Bernardo Kucinski. O Que São Multinacionais

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1 1981

2 Ficha Técnica ISBN Editoração Digital EccentricDuo

3 A necessidade de expandir constantemente os mercados para seus produtos persegue as empresas multinacionais através de toda a superfície do globo. Elas precisam estar em toda parte, instalar-se em todos os lugares, estabelecer conexões em todas as direções. A burguesia, através da exploração do mercado mundial, deu um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em cada país. Para tristeza dos conservadores, ela puxou o tapete das indústrias nacionais. Antigas industrias nacionais foram ou estão sendo destruídas diariamente. Elas são deslocadas por industrias novas, cuja introdução se torna uma questão de vida ou morte para todas as nações civilizadas, industrias que não mais usam materiais locais, mas sim matérias-primas trazidas de lugares remotos, e cujos produtos não são consumidos apenas no país, mas em todos os quadrantes do mundo. No lugar das antigas necessidades, satisfeitas pela produção nacional, nós encontramos novas necessidades, que requerem, para sua satisfação, produtos de países e climas distantes. No lugar da antiga reclusão e autosuficiência temos o intercâmbio em todas as direções, a interdependência universal das nações.... (Trecho do Manifesto Comunista, (1848), de KarI Marx, em que substituí a expressão original capitalismo por multinacional.) À minha irmã Ana Rosa Kucinski vítima do grande capital

4 INDICE Apresentação...03 Como Nascem Multinacionais...10 Trustes, Cartéis e Zaibatsu...18 O Paraíso das Multinacionais...26 O Futuro das Multinacionais...35

5 Apresentação

6 Apresentação Dos escombros da Segunda Guerra Mundial, em 1945, nasceu o que acabaria se revelando como o mais longo período de crescimento contínuo do capitalismo em toda a sua história. Um período de quase 30 anos que só seria interrompido pela recessão e pela crise do petróleo, em fins de 1973, e no qual o valor da produção dos países capitalistas quadruplicou e o valor de suas exportações sextuplicou. Esse notável ciclo de expansão foi comandado por um conjunto definido de cerca de 650 grandes empresas - algumas de dimensões gigantescas - que ficaram conhecidas como empresas multinacionais, ou empresas ou corporações transnacionais. O adjetivo multinacional foi cunhado em 1960 por David Lilienthal, o economista norte-americano que dirigiu o projeto de desenvolvimento do Vale do Tennessee. Três anos depois, o adjetivo virava substantivo e ganhava fama mundial com a publicação do primeiro relatório especial da revista Business Week sobre essas formidáveis empresas apátridas que adotavam o planeta Terra como seu mercado. Mas, a maioria delas, apesar da desenvoltura com que atravessavam fronteiras nacionais, tinham pátria bem definida - a pátria de origem do seu capital. E por isso, muitos estudiosos pre ferem chamá-las empresas transnacionais. De fato, não se tratava, em sua maioria, de empresas novas. Nem era novidade o caráter multinacional de suas operações. Muitas dessas companhias já eram denunciadas no começo do século por monopolizarem setores inteiros da economia de seus países, e pelos acordos secretos para dividir mercados e impor preços. Eram os trustes norte-americanos, os cartéis europeus, acusados de promotores da Primeira Guerra Mundial, os zaibatsu, mentores do expansionismo japonês na Manchúria. Por que então uma palavra nova, para designar empresas antigas? Em primeiro lugar, pela nova dimensão alcançada por muitas dessas empresas. Em segundo lugar, por terem assumido o papel, antes desempenhado pelo Estado, de agente principal de todo um capítulo novo na história da internacionalização da economia capitalista. Em 1971, uma comissão especial das Nações Unidas analisou o papel das mulíinacionais, estimando em 500- bilhões de dólares o valor total por elas adicionado à produção em um ano - o equivalente a 1/5 de toda a produção capitalista. Os 3 bilhões de dólares por ano adicionados por cada uma das três maiores, superava o Produto Nacional Bruto de 80 países membros das Nações Unidas. Nos anos 90, o faturamento da maior delas, a General Motors, supera a casa dos US$ 120 bilhões, quatro vezes o valor das exportações brasileiras. Vinte cinco outras multinacionais, entre as quais muitas companhias de petróleo e automobilísticas, faturam mais do que o total das exportações brasileiras. Pelo volume de seus recursos, as multinacionais tornaram se mais poderosas que governos. A multinacional típica, detentora de uma tecnologia de ponta num determinado campo da produção, fatura entre US$ 6 e US$ 20 bilhões e tem subsidiárias em 30 países. São empresas como a Kodak, Sony, Pfizer, Aicoa, Coca-CoIa, Caterpiliar. Mesmo as menores, faturam cerca de US$ 3 bilhões por ano, com lucros da ordem de US$ 300 milhões. Metade das 500 maiores empresas multinacionais atuam nos campos do petróleo e seu refino, veículos, eletrônica e alimentos. Cortando fronteiras com capital e tecnologia, as multinacionais otimizam mercados, recursos naturais e políticos em escala mundial. Criaram uma nova forma de acumular lucros, uma nova divisão internacional de trabalho. Agora, não apenas os produtos dessasl empresas, mas também as suas fábricas espalham-se pelo mundo. Sob a égide das multinacionais, o capitalismo assumiu abertamente seu caráter supranacional e criou uma * 4 *

7 Apresentação ideologia nesse sentido; surgiram o Clube de Roma e a Comissão Trilateral, em que presidentes de corporações multinacionais discutem os destinos do Planeta Terra e o Mercado Comum Europeu resposta das multinacionais europeias ao gigantismo do mercado norte-americano e a reação americana: o bloco EUA-Canadá-México. Nasce a era dos megablocos económicos. Essa é a época em que Sydney Harold Geneen o superpoderoso chefe da International Telephone & Telegraph Corporation (ITT), a maior empresa multinacional do mundo no ramo das comunicações, pode tomar o café da manhã em Nova Iorque, reunir-se com executivos de suas subsidiárias europeias em Paris na hora do almoço, e estar de volta a Nova Iorque no : mesmo dia, graças ao avião supersônico Concorde fabricado, aliás, por uma empresa binacional. Essa é a época em que os cosmonautas americanos desembarcaram na Lua, epopeia que simboliza o apogeu desse período, a enorme capacidade de acumulação do velho capitalismo, e sua energia e criatividade reagindo a ousadia do comunismo, que lançara o primeiro satélite artificiai - e simboliza também o salto para fora de um planeta já integrado economicamente. O capitalismo, sob a liderança das multinacionais vive um período de glória, como diz este discurso da revista norte-americana de negócios Business Week uma das porta-vozes da ideologia das multinacionais. Está nascendo uma economia global, mais produtiva e inventiva do que tudo o que o mundo já viu até agora. Homens de negócio americanos e seus colegas de outros países industrializados estão criando essa economia no contexto de um novo tipo de organização - a corporação multinacional. Centenas dessas empresas estão atravessando as fronteiras nacionais para produzir bens e serviços no exterior, para clientes de todo o mundo. Ao contrário de suas predecessoras, as empresas mercantis de séculos atrás, as empresas multinacionais estão transportando fatores de produção - capital, tecnologia e técnicas de gerência -, além de mercadorias. Procuram crescimento e lucro onde quer que haja boas chances. 1 Por meio das multinacionais, o capitalismo superou os traumas provocados pelas sangrentas guerras mundiais travadas no seu interior durante a crise dos anos 20 e 30; transferiu para a periferia a crise seguinte (anos 70 e 80), a economia americana. Através da cultura do consumismo, seduziu as populações do Leste Europeu, contribuindo para a derrocada do Muro de Berlim - símbolo de um aparente triunfo do capitalismo sobre o comunismo, da vitória da concepção neoliberal, isto é: a organização social oriunda da competição entre os homens é superior socialização dos meios de produção. Mas, ao contrário do discurso neoliberal, a globalização da economia reduziu cada vez mais a competição. No final deste milénio, já se delineiam situações em que apenas uma ou duas empresas, como a IBM e a FUJITSU na informática, a EXXON e a SHELL no petróleo, a BAT nos cigarros, detêm quase a metade do mercado mundial. O avanço das multinacionais Foi tão intensa a expansão protagonizada pelas multinacionais na Europa no pós-guerra, logo extravasando para países periféricos em busca de mais matéria-prima, novos mercados ou de mão-de-obra mais dócil e 1. Business Week, 19/12/70. * 5 *

8 Apresentação barata. Nessa investida, foram derrubando, uma após a outra, as alianças populistas de burguesias nacionalistas e setores populares, baseadas na proposta do desenvolvimento relativamente autónomo com forte participação estatal. Em seu lugar surgiram regimes de força, oferecendo facilidades de infra-estrutura e incentivos fiscais ao capital estrangeiro. Algumas alianças populistas foram esmagadas em meio a banhos de sangue. No Ira, em 1953, o governo da Frente Nacional de Muhammed Mussadegh foi deposto por uma conspiração organizada pela Agência Central de Informações dos Estados Unidos (CIA), que havia nacionalizado a multinacional do petróleo Anglo-Iranian Oil Company. Na Guatemala, uma invasão de mercenários financiada pela multinacional das bananas United States Fruit, derrubou o governo de Jacobo Arbenz, que havia promovido uma extensa reforma agrária e nacionalizado as terras da United Fruit. Na Indonésia, em 1965, o presidente Sukarno e seu programa de desenvolvimento NASAKOM - nacionalismo e comunismo - foram derrubados por um levante militar que procedeu à execução sistemática de todos os conhecidos comunistas e seus descendentes num total estimado em 1 milhão de vítimas. Golpes militares deram-se ao longo dos anos 60 e início da década seguinte no Brasil, na Grécia, no Uruguai, Argentina e Egito, sob o pretexto de defender o mundo livre contra o comunismo. Mas os interesses defendidos eram quase sempre os das multinacionais norte-americanas. As multinacionais e o governo de unidade popular no Chile Em 1970, Salvador Allende é eleito presidente do Chile, candidato do movimento de Unidade Popular, aliança dos principais partidos populares do Chile, o Comunista, o Socialista, o Radical e o Social- Democrata. A plataforma comum desses partidos era ao mesmo tempo um incisivo diagnóstico do sistema de exploração implantado no Chile pelas multinacionais e uma resposta a esse sistema, através da disposição de socializar os principais meios de produção e recursos naturais do país. Havia então mais de uma centena de grandes empresas norte-americanas estabelecidas no Chile, incluindo 24 das 30 maiores multinacionais de origem norte-americana. Entre elas as grandes indústrias automobilísticas, quatro das maiores distribuidoras de petróleo, os gigantescos complexos químicos, Dupont e Dow Chemical, e a International Telephone and Telegraph (ITT). Havia ainda as duas grandes mineradoras de cobre, Anaconda e Kennecott, e uma terceira, menor, Cerro, que já haviam sido forçadas a ceder formalmente 51% de suas ações ao Estado, durante o governo anterior de Eduardo Frei, mas permaneciam como elos importantes na cadeia de.dominação das multinacionais. Com jazidas de alta concentração, o Chile havia se tornado o maior produtor de cobre do mundo capitalista, após os Estados Unidos. O cobre representava 80% das exportações do Chile, a maior parte nas mãos da Anaconda e da Kennecott. Quando Allende assumiu a presidência, o Chile tinha uma dívida externa de 3 bilhões de dólares, para um país de apenas 10 milhões de habitantes e 8 bilhões de dólares de Produto Interno Bruto. Durante os cinquenta anos que precederam a eleição de Allende, empresas estrangeiras haviam investido 1 bilhão de dólares no Chile, e repatriado 7,2 bilhões, dos quais 4,6 bilhões pela Anaconda e Kennecott. 2 A vitória da Unidade Popular no Chile abria caminho para a primeira * 6 *

9 Apresentação tentativa de instalação de um regime socialista por meios pacíficos e com mandato de uma parcela significativa da opinião nacional expresso através do voto, atraindo as atenções de todo o mundo - e a fúria de algumas multinacionais. A ITT e o governo norte-americano tentaram, em primeiro lugar, impedir a posse de Allende, mobilizando todos os recursos legais e ilegais que julgavam necessários na época, tentativa que fracassou. A 1º de outubro de 1971 a ITT voltou à carga, propondo a derrubada de Allende, através de um plano de 18 pontos que incluía uma ampla operação economica de guerra contra o Chile a ser dirigida por um comando especial criado pela Casa Branca com a assistência da CIA. A ITT se propunha a contribuir com 1 milhão de dólares, ou mais, para o fundo de combate a Allende. A campanha contra Allende durou dois anos, assumindo a forma de uma onda crescente de agitação interna, promovida pela burguesia chilena, lockouts e boicotes, paralelamente a uma violenta barragem de propaganda contra o governo marxista do Chile e um bloqueio económico contra as exportações chilenas de cobre. Em dezembro de 1972; Salvador Allende proferiu seu famoso discurso perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, acusando as empresas multinacionais de agressão ao Chile: O grande crescimento em seu poder económico, sua influência política, sua capacidade de corromper, essas são as razões do alarme que deve atingir a opinião pública. O poder dessas corporações é tão grande que atravessa todas as fronteiras. Os investimentos de companhias norte-americanas, apenas no exterior, chega a 30 bilhões de dólares. Entre 1950 e 1970, esses investimentos cresceram a uma taxa de 10% ao ano, enquanto as exportações dos Estados Unidos expandiram-se em apenas 5% ao ano. Elas realizam lucros enormes, e drenam recursos substanciais dos países em desenvolvimento. Em apenas um ano, essas empresas retiraram lucros do Terceiro Mundo, representando transferências líquidas, a seu favor, da ordem de 1,7 bilhões de dólares, dos quais 1,01 bilhão da América Latina, 280 milhões da África, 376 milhões do Extremo Oriente e 74 milhões do Oriente Médio. Sua influência e seu raio de ação estão desequilibrando práticas comerciais tradicionais de transferência de tecnologia e de recursos entre países, assim como relações de trabalho. Estamos perante um confronto direto entre as grandes corporações multinacionais e os Estados. As corporações estão interferindo nos fundamentos da atividade política, nas decisões políticas, económicas e militares fundamentais dos Estados. As corporações são organizações globais que não dependem de nenhum Estado e cujas atividades não são controladas e nem reportadas a nenhum parlamento ou outra instituição representativa dos interesses coletivos. Em resumo, toda a estrutura política mundial está sendo solapada. São negociantes que não têm uma pátria. O lugar em que podem estar não se constitui em nenhum tipo de vínculo; a única coisa que lhes interessa é onde fazer lucros... Allende foi derrubado no ano seguinte por um golpe militar desfechado pelo general Pinochet, segundo o figurino do golpe brasileiro - que forneceu algum know-how aos conspiradores. 2. Chilean Road to Socialism, Dale Johnson, * 7 *

10 Apresentação A crise dos anos 80 Todo esse universo em expansão, capitaneado pelas multinacionais, entrou em pane com a crise do seu núcleo, a economia americana, a partir dos anos 70. Debilitada pela própria migração de seíores de sua produção para outros países, pela perda de mercados para a indústria japonesa, pela obsolescência de suas indústrias básicas, peia exaustão de suas reservas minerais mais produtivas, inclusive de petróleo, o poderio americano resumia-se cada vez mais no poder militar e na hegemonia de sua moeda, o dólar. O fato, de que todo o mundo capitalista era obrigado a pagar e receber em dólar, permitia ao governo americano financiar suas aventuras militares e até comprar indústrias no exterior com a emissão de dólares que já não tinham lastro em ouro. Esses dólares de propriedade de terceiros eram aplicados nos próprios Estados Unidos, em Letras do Tesouro americano ou na compra de propriedades ou de empresas americanas, o que por muito tempo encobriu no seu balanço de pagamentos o fato de os Estados Unidos gastarem mais do que ganhavam. Mas, a partir da Guerra do Vietnã, ficou clara a fraqueza do dólar e sua falta de lastro. O governo francês detonou uma corrida, exigindo em ouro o pagamento de suas reservas dolarizadas. Em 1972, em meio a crises monetárias convulsivas que afetavam todo os mercados financeiros, o presidente Nixon foi obrigado a desvalorizar o dólar, a anular unilateralmente sua garantia em ouro. Com isso, reduziam-se os ganhos de todos os países produtores de matérias-primas cotadas em dólar ao comprarem outras moedas ou mercadorias nelas cotadas. Em consequência, precipitou-se a decisão dos principais países produtores de petróleo de elevar substancialmente o preço do barril, de menos de US$ 3,00 para cerca de US$ 7,00, depois US$ 13,00. Desde o final da Primeira Guerra Mundial, o petróleo barato substituiu o carvão como fonte energética do moderno capitalismo das multinacionais, baseado na massificação do uso do automóvel, na urbanização ilimitada, com todas as casas equipadas com inúmeros bens de consumo duráveis. O consumo de petróleo pela economia capitalista assumira um caráter predatório, saltando de 8,34 milhões de barris por dia em 1948, para 44,2 milhões em Somente os Estados Unidos consumiam um terço desse total. A resposta do governo americano à elevação do preço do petróleo foi, com o apoio de todo o centro industrializado, provocar uma profunda recessão, que derrubasse o seu consumo e, ao mesmo tempo, estimulasse os bancos depositários dos bilhões de dólares ganhos pêlos países produtores de petróleo, a emprestarem esse dinheiro a países periféricos de forma que eles fossem gastos na compra de equipamentos e materiais do centro industrializado. Os preços desses bens seriam inflacionais, neutralizando assim a alta original do petróleo. Seguiram-se anos de crise crónica caracterizada por alta inflação do dólar e estagnação económica, a estagflação. O número de desempregados no centro industrializado atingiu 20 milhões. Ao mesmo tempo, a periferia se endividava, investindo em projetos, muitos deles faraonicos, financiados pêlos empréstimos baratos. Em 1979, veio o golpe: o Banco Central americano provocou uma violenta contração dos meios de pagamentos, fazendo disparar a taxa de juros de uma média de 8% ao ano, para até 20%. Uma taxa anómala que arruinou muitos dos projetos industriais financiados com os empréstimos, e a maioria dos países da América Latina, que haviam se endividado. Nessa crise, foram caindo os regimes ditatoriais implantados na fase anterior. Em Portugal, na Espanha, na Grécia, caíram devido à contradição provocada pelo desemprego súbito de um lado, e o contato * 8 *

11 dos trabalhadores com o sindicalismo mais avançado da Europa Ocidental, de outro. Na América Latina a queda nos investimentos e nos salários, necessária para o pagamento da dívida externa, destruiu a única fonte de legitimidade dos regimes fortes, o crescimento económico continuado. As próprias elites que haviam promovido o endividamento viram-se obrigadas a abrir o regime para socializar a crise. Assim, se transferiu a crise, do centro do capitalismo para a sua periferia, através de mecanismos financeiros oriundos da hegemonia do dólar, e assumindo a forma de uma brutal dívida externa, que no final dos anos 80 somava mais de US$ 1 trilhão, demandando pagamentos regulares de juros da periferia para o centro, da ordem de US$ 100 bilhões por ano. A América Latina entrou em compasso de decadência industrial e social acelerada. Apenas no Ira e na Nicarágua, o capitalismo perdeu o controle da situação. Na Nicarágua, uma coluna guerrilheira tomou o poder instalando o regime sandinista de economia mista. No Ira, uma revolução fundamentalista derrubou o regime opressor do Xá, armado peias multinacionais. Significativamente, a revolução iraniana, aníiocidental, anti-multinacionais, acabou liderada pêlos setores mais conservadores do país, o clero fundamentalista. Era a tradição, reagindo contra a violência de um sistema multinacional que havia destruído o tecido social e a cultura nacional em nome do Produto Interno Bruto. Apresentação * 9 *

12 Como Nascem Multinacionais

13 Como Nascem Multinacionais Toda multinacional é a sobrevivente vitoriosa de lutas por mercado nas quais arruinou concorrentes que depois absorveu - um processo interminável de concentração de capital e monopolização da produção. Vejamos como nasceu a maior de todas as multinacionais, a Exxon, que detêm 15% do mercado mundial de derivados de petróleo, através do controle acionário de quase 300 empresas em 52 países. 3 A história da Exxon é típica do modo de formação das multinacionais norte-americanas, que primeiro dominaram o mercado de seu próprio país, em si quase um continente. Esgotada essa etapa, viram-se naturalmente equipadas para o domínio dos mercados mundiais. John Rockefeller, fundador em 1859 de uma peque na empresa petrolífera, descobriu já nos primórdios da era do petróleo que o controle do transporte desse combustível levava ao controle do seu mercado. O risco da descoberta ou não das jazidas milionárias, esse ele deixava aos aventureiros. Durante 32 anos, Rockefeller manteve acordos secretos com ferrovias, pagando tarifas menores pelo petróleo de suas refinarias. Um após outro, foi quebrando e abocanhando seus competidores. Em 1892, Rockefeller já detinha o monopólio do petróleo em vasta área dos Estados Unidos. O grupo Rockefeller é então reorganizado, adotando a forma de truste, gerência essencialmente financeira, com uma direção central para fins de planejamento estratégico (e evasão fiscal), deixando a cada empresa componente ampla liberdade de ação tática - traço essencial da multinacional de hoje. Assim nasceu a Standard Oil, e assim nasceu o 3. Para as ações mais recentes da Exxon leia Dirty Business, de Ovid Demaris, Avon Books, NY, truste, pois a receita de Rockefeller foi copiada por dezenas de grupos monopolistas formados nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha durante a primeira metade deste século. Como truste tornou-se expressão pejorativa, esse tipo de gerência adotou o nome holding, em vigor atuaimente. Em 1890, o Congresso norte-americano baixou a lei antitruste (Sherman Act), para impedir práticas monopolísticas como as adotadas por Rockefeller. E, em 1911, o truste foi finalmente forçado a se dissolver. Mas o grupo Rockefeller sobreviveu em torno de algumas das 38 empresas nascidas da partilha, entre elas a Standard Oii de New Jersey, precursora da Exxon. Rockefeller já era então o homem mais rico do mundo. E para compensar a perda do monopólio nos Estados Unidos, penetrou nos mercados da Europa, atingiu o Peru, o Congo Belga e o Oriente Médio. Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, Rockefeller detinha 35% do mercado de petróleo do mundo capitalista. Além da Standard Oil de New Jersey, a família Rockefeller possuía 16% das ações da Móbil Oil, 11% das ações da Standard Oil de Indiana e 12% das ações da Socai (Standard Oil da Califórnia), todas elas grandes empresas petrolíferas. Os lucros desse comércio propiciaram à família a formação do maior conglomerado financeiro-industrial do mundo. Um império económico que inclui o terceiro maior banco comercial do mundo (Chase Manhattan), a empresa holding Basic Economic Corporation (IBEC), holding de dezenas de empresas agropecuárias e de serviços e a própria Exxon. Em 1984, empresas do grupo Rockefeller absorveram duas outras multinacionais petrolíferas: a Gulf Oil e a Getty Oil. * 11 *

14 Como Nascem Multinacionais As seis irmãs do petróleo A Exxon pertence a uma família de seis empresas, entre as quais a Móbil Oi! e a Socai ligadas também aos Rockefelier, que detém entre si 70% do mercado mundial de petróleo. Antes da absorção da Gulf pela Socai, essa família era conhecida como as sete irmãs do petróleo. Reduzidas hoje a seis, elas são: Exxon, British Peíroleum, Royal Dutch-ShelI, Texaco, Socai e Móbil Oil. São chamadas de irmãs devido às relações incestuosas que mantém entre si, pois cada uma delas participa em graus variáveis, nos empreendimentos controlados pelas demais. Através desse emaranhado de participações acionárias, as seis irmãs formam um quase-truste mundial de petróleo, conciliando interesses estratégicos comuns, sem eliminar rivalidades regionais. Nesse quase-truste, o capital norte-americano é hegemónico. No início da década de 70, esse quase-truste levou à exaustão parte das reservas conhecidas de petróleo de baixo custo de extração, pondo fim ao período de quase trinta anos de comercialização do petróleo ao preço vil de apenas 2 dólares o barril de 150 litros. A prática de vendas volumosas de petróleo a baixo custo unitário levanta uma questão teórica interessante: por que empresas com poderes de truste não tentaram otimizar lucros, impondo preços altos para o petróleo que tinham sob controle? Em primeiro lugar, porque era materialmente possível vender a preço baixo e auferir lucro, graças ao custo quase zero de extração nas grandes jazidas do Oriente Médio - da ordem de apenas centavos de dólar por barril. Em segundo lugar, porque somente assim seriam marginalizados os eternos aventureiros, as pequenas e médias empresas, que não podiam competir num mercado onde apenas operações muito grandes davam lucro. O preço vil, a exploração predatória, a massificação do consumo, foi a forma específica de domínio de mercado encontrada pelo truste no setor petrolífero. Quando veio a crise e os preços quadruplicaram em 1973, países como o Brasil, que haviam atrelado suas economias ao consumo massificado de petróleo importado foram à ruína. As multinacionais, ao contrário, ficaram ainda mais ricas, pois seu faturamento mais que quintuplicou. Há muitos anos, desde 1967, as sete irmãs, em antecipação à crise, vinham investindo pesadamente em prospecções nas águas profundas dos oceanos, de custo de extração elevado, devido à necessidade de complexos equipamentos submersos e flutuantes. Inaugura-se assim a era do petróleo caro, na qual seu preço é determinado pelo custo de extração mais alto, o das jazidas das águas profundas do Mar do Norte. Pequenas empresas e aventureiros continuarão marginalizados, desta vez devido à necessidade de capital intensivo para a exploração em águas profundas. A era dos caçadores de petróleo, dos romanticos, acaba definitivamente. Só com muito capital, da ordem de alguns bilhões de dólares, é possível almejar uma fatia desse mercado. Ao mesmo tempo, acirrou-se a disputa pelo controle das jazidas de baixo custo ainda existentes no Oriente Médio. Quando o Iraque anexou o Kuwait em fins de 1990, tornando-se dono de 1/3 das reservas de petróleo da região, foi atacado, e obrigado a recuar, por uma devastadora força combinada de países do centro industrializado liderada pêlos Estados Unidos e financiada principalmente pelo Japão. * 12 *

15 Como Nascem Multinacionais Os grandes casamentos Desde o início, a luta pelo petróleo foi também uma luta entre estadosmaiores de potências imperialistas, cada qual apoiando ou apoiando-se em algumas grandes empresas. Dessa ligação entre governos e empresas nasceu uma espécie distinta de multinacional - a empresa binacional. A aliança circunstancial entre dois estados-maiores propiciou o casamento duradouro de duas empresas, a Royal Dutch, modesta companhia holandesa que explorava petróleo nas Índias Holandesas, e a britânica Shell Transport and Trading Company Limited. A Royal Dutch sofria pressões crescentes do grupo Rockefeller, que deixava espaços abertos para que os aventureiros descobrissem novas jazidas de petróleo, mas depois os engolia através de manobras monopolistas. Para reforçar o seu capital, o proprietário Henri Deterding promoveu uma abertura de capital, vendendo ações da Royal Dutch a milhares de pessoas, de forma que nenhuma delas adquirisse poder de voto significativo. Em 1902, sempre para fazer frente a Rockefeller, Deterding promove a fusão da Royal Dutch com a Sheii, casamento abençoado pelo governo brit nico, que estende à nova empresa binacional a sua proteção imperial. A receita do casamento da Royal Dutch com a Shell foi adotada por outros grupos monopolistas, antigos rivais de mesmo porte que substituíram a competição pela associação. Surgiu, assim, uma linhagem de empresas binacionais, nas quais o capital não tem realmente uma pátria definida - mas tem duas pátrias bem definidas. O casamento Royal Dutch-Shell, consistiu na criação de duas novas empresas paralelas, uma holandesa e outra brit nica, que dividiram entre si, em proporções consideradas justas pelas duas partes, o patrimônio comum formado pelas centenas de empresas que possuíam espalhadas por todo o mundo. Cada empresa continua registrada na sua pátria de origem, como se não tivesse nada a ver com a outra. Royal Dutch Petroleum Company 60% Shell Petroleum N.V. (Holanda) O casamento Royal Dutch-Shell 100% Quatro empresas de serviços Comitê informal de Diretores Empresas operacionais da Royal Dutch-Shell Shell Transport and Trading Company Limited 40% The Shell Petroleum Company Limited (Grã-Bretanha) * 13 *

16 Como Nascem Multinacionais Para resolver o problema da unidade de comando do grupo, foi criado um comité, sem personalidade jurídica, composto pêlos diretores das duas empresas, que se reúne periodicamente para traçar estratégias de investimentos e analisar resultados globais. A execução das decisões ficou a cargo de quatro empresas de serviço, todas sob controle acionário das duas matrizes do grupo. Mesmo em fusões de empresas de mesma nacionalidade tem sido adotada a fórmula de equalização de capital criado pela Royal Dutch-Shell. O segundo grande casamento entre duas empresas monopolistas de nacionalidades diferentes deu origem à Unilever, a maior multinacional, hoje, no setor de alimentos e produtos de higiene pessoal e doméstica, com vendas da ordem de 19 bilhões de dólares anuais, realizadas por nada menos que 500 empresas, operando em 70 países, num total de 300 mil empregados. Eis a história desta superfusão, o maior amálgama entre duas empresas ocorrido até então na Europa, através de um folheto da própria empresa: A elevação do padrão de vida das classes trabalhadoras e médias britânicas permitiram que a Lever Brother Limited, uma empresa atacadista de secos e molhados de Lancashire, aplicasse métodos de comercialização em larga escala de uma marca registrada de sabão para uso doméstico, o Sun-Light, o que inexistia até então, porque sabão era vendido a granel ou a picado. O enorme sucesso dessa marca consolidou-se com novas marcas, como Lifebuoy e Lux. Enquanto isso, nos Países Baixos, duas empresas exploravam, independentes uma da outra, uma nova invenção, a margarina. Em 1927, as condições dos mercados de margarina após a Primeira Guerra Mundial eram tais que as duas firmas, Van den Berghs e Jurgens, resolveram se amalgamar, após 60 anos de rivalidades... um dos problemas das duas empresas era a garantia de suprimentos adequados de matériaprima, e para isso ambas haviam construído vastas empresas auxiliares, moinhos e armazéns; também haviam entrado em choque com fabricantes de sabões, que disputavam as mesmas matérias-primas, especialmente a Lever Brothers... Em 1929, chegou-se a um acordo que permitiu o amálgama entre a Lever Brothers e a Margarine Union. Mais de meio século depois, quando os países do Leste Europeu abriram suas fronteiras às multinacionais, a Unilever engoliu a Pollena, a maior fabricante de alimentos e produtos de higiene da Polónia. Os casamentos entre grandes empresas europeias de nacionalidades diferentes e portes comparáveis voltaram a ser celebrados na década de 60, numa impressionante escalada do processo de concentração do capital e muitinacionalização das empresas. Em 1964, amalgamaram-se a fabricante de filmes alemã Agfa e sua congénere belga Gevaert, estabelecendo uma empresa conjunta binacional nos moldes da Royal Dutch-Shell; em 1970, uniram-se as duas poderosas fabricantes de produtos de borracha, cabos e pneus, a Dunlop, de capital brit nico, e a Pirelli, italiana. E, também, as duas multinacionais farmacêuticas, no caso, ambas suíças, a Ciba e a Geigy, dando origem à maior empresa do ramo em todo o mundo. Tudo isso era uma resposta dos capitais europeus ao gigantismo das multinacionais americanas. Mesmo após o casamento, o grupo Dunlop-PireIli tinha um faturamento anual de apenas 5 bilhões de dólares em comparação com os 7,5 bilhões da GoodYear. * 14 *

17 Como Nascem Multinacionais Os gigantes da indústria automobilística A indústria automobilística é o espécime mais representativo dessa fauna tão heterogénea que chamamos de empresa multinacional. Em primeiro lugar, porque foi essa indústria que combinou de forma mais notável os processos simult neos de concentração de capital e sua multinacionalização. Pode-se dizer, sem perigo de errar, que 90% de todos os automóveis produzidos atualmente no mundo capitalista saem de fábricas pertencentes a não mais do que dez gigantescas empresas multinacionais, espalhadas nos cinco continentes. Foi também a indústria automobilística, através dos métodos de produção em série e racionalização do trabalho de Henry Ford, que estabeleceu as bases da atua! divisão internacional do trabalho, característica da empresa multinacional. Ao estabelecer que cada operário apertaria apenas um parafuso, e sempre o mesmo parafuso, na linha de montagem, Ford abriu o caminho para o emprego maciço de mão-de-obra não especializada, numa produção que em seu conjunto é altamente especializada. Bastava, para isso, que um pequeno grupo de especialistas fizesse preliminarmente todos os cálculos e projetasse os dispositivos para essa produção em série. Essa forma de fazer as coisas, adotada hoje por todos os setores da indústria, permitiria o estabelecimento de fábricas em praticamente qualquer parte do mundo, tivesse ou não mão-de-obra especializada, tivesse ou não tradição industrial. Finalmente, a própria popularização do automóvel, sua produção em massa - a outra face da produção em série - simboliza, mais do que qualquer outro aspecto do consumismo, a expansão económica sob a égide das multinacionais. A maior empresa multinacional, é a automobilística General Motors, com 850 mil empregados e US$ 126 bilhões de faturamento anual, seguida de perto pela Ford, com quase US$ 100 bilhões de vendas. Há seis outras multinacionais automobilísticas disputando lugar com as companhias petrolíferas e de material elétrico, entre as 25 maiores multinacionais: Toyota, Daimier-Benz, Fiai, Chrysler, Nissan e Volkswagen. Cada uma dessas empresas engoliu dezenas de outras, que por sua vez já haviam engolido empresas ainda menores, num processo impressionante de concentração que se iniciou nos anos 20. A General Motors já nascera, em 1908, a partir da fusão de cinco empresas, com um capital considerado grande na época, e logo depois absorveu 17 outros fabricantes de veículos, tornando-se assim maior do que a Ford. A linha de montagem e a produção em série naturalmente favoreciam as empresas maiores, com mais recursos para a massificação do produto. Mas em 1923, quando ainda existiam nos Estados Unidos 88 fábricas de veículos, a General Motors descobriu o ingrediente que faltava para a verdadeira concentração do capital no setor e domínio do mercado: o lançamento de um novo modelo a cada ano. Somente as grandes empresas, as verdadeiramente gigantescas, podiam se dar ao iuxo de refazer boa parte de sua linha de montagem, de seus estampes e moldes, de seus desenhos, uma vez por ano. O recurso não visava incorporar aperfeiçoamentos técnicos, pois esses não ocorriam com essa velocidade (os principais mecanismos de um automóvel, como o virabrequim, a suspensão, mantêm ainda hoje as características desenvolvidas pêlos seus primeiros inventores). O objetivo era desalojar do mercado as empresas pequenas, que obviamente nem podiam fazer esse investimento anual em projetos e dispositivos de produção e muito menos investir na publicidade dos novos modelos. Doze anos depois dessa genial invenção, já em meio à depressão, havia apenas dez fabricantes de veículos nos Estados Unidos. * 15 *

18 Como Nascem Multinacionais Dominado e repartido o grande mercado norte-americano, as três grandes voltaram seus olhos para o resto do mundo, especialmente para a Europa, e passaram a engolir, uma após outra, as fábricas europeias de veículos. À frente dessa corrida esteve sempre a General Motors, cuja história se cruzou, após a Primeira Guerra Mundial, com a de um outro grupo monopolista gigantesco, a Dupont, que controlava 64 fábricas de pólvora nos Estados Unidos já no começo do século e que realizou lucros substanciais durante a Primeira Guerra Mundial como principal fornecedora dos aliados. Uma forte injeção de capitai da Dupont permitiu à General Motors comprar a Vauxhall inglesa e a Opel alemã, além de abrir escritórios de vendas em muitos países e oficinas de montagem naqueles países que impunham tarifas proibitivas à importação do veículo já montado. A Ford respondeu a essa ofensiva nos mercados mundiais, associando-se minoritariamente a fabricantes locais e reforçando sua infraestrutura produtiva. Um notável exemplo dessa política foi a compra de terras no Pará, em 1928, onde a Ford chegou a produzir 12 mil toneladas de borracha natural por ano. A ofensiva do carro americano nos mercados mundiais prosseguiu com vigor redobrado no pós-guerra, acelerando a concentração dos fabricantes europeus. Na Grã-Breíanha, dez fabricantes foram engolidos um após o outro, dando origem à British Leyland Motors Corporation, em Na Alemanha, os dois grandes uniram-se: DaimIer-Benz e Volkswagen associaram-se em alguns projetos comuns, e o mesmo aconteceu na França entre a Peugeout-Citrõen, que já vinha de uma fusão, como indica o nome, e a Renault. Com a crise do petróleo, na década seguinte, começa mais um ciclo de concentração, tendo como força ascendente, dessa vez, a indústria japonesa, com seus veículos compactos, de baixo consumo de combustível. No início dos anos 90, as multinacionais japonesas já haviam penetrado definitivamente nos mercados americano e europeu. Dos trinta maiores fabricantes de veículos, 12 eram japoneses. British Motor Corp 1966 Coventry Climax Engines Ltd Guy Motor Ltd Daimler Motor Co. Jaguar Cars Ltd Leyland Motors Ltd Standard-Triumph International Associated Comm. Vehicles Rover Group Aveling-Barford Group Cronologia de uma concentração Jaguar Cars Ltd (1963) Leyland Motors Ltd (1968) British Motor Holdings (1968) British Leyland Motor Corp (1968) * 16 *

19 Os fabricantes tradicionais, tendo à frente mais uma vez a General Motors, reagiram à ofensiva japonesa valendo-se da velha técnica do modelo anual, agora elevado à dimensão universal: lançaram o modelo mundial, um veículo só, vendido e montado simultaneamente em todos os países. Em cada grande mercado é produzido apenas uma de suas partes, o motor em um país, o girabrequim em outro, a caixa de câmbio num terceiro. É o sistema da indústria de prateleiras, concentrando e, portanto, elevando a escala da produção a uma nova divisão internacional do trabalho. Ao mesmo tempo, deu-se um novo processo de acomodação frente aos japoneses, com novas fusões, e, principalmente, a multiplicação de associações entre empresas. A Ford associou-se à Pegeaut na Europa, à Volkswagen no Brasil, à Aston-Martin, na Inglaterra, à Mazda japonesa, a fabricantes na Coreia e na Itália. A General Motors associou-se à Izuzu, à Toyota e à Subam. A Volkswagen, além da fusão com a Ford, no Brasil, adquiriu a Seat espanhola e a tcheca Skoda. Formou-se, entre os fabricantes mundiais de veículos, um emaranhado de interesses semelhante ao que existe entre as companhias petrolíferas. Como Nascem Multinacionais * 17 *

20 Trustes, Cartéis e Zaibatsu

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