O casamento é união voluntária de um homem e uma mulher, nas condições sancionadas pelo direito, de modo que se estabeleça uma família legítima.

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1 Cuidado com as raposinhas Cântico dos Cânticos Pr. Fernando Fernandes Casamento dos irmãos Fernanda e Eder Penápolis, 05/09/2009 O casamento é união voluntária de um homem e uma mulher, nas condições sancionadas pelo direito, de modo que se estabeleça uma família legítima. Esta boa definição de dicionário não reflete a realidade do casamento nos dias atuais e nem o propósito de Deus para o casamento. 2 Na Teologia Bíblica, o casamento é sintetizado pela expressão deixará o homem seu pai e sua mão e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne, como lemos na Bíblia Sagrada, em Gênesis A chave do casamento no propósito de Deus se encontra na expressão uma só carne. 3 Ou seja, para Deus, o casamento é a união corporal e espiritual mais profunda entre um homem e uma mulher. Deus entende o casamento como um relacionamento monogâmico de exclusividade e de totalidade do ser, no qual deve existir unidade física, emocional, intelectual e espiritual com o cônjuge. 4 No propósito de Deus para o casamento, homem e mulher se fundem para uma relação baseada no amor, na fidelidade, na aceitação mútua, no respeito, na valorização do outro e no aprazimento mútuo. 5 No aspecto sociológico, penso que a melhor definição é a do escritor português Ramalho Ortigão, que diz que o casamento é a identificação de duas pessoas imperfeitas num indivíduo completo. Ramalho Ortigão bem compreendeu o propósito de Deus para o casamento, assim como esperamos que Fernanda e Eder também compreendam. 6 1

2 Porém, o casamento não é feito só de alegria e de prazeres. Existem situações e circunstâncias que podem abalar a estrutura do casamento, as raposinhas conforme o texto que lemos, que tentam se infiltrar na vinha conjugal já na Lua de Mel, insistindo na fase de adaptação do casal e perseguindo até os anos da maturidade conjugal. 7 A raposa é um animal matreiro, astuto e sorrateiro. Por isso a Bíblia fala do cuidado que se deve ter no casamento com as raposinhas, visto que os maiores estragos na vida conjugal nem sempre decorrem dos grandes conflitos, mas sim de briguinhas bobas ou tidas como inocentes Ressentimentos encastelados no coração. Diante disso, desejo alertar o casal Fernanda e Eder sobre três raposinhas destrutivas do casamento, que são: 9 Ressentir é tornar a sentir. É sentir muito uma dor provocada por uma ofensa. 10 Ressentir é magoar-se a ponto de ficar melindrado com o cônjuge, sentindo os efeitos da ofensa ou do abuso sofrido cada vez que olha nos seus olhos ou sente seus afagos. 11 Deve-se tomar cuidado com a raposinha do ressentimento porque ela cria barreiras entre o casal, apaga a paixão, dificulta a intimidade, impede a felicidade, esfria o amor e mata o casamento. O primeiro passo para evitar o ressentimento consiste em não despirse da realidade e não relativizar as ofensas. Uma vez magoados, é fundamental tratar a situação com objetividade e realismo. 12 2

3 O segundo passo é formular juízos revestidos de compreensão amorável, pensando na situação e no parceiro com predisposição de resolver os conflitos. Ao agir assim, muitos dos nossos ressentimentos deixam de existir. 13 O terceiro passo é a decisão da vontade. Ou seja, devemos orientar as nossas reações emocionais não para as ofensas recebidas, mas na direção das renúncias que o casamento exige de nós e na entrega de nossos sentimento mais nobres ao cônjuge amado. 14 Superar a insegurança através de uma boa autoestima e do reconhecimento das próprias limitações é um outro passo que damos, posto que tal atitude reduz consideravelmente a possibilidade de sermos vítimas da autocomiseração provocada pelo ressentimento. 15 No entanto, a chave para a completa superação do ressentimento está no perdão. Embora aparentemente o maior beneficiado com o perdão seja o ofensor, perdoar, mesmo que difícil em certas situações, nos liberta dos fardos do ressentimento e nos enche de tranquilidade e de autoconfiança, tornando o nosso casamento abençoado e feliz Ciúme. Ciúme é o receio de que a pessoa amada dedique seu afeto à outra pessoa. É medo exagerado de perder quem se ama. 17 Ciúme é um estado emocional complexo, que envolve um sentimento penoso provocado em relação à pessoa de quem se pretende o amor exclusivo. A Bíblia classifica o ciúme como um sentimento misto de inveja diabólica e insegurança, que se projeta sobre o outro de forma possessiva e passional. 18 3

4 A diferença entre o zelo e o ciúme é justamente a insegurança e a ideia de possessão. O ciúme é possessivo, castrador, passional e destruidor de casamentos. A falta de atenção, de afetividade, de desejo sexual e de valorização do cônjuge são brechas abertas para a raposinha do ciúme no casamento. 19 É necessário e importante que o casal se interesse pelo cotidiano um do outro, que valorize os ideais e objetivos do parceiro, que demonstre afeto e desejo sexual pelo parceiro, bem como prazer com a presença, a companhia, a amizade a conversa e o relacionamento íntimo com o cônjuge, para que a raposinha do ciúme fique sempre do lado de fora do casamento. 20 Fernanda e Eder, quando marido e mulher demonstram ao cônjuge que ele é a pessoa mais amada, mais desejada, mais valorizada, mais respeitada e mais aprazível no casamento, não há motivos para que a raposinha do ciúme, que é uma grave doença espiritual e emocional, entre no casamento Infidelidade. Infidelidade é falta de respeito e de fidelidade à pessoa o com quem se deve estar comprometido. 22 Infidelidade é a manutenção de ligações amorosas com outra pessoa diferente daquela com quem se é casado e se está comprometido. A infidelidade, inevitavelmente, sempre causa desapontamento a um dos cônjuges, visto que o casamento é muito mais do que o simples estado legal de ser casado. 23 Um verdadeiro casamento existe quando um homem e uma mulher são unidos, não pela lei, mas por Deus, em amor sincero e altruísta, e se comprometem voluntária e francamente a aceitar a responsabilidade um pelo outro, fortalecidos pelo sentimento de compromisso espiritual e moral de total e incondicional fidelidade ao cônjuge. 24 4

5 Todo casamento começa e se mantém na fidelidade. Dessa compreensão depende o significado da decisão e da ação de um homem e uma mulher se entregarem um ao outro, acreditando que nenhum dos dois jamais magoará o outro, que cada qual contribuirá para a felicidade de ambos e que, juntos, procurarão realizar-se mutuamente. 25 A infidelidade é o rompimento desse amor e desses compromissos. Porém, o primeiro rompimento, a infidelidade básica, precede ao ato de relações extraconjugais, acontecendo quando um dos cônjuges resolve afastar-se do seu companheiro em busca de intimidade e satisfação, fazendo disso um segredo. 26 Essa é a verdadeira traição da confiança. Quando isso acontece, a raposinha matreira, sorrateira e astuta da infidelidade já se instalou entre o casal, destruindo a autoestima, a confiança mútua e as bases da relação conjugal que tinha tudo para ser abençoada, abençoadora e feliz. 27 Fernanda e Eder, para evitar que a raposinha da infidelidade entre no casamento de vocês, orem sempre pedindo a Deus a confirmação do propósito dele nesta união conjugal, para o louvor e a glória de Jesus Cristo, bem como para que vocês desfrutem das bênçãos do amor, do casamento, da relação sexual, da fidelidade e de uma família abençoada e próspera. 28 Nem o amor e nem o prazer sexual evitam a infidelidade. Creio que a convicção da vontade soberana de Deus para o casamento de vocês e a obediência incondicional ao Senhor Deus fará com que vocês se amem e queiram ser, se esforcem e sejam sempre fiéis um ao outro. 29 Fernanda e Eder, cuidado com as raposinhas. É... Muito cuidado com as raposinhas. 30 5

6 Estejam sempre atentos para que os ressentimentos, o ciúme e a infidelidade jamais invadam a vida conjugal de vocês. 31 Para que vocês tenham no coração a certeza de que estas raposinhas não obterão vitória em seus ataques, peçam a ajuda do maior, do melhor e do mais habilidoso caçador de raposinhas, Jesus Cristo, o Salvador e Senhor da vida e do casamento de vocês, e sejam obedientes aos mandamentos de Deus, o Criador e Sustentador do casamento. 32 Fernanda e Eder 05/09/2009 Deus abençoe vocês. Cerimônia das Alianças e Bênção Amém. 33 Uma aliança é o ato de aliar-se a alguém a partir de um pacto entre as partes. 6

7 Por isso, o uso das alianças no casamento representa muito mais do que um simples recado para a sociedade. Significa um compromisso voluntário, consciente e responsável entre duas pessoas que se amam e que decidiram, diante de Deus, compartilhar, por mais contraditório que pareça, as suas vidas. Bênção: Filipenses Amém. 7