Tribunal de Contas da União

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Carlos Fartaria Van Der Vinne
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1 Tribunal de Contas da União Dados Materiais: Acórdão 735/97 - Segunda Câmara - Ata 38/97 Processo TC nº /95-1 Responsável: João Alfredo Silva Entidade: Associação Brasileira de Odontologia de Cuiabá/MT Relator: MINISTRO ADHEMAR PALADINI GHISI. Representante do Ministério Público: Dr. Walton Alencar Rodrigues Unidade Técnica: SECEX/MT Especificação do "Quorum": Ministros presentes: Bento José Bugarin (na Presidência), Adhemar Paladini Ghisi (Relator) e Valmir Campelo. Assunto: Tomada de Contas Especial Acórdão: VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Tomada de Contas Especial instaurada pela Delegacia Federal de Controle no Distrito Federal, nos termos do art. 8º da Lei nº 8.443/92 e art. 84 do Decreto-lei nº 200/67, em decorrência de omissão na prestação de contas do Convênio nº 116/91, no valor de Cr$ ,00, celebrado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Odontologia, objetivando custear as despesas do I Encontro de Odontologia do Centro Oeste e da VIII Semana Odontológica de Cuiabá. Considerando que na Sessão de 07/11/96 as alegações de defesa do responsável foram rejeitadas, conforme Decisão nº 410/96-TCU-2ª Câmara; Considerando que os documentos de despesa apresentados pelo responsável a título de prestação de contas não mantém nexo com os débitos registrados no extrato bancário da conta corrente em que foram depositados os recursos do convênio; ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão da 2ª Câmara, com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso III, alíneas "b", 19, "caput", 23, inciso III, 28, inciso II, todos da Lei nº 8.443/92, em: a) julgar irregulares as presentes contas e em débito o Sr. João Alfredo Silva, pela quantia de Cr$ ,00 (dois milhões de cruzeiros), fixando-se-lhe o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação para comprovar perante este Tribunal (art. 165,

Walton Alencar Rodrigues Unidade Técnica: SECEX/MT Especificação do "Quorum": Ministros presentes: Bento José Bugarin (na Presidência), Adhemar Paladini Ghisi (Relator) e Valmir Campelo.

2 inciso III, alínea "a", do Regimento Interno), o recolhimento da dívida aos cofres da União, acrescida da correção monetária e dos juros de mora devidos, contados a partir de 09/10/91, até a data do efetivo recolhimento, nos termos da legislação em vigor; b) autorizar, desde logo, a cobrança judicial do débito, caso não seja atendida a notificação. Ementa: Tomada de Contas Especial. Convênio. MSD. Associação Brasileira de Odontologia. Omissão na prestação de contas. Alegações de defesa já rejeitadas. Apresentação de novos elementos que não comprovam a regular aplicação dos recursos. Contas irregulares. Débito. Data DOU: 03/12/1997 Página DOU: Data da Sessão: 20/11/1997 Relatório do Ministro Relator: GRUPO I - Classe II - Segunda Câmara TC /95-1 Natureza: Tomada de Contas Especial Responsável: João Alfredo Silva Ementa: Tomada de Contas Especial instaurada ante a omissão da prestação de contas dos recursos repassados pelo Ministério da Saúde à Associação Brasileira de Odontologia de Cuiabá/MT, mediante o Convênio nº 116/91. Alegações de defesa rejeitadas conforme Decisão nº 410/96-TCU-2ª Câmara. Apresentação de novos elementos de defesa, examinados em consonância com o 2º, art. 23, da Resolução/TCU nº 36/95. Contas irregulares e débito ao responsável. Autorização para cobrança judicial da dívida. Cuidam os autos de Tomada de Contas Especial instaurada pela Delegacia Federal de Controle no Distrito Federal, nos termos do art. 8º da Lei nº 8.443/92 e art. 84 do Decreto-lei nº 200/67, em decorrência de omissão na prestação de contas do Convênio nº 116/91, no valor de Cr$ ,00, celebrado em , entre

MSD. Associação Brasileira de Odontologia. Omissão na prestação de contas. Alegações de defesa já rejeitadas. Apresentação de novos elementos que não comprovam a regular aplicação dos recursos.

3 o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira de Odontologia, objetivando custear as despesas do I encontro de Odontologia do Centro Oeste e da VIII Semana Odontológica de Cuiabá. 2. Na Sessão de 07/11/96 as alegações de defesa do responsável foram rejeitadas, conforme Decisão nº 410/96-TCU-2ª Câmara, cujo Voto que lhe deu sustentação, abaixo transcrevo: "Tenho afirmado em reiteradas oportunidades que a boa e regular aplicação dos recursos públicos só pode ser comprovada mediante o estabelecimento do nexo entre o desembolso dos recursos federais recebidos e os comprovantes de despesa apresentados. A prestação de contas não pode ser, assim, constituída exclusivamente por um agrupamento desordenado de documentos de despesas, que nada comprovam. 2. Os documentos remetidos pelo Sr. João Alfredo Silva enquadram-se perfeitamente nessa situação: recibos e notas fiscais diversas, emitidas em nome da Associação Brasileira de Odontologia, incapazes de comprovar, por si só, o destino dado aos recursos federais. Observe-se que a desordem documental é tamanha que, não obstante o convênio montar em Cr$ ,00, os documentos apresentados pelo responsável somam mais de Cr$ ,00. E dentre esses documentos, diversos apresentam data de emissão anterior ao recebimento dos recursos do convênio. Não se pode, portanto, conceituar tais documentos como uma prestação de contas, assim como se torna impossível aferir a destinação dada aos recursos públicos". 3. Cientificado da Decisão, o responsável apresentou novos elementos de defesa, os quais foram examinados, nos termos do art. 23, 2º da Resolução TCU nº 36/95, sobre os quais a Unidade Técnica manifestou-se nos seguintes termos: "6. Quanto aos novos elementos apresentados, cabem destacar as seguintes observações: a) a cópia do extrato bancário (fls. 205) não reflete a movimentação dos recursos, vez que só constam quatro débitos nos dias 09 e , totalizando a quantia de Cr$ ,00; b) o recurso recebido não foi creditado em conta bancária específica do convênio, contrariamente a afirmação do responsável (fls. 201), vez que na data do repasse ( ), havia um saldo na conta no valor de Cr$ ,54, que foi somado ao valor transferido (Cr$ ,00), dificultando a comprovação se os valores sacados nos dias 09 e correspondem aos recursos do

reiteradas oportunidades que a boa e regular aplicação dos recursos públicos só pode ser comprovada mediante o estabelecimento do nexo entre o desembolso dos recursos federais recebidos e os

4 convênio. c) apenas um dos valores sacados da conta corrente nos dias 09 e (Cr$ ,00) corresponde a uma das notas fiscais apresentadas como comprovação do convênio ( ). 7. Assim, muito embora transpareça que os documentos comprobatórios de despesa apresentados pelo responsável tenham alguma relação com o objeto do convênio, qual seja, o custeio de despesas destinadas ao I Encontro de Odontologia do Centro Oeste as ocorrências apontadas acima impossibilitam a confirmação se tais despesas foram realizada com recursos do Convênio nº 116/91 ou com recursos próprios da entidade. 4. Assim, propõe a Unidade Técnica sejam as presentes contas julgadas irregulares; em débito o responsável; e autorizada a cobrança judicial da dívida. 5. O Ministério Público manifesta-se nos seguintes termos:... Conforme ressalta a unidade técnica, apesar de os documentos juntados pelo responsável indicarem a realização de despesas no objeto do Convênio, permanece não demonstrada a correlação entre esses gastos e os recursos oriundos do Convênio. Assim, a ausência do nexo entre o desembolso dos recursos federais recebidos e os comprovantes de despesas apresentados não permite que se aceite a documentação apresentada como bastante para comprovar o regular emprego dos recursos. Aliás, cumpre ressaltar que, mesmo tendo sido instado a apresentar os extratos bancários que possibilitassem comprovar a efetiva utilização dos recursos públicos nas despesas incorridas (fl. 183), o único documento bancário enviado pelo responsável somente registra o recebimento do recurso e, após esse crédito, a despesa no valor de Cr$ ,00 (trinta e seis mil cruzeiros) suportada por documento fiscal (fls. 205). Dessa forma, o Ministério Público manifesta-se de acordo com a proposta uniforme da SECEX/MT, à fl É o relatório. Voto do Ministro Relator: Compreendo o esforço do responsável com vistas a comprovar a regular aplicação dos recursos repassados. Entretanto, como afirma a Unidade Técnica e o Ministério Público não é possível demonstrar o nexo entre os documentos de despesa apresentados como prestação de contas e os valores repassados pelo Ministério da Saúde. Os

ao I Encontro de Odontologia do Centro Oeste as ocorrências apontadas acima impossibilitam a confirmação se tais despesas foram realizada com recursos do Convênio nº 116/91 ou com recursos próprios

5 extratos bancários da conta corrente em que foram depositados os recursos não apresentam movimentação correspondente àquela documentação. 2. Como afirma o Ministério Público apenas o valor de Cr$ ,00, registrado no extrato bancário, mantém nexo com a documentação de despesa apresentada pelo responsável a título de prestação de contas. Ante o exposto, VOTO no sentido de que o Tribunal adote a deliberação que ora submeto ao Colegiado. Indexação: Tomada de Contas Especial; Convênio; MSD; Associação de Classe; Odontólogo; Cuiabá MT;

000,00, registrado no extrato bancário, mantém nexo com a documentação de despesa apresentada pelo responsável a título de prestação

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