junto à justiça ordinária e as atribuições funcionais do Ministério Público especial junto ao Tribunal de Contas Marcel Brasil

Leia mais

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador WALDEMIR MOKA I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2015. RELATOR: Senador WALDEMIR MOKA I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 44, de 2012 (Projeto de Lei nº 4.097, de 2004, na Casa de origem), do Deputado Zenaldo Coutinho,

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DA ASSEMBLEIA GERAL DA FPAS DISPOSIÇÕES GERAIS. Artigo 1.º (Objeto)

REGULAMENTO INTERNO DA ASSEMBLEIA GERAL DA FPAS DISPOSIÇÕES GERAIS. Artigo 1.º (Objeto) REGULAMENTO INTERNO DA ASSEMBLEIA GERAL DA FPAS DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º (Objeto) O funcionamento da Assembleia Geral rege-se pelo disposto no presente Regulamento e pelas demais disposições dos Estatutos

Leia mais

Poder Judiciário. Tabela 1 Poder Judiciário Primeira Instância Segunda Instância

Poder Judiciário. Tabela 1 Poder Judiciário Primeira Instância Segunda Instância O é a instituição encarregada de administrar justiça por meio dos tribunais. Sua função é assegurar o amparo, proteção ou tutela dos direitos dispostos nas leis. A Suprema Corte de Justiça é a máxima autoridade

Leia mais

Curso de Regimento Interno da Câmara dos Deputados Prof. Gabriel Dezen Junior

Curso de Regimento Interno da Câmara dos Deputados Prof. Gabriel Dezen Junior Curso de Regimento Interno da Câmara dos Deputados Prof. Gabriel Dezen Junior Teste 1 1. ( ) É competência da Mesa da Câmara dos Deputados a decisão de reunião dessa Casa fora do Palácio do Congresso Nacional,

Leia mais

FLÁVIO ALENCAR DIREITO CONSTITUCIONAL

FLÁVIO ALENCAR DIREITO CONSTITUCIONAL FLÁVIO ALENCAR DIREITO CONSTITUCIONAL 78 QUESTÕES DE PROVAS DA BANCA ORGANIZADORA DO CONCURSO SEFAZ/MS E DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE MS GABARITADAS. Seleção das Questões: Prof. Flávio Alencar Coordenação

Leia mais

Prefeitura Municipal de Porto Alegre

Prefeitura Municipal de Porto Alegre Prefeitura Municipal de Porto Alegre DECRETO Nº 17.301, DE 14 DE SETEMBRO DE 2011. Aprova o Regimento Interno do Fórum Municipal dos Conselhos da Cidade (FMCC). O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, no

Leia mais

ATOS DO PODER EXECUTIVO. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea a, da Constituição,

ATOS DO PODER EXECUTIVO. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea a, da Constituição, ATOS DO PODER EXECUTIVO DECRETO N o 4.520, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2002 Dispõe sobre a publicação do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça pela Imprensa Nacional da Casa Civil da Presidência da República,

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL PARA EMPRÉSTIMO OU COMPARTICIPAÇÃO NA AQUISIÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA:

REGULAMENTO MUNICIPAL PARA EMPRÉSTIMO OU COMPARTICIPAÇÃO NA AQUISIÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA: REGULAMENTO MUNICIPAL PARA EMPRÉSTIMO OU COMPARTICIPAÇÃO NA AQUISIÇÃO DE MANUAIS ESCOLARES NOTA JUSTIFICATIVA: Considerando que, decorrente da imposição da lei fundamental, incumbe ao Estado assegurar

Leia mais

ROTEIRO DE AULA TEORIA GERAL DAS PRISÕES CAUTELARES.

ROTEIRO DE AULA TEORIA GERAL DAS PRISÕES CAUTELARES. CURSO DIREITO DISCIPLINA PROCESSO PENAL II SEMESTRE 7º Turma 2015.1 ROTEIRO DE AULA TEORIA GERAL DAS PRISÕES CAUTELARES. 1. DO CONCEITO DE PRISAO A definição da expressão prisão para fins processuais.

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988...

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988... CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 TÍTULO VII DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO VIII DOS ÍNDIOS Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições,

Leia mais

PARECER ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS

PARECER ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS RELATÓRIO PARECER ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS Considerando a multiplicação de solicitações encaminhadas à Comissão de Fiscalização COFI do CRESS 17ª Região a respeito de acumulação de cargos públicos,

Leia mais

S E N A D O F E D E R A L Gabinete do Senador RONALDO CAIADO PARECER Nº, DE 2015

S E N A D O F E D E R A L Gabinete do Senador RONALDO CAIADO PARECER Nº, DE 2015 PARECER Nº, DE 2015 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 32 de 2015, que dispõe sobre a criação de cargos de provimento efetivo, de cargos em comissão e

Leia mais

RESOLUÇÃO PGE Nº 3743 18 DE MARÇO DE 2015.

RESOLUÇÃO PGE Nº 3743 18 DE MARÇO DE 2015. RESOLUÇÃO PGE Nº 3743 18 DE MARÇO DE 2015. ESTABELECE NORMAS SOBRE OS RELATÓRIOS DOS ÓRGÃOS LOCAIS E SETORIAIS DO SISTEMA JURÍDICO E REVOGA A RESOLUÇÃO PGE Nº 2.928, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2011. A PROCURADORA-GERAL

Leia mais

Direito Constitucional 3º semestre Professora Ilza Facundes. Organização do Estado Federação na Constituição de 1988

Direito Constitucional 3º semestre Professora Ilza Facundes. Organização do Estado Federação na Constituição de 1988 Direito Constitucional 3º semestre Professora Ilza Facundes Organização do Estado Federação na Constituição de 1988 a) CARACTERÍSTICAS I. Órgãos representativos: Câmara dos Deputados Representa o Povo

Leia mais