VALUATION AVALIAÇÃO DE EMPRESAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "VALUATION AVALIAÇÃO DE EMPRESAS"

Transcrição

1 UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Ciências Contábeis Ileane Raymundo Padovani Jéssica Ariádne Maziero Lorena Barbosa Vieira Maria Cristiana de Medeiros VALUATION AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Marfrig Alimentos S/A Promissão - SP LINS SP 2011

2 ILEANE RAYMUNDO PADOVANI JÉSSICA ARIÁDNE MAZIERO LORENA BARBOSA VIEIRA MARIA CRISTIANA DE MEDEIROS VALUATION AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis sob a orientação dos Professores Me. Irso Tófoli e Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva LINS SP 2011

3 P49g Padovani, Ileane Raymundo; Maziero, Jéssica Ariádne; Vieira, Lorena Barbosa; Medeiros, Maria Cristiana de Valuation Avaliação de empresas / Ileane Raymundo Padovani; Jéssica Ariádne Maziero; Lorena Barbosa Vieira; Maria Cristiana de Medeiros. Lins, p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, Orientadores: Irso Tófoli; Heloisa Helena Rovery da Silva 1.Avaliação de empresas. 2.Valor. 3.Fluxo de Caixa Descontado. CDU 658

4 ILEANE RAYMUNDO PADOVANI JÉSSICA ARIÁDNE MAZIERO LORENA BARBOSA VIEIRA MARIA CRISTIANA DE MEDEIROS VALUATION AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis. Aprovada em: / / Banca Examinadora: Prof. Orientador: Irso Tófoli Titulação: Mestre em Administração pela CNEC / FACECA - MC Assinatura: 1 Prof (a): Titulação: Assinatura: 2 Prof (a): Titulação: Assinatura:

5 Dedicamos este trabalho primeiramente à Deus por ter nos dado força e saúde, para que nós enfrentássemos mais uma luta em nossas vidas e chegando a mais uma conquista de um sonho durante esses quatros anos. Aos nossos pais, irmãos e familiares que estiveram presentes em mais uma etapa importante de nossas vidas, nos dando amor, carinho, entusiasmo, apoio e incentivo para realização desse trabalho. Aos professores e amigos que colaboraram e nos deram forças em todos os momentos ao longo de todos esses anos, de forma que pudéssemos nos dedicar inteiramente a esse trabalho. Ileane, Jéssica, Lorena e Maria.

6 AGRADECIMENTOS À Deus, que sempre esteve ao nosso lado, em nossas quedas, fraquezas, lutas, vitórias e derrotas. Sabemos que, principalmente agora, estais ao nosso lado. Obrigada por mais este presente que agora nos oferece! Aos nossos professores e orientadores, nossa gratidão a vocês, pelo apoio, amizade, convívio, e por nos apontarem um caminho a seguir, por compartilhar seus conhecimentos e pelo tempo dedicado a cada um de nós. Em especial o nosso orientador Irso Tófoli, pelo carinho e cordialidade que tratou desse estudo e pelas contribuições no direcionamento desse trabalho. A empresa Marfrig Alimentos S.A, por permitir que desenvolvêssemos nosso trabalho, abrindo espaço para que a pesquisa fosse realizada. Aos nossos colegas, que viveram conosco expectativas na busca desse ideal. No final desta jornada não podemos deixar de expressar os nossos sinceros agradecimentos á todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para realização do nosso trabalho

7 RESUMO O termo inglês Valuation - valor estimado ou valor justo é expresso na língua portuguesa como Avaliação de Empresas. Este conceito vem se destacando no meio corporativo devido à grande importância que se tem dado ao conhecimento do valor das empresas, seja para aplicá-lo em casos de fusões, aquisições, acompanhamento do desempenho dos administradores ou até mesmo como ferramenta de gestão para tomada de decisões. O presente estudo tem por objetivo abordar os métodos de Valuation e trazer conhecimento sobre um tema pouco explorado na Contabilidade, pelo fato de não abordar somente o que se mensura nos demonstrativos contábeis, pois além destes considera também como ponto importante as reações de mercado, sendo necessária aplicação de alguns conceitos financeiros. Com base para elaboração do estudo de caso foi aplicado o método de Fluxo de Caixa Descontado, por ser o mais utilizado entre os avaliadores e definido pelos autores pesquisados como o mais abrangente por capturar todos os elementos que afetam o valor da empresa. Para desenvolver este assunto foi escolhida para a pesquisa a empresa Marfrig Alimentos S/A por oferecer condições que facilitam o cálculo de valor, e, por se tratar de uma sociedade anônima, grande parte das informações necessárias para este tipo de pesquisa estão disponíveis ao mercado investidor. A unidade escolhida foi a da cidade de Promissão, São Paulo, por comportar o setor corporativo de contabilidade da divisão de bovinos. É importante ressaltar que não é de intenção das autoras estipular o valor da empresa Marfrig Alimentos S/A, mas sim obter conhecimento sobre o tema abordado. Palavras-chave: Avaliação de empresas. Valor. Fluxo de Caixa Descontado.

8 ABSTRACT The English term Valuation - estimated value or fair value is expressed in the English language as Business Valuation. This concept has been highlighted in the corporate environment due to the great importance it has been given to the understanding of the values of companies, is to apply it in cases of mergers, acquisitions, performance monitoring of managers or even as a management tool for decision-decisions. This study aims to consider methods of Valuation and bring awareness to a relatively unexplored subject in Accounting, not only for address what is measured in the financial statements, but as well as an important point of view in the reactions of the market, and required application of some financial concepts. Basis on the preparation of the case study method was used Discounted Cash Flow, to be the most used among the evaluators surveyed and defined by the authors as the most comprehensive to capture all the elements that affect the value of the company. To develop this subject, the company that was chosen for the research was Marfrig Alimentos S / A for providing conditions that facilitate the calculation of value, and because it is an anonymous corporation, much of the information needed for this type of research are available to the market investor. The unit chosen was the Promissão City, São Paulo, by comprehend the corporate sector's accounting division of cattle. It is important to highlight that there is no intention of the authors stipulate the value of the company Marfrig Alimentos S / A, but to gain knowledge about the topic. Keywords: Valuation of companies, Value, Discounted Cash Flow.

9 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Marcas Marfrig LISTA DE QUADROS Quadro: 1: Demonstrativo financeiro por divisões operacionais...22 Quadro 2: Estrutura acionária em Quadro 3: Equação do cálculo de fluxo de caixa livre...30 Quadro 4: Equação do cálculo de flux de caixa acionista...32 Quadro 5: Interpretação do beta (...39 Quadro 6: Balanço Patrimonial da Empresa Marfrig...55 Quadro 7: Demonstração dos Resultados dos Exercícios Marfrig...56 Quadro 8: Cálculo do WACC da empresa...63 Quadro 9: Análise de sensibilidade a 2 pontos percentuais...64

10 LISTA DE SIGLAS BOVESPA: Bolsa de Valores de São Paulo CAMP: Capital Asset Pricing Model CAPEX: Capital Expenditures CEO: Chief Executive Officers COPOM: Comitê de Política Monetária CVM: Comissão de Valores Imobiliários DNV: Det Norske Veritas EBIT: Earnings before interest and taxes EBITDA: Earnings Before Interest,Taxes, Depreciation and Amortization EMBI: Emerging Market Bond Index FDCE: Fluxo de Caixa da Empresa FGV: Fundação Getulio Vargas IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente IGP: Índice Geral de Preço IGP-M: Índice Geral de Preço do Mercado IPA-M: Índice de Preço por Atacado do Mercado IPO: Oferta Pública Inicial MFB: Marfrig Frigoríficos Brasil NCG: Necessidade de Capital de Juros NOPAT: Net Operating Profit After tax SELIC: Sistema Especial de Liquidação e Custódia SGI: Sistema de Gestão Integrado VPL: Valor Presente Líquido WACC: Weighted Average Cost of Capital

11 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I - A EMPRESA HISTÓRICO E INFORMAÇÕES DA COMPANHIA Origem Missão, Visão e Valores Missão Visão Valores Compromisso com os clientes e consumidores Respeito ao meio ambiente Excelência e qualidade Responsabilidade social Segurança Integridade Sistema de gestão integrado Estrutura Organizacional Divisões bovinos, ovinos e couro Aves, suínos, produtos elaborados e processados Informações por segmentos operacionais Marcas Descrição do grupo econômico Acionistas Coligadas e controladas CAPÍTULO II REVISÃO TEÓRICA SOBRE GESTÃO DE RISCOS CONCEITOS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Métodos de avaliação de empresas Método do fluxo de caixa descontado Fluxo de caixa livre (FCL) Variação da necessidade de capital de giro ( NCG)... 30

12 Gastos de capital (CADEX) Taxa de desconto Fluxo de caixa acionista (FCA) Taxa de desconto Método de múltiplos de mercado Custo do Capital Custo médio ponderado de capital (WACC) Custo de capital próprio Taxa livre de risco Taxa Selic Prêmio de risco de mercado Risco país EMBI (Emerging Market Bond Index) Coeficiente beta ( ) Retorno de Mercado Valor presente liquido (VPL) Modelos de avaliação de riscos Análise de sensibilidade Análise de cenários Simulação Financeira Procedimentos para avaliação de empresas Horizonte da projeção Subjetividade do avaliador Sinergia CAPÍTULO III PROJEÇÕES APLICAÇÃO DOS MÉTODOS E AVALIAÇÃO DOS RESUTADOS Estudo de caso Considerações preliminares Informações da empresa e do mercado Localização Início das atividades Público alvo Principais concorrentes Premissas contempladas... 50

13 Crise imobiliária americana Inflação Embargos à carne brasileira Fusão da bertin e JBS Suspensão de exportação em unidades JBS Crise das comodities Investimentos no mercado chinês Instabilidade na taxa de câmbio Avanço do índice IGP-M Identificação dos elementos contábeis significativos Análise dos balanços patrimoniais Demonstrações dos Resultados do Exercícios (DRE) Fluxo de Caixa Livre Procedimentos para as projeções do fluxo de caixa descontado Receitas Líquidas Custo da Mercadoria Vendida Despesas Operacionais Net Operating After Taxes NOPAT Depreciação Earning before interests, taxes, depreciation and amortization EBITDA Variação da necessidade de capital de giro Capital Expenditures CAPEX Valor Resiual Procedimentos para os cálculos do CAPM e WACC Capital Asset Pricing Model - CAPM Weighted Average Cost of Capital WACC Análise de Sensibilidade a 2 pontos percentuais Considerações da pesquisa PROPOSTA DE INTERVENÇÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS APÊNDICES... 74

14 ANEXOS... 81

15 13 INTRODUÇÃO Em face ao crescimento da economia e toda sua capacidade informativa, muitos estudiosos vem se dedicando a desenvolver ferramentas que permitam avaliar uma organização. Esta nova tendência vem despertando grandes interesses, sobretudo de empresários e investidores. A Teoria das Finanças e também a Teoria da Contabilidade fornecem conceitos e técnicas de avaliação de empresas, no entanto são as transações ocorridas de fato em um mercado, influenciadas por vários fatores circunstanciais, que determinam verdadeiramente o preço de um ativo. As técnicas de Valuation expressam um fascinante desafio. Tem como objetivo dar valor a uma empresa de forma justa, de maneira a utilizar as informações fornecidas, para que as melhores decisões sejam tomadas. Existem vários modelos de avaliação de empresas. Os mais conhecidos são a Avaliação Patrimonial, Avaliação Patrimonial de Mercado, Avaliação com base no Lucro Econômico, Avaliação com base nos Fluxo de Caixa Descontado, Avaliação por Opções Reais e Avaliação Relativa ou por Múltiplos. Um dos modelos mais utilizado é o Fluxo de Caixa Descontado. Segundo Costa, Costa e Alvim (2010), esse modelo se sobressai dos outros por levar em conta os fluxos de caixa futuros e por apresentar mecanismos indispensáveis para conclusão do resultado como a tempestividade que representa a capacidade, o tempo em que são gerados os fluxos e sua relação com o valor da empresa, a magnitude que faz referencia a proporção do fluxo e a relação com o valor da empresa e o risco, que quanto maior, resultará em taxa de desconto maior e consequentemente o valor da empresa será menor. O processo de avaliação de empresas é recente e pouco se discute sobre o assunto, principalmente no que diz respeito às técnicas de Valuation. No entanto os resultados obtidos deste processo são incontestáveis para tomadas de decisões. Seus resultados podem ser usufruídos por empresários, proprietários, investidores, credores, acionistas e por qualquer um que demonstre interesse nos resultados da empresa. Por essa novidade decidiu-se desenvolver esse trabalho fundamentado

16 14 na técnica de fluxo de caixa descontado, demonstrando seus processos através de um estudo de caso realizado na empresa Marfrig Alimentos S/A, não com o objetivo de calcular seu valor, mas sim de conhecer as técnicas de valoração de empresas e os procedimentos para avaliação e análise dos resultados. Diante do estudo do tema foi identificado que qualquer que seja a abordagem de avaliação de uma empresa sempre existe um propósito específico que norteará a escolha do método. A partir desta visão, levantou-se a seguinte questão: A técnica do fluxo de caixa descontado proporciona o conhecimento do valor da empresa num determinado período? Do exposto, levantou-se a hipótese que norteia este trabalho, de que a técnica do fluxo de caixa descontado proporciona o conhecimento do valor da empresa, pois avalia a organização considerando seus fluxos de caixa atuais. Para demonstrar na prática a veracidade da hipótese foi realizada pesquisa de campo na empresa Marfrig Allimentos S/A, situada na cidade de Promissão, no período de fevereiro a outubro de Os métodos de pesquisa utilizados foram o Método de observação sistemática, o Método histórico e o Método de estudo de caso, a fim de colher as informações necessárias para a realização deste trabalho. As técnicas utilizadas estão descritas no capítulo III. O trabalho está assim organizado: Capítulo I Apresenta a história da Marfrig Alimentos S/A, sua trajetória e estrutura atual. Capítulo II Descreve sobre os Métodos de avaliação de empresas e os conceitos utilizados nas práticas de Valuation. Capítulo III Demonstra a aplicação do método de fluxo de caixa descontado e avaliação do resultado, abordando os conceitos utilizados e demonstrando seu uso na prática. Por fim, apresentam-se a Proposta de Intervenção e a Conclusão do trabalho.

17 15 CAPÍTULO I A EMPRESA 1 HISTÓRICO E INFORMAÇÕES DA COMPANHIA 1.1 Origem A Marfrig Alimentos foi fundada em 06 de junho de 2000, mas a história de sua origem é associada à origem dos negócios de seu presidente, o Sr. Marcos Antonio Molina dos Santos. No ano de 1986, aos 16 anos de idade, dá início ás atividades em seu próprio negócio de distribuição de alimentos. Após dois anos de experiência, se estabelece como distribuidor de cortes bovinos, suínos, aves e pescados, além de vegetais congelados importados, atendendo a uma variada gama de clientes no estado de São Paulo, incluindo renomados restaurantes. A partir de então, os negócios tomaram um ritmo acelerado de crescimento. Em 1998, inaugurou seu primeiro centro de distribuição localizado na cidade de Santo André (SP). Em 2000, funda a Marfrig Alimentos, com o arrendamento da primeira unidade de abate e processamento de carne bovina em Bataguassú (MS). Em 2001, arrenda sua segunda unidade de abate em Promissão (SP) e inicia suas atividades de exportação com a marca GJ, atualmente conhecida internacionalmente. Os anos seguintes foram marcados por várias aquisições de empresas nacionais e internacionais, como a Breeders and Packers, empresa de longa tradição na Argentina, 50% das ações da Quinto Cuarto S.A., importadora de carnes do Chile, o Frigorífico Tacuarembó S.A. do Uruguai operante com exportações para todos os continentes e a Inaler S.A., unidade de abate e processamento de bovinos e cordeiros no Uruguai. Em continuidade à estratégia de expansão, destacam-se as aquisições

18 16 da CDB Meats, empresa que atua na importação e distribuição de alimentos no Reino Unido, a aquisição do grupo norte-americano OSI em suas operações no Brasil, Irlanda do Norte, Inglaterra, França e Holanda, a aquisição do negócio brasileiro de proteínas animais da Cargill Inc, incluindo a marca Seara, e a aquisição da Keystone Foods, especializada em fornecer processados de carne para redes fast food. A companhia tornou-se uma Sociedade Anônima em 26 de março de Obteve seu registro na Comissão de Valores Imobiliários (CVM) em 18 de junho de 2007 e realizou sua Oferta Pública Inicial (IPO) em 29 de junho de Suas ações encontram-se listadas no Novo Mercado de Bolsa de Valores de São Paulo (BM&BOVESPA). Ao final de 2010, a empresa contava com capacidade instalada de processamento diário de 31,7 mil cabeças de bovinos, 10,4 mil de suínos, 12,9 mil de ovinos, 50,0 mil perus, 3,7 milhões de frangos, além da capacidade de produção de 126 mil toneladas de produtos elaborados e processados e de 178,5 mil peças de couro processadas por mês. A Marfrig Alimentos S.A., com sede na Av. Chedid Jafet, nº. 222, Bloco A, 5º andar, sala 01, Vila Olímpia, São Paulo/SP, marca presença em 22 países nos 5 continentes, com aproximadamente 90 mil colaboradores e uma plataforma global de 150 unidades, entre plantas de produção e industrialização, escritório de vendas e centros de distribuição. 1.2 Missão, Visão e Valores Missão Atender e superar as expectativas dos clientes e parceiros, fornecendo produtos seguros e com qualidade diferenciada, através de modernas tecnologias e elevada qualificação das pessoas, atuando com responsabilidade social e ambiental e gerando valor para clientes, parceiros, empregados, acionistas e para a sociedade.

19 Visão Ser reconhecida como uma empresa de excelência no mercado brasileiro e internacional por processar e comercializar produtos de alta qualidade, em todos os seus segmentos e marcas comerciais do Grupo Marfrig, continuando a se expandir no mercado em que atua no Brasil e no exterior, com o compromisso de aperfeiçoamento contínuo de seus produtos e com o desenvolvimento sustentável e rentabilidade nos seus negócios Valores Simplicidade e agilidade são diferenciais que permeiam as atitudes e ações, notadamente no atendimento aos clientes Marfrig. Os integrantes do Grupo Marfrig estão comprometidos com o respeito e a promoção, de modo coletivo ou individual, dos seguintes valores: a) Compromisso com os Clientes e Consumidores; b) Respeito ao Meio Ambiente; c) Excelência e Qualidade; d) Responsabilidade Social; e) Segurança; f) Integridade Compromisso com os clientes e consumidores A empresa define o compromisso com os clientes como essência de sua ética. Os direitos do cliente e do consumidor norteiam as relações com o público consumidor, valorizando o diálogo, que alicerça a confiança e abre o caminho em direção a outras culturas onde estão os clientes, sejam eles de qualquer nacionalidade, credo ou raça forem. Faz parte de sua relação com os

20 18 clientes dedicação, agilidade, competência, responsabilidade, lealdade e integridade Respeito ao meio ambiente O Grupo se compromete a financiar e/ou adquirir apenas produtos da Pecuária Bovina de fontes que não estão incluídas na relação de áreas embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente - IBAMA (Portaria IBAMA nº 19, de 02 de julho de 2008, e Dec. Nº 6.321, de 21 de dezembro de 2007). No desenvolvimento das atividades atuais ou futuras, o grupo se compromete a utilizar tecnologias e recursos que reduzam os impactos das atividades frente à natureza e às pessoas, visando a contribuir para que as gerações futuras tenham o meio ambiente preservado dentro de um desenvolvimento sustentável de uma forma coerente e ética Excelência e qualidade Para o grupo, a qualidade máxima dos produtos é sempre uma meta a ser alcançada, com comprometimento com a saúde e satisfação dos consumidores. Através de tecnologias modernas e automação dos processos de produção, incluindo-se os parceiros, a empresa foca o aprimoramento contínuo da qualidade dos produtos. O grupo mantém parceria com os melhores pecuaristas do Brasil e no exterior, garantindo o fornecimento de matéria-prima de elevada qualidade, utilizando-se de renomados parceiros no campo da pesquisa, um extenso programa de bem-estar animal em todo o manejo, pré-embarque, transporte do gado e abate humanitário. O compromisso da melhor performance possível está associado ao da qualidade.

21 Responsabilidade social Como empresa responsável no meio onde desenvolve suas atividades, o grupo expressa interesse em apoiar o desenvolvimento para o bem-estar dos nossos empregados e das comunidades onde atua, através de programas de Responsabilidade Social. O grupo é associado ao Instituto Ethos, entidade mantida por um grupo de empresas interessadas em promover o desenvolvimento social sustentado. O desejo é de contribuir para uma sociedade mais justa, priorizando programas de Responsabilidade Social, através da inserção de pessoas na vida cidadã, incluindo-se, entre as ações, a oportunidade de emprego Segurança A empresa fornece os equipamentos de proteção e os treinamentos e acompanha os resultados de cada área. A segurança no trabalho está associada diretamente à valorização do empregado. A empresa é rigorosa na exigência das normas de segurança e saúde de seus empregados e na apuração das causas dos acidentes, priorizando, para obter os resultados desejados, ações de prevenção, sem deixar de adotar as medidas administrativas e disciplinares cabíveis em determinados casos, para assegurar a observância da segurança plena Integridade O Marfrig é um grupo situado na convergência de múltiplos interesses, portanto, a integridade se torna um estilo de conduta com todos os clientes, consumidores, comunidades, interlocutores e parceiros. Tal princípio exclui qualquer hipótese de corrupção e exige uma atuação com retidão, legalidade,

22 20 honestidade e a busca da transparência. 1.3 Sistema de gestão integrado (SGI) O grupo Marfrig iniciou em 2010 o processo de implantação do Sistema de Gestão Integrado Marfrig, que tem por objetivo desenvolver procedimentos e práticas socioambientais, de saúde, segurança ocupacional e segurança de alimentos de acordo com os padrões internacionais de excelência na gestão. As normas se referem aos padrões ISO (gestão ambiental), ISO 9001 (gestão de qualidade) OHSAS 18001(gestão de saúde e segurança) e ISO (gestão da segurança do alimento). Até o momento, já foram certificadas, pela DNV Det Norske Veritas, as seguintes unidades: Promissão II, SP; Bataguassú, MS; Tangará da Serra, Paranatinga, MT e Mineiros, GO, e até o final deste ano estão previstas auditorias em outras quatro unidades. Para acompanhar a evolução do SGI, a empresa faz a análise de efluentes, o controle do consumo de água, a redução de resíduos e o controle de emissões atmosféricas. 1.4 Estrutura Organizacional A operação do Grupo Marfrig em suas demonstrações aos investidores mostrou-se organizada estrategicamente em duas áreas, de acordo com a proteína animal que dá origem à receita, segmentadas em: a) Bovinos, ovinos e couro, com operações de abate de animais localizadas na América do Sul (Brasil, Argentina,Uruguai e Chile) e b) Aves, suínos, produtos elaborados e processados, com operações no Brasil, Europa, Estados Unidos, Oriente Médio e Ásia Divisões de bovinos, ovinos e couro

23 21 Conta com 45 unidades de produção e processamento (28 no Brasil, 8 na Argentina, 5 no Uruguai, 2 nos EUA, 1 no Chile e 1 na França). As plantas são projetadas para desempenhar as atividades de abate, desossa, preparação de cortes (tradicional, especial e para exportação), embalagem e transporte, que pode ser realizado tanto para os centros de distribuição próprios como diretamente para os clientes. Possui capacidade para produzir carne bovina cozida congelada, carnes porcionadas, enlatados, pratos prontos e carne desidratada (beef jerky). As plantas de abate aproveitam o couro do gado abatido, que é retirado da carcaça na própria sala de abate e é vendido para curtumes locais. Além da carne bovina in natura são comercializados: a) Sebo (gordura), para curtumes, indústrias química, cosmética e farmacêutica e fábrica de ração; b) Farinha (carne ou osso), para fábrica de ração e fabricação de sal mineral; c) Miúdos, para indústrias de cosméticos, de calçados e alimentícia; d) Casco e chifre, para indústrias de moagem, química e artesanal; e) Tripas, para indústrias de embutidos, esportiva e de produtos cirúrgicos e d) Sangue, para indústria farmacêutica, fábrica de ração e biodigestor Aves, suínos, produtos elaborados e processados Possui capacidade para abater 3,7 milhões frangos/dia e 10,4 mil suínos/dia em 51 unidades de produção e processamento (24 no Brasil, 13 na Europa, 9 nos EUA, 1 na China, 1 na Tailândia, 1 na Malásia, 1 na Coréia do Sul, 1 na Austrália), e capacidade de produção de toneladas/mês de produtos processados e industrializados, tais como empanados de frango, hambúrgueres, pratos prontos, presunto, mortadela, salame, linguiça e defumados, salsicha e sanduiches prontos. Entre alguns clientes dentro da rede varejista estão: Wal-Mart, Pão de Açúcar, Tesco, Carrefour, Waitrose, Sainsbury s, Sodexho, Sendas, Sonda e

24 22 Accor. No segmento de Food Service (distribuição para restaurantes e churrascarias), inclui restaurantes e redes de fast food como Fogo de Chão, McDonald s, Habib s, Porcão, Barbacoa, Outback, Montana Grill e Churrascaria Novilho de Prata Informações por segmentos operacionais A Companhia fornece informações ao mercado combinadas por segmento de atividade, de forma equivalente às consideradas para tomada de decisões estratégicas pelos seus administradores: Fonte: Formulário de Referência 2010 Quadro 1 Demonstrativo financeiro por seguimentos operacionais 1.5 Marcas O Grupo Marfrig atua em diversos países e possui uma diversidade de produtos. As marcas encontradas em diversos mercados nos quais atua são

25 23 a) Brasil b) Argentina, Estados Unidos e Europa c) Uruguai Fonte: Marfrig 2011 Figura 1: Marcas Marfrig 1.6 Descrição do grupo econômico A descrição do grupo tem a intenção de indicar e demonstrar aos investidores, clientes, fornecedores e demais interessados a relação dos

26 24 controladores diretos e indiretos, controladas e coligadas, participações em sociedades do grupo e as sociedades sob controle comum. Os dados abaixo foram extraídos do formulário de referência 2010, emitidos em 31 de maio de Acionistas Em outubro e 2010, a Marfrig comunica que suas ações passaram a integrar a carteira teórica do Índice Brasil 50 (IBrX-50). O IBrX-50 retrata o retorno total de uma carteira teórica composta por 50 ações selecionadas entre as mais negociadas na BM&FBOVESPA em termos de liquidez, ponderadas na carteira pelo valor de mercado das ações disponíveis à negociação, sendo utilizado como referência para os investidores e administradores de carteira, e também para possibilitar o lançamento de derivativos (futuros, opções sobre futuro e opções sobre índice). A estrutura acionária da Marfrig é demonstrada de acordo com o quadro abaixo: Fonte: Formulário de referência 2010 Quadro 2 Estrutura acionária em Coligadas e controladas As participações do grupo nas empresas coligadas e controladas são apresentadas da seguinte maneira, em porcentagem de participação:

27 25 a) Divisão de bovinos, ovinos e couro: - Marfrig Alimentos S.A (Brasil) 100%; - MFB Marfrig Frigoríficos Brasil S.A. 100%; - Masplen Ltda (Ilha de Jersey), empresa que detém 100% da Pampeano S.A (Brasil) 100% - Marfrig Overseas Ltda (Ilhas Cayman) 100%; - Marfood USA Inc. (EUA) 100%; - Quickfood S.A. (Argentina), e as empresas Argentine Breeders & Packers S.A., Best Beef S.A., Estâncias Del Sur S.A. e Mirab S.A. (controladas) 90,05% - Frigorífico Tacuarembó S.A. (Uruguai) 93,53; - Inaler S.A. (Uruguai) 100%; - Marfrig Chile S.A. (Chile), as empresas Quinto Quarto S.A, PBP Chile Limitada (incorporadas) e o Frigorífico Patagônia (controlada) 99,47%; - Prestcott International S.A. (Uruguai), que detém 100% da empresa Cledinor S.A 100%; - Establecimientos Colonia S.A (Uruguai) 100% e - Columbus Netherlands B.V (Holanda), que detém 59,17% da empresa Gidney S.A que é a holding que controla 100% do grupo Zenda 100%. b) Divisão de aves, suínos, produtos elaborados e processados: - Seara Holdings (Europa), que detém 100% da Babicora Holding Participações Ltda, que detém 100% da Seara Alimentos S.A (Brasil) além de suas afiliadas na Europa e na Ásia 100%,; - Secculum Participações Ltda. (Brasil) 99% e União Frederiquense Participações Ltda. (Brasil) 99,99%, (empresas que em conjunto detêm 100% da empresa Frigorífico Mabella Ltda. (Brasil); - A Mabella ainda concentra as seguintes empresas: Da Granja Agroindustrial Ltda. 94%, Braslo Produtos de Carnes Ltda. 100%, MAS Frangos Participações Ltda ( a qual detém 100% da Agrofrango Indústria e Comércio de Alimentos Ltda). 100% e Penasul Alimentos Ltda. 100%; - MBL Alimentos S.A. 100%;

28 26 - Weston Importers Ltd. (Reino Unido) 100%; - Marfrig Holdings (Europa), que detém 100% da Moy Park Holdings Limited (empresa com sede na Irlanda do Norte), que detém 100% das empresas Moy Park Group (Irlanda do Norte) e Kitchen Range Foods Ltd (Inglaterra) 100%; - MFG (USA) Holding Inc, McKey Luxembourg Holdings S.a.r.l. (Europa) e McKey Luxembourg Holdings APMEA S.a.r.l. (Ásia) unidades operacionalmente segregadas que detém os ativos Keystone 100% O Organograma que expressa as coligadas e controladas do grupo Marfrig está disposto no Anexo A.

29 27 CAPÍTULO II AVALIAÇÃO DE EMPRESAS VALUATION 2 CONCEITOS E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS A expressão Avaliação de Empresas provém do termo em inglês Valuation, que significa valor estimado, ou, valor justo. O processo de avaliação de empresas vem se destacando no meio corporativo devido à necessidade de conhecer adequadamente o valor de um empreendimento. Segundo Copeland, Koller e Murrin (2002), o valor de uma empresa deve ser compreendido claramente por seus CEOs (Chief Executive Officers) e administradores de forma que suas habilidades sejam fundamentais na tomada de decisão. Além disso, essa informação é indispensável para acionistas e investidores que tenham interesses no desempenho de uma organização. Para Falcini (1995), o valor da empresa serve como balizador para a negociação entre compradores e vendedores. Conforme Costa, Costa e Alvim (2010), existem diferentes metodologias para mensurar o valor de uma empresa, porém, nenhuma representa o seu valor exato, pois apesar de técnicas avançadas, os estudos são realizados com base em premissas e hipóteses comportamentais resultando em um valor aproximado. Entretanto, segundo Perez e Famá (2003), existem métodos de avaliação mais consistentes que se revelam tecnicamente mais adequados em respeito às circunstâncias de avaliação e à qualidade das informações disponíveis. Para Costa, Costa e Alvim (2010) é importante ressaltar que cada processo avaliativo possui características próprias e que a qualidade de uma avaliação é diretamente proporcional à qualidade dos dados, das informações e do tempo destinado à compreensão do objeto avaliado. 2.1 Métodos de avaliação de empresas

30 28 Segundo Miller (1995), os métodos de avaliação de empresas são divididos em três grupos: abordagem de custo, abordagem de mercado e abordagem de resultados. Abordagem de custo baseia-se em uma comparação do ativo em avaliação com seu custo de reposição. Essa abordagem é mais utilizada para avaliação de máquinas, equipamentos e imóveis que fazem parte de um negócio e não geram resultados. Abordagem de Mercado estabelece que o valor de um ativo é igual ao custo de aquisição de um substituto igualmente desejável. Esse processo requer comparação e correlação entre ativos em questão e ativos similares transacionados no mercado com os ajustes necessários. Abordagem de resultados baseia-se no princípio que o valor de um ativo é igual ao valor presente líquido dos benefícios econômicos futuros gerados pelo ativo por seu proprietário. Essa abordagem é muito relevante, pois ela avalia o negócio específico e sua capacidade de gerar resultados no futuro. Cornell (1993), apresenta quatro métodos de avaliação de empresas muito usados na prática: o método do valor contábil ajustado, o método de valor de mercado das dívidas e das ações, o método de comparação direta e o método de fluxo de caixa descontado. Neste trabalho serão abordados dois métodos de avaliação: Método do Fluxo de Caixa Descontado e Método de Múltiplos de Mercado. O primeiro projeta os fluxos de caixa futuros e os desconta a valor presente, e o segundo método tem como objetivo balizar o valor de empresas comparando com outras do mesmo setor Método do fluxo de caixa descontado O fluxo de caixa descontado é um método para avaliar a riqueza econômica de uma empresa dimensionada pelos benefícios de caixa a serem agregados no futuro e descontados por uma taxa de atratividade que reflete o custo de oportunidade dos provedores de capital. O fluxo de caixa descontado (FCD) é a principal metodologia utilizada

31 29 para se avaliar empresas. A abordagem do FCD é amplamente utilizada por bancos de investimentos, consultorias e empresários quando querem calcular o valor de uma empresa, seja para fins internos, de análise de investimentos ou para fusões e aquisições. Ao avaliar uma empresa, objetivamos alcançar o valor justo de mercado, ou seja, aquele que representa de modo equilibrado, a potencialidade econômica de determinada companhia. Entretanto, o preço do negócio somente será definido com base na interação entre as expectativas dos compradores e vendedores. Não existe um valor correto para um negócio. Pelo contrário, ele é determinado para um propósito específico, considerando as perspectivas dos interessados. (MARTINS, 2001, p.263). Considerando que as empresas não possuem prazo de vida determinado, dado o princípio da continuidade, o cálculo de seu valor é baseado na estimativa de fluxos infinitos Segundo Damodaram (1997), essa metodologia é a mais fácil de ser utilizada em empresas que apresentam fluxos de caixa positivos, os quais possam ser estimados de maneira confiável para períodos futuros, onde exista um substituto para risco que possa ser utilizado para a obtenção de taxas de desconto. A técnica de avaliação por fluxo de caixa descontado captura todos os elementos que afetam o valor da empresa de maneira abrangente e, sendo uma técnica de natureza econômica, reflete de forma mais consistente o valor da empresa do que o valor obtido a partir de técnicas contábeis, as quais baseiam-se no lucro e não consideram o investimento exigido para gerar os lucros nem o momento em que eles ocorrem. O fluxo de caixa descontado pode ser mensurado de duas maneiras: a) pelo método do fluxo de caixa dos acionistas b) pelo método do fluxo de caixa livre Fluxo de caixa livre (FCL) O fluxo de caixa livre representa o que está disponível para pagar os direitos dos credores e acionistas, desconsiderando os juros, amortizações e pagamento dos dividendos.

32 30 Para Costa, Costa e Alvim (2010), o Fluxo de caixa Livre é o fluxo gerado pelas operações da empresa, partindo do lucro da atividade projetado líquido de impostos, retornados com a depreciação do imobilizado e amortização do intangível, deduzidos os investimentos adicionais no giro e gastos de capital, conforme equação abaixo: Vendas Brutas (-) Impostos sobre Venda = Vendas Líquidas (-) Custos das Vendas = Lucro Bruto (-) Despesas Operacionais = Lucro da atividade (EBIT) (-) Impostos sobre o Lucro da Atividade (taxes on EBIT) = Lucro Operacional Líquido (NOPAT ou ainda NOPLAT) (+) Depreciação / Amortização (-) NCG (variação de necessidade de capital de giro) (-) Gastos de Capital (CAPEX) = Fluxo de Caixa livre Fonte: Costa; Costa; Alvim, 2010, p.158 Quadro 03 Equação do Cálculo de Fluxo de Caixa Livre Sendo: EBIT Earnings before interest and taxes NOPAT Net Operating Profit After tax CAPEX Capital Expenditures Variação da necessidade de capital de giro - ( NCG) A variação da necessidade de capital de giro, segundo Costa, Costa, Alvim (2010), é um ajuste necessário para transformar receitas em

33 31 recebimentos e despesas em pagamentos. Os recebimentos correspondem às receitas com vendas menos a variação de duplicatas a receber e os pagamentos correspondem às compras menos a variação de fornecedores. Ainda segundo Costa, Costa, Alvim (2010), parar projetar a variação da necessidade de capital de giro é necessário estabelecer os prazos médios de pagamento e recebimento Gastos de capital (CAPEX) Para Costa, Costa, Alvim (2010), gastos de capital são os gastos necessários para a geração de fluxo de caixa futuro. Correspondem aos gastos com novas imobilizações (investimentos estratégicos e de manutenção) e adições ao intangível que só devem ser considerados se já tiverem em andamento. Os gastos de capital precisam estar correlacionados ao crescimento do lucro da atividade, ou seja, deve haver uma consistência entre o aumento de vendas, do lucro da atividade e investimentos Taxa de desconto Segundo Copeland, Koller e Murrin (2010), o que move o fluxo de caixa descontado livre de uma empresa é a taxa que cresce suas receitas, lucros a base de capital da empresa e o retorno sobre o capital investido, isto é, o custo de capital. Na maioria das empresas a projeção do fluxo de caixa livre é realizado pela taxa de desconto WACC que, segundo Costa, Costa e Alvim (2010), é a média ponderada das taxas exigidas das diversas fontes de financiamento da estrutura de capital da empresa, ainda segundo o mesmo, esta taxa deve ser recalculada ano a ano, visto que há mudanças nas taxas de juros utilizadas para o cálculo médio.

34 Fluxo de caixa do acionista (FCA) O fluxo de caixa do acionista é um método alternativo para se obter o valor da empresa fazendo uma projeção do fluxo de caixa livre para o acionista. Nesta abordagem, o valor da empresa é obtido pelo fluxo de caixa dos sócios, ou seja, os valores de caixa resultantes após a dedução de todas as despesas e pagamentos de juros, descontados a valor presente. O fluxo de caixa dos acionistas representa o fluxo de caixa líquido, após computados os efeitos de todas as dívidas para complementar o financiamento da empresa (MARTINS, 2001, p. 25). Costa, Costa e Alvim (2010), demonstram o fluxo de caixa do acionista através da seguinte equação: Lucro da Atividade ( EBIT) (-) Impostos sobre o Lucro da Atividade (taxes on EBIT) = Lucro Operacional líquido de impostos (NOPAT) (+) Depreciação / Amortização (-) NCG (-) Gastos de Capital = Fluxo de Caixa Livre da Empresa (-) Juros (-) Pagamento de principal (+) Novos financiamentos contraídos = Fluxo de Caixa do Acionista Fonte: Costa; Costa; Alvim, 2010, p.164 Quadro 04 Equação do Cálculo de Fluxo de Caixa Acionista Taxa de desconto A taxa de desconto mais indicada para o cálculo de custo de capital próprio no fluxo de caixa do acionista é o método CAMP que deve levar em

35 33 consideração as alterações ano a ano em sua taxa, pois, segundo Costa, Costa e Alvim, (2010) mudanças na estrutura do capital pode alterar as bases, para o cálculo custo do mesmo e prejudicar a projeção Métodos de múltiplos de mercado. Os múltiplos são valores padronizados de ativos, de maneira que se possam comparar empresas de alguma forma entre si, tornando assim referências de mercado para que não haja super ou subavaliação de ativo em relação ao mercado. A metodologia baseia-se na ideia de que empresas semelhantes devem possuir preços semelhantes, no entanto, a comparação de preços por ações negociadas não é valida porque o que interessa é o valor de mercado e não o valor individual de cada ação. (MARTELANC; PASIN, 2005, p.185). Segundo Damodaran (2004), nessa modalidade de avaliação, o objetivo é verificar os ativos com base em ativos similares e, então, visualizar como o mercado está precificando essas empresas. Conforme Pasin (2004), a avaliação relativa é bastante intuitiva, apresentando alto grau de possibilidade de manipulação, apto a retornar qualquer valor para a empresa analisada. Os múltiplos mais utilizados são: Múltiplos de EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization), múltiplos de receita, múltiplos de lucro líquido, múltiplos de fluxo de caixa, múltiplos de valor patrimonial e múltiplos específicos. O cálculo poderá ser efetuado considerando o Market Value ou o Book Value. Market Value é o valor de mercado obtido com base na cotação das ações da companhia em algum mercado, e o Book Value são os valores obtidos com base nas demonstrações financeiras, no entanto, para fins de avaliação, os valores de mercado podem ser variáveis mais representativas do que com base nos balanços. Entende-se por valor da empresa a soma do patrimônio líquido (Book Value ou Market Value) mais as dívidas financeiras da companhia, deduzidas o

36 34 disponível. Por decorrência, o valor dos acionistas será somente o patrimônio líquido. Se o analista estiver trabalhando com o valor da companhia, deve escolher uma variável, para fins de cálculo de um múltiplo, antes das despesas financeiras, ou seja, algo relacionado com o valor total da empresa. Os múltiplos mais utilizados são: Múltiplos de EBITDA, Múltiplos de receita, Múltiplos de lucro líquido, Múltiplos de fluxo de caixa e Múltiplos de valor patrimonial. 2.2 Custo do Capital Segundo Costa, Costa e Alvim (2010), determinar o custo do capital pode subavaliar ou superavaliar o valor da empresa e isso podem trazer sérios prejuízos para a organização, visto que, a cada dia esse mecanismo está mais inserido na vida empresarial, participando significativamente no processo decisório da empresa. Copeland, Koller e Murrin (2002) consideram o custo de capital como a remuneração mínima que os credores e acionistas esperam pelo custo de oportunidade de investimento de seus recursos. Segundo Assaf Neto (2004), o custo de capital é estabelecido pelas condições com que a empresa obtém seus recursos financeiros no mercado de capitais, sendo geralmente determinados por uma média dos custos de oportunidade do capital próprio e de terceiros, ponderados pelas respectivas proporções utilizadas de capital líquidas do imposto de renda. Os principais métodos para mensurar o custo de capital são: Weighted Average Cost of Capital (WACC) ou custo médio ponderado de capital e o Capital Asset Pricing Model (CAMP) ou custo de capital próprio Custo médio ponderado de capital (WACC) Em função das várias fontes de capitais, cujo cada um tem seu custo

37 35 específico, surge a necessidade de estimar o Custo Médio Ponderado de Capital ou WACC (Weighted Average Cost of Capital) de uma empresa, sobretudo, para mensurar o seu valor e dar suporte na tomada de decisão. O princípio geral mais importante para Copeland, Koller e Murrin (2002) para estimar o WACC é que ele deve condizer com a abordagem geral da avaliação e com a definição do fluxo de caixa a ser descontado, para isso, é importante que as ponderações de taxas sejam feitas com base em valores de mercado. O WACC é o retorno exigido sobre o capital investido para que a empresa atinja o equilíbrio na aplicação efetuada. Essa taxa apropriada deve ser a taxa mínima de retorno esperada que uma empresa ou investimento precisa oferecer para ser atraente. As maiores dificuldades no cálculo do WACC estão na subjetividade intrínseca a essa taxa e a falta de informações seguras que constituem fatores que podem levar a erros no cálculo de avaliação da empresa. Nesse sentido, deve-se tomar cuidado ao utilizar o WACC, pois se a taxa de risco não estiver corretamente avaliada, poderá induzir a erros de julgamentos. O custo médio ponderado (WACC) é obtido pela seguinte fórmula: WACC = (PL% x kpl) + (Flp% x kfpl1) + (Flp2% x kflp2) + + (flpn% x kflp) Sendo: PL% = Participação % do patrimônio líquido total dos capitais. Flp1 = Participações % dos financiamentos de longo prazo1 Flpn = Participações % dos financiamentos de longo prazo n K = Custo percentual (taxa) incidente do comportamento do capital O WACC pode ser empregado como taxa de desconto, quando o risco do projeto for similar ao risco dos ativos existentes, quando isso não ocorrer, há que se procurar outra taxa compatível com o risco do projeto novo Custo de capital próprio O Capital Asset Pricing Model (CAPM) é a metodologia mais utilizada

38 36 para fins de cálculo do custo de capital próprio em avaliações de empresas. Esse modelo segundo Costa, Costa e Alvim (2010), determina a taxa de retorno teórica apropriada de um determinado ativo em relação a uma carteira de mercado, representa a taxa de rentabilidade exigida pelos investidores como compensação pelo risco de mercado a que estão expostos. É obtido através da seguinte fórmula: Kj = RF + [ j x (Km - Rf)] Onde: Kj = Retorno exigido pelos acionistas, do ativo j RF = taxa de retorno de ativos livre de riscos j = coeficiente beta ou indicador de risco não identificável do ativo j Km = retorno do mercado (Km - Rf) = prêmio por risco de mercado Taxa livre de risco De acordo com Costa, Costa e Alvim (2010), a taxa livre de risco é o piso que forma a taxa de desconto para avaliações de empresas. Representa o desejo do investidor em garantir em qualquer investimento uma remuneração pela espera, ou seja, pelo custo do capital investido livre de risco. No Brasil, Segundo Costa, Costa e Alvim (2010), a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é usada por alguns acadêmicos e práticos como taxa livre de risco no modelo CAMP para compor o custo de capital próprio Taxa Selic A taxa Selic é uma média dos juros que o governo paga aos bancos que lhe emprestam dinheiro, é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária),

39 37 órgão governamental responsável por estabelecer as diretrizes de política monetária do país. A Selic é conhecida como taxa de juro básica, pois, serve como referência para outras operações financeiras. Para as empresas, um aumento na Selic representa diretamente um aumento no seu custo médio de capital e modificações na estrutura de capital próprio da empresa, pois, elevam o custo do passivo em especial os empréstimos bancários e acabam refletindo na estrutura de capital próprio, em que o investidor com a elevação da taxa livre de risco exigirá maior retorno Prêmio de risco de mercado O prêmio de risco de mercado é a diferença entre o rendimento de um título público de um país em relação a outro investimento considerado seguro, ou seja, é o retorno adicional que os investidores desejam obter para aceitar correr determinado grau de risco. Quanto maior o risco, maior será o prêmio. segundo Copeland, Koller e Murrin, (2002), o prêmio de risco pode ser estimado com base em dados históricos que procurem prever o futuro. Nos países em desenvolvimento os títulos públicos, segundo Costa, Costa e Alvim (2010), não têm grau de maturidade suficiente para gerar confiança, não podem ser considerados livres de risco. Diante desse fato, os títulos do governo dos EUA, que são considerados os mais seguros do mundo, servem como parâmetro para medir esse prêmio Risco país EMBI (Emerging Market Bond Index) O risco pais é representado pelo indicador EMBI (Emerging Market Bond Index), utilizado para medir o grau de risco de uma economia. O EMBI mede a diferença entre a taxa de retorno dos títulos de longo prazo do tesouro americano considerados de baixo risco e os títulos de mesma natureza em países emergentes, como o Brasil.

40 38 O risco país é, desta forma, um termômetro para saber qual a percepção de risco dos investidores internacionais. Quanto menor o risco país, maior a certeza de que a economia tem atratividade e continuará recebendo investimento externo. Em países com economia não madura como o Brasil, o risco país segundo Costa, Costa e Alvim (2010), deve refletir no prêmio de risco de mercado para estimar o custo de capital próprio Coeficiente beta ( O coeficiente beta é uma medida do risco sistemático (não diversificável), utilizada para se calcular o custo do capital próprio. Estuda o comportamento de um determinado titulo em relação ao mercado, representando a medida de votalidade de seus retornos equiparados aos retornos do mercado como um todo. Para sua identificação, busca-se no mercado uma amostra de empresas do mesmo setor e com características, tanto operacionais, como financeiras semelhantes à da empresa avaliada. Damodaran (1997) cita três elementos como determinantes do valor do beta: a) natureza cíclica das receitas (tipo de negócio), sendo a variabilidade das receitas relacionada ao risco do negócio, ou seja, quanto maior a diversificação de suas receitas, maior será o risco corrido pela empresa, o que resultará em um beta maior; b) alavancagem operacional, que representa maior influência das vendas no resultado em empresas com uma estrutura de custos com maior representação de custos fixos que acabam se tornando mais arriscadas e possuindo betas maiores; e c) alavancagem financeira, que relaciona o aumento do beta ao aumento do risco, devido ao endividamento e aos custos financeiros fixos. Para Assaf Neto (2008), quanto maior o beta de uma ação, maior será o risco e o seu retorno ao mercado sendo da seguinte forma

41 39 A ação está na mesma direção do retorno esperado do mercado. O risco da ação é mais elevado que o risco do retorno de mercado considerado agressivo. O risco da ação é menor que o risco do retorno de mercado é considerado um defensivo. Fonte: Elaborado pelas autoras, 2011 Quadro 05 Interpretação do beta ( Retorno de Mercado O retorno de mercado é um indicador que reflete o retorno de uma carteira de mercado que, segundo Assaf Neto, (2008), representa na teoria todos os títulos na exata proporção em que estão disponíveis no mercado. No Brasil, por exemplo, a Bovespa (Bolsa de valores de São Paulo) representa uma carteira de mercado. No retorno de uma carteira de mercado, estão inclusos os juros de aplicações em títulos livres de riscos, mais um prêmio pelo risco de mercado, o qual é definido pela carteira, com o intuito de oferecer máxima satisfação na relação risco/retorno. 2.3 Valor presente líquido (VPL) O valor presente líquido, segundo Assaf Neto (2008), é obtido pela diferença entre o valor presente dos benefícios líquidos de caixa, previstos para cada período do horizonte de duração do projeto e o valor presente do investimento (desembolsos de caixa). É utilizado na análise da viabilidade de um projeto de investimento e representado pela seguinte equação:

42 40 Onde: L t - é o fluxo líquido do projeto no horizonte n; r - é a Taxa de Desconto t - representa a variável tempo, medida em anos ou o horizonte de planejamento. Os fluxos estimados podem ser positivos ou negativos, de acordo com as entradas ou saídas de caixa. A taxa fornecida à função representa o rendimento esperado do projeto. Caso o VPL encontrado no cálculo seja negativo, o retorno do projeto será menor que o investimento inicial, o que sugere que ele seja reprovado. Caso seja positivo, o valor obtido no projeto pagará o investimento inicial, o que o torna viável. 2.4 Modelos de avaliação de riscos Em modelos de projeções de resultados futuros, a hipótese de que as premissas devem ser tratadas com certeza absoluta é irrealista. A incerteza estará sempre presente, em maior ou menor grau, numa avaliação que dependa de eventos futuros. (COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 223). A maior dificuldade em projeções financeiras não é apenas na elaboração de fluxo de caixa e de modelos que projetem o lucro ou o valor da companhia, mas sim na escolha de cada uma das variáveis ou premissas do modelo utilizado, pois para cada um existe um fator de risco, que será proporcional à quantidade e qualidade das informações disponíveis. De acordo com Costa, Costa e Alvim (2010, p. 223), os estados futuros podem ser divididos em três: certeza, risco e incerteza. a) Certeza A certeza é caracterizada quando o resumo das situações de comportamento futuro das variáveis se estreita a uma faixa de valores muito próximos, e mesmo sendo um estado teórico, pode-se desprezar a incerteza, considerando a relação custo/benefício de uma análise de risco. b) Risco

43 41 Há risco quando podem ser estabelecidas probabilidades de ocorrência dos estados futuros e o conjunto de possíveis retornos. c) Incerteza A incerteza refere-se o fato de não ter conhecimento dos estados futuros nem as probabilidades de ocorrência. É um estado extremo de avaliação de riscos. Para que possa ser posto em prática deve ser transformado numa situação de risco. Entre os modelos de avaliação de riscos, os métodos mais utilizados são: análise de sensibilidade, análise de cenários e simulação financeira Análise de sensibilidade A análise de sensibilidade é uma técnica que procura medir o efeito de uma alteração em uma premissa no resultado final de uma projeção. Envolve questões com base nos resultados, analisando quais impactos sofreriam se alterada alguma variável no modelo utilizado. Apesar de ser uma ferramenta de grande utilidade, estuda a variação de cada parâmetro isoladamente, como sendo independentes, portanto, como as dúvidas geralmente se relacionam a diversas variáveis, na prática analisar a variação de todos os parâmetros seria inviável, mas a análise pode ser efetuada nas consideradas mais importantes. A Análise de Sensibilidade é o ponto de partida para qualquer tipo de análise de risco. (COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 224) Análise de cenários Neste modelo, para identificar um risco deve-se definir um limite inferior, superior e os valores médios dos fatores estimados, e com essas informações calcular variadas combinações em cenários de estimativas pessimistas, médias e otimistas. Segundo Porter (apud COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 225) A

44 42 construção de cenários permite examinar algumas combinações plausíveis das distintas variáveis e seu efeito conjunto na projeção e avaliação da empresa Simulação financeira A simulação financeira é uma técnica que busca tirar conclusões e atribuir uma probabilidade para cada uma das diferentes situações, o que não acontece com a análise de sensibilidade e com a análise de cenários, que mesmo apontado o resultado, não informam a probabilidade para cada alternativa. As simulações financeiras são técnicas mais avançadas que calculam os riscos de forma mais precisa, não em hipóteses, e são operadas em sistemas complexos. Entre os modelos que existem, o mais utilizado é o modelo de Monte Carlo, uma técnica de amostragem ampla, que ganhou uma nova dimensão com o aperfeiçoamento da informática e dos programas de computadores, com capacidade de armazenagem e velocidade de cálculos. 2.5 Procedimentos para avaliação de empresas Para calcular o valor justo de uma empresa, é primordial conhecer o objeto avaliado. Costa, Costa, Alvim (2010) definem alguns passos a serem seguidos em um processo de avaliação de empresas. a) análise histórica da Empresa; b) estabelecer as premissas para a projeção das demonstrações contábeis; c) estabelecer o horizonte explícito de projeção das demonstrações contábeis (de preferência que este horizonte coincida com o período de manutenção das vantagens competitivas da empresa); d) realizar a projeção financeira da empresa (margem de lucro, necessidade de investimento, evolução dos preços e custos, taxas de financiamentos). As projeções que darão base para cálculo do valor

45 43 são: Demonstração do Resultado do Exercício e Demonstrações do Fluxo de Caixa. e) calcular o custo de capital da empresa; f) calcular o valor presente do fluxo de caixa do horizonte explicito de projeção; g) calcular o valor residual da empresa (valor de perpetuidade ou valor de liquidação, dependendo de cada caso); h) obter o valor dos ativos operacionais da empresa ou o valor da empresa para os acionistas; i) interpretar o valor. Fazer comparações com empresas semelhantes, complementando a análise através de múltiplos. Fazer análise de sensibilidade, cenários, simulação de risco. 2.6 Horizonte da projeção Uma empresa, diferentemente de seus projetos, espera-se que tenha vida infinita e, portanto, continue a operar por períodos mais longos do que os projetados nos fluxos de caixa. Em projeções financeiras de resultados futuros, são utilizadas variáveis que auxiliam a delinear um horizonte que englobe todo o período de crescimento a fim de gerar um resultado satisfatório à análise de valor. A definição do horizonte de projeção dos fluxos de caixa não influencia o valor de uma empresa. No entanto, se esse horizonte for menor do que o período de crescimento acelerado e se o valor terminal for calculado antes da estabilização de seus lucros de seu fluxo de caixa, ela estará sendo subavaliada. (MARTELANC; PASIN; PEREIRA, 2010, p. 44) Segundo Martelanc, Pasin e Pereira (2010), a escolha do horizonte não tem uma regra definida, dependendo do julgamento do analista, do setor da empresa e do crescimento projetado. Geralmente, são projetados sete, dez ou quinze anos. As variáveis que devem ser observadas para delinear o horizonte do projeto são: a) Risco do empreendimento

46 44 Quanto maior o risco, maior é a dificuldade de projetar os fluxos de caixa em um futuro distante e menos relevantes serão os resultados projetados, portanto, menor deve ser o horizonte do projeto. b) Período transiente Quanto maior o período de instabilidade dos fluxos de caixa, maior o horizonte de projeção. Isso ocorre quando a empresa está há anos em uma fase de investimentos e reformulações. c) Vida útil limitada Somente uma minoria de projetos possui vida determinada. São os casos dos serviços públicos cuja operação foi concedida a uma empresa particular. Nestes casos, a projeção deve seguir o tempo de vida do projeto. 2.7 Subjetividade do avaliador A avaliação de empresa depende de vários fatores e é objeto de julgamento e discussão. É claro que diferentes pessoas, mesmo que com a mesma metodologia, partindo de pressupostos diferentes, cheguem a conclusões diferentes. O que importa é o futuro e o que a empresa gerará de lucro aos seus investidores. Aqui reside o principal ponto fraco da estimativa do valor, pois é muito difícil prever o futuro uma base das características e comportamento de mercado, entendimento amplo da operação das empresas e de suas estratégias para fazer uma avaliação realista e coerente com sua situação real. O processo de modelagem de projeções e avaliações não deve basear-se em simples intuições, mais sim em conhecimento do mercado (necessário para a projeção de preços e quantidades vendidas dos produtos) no entendimento das principais premissas da empresa (custos de produção, despesas, prazos de recebimento, estocagem e pagamento, investimentos, financiamentos) e das premissas macroeconômicas (taxas de juros, nível de renda, inflação e câmbio). (COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 6) Apesar de toda subjetividade no processo de avaliação de empresas, para Costa, Costa e Alvim, (2010), o conjunto de premissas consistentes que

47 45 permite projetar as demonstrações financeiras da empresa e do custo de capital ao longo dos anos são os fatores determinantes para a estimativa do valor da empresa. 2.8 Sinergia Dentro de uma organização um dos grandes desafios é realizar a integração das partes com os objetivos da empresa, esse fato é ainda mais relevante nos processos de aquisição e fusão, em que as empresas têm aspectos culturais diferentes e isso acaba dificultando o processo de harmonização. Segundo Key (1995), em processos de fusão e aquisição os ganhos sinérgicos podem demorar a aparecer devido ás dificuldades na integração das empresas, dificultando o processo de reestruturação dessas companhias. Ainda segundo o mesmo autor, se este processo de reestruturação demorar para ser concluído, ou seja, se não for feita a redução da estrutura das empresas, a integração dos departamentos, a eliminação das tarefas redundantes e do pessoal em excesso, a empresa arcará com a ineficiência desse processo, como elevação dos custos administrativos e perdas no valor da companhia. A falta de sinergias nas empresas pode resultar em muitos prejuízos e até mesmo levar ao fracasso do empreendimento. É muito importante que todos estejam envolvidos das mesmas metas de forma que esta sinergia agregue valor a empresa e garanta o sucesso do empreendimento.

48 46 CAPÍTULO III PROJEÇÕES 3 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS E AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 3.1 Estudo de caso Para conhecer os métodos de valoração de empresas e avaliar o retorno das técnicas de Valuation com ênfase no Fluxo de Caixa Descontado, foi realizada pesquisa de campo no período de fevereiro a outubro de No estudo de caso realizado na empresa Marfrig Alimentos S.A, foram analisados e observados os aspectos relacionados ao desempenho das unidades de negócio e suas demonstrações financeiras utilizadas para projeção de valores. As técnicas utilizadas foram: Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A), Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B), Roteiro do Histórico da Empresa (Apêndice C), Roteiro de Entrevista para o Administrador Financeiro (Apêndice D), Roteiro de Entrevista para o Gerente Contábil (Apêndice E). 3.2 Considerações preliminares Este trabalho contempla informações operacionais e financeiras da empresa Marfrig Alimentos S.A, analisando a performance praticada nos últimos 2 anos e as respectivas projeções e desempenho esperado para os próximos 10 anos. Na elaboração da proposta foram levantados os fatores que identificam a realidade esperada do ambiente econômico da empresa, sustentados em

49 47 determinadas premissas e hipóteses comportamentais. Entretanto, as projeções estão sujeitas às incertezas e adversidades que poderão ocorrer no mercado, as quais independem da competência dos gestores e poderão não corresponder às expectativas analisadas. Assim, as expectativas projetadas na avaliação podem se alterar no período considerado, principalmente pelas oscilações conjunturais. É importante ressaltar que não faz parte do objetivo deste trabalho encontrar o valor exato da empresa nem a utilização desses resultados para uma conclusão financeira de seu efetivo valor, mas sim a demonstração das técnicas de avaliação e valoração, bem como a importância desse procedimento e qual o benefício da análise de um valor projetado. Os bens patrimoniais produtivos da empresa não são contemplados neste trabalho, pois se determina o valor de uma empresa por sua capacidade de produzir resultados em um ambiente futuro e não pelo valor intrínseco de seus ativos. O valor de uma empresa é definido pelo que ela é capaz de produzir de benefícios econômicos futuro de caixa, pelos seus resultados esperados. O patrimônio físico de uma empresa, como prédios, terrenos, máquinas etc. somente tem valor se for capaz de gerar resultados futuros. (ASSAF NETO; LIMA, 2009, p. 734). Não é possível avaliar uma empresa através de fundamentos de uma ciência exata, na qual se permite a comprovação absoluta dos resultados apurados. Existem diversos modelos de avaliação de empresas todos apresentam níveis variados de subjetividade. Não há uma forma de avaliação que não seja questionável, seja pela subjetividade inerente do modelo adotado, seja pela incerteza do mercado futuro, seja, até mesmo, pelo fator de interesses especulativos ou julgamento de valor do comprador ou do vendedor. O Fluxo de Caixa Descontado, técnica aplicada neste trabalho, é a mais empregada e a mais indicada metodologia de avaliação de empresas e a que atende com maior rigor conceitual e coerência com a Teoria de Finanças. Pelo método do Fluxo de Caixa Descontado (FCD), o valor da empresa é determinado pelo fluxo de caixa projetado, descontado a uma taxa do risco associado ao negócio. É calculado pelo valor presente de todos os fluxos previstos de caixa no futuro, descontados pelo custo de oportunidade dos

50 48 investidores. Conforme Assaf Neto (2005), os indicadores contemplados no fluxo de caixa descontado (FCD) são: a) Capital Asset Pricing Model (CAPM): modelo de finanças que determina o preço de um Ativo utilizando a relação risco x retorno. Trata-se de um modelo de apreçamento de ativos de capital. Determina o custo do capital próprio. Fórmula: CAPM = Kj = Rf + [βj x (Km Rf)] Onde: Rf = taxa livre de risco do ativo J β = Coeficiente Beta do ativo J Km = retorno do mercado O Coeficiente Beta (β) é o coeficiente de risco da ação de uma empresa com relação a um índice de mercado que represente de maneira adequada o mercado acionário como um todo. b) Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia): índice balizador das taxas de juros cobradas pelo mercado brasileiro. c) Taxa de desconto: Rentabilidade do Patrimônio Líquido do segmento. d) Valor Presente: corresponde ao valor futuro descontado a determinada taxa de juros. Fórmula: VP= [FC 1 / (1+k) 1 ]+[FC 2 / (1+k) 2 ] +[FC 3 / (1+k) 3 ] [FC n / (1+k) n ] e) Free Cash Flow: Fluxo de Caixa Livre, com a fórmula: Vp + VpValor Residual f) Prêmio de Risco de Mercado: Valor pago por um investimento acima de uma taxa livre de risco. Diferença entre a taxa de juros com riscos e outra livre de riscos. 3.3 Informações da empresa e do mercado Para a projeção de valores futuros é necessário considerar dados do mercado e da empresa que darão diretrizes para o processo de avaliação. Todas as informações encontradas fazem parte da resposta do ambiente a que a empresa está inserida e seu mercado de atuação.

51 Localização Com sede em São Paulo, o grupo consiste em aproximadamente 150 unidades espalhas em 22 países, nos 5 continentes: a) 45 unidades de produção e processamento de carne bovina e ovina (28 no Brasil, 8 na Argentina e 5 no Uruguai, 2 nos EUA, 1 no Chile e 1 na França); b) 51 unidades de produção e processamento de carne suína e de aves (24 no Brasil, 13 na Europa, 9 nos EUA, 1 na China, 1 na Tailândia, 1 na Malásia, 1 na Coréia do Sul, 1 na Austrália); c) 14 unidades de produção e escritórios comerciais de couro (1 no Brasil, 4 no Uruguai, 1 na China, 1 na Alemanha, 2 nos EUA, 1 na Argentina, 1 no México e 3 na África do Sul); d) 28 centros de distribuição de Keystone (8 na França, 6 na Austrália, 4 nos EUA, 4 no Oriente Médio, 3 na Inglaterra, 1 na Nova Zelândia, 1 na Malásia e 1 na Coréia do Sul); além de uma completa rede para distribuição na América do Sul com unidades próprias e terceirizadas; e) 2 tradings (1 no Chile e 1 na Inglaterra); f) 1 unidade de criação e venda de Suínos no Brasil; g) 3 unidades integradas de criação de aves e produção de ração nos EUA; e h) 6 confinamentos de terminação próprios além de mais 12 terceirizados (9 na Argentina, 5 no Brasil e 4 no Uruguai) Início das atividades O início de suas atividades está registrado no dia 06 de setembro de Público alvo

52 50 Varejistas e clientes Food service (industrializados) Principais concorrentes a) Brasil Foods (Brasil); b) JBS/Bertin (Brasil); c) Minerva (Brasil); d) JBS (Argentina) e) Cargill (Argentina); f) Minerva através do frigorífico Pul (Uruguai); g) San Jacinto Nirea (Uruguai); h) Matadero Carrasco (Uruguai); i) JBS/Bertin, através do frigorífico Canelones (Uruguai); j) AIA na Itália (Europa); k) o grupo francês Doux, Grampian no Reino Unido (Europa); l) Cargill (Estados Unidos); m) Tyson Foods (Estados Unidos); n) Smithfield Foods (Estados Unidos); o) Swift & Co. (JBS) (Estados Unidos); p) Australian Meat (Australia); q) Teys Bros (Australia); r) Nippon Meat Packers (Austrália) Premissas contempladas As premissas são reações do mercado e da economia que podem influenciar direta ou indiretamente no resultado da empresa. (ASSAF NETO, 2005) São hipóteses, condições que são assumidas como verdadeiras para o projeto, fatores que para propósitos de planejamento são consideradas certas,

53 51 reais e seguras Crise imobiliária americana No mês de agosto de 2011, a crise do mercado imobiliário dos Estados Unidos refletiu uma crise financeira cujos efeitos foram sentidos em todo o mundo. Um desses efeitos que afetaram o mercado brasileiro foi a queda nos mercados acionários. Com o medo da crise aumentar, os investidores tiraram o dinheiro das Bolsas, consideradas investimentos de risco para aplicar em investimentos mais seguros. Além disso, os estrangeiros que aplicavam no mercado brasileiro venderam seus papéis para cobrir perdas lá fora. Assim, com o aumento da oferta, os preços dos papéis caíram e os índices foram desvalorizados. (ENTENDA A CRISE..., 2007) Inflação Diante dos autos e baixos da economia mundial as alterações nas taxas de inflação, sobretudo nas economias emergentes é quase inevitável. Com a evolução dos preços das commodities a inflação mundial também entrou em processo de crescimento, desencadeando elevações nos preços de produtos e serviços e desacelerando o crescimento da economia internacional. (GALLO, 2011) Embargos à carne brasileira Barreiras comerciais podem prejudicar as exportações de empresas brasileiras se as mesmas forem delimitadas e dependerem apenas dessas fontes. Os embargos da Rússia a respeito da proibição de importação de carne

54 52 e produtos cárneos nos três estados brasileiros : Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná e embargos da África do Sul em relação a carnes suínas do Brasil desde 2005 são alguns exemplos. Em nota, a Marfrig publicou que as exportações para esse mercado não serão afetadas, pois serão atendidas pelas unidades localizadas em outros estados. As exportações para o mercado Russo representaram, no último trimestre, 10,7% do total das exportações e 4,7% da receita consolidada. Se o embargo à carne suína do Brasil cair, como está previsto, o Brasil aumentará ainda mais sua exportação de carne suína, que atualmente representa 10% no mundo. (CABRAL, 2011) Fusão da Bertin e JBS A fusão JBS-Bertin, os dois maiores frigoríficos de carne do Brasil, formou a maior empresa do setor no mundo. É mais um exemplo de grandes mega fusões e devido a tal fato, a Nova Holding tornou-se detentora de aproximadamente 25% do mercado brasileiro de carne bovina. Porém mais da metade é exportada, fazendo com que a companhia tenha 10% do mercado externo. (JARDIM, 2011) Suspensão de exportação em unidade JBS Na Austrália a produção é suspensa; na Argentina são adotadas novas estratégias. A JBS Swift Australia anunciou a suspensão do abate e processamento de carne bovina na unidade de Toowoomba, localizada no estado de Queensland, na Austrália. De acordo com John Berry, diretor e gerente de Assuntos Regulatórios e Corporativos da empresa, a paralisação das atividades acontecerá por causa da fraca demanda no mercado japonês. Na Argentina, a Swift Armour, que está com três das seis unidades paradas por causa da política de retenção adotada pelo governo argentino,

55 53 anuncia novas estratégias para manter o crescimento no país. (SBA NOTÍCIAS, 2011) Crise das commodities As recentes quedas das bolsas de commodities em conseqüência da crise internacional, não devem afetar os preços do mercado de alimentos. O fato de as commodities estarem com preços elevados fez com que os produtores brasileiros sustentassem suas rendas e, além disso, aumentassem a área plantada, mesmo com a situação do câmbio não sendo a mais vantajosa para as exportações. Com o poder aquisitivo maior, o primeiro investimento do brasileiro é na alimentação. Assim, o mercado interno não deve sentir tanto o efeito dessas quedas nos preços das commodities. O problema, no entanto, são as exportações. Como os países de Primeiro Mundo em turbulência, o mercado brasileiro deve ser atingido, mas não em um nível que traga queda vertiginosa. Mesmo com toda essa crise, a expectativa é muito positiva para a produção de alimentos. (LEITÃO, 2011) Investimentos no mercado chinês A evolução de renda dos chineses vai incentivar o consumo de carne bovina no país. De acordo com uma matéria da Folha de S. Paulo (setembro de 2011) o consumo crescerá cerca de 50%, e o país já está abrindo as importações para frigoríficos Brasileiros. (ZAFALON, 2011) Em informação aos seus investidores, o grupo anuncia a constituição, por intermédio da subsidiária Keystone Foods, duas Joint Ventures na China, com o objetivo de explorar as oportunidades de fornecimento Instabilidade na taxa de câmbio

56 54 A relação da moeda brasileira com as moedas internacionais em especial a moeda Americana foi marcada por muitas mudanças. Entre os anos 2000 e 2002, esta relação era representada por uma taxa de câmbio de R$ 3,53 por US$ 1,00 já no primeiro semestre de 2011 esta relação encontra-se bem diferente chegando a ser representada da seguinte forma R$ 1,58 por US$ 1,00. As conseqüências dessa instabilidade podem resultar desde a redução das exportações até pressões inflacionarias conduzindo a um aumento nas taxas de juros e freando o crescimento da economia nacional. (BERNARDINO; BERNARDINO, 2011) Avanço do índice IGP-M O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). É medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Nestes últimos meses o IGP-M tem apresentado avanço nos índices. A inflação atacadista medida pelo IPA-M acumula altas de 3,35% no ano e de 7,29% em 12 meses. Os preços dos produtos agropecuários no atacado acumulam alta de 2,61% no ano, e registram aumento de 14,56% em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais no atacado mostraram altas de 3,61% no ano e de 4,92% em 12 meses. Houve expressiva queda de preço nos produtos bovinos (- 1,12%). (VALOR ECONÔMICO, 2011) 3.4 Identificação dos elementos contábeis significativos Através de informações obtidas diretamente no site da empresa estagiada e na Bolsa de Valores foram elaboradas algumas planilhas para sustentação deste trabalho.

57 Análise dos Balanços Patrimoniais O Quadro 6 contempla a análise dos resultados obtidos nos exercícios de 2009 a 2010, em forma sintetizada, identificando as rubricas mais significativas, para efeito da elaboração das análises posteriores. Marfrig - Análise dos resultados dos anos de 2009 a Reais Mil Rubricas Aha Ativo ,4% Ativo Circulante ,4% Ativo Não Circulante ,2% Ativo Realizável Longo Prazo ,9% Investimentos ,1% Imobilizado ,6% Intangível ,5% Passivo ,4% Passivo Circulante ,3% Passivo Não Circulante ,2% Empréstimos e financiamentos ,9% Outras obrigações ,1% Tributos Diferidos ,1% Provisões ,1% Patrimônio Líquido Consolidado ,6% Capital social realizado ,1% Reservas de Capital (14.148) ,4% Reservas de Lucro ,7% Lucros Prej Acumulados ( ) ( ) -11,3% Ajustes ,8% Fonte:elaborado pelas autoras, 2011 Quadro 6 - Balanço Patrimonial da Empresa Marfrig Demonstrações dos Resultados do Exercícios (DRE) O Quadro 7 apresenta sinteticamente os valores correspondentes às

58 56 rubricas que compõem a Demonstração de Resultados dos exercícios de 2009 e 2010, assim como aqueles pertinentes ao primeiro semestre deste ano. Nele, pode-se observar a evolução das receitas de vendas, dos custos dos produtos vendidos e das principais despesas operacionais praticadas nos períodos.observa-se uma queda acentuada no Resultado Líquido Consolidado, passando de um superávit de R$ ,00 para um déficit de R$ ,00, demonstrando que a empresa vive um momento de turbulência em suas atividades operacionais. No período de 2009 e 2010 percebe-se um crescimento de 65% na rubrica das Receitas de Vendas, fato este provocado pela entrada das empresas MFB (Marfrig Frigoríficos Brasil) e Seara. Mesmo havendo este crescimento há uma acentuada queda nos resultados da empresa (-73%). Esta queda se justifica pela elevação das despesas de vendas (+119%), despesas administrativas (+94%), seguidas da elevação dos encargos financeiros (+891%), estes justificados pelo elevado endividamento da empresa. Marfrig - Análise dos resultados dos anos de 2009 a Reais Mil Demonstração dos Resultados dos Exercícios Rubricas Aha 1º semestre 2011 Receitas de Vendas % (-)Custo dos Produtos vendidos % (=)Lucro Bruto % (-)Despesas Operacionais % Despesas com vendas % Despesas administrativas % Outras despesas operacionais (73.052) ( ) 243% (=)Resultado antes do Res Financeiro e dos tributos % (-)Resultado financeiro ( ) % (=)Resultado antes dos Tributos sobre o lucro ( ) -149% ( ) (-)Imposto de Renda e Contribuição Social ( ) -6247% (87.113) (=)Resultado Líquido consolidado % (62.227) Fonte:elaborado pelas autoras Quadro 7 - Demonstração dos Resultados dos Exercícios Marfrig

59 Fluxo de Caixa Livre Apêndice F apresenta o Fluxo de Caixa Livre da empresa, ferramenta que detalhe os números considerados na análise e determina o valor da empresa, levando em consideração os valores anteriores à avaliação e as projeções para os exercícios futuros. Segundo Assaf Neto (2005), para empresas do porte da Marfrig, sugerese uma projeção de 15 anos, porém, para efeito acadêmico adotou-se a projeção para 10 anos, haja vista que se pretende apresentar o modelo de avaliação pelo FCD e não necessariamente o valor efetivo da empresa. As projeções previstas assentam-se em: Vendas Líquidas, CMV, Despesas Operacionais, Outras Despesas Variáveis, Despesas Fixas, Depreciação, EBIT, NOPAT, Variação NCG, Capex, Cash Flow, Valor Residual e Free Cash Flow. Ainda no Apêndice F, são contemplados alguns indicadores fundamentais para identificação da taxa de retorno esperada, ou custos dos capitais da empresa, como a Taxa de Desconto Livre de Risco, o Coeficiente Beta, a Taxa de Retorno de Mercado e o Prêmio pelo Risco de Mercado, cuja conceituação Assaf Neto (2005) assim resume: a) Taxa de Desconto Livre de Risco ou Risk Free Return) rendimento pago por um investimento que seja considerado sem risco, como por exemplo, os títulos públicos b) Coeficiente Beta medida do risco sistemático (não diversificável), utilizado para se calcular o custo do capital próprio. Constitui-se no elemento de maior dificuldade de ser apurado, pois para sua identificação, busca-se no mercado uma amostra de empresas do mesmo setor e com características, tanto operacionais, como financeiras semelhantes à da empresa avaliada. c) Taxa de Retorno de Mercado rentabilidade oferecida pelo mercado em sua totalidade e representada pela carteira de mercado d) Prêmio pelo Risco de Mercado - diferença entre o retorno entre a carteira de mercado e a taxa de juros livre de risco, indicando o quanto o mercado para em excesso à remuneração de títulos considerados sem risco.

60 58 O custo Brasil não foi calculado, pois a taxa livre de risco considerada foi a Selic. Os cálculos constantes da planilha financeira, Apêndice F apresentam os resultados das projeções dos exercícios contábeis de 2011 a 2020, incluindo o valor residual da empresa Marfrig S/A, trazidos a valor presente de caixa, apurando-se o valor da empresa em R$ ,00. Considera-se fundamental reforçar que o valor apurado sustentou-se na avaliação dos momentos passados da empresa, das premissas de mercado, do cenário nacional e internacional, não considerando a expansão da companhia no interregno e que, esses valores não podem ser considerados como exatos ou valores justos, haja vista que o objetivo central deste trabalho foi o da aplicação da metodologia do Fluxo de Caixa Descontado propriamente dito, sem a intenção de se encontrar os valores conclusivos. Para a apuração efetiva do valor da empresa, seria necessária também uma identificação mais forte sobre o Planejamento Estratégico da organização, principalmente nas políticas de crescimento ou redução de atividades, desenvolvimento no mercado interno e externo e premissas próprias Procedimentos para as projeções do fluxo de caixa descontado Os números apresentados no Apêndice F foram calculados em conformidade com as perspectivas descritas nos tópicos abaixo Receitas Líquidas Em 2011 foram consideradas as informações contábeis do primeiro semestre de 2011 publicadas pela empresa e, por ter apresentado prejuízo no período em função de alterações no seu mercado, projetou-se o segundo semestre correspondente a 70% do primeiro. Além disso, atentou-se para o cenário econômico vivenciado pelas economias européias de retenção de

61 59 consumo. Em 2012 foi projetado um crescimento de 10% em relação ao exercício anterior, prevendo uma recuperação de mercado da empresa, em conformidade com as premissas levantadas. Em 2013 foi projetado um crescimento de 12%, considerando a maior participação no comércio exterior, mormente a China que prevê elevação no consumo de carne bovina. De 2014 a 2020 projetado crescimento vegetativo na ordem de 5% ao ano Custo da Mercadoria Vendida Em 2011 foi respeitada a mesma proporção em relação ao faturamento líquido praticada no primeiro semestre do ano, que superou os exercícios anteriores. Em 2012 e 2013 projetou-se uma recuperação da participação do CMV nas Receitas na ordem de 2 pontos percentuais. De 2014 a 2020 retorno à media praticada em períodos anteriores, ou seja a de 85% do valor das receitas Despesas Operacionais De 2011 a 2013 foi projetado um crescimento de 20% para ambos os anos, considerando as acomodações naturais advindas das prováveis vendas de unidades da empresa, como o segmento de logística da Keystone Foods e desativação das atividades do porto de Itajaí, SC. De 2014 a 2020 crescimento vegetativo de 5% ao ano Net Operating After Taxes NOPAT

62 60 Calculou-se o lucro operacional da empresa, líquido do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro. Esta prática considera os resultados da empresa estritamente em suas atividades operacionais, sem considerar a incidência de encargos financeiros oriundos da captação de capital exógeno Depreciação Nesta rubrica considerou-se o valor da Depreciação, extraída de cálculo do EBITDA, constante de relatórios da empresa, no ano de Nos demonstrativos contábeis da empresa e/ou daqueles publicados na Bolsa de Valores de São Paulo não há identificação dos valores contábeis correspondentes à Depreciação. Assim, projetou-se sua participação nos estudos, considerando sua repetição em 2011 e reduções sistemáticas nos exercícios seguintes. Esta prática se justifica em virtude de não ser contemplada na análise a expansão da estrutura da empresa (CAPEX). Os valores da depreciação são adicionados ao lucro operacional, em virtude de não corresponderem a saídas efetivas de caixa e sim a uma perda apenas econômica e não financeira Earning before interests, taxes, depreciation and amortization - EBTIDA Trata-se do resultado operacional da empresa, antes dos impostos, taxas, depreciação e amortização, que representa a sua geração operacional de caixa, ou seja, o quanto ela gera de recursos apenas das suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. Equivale ao fluxo operacional de caixa identificando a capacidade financeira que a empresa tem para remunerar os credores acionistas com os dividendos, os terceiros, com juros e principal e o Imposto de Renda.

63 Variação da necessidade de capital de giro A necessidade de capital de giro, conforme Assaf Neto (2005, p. 481), reflete o volume de recursos demandado pelo ciclo operacional da empresa, determinado em função de suas políticas de compra, vendas e estocagem. Resulta da diferença entre o Ativo Circulante Operacional e o Passivo Circulante Operacional. Os números encontrados nos demonstrativos contábeis indicaram uma necessidade de capital de giro, em 2010, na ordem de R$ ,00, valor que foi repetido durante todo o ciclo projetado, em virtude de não se prever alterações no ciclo operacional da empresa Capital Expenditures CAPEX Referem-se aos investimentos incrementais, como máquinas, equipamentos, edificações, logística, novos projetos de investimentos. Para esta análise, não se projetou a expansão Valor Residual A empresa existirá após o período projetado, gerando caixa e realizando normalmente suas atividades operacionais, proporcionando assim o crescimento de seus fluxos de caixa. Adotou-se o modelo proposto por Assaf Neto (2005), onde o valor residual é determinado pelo fluxo de caixa projetado para o período contínuo, que se expressa pela média aritmética simples dos resultados econômicos estimados para os três anos precedentes. Desta forma os valores projetados foram calculados.

64 Procedimentos para os cálculos do CAPM e WACC Capital Asset Pricing Model - CAPM O modelo de precificação de ativos (CAPM) permite apurar a taxa de retorno requerida pelos investidores. Esta ferramenta contempla alguns valores como a taxa de juros livre de risco (Rf), que geralmente são utilizadas as taxas médias de juros dos títulos públicos de longo prazo emitidos pelo governo americano; o coeficiente Beta (β) entendido como a medida de risco sistemático da empresa em avaliação risco que não se elimina com a diversificação - e é encontrado no mercado de referência com amostra de empresas do mesmo setor e com características operacionais e financeiras semelhantes às da companhia em avaliação; e o retorno da carteira de mercado (Rm) calculado de acordo com a média das taxas de rentabilidade do mercado de ações publicadas em certo intervalo de tempo. (ASSAF NETO, 2005). Ainda conforme Assaf Neto (2005, p. 257), a carteira de mercado do Brasil pode ser representada pela carteira Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) e, referindo-se ao coeficiente Beta, Assaf Neto (2005, p. 374) assim se manifesta: o coeficiente Beta usado no modelo de CAPM do Brasil será sugestivamente obtido por benchmarking. A prática aplicada neste trabalho foi a de benchmarking. Foi analisado o desempenho das ações da Marfrig, de 03/01 a 23/09/2011, apontando suas variações no interregno, assim como o desempenho das ações que compõem a Bovespa, no mesmo período. O mesmo processo foi repetido para o ano de 2010, para ambos os desempenhos. Sobre os resultados obtidos foram calculadas as médias correspondentes, suas correlações e covariâncias, encontrando-se assim o seu Beta contemplado nos cálculos de identificação do custo do capital próprio da empresa. Para determinação da taxa de retorno livre de risco (Rf), utilizou-se a taxa Selic, de setembro de 2011, e para o prêmio de risco de mercado, levou-

65 63 se em consideração a média brasileira de 8% excedente à (Rf). (CAPITAL ABERTO, 2011) Weighted Average Cost of Capital WACC Trata-se do custo médio ponderado de capital onde são encontradas as fontes de financiamentos da empresa, ponderadas pelas suas participações no investimento total realizado no período. Na fórmula foram contemplados o valor do capital próprio encontrado no CAPM e o custo do capital de terceiros livre do imposto de renda, obtido pela divisão entre os encargos financeiros e os passivos onerosos, menos os valores correspondentes ao cálculo da alíquota do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro. Para elaboração do custo de capital da empresa, utilizou-se a fórmula do WACC, onde são contempladas proporcionalmente as participações dos capitais envolvidos no investimento total, quais sejam o patrimônio líquido e os passivos onerosos, assim como os seus respectivos custos. Para o custo do capital próprio, utilizou-se a técnica do CAPM, encontrando um valor na ordem de 17,6%, com a seguinte composição: Rf de 12%, do Beta de 0,7, Rm de 20% e consequente prêmio pelo risco de mercado de 8%. O custo do passivo oneroso respeitou a relação entre o valor dos encargos financeiros implicados, livres do imposto de renda, e o valor do endividamento da empresa, conforme Quadro 8 a seguir: Fonte: elaborado pelas autoras, 2011 Quadro 8 - Cálculo do WACC da empresa

66 Análise de Sensibilidade a 2 pontos percentuais Conforme Tófoli (2008, p. 130), a análise de sensibilidade é a simulação feita com as variáveis que mais diretamente interferem nos resultados da empresa e, neste caso, utilizou-se a variação do custo de capital da empresa estagiada, oscilando em dois pontos percentuais do custo utilizado para obtenção do custo de capital da empresa, fundamental para o cálculo dos valores presentes das gerações de caixa, no período projetado. O Custo de Capital encontrado como resultante da aplicação das fórmulas do CAPM e WACC foi de 14,36% e, para verificação do valor da empresa em patamares diferente, calculou-se o menor valor esperado na relação de 12,36%, encontrando a cifra de R$ ,00 e o maior valor esperado na relação de 16.36%, com o importe de R$ ,00. Em síntese, o valor da empresa calculado através do método do Fluxo de Caixa Descontado encontra-se entre os valores de R$ ,00 e R$ , Menor valor ValorJusto Maior Valor Fonte: elaborado pelas autoras, 2011 Quadro 9 - Análise de sensibilidade a 2 pontos percentuais 3.6 Considerações da pesquisa

67 65 O estabelecimento do valor de uma empresa é fator preponderante nos casos de aquisição e fusão e uma avaliação mal feita será responsável por uma negociação malsucedida. O valor numérico encontrado para um empreendimento representa o valor base para o início das negociações entre as partes envolvidas compradores e vendedor, pois conforme Martelanc, Pasin e Pereira (2010) ele representa o valor potencial. É importante ressaltar que o valor de um negócio é definido pelo processo de negociação entre o comprador e o vendedor e que o valor justo de uma empresa, estabelecido pelos processos de avaliação, representa o valor potencial de um negócio em função da expectativa de geração de resultados futuros. (MARTELANC; PASIN; PEREIRA, 2010, p. 2) Ainda conforme os autores, nenhum dos modelos disponíveis pode fornecer um valor preciso e único, mas sim a estimativa de valor, pois os elementos que compõem naturalmente os métodos podem sofrer alterações de valor em consequência de uma alteração no mercado envolvido, não considerado na projeção. Afirmam que... a avaliação de empresas não precisa ter como objetivo a determinação de um valor exato pelo qual elas podem ser negociadas, mas sim o estabelecimento de uma faixa de valores. (MARTELANC: PASIN; PEREIRA, 2010, p. 2). Embora existam vários processos para se avaliar um empreendimento, conforme visto no Capítulo II, não se pode afiançar que um deles possa garantir o valor justo. Por melhor que seja o método utilizado, não se pode garantir que o valor obtido é com certeza (ou aproximadamente) o seu valor justo, pois não se podem comprovar que os resultados gerados na modelagem da empresa se aproximarão dos resultados reais (COSTA; COSTA; ALVIM, 2010, p. 5) Na opinião de Assaf Neto (2005, p. 585), é muito complexa a definição de valor de um empreendimento, exigindo coerência e rigor conceituais na elaboração do modelo do cálculo e por esta coerência. Pelo maior rigor conceitual e coerência com a moderna teoria de Finanças, a prioridade é dada aos modelos de avaliação baseados no Fluxo de Caixa Descontado (FCD). Na elaboração deste trabalho, objetivou-se focar neste modelo (FDC) para se avaliar, compreender, analisar e aplicar sua metodologia, sem a intenção de buscar proximidade entre a similaridade do valor encontrado com o valor justo de mercado da empresa utilizada como exemplo.

68 66 Para o entendimento da metodologia, aprofundou-se em sua teoria e elaborou-se a planilha do apêndice F onde, depois de seguidos os passos e obtidos os resultados numéricos, comenta-se que: a) a empresa apresenta um fluxo de caixa descontado, apurados a valor presente líquido atual a cifra de R$ ,00, de sua projeção relativa aos anos de 2011 a b) o valor correspondente ao valor residual, também apurado a valor presente líquido atual, é de R$ ,00. c) O valor estimado da empresa, nestas circunstâncias é de R$ ,00. d) Para o cálculo da taxa de desconto, utilizou-se a taxa Selic como taxa de desconto livre de risco, coeficiente Beta de 0,7 calculado conforme benchmarking entre as variações das ações do mercado de capital paulista e as variações das ações da Marfrig S/A, nos períodos de 2010 e 2011 e a taxa de retorno de mercado estimada em 20% e) Para o cálculo do custo médio ponderado do capital WACC, utilizou-se o valor do custo de capital próprio pela técnica do CAPM e o custo dos capitais exógenos livres do imposto de renda e contribuição social, ponderados às participações desses capitais no investimento de A grande quantidade de cálculos, a busca de informações paralelas, as revisões de interpretações, o confronto das opiniões de diversos autores, as discussão com o orientador confirmam que seguir a metodologia do processo de avaliação do Fluxo de Caixa Descontado exige uma gama significativa de conhecimentos técnicos de finanças, conhecimento da empresa envolvida, das premissas internas e externas, assim como dos comportamentos dos mercados nacional e internacional. Ainda assim, além das exigências técnicas, há a presença de certa dose de subjetividade na definição do valor, principalmente por se tratar de uma metodologia que se baseia em resultados esperados obtidos no comportamento do mercado (ASSAF NETO, 2005, p. 585)

69 67 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO No processo decisório de uma empresa é indispensável conhecer o valor do empreendimento. O valuation, em suas várias formas de ser mensurado tem como objetivo precificar o valor de uma empresa. Neste trabalho, demonstramos alguns métodos utilizados para se avaliar uma empresa e ciente das dificuldades encontradas propomos: a) por se tratar de métodos que podem sofrer alterações de valores em função das características do avaliador, a avaliação deve ser efetuada com base em critérios rigorosos; b) em empresas do porte da Marfrig, outros métodos deverão ser contemplados, para confirmação ou não dos valores, como por exemplo, o método de Múltiplos de Mercado; c) que sejam levantados e avaliados criteriosamente o maior número de premissas, para uma avaliação mais real e coerente; Por fim, sendo uma atividade de alta importância e responsabilidade, a avaliação de empresas deve ser realizada por profissionais de alta competência.

70 68 CONCLUSÃO A realização deste trabalho cumpriu a rotina natural da elaboração de um trabalho de conclusão de curso, ou seja, formação do grupo de pesquisa, escolha e verificação da relevância do tema, elaboração do projeto de pesquisa, pesquisa exploratória, pesquisa bibliográfica, pesquisa em documentos da empresa, dentre outros. A elaboração da apresentação da empresa Marfrig transcorreu na normalidade, haja vista a disponibilidade de informações em sites próprios, na Bovespa e no próprio ambiente estagiado. Esperava-se, para a elaboração da parte alusiva à teoria uma escassez de material bibliográfico, fato que não ocorreu, percebendo-se haver quantidade suficiente de obras relativas ao assunto pesquisado, por diversos autores, a maioria convergente nas opiniões a respeito dos métodos e técnicas aplicáveis na valoração de empresas. Durante o estudo, privilegiou-se o método de avaliação de empresas conhecido como Método do Fluxo de Caixa Descontado, por ser o processo mais indicado pela maioria dos autores e pesquisadores, não obstante a farta gama de métodos existentes e disponíveis. Na elaboração do terceiro capítulo percebeu-se a complexidade do método, talvez mais especificamente por não haver informações sobre aspectos específicos abordados nos componentes das fórmulas utilizadas, como por exemplo, fontes de obtenção dos coeficientes Beta da empresa pesquisada. Foram levantados os dados contábeis disponíveis, as informações correlatas necessárias, pesquisou-se as premissas no mercado e elaborou-se as planilhas que sintetizam os números calculados e projetados. Não obstante tratar-se de um trabalho de pesquisa voltado ao modus operandi do método de valoração, isto é sua forma de elaboração, e não efetivamente o valor justo da empresa estagiada, buscou-se projetar os dados futuros sustentados em premissas reais, existentes e pesquisáveis, para os primeiros exercícios e estabelecendo uma evolução vegetativa de 5% ao ano.

71 69 A experiência foi produtiva, pois exigiu do grupo uma pesquisa aprofundada e prolongada, extraindo novos conhecimentos, novos conceitos provocando o interesse da continuidade de evoluir nas pesquisas neste assunto e outros pertinentes à contabilidade. Os objetivos traçados durante a elaboração inicial do processo, no projeto de monografia, que se resumem em conhecer e analisar as técnicas de avaliação de empresas mais utilizadas, aplicar a técnica de fluxo de caixa descontado na empresa Marfrig, no ano de 2010 e avaliar na prática o método escolhido, em seus passos, foram plenamente atingidos. A pergunta-problema estabelecida como guia desta monografia foi: a técnica do fluxo de caixa descontado proporciona o conhecimento do valor da empresa num determinado período? Ao término deste trabalho consideramos que, além de permitir conhecer o valor justo da empresa, o método exige uma pesquisa profunda sobre a história da empresa avaliada, suas metas, estratégias e planejamentos, um conhecimento específico e profundo do mercado pertinente, uma investigação cuidadosa e criteriosa das premissas utilizáveis, assim como um conhecimento técnico financeiro acentuado. A empresa pesquisada e avaliada Marfrig S/A ofereceu um forte arsenal de informações para este trabalho como também se mostrou uma fonte importante de subsídios para o trabalho, quer nos informativos disponíveis, quer na amplitude de atuação da empresa em diversos mercados e cenários. No momento em que a mídia noticia uma queda no valor das ações da companhia, consequentemente minimizando o valor da empresa, pode-se perceber que, mesmo não contemplando todos os cenários possíveis, o estudo mostrou um valor muito superior. Castigado pelos investidores, o Marfrig vale hoje na bolsa R$ 2,7 bilhões, menos da metade do seu patrimônio líquido e quase quatro vezes menos que a sua dívida total (BEEFPOINT, 2011). Esta monografia não esgota o assunto e pode ser fonte de consulta e pesquisa para novos trabalhos para aprofundamentos sobre o tema ou sobre os assuntos adjacentes trabalhados. É fundamental também relatar o crescimento profissional provocado pela elaboração deste trabalho que, além de exigir exaustivas horas de trabalho, pesquisa, debates, provocou também uma forte reflexão sobre a importância da profissão que escolhemos e a partir de agora, poderemos exercer. Esta

72 70 reflexão também se recheia de preocupações, pois foi possível perceber a complexidade da profissão escolhida. Mas, a certeza fica: saímos mais fortes e mais competentes para exercer esta desafiante profissão.

73 71 REFERÊNCIAS ASSAF NETO, A. Contribuição ao estudo da avaliação de empresa no Brasil: uma aplicação prática. Ribeirão Preto, São Paulo: Universidade de São Paulo, Finanças Corporativas e Valor. 2 ed. São Paulo: Atlas, Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, ASSAF NETO, A.; LIMA, F.G.. Curso de administração financeira. 1 ed. São Paulo: Atlas, BERNARDINO, S; BERBARDINO S. Conflitos externos trazem instabilidade ao câmbio. Investimentos e notícias. Disponível em < tos-externos-trazem-instabilidade-ao-cambio.html> Acesso em 24 set CABRAL, N.G. Rússia mantém embargos à carne brasileira. Folha Online. Disponível em < Acesso em 10 set CAMPOS, A. F. Demonstração dos fluxos de caixa: Uma ferramenta indispensável para administrar sua empresa. São Paulo: Atlas, COPELAND, T.; KOLLER, T; MURRIN, J. Avaliação de Empresas Valuation: Calculando e gerenciando o valor das empresas. Tradução Allan Vidigal Hastings. 3. ed. São Paulo: Makron Books, CORNELL, B. Corporate Valuation: Tools for Effective Appraisal and Decision Making. Homewood: Business One Irwin, COSTA, L. G. T. A; COSTA L. R. T. A; ALVIM, M. A, Valuation: manual de avaliação e reestruturação econômica de empresas. São Paulo: Atlas DAMODARAN, A. Avaliação de investimentos: ferramentas e técnicas para determinação do valor de qualquer ativo. Rio de janeiro: Qualitymark Finanças Corporativas: teoria e prática. São Paulo: Bookman, ENTENDA A CRISE COM O MERCADO IMOBILIÁRIO NOS EUA. Folha Online Disponível em < > Acesso em 10 set FALCINI, P. Avaliação econômica de empresas: técnica e prática. São Paulo: Atlas, 1995.

74 72 FERNÁNDEZ, P. Company valuation methods: the most common errors in valuation. Pricewaterhouse Coopers Professor of Corporate Finance. 25p. Madrid. IESE Business School, FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA relação com Investidores., 31 maio Disponível em: < Acesso em: 06 ago GALLO, R. Commodities e inflação. IG economia. Disponível em < > Acesso em 10 set GRUPO MARFRIG. Código de Ética. Disponível em: < Acesso em: 06 ago JARDIM, L. JBS e Bertim agora são uma só empresa. Revista Veja. Disponível em < Acesso em 10 set KEY, S. L. Guia da Ernest & Young para administração de fusões e aquisições. São Paulo, Record, LEITÂO, M. O impacto da crise nas bolsas e nos preços das commodities. Globo.com. Disponível em < Acesso em 10 set MARTELANC, R. C. F; PASIN, R. Avaliação de empresa: Um guia para fusões & aquisições e gestão de valor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, MARTELANC, R. C. F; PASIN, R.; PEREIRA, F. Avaliação de empresa: Um guia para fusões & aquisições e private equity. São Paulo: Pearson, MARTELANC, R. C. F; PASIN, R; PEREIRA, F. Avaliação de empresas. 2 ed. São Paulo; Pearson MARTINS, E. Avaliação de Empresas: da mensuração contábil à econômica. São Paulo: Atlas, MILLER, W.D. Commercial Bank Valuation. Nova York: John Wiley, PASIN, R. M. Avaliação relativa de empresas por meio da regressão de direcionadores de valor. São Paulo, Dissertação (Mestrado em Administração, FEA/USP) PEREZ, M. M.; FAMÁ, R. Métodos de Avaliação de Empresas e a Avaliação Judicial de Sociedades: uma Análise Crítica. VI SEMEAD FEA-USP, São Paulo, 2003.

75 73 ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Princípios de administração financeira. 2. ed. São Paulo: Atlas, SAMBRANA, C. A jogada global do Marfrig. Isto é Dinheiro, n. 663, jul Disponível em: < ARFRIG>. Acesso em: 06 ago SBA NOTÍCIAS. Em comunicado, JBS anuncia suspensão temporária das exportações paraguaias. Sistema Brasileiro de Agronegócios. Disponível em < Acesso em 24 set TOFOLI, I. Administração financeira empresarial, uma tratativa prática. Campinas: Arte Brasil, VALOR ECONÔMICO. IGP-M avança 0,65% em setembro, aponta FGV. Disponível em < Acesso em 24 set ZAFALON, M. Consumo chinês de carne bovina crescerá 50% Folha de São Paulo, 01 Set Disponível em < > Acesso em 01 set

76 APÊNDICES 74

77 75 APÊNDICE A Roteiro de Estudo de caso 1 INTRODUÇÃO Serão descritos os objetivos do estudo de caso e de forma detalhada as técnicas de avaliação adotadas pela empresa, visando conhecimento destes procedimentos de forma que auxiliem no decorrer do processo de pesquisa. Serão descritos os métodos e técnicas utilizadas no processo de coleta de dados e as facilidades e dificuldades encontradas. 1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado a) Descrição dos métodos de avaliação utilizados b) Entrevista com administrador financeiro c) Entrevista com o gerente contábil 1.2 Discussão Será realizada uma comparação entre as teorias dos primeiros capítulos com a prática observada na empresa. Os Métodos de Avaliação adotados pela empresa e a possível aplicação do método do fluxo de caixa descontado. 1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões.

78 76 APÊNDICE B Roteiro de Observação Sistemática Identificação da Empresa Razão Social:... CNPJ:... Cidade:... Estado... Ramo de Atividade:... Aspectos a serem observados 1 Desempenho histórico... 2 As demonstrações contábeis da empresa... 3 Relatórios de controle interno... 4 Outros documentos pertinentes...

79 77 APÊNDICE C Roteiro do Histórico da Empresa Identificação da Empresa Razão Social:... CNPJ:... Cidade:... Estado... Ramo de Atividade:... Aspectos a serem observados 1 Início... 2 Evolução das Atividades Econômicas... 3 Evolução das Instalações... 4 Aquisições e/ou fusões participantes... 5 Situação Atual...

80 78 APÊNDICE D Roteiro de Entrevista para o Administrador financeiro Identificação... Qualificação Profissional:... Tempo de atuação na empresa:... Formação acadêmica:... Residência:...Estado:... Perguntas Específicas 1 Qual a importância de se conhecer o valor atual de uma empresa?... 2 Quais as técnicas mais conhecidas ou utilizadas no processo de avaliação de empresas?... 3 Dentre as técnicas conhecidas, qual (ou quais) a mais utilizada?... Por quê?... 4 Quais outras implicações técnicas existem durante o processo de avaliação de uma empresa?...

81 79 APÊNDICE E Roteiro de Entrevista para o Gerente Contábil Identificação... Qualificação Profissional:... Tempo de atuação na empresa:... Formação acadêmica:... Experiência profissional:... Perguntas Específicas 1 Qual a importância de se conhecer o valor atual de uma empresa?... 2 Quais as técnicas mais conhecidas ou utilizadas no processo de avaliação de empresas?... 3 Dentre as técnicas conhecidas, qual (ou quais) a mais utilizada?... Por quê?... 4 Sob a ótica contábil, qual a técnica de avaliação mais utilizada?...

82 80 APÊNDICE F Roteiro Fluxo de Caixa Descontado da Empresa Projetado

83 ANEXOS 81

84 82 ANEXO A - ORGANOGRAMA ANEXO A ORGANOGRAMA

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008).

Unidade IV. A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). AVALIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Unidade IV 7 ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO A necessidade de capital de giro é a chave para a administração financeira de uma empresa (Matarazzo, 2008). A administração

Leia mais

ENTENDENDO OS DIVERSOS CONCEITOS DE LUCRO

ENTENDENDO OS DIVERSOS CONCEITOS DE LUCRO ENTENDENDO OS DIVERSOS CONCEITOS DE LUCRO LAJIDA OU EBITDA LAJIR OU EBIT SEPARAÇÃO DO RESULTADO OPERACIONAL DO FINANCEIRO Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br) Sócio-Diretor da Cavalcante

Leia mais

CAP. 4b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA

CAP. 4b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA CAP. b INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA A influência do Imposto de renda Do ponto de vista de um indivíduo ou de uma empresa, o que realmente importa, quando de uma Análise de investimentos, é o que se ganha

Leia mais

CRITÉRIOS / Indicadores

CRITÉRIOS / Indicadores CRITÉRIOS / Indicadores A lista de conceitos desta MELHORES E MAIORES Os valores usados nesta edição são expressos em reais de dezembro de 2014. A conversão para dólares foi feita, excepcionalmente, com

Leia mais

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015

Auditor Federal de Controle Externo/TCU - 2015 - 2015 Prova de Análise das Demonstrações Comentada Pessoal, a seguir comentamos as questões de Análise das Demonstrações Contábeis aplicada na prova do TCU para Auditor de Controle Externo (2015). Foi

Leia mais

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO 1. Uma empresa utiliza tecidos e mão-de-obra na produção de camisas em uma fábrica que foi adquirida por $10 milhões. Quais de seus insumos

Leia mais

RESUMO. Palavras-chave: Avaliação de empresas. Valor. Fluxo de Caixa Descontado. ABSTRACT

RESUMO. Palavras-chave: Avaliação de empresas. Valor. Fluxo de Caixa Descontado. ABSTRACT AVALIAÇÃO DE EMPRESAS VALUATION Ileane Raymundo Padovani ileane.padovani@hotmail.com Jéssica Ariádne Maziero - jessca_je16@hotmail.com Lorena Barbosa Vieira lorena.vie@gmail.com Maria Cristiana de Medeiros

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

2 Referencial Teórico

2 Referencial Teórico 2 Referencial Teórico Baseado na revisão da literatura, o propósito deste capítulo é apresentar a estrutura conceitual do tema de Avaliação de Investimentos, sendo dividido em diversas seções. Cada seção

Leia mais

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS INDICADORES FINANCEIROS NA TOMADA DE DECISÕES GERENCIAIS ANA BEATRIZ DALRI BRIOSO¹, DAYANE GRAZIELE FANELLI¹, GRAZIELA BALDASSO¹, LAURIANE CARDOSO DA SILVA¹, JULIANO VARANDAS GROPPO². 1 Alunos do 8º semestre

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

CONSTRUINDO E ANALISANDO O EBITDA NA PRÁTICA

CONSTRUINDO E ANALISANDO O EBITDA NA PRÁTICA CONSTRUINDO E ANALISANDO O EBITDA NA PRÁTICA! O que é o EBITDA?! Como construir e analisar o EBITDA na prática? EBITDA! Que adaptações devem ser efetuadas nos DRE s para apresentar o cálculo do EBITDA?

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 12 Ajuste a Valor Presente.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 12 Ajuste a Valor Presente. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC CPC 12 Ajuste a Valor Presente. Estabelece a obrigatoriedade do ajuste a valor presente nos realizáveis e exigíveis a longo prazo e, no caso de efeito relevante,

Leia mais

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO Bertolo Administração Financeira & Análise de Investimentos 6 CAPÍTULO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO No capítulo anterior determinamos que a meta mais

Leia mais

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas

Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS. Prof. Walter Dominas Unidade IV INTERPRETAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Prof. Walter Dominas Conteúdo programático Unidade I Avaliação de Empresas Metodologias Simples Unidade II Avaliação de Empresas - Metodologias Complexas

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

COMO DETERMINAR O PREÇO DE LANÇAMENTO DE UMA AÇÃO NA ADMISSÃO DE NOVOS SÓCIOS

COMO DETERMINAR O PREÇO DE LANÇAMENTO DE UMA AÇÃO NA ADMISSÃO DE NOVOS SÓCIOS COMO DETERMINAR O PREÇO DE LANÇAMENTO DE UMA AÇÃO NA ADMISSÃO DE NOVOS SÓCIOS! Qual o preço de lançamento de cada nova ação?! Qual a participação do novo investidor no capital social?! Por que o mercado

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA « CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «21. O sistema de intermediação financeira é formado por agentes tomadores e doadores de capital. As transferências de recursos entre esses agentes são

Leia mais

A Projeção de Investimento em Capital de Giro na Estimação do Fluxo de Caixa

A Projeção de Investimento em Capital de Giro na Estimação do Fluxo de Caixa A Projeção de Investimento em Capital de Giro! Dimensionamento dos Estoques! Outras Contas do Capital de Giro Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br) Sócio-Diretor da Cavalcante Associados,

Leia mais

2010 Incapital Finance - 3

2010 Incapital Finance - 3 METODOLOGIAS PARA AVALIAÇÃO DE EMPRESAS BELO HORIZONTE - MG Apresentação: Palestra Fusões e Aquisições Cenários e Perspectivas Valuation Metodologias e Aplicações Desenvolvimento: Índice: 1. Introdução

Leia mais

COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS

COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS COMO ANALISAR E TOMAR DECISÕES ESTRATÉGICAS COM BASE NA ALAVANCAGEM FINANCEIRA E OPERACIONAL DAS EMPRESAS! O que é alavacagem?! Qual a diferença entre a alavancagem financeira e operacional?! É possível

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A.

ANÁLISE ECONÔMICO FINANCEIRA DA EMPRESA BOMBRIL S.A. Universidade Federal do Pará Centro: Sócio Econômico Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Análise de Demonstrativos Contábeis II Professor: Héber Lavor Moreira Aluno: Roberto Lima Matrícula:05010001601

Leia mais

COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II

COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II O que é o Índice de Treynor? Índice de Treynor x Índice de Sharpe Restrições para as análises de Sharpe e Trynor A utilização do risco

Leia mais

Análises: Análise Fundamentalista Análise Técnica

Análises: Análise Fundamentalista Análise Técnica Análises: Análise Fundamentalista Análise Técnica Análise Fundamentalista Origem remonta do final do século XIX e princípio do século XX, quando as corretoras de bolsa tinham seus departamentos de análise

Leia mais

CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL

CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL CONTABILIDADE GERAL E GERENCIAL AULA 06: ANÁLISE E CONTROLE ECONÔMICO- FINANCEIRO TÓPICO 01: ANÁLISE POR ÍNDICES Fonte (HTTP://WWW.FEJAL.BR/IMAGES/CURS OS/CIENCIASCONTABEIS.JPG) ANÁLISE POR INTERMÉDIO

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

MANUAL GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO 1 - INTRODUÇÃO Define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Cooperativa, o que inclui os riscos das operações

Leia mais

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.0 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 1.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Qual o objetivo das empresas para a administração financeira? Maximizar valor de mercado da empresa; Aumentar a riqueza dos acionistas.

Leia mais

Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos

Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos Avaliação da Viabilidade Econômico- Financeira em Projetos Aula 1 - Montagem de Fluxo de Caixa de Projetos Elias Pereira Apresentação Professor Alunos Horário 19:00h às 23:00 h com 15 min. Faltas Avaliação

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo SONHOS AÇÕES Planejando suas conquistas passo a passo Todo mundo tem um sonho, que pode ser uma viagem, a compra do primeiro imóvel, tranquilidade na aposentadoria ou garantir os estudos dos filhos, por

Leia mais

MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA

MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA Amanda de Campos Diniz 1, Pedro José Raymundo 2

Leia mais

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO

CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP. PROF. Ms. EDUARDO RAMOS. Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO CONTABILIDADE SOCIETÁRIA AVANÇADA Revisão Geral BR-GAAP PROF. Ms. EDUARDO RAMOS Mestre em Ciências Contábeis FAF/UERJ SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS E ESTRUTURA CONCEITUAL 3. O CICLO CONTÁBIL

Leia mais

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade II FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Prof. Jean Cavaleiro Objetivos Ampliar a visão sobre os conceitos de Gestão Financeira; Conhecer modelos de estrutura financeira e seus resultados; Conhecer

Leia mais

Unidade III AVALIAÇÃO DE EMPRESAS. Prof. Rubens Pardini

Unidade III AVALIAÇÃO DE EMPRESAS. Prof. Rubens Pardini Unidade III AVALIAÇÃO DE EMPRESAS Prof. Rubens Pardini Conteúdo programático Unidade I Avaliação de empresas metodologias simples Unidade II Avaliação de empresas metodologias aplicadas Unidade III Avaliação

Leia mais

Objetivos 29/09/2010 BIBLIOGRAFIA. Administração Financeira I UFRN 2010.2 Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho. Tópicos BALANÇO DE TAMANHO COMUM

Objetivos 29/09/2010 BIBLIOGRAFIA. Administração Financeira I UFRN 2010.2 Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho. Tópicos BALANÇO DE TAMANHO COMUM Objetivos Administração Financeira I UFRN 2010.2 Prof. Gabriel Martins de Araújo Filho A EMPRESA NO MODELO DO BALANÇO PATRIMONIAL: análise das demonstrações financeiras Compreender a importância da padronização

Leia mais

Outros Tópicos Importantes na Elaboração do Fluxo de Caixa

Outros Tópicos Importantes na Elaboração do Fluxo de Caixa Outros Tópicos Importantes na Elaboração do! O Tratamento da Remuneração do Trabalho dos Dirigentes! Outras Contas Econômicas que não geram efeito sobre o caixa! A Projeção dos investimentos em ativo imobilizado

Leia mais

ANALISANDO A ESTRATÉGIA ENTRE O APORTE DE CAPITAL E EMPRÉSTIMOS DE ACIONISTAS

ANALISANDO A ESTRATÉGIA ENTRE O APORTE DE CAPITAL E EMPRÉSTIMOS DE ACIONISTAS ANALISANDO A ESTRATÉGIA ENTRE O APORTE DE CAPITAL E EMPRÉSTIMOS DE ACIONISTAS! Se as linhas de crédito estão escassas, qual a melhor estratégia para suprir a empresa com recursos?! É possível manter a

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6 Bacharelado em CIÊNCIAS CONTÁBEIS Parte 6 1 NBC TG 16 - ESTOQUES 6.1 Objetivo da NBC TG 16 (Estoques) O objetivo da NBC TG 16 é estabelecer o tratamento contábil para os estoques, tendo como questão fundamental

Leia mais

Direcional Engenharia S.A.

Direcional Engenharia S.A. 1 Direcional Engenharia S.A. Relatório da Administração Exercício encerrado em 31 / 12 / 2007 Para a Direcional Engenharia S.A., o ano de 2007 foi marcado por recordes e fortes mudanças: registramos marcas

Leia mais

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Unidade II ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Prof. Jean Cavaleiro Introdução Essa unidade tem como objetivo conhecer a padronização das demonstrações contábeis. Conhecer os Índices Padrões para análise;

Leia mais

O VALOR DO CONTROLE PARTE 2

O VALOR DO CONTROLE PARTE 2 O VALOR DO CONTROLE PARTE 2! O valor do controle acionários! O problema da liquidez Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br) Sócio-Diretor da Cavalcante Associados, empresa especializada na

Leia mais

Questionário para Instituidoras

Questionário para Instituidoras Parte 1 - Identificação da Instituidora Base: Quando não houver orientação em contrário, a data-base é 31 de Dezembro, 2007. Dados Gerais Nome da instituidora: CNPJ: Endereço da sede: Cidade: Estado: Site:

Leia mais

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional O tamanho que a micro ou pequena empresa assumirá, dentro, é claro, dos limites legais de faturamento estipulados pela legislação para um ME ou EPP, dependerá do

Leia mais

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica Ementários Disciplina: Gestão Estratégica Ementa: Os níveis e tipos de estratégias e sua formulação. O planejamento estratégico e a competitividade empresarial. Métodos de análise estratégica do ambiente

Leia mais

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas Módulo de Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas Módulo de Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas Módulo de Contabilidade e Finanças Prof. Moab Aurélio Módulo Contabilidade e Finanças PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO GESTÃO FINANCEIRA CONTABILIDADE ACI

Leia mais

GPME Prof. Marcelo Cruz

GPME Prof. Marcelo Cruz GPME Prof. Marcelo Cruz Política de Crédito e Empréstimos Objetivos Compreender os tópicos básicos da administração financeira. Compreender a relação da contabilidade com as decisões financeiras. Compreender

Leia mais

Roteiro para elaboração de laudo de avaliação de empresa

Roteiro para elaboração de laudo de avaliação de empresa Roteiro de Laudo de Avaliação A elaboração de um Laudo de Avaliação de qualquer companhia é realizada em no mínimo 5 etapas, descritas sumariamente a seguir: 1ª. Etapa - Conhecimento inicial do negócio

Leia mais

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa

REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09. Demonstração de Fluxo de Caixa REDE DE ENSINO LFG AGENTE E ESCRIVÃO PF Disciplina: Noções de Contabilidade Prof. Adelino Correia Aula nº09 Demonstração de Fluxo de Caixa Demonstração de Fluxo de Caixa A partir de 28.12.2007 com a publicação

Leia mais

AVALIAÇÃO E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA (VALUATION & ADVISORY)

AVALIAÇÃO E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA (VALUATION & ADVISORY) Valuation & Advisory América do sul A Cushman & Wakefield é a maior empresa privada de serviços imobiliários comerciais do mundo. Fundada em Nova York, em 1917, tem 250 escritórios em 60 países e 16.000

Leia mais

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis

ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS. Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis ANÁLISE DE BALANÇO DAS SEGURADORAS Contabilidade Atuarial 6º Período Curso de Ciências Contábeis Introdução As empresas de seguros são estruturas que apresentam características próprias. Podem se revestir

Leia mais

Apresentação de Resultados 3T05

Apresentação de Resultados 3T05 Apresentação de Resultados 3T05 Destaques Crescimento do Lucro Líquido foi de 316% no Terceiro Trimestre Crescimento da Receita no 3T05 A receita bruta foi maior em 71% (3T05x3T04) e 63% (9M05x9M04) Base

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

PRAZOS E RISCOS DE INVESTIMENTO. Proibida a reprodução.

PRAZOS E RISCOS DE INVESTIMENTO. Proibida a reprodução. Proibida a reprodução. A Planner oferece uma linha completa de produtos financeiros e nossa equipe de profissionais está preparada para explicar tudo o que você precisa saber para tomar suas decisões com

Leia mais

Contabilidade financeira e orçamentária I

Contabilidade financeira e orçamentária I Contabilidade financeira e orçamentária I Curso de Ciências Contábeis - 6º Período Professora: Edenise Aparecida dos Anjos INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS Finanças Corporativas: incorporaram em seu

Leia mais

JBS S.A. CNPJ nº 02.916.265/0001-60 NIRE 35.300.330.587 Companhia Aberta de Capital Autorizado FATO RELEVANTE

JBS S.A. CNPJ nº 02.916.265/0001-60 NIRE 35.300.330.587 Companhia Aberta de Capital Autorizado FATO RELEVANTE JBS S.A. CNPJ nº 02.916.265/0001-60 NIRE 35.300.330.587 Companhia Aberta de Capital Autorizado FATO RELEVANTE A JBS S.A. ( JBS ), em atendimento ao disposto na Instrução CVM 358/02, comunica aos seus acionistas

Leia mais

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. Avaliação e Mensuração de Bens Patrimoniais em Entidades do Setor Público 1. DEFINIÇÕES Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior

Leia mais

Quanto vale FINANÇAS. Miguel A. Eiranova é diretor da área de corporate finance da Price Waterhouse, firma que integra a PricewaterhouseCoopers.

Quanto vale FINANÇAS. Miguel A. Eiranova é diretor da área de corporate finance da Price Waterhouse, firma que integra a PricewaterhouseCoopers. Quanto vale O preço de uma empresa, referência fundamental nas negociações de qualquer tentativa de fusão ou aquisição, nunca é aleatório. Ao contrário, sua determinação exige a combinação da análise estratégica

Leia mais

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras Setembro de 2010 Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobras DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente

Leia mais

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 1/18 Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 2/18 Módulo 4 - Princípios de Investimento Neste módulo são apresentados os principais fatores para a análise de investimentos,

Leia mais

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV INVESTIMENTOS Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV Uma questão de suma importância para a consolidação e perenidade de um Fundo de Pensão é a sua saúde financeira, que garante

Leia mais

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO PAULO ROBERTO GUEDES (Maio de 2015) É comum o entendimento de que os gastos logísticos vêm aumentando em todo o mundo. Estatísticas

Leia mais

CONTRATOS DERIVATIVOS. Futuro de IGP-M

CONTRATOS DERIVATIVOS. Futuro de IGP-M CONTRATOS DERIVATIVOS Futuro de IGP-M Futuro de IGP-M Ferramenta de gerenciamento de risco contra a variação do nível de preços de diversos setores da economia O produto Para auxiliar o mercado a se proteger

Leia mais

SUCESSO EM ALGUMAS EM OUTRAS... XXXXX. Salário para boa condição de vida. Leva à PRODUTIVIDADE que é buscada continuamente

SUCESSO EM ALGUMAS EM OUTRAS... XXXXX. Salário para boa condição de vida. Leva à PRODUTIVIDADE que é buscada continuamente ADMINISTRAR ----- NÃO É ABSOLUTO. SUCESSO EM ALGUMAS EM OUTRAS... INTEGRAÇÃO = PESSOAS / EMPRESAS = ESSENCIAL SATISFAÇÃO FINANCEIRA RESULTANTE DA SINERGIA Leva à PRODUTIVIDADE que é buscada continuamente

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA Métodos para Análise de Fluxos de Caixa A análise econômico-financeira e a decisão

Leia mais

RESULTADOS 2T15 Teleconferência 10 de agosto de 2015

RESULTADOS 2T15 Teleconferência 10 de agosto de 2015 RESULTADOS 2T15 Teleconferência 10 de agosto de 2015 AVISO Nesta apresentação nós fazemos declarações prospectivas que estão sujeitas a riscos e incertezas. Tais declarações têm como base crenças e suposições

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração da NBC T 1 citada nesta Norma para NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL. RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.213/09 Aprova a NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

Administração Financeira II

Administração Financeira II Administração Financeira II Introdução as Finanças Corporativas Professor: Roberto César INTRODUÇÃO AS FINANÇAS CORPORATIVAS Administrar é um processo de tomada de decisões. A continuidade das organizações

Leia mais

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS

APOSTILA DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS POR ÍNDICES PADRONIZADOS UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS PROGRAMA DE EXTENSÃO: CENTRO DE DESENVOLVIMENTO EM FINANÇAS PROJETO: CENTRO DE CAPACITAÇÃO

Leia mais

Gestão do Fluxo de Caixa em Épocas de Crise

Gestão do Fluxo de Caixa em Épocas de Crise Gestão do Fluxo de Caixa em Épocas de Crise Lucro que não gera caixa é ilusão "Se você tiver o suficiente, então o fluxo de caixa não é importante. Mas se você não tiver, nada é mais importante. É uma

Leia mais

OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SIN/SNC/ Nº 01/2012. Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2012

OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SIN/SNC/ Nº 01/2012. Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2012 OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SIN/SNC/ Nº 01/2012 Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 2012 Assunto: Orientação sobre os deveres e responsabilidades dos administradores e dos auditores independentes, na elaboração

Leia mais

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL ABNT NBR ISO 14001 Prof. Eduardo Lucena Cavalcante de Amorim INTRODUÇÃO A norma ISO 14001 faz parte de um conjunto mais amplo de normas intitulado ISO série 14000. Este grupo

Leia mais

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio

FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças. Prof. Moab Aurélio FTAD - Formação técnica em Administração de Empresas FTAD Contabilidade e Finanças Prof. Moab Aurélio Competências a serem trabalhadas PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO GESTÃO FINANCEIRA CONTABILIDADE ACI : ESTUDO

Leia mais

Processo de Negociação. Quem somos. Nossos Serviços. Clientes e Parceiros

Processo de Negociação. Quem somos. Nossos Serviços. Clientes e Parceiros Quem somos Nossos Serviços Processo de Negociação Clientes e Parceiros O NOSSO NEGÓCIO É AJUDAR EMPRESAS A RESOLVEREM PROBLEMAS DE GESTÃO Consultoria empresarial a menor custo Aumento da qualidade e da

Leia mais

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011

ATIVO Explicativa 2012 2011 PASSIVO Explicativa 2012 2011 ASSOCIAÇÃO DIREITOS HUMANOS EM REDE QUADRO I - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em reais) Nota Nota ATIVO Explicativa PASSIVO Explicativa CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 4 3.363.799

Leia mais

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis. Prof.: Marcelo Valverde

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis. Prof.: Marcelo Valverde ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aula 12- Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis Prof.: Marcelo Valverde Unidade III. Análise avançada das demonstrações contábeis 3.1 Análise do

Leia mais

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO 1. OS CRITÉRIOS DE DECISÃO Dentre os métodos para avaliar investimentos, que variam desde o bom senso até os mais sofisticados modelos matemáticos, três

Leia mais

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento.

A moeda possui três funções básicas: Reserva de Valor, Meio de troca e Meio de Pagamento. 29- A lógica da composição do mercado financeiro tem como fundamento: a) facilitar a transferência de riscos entre agentes. b) aumentar a poupança destinada a investimentos de longo prazo. c) mediar as

Leia mais

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Cesar Soares Barbosa Diretor de Previdência É responsável também pela gestão dos recursos garantidores dos planos de benefícios administrados pela Sabesprev,

Leia mais

IFRS EM DEBATE: Aspectos gerais do CPC da Pequena e Média Empresa

IFRS EM DEBATE: Aspectos gerais do CPC da Pequena e Média Empresa IFRS EM DEBATE: Aspectos gerais do CPC da Pequena e Média Empresa outubro/2010 1 SIMPLIFICAÇÃO DOS PRONUNCIAMENTOS: Pronunciamento CPC PME - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas (225 páginas)

Leia mais

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS CONHECER A ELABORAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E FUNCIONALIDADES UM PLANO DE NEGÓCIOS.

Leia mais

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O INDICADOR : RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO

TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O INDICADOR : RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O INDICADOR : RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO! Quanto ao nome do indicador! Quanto à reinversão dos lucros mensais! Quanto aos novos investimentos em fase de maturação!

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES

TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 16 Perguntas Importantes. 16 Respostas que todos os executivos devem saber. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas graduado pela EAESP/FGV. É Sócio-Diretor

Leia mais

Filosofia e Conceitos

Filosofia e Conceitos Filosofia e Conceitos Objetivo confiabilidade para o usuário das avaliações. 1. Princípios e definições de aceitação genérica. 2. Comentários explicativos sem incluir orientações em técnicas de avaliação.

Leia mais

Avenida Jamaris, 100, 10º e 3º andar, Moema São Paulo SP 04078-000 55 (11) 5051-8880

Avenida Jamaris, 100, 10º e 3º andar, Moema São Paulo SP 04078-000 55 (11) 5051-8880 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA E DOS SERVIÇOS AUDITORIA CONSULTORIA EMPRESARIAL CORPORATE FINANCE EXPANSÃO DE NEGÓCIOS CONTABILIDADE INTRODUÇÃO A FATORA tem mais de 10 anos de experiência em auditoria e consultoria

Leia mais

DIRETRIZES PARA UM FORNECIMENTO SUSTENTÁVEL

DIRETRIZES PARA UM FORNECIMENTO SUSTENTÁVEL DIRETRIZES PARA UM FORNECIMENTO SUSTENTÁVEL APRESENTAÇÃO A White Martins representa na América do Sul a Praxair, uma das maiores companhias de gases industriais e medicinais do mundo, com operações em

Leia mais

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso

7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso 7 etapas para construir um Projeto Integrado de Negócios Sustentáveis de sucesso Saiba como colocar o PINS em prática no agronegócio e explore suas melhores opções de atuação em rede. Quando uma empresa

Leia mais

COMO CALCULAR E ANALISAR A CAPACIDADE DE

COMO CALCULAR E ANALISAR A CAPACIDADE DE COMO CALCULAR E ANALISAR A CAPACIDADE DE! Como calcular o fluxo de caixa! Qual a fórmula para determinar a capacidade de pagamento! Como analisar a liquidez Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br)

Leia mais

2.1 Estrutura Conceitual e Pronunciamento Técnico CPC n 26

2.1 Estrutura Conceitual e Pronunciamento Técnico CPC n 26 Sumário 1 Introdução... 1 2 Definição do grupo patrimonial... 1 2.1 Estrutura Conceitual e Pronunciamento Técnico CPC n 26... 1 2.2 Lei das S/A... 4 3 Plano de Contas Proposto contas patrimoniais para

Leia mais

CPC 25 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes

CPC 25 Provisões, Passivos e Ativos Contingentes Resumo Objetivo Estabelecer que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriados a provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas

Leia mais

Perfil de investimentos

Perfil de investimentos Perfil de investimentos O Fundo de Pensão OABPrev-SP é uma entidade comprometida com a satisfação dos participantes, respeitando seus direitos e sempre buscando soluções que atendam aos seus interesses.

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais