RUMO À CIDADE EM TEMPO REAL 1

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1 RUMO À CIDADE EM TEMPO REAL 1 Desenvolvimento Urbano numa Sociedade Globalizada e Telemediática Stephen Graham* * Stephen Graham é catedrático em Planejamento Urbano do Centro de Tecnologia Urbana da Universidade de Newcastle, Inglaterra. Seu s.d.n.graham@ncl.ac.uk Um mundo feito de redes desafia, em muitas frentes, as categorizações tradicionais e as estruturas intelectuais. Questiona as velhas concepções de espaço e poder. Enquanto as antigas economias de mercado se formaram a partir de ordenações espaciais e temporais da vida das cidades, as economias de hoje baseiam-se numa ordenação lógica ou virtual da comunicação eletrônica, numa nova geografia de conexões e sistemas, de centros de processamento e controle (...) Redes de computadores, cabos e comunicações via rádio governam (agora) o destino das coisas, como elas são remuneradas, e quem tem acesso a quê. As manifestações físicas de poder - paredes, fronteiras, auto-estradas e cidades - foram sobrepostas por um mundo virtual de sistemas de informação, bases de dados e redes. As edificações estão sendo redefinidas em função de suas posições nas redes à medida que casas inteligentes se juntam a escritórios eletrônicos e fábricas automatizadas. Geoff Mulgan, Communication and Control (1991;3) medida que o mundo está ficando cada vez mais urbanizado, computadores de última Àgeração e sistemas telemáticos digitais vão penetrando em todas as áreas da vida urbana. As duas características que definem a civilização contemporânea, embora questionáveis, são os saltos paralelos rumo a um planeta mais urbanizado e a uma sociedade cada vez mais baseada na rapidez dos fluxos eletrônicos de informação. A maioria das mudanças contemporâneas nas economias, na cultura e na vida social das cidades parece estar relacionadas à aplicação de novas infra-estruturas de telecomunicações e serviços, ligadas a computadores ou a equipamentos computadorizados, visando a formação de redes telemáticas. Tudo isso transcende, quase que instantaneamente, as barreiras espaciais, de forma a reordenar as limitações de tempo e espaço entre e intra cidades. Pequenos pontos e lugares, totalmente separados, estão sendo interligados mundo urbano afora, com um mínimo de tempo diferido - ou seja, quase que se aproximando do tempo real. Fluxos globais de voz, , dados, vídeo, fax e sons estão aumentando exponencialmente, fazendo com que as cidades fiquem cada vez mais atadas a extensas redes de comunicação humana, a fluxos de serviços e mídia, aos fluxos de força de trabalho baseados no teletrabalho, e aos fluxos de dinheiro eletrônico. 1 Os capítulos deste documento foram extraídos do livro Telecommunications and the City: Electronic Spaces, Urban Spaces, de autoria de Stephen Graham e Simon Marvin, publicado por Routledge (Londres e New York), em fevereiro de 1996.

2 Figura 1 - Expansão da rede de fibras ópticas em Melbourne, Austrália Fonte: Adaptado de Newton, 1991 Como parte dessa transformação, tanto as cidades do Norte, quanto, de forma crescente, as do Sul, estão sendo recobertas com aquilo que denominamos uma teia gigantesca e invisível de fibras ópticas, cabos de cobre, microondas, ondas de rádio, e redes de comunicação via satélite ou microondas 2. Um bom exemplo disso está na Figura 1, que mostra a rede de expansão das fibras ópticas em Melbourne, Austrália. Os corredores que interligam as cidades, seja a terra, o oceano ou o espaço, estão agora se configurando 2 Hillman, J. (1991), Revolution or Evolution? The Impact of Communications Technology on Buildings and Places, Londres: Royal Institute of Chartered Surveyors.

3 como uma imensa cobertura de treliças, feita de ligações de telecomunicação avançada. Tudo isso conecta os sistemas urbanos a uma grade eletrônica. São essas grades que circundam o planeta e constituem-se na base tecnológica para a aceleração dos fluxos no tráfego mundial de telecomunicações: fluxos de voz, fax, fluxos de dados, fluxos de imagens, sinais de TV e vídeo. Os fluxos eletrônicos instantâneos explodem, hoje, no espaço físico das cidades e dos edifícios, e parecem sustentar e inter-relacionar todos os elementos da vida urbana. Toda essa transformação significa que, à medida em que nos aproximamos de um novo milênio, as velhas idéias e premissas sobre o planejamento, o desenvolvimento, e o gerenciamento das modernas cidades industriais - estejam elas nos chamados Norte ou Sul - parecem ser cada vez menos úteis. Todas as noções geralmente aceitas sobre a natureza do espaço, do tempo, da distância e dos processos da vida urbana são, igualmente, questionáveis. A vida urbana parece mais volátil e acelerada, mais incerta, mais fragmentada e mais difícil de entender hoje do que em qualquer outro momento desde o final do século passado. Então, fica claro que as cidades contemporâneas não são apenas densas aglomerações físicas de edifícios, de entroncamentos de redes de transporte, ou os principais centros da vida econômica, social e cultural. Deve-se considerar, também, o papel das cidades como sistemas eletrônicos que compõem as redes de telecomunicação e telemática. As áreas urbanas são os centros dominantes de demanda das telecomunicações e os centros nervosos de irradiação das grades eletrônicas. De fato, parece existir uma conexão forte e sinérgica entre as cidades e essa nova infra-estrutura de redes. As cidades - o maior artefato físico construído pela civilização industrial - são hoje verdadeiras casas de força das comunicações, cujo tráfego flui pela rede global de telecomunicações - o maior sistema tecnológico até hoje concebido pelo homem. Mas, quais são as implicações destas transformações? O que será das cidades numa era dominada por redes e fluxos eletrônicos? Qual será o destino de nossas áreas urbanas num mundo onde imperam as chamadas corporações virtuais, as comunidades virtuais, tudo fluindo por territórios eletrônicos do ciberespaço, baseados fundamentalmente no uso da telemática como espaço e tecnologia transcendentes? O uso crescente e a significância das telecomunicações gera diversas questões profundas e fundamentais, que estão no cerne dos atuais debates da Habitat II sobre as cidades e a vida urbana de hoje e do futuro. Quatro destas questões são particularmente críticas e serão consideradas nesse documento: * Primeiro, como poderemos entender as cidades e a vida urbana num mundo onde a proliferação de redes eletrônicas flui por todas as formas de vida e por todas as escalas geográficas? * Segundo, o que acontecerá com as cidades ao passarem de uma economia internacional, baseada na produção e circulação de bens materiais, para uma outra fundamentada cada vez mais em circulação e consumo de bens simbólicos e informacionais numa base global? Como as cidades se sustentarão economicamente dado que, de uma forma crescente, as tradicionais vantagens econômicas estarão acessíveis, on-line, de qualquer localização virtual?

4 * Terceiro, como a transição, pelo menos para as elites sociais, de uma vizinhança física e local, para comunidades segmentadas, sustentadas por redes eletrônicas - como a comunidade Internet - afetará a vida social das cidades? Como serão as relações sociais de poder e os tradicionais conflitos sociais refletidos nas cidades dessa nova era das telecomunicações? * E, por último, no que todas estas mudanças influenciarão os debates para a Habitat II, especialmente sobre as formas como as cidades são planejadas, administradas e governadas?

5 CIDADES COMO AMÁLGAMAS DO ESPAÇO URBANO E DO ESPAÇO ELETRÔNICO Acidade contemporânea é, mais do que nunca, uma amálgama por meio da qual os aspectos rígidos e tangíveis da vida urbana cotidiana interagem continuamente com os intangíveis espaços eletrônicos construídos a partir de, e acessáveis por sistemas de telemática e de mídia digitais. Para a compreensão dos papéis complementares entre as cidades e a telemática será útil considerarmos como ambas facilitam a comunicação econômica, social e cultural, embora de formas diferentes. De um lado, as cidades podem ser consideradas como concentrações físicas que auxiliam na superação das restrições de tempo pela minimização das limitações de espaço. Por último, e principalmente, concentração nas cidades significa que a proximidade física possibilita a operação de mercados de serviços, propriedade, trabalho e produção já que os elementos de uma cidade podem ser acessados e integrados sem grandes perdas de tempo. As cidades permitem que os trabalhadores se desloquem para o trabalho; as pessoas podem obter uma ampla variedade de bens e serviços; e a vida social e cultural das cidades ocorre através de contatos face a face. As telecomunicações produzem, por outro lado, efeitos opostos. Elas superam as restrições de espaço pela minimização das limitações de tempo, interligando pontos distantes através de fluxos de fótons e elétrons à velocidade da luz. Então, para compreendermos a cidade em tempo real será interessante caracterizarmos os diferentes atributos do espaço urbano e do espaço eletrônico (ver Figura 2). A CIDADE Função: fundir tempo com espaço. Desenvolvida para facilitar as comunicações pela redução das limitações de espaço, superando as limitações de tempo.

6 TELECOMUNICAÇÕES Função: Conquistar o espaço com o tempo. Desenvolvida para facilitar as comunicações pela redução das limitações de tempo para superar as restrições de espaço. Figura 2 - As Relações entre Cidades e Telecomunicações, e entre as Limitações de Tempo e Espaço O ponto-chave é que a vida urbana moderna resume-se a desenvolvimentos interligados no espaço urbano e no espaço eletrônico. Existem, então, muitos exemplos dentre os diversos aspectos da vida urbana nos quais foram construídos sistemas sobrepostos que combinam a presença em espaços urbanos com interações em espaços eletrônicos. Vejamos, por exemplo: * os mercados financeiros globalizados, que interligam as bolsas de valores de cidades como Londres, New York e Tóquio através de robustos sistemas eletrônicos que suportam, diariamente, fluxos de trilhões de dólares aplicados em ações, câmbio, mercados futuros, etc.; * as redes de infra-estrutura de escritórios, onde serviços rotineiros como processamento de dados, serviços de telefonia, suporte a softwares e animação são fornecidos on-line, a partir de longas distâncias, para os principais mercados; * os fluxos globais da mídia, especialmente a TV via satélite, que transmitem para as cidades novos tipos de produtos culturais, a partir de pontos distantes; * os debates sobre edifícios inteligentes, cidades inteligentes, casas inteligentes e cibercafés, onde a avançada tecnologia da informação configura fábricas de cidades e edifícios; * os circuitos fechados de TV e as redes telemáticas de rastreamento, onde as cidades, escritórios, prédios e casas são monitorados, na maioria das vezes a longa distância;

7 * as interações complexas entre os fluxos de telecomunicações e transporte, por exemplo, com o uso da telefonia móvel e dos computadores para reduzir os inconvenientes congestionamentos de trânsito nas grandes cidades; * as comunidades virtuais que operam via Internet, complementando as interações das pessoas nas cidades e seus arredores; e * os espaços eletrônicos cívicos lançados na World Wide Web por prefeituras de todo o mundo, visando o fomento do desenvolvimento dos espaços urbanos através da construção de espaços eletrônicos. Construções permanentes em espaços e edifícios urbanos, interligadas a redes e espaços eletrônicos poderão constituir-se na definição do que seja edificação no urbanismo contemporâneo. Juntos, esses espaços eletrônicos levam a um universo escondido e paralelo de movimentadas redes eletrônicas. Completamente livres das restrições de tempo e espaço, elas interagem e influenciam a dinâmica tangível e conhecida da vida urbana, 24 horas por dia e em qualquer escala geográfica. Assim, viagens de carro, trem, avião ou ônibus, e os fluxos físicos das águas, das commodities, dos produtos manufaturados e da energia são suportados por um mundo de redes (networld) paralelo e eletrônico. Elas monitoram, formatam e controlam os fluxos físicos numa base de tempo real. Um congestionamento de trânsito transforma-se, agora, na plataforma de lançamento para incontáveis conversações eletrônicas e interações através da telefonia móvel e dos computadores. O mundo aparentemente sem vida de um conjunto de escritórios esconde edifícios inteligentes - um sistema dentro de um universo eletrônico por onde fluem, 24 horas por dia, fluxos de capitais, serviços e força de trabalho via redes corporativas telemáticas. Em muitas cidades, a rotina diária dos moradores urbanos se dá através de um conjunto contínuo de imagens digitais captadas por um amplo sistema de rastreamento - câmeras de circuito fechado de TV, sistemas de transação eletrônica, informática para o transporte rodoviário, dentre outras. Arredores ricos e encastelados nas grandes cidades como Los Angeles e São Paulo dependem de portas e altos muros, interligados a sofisticados sistemas eletrônicos de vigilância. O mais modesto dos subúrbios de muitas cidades se configura, agora, num sistema dentro da crescente cacofonia eletrônica dos fluxos globais de imagens e meios, além de seus moradores assumirem um papel participativo nas comunidades virtuais, quase que sempre numa escala global. E mais, as políticas e estratégias urbanas rumam cada vez mais para o delineamento e teste seja do espaço urbano, seja do espaço eletrônico. Esse nebuloso mundo de espaços eletrônicos concretiza-se através dos fluxos instantâneos de fótons e elétrons que circulam dentro das cidades e através das redes metropolitanas planetárias. Tais fluxos são a base virtual de tudo aquilo que vemos e experimentamos em nosso cotidiano e, embora possamos enxergá-los, poucos realmente se apercebem deles. Mas, tudo isso não é um único, interconectado e gigantesco ciberespaço. Não sem surpresas, esse mundo sombrio de espaços eletrônicos é tão diverso e complexo quanto as paisagens e a vida das próprias cidades. Exatamente como na geografia das cidades, existem muitas segmentações, divisões e conflitos sociais quando da definição e

8 formatação do espaço eletrônico. Poder, ou a sua falta, estão condicionados a acesso e controle, tanto sobre as áreas físicas das cidades quanto sobre os espaços eletrônicos acessíveis via redes telemáticas. Por um lado, existem enormes buracos negros de informação e guetos eletrônicos, especialmente nas mega-cidades do Sul. Ali, os mais pobres ficam confinados à tradicional vida marginalizada, seja pelo confinamento físico, seja pelo sonho distante de um simples acesso a um telefone. Nesse caso as iniqüidades são notáveis. A maioria da população mundial já se utilizou de um telefone, e estima-se que em Tóquio existem mais telefones que em toda a África 3. Mesmo assim, por outro lado, existem intensas concentrações de infra-estrutura nos grandes centros das cidades e nos subúrbios de elite, como suporte às emergentes classes corporativas globais e às Corporações Transnacionais (TNCs). E, da mesma forma que o mapa geográfico das cidades, os resultados podem ser lidos como reflexos de processos complexos, onde as relações sociais, étnicas, de gênero e poder vão contra o cenário de globalização da política econômica do capitalismo. É também muito fácil para os grupos de elite da sociedade esquecer esse cenário, pois para a maior parte deste planeta, o telefone é um luxo inatingível e temas como ciberespaço, Internet e o fim das barreiras de tempo e espaço atingem níveis da mais absurda ficção científica. Assim, as cidades podem, cada vez mais, ser vistas como centros de cruzamento e interconexão de redes sociais, institucionais e tecnológicas. Ao mesmo tempo em que se estabelecem algumas destas interconexões e sobreposições pelo espaço urbano físico, formando nós na rede, não existem, necessariamente, correlações entre proximidade física e relações significativas, como era freqüentemente assumido pelas antigas idéias sobre cidades. Assim, as cidades estão se tornando mais fragmentadas física, econômica, social e culturalmente. São, então, mais adequadas as combinações complexas da proximidade eletrônica através dos espaços eletrônicos do reino do não-espaço urbano 4, onde as proximidades baseadas no lugar físico deverão ser consideradas em paralelo. As pessoas têm ligações sociais mais íntimas com outras que estão do outro lado do mundo, através de grupos de discussão na Internet, mas não sabem o nome de seu vizinho. Uma região de escritórios em São Paulo provavelmente negocia diariamente bilhões de dólares por dia com mercados financeiros eletrônicos em Londres, New York e Tóquio, mas não estabelece conexões com as pessoas que estão à sua volta e nas vizinhanças. E a vida cultural das cidades talvez seja mais influenciada pela MTV, captada via satélite de longa distância, do que pela tradicional visão modernista de interação de grupos sociais nos espaços públicos dos centros das cidades. O FUTURO DAS ECONOMIAS URBANAS NUMA REDE METROPOLITANA PLANETÁRIA Em 1968, Melvin Webber recomendava: estamos passando por uma revolução que está retardando o processo social de urbanização de cidades e regiões com situação 3 Veja Telecommunications and the City: Electronic Spaces, Urban Spaces, de autoria de Stephen Graham e Simon Marvin, publicado por Routledge (Londres e New York), em fevereiro de Webber, M. (1964), The Urban Place and The Non Place Urban Realm, in Webber, J. Dyckman, D. Foley, A. Guttenberg, W. Wheaton and C. Whurster, (Eds) Explorations into Urban Structure, University of Pennsylvania Press, Philadelphia,

9 estabilizada 5. Ele previu que, à medida em que as cidades passassem de centros dominados pela manufatura, para centros dominados pelos serviços e pelas comunicações, haveria espaço para o desenvolvimento de uma novo e radical conjunto de dinâmicas geográficas. Tal dinâmica estaria centrada no uso das telecomunicações e do transporte rápido para interligar distâncias entre produtores, distribuidores e consumidores através de formas radicalmente novas. Pierre Beckouche e Pierre Veltz captaram muito bem essas idéias quando argumentam que de uma maneira global, a velha geografia que vinculava as empresas às fontes de matérias-primas e aos mercados consumidores começou a confundirse diante de um arranjo geográfico mais complexo, onde o sistema de produçãodistribuição ocorreria no espaço, utilizando-se da extensa infra-estrutura de comunicação e de redes, em níveis nacionais e até mesmo planetários 6. Surgem, nesse contexto, dois aspectos-chave para o desenvolvimento das economias urbanas: primeiro, a nova centralidade das grandes cidades como sistemas e centros de controle da economia globalizada e, segundo, uma tendência paralela de descentralização dos serviços de rotina para fora das grandes cidades. A Nova Centralidade das Grandes Metrópoles A tendência atual das economias das grandes cidades é estarem baseadas, em primeiro lugar, não nos setores de produção e transporte, mas nos serviços aos consumidores, tais como lazer, compras, a produção, distribuição e processamento de informação e de bens simbólicos como serviços de informações, finanças, mídia, educação e publicidade. Atualmente, o comércio mundial de serviços e informação é igual à soma do comércio de bens eletrônicos manufaturados e de automóveis. A maior parte dos empregos de primeira linha disponíveis nas cidades são, atualmente, destinados a profissionais da informação altamente qualificados, exercendo funções de tomada de decisão, ou funções chamadas quaternárias. Tais empregos requerem habilidades na manipulação, processamento, agregação de valor e disseminação da informação, do conhecimento e dos símbolos - aquilo que Robert Reich chama de analistas simbólicos 7. A maior parte dessa informação está eletronicamente codificada, computadorizada e transmissível via telecomunicações e telemática. Na Europa, por exemplo, 50% de todos os empregos e 80% de todos os novos empregos originam-se, hoje, em serviços baseados na informação. Estes serviços são, hoje, freqüentemente acessados de qualquer lugar do mundo através de grades telemáticas globais, do produtor para o consumidor. Tais tendências trazem implicações profundas para as economias das cidades. Conforme Castells, essa nova geometria global de produção, consumo e circulação de informações, nega o significado específico de produtividade de qualquer lugar fora de sua posição em uma rede, cujo formato muda inexoravelmente em resposta a mensagens de sinais invisíveis e de códigos desconhecidos 8. 5 Webber, M. (1968), The Post-City Age. Dedalus, Fall. 6 Beckouche, P. e Veltz, P. (1968), Nouvelle Économie, Nouveau Territoire. Suplemento do The June Datar Letter. 7 Reich, R. (1992), The Work of Nations, Simon and Schluster: New York. 8 Castells, M. (1989), The Informational City: Information Technology, Economic Restructuring and the Urban-Regional Process, Blackwell, Oxford.

10 Figura 3 - Uma Hierarquia das Cidades Mundiais (Fonte: Friedmann, J. (1991), The World City Hypothesis. In P. Knox e P. Taylor (Eds), World Cities in a World System, Cambridge: Cambridge University Press. Em função dessas mudanças econômicas, pode-se agora considerar que as grandes áreas urbanas são, fundamentalmente, cidades de informação 9, cidades transacionais 10, ou os centros de troca de informação da economia mundial 11. Tudo isso está interligado a uma única rede urbana planetária, com as cidades intrinsecamente ligadas, exercendo um conjunto de papéis complementares (ver Figura 3). Mas, todas essas restruturações, visando elevados níveis de intensidade da informação não são meramente uma força pósindustrial. Na verdade, as cidades estão ficando muito mais super-industriais do que pós-industriais. A crescente complexidade, velocidade e volatilidade que se espera da economia reflete-se no aumento dos empregos para profissionais da informação em todos os setores econômicos - da mineração, agricultura e manufatura ao comércio, serviços e governo. O que gostaríamos de ressaltar no restante deste capítulo é que cidades grandes, globalizadas e dinâmicas são, particularmente, fortes centros de profissionais da informação 12. Todas essas tendências nos levam à identificação do surgimento de um grupo fortemente interconectado, os centros de comando global, que dominam os emergentes sistemas metropolitanos planetários. Podemos identificar aqui três fatores preliminares. 9 Hepworth, M. (1987), The Information City, Cities, August, Gottmann, J. (1983), The Comming of the Transactional City. Institute of Urbans Studies, University of Maryland, Série Monografias. Número Mulgan, G. (1989) A Tale of New Cities, Marxism Today, March, Cabem aqui mais duas outras tendências da maior importância. A primeira, é a abertura dos espaços econômicos nacionais para as forças econômicas globais, impulsionada por instituições supranacionais da União Européia, como o NAFTA e o GATT. Isso significa que tais processos estão, cada vez mais, inseridos em objetivos globais. Tem especial importância a crescente liberdade de movimentação em torno de capitais, dinheiro, bens e serviços por todo o mundo, numa base rápida e flexível. As redes de telecomunicação e telemática estão apoiando, de maneira significativa, esse processo de globalização. A segunda tendência é o crescente predomínio das Corporações Transnacionais (TNCs) em todos os setores da economia, as 500 maiores, são responsáveis atualmente por 30% do produto global bruto, 70% do comércio mundial e 80% do fluxo internacional de investimentos.

11 Primeiro, a globalização dos mercados e o predomínio crescente das TNCs, com a dispersão pelo mundo das atividades de produção e manufatura, levando a crescentes necessidades de centralização das funções de controle por parte das TNCs. Tais funções estão sendo concentradas nas grandes cidades já que suas localizações reduzem riscos, oferecem o mais amplo leque de oportunidades e limitam as incertezas. Segundo, a maior facilidade na movimentação de capitais e moeda para além das fronteiras nacionais, criou novas demandas para os centros financeiros, através dos quais esses fluxos financeiros podem ser concretizados e coordenados. Terceiro, houve uma restruturação das grandes empresas transnacionais que, agora, sub-contratam uma grande parte de suas necessidades junto a prestadores de serviços como contabilidade, advocacia, seguros, consultoria, serviços de publicidade e propaganda, todos eles em escala global. Tais fatores se mesclam e combinam à necessidade de se manter os contatos face-a-face nas negociações complexas de uma empresa, de forma a alavancar o predomínio dessas cidades. Um fator crítico de sucesso para esses centros de comando global é a concentração de informações segmentadas. Para Mitchelson e Wheeler, por exemplo, New York tem a maior concentração de informações não rotineiras já reunidas num único lugar 13. O mais importante, então, são as fortes incertezas que surgem pela volatilidade, velocidade e imprevisibilidade da economia globalizada. Conforme a argumentação de Michelson e Wheeler, em tempos de grandes incertezas, algumas cidades adquirem importância estratégica como centros de comando e como produtoras centralizadas de informações de alto nível sobre a ordem econômica 14. No contexto de uma economia global e volátil, o desenvolvimento, por parte das corporações, de uma ampla gama de funções descentralizadas, faz com que se espalhe pelo mundo uma centralização paralela de controle corporativo e de coordenação de funções sobre esses centros globais de comando. Assim, a descentralização das rotinas e das funções de manufatura dentro das TNCs requer, efetivamente, a centralização do controle e das atividades dos escritórios centrais nos centros de comando global. Citando Saskia Sassen, é exatamente por causa da dispersão territorial, facilitada pelas telecomunicações, que o agrupamento de determinadas atividades centralizadas tem sido bastante crescente 15. Tudo isso estimula o surgimento de serviços de alto nível em contabilidade, bancos, leis e outros, que servem para um conjunto de sedes de corporações e que podem também utilizar a telemática para se interligarem aos mercados globais. Sobre tais serviços Simmons argumenta que a melhoria tecnológica amplia o raio de ação pelo qual se podem oferecer serviços 16. É claro que essa concentração de escritórios, prestadores de serviços e financeiras acaba gerando necessidades contínuas por uma ampla variedade de serviços de consumo geral tais como, restaurantes, centros de compras, limpeza, motoristas de ônibus, guardas de segurança, garçons, etc. Todas funções freqüentemente temporárias, de meio período e com baixos salários, que superam, em geral com um fator de 2 ou 3 para um, o número de postos profissionais de alto nível seja nas corporações, seja nas empresas de serviços. Essa situação contribui para o desenvolvimento, nessas grandes cidades, de uma estrutura de classes altamente desigual e polarizada. 13 Mitchelson, R. e Wheeler, J. (1994), The flow of information in a global economy: the role of the American urban system in 1990, Annals of the Association of American Geographers, 84(1), Op cit Sassen, S. (1991), The Global City: New York, London, Tokio. Princeton: Princeton University Press. 16 Simmons, T. (1994), Telecoms Contribute to City s World Status, Municipal Review, January/February, 210.

12 A posição privilegiada dessas cidades como um sistema componente da melhor, mais barata e mais competitiva infra-estrutura mundial de telecomunicações, além dos efeitos benéficos da liberalização, também contribuem para a sustentação da centralização. Não é por acaso que os Estados Unidos, Japão e Reino Unido fossem, durante a explosão dos serviços ocorrida nos anos 80, as primeiras nações a liberalizar suas legislações de telecomunicações. Em todos esses casos, a liberalização contribuiu de forma bastante adequada para o fortalecimento das posições dos centros de comando global desses países, possibilitando inovações competitivas na área de telecomunicações. Também não é por acaso que exatamente esses centros de comando global, sejam aqueles que mais freqüentemente apresentem os exemplos mais adequados de investimento e uso das telecomunicações em metrópoles dominantes, conforme já destacamos anteriormente. Na Grã Bretanha, por exemplo, a Corporação de Londres argumenta que a liberalização das telecomunicações no Reino Unido, feita em 1981, tem contribuído diretamente para que Londres seja, contínua e competitivamente, uma das capitais globais da informação: a inovação de produtos e a disponibilização de serviços em telecomunicações (...) está sendo dirigida para os serviços financeiros. Percebe-se que a competição entre os provedores de telecomunicações produz um impacto considerável sobre os consumidores. Houve uma redefinição dos serviços e uma redução de custos 17. Mas, também existem importantes razões sociais e culturais para esse contínuo predomínio dos centros de comando global, mesmo quando a informação formal tradicionalmente dominada por eles possa ser agora acessada on-line, de praticamente qualquer lugar. No mundo dos centros de comando global, altamente incerto e complexo, a informação tácita, informal e clandestina, baseada na confiança e nas redes de relações sociais, é extremamente valorizada. Essa informação está sutilmente confinada àqueles que estão dentro dessas redes sociais, localizadas nas instituições-chave dessas cidades, nas quais um intenso contato face-a-face é de uma importância crítica. Nunca será possível substituir, pelas informações via telecomunicações, a tácita troca de informações que ocorre na hora do almoço ou nos bares após o expediente de trabalho. Em resumo, as pessoas que estão na cúpula do poder nas corporações, e também aquelas no topo dos mercados financeiro e de serviços, precisam estar por dentro das coisas por meios que não podem ser substituídos pela telemática. Rob Atkinson conta uma história real sobre uma advogada de um escritório em Washington DC que foi afastada de seus colegas, para o outro lado do prédio. Após duas semanas, sentindo-se isolada, ela pediu para retornar junto deles 18. Do alto de sua fama como centros de escritórios corporativos e centros de prestação de serviços de alto nível, Londres, Tóquio e New York formam, juntas, um eficaz mercado financeiro globalizado, interligado via telemática. Mais uma vez, isso aconteceu devido à emergência de verdadeiros mercados globais e TNCs, que necessitam de fluxos e sistemas financeiros para executar suas operações. A liberalização do comércio nacional, e das regulamentações sobre investimentos financeiros, também estimulam, diretamente, a demanda por serviços financeiros internacionais. Citando Sassen, tais serviços funcionam como um mercado transterritorial 19 para as finanças, tendo Tóquio como o principal exportador de capitais (com base no Yen), Londres como o principal centro de 17 Op cit Atkinson, R. (1995), Technological change, service employment and the future of the cities, (Mimeo: Available from: Washington: Office of Technology Assessment). 19 Op cit 15.

13 processamento do capital internacional (baseado no Marco Alemão e no Eurodólar), e New York como o principal centro captador de capitais (baseado no Dólar Americano). Juntos, eles configuram um conjunto de mercados financeiros globais, integrados 24 horas por dia, que dominam o fluxo financeiro e de serviços do mundo capitalista. As horas de abertura e fechamento do mercado de ações dessas cidades são coordenadas de forma a algum estar sempre aberto. Além de estar sendo estudada a possibilidade de um funcionamento contínuo de todos. Quando Londres vai dormir, Tóquio inicia suas operações, e Wall Street começa a fervilhar ao fim dos negócios japoneses 20. Decisivamente, as transações financeiras em escala global têm sido, cada vez mais, intermediadas através de complexos sistemas de redes avançadas de telecomunicações, que estão ocupando os corredores de tráfego entre essas cidades - especialmente através de satélites mundiais e sistemas de fibras ópticas. Pretende-se, com isso, eliminar o tempo diferido nas transações financeiras, de forma a melhorar a taxa de fluxo e circulação de capitais, e conseguir maiores vantagens para os investidores a cada flutuação mínima nos valores das ações e nas taxas de câmbio. Os atuais balcões de negociação digitais - sistemas computadorizados de comercialização vinculados à rede de telecomunicação mundial - oferecem aos operadores conexões virtualmente instantâneas (abaixo de 100 milissegundos) com os compradores. Atualmente a Rede Digital de Serviços Integrados (RDSI) está sendo utilizada para as conexões multimídia entre compradores e vendedores. Esse aumento de velocidade resulta numa crescente volatilidade dos mercados, num ajuste instantâneo às mudanças das taxas de câmbio, e numa circulação de fundos de investimentos em rede, jamais vista. A escala desses fluxos financeiros eletrônicos é espantosa: o valor médio do comércio de ações inter-fronteiras alcança hoje US$ 10 trilhões por dia. Todos esses fluxos funcionam como um grande estímulo para outros fluxos de comunicação e informação entre os três grandes centros, como por exemplo, os centros de informação financeira on-line e o tráfego internacional de telefones. Ilustrando, sabe-se que o número de chamadas telefônicas feitas diariamente de Wall Street cresceu de em 1967 para 3 milhões em A Descentralização dos Serviços Rotineiros A outra face da centralização das funções de controle corporativas, dos grandes prestadores de serviços e dos mercados financeiros mundiais reflete um processo de descentralização em larga escala das funções de produção rotineiras e de serviços de consumo. Na verdade, estes dois processos estão ligados de forma simbiótica. O início da descentralização das atividades produtivas das corporações levou à centralização das funções de controle corporativas; esse movimento leva agora à descentralização dos serviços rotineiros, visando o corte de custos, a revitalização dos lucros e a manutenção da competitividade. De acordo com Mark Hepworth quanto mais as organizações ficam intensivas em informação, mais elas buscarão minimizar seus custos com informação através das chamadas funções rotineiras de infra-estrutura extra-escritório 21. As funções rotineiras externas que prestam serviços e apoiam os escritórios nas cidades mundiais estão começando, agora, a se utilizar da telemática para poderem se 20 Budd, L. (1994), The growth of a global strategic alliances in different financial centres. Paper apresentado na conferência Cities, Enterprises and Society on the Eve of the 21st Century, Lille, March. 21 Hepworth, M. (1991), Informations Cities in 1992 in Europe, Telecommunications Policy, June,

14 instalar em localizações mais baratas, nos arredores das grandes cidades globais - e ficam cada vez mais distantes. Com isso, elas utilizam as telecomunicações para conseguir mãode-obra e serviços mais baratos e a volumes crescentes daqueles disponíveis nos grandes centros. Esse fato está associado à reengenharia e ao downsizing das empresas localizadas nos grandes centros. A maioria das cidades periféricas estão depositando suas esperanças no surgimento de centros de serviços de infra-estrutura como uma fonte significativa de novos empregos para aquelas economias urbanas mais prejudicadas pelo colapso do emprego na manufatura. Essa descentralização está ocorrendo em quatro níveis: em termos globais, entre o Norte e o Sul, visando os Países de Industrialização Recente e os Países Menos Desenvolvidos (NCIs e LDCs); entre as regiões centrais e periféricas das regiões adiantadas das nações ocidentais; de áreas metropolitanas para não-metropolitanas e em pequenas cidades; e dos centros das cidades para os subúrbios. O resultado, no dizer de Judy Hillman, é que está cada vez mais difícil saber quem está fazendo o quê e onde. A economia invisível pode ser tão ilusória quanto a escuridão 22. A primeira geração de serviços e produtos de infra-estrutura operada entre ou intra nações ocidentais, permitiu a descentralização entre as economias das cidades e dos países. Em 1989, a Merrill Lynch, uma importante instituição financeira de Wall Street, transferiu 2500 funções rotineiras para o outro lado do Rio Hudson, em New Jersey, motivada pela redução de custos, pela redução da rotatividade da equipe, e para atrair profissionais mais qualificados. Uma grande parte das listas telefônicas de assinantes e dos serviços operacionais da British Telecom para o sul da Inglaterra estão sendo feitos hoje na Escócia. As atividades rotineiras de processamento de dados em todos os setores econômicos podem, igualmente, ser transferidos para locais e instalações de baixo custo. Outro exemplo é a conferência e processamento de correspondências, que está se utilizando, nos Estados Unidos, da comunicação por imagens, de forma que os trabalhadores que realizavam o processamento de dados estão agora separados das áreas físicas de despacho da correspondência. A manipulação da tecnologia é remota, possibilitando a realocação dos trabalhadores para áreas desservidas de correio ou para o serviço aéreo noturno. As economias de cidades de localização pouco estratégica estão se transformando devido a um afluxo de atividades de infra-estrutura. Por exemplo, nos últimos dez anos, os estados de Omaha e Nebraska declaram ter criado empregos telematicamente conectados - resultante das vantagens trabalhistas, dos baixos custos e das suas posições nos entroncamentos da infra-estrutura norte-americana de fibras ópticas. Muitos negócios tipo centros de recolocação estão se estabelecendo, apoiados, em geral, pelas autoridades de desenvolvimento rural, para aproveitar as oportunidades de atração de negócios terceirizados telemediáticos para suas áreas. Todos os centros nacionais de desenvolvimento estratégico da Irlanda estão explorando seus altos padrões educacionais, o uso da língua inglesa, e a sua infra-estrutura de telecomunicações de alta qualidade para atrair escritórios de infra-estrutura dos Estados Unidos e do Reino Unido, em especial os de serviços financeiros, editoração e processamento de dados, e desenvolvimento de software. A queda acelerada dos custos de telecomunicações, o rápido crescimento de redes globais de telecomunicações de alta capacidade, e a crescente liberdade de localização das TNCs estão abastecendo, em todas as escalas espaciais, a descentralização das 22 Hillman, J. (1993)Telelifestyles and the Flexicity: A European Study, Dublin: European Foundation For The Improvement of Living and Working Conditions.

15 teletransações rotineiras e dos serviços teledefinidos. Desenvolve-se rapidamente, por todo o mundo, o distanciamento de uma ampla gama de serviços de suporte. Pelto prevê um rápido crescimento daquilo que ele denomina imigração eletrônica - a importação online do trabalho e das habilidades (em geral femininas) de telecolônias mais baratas, localizadas em qualquer parte do mundo (Pelton, 1992). Ele diz que a habilidade de recrutamento e importação eletrônica de serviços profissionais mais baratos nos Estados Unidos, Europa e Japão pode se transformar no tema de ponta do comércio internacional do século Existem, ainda, muitos exemplos de centros de infra-estrutura extra-escritório nos países de industrialização recente e nos países em desenvolvimento que estão integrados em tempo real para o fornecimento de serviços de primeira linha às capitais mundiais da informação. Robert Reich, no seu livro The Work of Nations (1992) refere-se aos cabos rasos da economia da informação como sendo hostes de processadores de dados estacionadas em escritórios de apoio, cujos terminais de computadores estão ligados a bancos de dados mundiais 24. Esses escritórios estão hoje proliferando nos países de industrialização recente e nos países em desenvolvimento, que possuem capacitação, uma aparente estabilidade política, e infra-estrutura de telecomunicações e transporte que podem ser utilizados em centros de serviços à distância. Nas Filipinas, por exemplo, um único centro gera mais de 700 milhões de toques (ou caracteres) por mês. As vantagens desses centros para um consumidor corporativo são consideráveis: os salários são 20% menores do que a média do ocidente; a rotatividade média da equipe gira em torno de 1 a 2% ao ano, comparada aos 35% nos Estados Unidos; e a disciplina assemelha-se, quase sempre, à militar, de forma a assegurar a precisão. Mais ainda, a maioria dos governos dos países de industrialização recente e daqueles em desenvolvimento estão encorajando fortemente a ampliação dessas tendências, na tentativa de diversificar suas frágeis economias através de incentivos financeiros, zonas de livre comércio e infra-estruturas subsidiadas de teleportos e digiportos (desenvolvidos em parceria com as empresas de telecomunicação do Ocidente). Na Jamaica, por exemplo, o governo investiu pesado em transportes, telecomunicações, limpeza e facilidades fiscais para o seu empreendimento de digiporto, o qual está se configurando num centro extra-escritório para empresas norte-americanas, em especial as de vendas por catálogo, telemarketing, informação e serviços de reservas 25. De toda forma e numa escala crescente, serviços de alta qualificação e de alto valor adicionado estão sendo restruturados pelos meios anteriormente descritos. Serviços como análise financeira internacional, programação de software, animação de filmes, processamento de imagens, programação de computadores, edição e publicações acadêmicas, estão nesse processo. Nesses casos, complexas cadeias de valor adicionado e complexas geografias de equipamentos de computação estão sendo desenvolvidas. Os dados brutos que chegam às empresas de serviços de informação são, geralmente, coletados nas nações ocidentais, transferidos para os países em desenvolvimento para serem preparados, inseridos nos computadores das cidades ocidentais, e revendidos para os consumidores do ocidente. 23 Pelton, J. (1989), Telepower: The Emerging Global Brain. The Futurist, September-October, Op cit Wilson, M. (1994), Jamaica s back offices: Direct dial dependency? Mimeo.

16 As indústrias de desenvolvimento de software da Índia, por exemplo, estão crescendo a taxas de 30 a 40% ao ano, uma vez que o governo indiano seduz as grandes empresas de software, como a Dell e a Microsoft, oferecendo conexões de telecomunicação, treinamento de suporte e redução de impostos. Mais ou menos 15 a pessoas estão, atualmente, desenvolvendo softwares na Índia, e diversas linhas telefônicas hot lines para suporte aos usuários de softwares do Ocidente, têm sua base na Índia, onde pessoas de alta qualificação podem ser recrutadas a custos muito baixos. Um outro serviço global com base nesse país é uma forte equipe de 60 pessoas que coordena o catering mundial a partir do sistema de reservas da British Airways. À medida em que ampliam-se as capacitações para um sistema global de fibras ópticas e satélites, e à medida em que os custos caem vertiginosamente, prevê-se uma crescente diversificação das redes de suporte à imigração eletrônica. Esse panorama põe em risco um enfraquecimento gradual da oferta de emprego em serviços nos países ocidentais mais avançados - o principal motor da economia das cidades ocidentais - já que muitos dos serviços estão imitando as manufaturas na busca de custos mais baixos nos países de industrialização recente e nos países em desenvolvimento. Será cada vez mais viável conectar serviços de vídeo e imagens a diferentes distâncias do globo, tão baratos quanto as conexões de dados e voz. O Banco Mundial já propôs a idéia de utilizar o trabalho da África para monitorar os sistemas de câmeras de circuito fechado de TV (CCTV) dos shoppings centers americanos. Um conferencista disse, recentemente, que existe um potencial para os países africanos participarem da economia global através desses tipos de tecnologias 26. Para o grupo Tektronix, fabricante de computadores, o monitoramento por CCTV já está sendo executado a milhas de distância de sua sede em Portland, Atlanta, Georgia. Eles também já estão estudando a possibilidade de transferir o monitoramento para centros de baixo custo na África. 26 Bannister, N. (1994). Networks tap into low wages, The Guardian, October 15, 40.

17 CÍRCULOS VICIOSOS OU CÍRCULOS VIRTUAIS? A TELEMÁTICA E A VIDA SOCIAL E CULTURAL DAS CIDADES Oterceiro aspecto-chave refere-se às implicações da telemática na vida sócio-cultural das grandes cidades. As recentes inovações das telecomunicações e da telemática possibilitam novos tipos de interações sociais ou transmissões culturais instantâneas à distância, anteriormente impossíveis. Isso estende os processos já arraigados por meio dos quais os espaços das interações sócio-culturais ficam desvinculados das particularidades sociais e geográficas de lugar. Anthony Giddens argumenta que essas tecnologias funcionam como mecanismos desagregadores que alavancam nossas atividades sociais de contextos localizados, reorganizando as relações sociais em extensas distâncias de tempo e espaço 27. Figura 4 - Taxas de penetração do consumo doméstico de telecomunicações em diversas nações capitalistas avançadas Fonte: Bannister, 1994 Bannister, N. (1994b), Go-slow on the European multimedia superhighway, The Guardian, October, 26. Nesses casos, a proximidade física passa a ser substituída pelos efeitos interativos das redes tecnológicas de interligação das pessoas pelo tempo e pelo espaço. Tanto nas nações ocidentais como nos segmentos mais abastados de cidades das nações em desenvolvimento, uma crescente variedade de serviços e tecnologias de telecomunicações está penetrando no ambiente doméstico, o qual reage a esse processo de diversas formas. As redes de telefonia básica, pessoa-a-pessoa - O velho e simples sistema telefônico - estão totalmente difundidas em, praticamente, todas as redes sociais de telecomunicações - com uma penetração próxima do universal na maioria dos países ocidentais. O rádio e a televisão passivos, também são utilidades domésticas, quase que universais, para a comunicação de massa. Os telefones de uso corrente, com fio, estão sendo agora complementados por um novo e amplo sistema de telecomunicações. Em muitas cidades ocidentais, as redes a cabo de banda larga cobrem mais da metade da população; a Difusão Direta via Satélite (DBS) possibilita um mix internacional de canais para as pessoas que não estão ligadas ao cabo (ver Figura 4). Os videocassetes são quase que universais em muitos países. Os telefones 27 Giddens, A. (1990), The Consequences of Modernity, Oxford: Polity Press.

18 móveis e os computadores portáteis estão se difundindo rapidamente. Sofisticados computadores pessoais (PCs) domésticos vão se tornando, hoje, bens de consumo duráveis. Com a recente explosão das conexões domésticas à Internet, Batty e Barr argumentam que em nossos dias, não existem motivos para que qualquer computador do mundo não esteja conectado direta ou indiretamente à Internet 28. Finalmente, existe muita especulação sobre a convergência das telecomunicações digitais, da mídia e das tecnologias de computação como base para conexões multimídia e interativas entre as residências, através de PCs ou da TV interativa. Tais especulações são alimentadas pelos amplos debates sobre os potenciais efeitos sócio-culturais do ciberespaço e da realidade virtual nas cidades. Todos esses desenvolvimentos são importantes porque fazem aflorar o potencial, pelo menos para os grupos de elite, da identidade sócio-cultural, da experiência e das interações sociais, que podem ser reconstruídas em esquemas mais livres de tempo e espaço. Os telefones ajudam na manutenção de ligações pessoais a despeito da distância; os ritos da televisão, como as transmissões de grandes eventos esportivos, possibilitam reuniões sociais; os jogos por computador levam a diferentes formas de isolamento e introspeção; e redes como correios eletrônicos e BBS possibilitam encontros sociais no espaço virtual entre pessoas que nunca se encontraram verdadeiramente no espaço físico. A proliferação de verdadeiras redes de comunicação social interativa significa que, em alguns casos, os grupos sociais estão agora estabelecendo relações mais próximas via redes eletrônicas do que via proximidade física. Similarmente às forças econômicas das cidades, é impossível compreender social e culturalmente as cidades sem olhar seus grupos sociais e culturais e as diversas redes especializadas através das quais eles estabelecem as suas relações - freqüentemente em níveis cada vez mais aprofundados. Diante disso, Calhoun argumenta que as grandes cidades estão se fundindo, harmoniosamente, numa imensidão de comunidades locais, que estão sendo engolidas por uma rede de larga escala e de sensíveis relações indiretas 29. De qualquer forma, essa visão não atinge os grandes grupos excluídos do acesso às tecnologias de redes ou às informações que circulam por elas, os quais, por sua vez, foram impedidos de participar dessas relações indiretas baseadas nas telecomunicações. Charles Handy afirma que, pelo menos nesse momento: 28 Batty, M. e Barr, B. (1994), The electronic frontier: exploring and mapping cyberspace, Futures, 26(7), Calhoun, C. (1986), Computer Technology, Large-Scale Social Integration and The Local Community, Urban Affairs Quarterly, 22 (2),

19 o mundo da tecnologia da informação é um mundo feito para poucos afortunados, talvez 20% da população; são as pessoas, hoje denominadas analistas simbólicos, que podem trabalhar com números e idéias, morando em isolados e arborizados subúrbios, cercados por altos portões e guaritas; são aquelas pessoas que ficam sentadas junto aos seus computadores portáteis e seus telefones, acessando informações por todo o mundo. E elas não se aventuram sair para o centro da cidade, não se utilizam dos transportes públicos, e quando viajam, é na parte dianteira dos vôos internacionais (...) E depois vem o resto, aqueles que não têm acesso a essas tecnologias, que não sabem como utilizá-la, e que não sabem gerar produtos através dela. E esses, moram no centro das cidades, utilizam-se dos transportes públicos, e passarão por tempos difíceis (Handy, 1995; Quoted in Channel ;20) Fica claro que a ameaça mais concreta é que a combinação das atuais tendências econômicas, sociais e tecnológicas gera tamanhas fragmentações e polarizações, resultando naquilo que Riccardo Petrella, Comissário Europeu, chama de um arquipélago de ricas cidades-regiões de alta tecnologia no mar da humanidade empobrecida 30. Para estes grupos emergentes, com sorte suficiente para estarem no controle da tecnologia, a telemática lhes oferece inúmeras possibilidades de reorganização e individualização da vida cultural e social das cidades. O indivíduo pode dissociar-se dos outros, dita Storgaard et al, e, junto com isso, aplicando a tecnologia da informação, ele/ela podem eliminar, praticamente, quaisquer controles. Conforme o estilo de vida, cada indivíduo poderá dissociar-se do que lhe é estranho, exatamente ao mesmo tempo que poderá enfatizar sua vinculação a determinado grupo, lugar ou comunidade local. Por outro lado, as pessoas, utilizando a tecnologia da informação, poderão derrubar barreiras impostas por um dado grupo ou local. Assim, fica mais fácil escolher as vinculações futuras de um indivíduo, sem ficar atado indefinidamente a outras. Ou seja: será mais fácil vincular-se àqueles que compartilham dos mesmos interesses, do que àqueles que compartilham a mesma localização física 31. Mas, o que realmente significam essas mudanças na vida sócio-cultural das cidades? Vale a pena discutirmos dois grandes cenários - um negativo e outro positivo - que ilustrarão as formas pelas quais deverão ocorrer as relações entre espaços urbanos e espaços eletrônicos. Pelo lado negativo, assistimos à vinculação, cada vez maior, da telemática ao círculo vicioso de forças que, na argumentação de muitos, estão solapando o papel das cidades como o reino público no qual misturam-se, de uma forma livre e democrática, todos os segmentos da sociedade (ver Figura 5). Essa é a visão de um influente grupo de críticos nos Estados Unidos Petrella, R. (1992), Techno-apartheid for a global underclass, Los Angeles Times, 6 August. 31 Storgaard, K. e Jensen, O. (1991), IT and ways of life, em P. Cronberg, P. Dueland, O. Jansen e L. Qvortrup (eds), Danish Experiments: Social Constructions of Technology, New Social Sciences Monographs: Copenhagen, Ver, por exemplo, Davis, M. (1990), City of Quartz: Excavating the Future in Los Angeles, Verso: London.; Sorkin, M. (Ed) (1992), Variations on a Theme Park: The New American City and the End of Public Space, New York: Hill and Wang.

20 Figura 5 - Cenários positivos e negativos de interligação de espaços urbanos e espaços eletrônicos acessíveis via redes a cabo É claro que a argumentação, nesse caso, refere-se ao fato das pessoas buscarem os espaços eletrônicos por estarem sendo cada vez mais alijadas dos processos de mudanças de muitas cidades americanas (e, conseqüentemente, de muitas cidades do Ocidente e do Sul). A classe média, por exemplo, debandou para esconderijos nos subúrbios que possuem poucos espaços públicos genuínos. Esses moradores suburbanos têm paranóia a crimes e às interferências de outros grupos sociais; isso gera a instalação de portões (no sentido físico) e sistemas de vigilância eletrônica, fatos que aumentam o medo e o isolamento. E assim, o círculo continua. As alternativas são muitas, complexas, e de fácil generalização. Mas, parece que está havendo uma mudança nesse enclausuramento, em especial nas classes médias - com a sua retirada dos espaços públicos das cidades, o uso de tecnologias domésticas e de auto-serviço, e o acesso a redes assumem o lugar do espaço público. O medo da criminalidade e uma alienação social da vida urbana são os principais motivos dessa tendência. Um recente programa de televisão reportou que o acesso a redes telemáticas para compras, lazer e trabalho parece seguro se comparado à decadência urbana. Paranóia, violência e poluição estão ceifando a alma da América, que volta-se para dentro si - para a proteção das casas, a segurança privada, aos códigos de acesso e para a vídeo-vigilância - ou seja, para verdadeiras fortalezas controladas 33. Na mesma linha, Manuel Castells alerta sobre um futuro urbano não-utópico (americano) sem ideais coletivos, onde casas individualizadas e afastadas, localizadas em intermináveis áreas suburbanas, voltam-se para a preservação de suas próprias lógica e valores, fechando suas portas para o ambiente externo que as cerca, e direcionando suas antenas para os sons e imagens de toda uma galáxia 34. Muitos centros de cidades foram re-desenvolvidos como distritos temáticos, fechados e estritamente comerciais, dominados por grandes lojas e 33 Channel 4 (1994) Once Upon a Time in Cyberville, London (transcrição do programa) 34 Castells, M. (1985), High Technology, Economic Restructuring and Urban-Regional Process in the United States. In Castells, M. (Ed) High Technology, Space and Society. Sage: London,

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