O Sistema Nacional de Compras Públicas e a atividade da ANCP
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- Talita de Lacerda Schmidt
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1 O Sistema Nacional de Compras Públicas e a atividade da ANCP 10ª Conferência ANETIE Lisboa, 24 de janeiro de 2012
2 Contexto Económico e Tendências Crescente dívida pública e receitas insuficientes para cobrir custos futuros (controlo orçamental, redução de despesa, sustentabilidade das operações) Crescente envolvimento de entidades públicas no quotidiano dos cidadãos e dos negócios (capitalismo estatal, intervenção pública, protecionismo, regulação) Elevada consciencialização do financiamento e da performance das entidades públicas (exigindo transparência, controlo de custos e resultados) Mudança de mentalidade e modernização dos serviços públicos (altas expectativas, necessária administração pública mais lean e eficaz, adequada alocação de recursos) Redefinição das organizações de serviço público; Qual o seu papel e as suas funções no mercado? 2
3 Dimensões para a mudança Necessidades dos cidadãos e Requisitos dos Serviços Mais Interação Regulação e o Papel dos Serviços Públicos Mais Presença, Mais Pressão Receitas e Orçamentos Mais Controlo Capacidade dos Serviços Públicos e Modelo de Funcionamento Mais Ajustamentos Força de Trabalho, Talento e a Capacidade de Melhorar Mais Qualidade e Empenho Orçamentos reduzidos Maior Procura Mais Transparência Melhor Coordenação Focus na performance Novos modelos de serviço Necessidade de Mudança 3
4 A Agenda da Agência: em direção a um sistema equilibrado e sustentável Valores Chave: Transparência, igualdade, concorrência Adequação à Legislação comunitária e nacional no campo das Compras Públicas Sustentabilidade (prioridade aos aspetos económicos e ambientais do triple bottom line ) Encorajamento do acesso das PMEs aos mercados públicos Principais objetivos: Económicos: aumento das poupanças e dos ganhos nas compras públicas (contribuindo para um maior equilíbrio das finanças públicas) Ambientais (compras públicas ecológicas): incorporando gradualmente critérios ambientais, quer na qualificação, quer na adjudicação 4
5 O Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP) Principais atores Governo Fornecedores/ Co-Contratantes Ministério das Finanças ANCP (Entidade Gestora) Comissão Interministerial de Compras (CIC) Comunidade/ Sociedade UMC (15) Entidades Públicas (vinculadas e voluntárias) Integram o SNCP, na qualidade de entidades compradoras vinculadas, os serviços e os organismos da administração direta do Estado e os institutos públicos. Podem integrar o SNCP, na qualidade de entidades compradoras voluntárias, entidades da administração local e regional e do sector público empresarial, mediante a celebração de contrato de adesão com a ANCP 5
6 A prática da ANCP: Os aspetos económicos Poupanças nas aquisições permitindo redução e controlo da despesa pública e contribuindo para a sustentabilidade das finanças públicas Eficiência e poupanças processuais / compras públicas electrónicas Critérios: Mais Baixo Preço versus Proposta Economicamente mais Vantajosa Outros aspetos de interesse/relevância económica Promoção da concorrência Criatividade e Inovação Aumento da experiência em mercados públicos capacidade competitiva face ao Mercado Interno (EU) e Países Terceiros 6
7 Evolução Recente Entidades Voluntárias Aderentes (Total a 30dez11: 433) Sector Empr. Local 63 Sector Empr. Estado 64 Admin. Autónoma 41 Outras Pessoas Colectivas 19 Autarquias Locais 246 Co-contratantes Entidades voluntárias Acordos quadro Atualmente, mais de entidades estão vinculadas ao SNCP 7
8 Concursos Públicos para celebração de AQ 2008/2011 Categorias Situação Co- Contratantes Serviço Móvel Terrestre Set Combustíveis Rodoviários Set cocontratantes / 293 Papel e Economato Abr fornecedores qualificados, 76% Cópia e Impressão Abr dos quais são PMEs Equipamento Informático Ago Despesa Pública Anual coberta Seguro Automóvel Fev pelos AQ da ANCP: Energia Plataformas Eletrónicas Contratação Pública Veículos Automóveis e Motociclos Licenciamento de Software Mobiliário Vigilância e Segurança Serviço de Voz e Dados em Local Fixo Refeições Confecionadas Higiene e Limpeza Veículos e Motociclos Elétricos Viagens e alojamentos Nov Jun Jun. 2009, em renovação 27 Set Mar Abr Jun Jul Ago Set M EUR (cerca de 80% do total da despesa pública transversal) Poupanças Previstas: 150 M EUR ( ) Poupanças obtidas a Dez.2010: 168 M EUR ( ) 1 AQ em renovação Set
9 AQ Licenciamento Software Fornecedores Habilitados (cocontratantes/empresas): 77/89, 69 dos quais PME Quantidade de lotes: 45 divididos em 3 grupos: Grupo 1 Software de Infraestrutura Grupo 2 Software de Desenvolvimento Grupo 3 Software Aplicacional Principais Produtos: Microsoft Windows, M.Outlook / Exchange / M.Office Base de dados (Oracle, SQL Server) Anti Vírus Despesa estimada anual do Estado: 200 M : OE 2011 (Serviços integrados + Serviços e fundos autónomos) AQ Equipamento Informático Fornecedores Habilitados (cocontratantes/empresas): 18/23, 15 dos quais PMEs Quantidade de lotes: 8 Lote 1 Aquisição de computadores de secretária; Lote 2 Aquisição de computadores portáteis; Lote 3 Aquisição de servidores rack; Lote 4 Aquisição de servidores blade; Lote 5 Aquisição de componentes, acessórios e periféricos; Lote 6 Aquisição conjunta de computadores de secretária e de computadores portáteis; Lote 8 Aluguer operacional de servidores rack; Lote 9 Aluguer operacional de servidores blade. Despesa estimada anual do Estado: 170 M : OE 2011 (Serviços integrados + Serviços e fundos autónomos) 9
10 AQ Serviço Móvel Terrestre Fornecedores Habilitados (cocontratantes/empresas): 3/3 Quantidade de lotes: 3 Lote 1 Serviço Móvel de Voz e Dados; Lote 2 Serviço Telefónico Fixo-Móvel; Lote 3 Serviço Móvel de Dados. AQ Serviços de Comunicações de Voz e Dados em Local Fixo Fornecedores Habilitados (cocontratantes/empresas): 5/5, 1 PME Quantidade de lotes: 15 Lote 1 a 4 Lote 5 Lote 6 a 9 Lote 10 Lote 11 a 14 Lote 15 Prestação de serviços de comunicações de voz no Distrito de Lisboa, Distrito do Porto; Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira.(Lotes Regionais). Prestação de serviços de comunicações de voz em todo o território nacional. Prestação de serviços de dados acesso à Internet e conetividade no Distrito de Lisboa, no Distrito do Porto, Região Autónoma dos Açores e na Região Autónoma da Madeira. (Lotes Regionais). Prestação de serviços de dados acesso à Internet e conetividade em todo o território nacional. Prestação de serviços combinados de comunicações de voz e de dados acesso à Internet e conetividade no Distrito de Lisboa, Distrito do Porto; Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira. (Lotes Regionais). Prestação de serviços combinados de comunicações de voz e de dados acesso à Internet e conetividade em todo o território nacional. Despesa estimada anual do Estado para Comunicações: 180 M : OE 2011 (Serviços integrados + Serviços e fundos autónomos) 10
11 Medidas Troika Shared services Develop the use of shared services in the central administration by fully implementing the ongoing projects and by regularly assessing the scope for further integration: i. Fully implement the strategy of shared services in the area of financial (GeRFIP) and human resources (GeRHup). [Q2-2012] ii. Rationalise the use of IT resources within the central administration by implementing shared services and reducing the number of IT entities in individual Ministries or other public entities. [Q4-2012] Reduce the number of local branches of line ministries (e.g. tax, social security, justice). The services should be merged in citizens shops covering a greater geographical area and developing further the e-administration over the duration of the programme. [Q4-2013] 11
12 Medidas GPTIC (*) O Conselho de Ministros aprovou, em 12 de janeiro de 2012, as linhas gerais do plano global estratégico de racionalização e redução significativa de custos com as tecnologias de informação e comunicação (TIC) na Administração Pública, apresentado pelo Grupo de Projeto para as Tecnologias de Informação e Comunicação (GPTIC), determinando que em cada ministério seja identificado um organismo responsável pela coordenação da área das TIC. As medidas de racionalização contempladas no plano estão em conformidade com os seguintes eixos de atuação: melhoria dos mecanismos de governabilidade; redução de custos; utilização das TIC para potenciar a mudança e a modernização administrativa; implementação de soluções TIC comuns; estímulo ao crescimento económico. (*) GPTIC: Grupo de Projeto para as Tecnologias de Informação e Comunicação, criado pela RCM Nº 46/2011, de 27 de outubro. 12
13 Medidas GPTIC - Contributos ANCP Ação /Medida Descrição Relevância Alargamento do âmbito subjetivo do SNCP Vinculação do sector empresarial do estado. Medida prevista no Relatório do OE 2012, necessitando de densificação. Despesa Total em bens e serviços: 2800 MEUR, Fonte DGTF. Alargamento do âmbito subjetivo do SNCP Levantamento de Necessidades Vinculação da administração local. Impor o planeamento real de aquisições, através da elaboração de Planos Anuais de Necessidades, pelas UMCs e entidades suas dependentes, em termos de software, hardware e comunicações fixas e móveis, analisados e aprovados por uma entidade reguladora/gestora. Otimização da despesa pública com a normalização e redução da despesa em TIC. Inexistência de planeamento. Necessidade de disciplinar o investimento em TIC. 13
14 Compras Públicas em Portugal Perspetivas Promover o alargamento da base de entidades integradas no SNCP, aumentar o número de AQ e a sua utilização, bem como o aumento da centralização na ANCP Reforçar a formação aos utilizadores e os níveis de conhecimento do sistema, bem como o uso dos meios eletrónicos disponíveis Monitorizar e avaliar permanentemente os resultados e a performance dos AQ e dos preços dos seus bens e serviços Implementar a nova Estratégia Nacional para as Compras Públicas Ecológicas Desenvolver a Estratégia Tecnológica , assente numa solução integrada de e-procurement, abarcando toda a cadeia de valor das compras públicas. Manter sustentabilidade e dar valor ao SNCP 14
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