2. Ergonomia 2.1 Histórico 2.2 Definição

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1 A importância do conhecimento em ergonomia nas perícias judiciais trabalhistas relacionadasàs lesões por esforçosrepetitivos e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT). Resumo Leandro Sérgio Santos Brasil leandrobrasil.ergonomia@gmail.com Arquimedes Augusto Penha Dayana Priscilla Maia Mejia Pós-Graduação em Ergonomia Faculdade Àvila Durante o século XX imaginou-se que no final deste, as pessoas trabalhariam menos e disporiam de um tempo maior para o lazer, cultura, conhecimentos, diversão e para o lado social. Mas a competição global levou para o sentido oposto, com a idéia da adoção da pratica do melhor resultado ao menor custo possível, como por exemplo a implementação do Just-in-time, processo que a redução dos funcionários, por outro lado quem continuou no seu emprego assumiu novas obrigações e conseqüentemente trabalhou mais. Com os avanços tecnológicos para maior produção os trabalhadores tiveram que de uma forma ou de outra adaptar-se a ritmo mais intenso de trabalho, com isso o número de queixas dos trabalhadores começaram aumentar de forma significativa e geralmente relacionadaas queixas físicas, e muitos destes funcionários acabam processando as empresas alegando a culpa da doença diagnosticada a função que exercia no seu labor. A ergonomia é uma ciência que trabalha com adaptação do trabalho ao trabalhador, com este princípio torna-se ferramenta indispensável para a prevenção de doenças ocupacionais, e por outro lado tem grande valia para diagnosticar o nexo causal nos litígios trabalhistas relacionados com as doenças ocupacionais. Palavras-chave: Ergonomia; LER/DORT; Nexo causal. 1.Introdução A ergonomia e as doenças ocupacionais estão intimamente ligadas, assim sendo de fundamental importância para o perito os conhecimentos dos dois temas de forma profunda, desde que a primeira sejaimplementada de forma séria e correta, ajuda na prevenção e diminuição nos agravos acometidos pelas doenças ocupacionais. Nas últimas duas décadas, as LER/DORT (lesões por esforço repetitivo/doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho) assumiram um papel de destaque no afastando trabalhadores de suas funções e levando-os a substituição como peças descartáveis (PIRES 1998). Os tipos mais comuns de LER/DORT relacionados à atividade laboral no Brasil são a síndrome do túnel do carpo, a tendinite dos extensores dos dedos, a tenossinovite dos flexores dos dedos, a tenossinovite estenosante, a epicondilite lateral e a Doença de D Quervain (Ministério da saúde Brasil 2000).Possivelmente todos já ouviram falar da expressão LER/DORT (Lesão por esforço repetitivo/ doenças osteomuscular relacionadas ao trabalho), está na ponta da língua de quase todos os trabalhadores e empresários, e esta expressão fica 1 Fisioterapeuta do Trabalho / Pós graduando em Ergonomia: Produto e Processo. 2 Orientador Científico: Fisioterapeuta, especialista em Fisioterapia do Trabalho. 3 Orientadora Metodológica: Fisioterapeuta. Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestranda em Bioética e Direito em Saúde.

2 2 muito mais intensa quando o trabalhadorese empresários, e esta expressão fica muito mais intensa quando o trabalhador entra na justiça do Trabalho alegando ter adquirido uma doença ocupacional durante seu tempo de trabalho na empresa. Neste momento a empresa tem que provar que ela não foi à responsável pelo resultado apresentado pelo trabalhador. Pois bem, inúmeros destes casos acabam em litígios trabalhistas, aonde em boa parte destes processos são necessários a convocação do perito, a perícia constitui-se numa forma de provar, por meio da qual pessoas especialmente capacitadas, em decorrência dos conhecimentos técnicos e científicos que possuem, por ordem judicial e mediante compromisso de informarem o Juízo a respeito de ocorrência de determinados fatos, bem como do significado dos mesmos. É de fundamental importância para os esclarecimentos dos itens obscuros na reclamação trabalhista, ao qual o magistrado não possui conhecimento técnico do assunto específico, e por isso há necessidade deste profissional. Desta forma é nítida a necessidade do perito em conhecimento das duas matérias ergonomia e doenças ocupacionais, pois ele tem a difícil tarefa de esclarecer as duvidas inerentes do processo no qual foi nomeado perito. O questionamento feito em todo processo é se existeo vínculo entre a conduta do agente e o resultado por ela produzido, no qual é denominado de nexo causal. Tendo o perito que analisar todas as condutas positivas e negativas que talvez levassem a doença reclamada. Neste ponto que o conhecimento da ciência da ergonomia apresenta seu vínculo com as doenças ocupacionais. 2. Ergonomia 2.1 Histórico Em 1857 Yastrezebowisky publicou um artigo intitulado "ensaios de ergonomia ou ciência do trabalho". O tema é retomado quase cem anos depois, quando em 1949 um grupo de cientistas e pesquisadores se reúnem, interessados em formalizar a existência desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência. No começo deste século, segundo Laville (apud Gonçalves, 1998), Juler Amar apresentou as bases da ergonomia do trabalho físico e estudou os diferentes tipos de contração muscular (dinâmica e estática), se interessando pelos problemas de fadiga no envelhecimento. Seu livro, O Motor Humano, que surgiu em 1914, foi a 40 primeira obra de ergonomia descrevendo os métodos de avaliação e as técnicas experimentais, apresentando as bases fisiológicas do trabalho muscular e relacionando-as às atividades profissionais. Em 1950, durante a segunda reunião deste grupo, foi proposto o neologismo "ERGONOMIA", formado pelos termos gregos ergon(trabalho) e nomos(regras). Funda-se assim no início da década de 50, na Inglaterra, a ErgonomicsResearchSociety. Em 1955, é publicada a obra "Análise do Trabalho" de Obredane&Faverge, que se torna decisiva para a evolução da metodologia ergonômica. Nesta publicação é apresentada de forma clara a importância da observação das situações reais de trabalho para a melhoria dos meios, métodos e ambiente do trabalho. ParaLaville (apud Gonçalves, 1998), o conteúdo da ergonomia como disciplina autônoma tem sua origem na Inglaterra. Na França, ela iniciou seu desenvolvimento nos setores de pesquisa e ensino público (Conservatório Nacional de Artes e Trabalho, Centro Nacional de Pesquisa Científica, Escola Prática de Autos Estudos), progressivamente atingindo os setores industriais (Régie Renault, Charbonnages de France), começando a penetrar no setor privado. 2.2 Definição De acordo com InternationalErgonomicsAssociation (IEA) ergonomia defini-se como, estudo científico da relação entre o homem e os meios, métodos e espaços de trabalho. Tendo como objetivo elaborar mediante a contribuição de diversas disciplinas cientificas, uma melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes do trabalho de vida.

3 3 Já para Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) define de forma mais simples porém não menos complexa de executá-la, como o estudo da adaptação do trabalhos as características fisiológicas e psicológicas do ser humano. A definição de Ergonomia que se encontra na última edição do Aurélio (2010) menciona: conjunto de métodos e técnicas empregadas para projetar postos e situações de trabalho. Para realização dos seus objetivos a ergonomia estuda uma diversidade de fatores que são: o homem e suas características físicas, fisiológicas e psicológicas; a máquina que constituem todas as ferramentas, mobiliário, equipamento e todas instalações; o ambiente que contempla a temperatura, ruídos, vibrações, luz e tudo aquilo em volta ao trabalho; as informações quem referem-se aos sistemas de transmissão de informação; organização que envolve todo o sistema de funcionalidade da empresa, horários, produção, turnos, equipes; e estuda também as conseqüências do trabalho onde entram as questões relacionadas com os erros, doenças ocupacionais, fadiga e o estresse (IIDA,1992). A meta principal constitui a segurança e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com os sistemas produtivos. A eficiência é consequência e não fim, pois se colocada a eficiência como objetivo principal poderia significar sofrimento e sacrifício dos trabalhadores o que poderia levar aos resultados negativos de produção e produto final. Em 1948 com o projeto da cápsula espacial norte americana, nasce o conceito de ergonomia moderna, pois por esse motivo foi necessário fazer um novo plano de tempos e meios para se fazer viagem ao espaço, devido aos desconfortos que os astronautas passaram no primeiro protótipo, surge assim através da antropometria, o conceito de que o fundamental não é adaptar o homem ao trablho, mas procurar adaptar as condições de trabalho ao ser humano (PANERO e ZELNIK,1991). Uma das características da ergonomia é a sua interdisciplinaridade, existem diversos profissionais ligados com as questões ergonômicas seja diretamente com a saúde, ao projeto de máquinas e equipamentos, com a organização do trabalho. Não existe uma categoria profissional que por si apenas possa ser capaz de dar uma solução ergonômica completa, algumas profissões estão relacionadas com mais intimidade aos conceitos ergonômicos devido suas formações cientificas, como por exemplo engenharia, medicina, fisioterapia, psicologia, arquitetura, nutrição e enfermagem. 2.3 Classificação, intervenções e benefícios Para Laville (apud Gonçalves e Fidelis, 1998), a ergonomia pode ser classificada em três tipos conforme a época/situação em que é realizada. Ergonomia de Concepçãoé o estudo ergonômico que se realiza no decorrer de um projeto de um produto, serviço, maquinas e ambiente laboral. Saad (apud Vieira, 1997) complementa dizendo que a Ergonomia de Concepção é o estudo ergonômico de instrumentos e ambiente de trabalho antes de sua construção; Ergonomia Corretivaé a que modifica sistemas já existentes. Para Saad (apud Vieira, 1997), na Ergonomia Corretiva, o estudo ergonômico só é feito após a construção do instrumento e/ou ambiente de trabalho; Ergonomia de Conscientizaçãoesta pautada na conscientização do colaborador através do fornecimento de informações continuas no que se refere a minimização de riscos para sua saúde física e mental. Como supracitado temos que entender que existem esferas dentro dos estudos ergonômicos, de acordo com ABERGO as áreas de domínio do especialista em ergonomia são: 1) ergonomia física: está relacionada com características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação com a atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde; 2) Ergonomia cognitiva no qual refere-se aos processos mentais, tais como percepção,

4 4 memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem computador, stress e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres humanos e sistemas; 3) Ergonomia organizacional em que concerne à otimização dos sistemas sóciotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (CRM - domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade. Para Couto (1995) existem os níveis de intervenção ergonômica que uma equipe pode realizar, ele os classifica assim: 1) transformação das condições primitivas em postos de trabalho; 2) melhoramento das condições de conforto relacionadas ao ambiente de trabalho; 3) otimização do método de trabalho; 4) organização do sistema de trabalho; 5) ergonomia de concepção. Para Silva Filho (1995), os ambientes que tiverem alastrado o conhecimento dos princípios ergonômicos junto ao seu corpo de trabalhadores, apresentarão melhores condições para que ali se processe uma gestão com melhor qualidade de vida no trabalho e conseqüentemente maior produtividade. Souza (apud Silva Filho, 1995), diz que a incorporação da ergonomia no projeto e gerenciamento das organizações é fundamental para que o trabalho seja realizado de forma mais satisfatória, segura e eficiente. Existem diversos estudos apontando os resultados apresentados após a implantação de programa ergonômico em indústrias,comércios e prestadores de serviço. Os resultados como melhoria na qualidade de vida, diminuição de absenteísmo, diminuição de atestados médicos, aumento da relação trabalhador/empresa, melhoria das condições de trabalho entre outros, consequentemente melhorou o serviço e a qualidade do produto final, ergonomia trabalha em cima da tríade, conforto, segurança e qualidade. 2.4 Domínios do especialista em Ergonomia Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da atividade humana. Para darem conta da amplitude dessa dimensão e poderem intervir nas atividades do trabalho é preciso que os ergonomistas tenham uma abordagem holística de todo o campo de ação da disciplina, tanto em seus aspectos físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais, ambientais, etc. Frequentemente esses profissionais intervêm em setores particulares da economia ou em domínios de aplicação específicos. Esses últimos caracterizam-se por sua constante mutação, com a criação de novos domínios de aplicação ou do aperfeiçoamento de outros mais antigos. A contribuição dos ergonomistas está relacionada ao planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas e de maneira geral, os domínios de especialização da ergonomia são a ergonomia física, cognitiva e organizacional. 3 Lesões por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao trabalho (LER/DORT) 3.1Breve Histórico Brasil O fenômeno que chegou no Brasil em cerca 1984, quando começam os primeiros casos descritos de LER em digitadores. O tema é abordado pela primeira vez por Mendes Ribeiros, no I Encontro Estadual de Saúde dos Profissionais de Processamentos de Dados do Rio Grande do Sul (PIRES 1998).

5 5 Na década de 80, trabalhadores submetidos a intensas jornadas de trabalho, muitas associadas à baixa remuneração, ergonomia inapropriada eao estresse, passaram a apresentar vários sintomas heterogêneos que resultaram em ações trabalhistas. Na ausência dos conhecimentos médicos atuais, esse grupo de sintomas foi reunido em uma sigla arbitrária (LER, e depois, DORT) quando, de fato, representavam muitas doenças, com causas, mecanismos e tratamentos diferentes. O desconhecimento que marcou esse período atribuiu, equivocadamente, a causa de todas essas doenças às repetições de movimentos no contexto do trabalho. Esse equívoco foi facilitado pelo fato de a maioria dos trabalhadores em litígio trabalhista serem provenientes da indústria, que produz em série. Com o mercado cada vez mais competitivo as empresas vivem uma competição cada vez mais intensa para sobreviver no mercado, muitas delas usam a filosofias de grande produtividade com baixo custo, o que impõem as vezes ritmos intensos de trabalho, turnos de trabalho prolongados, falta de estrutura física ideal para exercer as atividades e outros fatores (PIRES 1998). Segundo o Programa Nacional de Prevenção às LER/DORT (PANERO e ZELNIK,1991), esses distúrbios atingem o trabalhador no auge de sua produtividade e experiência profissional. A maior incidência ocorre na faixa etária de trinta a quarenta anos. As categorias profissionais que encabeçam as estatísticas são bancários, digitadores, operadores de linha de montagem, operadores de telemarketing, secretárias, jornalistas, entre outros, sendo as mulheres as mais atingidas. As estatísticas demonstram crescimento do numero dos casos de DORT, tendo como vítimas não apenas digitadores, telefonistas, bancários, operadores de caixa, operários dentre outros. O que antes parecia ser uma doença isolada, causada simplesmente por movimentos repetidos, começou a tomar rumos devastadores na sociedade e para economia (PIRES 1998). A LER foram reconhecidas como doença do trabalho em 1987, através da portaria n.4.062, de 06 de agosto de 1987, do Ministério da Previdência Social, e mantém o primeiro lugar das doenças ocupacionais notificadas na Previdência Social 3.2 Conceito O Occupational Safety Health Administration (OSHA, 1999) classifica as LER/DORT como distúrbios dos músculos, nervos, tendões, ligamentos, articulações, cartilagens ou discos intervertebrais, associados à exposição aos fatores de risco na atividade de trabalho. O Instituo Nacional se Seguro Social (INSS) recentemente editou a Instrução Normativa INSS/DC n.98, de 05 de dezembro de 2003, publicada no Diário Oficial da União de 10 de dezembro de 2003, que aprovou nova Norma Técnica sobre Lesões por Esforços Repetitivos - LER ou Distúrbio Osteomusculares Relacionados ao Trabalho DORT. Ou seja, a LER/DORT foi assim conceituada: como uma síndrome relacionada ao trabalho, caracterizadas pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, tais como: a dor, parestesia, sensação de peso, fadiga, aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores, mas podendo acometer membros inferiores. Entidades neuro-ortopédicas definidas como tenossinovites. Sinovites, compressões de nervos periféricos, síndrome miofasciais, que podem ser identificadas ou não. Freqüentemente são causa de incapacidade laboral temporária ou permanente. São resultados da combinação da sobrecarga das estruturas anatômicas dos sistemas osteomuscular com falta de tempo para sua recuperação. A sobrecarga pode haver seja pela utilização excessiva de determinados grupos musculares em movimentos repetitivos com ou sem esforço localizado, seja pela permanência de segmentos do corpo em determinadas posições por tempo prolongado, particularmente quando essas posições exigem esforço ou resistência das estruturas musculoesqueléticas contra a gravidade. A necessidade de concentração e atenção do trabalhador para realizar suas atividades e a tensão imposta pelo

6 6 trabalho e ritmo acelerado são fatores que interferem de forma significativa para a ocorrência das LER/DORT. 3.3 Fases e classificação Para Harberg (1995), existem fases na evolução da LER/DORT, são elas: Fase 1 - Apenas dores mal definidas e subjetivas, melhorando com repouso; Fase 2 - Dor regredindo com repouso, apresentando poucos sinais objetivos; Fase 3 - Exuberância de sinais objetivos, e não desaparecendo com repouso e Fase 4 - Estado doloroso intenso com incapacidade funcional (não necessariamente permanente). No Brasil inicialmente foi adotado o seguinte sistema de estadiamento, para categorizar os pacientes que apresentavam quadro clinico inespecífico, mas considerados como portadores de LER/DORT : Esta classificação de estágio evolutivo constitui uma referência importante para identificação dos graus de incapacidade e concessão do respectivo auxilio-acidente ou aposentadoria por invalidez, de acordo com as Normas Técnicas edita pelo Ministério da Previdência Social. Entretanto os diagnósticos podem ser inespecíficos ou específicos em um paciente, podendo ser categorizado dentro de um ou mais níveis citados. O conceito de estadiamento tanto para uma suposta LER/DORT como para associação de enfermidades, não tem qualquer base cientifica e deve ser abandonada. Mesmo sem estudos epidemiológicos confirmativos, ainda ocorre o uso indevido e indiscriminado deste sistema de estadiamento, baseado apensa na subjetividade das queixas e no comportamento de seus pacientes. Ou podendo ser avaliada através de estágios, Estágio 1 - Dor e cansaço nos membros superiores durante o turno de trabalho, com melhora nos fins de semana, sem alterações no exame físico e com desempenho normal; Estágio 2 - Dores recorrentes, sensação de cansaço persistente e distúrbio do sono, com incapacidade para o trabalho repetitivo; Estágio 3 - Sensação de dor, fadiga e fraqueza persistentes, mesmo com repouso. Distúrbios do sono e presença de sinais objetivos ao exame físico. Analisando da forma supracitada parece ser simples evidenciar qual estágio e prognóstico que a doença está no individuo, mas não é. Cada pessoa responde de forma diferente, lembrando que essas patologias não são oriundas apenas de movimentos repetitivos, como ainda se pensa. 3.4 Fatores de Risco Embora didaticamente divididos em individual-pessoais, físicos, ambientais, organizacionais e psicossociais, estes fatores de risco não atuam de forma independente; o que ocorre nos locais de trabalho é uma interação dos diversos fatores (HAGBERG et al, 1995; INSS, 2003). Os fatores individuais e pessoais são bastante variados, incluindo treinamentos, habilidades motoras, idade e gênero. Os fatores físicos mais comumente referidos são: o uso de força excessiva, repetição de movimentos e postura inadequada. Os fatores ambientais encontramse relacionados às temperaturas extremas, aos níveis de ruído, à iluminação inadequada e as vibrações. Os fatores organizacionais dizem respeito sobre como o trabalho é estruturado, supervisionado, mensurado e remunerado. Os fatores psicossociais descrevem os aspectos subjetivos da organização do trabalho e como eles são percebidos pelos trabalhadores e pela hierarquia das empresas (HAGBERG et al, 1995). A relação entre a causalidade dos DORT é extremamente complexa, visto que geralmente são oriundos do conjunto destes fatores. Embora se reconheça que a etiologia seja multifatorial, ainda não se sabe a importância relativa dos fatores causais, de confusão e os modificadores (KILBOM, 1998). Muitos estudos mostram dados conflitantes, o que torna difícil estabelecer o quanto cada fator de risco contribui para a ocorrência destes problemas (FALLENTIN et al, 2001).

7 7 Na caracterização da exposição aos fatores de risco, alguns elementos são importantes (INSS, 2003), dentre outros: a região anatômica exposta aos fatores de risco; a intensidade dos fatores de risco; a organização temporal da atividade e o tempo de exposição aos fatores de risco. Ainda em relação a estes fatores, Kuorinka&Forcier (1995) destacam que os grupos de fatores de risco para LER/DORT podem ser relacionados com: o grau de adequação do posto de trabalho à zona de atenção e à visão, a dimensão do posto de trabalho pode forçar os indivíduos a adotarem posturas ou métodos de trabalho que causam ou agravam as lesões osteomusculares; o frio, as vibrações e as pressões locais sobre os tecidos, a pressão mecânica localizada é provocada pelo contato físico de cantos retos ou pontiagudos de um objeto ou ferramentas com tecidos moles do corpo e trajetos nervosos; as posturas inadequadas; a carga osteomuscular. A carga osteomuscular pode ser entendida como a carga mecânica decorrente de uma tensão (por exemplo, a tensão do bíceps); de uma pressão (por exemplo, a pressão sobre o canal do carpo); de uma fricção (por exemplo, a fricção de um tendão sobre a sua bainha); de uma irritação (por exemplo, a irritação de um nervo). Relacionam as LER/DORT apenas fatores físicos e isso é um grande equivoco por parte das investigações e conclusões periciais realizadas, podemos citar outros fatores como: A invariabilidade da tarefa, ou seja, invariabilidade da tarefa implica monotonia fisiológica e/ou psicológica; As exigências cognitivas podem ter um papel no surgimento das LER/DORT, seja causando um aumento de tensão muscular, seja causando uma reação mais generalizada de estresse; Os fatores organizacionais e psicossociais ligados ao trabalho, tendo suas diferenças, os fatores psicossociais do trabalho são as percepções subjetivas que o trabalhador tem dos fatores de organização do trabalho. Como exemplo de fatores psicossociais pode citar: considerações relativas à carreira, à carga e ritmo de trabalho e ao ambiente social e técnico do trabalho. A percepção psicológica que o indivíduo tem das exigências do trabalho é o resultado das características físicas da carga, da personalidade do indivíduo, das experiências anteriores e da situação social do trabalho. O conhecimento das origens (causas) destes distúrbios pode oferecer a oportunidade de controlar sua ocorrência e evitar o processo de reabilitação, que é bastante oneroso, tanto para o trabalhador quanto para a empresa (MARRAS, 2004). Assim, a abordagem preventiva procura deslocar seu objeto de maior interesse do individuo em si, para as condições de trabalho a que esses indivíduos estão submetidos, com o objetivo de alterá-las, proporcionando condições mais seguras (GIL COURY, 1993). 4. Análise Ergonômica NR-17 No Brasil, o Ministério do Trabalho (MTb) baixou a Portaria n em 23/11/1990 que instituiu a Norma Regulamentadora NR-17 que trata especificamente da ergonomia. Esta norma visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos operadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. É importante salientar, que com esta norma se desperta no meio empresarial brasileiro o interesse pela Ergonomia. A Análise Ergonômica do Trabalho - AET é uma Intervenção, no ambiente de trabalho, para estudo dos desdobramentos e consequências físicas e psicofisiológicas, decorrentes da atividade humana no meio produtivo. Consiste em compreender a situação de trabalho, confrontar com aptidões e limitações à luz da ergonomia, diagnosticar situaçõescríticas à luz da legislação oficial, estabelecer sugestões, alterações e recomendações de ajustes de processo, ajustes de produto, postos de trabalho, ambiente de trabalho. A AET busca estabelecer uma aproximação no que se refere à compreensão geral de problemas relacionados com a organização do trabalho e seus reflexos em prováveis ocorrências de lesões físicas e transtornos psicofisiológicos (RIGHI, 2009).

8 8 Para Guerin (2001)aplicar os conhecimentos da Ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real de trabalho. A AET é uma metodologia que busca eliminar ou minimizar disfunções no trabalho, subdividindo-o e analisando suas partes, a fim de levantar hipóteses e validá-las para melhorar a qualidade de vida no trabalho. A Análise Ergonômica consiste em emitir juízos de valor sobre o desempenho global de determinados sistemas homem-máquina ou homemtarefa e pode resultar de uma demanda direta (relativa às condições de trabalho) ou indireta (relacionada à segurança no trabalho, à fabricação, ao recrutamento e seleção de mão-de-obra etc.). Resulta ainda de uma planificação de um sistema de melhoria da qualidade e de aumento da produtividade(lima,2003). Segundo Vidal (2002), as Análises Ergonômicas são análises quantitativas e qualitativas que permitem a descrição e a interpretação do que acontece na realidade da atividade enfocada. A Análise Ergonômica figura como um instrumento de essencial importância num sistema produtivo, quer de produto ou de serviço, não só para proporcionar conforto e segurança ao trabalhador (usuário) mas, também, para extrair deste maior produtividade, com consequência no aumento dos lucros e na diminuição das perdas (LIMA, 2003). Diz a NR 17, em seu item que: para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do trabalho. Assim, não há, para esse tipo de ação, a faculdade ou arbítrio do empregador, mas sua efetiva realização, vinculada a uma exigência normativa. O ambiente de trabalho, para este estudo mais direcionado às situações onde existem relações de emprego, deve proporcionar conforto e boas condições aqueles que desenvolvem suas atividades. A questão de um ambiente de trabalho adequado insere-se em um âmbito maior, qual seja, com a finalidade de preservar a saúde do trabalhador em sua integralidade. Sobre o tema Machado (2001) diz que a questão ambiental, que nos últimos anos vem aumentando a discussão e compreensão entre a relação de saúde e trabalho. O ser humano em regra, dedica seu tempo ao descanso, lazer e ao trabalho quando encontra a possibilidade de uma ocupação, que está cada vez mais difícil. Embora o trabalho seja essencial para o desenvolvimento do ser humano e a base da organização social, dadas as condições econômicas atuais, em gande parte do mundo capitalista, os trabalhadores vivem as ameaças de desemprego. O medo de perder o posto de trabalho sujeita o trabalhador aceitar condições desfavoráveis para sua realização, tais como ritmo acelerado de atividades, prolongamento de atividade, medo frente aos avanços e desafios tecnológicos (MANDALOZZO, 2010). 5. Perícia Judicial Trabalhista 5.1 O perito No seu processo histórico a civilização vai organizando e tomando ciência de que existem indivíduos que se destacavam dos demais, por sua experiência ou por maior poder físico, dentre estes existia o que comandava a sociedade desde o tempo primitivo, este comandante também tinha o poder de perito, juiz, legislador e executor ao mesmo tempo. Cabia a ele, por sua visão, julgar, elaborar e executar as leis. Naqueles tempos, a ato de avaliar as circunstâncias do ocorrido ainda não passava pela divisão técnica do trabalho e social, mas pode-se pressupor que foi a origem para o que hoje corresponde ao exame de situação, coisa ou fato (DANTAS et al.,2009). Faltando conhecimento técnico especializado ao juiz, este indica um técnico que posso fazer o exame dos fatos objeto de causa, transmitindo esses conhecimentos ao magistrado, por meio de um parecer. Eis a perícia (MARTINS, 2005). Segundo Ferreira (2001), perito é uma pessoa qualificada e experiente em determinado assunto, com conhecimentos técnico e prático na matéria no qual é solicitado a opinar. Mas para cumprir a missão de periciar, é necessário, além deste conhecimento especifico, analisar

9 9 o caso dos diversos pontos de vista, avaliar e interpretar as provas, ter bom senso e traduzir qualquer problema a termos simples e facilmente entendidos. Ter juízo e crítica para hierarquizar os fatos, prudência nas decisões e, sobretudo nas conclusões, considerando no caso das perícias técnicas outros instrumentos jurídicos como o Código de Processo Civil. O art. 3º da Lei nº 5.584/70 determinou que os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo juiz, que fixará o prazo para entregar o laudo. Esse dispositivo revogou o art. 826 da CLT. Antigamente cada parte indicava seu perito que, na verdade, defendia as partes. Com a edição da Lei nº 5.584/70 o perito é único do juízo. As partes podem indicar assistentes técnicos, mas o único que presta compromisso é o perito, pois o assistente técnico não o faz, nem vincula seu trabalho ao juiz. Essa orientação de perito único foi albergada inclusive pele CPC de 1973, pois notou-se que o compromisso vinculava o assistente técnico ao juiz, além do que, com o perito único, não há mais interesse daquele em ajudar ou prejudicar a parte, pois apenas responde ao juiz da causa (MARTINS, 2005). Ainda de acordo com Martins 2005,serão escolhidos os peritos entre profissionais de nível universitários, devidamente registrados no órgão de classe competente ( 1º do art, 145 do CPC). Comprovarão os peritos suas especialidades na matéria qual deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional que estiverem inscritos. O perito judicial, através de suas diligências, representa o juiz. Costuma-se dizer que ele tem os olhos e ouvidos do juiz, devendo apresentar, em seu parecer técnico, as condições de trabalho e caracterizar o tipo de exposição existente para que o mesmo possa tirar conclusões sobre o processo a ser julgado. O laudo pericial tem como objetivo principal esclarecer os aspectos técnicos envolvendo os processos trabalhistas. Desta forma o perito deve tentar responder aos pedidos de esclarecimento levantado pelas partes através dos quesitos, essas respostas devem respeitar seus limites técnicos, importante apresentar estes esclarecimentos em uma linguagem de fácil entendimento por todos envolvidos no processo. O perito se limitará apenas a responder os quesitos relacionados ao objeto da pericia baseados nos aspectos técnicos previstos na NR s. 5.2Estabelecendo Nexo Causal Para discutir nexo causal partimos do conceito de causalidade. Por causalidade ou causalismo, entende-se o método por meio do qual o pensador busca o conhecimento das coisas, das verdades, pela busca das suas causas, estudando-as, analisando-as. Num sentido mais amplo a causalidade é a maneira específica no qual o eventos se relacionam e surgem. Aprender a causalidade de um fenômeno é aprender sua intangibilidade. Embora cause e efeito geralmente seja referidos a eventos, podem ser referidos também a objetos, processos, situações propriedades, variáveis, fatos ou estados de coisas. A caracterização de uma relação causal, distinguindo-a da simples correlação, ainda é assunto controverso (MIDLIN,2008). Cesar Fiúza conceitua nexo causal como a relação de causa e efeito entre a conduta culpável do agente e o dano por ele provocado. Já Roberto de Abreu e Silva vai mais além, expondo que determina-se nexo de causalidade o elo das correntes dos fatos que se liga a ação antijurídica do lesante ao resultado causando o dano proibido pela lei. O estabelecimento de nexo causalentre uma doença e o seu agente causador decorre de um estudo de grande complexidade e difícil. Atualmente a procura por este diagnostico, além do conteúdo histórico deste fenômeno de múltiplas características que é a doença, sempre revela implicações sociais que se envolvem no processo de investigação. Como descrito por Bradford Hill (1991), para os princípios da causalidade foi estabelecido alguns parâmetros necessários para estabelecer o nexo causal entre duas variáveis associadas de forma estatisticamente significativa na investigação (LEAVELLI;CLARK, 1976).

10 10 Foram utilizados quatro elementos, são eles: força de associação, especificidade do efeito, sequencia temporal e topografia, sendo usada a seguinte metodologia, a força de associação de visa averiguar se a suposta associação entre causa e efeito (lesão), é alta ou baixa, se há uma grande ou pequena associação; a constância, que destina-se a conhecer se associação entre as duas variáveis (o evento infortúnio e o dano) que se pretenda relacionar; a especificidade do efeito que é um critério útil quando determinado efeito se relaciona diretamente com uma causa específica; a sequencia temporal, que é aquela que garante um efeito (lesão) apareceu apenas depois de ter agido uma certa causa conhecida e a topografia, visto que mais por evidente que se pode estabelecer que o agente agressivo provoca lesões em um determinado local, ao passo que no local simétrico no que ele não agiu, não se observam as mesmas lesões. Uma ferramenta importante que não pode ser deixada de lado pelo perito é a inspeção clinica e principalmente in locos (local de atuação do funcionário) é impossível estabelecer o nexo de causalidade sem a investigação do local de trabalho do reclamante, pois lá está a ligação da doença com o trabalho. 6 Metodologia O presente estudo foi realizado no período de maio de 2011 à novembro de 2012, no qual foi feito um levantamento bibliográfico de 1989 a 2011, consultando os resumos de artigos de periódicos nacionais, internacionais e eletrônicos nas bases de dados: diretório CAPEs, Mediline, Lilacs e Jusbrasil. Livros do acervo da biblioteca da Universidade Paulista Amazonas e biblioteca pessoal foram utilizadas para a busca de artigos as seguintes palavraschave em português: ergonomia, perícia, nexo causal e ler/dort. 7 Resultados e Discussão Os resultados apresentados demonstram uma ligação direta entre ergonomia, nexo causal e ler/dort, 80% dos autores fazem referencia da importância do conhecimento no ambiente do trabalho, desde o aspecto físico, cognitivo e organizacionais do trabalho. E todos os autores estudados no aspecto ergonomia conceituam as variáveis físicas, cognitivas e organizacionais do trabalho como objeto de estudo dos ergonomistas. Três artigos apresentaram a necessidade de mais profissionais envolvidos para estabelecer o nexo causal relacionados a LER/DORT, por ser de alta complexidade e que necessita de conhecimentos em áreas diversas. A revisão de literatura confirma a presença dos fatores ergonômicos como importantes para a investigação dos casos envolvendo LER/DORT, maior parte dos autores citam a palavra ergonomia durante suas obras, assim evidenciando a ligação desta área com as pericias trabalhistas envolvendo tais acometimentos. O diagnóstico e o estabelecimento de nexo causal devem ser feitos em conjunto por profissionais que estejam familiarizados com a questão, incluindo-se neste grupo médicos e psicólogos, entre outros. Embora haja quem acredite que os ortopedistas sejam os mais indicados para verificação do nexo causal, a formação com base no currículo dos cursos de medicina não é a mais indicada para esta análise. A abordagem multidisciplinar para este tipo de caso é pouco comum no Brasil, sendo usual nos países nórdicos e nos EUA (Settimiet al. 2000). Por um lado aumentam demanda de processos que necessitam de realização de pericias técnicas relacionadas à saúde do trabalhador, por outro o numero de profissionais qualificados para tal necessidade encontra-se limitado. Ainda existe a ligação direta da figura do médico as pericias envolvendo LER/DORT, algumas vezes o mesmo nem tendo formação em medicina do trabalho, que também não garante conhecimento amplo para a resolução da necessidade do processo.

11 11 Com os avanços da tecnologia os diagnósticos por imagem ajudam e agilizam ao esclarecimento do diagnostico da doença reclamada, porém isto é apenas o inicio da investigação de nexo causal, pois fio evidenciado a doença, existe o relato da função exercida pelo trabalhador, então caberá ao perito fazer a investigação para estabelecer o nexo ou não da relação doença e trabalho. Para Geovanni Moraes (2008), os acidentes ou doenças ocupacionais podem ser diminuídos combatendo os riscos, com a finalidade de proteger o interesse coletivo. É necessário enfrentar o mal pela raiz e atacar as causas. De acordo com o Sistema Federal de Inspeção do Trabalho (SFIT-2003), os principais fatores causais dos acidentes do trabalho no de 2003 foram: modo operatório inadequado, falha na detecção de risco, falta ou inadequação de analise de risco da tarefa, ausência de treinamento, improvisação, procedimento de trabalho inexistente e tarefa mal concebida. Ou seja, todos os fatores que através de programas ergonômicos poderiam ser evitados. Quando o perito conhece os mecanismos de prevenção de acidentes e lesões, facilita o diagnostico para estabelecimento de nexo causal, pois são essas variáveis muitas vezes ignoradas pelo empregador que acabam resultando em lesões futuras, que algumas podendo ser classificas como grave. De forma geral, o acidente pode ser definido como o evento indesejável não planejado que pode resultar em lesão pessoal, doenças, danos a propriedade ou impactos ambientais. Qualquer tipo de acidente, certamente, trará prejuízos financeiros, tornando-se uma barreira ao objetivo principal da organização, que é ser produtiva e lucrativa (MORAES, 2008). Lembrando que a doença ocupacional também é um acidente de trabalho que se manifesta de forma lenta e gradual em função de uma exposição continua aos agentes ambientais e a outros riscos inerentes ao exercício do trabalho. Pesquisas organizacionais sugerem que 80% a 95% dos acidentes se originam de fatores comportamentais como resultado na ineficácia das barreiras ou defesas dos sistemas de gestão. Portanto, a investigação pericial deve procurar evidenciar também a existência de ferramentas visando à identificação de desvios comportamentais e organizacionais, de modo identificar quais barreiras (mecanismos de controle) foram ineficazes para interromper a trajetória do acidente, não apenas o quadro clinico que o periciado apresenta. Um documento que acaba sendo esquecido por muitos peritos judiciais trabalhistas é a analise ergonômica, como já foi supracitado, ela é uma obrigação, com importância comparada ao PPRA, PCMSO e outros. Seria impossível avaliar a qualidade de um documento ergonômico sem conhecimento no mesmo, como o questionamento nos litígios está relacionado ao nexo causal e não a doença reclamada, pois esta muitas vezes é esclarecida através de exames de imagens e histórico do periciado, já o ambiente de trabalho do periciado precisa de uma investigação ampla, pois lá estarão as informações necessárias para estabelecimento do nexo de causalidade. O conhecimento em ergonomia não é exclusiva de uma única profissão, devido sua complexidade, ou muito menos pode-se considerar especialista com cursos de duração de 20 horas. Para isso alguma instituições de ensino já oferecem especialização Latu-Sensu em Ergonomia. 8. Conclusão O conhecimento da ergonomia para os peritos judiciais trabalhistas não é algo que possa suprir apenas com base clínica da formação universitária. Hoje os profissionais que realizam pericias nos casos relacionados a ler/dort são médicos e fisioterapeutas em geral, e quando levanta-se a necessidade de dominar o assunto ergonômico nenhuma dessas profissões estão excluídas de obter este conhecimento. O médico comoqualquer outra formação sem ter a especialização em medicina do trabalho não tem em sua grade curricular a matéria ergonomia,

12 12 e no lado dos fisioterapeutas apenas os especialistas em fisioterapia do trabalho possuem esta disciplina em sua formação, e seus respectivos conselhos apresentam normas e resoluções que consideram como habilitados apenas os médicos e fisioterapeutas do trabalho para atuarem nesta área. Deve-se ressaltar que existe pós-graduação Latu Sensu na matéria especifica de ergonomia. Durante a investigação pericial são necessárias as avaliações clinicas e in loco (no posto de trabalho) para avaliar o ambiente e as condições de trabalho no qual o trabalhador exerce sua função. Durante a avaliação in loco o perito precisa dominar a área de ergonomia para poder relacionar os achados clínicos, nos quais foram obtidos no consultório, com os pontos ergonômicos que apresentam no posto de trabalho do periciado,estabelecendo ou não o nexo causal. Os peritos têm como dever realizar investigação e apresentar de forma conclusiva os fatos inerentes ao processo trabalhista, para isso é necessário didática e metodologia para desenvolvimento do laudo. Assim ele não dará oportunidade para impugnação domesmo além de esclarecer as duvidas relacionadas ao litigio trabalhista.. Não podemos tratar as pericias como algo de simples resolução, limitando a observação de altura de assento, altura de bancada, observando outros documentos como PPRA e PCMSO. Pois existem diferenças entre cada indivíduo e as empresas onde cada um exerce sua função, logo, não se pode tirar conclusões através de postos semelhantes ou processos trabalhistas similar. Quando o perito obtém o conhecimento em ergonomia ele começa a ver as LER/DORT não apenas como inicio no fator repetitivo ou de mobiliário, e sim levando em consideração fatores psicossociais, cognitivos, organizacionais e também os físicos, sendo essas, variáveis que não podem ser descartadas durante uma avaliação pericial.desta forma é imprescindível a necessidade do conhecimento em ergonomia pelos peritos judicias trabalhistas quem envolvem LER/DORT paraestabelecer o nexo causal. 8. Revisão Bibliográfica BARACAT, Eduardo Milléo. A boa-fé no direito individual do trabalho. São Paulo: Ltr, Brasil. INSS. Instrução Normativa INSS/DC, nº 98 de 5 de dezembro de Brasil Protocolo de investigação, diagnóstico, tratamento e prevenção de Lesão por Esforço Repetitivo: distúrbios osteomusculares relacionados ao Trabalho. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia aplicada ao trabalho: Manual Técnico da máquina humana. ERGO editora, DANTAS, R. A. A. Perícia médica: contribuições para a discussão trabalhista, previdenciária, administrativa e médica legal, Aracaju: UFS/SERCORE, FALLENTIN, N et al. Physical exposure assessment in monotonous repetitive work: The PRIM study. Scandinavian Journal of Work, Enviroment& Health, Copenhagen, v.27, n.1, FIUZA, Cesar. Op. Cit. P. 695 FERREIRA, Aurélio Buarque Holanda. Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. 5ªed. Curitiba, 2010.

13 13 GUÉRIN, François et al. Compreender o trabalho para transformá-lo: a prática da ergonomia. São Paulo, SP: E. Blücher, H.J.C., Gil,Satisfação no trabalho e satisfação na vida: Questões teóricas e metodológicas. In A.L. Neri (org), Qualidade de vida e idade madura. Campinas: Papirus, (1993). IIDA, Itiro. Ergonomia projetos e produção. São Paulo: Edgar Blucher Ltda KILBON, A. Assessment of physical exposure in relation to work related musculoskeletal disorders: what information can be obtained from systematic observations? Scandinavian Journal of Work, Environment and Health. 20 (1995) KUORINKA, I. & FORCIER, L., Les LésionsAttribuibles au Travail Répétitif.Ouvrage de RéférencesurlesLésionsMusculo-SqueletiquesLiéesauTravail.Quebec: Ed. MultiMondes. LIMA, João Ademar de Andrade. Metodologia de análise ergonômica. João Pessoa. UFPB, MACHADO, Silva. O direito a proteção do meio ambiente de trabalho no Brasil. São Paulo. LTr, MANDALOZZO, Silvana Souza. Breves considerações sobre ergonomia no ambiente de trabalho. Artigo Scielo, MANUAL DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL,Vol. II, Processo do Conhecimento, Ed. Revista dos Tribunais, MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho: doutrinas e prática forense; modelos de petições, recursos sentenças e outros Ed. São Paulo: Atlas, MARRAS, Jean Pierre. Administração da remuneração. SÃO PAULO: Pioneira Thomson Learning, 2004 MIDLIN, G. Causas y azares. La historia del caos y de lossistemscomplejos. Buenos Aires. Siglo XXI, MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Legislação. Disponível em: < Acesso em 02 novembro de MORAES, Giovanni. Fundamentos para realização de pericias trabalhistas, ambientais e acidentarias. 1º edição, volume 1, Rio de Janeiro, PANERO, Julius e ZELNIK, Martin. Lasdimensiones humanas em losespacios interiores. Antropométricos. Mexico,1991. SANTOS, Neri et. Al. Antropotecnologia: a ergonomia dos sistemas de produção. Curitiba: genesis, 1997.

14 14 SETTIMI, MM, Almeida IM, Toledo LF, Paparelli R, Silva JA, Martins M Lesões por esforços repetitivos (LER)/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). São Paulo: CEREST. 59p. SILVA, Roberto de Abreu e. A falta de legalidade: hermenêutica da responsabilidade civil provenientes por danos injustos materiais e morais, em comformidade com a Constituição da República Federativa do Brasil de Editora Humos Juris. Rio de Janeiro, VERONESI, Junior JR.. Perícia Judicial. São Paulo: Editora Pillares

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