CORPORAÇÕES E PRÁTICAS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL: A CONSTRUÇÃO E A RECONSTRUÇÃO DAS ESPACIALIDADES DA CTBC (HOLDING ALGAR)

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA CURSO DE GEOGRAFIA CORPORAÇÕES E PRÁTICAS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL: A CONSTRUÇÃO E A RECONSTRUÇÃO DAS ESPACIALIDADES DA CTBC (HOLDING ALGAR) FERNANDO FERNANDES DE OLIVEIRA UBERLÂNDIA DEZEMBRO DE 2010

2 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA CURSO DE GEOGRAFIA CORPORAÇÕES E PRÁTICAS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL: A CONSTRUÇÃO E A RECONSTRUÇÃO DAS ESPACIALIDADES DA CTBC (HOLDING ALGAR) FERNANDO FERNANDES DE OLIVEIRA Monografia apresentada ao Curso de Geografia (modalidade Bacharelado) da Universidade Federal de Uberlândia, como requisito parcial para obtenção do grau de Graduado em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Sylvio Luiz Andreozzi UBERLÂNDIA DEZEMBRO DE 2010

3 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA CURSO DE GEOGRAFIA A COMISSÃO EXAMINADORA, ABAIXO ASSINADA, APROVA A MONOGRAFIA: CORPORAÇÕES E PRÁTICAS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL: A CONSTRUÇÃO E A RECONSTRUÇÃO DAS ESPACIALIDADES DA CTBC (HOLDING ALGAR) ELABORADO POR FERNANDO FERNANDES DE OLIVEIRA COMO REQUISITO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE GRADUADO EM GEOGRAFIA (MODALIDADE BACHARELADO) COMISSÃO EXAMINADORA Orientador: Prof. Dr. Sylvio Luiz Andreozzi (UFU) Examinador: Profa. Dra. Geisa Daise Gumiero Cleps (UFU) Examinador:Prof. Dr. Élison Cézar Pietro (UFU) Uberlândia, 20 de Dezembro 2010.

4 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 - O PAPEL DAS CORPORAÇÕES NO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO 2 - OS ELEMENTOS QUE PROPORCIONARAM O DESTAQUE A UBERLÂNDIA FRENTE À REDE URBANA DO TRIANGULO MINEIRO Uberlândia e a evolução dos fixos de transportes, energia e comunicações 3 - A CTBC: A DIMENSÃO GEOGRÁFICA DE UMA CORPORAÇÃO EM REDe As práticas socioespaciais e a gênese da CTBC A dimensão geográfica da rede de controle técnico e político da CTBC CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS

5 5 LISTA DE FIGURAS 1 Triângulo Mineiro: principais estradas de rodagem e rede ferroviária, Triângulo Mineiro: rede viária principal e rede férrea, Uberlândia: obras de duplicação da BR-050, sentido Araguari Uberlândia: obras de duplicação da BR-050, sentido Araguari Uberlândia: obras de duplicação da BR-365, sentido Ituiutaba Uberlândia: obras de duplicação da BR-365, sentido Ituiutaba Uberlândia: anel viário norte Triângulo Mineiro: sistema de transmissão e geração de energia elétrica Uberlândia: usina hidrelétrica Amador Aguiar I Uberlândia: usina hidrelétrica Amador Aguiar II Algar: organograma estrutural das empresas da holding, Holding Algar: área de distribuição de empresas controladas, CTBC: expansão da área de atendimento pelos serviços de telecomunicação entre 1965 e CTBC: organograma e estrutura acionária das empresas controladas, Áreas de atuação e prestação de serviços de telecomunicação, CTBC: áreas de concessão e de expansão na prestação de serviços de telecomunicação,

6 6 LISTA DE GRÁFICOS 1 Algar: receita operacional líquida total de acordo com os rendimentos, CTBC: evolução no número e percentual de telefones entre 1919 e

7 7 LISTA DE QUADROS 1 Triangulo Mineiro/Auto Paranaíba: cronologia de implantação da malha viária rodoviária, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: usinas hidrelétricas instaladas, Algar: principais atividades das empresas controladas pela holding, Algar: balanço financeiro CTBC: evolução do número de terminais de telefonia fixa e celular,

8 8 LISTA DE SIGLAS ACS Algar Call Center Service ACIAPU Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Uberlândia ADSL Asymmetric Digital Subscriber Line ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações CCBE Consórcio Capim Branco Energia CELG Companhia Energética de Goiás CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais CESP Companhia Energética de São Paulo CETERP Operadora Municipal de Ribeirão Preto COMTEC Administração de Terminais e Centros Comerciais COR Centro de Operação de Redes CPqD Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações CRT Companhia Rio-Grandense de Telecomunicações CTB Companhia Telefônica Brasileira CTBC Companhia de Telefones do Brasil Central CTUI Departamento de Transmissão Urbana e Interurbana DCI Diário Comércio e Serviços DNER Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes EMBRATEL Empresa Brasileira de Telecomunicações FCA Ferrovia Centro Atlântica IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística SERCOMTEL Operadora Municipal de Londrina

9 9 INTRODUÇÃO A reestruturação técnico-científica-informacional da sociedade estudada por Santos (1994, 1996), traduz-se em amplos processos de construção e reconstrução de arranjos espaciais, caracterizados por transformações nos sistemas de objetos e ações, assim como pelas justaposições entre horizontalidades e verticalidades, expressando a natureza complexa dos fluxos. Nesses processos, destaca-se, sobremaneira, o papel desempenhado pelas corporações, pois, de acordo com Corrêa (1991, p.33), [...] são as grandes corporações com múltiplas atividades e localizações que desempenham o principal papel na reorganização do espaço: constituem-nas agentes fundamentais da gestão do território, exercendo controle poderoso sobre a organização espacial e sua dinâmica. De modo semelhante, Silva (2003, p.13) afirma que, [...] na sociedade capitalista moderna, uma das manifestações concretas da dinâmica socioespacial é representada pela grande corporação que constitui um dos principais agentes de reorganização do espaço capitalista, envolvendo crescente multifuncionalidade e multilocalização das escalas geográficas de operações. Tal complexidade exige, no entanto, que o espaço seja dotado de uma nova funcionalidade e operacionalidade, sobretudo, a partir dos investimentos em transporte, comunicação e energia, de modo a viabilizar a implantação das redes de interação socioespacial e, consequentemente, a acumulação ampliada do capital. Na globalização, as inovações tecnológicas tornaram-se fundamentais para a formação de estruturas em redes, gerando um complexo espaço de fluxo que possibilita a difusão espacial das atividades, posto que tais atividades mantêm-se interligadas por meio do sistema

10 10 de telecomunicações, que, por sua vez, afiança uma intensa propagação das comunicações e das informações, obedecendo aos interesses dos distintos agentes envolvidos, ante suas respectivas necessidades de velocidade. De fato, os serviços de telecomunicação estão entre os que mais sofreram alterações em sua dinâmica e estrutura, passando a ocupar um lugar central no conjunto das infraestruturas, visto que se tornaram um dos principais eixos de atualização tecnológica, transformando o próprio conceito locacional das atividades. Desse modo, esse setor vem ganhando importância estratégica, sendo caracterizado, como aponta Silveira (1999), pela superposição entre redes hegemônicas, destinadas a acatar os imperativos da atual divisão do trabalho, e redes hegemonizadas, destinadas a atender a uma circulação de tipo mais endógeno, de tal modo que quem controla a informação e sua rede técnica exerce um poder, praticamente, sem medida. Nessa perspectiva, cabem os apontamentos de Raffestin (1993, p.213), quanto aos processos de regulação das infra-estruturas econômicas, pois [...] quem procura tomar o poder se apropria pouco a pouco das redes de circulação e de comunicação [já que] controlar as redes é controlar os homens e é impor-lhes uma nova ordem que substituirá a antiga [...]. De modo semelhante, Becker (1997 p. 14), ao analisar os vetores de transformação e circuitos de poder no território brasileiro aponta que [...] um circuito de poder corresponde ao fortalecimento de atores no cenário internacional e nacional que manipulam e circulam a mesma matéria dotada de energia motriz: a informação. Por sua instantaneidade, a informação é capaz de acelerar os ritmos econômicos, tornando-se estratégica: a rede de informação tornou-se, assim, instrumento incomparável de controle de unidades econômicas e territoriais. [...] a nova meta do novo ator é a complementaridade e a regulação da atividade econômica, tarefa que cabe às redes de telecomunicações. Ressalta-se, além disso, que a efetiva condição estratégica desse setor no Brasil implantou-se num contexto de desregulação, caracterizado pela quebra do monopólio estatal

11 11 na prestação desses serviços e pela abertura para o capital privado, ainda no final década de No Brasil, após a década de 1970, o Governo Federal foi responsável por grande parte dos investimentos ligados ao setor de telecomunicações. Nesse momento, os serviços de telecomunicações, bem como a estrutura industrial responsável pela produção dos equipamentos necessários à realização de tais serviços, estavam concentrados nas mãos da iniciativa privada, em sua maioria, empresas estrangeiras. De acordo com Cardoso (2000), em 1962, 80% dos telefones existentes no país eram de propriedade da Companhia Telefônica Brasileira-CTB, cujo acionista majoritário era a empresa canadense Brasilian Tractions; os serviços de telecomunicações interestaduais e internacionais eram controlados por empresas inglesas, estadunidenses e italianas, a saber: a Western Telegraph, Radional e a Radiobrás, e a Italcable, respectivamente; os equipamentos utilizados nos serviços também eram fornecidos por empresas estrangeiras: a Ericson do Brasil e a IT&T. Em 1962, a criação do Código Brasileiro de Telecomunicações marcou as primeiras tentativas de nacionalização do referido setor. Todavia, foi o governo militar o responsável pela estatização do setor, a partir da criação da Embratel, do Ministério das Comunicações e da Telebrás. De acordo com Santos e Silveira (2001, p.81), [...] a regulação pelo poder público foi o motor desses processos [...], uma vez que o Estado atuou como provedor direto no processo de ampliação e de modernização, além de monitorador dos serviços prestados por esse setor. Para tanto, criou a Empresa Brasileira de Telecomunicações-Embratel (1965), que operava as redes de serviços de longa distância nacional e internacional; o Ministério das Comunicações (1967), que regulamentava e fixava as diretrizes gerais de desenvolvimento do setor; e a Telecomunicações Brasileiras-Telebrás (1972), que foi responsável pela incorporação e controle de toda a rede, incluindo as 27 empresas-pólo, que operavam as redes urbanas e

12 12 intraestaduais, alcançando status de holding, capaz de controlar os serviços de telecomunicações em todo o território nacional, com exceção das regiões controladas pelas empresas independentes, mas, tecnicamente, integradas ao sistema Telebrás. Dentre essas, destacavam-se a Operadora Municipal de Ribeirão Preto-CETERP, a Companhia RioGrandense de Telecomunicaçõe-CRT, a Operadora Municipal de Londrina-SERCOMTEL e a Companhia de Telefones do Brasil Central-CTBC, que permanecera como a única empresa privada do setor. A reestruturação das telecomunicações na década de 1990 objetivava, nas palavras e práticas neoliberais, flexibilizar o modelo brasileiro de telecomunicações, eliminando a exclusividade do Estado e buscando introduzir o regime de competição na prestação desses serviços, primordialmente, com a entrada do capital privado, nacional e estrangeiro. A criação da Agência Nacional de Telecomunicações-Anatel, em 1997, a privatização do sistema Telebrás, por meio da venda das teles estaduais, da Embratel e das empresas de telefonia celular, em 1998, e a transformação do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) em fundação privada, marcaram o fim da atuação do Estado como provedor direto dos serviços de telecomunicações e assinalaram o início de sua atuação como órgão regulador. A repartição do território nacional em áreas de concessão ou de autorização para a prestação de serviços de telefonia fixa e móvel, de acesso à Internet, de comunicação multimídia, de TV por assinatura, de radiodifusão, dentre outros, contribuiu para a configuração de verdadeiros territórios particulares da exploração dos serviços de telecomunicação, para utilizar expressão de Coelho (1997, p.59), marcados pela privatização das operadoras públicas e pela entrada do capital internacional, indicando embates entre os novos e os velhos atores. De modo que os novos contornos desse setor encontram-se delineados pelos avanços tecnológicos, caracterizados pela revolução informacional e pela modernização dos tele-equipamentos que para Santos e Silveira (20001, p.73) [...] do

13 13 telégrafo ao telefone e ao telex, do fax e do computador ao satélite, à fibra óptica e à Internet [...]; pelas mudanças institucionais, marcadas pelo processo de desestatização e pelas novas formas de atuação do Estado, que passou a exercer papel de agente regulador; pela entrada de capital privado e pela formação de parcerias entre o setor público e o privado. Destarte, emergem as questões que norteiam este trabalho, a saber: qual a organização espacial da CTBC, única operadora privada de telecomunicações com mais de 50 anos de atuação no Brasil e quais foram as práticas socioespaciais que resultaram na expansão e na consolidação dessa corporação e também da holding Algar, controladora da CTBC Nessa perspectiva, a presente pesquisa analisou, primeiramente, o processo de formação da CTBC, destacando, inclusive, a captação inicial dos recursos financeiros, pois, nesse momento, criaram-se as condições básicas para a formação de uma das maiores corporações empresariais do país, a Algar; e, posteriormente, o processo de expansão espacial e de reestruturação organizacional da CTBC, destacando as decisões e as estratégias para a formação da referida holding. O presente trabalho orienta-se pelo entendimento da gênese e evolução das práticas de gestão e ordenamento territorial da CTBC, enfatizando a construção e a reconstrução de suas espacialidades, antes da estatização e depois da privatização do sistema telecomunicações no Brasil. Para tanto, a coleta de informações organizou-se por meio de pesquisas estatísticas, com levantamentos de dados secundários, nos sítios e nas publicações da CTBC e da Algar, e por intermédio de pesquisas diretas, com levantamentos primários, nas sedes das referidas empresas, ambas localizadas em Uberlândia, Minas Gerais. Ressalta-se que, no intuito de tornar inteligíveis as etapas de evolução da espacialidade dessa corporação, foi dada atenção às suas unidades componentes, destacando suas atividades, ano de criação ou de aquisição e localização. Ademais, a pesquisa em tela traz uma nota sobre a gestão espacial das corporações e suas práticas de ordenamento territorial e a análise dos elementos e ações dos

14 14 agentes locais que propiciaram à cidade de Uberlândia, sede do Grupo Algar, o destaque frente à rede urbana do Triângulo Mineiro.

15 O PAPEL DAS CORPORAÇÕES NO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO Nos processos de ordenamento territorial e na construção de arranjos espaciais emerge a importância de elementos de natureza política, econômica, espacial e cultural, que denotam as atitudes, as práticas, e os investimentos atribuídos aos agentes sociais, seja por meio das intervenções estatais e dos atores políticos e no que se refere aos atores da economia, sejam estes locais, nacionais ou globais, que comandam os diversos segmentos da economia. Nas palavras de Corrêa (1992, p. 35) a gestão do território [...] é a dimensão espacial do processo geral de gestão, confinando-se ao espaço sob controle de um Estado ou de uma dada empresa [...],constituindo ainda [...] o conjunto de práticas que visa, no plano imediato, a criação e o controle da organização espacial. Trata-se, da criação e controle das formas espaciais, suas funções e distribuição espacial, assim como de determinados processos como concentração e dispersão espacial, que conformam a organização do espaço em sua origem e dinâmica. Em última instância a gestão do território constitui poderoso meio que visa através da organização espacial, viabilizar a existência e reprodução da sociedade. Nesta perspectiva, no caminho de se compreender a dinâmica e evolução socioespacial empreendida por determinada sociedade faz-se necessário conhecer [...] o tamanho das elites, seu contingente, como elas se relacionam entre si e com os grupos detentores de poder político, o seu caráter aberto ou fechado, ou seja, a forma de recrutamento de seus membros e o conseqüente processo de mobilidade social [...] (BOTTOMORE 1965 p. 15). Não obstante, é preciso conhecer como se organizam e se reorganizaram os antigos atores e como entraram em cena os novos atores, sobretudo, aqueles associados às corporações, sejam estas frutos dos capitais locais, ou oriundas dos capitais nacionais ou globais e a sua notável

16 16 importância nas reconfigurações espaciais, como resultado de práticas sociopolíticas e de suas complexas espacialidades. Corrêa (1992), ao abordar as práticas espaciais na gênese e dinâmica do Grupo Souza Cruz, identifica cinco práticas inerentes à corporação que coexistem de forma combinada, a saber: seletividade espacial, fragmentação/remembramento espacial, antecipação espacial, marginalização espacial e reprodução da região produtora. Ao constituir sua espacialidade e áreas de atuação, uma corporação age de forma seletiva. Os fatores locacionais clássicos como a proximidade de mercados consumidores e de mão de obra, fontes de matéria prima, fontes de energia ou áreas de excelência aos transportes são de extrema importância a uma corporação, assim como a existência de centros de pesquisa e desenvolvimento, vantagens fiscais e infraestrutura pronta. Para Corrêa (1992 p. 37) tais atributos [...] encontrados de forma isolada ou combinada, variam de lugar para lugar, e são avaliados e reavaliados sistematicamente [...] pois esse processo [...] tem natureza específica das funções de cada unidade a ser implantada: usina de beneficiamento, fábrica, escritório regional de vendas, centro de pesquisa e desenvolvimento, depósitos atacadistas, etc. Como resultado, observa-se uma complexa organização espacial, que resulta do variado processo de seleção de lugares, onde a corporação, detentora de economias de escala, pode criar alguns dos atributos acima mencionados, fato que releva a importância de elites locais e de grandes corporações, ao utilizarem de sua influência junto aos segmentos políticos nos processos de adequação do território, provendo-o das infra-estruturas necessárias à manutenção dos mecanismos da acumulação de capitais. Nos processos de fragmentação a corporação poderá dividir o espaço sob sua influência levando em consideração a intensificação de sua atuação, ao implantar novas unidades atreladas à sua cadeia produtiva, administrativa ou varejista. Nas palavras de Corrêa (1992 p. 37), a fragmentação [...] tende a alterar as unidades territoriais que constituem o

17 17 complexo mosaico que caracteriza o espaço de atuação da corporação, estabelecendo unidades cada vez menores [...]. A expansão via concessões públicas da CTBC rumo aos promissores mercados do interior paulista retrata a realidade dos processos de fragmentação, fato acentuado pela implantação dos serviços de contact center em Campinas e pelos pontos de presença interligados por sua rede ótica inteirando os anéis metropolitanos em Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Belo Horizonte e Brasília, que representam os mais importantes nós da rede urbana nacional. O referido processo faz oposição ao remembramento espacial, na medida em que este promove a aglutinação das unidades territoriais, onde a corporação poderá, sob certas condições, resumir as diversas partes de seu território em uma nova realidade, antes assinalada por amplas unidades territoriais. Como conseqüência dessa aglutinação, as unidades menos eficientes e as localizações menos privilegiadas podem ser as primeiras a serem eliminadas, demonstrando o que Corrêa (1992) conceituou como seletividade espacial negativa. Visando maior eficiência ao adotar práticas vinculadas ao controle de sua organização espacial, a corporação a poderá excluir total ou parcialmente do seu mosaico de lugares uma determinada localização. Na marginalização espacial as constantes mudanças locacionais observadas na dinâmica das corporações acarretam no processo de abertura de novas unidades e no fechamento de outras, processo responsável pela seleção de lugares que outrora foram considerados pouco atrativos às necessidades da corporação. Como conseqüência, ocorre também o abandono de localizações anteriormente avaliadas como atrativas e favoráveis à instalação de unidades, salientando a marginalização espacial. Para Corrêa (1992), a marginalização espacial produz impactos diversos, podendo afetar o nível de emprego e a arrecadação tributária da área marginalizada. O mencionado processo pode ainda, [...] ser acompanhado de uma reconversão funcional no âmbito da

18 18 própria corporação. Neste caso outra atividade substitui aquela que foi retirada do lugar, ou aí permanece uma parte de suas antigas funções: trata-se, nesse caso, de marginalização parcial. (CORRÊA, 1992 p. 39) Nos processos de reprodução da região produtora, faceta importante na gestão do território, Corrêa (1991) salienta a influência exercida pela corporação sobre sua área de atuação e a importância do controle deste território. Nesta perspectiva, a corporação usará de sua influência ao desenvolver sobre seu território áreas de especialização produtiva ligadas à sua cadeia de produção, onde [...] pequenas ou grandes regiões com tendência à especialização produtiva são criadas através da ação da corporação, e devem ser submetidas ao seu controle [...]. O referido processo destaca a importância não só das corporações mas também das elites locais nos processos de ordenamento e adequação do território e na criação dos chamados fatores locacionais, que promovem do desenvolvimento regional e introduzem os mecanismos necessários à acumulação e reprodução de capitais. Nas palavras de Bessa (2007, p ) observa-se [...] o desenrolar da criação de novas geografias, em parte, engendradas pelas ações e práticas das elites locais que redefinem a funcionalidade de seus centros e, por conseguinte, os padrões das interações espaciais[...], e como aponta Corrêa (1989 p. 118) [...] os grupos econômicos locais e regionais que sem se contraporem às grandes corporações, apresentam uma relativamente forte atuação em alguns espaços regionais ou locais, instaurando especializações produtivas que inserem estes espaços, de modo muito singular, na divisão territorial do trabalho. De modo semelhante, Vargas (2001) ao abordar a lógica espacial da atividade terciária coloca que os grandes comerciantes varejistas e os empreendedores imobiliários que lucram a partir de edificações voltadas à atividade comercial, que representam os agentes superiores da atividade terciária, podem ser responsáveis pela criação de centralidades, ou seja, dos fatores

19 19 locacionais que possibilitem a dinamização e a reprodução dos processos de acumulação do capital, ditando assim uma nova funcionalidade ao lugar. Ramires (1989, p.107) ao analisar a organização espacial das multinacionais considera a segmentação no âmbito das empresas, onde [...] esta segmentação aparece como resultado da dinâmica de acumulação do capital que polariza a economia num segmento constituído por grandes empresas e outro por pequenas empresas [...]. Na perspectiva da segmentação, o segmento das pequenas firmas pode ser dividido em retardatário, que possuem tecnologia limitada, ora assemelhando-se às ancestrais oficinas do período pré industrial, conseguindo sobreviver às pressões da economia em função de fatores de mercado, riqueza herdada e respeitabilidade social; o segmento intermediário que caracteriza-se por empresas que formam nichos que as permitem sobreviver, sendo muitas vezes associadas a grandes empresas, com contratos, acordos de preço, divisão de mercado e franchising, que as torna subordinadas à grande empresa e o segmento das firmas líderes, que para Ramires (1989 p.107) [...], apresentam alta taxa de reposição em função de sua capacidade de adoção e inovação, tendo um grande potencial para se tornar uma grande empresa. Ainda na perspectiva da segmentação, Ramires (1989) aborda o segmento das grandes corporações, que podem ser divididas em multidivisionais e empresas globais. O segmento multidivisional é caracterizado por um marcante processo de diversificação, pois [...] comporta várias unidades produtivas, cada uma fabricando para um mercado específico [...], podendo [...] agregar novos produtos e novos mercados sem alterar sua estrutura interna e adaptar-se às alterações da economia (RAMIRES, 1989 p ). O referido autor utiliza ainda o exemplo da General Electric, empresa multifuncional/global estadunidense que possui ampla área de atuação, produzindo desde uma simples lâmpada, passando por motores para locomotivas e aeronaves, até reatores nucleares. No caminho de sua expansão, a corporação multifuncional torna-se global a partir do momento em que as fronteiras espaciais passam a

20 20 ser eliminadas, onde a rapidez da circulação do capital passa a ser condição indispensável, assim como a descentralização do poder e de tomadas de decisão, fatores que tornam a corporação competitiva e mais eficiente administrativamente no âmbito global. As características geográficas da segmentação podem ser abordadas por meio de cada empresa em cada segmento, ou pela organização espacial típica do segmento ou ainda pelas interações espaciais das empresas entre os diferentes segmentos. Para Ramires (1989 p. 109) a última perspectiva [...] parece ser o mais interessante na medida em que procura apreender aos circuitos de movimentação do capital da totalidade de espera sócio-econômica e, portanto, as leis que estão produzindo a organização espacial. Ramires (1989, p.110), reconhece a importância do sistema capitalista na criação de uma hierarquia mundial de cidades, conferindo às grandes corporações multinacionais como as principais articuladoras deste processo, onde [...] a análise da integração entre a cidade mundial e o sistema global deveria ser estudada levando-se em conta a concentração relativa de sedes de corporações transnacionais; a concentração relativa instituições financeiras; concentração relativa investimentos estrangeiros; os nódulos do sistema internacional de comunicações e o nível de serviços sócio-culturais de apoio às elites internacionais. Nesta perspectiva, informação e comunicação representam variáveis chave, pois as organizações multinacionais [...] são as principais implementadoras de decisões locacionais, gerando fluxos cada vez mais complexos de bens, serviços capital e informações especializadas (RAMIRES 1989). Na fase atual do sistema capitalista as grandes corporações exercem papel essencial na organização do espaço, sendo capazes de desempenhar determinado controle sobre vastos e diferenciados territórios. Este controle confere à corporação a máxima eficiência na reprodução de suas condições de produção e na acumulação de capital, sendo responsável ainda pela manutenção dos processos mencionados. Nesta lógca, o ciclo de reprodução e

21 21 centralização do capital torna-se cada vez mais complexo, ocorrendo o mesmo com sua espacialidade, cujas complexidades, segundo Corrêa (1997 p. 286) [...] são potencializadas com a constuição de poderosas corporaçãoes multifunionais e multilocalizadas, envolvendo ampla gama de produtos, serviços e inúmeras localizações.

22 OS ELEMENTOS QUE PROPORCIONARAM O DESTAQUE A UBERLÂNDIA FRENTE À REDE URBANA DO TRIANGULO MINEIRO A partir da segunda metade do século XIX aceleram-se as transformações que levaram uma nova dinâmica espaço-temporal ao território brasileiro graças à adoção [...] de novas tecnologias e novas ações organizacionais [...] (BESSA, 2007). Desse modo, o território passa por adequações associadas ao ciclo da cultura cafeeira, ao início das atividades industriais, à implantação dos sistemas de engenharia vinculados à construção de ferrovias e rodovias, à produção e distribuição e energia elétrica e à implantação do sistema de telégrafos. A incorporação das referidas adequações promoveram mudanças sensíveis ao Triângulo Mineiro, conferindo maior complexidade à sua rede urbana e propiciando a ascensão de outros centros além de Uberaba. Para Bessa (2007 p. 114) a implantação dessas modernizações [...] relacionava-se com os diversos entendimentos dos elementos da transformação socioespacial, cujos motores estavam diretamente associados ao aperfeiçoamento dos meios de transporte, à expansão comercial, à ampliação da indústria de beneficiamento. Para a referida autora, a partir da última década do século XIX, essa expansão comercial e industrial esteve alicerçada pelos mencionados avanços infra-estruturais até a década de 1940, momento em que as deficiências da base técnica transformaram-se em elemento central para a reestruturação dos padrões da organização socioespacial triangulina. A partir desse momento observa-se, paulatinamente, a diminuição da influência de Uberaba e a emergência de Araguari e Uberlândia, sendo que a partir década de 1950 o incremento do pólo atacadista-distribuidor e da indústria de base alimentar passam a constituir os elementos

23 23 diferenciadores apropriados por Uberlândia, em detrimento de Araguari e Uberaba (BESSA 2007). As mudanças observadas a partir da segunda metade dos anos de 1950 conferiram um novo arranjo territorial ao Triângulo Mineiro, que nas palavras de Bessa (2007 p. 147) promoveram [...] a efetiva reestruturação na ordem anterior, visto que a região recebeu, de forma mais efetiva, os impulsos modernizantes da economia brasileira, especialmente os associados aos planos nacionais de desenvolvimento e aos novos impulsos dados à industrialização, reconhecidos como industrialização pesada, em decorrência dos investimentos nos setores de bens de produção e bens de consumo duráveis, além do impulso dado à própria indústria de base [...] Nesta perspectiva, a construção Brasília foi determinante para alargar os caminhos da acumulação na região do Triângulo, e, sobretudo em Uberlândia, [...] num momento em que o dinamismo regional se mostrava em retração [...] (BESSA, 2007), reafirmando a condição de entreposto comercial, pois reforçou as rotas econômicas históricas e melhorou a base infraestrutural referente às redes de energia, comunicações e principalmente de transportes, elemento central do Plano de Metas. 2.1 Uberlândia e a evolução dos fixos de transportes, energia e comunicações Os chamados sistemas técnicos, conforme Santos (1994), são os responsáveis pela expansão do meio técnico-científico-informacional (SANTOS, 1994, 1996), baseado nas inovações tecnológicas que representam o alicerce de um novo sistema temporal, no qual [...] ciência, tecnologia e informação são a base técnica da vida social atual [...] (SANTOS, 1994 p. 44). Os sistemas técnicos são também responsáveis pela promoção dos fluxos capazes de modificar o território, a região e o lugar, cabendo à Geografia [...] estudar o conjunto indissociável de sistemas de objetos e de sistemas de ações que formam o espaço [...] (SANTOS, 1996 p. 51). Para Bessa (2001 p. 18),

24 24 Esses sistemas técnicos são caracterizados pelos sistemas de objetos ou pela construção de fixos artificiais, verdadeiras próteses edificadas sobre o território para garantir a fluidez do espaço, ou melhor, a realização de toda sorte de fluxos, que, pela sua complexidade, também passam a construir-se em sistemas de ações. No Triângulo Mineiro, o desenvolvimento das infra-estruturas vinculadas ao sistema de transportes iniciou-se ao fim do século XIX, com a chegada dos trilhos da Companhia Mogiana, hoje denominada Ferrovia Centro Atlântica (FCA) que superou o Rio Grande no ano de 1888 a caminho do estado de Goiás. Segundo Bessa (2001 p. 54), as cidades de Uberaba e Araguari, [...] por serem, respectivamente, ponto de início e ponto final da ferrovia na região, foram as que mais se beneficiaram com a extensão da Mogiana, tendo, inclusive, seus papéis urbano-regionais ampliados [...]. Uberlândia, apesar de ter se beneficiada com a estrada de ferro, não se projetou, neste primeiro momento, como ponto polarizador na região, compreendendo a Araguari como ponta de trilhos a imposição de limites ao domínio comercial de Uberaba, fato que não abalou de forma significativa à hegemonia uberabense sobre a região. Para Brandão (1989 p. 69) a chegada dos trilhos da Companhia Mogiana ao Triângulo Mineiro representou a [...] acessibilidade dos produtos agrícolas e pecuários do Brasil Central a São Paulo [...] assim como a chegada dos produtos manufaturados paulistanos, que [...] puderam alcançar um mercado ampliado, graças ao prolongamento vertiginoso das estradas de ferro pelo interior do país [...]. Observa-se assim a divisão territorial do trabalho na região do Triângulo Mineiro no fim do século XIX, alicerçada nos trilhos da ferrovia. Cabe ressaltar que os referidos impulsos modernizantes estavam diretamente relacionados à expansão da cultura cafeeira paulista, vista a importância do complexo cafeeiro à economia nacional naquele momento.

25 25 A construção da Ponte Afonso Pena, inaugurada em novembro de 1909 garantiu o acesso ao sul e sudoeste do estado de Goiás, e, a partir de 1912, os investimentos da Companhia Mineira de Autoviação Intermunicipal ligaram a cidade de Uberlândia à referida ponte e a outros centros urbanos do norte do Triângulo, possibilitando à cidade de Uberlândia [...] apropriar-se de grande parte do excedente criado em toda a região [...] (Guimarães, 1990 p. 70). De fato, as infra-estruturas de transporte beneficiaram toda a região do Triângulo Mineiro, acelerando o intercâmbio e [...] permitindo, juntamente com outros fatores regionais, aumentar a produção do campo e as probabilidades de uma produção industrial ampliada, além de possibilitar a consolidação de grupos atacadistas, que passaram a atuar em todo território nacional (BESSA, 2007 p ). A base técnica estabelecida no final do século XIX serviu de substrato às novas intervenções no sistema de engenharia ocorridas no fim da década de 1950, que, como sugere Bessa (2007) representaram uma efetiva integração entre território e mercado, que acabaram por consolidar a cidade de Uberlândia como principal núcleo urbano triangulino e um dos principais núcleos intermediários da rede urbana brasileira. Neste momento, o reaparelhamento dos transportes atuou como elemento divergente a Uberlândia frente aos demais centros da região, conferindo à mencionada cidade a qualidade de entreposto rodoferroviário, garantindo fluidez ao território e proporcionando as condições técnicas ao estabelecimento dos grupos atacadistas e das unidades industriais.

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27 A partir da segunda metade dos anos de 1950 observam-se as melhorias na base técnica que confeririam os elementos responsáveis à consolidação de um novo arranjo territorial ao Triangulo Mineiro, fatores associados ao impulso dado à indústria de base, aos investimentos associados à abertura do mercado interno à indústria de bens duráveis, o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek e a construção de Brasília, que representa o elemento estruturador de uma nova ordem territorial ao Triângulo e ao município de Uberlândia, como salienta Guimarães (1990). A transferência da capital federal para o Planalto Central aferiu ao Triângulo Mineiro uma nova posição na divisão territorial do trabalho, visto que a região [...] passou a ocupar posição estratégica no território brasileiro, em decorrência de estar localizada entre a sede do poder federal Brasília e a sede do poder econômico São Paulo [...], fato que atribuiu ao Triângulo [...] a condição de entreposto comercial, visto que reforçou as rotas econômicas históricas, assim como ampliou e melhorou a base infra-estrutural associada aos transportes, às comunicações e à geração de energia [...] (BESSA, 2007 p. 150), cujas vantagens foram apropriadas de forma mais ampla por Uberlândia, conferindo à referida cidade a diferenciação frente aos demais centros urbanos da rede urbana triangulina. Mormente, essa apropriação de vantagens demonstra o papel crucial de influência junto aos governos da progressista elite uberlandense na adequação do território tanto nas infra-estruturas de energia e comunicações, mas principalmente no que se refere à malha viária, elemento central do Plano de Metas que constituía as infra-estruturas primordiais ao emergente pólo atacadista da cidade, vocação que se estabelecia. Conforme apontado por Bessa (2007), vale lembrar que Uberlândia, apesar de já estabelecida como entreposto comercial, não figurava entre as prioridades do Plano Rodoviário Quinquenal do DNER no ano de 1956, plano este alterado com a construção da nova sede do governo federal.

28 28 No Triângulo Mineiro a expansão rodoviária engrenada pelo Plano de Metas propiciou notória evolução dos meios de transportes, fator responsável por um substancial rearranjo da rede urbana triangulina sendo ainda responsável pela sensível diferenciação entre os núcleos urbanos pertencentes à rede. Conforme Bessa (2007, p. 151) a expansão em pauta [...] orientou-se nos sentidos leste-oeste e norte-sul, visando, sobretudo, garantir acesso a São Paulo e a Brasília, assim como à fronteira agropecuária do centro-oeste e à capital mineira [...], onde o governo estadual articulou-se juntamente com os investimentos do governo federal na melhoria das rodovias estaduais. No sentido leste-oeste, foram construídas as rodovias BR-365 e BR-262, sendo que a primeira interligava as cidades de Montes Claros, Patos de Minas, Uberlândia e Ituiutaba ao canal de São Simão, cuja conclusão ocorreu nos anos de A BR-262 no seu projeto inicial pretendia ligar Vitória (ES) ao Acre, passando por Belo Horizonte, Araxá, Uberaba e Cuiabá, em detrimento da cidade de Uberlândia, pois segundo Bessa (2007 p. 151) [...] o governo estadual, ainda nesse momento, considerava Uberaba e Araxá como essenciais ao Triângulo Mineiro [...]. Todavia, a elite uberlandense visando a importância do mercado consumidor da capital estadual e utilizando de sua influência junto aos governos propõe a criação da BR-452, como entroncamento que ligaria Uberlândia a Araxá e posteriormente a Belo Horizonte, prática pontuada por Santos (1979 p. 131), ao reconhecer o Estado como fornecedor de infra-estruturas de transportes vinculadas ao interesse dos empresários privados, onde [...] a política dos transportes é, na maior parte do tempo, ditada pelos interesses do grande capital. Este pode influenciar diretamente as decisões públicas. O acesso ao Sudoeste Goiano era realizado via ponte Afonso Pena pela BR-153, rodovia no sentido norte-sul que inicialmente favorecia a São José do Rio Preto, Frutal, Ituiutaba, Itumbiara, Goiânia e Anápolis, e cujo acesso foi garantido pelo entroncamento com a BR-365, passando a favorecer também a Uberlândia, pois possibilitou ligação a Brasília,

29 29 Goiânia, aos demais circuitos mercantis do centro-oeste e também da região norte. Outro projeto no sentido norte-sul foi a construção da BR-050, que privilegiava a Ribeirão Preto, Uberaba, Uberlândia e Araguari, acompanhando a rota história instituída pela Companhia Mogiana, ligando ainda a sede do poder político federal ao principal centro econômico do país e de grande importância a São Paulo, assim como a BR-153, pois alargaram os fluxos às regiões complementares à sua economia.

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31 Figura 3 Uberlândia: obras de duplicação da BR-050, sentido Araguari. Fonte: Oliveira, Figura 4 - Uberlândia: obras de duplicação da BR-050, sentido Araguari. Fonte Oliveira, Como salientado por Bessa (2007), o jogo de interesses deu-se entre os núcleos regionais intermediários, pois aos capitais sediados em Goiás interessava o intercâmbio direto com São Paulo, sem a intermediação de Uberlândia, como visto no traçado da BR-153 que favorecia as cidades de São José do Rio Preto, Goiânia e Anápolis. A BR-153 [...] até meados da década de 1960 não sofria concorrência com a BR-050, apesar de ser este o caminho mais curto entre São Paulo e Brasília [...] (BESSA, 2007 p. 153). Todavia Uberlândia alargou seus domínios sobre o sudoeste goiano, garantindo ainda ligação direta à capital federal pelo entroncamento das rodovias BR-365 e BR-153 e pela BR-050, garantindo expansão no sentido leste pelas rodovias BR-452 e BR-365. Ainda citando Bessa (2007 p. 153) a notória expansão dos transportes no Triângulo Mineiro [...] além de tornar mais complexos os sistemas de engenharia presentes no lugar, aumentou a vida de relações por meio de uma densificação dos fluxos, que definiu circuitos espaciais de comercialização, por meio da circulação de bens e produtos [...] cujo empenho da elite uberlandense, consciente que de um pólo atacadista carecia de uma malha rodoviária densa e eficiente, surge como elemento fundamental à implantação das modernizações e da adequação do território, pois como coloca Santos (1985, p. 62) [...] nas condições atuais circulação rápida do capital, isto é, pela necessidade de rápida transformação do produto em mercadoria ou capital-

32 32 dinheiro, isto é, nas condições de reprodução, a capacidade maior ou menor de fazer circular rapidamente o produto é condição, para cada firma, de sua capacidade maior ou menor de realização, ou em outras palavras, do seu poder de mercado, o que também quer dizer poder político. Figura 5 Uberlândia: obras de duplicação da BR-365, sentido Ituiutaba. Fonte: Oliveira, Figura 6 - Uberlândia: obras de duplicação da BR-365, sentido Ituiutaba. Fonte: Oliveira, Figura 7 - Uberlândia: anel viário norte, inaugurado em Junho de Fonte: Oliveira, 2010.

33 33 Quadro 1 Triangulo Mineiro/Auto Paranaíba: cronologia de implantação da malha viária rodoviária, Evolução do sistema viário Ano Rodovias Avanço técnico Função 1958 BR-365 Pavimentação do trecho Interligar o oeste da região e o estado Uberlândia-Monte Alegre de Goiás (São Simão) à cidade de Uberlândia BR-153 Pavimentação do trecho Monte Direcionar para o oeste da região o Alegre Itumbiara fluxo de demanda no sentido sulbrasília, interligando a cidade paulista de São José do Rio Preto à Goiânia e Brasília 1960 BR-050 Pavimentação do trecho São Interligar o corredor Santos-São PauloPaulo Uberaba Brasília, passando pela região do Triangulo Mineiro/Alto Paranaíba no eixo Uberaba-Uberlândia-Araguari 1965 BR-050 Pavimentação do trecho Interligar o corrredor Santos-São PauloUberlândia-Uberaba Brasília, passando pelo Triangulo Mineiro/Alto Paranaíba no eixo Uberaba-Uberlândia-Araguari 1966 BR-050 Pavimentação do trecho Interligar Santos-São Paulo-Brasília, Uberlândia-Brasília passando pelo Triangulo Mineiro/Alto Paranaíba no eixo Uberaba-UberlândiaAraguari BR-365 Pavimentação do trecho Interligar Uberlândia-Brasília Uberlândia-Brasília BR-153 Pavimentação da parte do Interligar o Estado de São Paulo ao Triângulo Mineiro e do trecho Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba e Às Goiânia-Brasília cidades de Goiânia e Brasília 1974 BR-365 Pavimentação do trecho Promover a interligação UberlândiaUberlândia-Montes Claros Montes Claros, ou seja, do Triângulo Mineiro /Alto Paranaíba ao norroeste do Estado, passando por Patrocínio e Patos de Minas, assim como Montes Claros-Brasília, passando por Uberlândia 1975 BR-452 Pavimentação do trecho Interligar Uberlândia-Belo Horizonte, Uberlândia-Araxá passando por Araxá 1987 BR-497 Pavimentação do trecho Interligar Uberlândia-Brasília, passando Uberlândia-Prata por Prata, com acesso à BR-153 no eixo sul-brasília. Interligar UberlândiaItumbiara-Paranaíba/MS BR-050 Duplicação das pistas no Interligar Santos-São Paulo-Brasília, trecho Anhanguera-Uberaba- passando pelo Triangulo Mineiro/Alto Uberlândia Paranaíba no eixo Uberaba-UberlândiaAraguari 2010 BR-050 Duplicação das pistas no Interligar Santos-São Paulo-Brasília, trecho Uberlândia Araguari passando pelo Triangulo Mineiro/Alto Paranaíba no eixo Uberaba-UberlândiaAraguari 2010 BR-365 Duplicação das pistas no Interligar o oeste da região e o estado trecho Uberlândia/confluência de Goiás (São Simão) à cidade de com a BR-153 (trevão) Uberlândia Fonte: Bessa, Org.: Oliveira, 2010.

34 34 Em Uberlândia, os serviços relativos à concessão de energia elétrica eram realizados pela Companhia Prada de Eletricidade, concessionária particular que começou a atuar na cidade em 1909, operando até o ano de 1973, que marca o início da atuação das Centrais Elétricas de Minas Gerais (CEMIG). Ainda nos anos de 1950 impõe-se sobre a região os problemas referentes à precariedade dos serviços energéticos, que passaram representar mais um entrave à industrialização e incremento dos centros urbanos. Diante da indisposição e inviabilidade financeira por parte da iniciativa privada em investir no setor energético, a necessidade de atuação por parte do estado tornou-se imprescindível. Conforme apontado por Bessa (2007) o programa energético do governo federal trazia a proposta de construção da hidrelétrica de Cachoeira Dourada no Rio Paranaíba, de responsabilidade da Companhia Energética de Goiás (Celg). A obra estendeu-se de 1955 a 1958 e teve como único propósito o abastecimento de Brasília, em detrimento do Triângulo Mineiro e da cidade de Uberlândia, distante 186km da referida hidrelétrica. Como o aproveitamento energético de Cachoeira Dourada não favorecia Uberlândia em seu projeto inicial, coube à elite uberlandense a solicitação junto à CEMIG e aos representantes da política local, o estabelecimento de uma linha de transmissão entre a hidrelétrica de Cachoeira Dourada e Monte Alegre de Minas, onde a Companhia Prada repassaria energia a Uberlândia e Araguari, beneficiando ainda os centros de Capinópolis, Canápolis, Centralina, Ituiutaba e Campina Verde, conforme apontado por Bessa (2007). Com a criação da Eletrobrás, em 1961, tem-se o início da integração dos sistemas hidrelétricos independentes e também a expansão das linhas de transmissão, que passaram de 4.513,3 km em 1955 para ,6 km em 1995 (SANTOS E SILVEIRA, 2001), com propostas à interligação dos sistemas de Furnas (rio Grande), Pai Joaquim (rio Araguari) e Cachoeira Dourada (rio Paranaíba) na busca de reforçar o aproveitamento energético na capital federal, Goiás e do Triângulo Mineiro. Ademais, destacam-se nas proximidades da

35 35 cidade de Uberlândia as hidrelétricas de Emborcação (1982), Nova Ponte e Miranda (1998) e Amador Aguiar I e II, inauguradas em 2006 (Figuras 9 e 10) e concebidas a partir de uma parceria público-privada.

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37 2

38 Quadro 2 Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba: usinas hidrelétricas instaladas, 2010 Concessionári Usina Rio a Potência (MW) 1 - Itumbiara Paranaíba Furnas São Simão Paranaíba CEMIG Marimbondo Grande Furnas Água Vermelha Grande CESP Furnas Grande Furnas Emborcação Paranaíba CEMIG Barreto (Estreito) Grande Furnas Nova Ponte Araguari CEMIG M. Moraes (Peixoto) Grande Furnas Cachoeira Dourada Paranaíba CELG Jaraguá Grande CEMIG Miranda Araguari CEMIG 397, Volta Grande Grande CEMIG Porto Colômbia Grande Furnas Amador Aguiar I¹ Araguari CCBE Amador Aguiar II¹ Araguari CCBE Igarapava¹ Grande Consórcio Dos Martins Uberabinha 7, Pai Joaquim Araguari 6, Salto Moraes Tijuco 2, Lajes C. Das Lajes 1, Santa Lúcia C. Piedade 0, Piçarão C.Piração 0,8 Total (potência/mw) Fonte: Bessa, Org: Oliveira; ¹Construída em parceria entre Estado e iniciativa privada. Figuras 9 e 10 Uberlândia: usinas hidrelétricas Amador Aguiar I e II, Fonte:

39 38 Juntamente com a modernização verificada nos sistemas de energia e acompanhando o traçado das infra-estruturas dos transportes, ocorreu também a evolução das telecomunicações, alicerçada nas intervenções estatais que implantaram no interior do país o sistema de micro-ondas que interligava o Rio de Janeiro a Brasília, ponto central do presente trabalho, no esforço de se tornar compreensível a gestão espacial da CTBC. Os aparatos técnicos referentes aos transportes, energia e telecomunicações conferiram à região do Triângulo Mineiro expressivo potencial diferenciador, sobretudo à cidade de Uberlândia, que pela mobilização de sua elite local, foi o centro que melhor se apropriou das modernizações. Nas palavras de Bessa (2007 p. 155) [...] o Triângulo Mineiro tornou-se um espaço privilegiado, do ponto de vista material, cuja potencialidade, com fins produtivos, seria largamente utilizada pelos agentes econômicos locais, assim como pelos nacionais e internacionais, posto que a ação das firmas fundamenta sua estrutura logística em suportes territoriais como ferrovias, estradas, aeroportos, portos e sistemas de comunicação e energia. Além do dinamismo de uma elite que buscava a diversificação das atividades econômicas, à ação das corporações e as práticas político-econômicas desses agentes na organização do território, a transferência da capital federal para o Planalto Central surge como elemento fundamental ao desenvolvimento do Triângulo Mineiro e da cidade de Uberlândia que se apropriou com mais propriedade das melhorias infra-estruturais. A construção de Brasília, além de não alterar as rotas econômicas históricas promove a interiorização das infra-estruturas que conferiram à região um novo arranjo territorial e trouxeram novos elementos para a organização espacial do Triângulo. Logo, configura-se no Triângulo Mineiro uma nova divisão territorial do trabalho, na qual Uberlândia amplia sua importância não só no cenário regional, mas também em escala nacional, conforme abordado no capítulo seguinte.

40 CTBC: A DIMENSÃO GEOGRÁFICA DE UMA CORPORAÇÃO EM REDE No Triângulo Mineiro, a prestação de serviços no setor de telefonia é gerenciada, desde 1954, pela Companhia de Telecomunicações do Brasil Central-CTBC, carro-chefe do Grupo ABC, que, por meio das reestruturações organizacionais ocorridas no início dos anos de 1990, foi transformado em holding, passando a denominar-se Algar, cuja significação está diretamente associada ao nome de seu fundador Alexandrino Garcia, no que segundo Pires do Rio (2000, p.103), [...] as alterações na arquitetura organizacional de uma empresa estão intimamente relacionadas às estratégias de crescimento como ampliação do mercado, aumento da escala de atuação, investimentos em novos negócios, adoção de novas tecnologias e padrões de administração. Tal holding, cuja sede se encontra em Uberlândia, foi criada com a finalidade de gerenciar e de coordenar o conglomerado de empresas sob seu controle e, consequentemente, transformou-se em uma poderosa corporação econômica. Hoje em dia, é formada por empresas controladas que atuam em quatro segmentos distintos: telecomunicações, agronegócios, serviços de infra-estrutura e turismo e entretenimento, expressando seu caráter multifuncional, como retratado na Figura 3 e no Quadro 4. Trata-se de uma empresa-rede, conforme colocado por Silva (2003, p.31) [...].a noção de corporação em rede significa que a análise da empresa deverá levar em conta as interações espaciais intra e interempresas, como sua capacidade de efetivar novas estratégias com demais grupos políticos e econômicos em qualquer escala geográfica [...] A empresa-rede é constituída por um complexo territorial que se reproduz por meio de

41 40 fixos e de fluxos, porém controlada por um grupo empresarial familiar, o que revela a importância das práticas político-econômicas de seus fundadores, especialmente na estruturação e na reestruturação vertical e horizontal da corporação (Figura 11), que, gradativamente, foi-se transformando em uma corporação multifuncional e multilocalizada, que interage com suas empresas controladas e com outras empresas, assumindo, portanto, a forma de um complexo territorial em rede. Figura 11 - Algar: organograma estrutural das empresas da holding, Fonte: ALGAR. Organização: OLIVEIRA, 2010.

42 41 Quadro 3 - Algar: principais atividades das empresas controladas pela holding, 2006 Segmentos da corporação Telecom Empresas controladas CTBC Telefonia fixa (nacional e internacional) e celular, comunicação de dados, Internet, data center, TV por assinatura. ACS Contact center, atendimento a clientes, televendas, cobrança, pesquisas, help desk. Engeset Sabe ABC Inco Agronegócios ABC A&P Algar Aviction Serviços Space Comtec Turismo e entretenimento Atividades Rio Quente Resorts Serviços de engenharia de telecomunicações. Guias, listas telefônicas, jornal. Processamento de soja e milho, produção de farelo de soja Raça Fort e óleo de soja ABC. Plantio de soja, milho, feijão e outras culturas, criação de bovino e suíno. Fretamento (executivo e transporte de valores e de pequenas cargas), manutenção e vendas de aeronaves. Segurança patrimonial, eletrônica e de documentos. Administração de terminais de ônibus urbanos e de centros comerciais. Parque aquático de águas quentes naturais. Fonte: ALGAR. Organização: OLIVEIRA, Essa holding, segundo dados do Relatório Anual , atingiu faturamento líquido de milhões de Reais no referido ano, contra milhões de Reais em 2005 (Relatório Anual ), destacando-se entre os principais grupos empresariais do país. A redução na ordem de 8,4% na receita líquida, de acordo com o Relatório Anual , deve-se à conjuntura setorial desfavorável, principalmente para os setores de telecomunicações e agronegócios que juntos somaram, nesse ano, 91% dos rendimentos da holding (1.442 milhões de Reais). Segundo o relatório de sustentabilidade Algar de 2009 (Quadro 4), os exorbitantes valores alcançados neste ano devem-se às ações voltadas a um período de gestão cautelosa frente às instabilidades e incertezas geradas pela crise econômica deflagrada no ano de Tal postura administrativa de redução de custos e a uma melhor avaliação de investimentos possibilitou um crescimento na ordem de 9% em relação ao ano de De acordo com o jornal online Diário, Comércio e Serviços (DCI) o segmento Telecom faturou, no primeiro semestre de 2010, rendimentos na ordem de 937,3 milhões de

43 42 reais, 6,3% a mais do que o registrado no mesmo período de Tal evolução se deve pela entrada em um novo ramo de atuação, que presta serviços de televisão paga via satélite (CTBC TV), que em outubro de 2010 contava com mais de assinaturas. Frente à nova realidade do mercado, a CTBC passa a vender pacotes combinados que contemplam em um único contrato a prestação de serviços de telefonia fixa e móvel, internet e televisão digital, além de provedor para internet. Para a disponibilização dos serviços de pacotes combinados, a CTBC, em parceria inédita com a Cemig Telecom, trabalham em um projeto que visa melhorar e ampliar as redes fixas (blackbone) na capital mineira, alargando sua rede de fibras ópticas necessárias aos serviços de banda larga e televisão por satélite. Quadro 4 Algar: Balanço Financeiro R$ Milhões Receita Operacional Bruta Receita Operacional Líquida EBITDA¹ Lucro Líquido Margem Líquida Exportações Investimentos Diretos em Projetos Sociais Investimentos Diretos em Educação Corporativa Número de Funcionários (final do ano) ¹Significa na linguagem inglesa, Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, ou seja, lucro antes dos juros, impostos (sobre o lucro), depreciação e amortizações. Fonte: ALGAR, Organização: OLIVEIRA, 2010.

44 43 Fonte: ALGAR. Organização: OLIVEIRA, 2010 O quadro 3 ressalta os traços gerais da Algar, que conta com uma ampla escala de operações, igualmente, responsável por uma vasta escala espacial de atuação que atinge quase todo o território nacional, expressando seu desempenho multifuncional, o que inclui atividades funcionalmente integradas entre si e atividades que, no plano técnico-operacional, não estão vinculadas entre si, em decorrência de uma política de diversificação vertical e horizontal dos investimentos; além de sua geografia multilocalizada, uma vez que atua nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Goiás, como observado na Figura 4. De acordo com Corrêa (1991, p.62), [...] uma grande corporação multifuncional e multilocalizada possui, no que se refere à sua espacialidade, não apenas diversas localizações, mas também intensas e complexas interações espaciais [...], cujas naturezas expressam conexões técnicas, econômico-financeiras e políticoestratégicas. De fato, citando ainda Corrêa (1991, p.62), [...] o espaço de atuação da grande

45 44 corporação é amplo, constituindo um meio vital para sua existência e para a reprodução ampliada do capital.

46 45

47 46 No caso da Algar, ressalta-se que as empresas do segmento agronegócios têm suas sedes localizadas em Uberlândia, sendo que a ABC Indústria e Comércio-ABC Inco, criada em 1978, a partir da aquisição de uma fábrica de moagem de óleo, dando início ao processo de diversificação horizontal das atividades do grupo. A ABC Inco possui uma filial em Porto Franco-MA, ambas recebendo matérias-primas e mantendo relações com os estados de Goiás, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Minas Gerais (Figura 12). As empresas do segmento serviços de infra-estrutura encontram-se também sediadas em Uberlândia, sendo que a ABC Táxi Aéreo, criada em 1976, possui ainda base no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte; a Space, cujas atividades foram iniciadas em 1998, atua nos estados de Goiás e São Paulo, contando com escritórios regionais em Contagem, Ribeirão Preto e Itumbiara (Figura 12). No segmento turismo e entretenimento, o Rio Quente Resorts, sediado no município de Rio Quente-GO (Figura 12), está entre os principais parques aquáticos do país, atraindo grande número de turistas, que, em 2009, atingiu 1,6 milhão pessoas (Relatório de Sustentabilidade 2009). No segmento Telecom, as informações acerca da espacialidade da CTBC, assim como de suas empresas controladas, cujas sedes encontram-se situadas também em Uberlândia e os escritórios regionais situados em Belo Horizonte, Patos de Minas, Ituiutaba, Uberaba, Pará de Minas (MG), Brasília (DF), Campinas, Ribeirão Preto, Franca, São Paulo (SP), Itumbiara, Goiânia (GO) e Rio de Janeiro (RJ), destacando que o ACS possui filial em Campinas e a Engeset conta com escritórios regionais em Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Franca e Rio de Janeiro (Figura 4), serão analisadas ao longo de texto. Ademais, na Figura 13 encontra-se nitidamente expressa a rede urbana da holding Algar, já que, como aponta Hymer (1978), as corporações possuem uma rede de cidadeschave. A constituição dessa rede orientou-se, inicialmente, pela incorporação de pequenas cidades no entorno imediato de Uberlândia, contribuindo inclusive para a ampliação da hinterlândia desse centro; em seguida, pela incorporação de centros de maior porte e pela

48 47 formação de um território particular de atuação, por intermédio das concessões governamentais, indicando práticas de seletividade espacial, por meio das quais as corporações apropriam-se de parcelas do território; e, por fim, por uma dispersão espacial relativamente orientada em direção à denominada região concentrada (SANTOS, 2003), com o privilegiamento das cidades médias e grandes, bem como das metrópoles, e, secundariamente, em direção às áreas de fronteira de modernização (Figura 12). Trata-se, na verdade, de etapas de expansão orientadas por lógicas específicas a cada uma dessas três fases histórico-geográficas. Vale ressaltar que, de acordo com Hakanson (1979), as corporações adotam, mormente, três estratégias básicas de expansão, a saber: penetração no mercado imediato, concentração vertical e horizontal da escala de atuação e procura de novos mercados1. Ademais, é certo que essas táticas de re-ordenamento territorial são alicerçadas via rede urbana e estão relacionadas com os interesses estratégicos para garantir sua reprodução como corporação As práticas socioespaciais e a gênese da CTBC Os primeiros serviços telegráficos chegaram a Uberlândia em 1895, com a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, orientando-se, portando, pelos traçados da ferrovia e das estradas de rodagem, com a emergência de [...] um meio técnico da circulação, particularmente pela implantação das ferrovias, estradas de rodagem, portos e telégrafos, que criava as bases materiais para a integração do território e consolidação do capital industrial [...] (SANTOS E SILVEIRA, 2001, p.27). Na cidade, a partir de 1910, foi firmado contrato de concessão para a exploração dos serviços telefônicos entre a Câmara Municipal e Carmindo Coelho. Tal contrato de concessão, em 1917, foi transferido para José Monteiro da Silva e, em 1919, para os irmãos Arlindo Teixeira Júnior, proprietário da Casa Comercial Teixeira Costa 1 A respeito dos processos de expansão de firmas, empresas e corporações, ver também Kafkalas (1985).

49 48 e Cia., e Tito Teixeira, político local formaram a Companhia Irmãos Teixeira, que, nesse momento, contava com uma mesa comutadora com capacidade para atender 50 telefones, como observado no Gráfico 2. Nota-se, portanto, a formação de uma elite com acumulações urbanas, caracterizada pela figura do comerciante e do político. Esses promoveram a primeira expansão da companhia, que passou a prestar serviços em Tupaciguara e Ituiutaba, em Minas Gerais, e Itumbiara, em Goiás, por meio de uma linha de fio de ferro que seguia pelas estradas de rodagem da Companhia Mineira de Auto Aviação. Em 1932, essa companhia passou a chamar-se Empresa Telefônica Teixeirinha, porque Arlindo Teixeira Júnior transferiu a sociedade para Tito Teixeira. Apesar das dificuldades da época, esse promoveu a expansão da base técnica, instalando, em 1941, um sistema automático de telefonia, que contava com 500 terminais telefônicos (Gráfico 2), além de promover nova ampliação da área de atuação da Companhia, que passou a prestar serviços de telefonia em Monte Alegre de Minas, em Minas Gerais, e Buriti Alegre, em Goiás (Figura 5) (TEIXEIRA, BESSA, 2001). Desse modo, a telefonia em Uberlândia, por meio de concessão renovada ainda em 1926 com a Câmara Municipal, era de responsabilidade da Empresa Telefônica Teixeirinha, que, em 1954, foi adquirida pela sociedade anônima organizada por Alexandrino Garcia, então presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Uberlândia-Aciapu, juntamente com Hélvio Cardoso, Francisco Caparelli, Elpídio Aristides de Freitas e outros acionistas minoritários. Tal fato indica a importância das alianças estratégicas entre as famílias tradicionais e as famílias emergentes, a exemplo dos Garcia, de modo a garantir a conciliação dos interesses, além de demonstrar que os grupos tradicionais receberam relativamente bem a emergência de novas forças, que, com certeza, seriam capazes de alterar os rumos da economia e da política local. Nesse caso, observa-se também que tal conciliação ocorreu no seio da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Uberlândia (Aciapu), que representava parte do empresariado local.

50 49 A capitação de recursos da família Garcia (de origem portuguesa, que emigrou para o Brasil em 1919) foi iniciada a partir de investimentos realizados em Uberlândia, orientados pelas conjunturas locais da época, quer dizer, diretamente relacionados com as funções básicas da própria cidade, que passou a desempenhar importante intermediação nos circuitos de comercialização de produtos agropecuários e de distribuição de produtos industriais, como aponta Bessa (2007). Dentre os investimentos realizados destacaram-se os fretes de caminhão realizados por José Alves Garcia e seus filhos; o beneficiamento de arroz, numa cerealista que, primeiramente, foi denominada José Garcia e Filhos, e, posteriormente, Alexandrino Garcia e Irmãos; a venda de combustíveis, por meio do aluguel de um posto instalado na estrada que ligava São Paulo a Goiás e Mato Grosso (1941), que, já em 1944, foi transformado em uma revendedora da General Motors; e a criação, em 1950, da empresa Garcia Indústria e Comércio (a Garinco), que atuava no mesmo ramo de atividade, a revenda de automóveis. Cumpre ressaltar que desde o final do século XIX, ocorreu um aprofundamento das relações comerciais e uma dinamização da agricultura, sobretudo na produção de alimentos, avolumando-se também o beneficiamento e a comercialização de cereais, especialmente de arroz, que, como observa Bessa (2007), era o principal cereal produzido na região. A esse respeito, Singer (1968, p.232) observou que [...] o centro de rizicultura de exportação de Minas se localizava no Triângulo: em 1909, de toneladas exportadas por Minas, toneladas foram exportadas pela Mogiana [...]. Até a segunda metade do século XX, os produtos agropecuários asseguraram a emergência dos núcleos urbanos responsáveis diretamente pela mercantilização e beneficiamento desses produtos, sobretudo arroz e carne, a exemplo de Uberaba e Uberlândia Naquele período, a cidade contava com uma importante frota de caminhões. Cleps (1997 p. 121), ao analisar o desenvolvimento do comércio atacadista em Uberlândia realça a relação entre os atacadistas e motoristas, destacando o trabalho da Casa Caparelli, o maior

51 50 atacadista desse período e [...] responsável pela introdução de um sistema de comercialização no qual o motorista levava a mercadoria e trazia de volta o pagamento, estabelecendo-se assim, uma relação de extrema confiança entre atacadista e o motorista [...]. De modo semelhante, Bessa (2007, p.137) coloca que, [...] o motorista de caminhão autônomo tornou-se figura notória, sendo responsável pela efetiva penetração do comércio uberlandense em territórios goiano e mato-grossense. Nesses territórios, tais motoristas, em seus próprios veículos e pelo ganho do frete, recolhiam os pedidos de comerciantes varejistas em muitas cidades. Essas encomendas eram compradas nos atacadistas de Uberlândia, de onde esses motoristas, conhecidos como chauffeurs, retornavam fazendo as entregas, recebendo os pagamentos e recolhendo novos pedidos. Na viagem de volta a Uberlândia, os motoristas compravam produtos primários para as indústrias de beneficiamento. Fica evidente que tais profissionais participavam de dois circuitos espaciais: na distribuição de produtos industrializados, pois estabeleciam relações com os pequenos varejistas e com os atacadistas uberlandenses, e na comercialização dos produtos rurais, uma vez que estabeleciam interações com os produtores e com as indústrias de beneficiamento, também sediadas em Uberlândia [...] e, por essa razão alguns acumularam um montante considerável de capital.

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53 2

54 O apontamento das formas de capitalização dessa família auxilia na compreensão do surgimento de novas forças sociais urbanas que, gradativamente, foram se estruturando na cidade, ou seja, permite o entendimento da ascensão das elites locais, bem como das relações sociais intervenientes na recomposição desse grupo, sugerindo inclusive os canais de recrutamento, com destaque para a Aciapu, que, gradualmente, foi absorvendo novos quadros dirigentes, a exemplo de Alexandrino Garcia e de Alair Martins, do atacadista-distribuidor Martins. A partir da aquisição da Teixeirinha, essa empresa passou a chamar-se Companhia de Telefones do Brasil Central-CTBC (hoje Companhia de Telecomunicações do Brasil Central) e manteve as concessões obtidas por Tito Teixeira, assim como obteve novas concessões, ampliando sua área de atuação, primeiramente, em cidades vizinhas a Uberlândia e, posteriormente, em cidades no Alto Paranaíba e nos estados de Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul (Figura 13). Naquele período, as concessões eram cedidas pelas municipalidades. As prefeituras sempre exigiam serviços telefônicos automáticos, todavia, nos centros de pequeno porte, tais serviços eram bastante onerosos e, por essa razão, estabelecia-se um compromisso com as prefeituras para a implantação inicial de serviços semi-automáticos que seriam transformados em automáticos assim que o número de usuários atingisse 600 linhas. Cumpre registrar que as centrais telefônicas eram expansíveis, geralmente, de 200 em 200 linhas, de 500 em 500 linhas, de 800 em 800 linhas. Dessa maneira, a CTBC transferia a responsabilidade de melhoria dos serviços para as prefeituras ficando, de tal modo, isenta das pressões pela automatização dos serviços nas localidades com menos de 600 usuários, além disso, passava a exercer pressão sobre as autoridades para que, junto às localidades, conseguissem atingir a meta mínima. Para sustentar a expansão e melhorar os serviços, fez-se necessário a substituição das linhas de ferro por linhas de cobre, assim como a importação de uma central telefônica da

55 53 Suécia, cuja tecnologia era da Ericson. Cumpre registrar que tal central telefônica foi inaugurada por Rondon Pacheco, ilustre político local, que, em entrevista ao Centro de Memória da CTBC, disse: [...] minhas luzes jurídicas e políticas valeram alguma coisa a eles [referindo-se aos acionistas principais da CTBC, Alexandrino Garcia, Hélvio Cardoso, Francisco Caparelli e Elpídio Aristides de Freitas], porque eles tinham as luzes empresariais e eu pude adverti-los sobre muitas contingências [...]. Para a aquisição dessa central e de novos telefones, foi feita uma lista com os 500 usuários dos telefones antigos e com os pretendentes aos novos telefones, pois foi necessário recolher, entre esses, o capital para a obtenção dessa central. As negociações com esses usuários foram realizadas com ações da empresa, que, portanto, passou a contar um número maior de acionistas. De acordo com Alberto Luiz Garcia, em entrevista ao Centro de Memória da CTBC, [...] foi como a diretoria [da CTBC] resolveu o problema financeiro da empresa que estava nascendo [...], ou seja, a venda de ações permitiu a capitalização da corporação, mas que foram readquiridas, gradativamente, por Alexandrino Garcia, inclusive as ações de Hélvio Cardoso, que era o maior acionista. Tais serviços, contudo, eram ainda bastante deficientes, visto que, em 1957, a CTBC contava apenas com terminais telefônicos (Gráfico 2). A partir dessa data, Uberlândia passou a contar com quatro canais de microondas, que faziam parte do link de 120 canais construído, pelo Departamento de Transmissão Urbana e Interurbana-CTUI de Brasília, para ligar o Rio de Janeiro à nova capital federal. Tratava-se de uma estação tronco, de um sistema de microondas de alta capacidade, que possibilitava ligações entre Brasília-Rio de Janeiro, via Belo Horizonte e também via São Paulo. Tal sistema de microondas ampliou a capacidade polarizadora de Uberlândia, pois, já em 1965, a CTBC contava com terminais telefônicos (Gráfico 2), prestando serviços em vários

56 54 outros municípios e localidades, a saber: Campina Verde, Canápolis, Capinópolis, Centralina, Iturama, Prata e Delta, em Minas Gerais; São Joaquim da Barra, Guará, Guaíra, Miguelópolis, Ipuã e Orlândia, em São Paulo; e Paranaíba, no Mato Grosso do Sul (Figura 13). Desse modo, o investimento estatal serviu de alavanca para a expansão dessa empresa privada, que, até aquele momento, não havia conseguido melhorar efetivamente seus serviços. Quando do estabelecimento do monopólio estatal das telecomunicações, a CTBC, em função de estar com suas concessões atualizadas, assim como pelas estratégias políticas de Alexandrino Garcia e também de Rondon Pacheco, permaneceu com o seu controle privado, apesar da vinculação ao sistema Telebrás em Nesse ano, essa empresa contava com telefones instalados (Gráfico 2), posto que incorporou as empresas telefônicas de Patos de Minas, Carmo do Paranaíba, Frutal e Pará de Minas, em Minas Gerais; e Barretos, Ituverava, Batatais e Franca, em São Paulo (Figura 15). A partir da década de 1970, a CTBC realizou investimentos respeitáveis na construção e estruturação de fixos capazes de interligar a cidade e a região por meio de equipamentos de transmissão e de recepção, além de incorporar as empresas telefônicas de Uberaba, Luz, Pitangui, Ibiraci, Monte Santo de Minas, Campos Altos e Iguatama, em Minas Gerais (Figura 13). Em entrevista ao Centro de Memória da CTBC, Luiz Alberto Garcia afirmou que [...] a CTBC teve dois tipos de crescimento: crescendo com novas concessões e comprando outras [...]. De fato, algumas concessões foram obtidas por meio de licitações governamentais, enquanto outras foram conseguidas por meio da compra direta do direito de exploração dos serviços, a exemplo de Prata, Uberaba, Franca, Batatais, Orlândia, dentre outras.

57 55 Gráfico 2 - CTBC: evolução no número e percentual de telefones entre 1919 e (21,8%) (100,0%) 3000 (300,0%) (900,0%) Fonte: TEIXEIRA, BESSA, CTBC, [2000?]. Organização: Bessa, É importante ressaltar que, em 1984, a CTBC foi selecionada, pelo Ministério das Comunicações e pela Telebrás, juntamente com a empresa ABC X-tal, para industrializar a fibra óptica, o que comprova o papel do poder público na sua expansão, bem como revela as redes de poder instituídas ao longo do processo de consolidação da empresa. Em função disso, introduziu o primeiro cabo óptico e a primeira Central Telefônica Computadorizada - CPA do interior do país; além da implantação de um link óptico interligando duas centrais telefônicas em Uberlândia. Na década de 1990, o grupo investiu na prestação de serviços de engenharia de redes de telecomunicação, criando a Engeset (1992), sediada em Uberlândia; na implantação do sistema móvel de telefonia celular, com a criação da CTBC Celular (1993), também sediada em Uberlândia; e na aquisição de uma empresa de TV por assinatura, criando a Image (1995), igualmente com sede em Uberlândia. O ano de 2010 marca a entrada da CTBC em um novo ramo de atuação que presta serviços de televisão paga via satélite (CTBC TV), que em outubro de 2010 contava com mais de assinaturas. Ressalta-se que a CTBC Celular foi pioneira na instalação de telefones celulares no interior do país, bem como no uso da tecnologia celular digital, além de oferecer serviço pré-pago para a telefonia celular, o que

58 56 demonstra a capacidade técnica da empresa para implementar projetos que exijam elevado padrão tecnológico. Ademais, foi a primeira a lançar o telefone fixo pré-pago e a primeira empresa a oferecer a tecnologia 3G de celular e internet no interior do país. Com a privatização do sistema nacional de telecomunicações em 1997, a CTBC manteve sua área de concessão, garantida mediante articulações com o Estado, e seguiu prestando serviços de telecomunicação no setor 3 e partes dos setores 25, 22 e 33, respectivamente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, como retratado na Figura 15. Em 1998, inaugurou sua nova sede administrativa, sendo o primeiro edifício inteligente da região e do interior de Minas Gerais. Nela, implantou o Centro de Operação de Redes-COR, central eletrônica de controle remoto capaz de gerenciar toda a rede, todas as centrais telefônicas e todo o sistema óptico, em tempo real. Esse funciona 24 horas por dia e sete dias por semana, com uma rede completamente digitalizada e estruturada em anéis ópticos, que utilizam tecnologias de rede com alta velocidade, SDH, DWDM, ATM, Frame Relay, IP e VPN, que garantem um aumento substancial na capacidade de tráfego e a interconexão entre redes, resultando numa malha complexa, na qual redes imateriais passam a controlar o funcionamento de redes materiais, para utilizar os termos empregados por Silveira (1999). O Algar Call Center Service-ACS, com sede em Uberlândia, foi inaugurado em janeiro de 1999, atuando na prestação de serviços de contact center. Nota-se que sua expansão foi bastante acentuada, pois iniciou suas operações com 480 posições de atendimento, atendendo a apenas dois clientes, a American Express e a própria CTBC, e já em dezembro de 2000 contava com posições, atendendo a vários clientes, dentre os quais a Intelig, o Martins, o Peixoto, a TAM, a Valecard e a Policard.

59 57 Figura 14 - CTBC: organograma e estrutura acionária das empresas controladas, Fonte: CTBC. Relatório da Administração, Organização: BESSA, Ainda no seu processo de expansão, a CTBC adquiriu, em 2004, um provedor de Internet, em Ribeirão Preto; ampliou os serviços de contact center, tanto em Uberlândia, que passou a contar com posições de atendimento, como em Campinas, onde instalou posições de atendimento; bem como adquiriu empresa hoje denominada CTBC Multimídia Data Net (anteriormente CTBC Multimídia), em São Paulo. Ademais, mantêm importantes interações interempresas, especialmente por meio das parcerias tecnológicas com Alcatel, Cisco, ECI, Huawei, Siemens, HP, IBM, Ericsson, EMC e BMC. Ressalta-se que a CTBC, em função da complexidade dos serviços prestados, precisa manter relações com empresas que garantam sua constante modernização tecnológica, assim como necessita sustentar investimentos em pesquisa, de modo a garantir sua expansão e consolidação.

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