V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE PETIÇÃO, provenientes da MM. VARA DO TRABALHO DE PARANAVAÍ - I.

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Sabrina Barroso Caetano
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1 EMENTA IMPOSTO DE RENDA. 13º SALÁRIO. CÁLCULO EM PARADO. Em se tratando da gratificação natalina (13º salário), prescreve expressamente o art. 16, incisos II e III, da Lei n.º 8.134/90, que a apuração do imposto de renda será feita de forma destacada, sendo calculado separadamente das demais verbas deferidas ao Agravado. V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE PETIÇÃO, provenientes da MM. VARA DO TRABALHO DE PARANAVAÍ - PR, sendo Agravante BANCO DO BRASIL S.A. e Agravado ZILDA FUSAE YAMADA. I. RELATÓRIO A Sentença impugnada foi proferida pelo Exmo. Juiz CARLOS AUGUSTO PENTEADO CONTE, da MM. Vara do Trabalho de Paranavaí-PR, às fls /1.170, onde acolheu em parte os pedidos formulados na Impugnação aos Cálculos Readequados de fls / Inconformado, o Executado interpôs tempestivamente AGRAVO DE PETIÇÃO às fls /1.186, pleiteando a reforma dos seguintes tópicos: a) complementação de aposentadoria - teto de contribuição - abatimento da parcela previdenciária - índices de reajuste; b) imposto de renda; e c) horas extras adicionais. fls.1

V I S T O S, relatados e discutidos estes autos de AGRAVO DE PETIÇÃO, provenientes da MM. VARA DO TRABALHO DE PARANAVAÍ - PR, sendo Agravante BANCO DO BRASIL S.A. e Agravado ZILDA FUSAE YAMADA. I. RELATÓRIO A Sentença impugnada foi proferida pelo Exmo.

2 às fls / Contraminuta tempestivamente apresentada pelo Exequente fl , pelo Executado. Procurações juntadas às fls. 37 e 1.190, pelo Exequente, e à Não houve apresentação de parecer pela Procuradoria Regional do Trabalho, em virtude do art. 20 da Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, cumulado com o disposto no art. 45 do Regimento Interno deste E. Tribunal Regional do Trabalho (com redação dada pela RA n.º 008/2008). II. FUNDAMENTAÇÃO 1. ADMISSIBILIDADE Preenchidos os pressupostos legais de admissibilidade, CONHEÇO do Agravo de Petição interposto pelo Executado, bem como da Contraminuta apresentada pelo Exequente. 2. MÉRITO COMPLEMENTAÇÃO DE APONTADORIA - TETO DE CONTRIBUIÇÃO - ABATIMENTO DA PARCELA PREVIDENCIÁRIA - ÍNDICES DE REAJUSTE O Agravante sustenta que não houve observância do Estatuto da PREVI de 1980, vigente quando da aposentadoria do Recorrido, no qual inexiste o limite de teto de contribuição de 75%, alegando que deve ser feito o abatimento do valor fls.2

20 da Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, cumulado com o disposto no art. 45 do Regimento Interno deste E.

3 pago pelo INSS à fl e que os índices de reajuste corretos estão na planilha 17 do seu cálculo. Assiste-lhe parcial razão. Em análise do Estatuto da PREVI de 1980, em seu art. 14 (fls. 402/403), verifica-se inexistir referência ao teto limite de 75%, aplicado pelo Contador em seus cálculos (fl , verso). O 3º da norma em questão estabelece somente que "a base mensal de incidência será limitada a 136% (cento e trinta e seis por cento) da respectiva remuneração do cargo efetivo (vencimento padrão mais anuênios)" (fl. 403). Com relação ao abatimento, o Expert informou que "O INSS encontra-se abatido na conta efetuada pela PREVI (fl. 879)", destacando que o valor líquido lá apontado foi "transferido para a fl /verso" (fl ), o que não foi impugnado em sede recursal pelo Agravante, atraindo a incidência do item II da OJ EX nº. 12: OJ EX - 12: ADMISSIBILIDADE. AGRAVO DE PETIÇÃO. REGULARIDADE FORMAL. FUNDAMENTAÇÃO. II - Repetição de fundamentos. Análise no mérito. A mera repetição em recurso dos argumentos apresentados perante o juízo de primeiro grau, sem apresentar contrariedade aos fundamentos da decisão recorrida que os refutou, justifica a rejeição, no mérito, da insurgência recursal. No que tange aos índices de reajuste, o próprio Contador reconheceu que o v. Acórdão "é omisso quanto aos critério e índices de atualização", fls.3

O 3º da norma em questão estabelece somente que "a base mensal de incidência será limitada a 136% (cento e trinta e seis por cento) da respectiva remuneração do cargo efetivo (vencimento padrão mais

4 motivo pelo qual mencionou que "a prudência aconselha a seguir os critérios da PREVI, estabelecidas em Estatutos (fl ). Logo, este cálculo deve ser retificado" (fl ). Não se pode priorizar, assim, os índices de correção da Previdência Social em detrimento daqueles utilizados pela PREVI. Ante o exposto, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao pedido formulado pelo Agravante para: a) excluir a observância do teto regulamentar de 75% (setenta e cinco por cento) no cálculo das diferenças de complementação de aposentadoria; e b) determinar a aplicação dos índices de reajuste utilizados pela PREVI. IMPOSTO DE RENDA O Agravante aduz que a metodologia correta para desconto do imposto de renda consiste em considerar uma base única sobre o regime de caixa. Não lhe assiste razão. Em se tratando da gratificação natalina (13º salário), prescreve expressamente o art. 16, incisos II e III, da Lei n.º 8.134/90, que a apuração do imposto de renda será feita de forma destacada, sendo calculado separadamente das demais verbas deferidas ao Agravado, "in verbis": Art. 16. O imposto de renda previsto no art. 26 da Lei n , de 1988, incidente sobre o décimo terceiro salário (art. 7, VIII, da Constituição), será calculado de acordo com as seguintes normas: III - a tributação ocorrerá exclusivamente na fonte e separadamente dos demais rendimentos do beneficiário. Importante ressaltar que esse é o entendimento seguido por esta C. Seção Especializada, cristalizado na seguinte Orientação Jurisprudencial: fls.4

Ante o exposto, DOU PARCIAL PROVIMENTO ao pedido formulado pelo Agravante para: a) excluir a observância do teto regulamentar de 75% (setenta e cinco por cento) no cálculo das diferenças de

5 OJ EX - 25: CONTRIBUIÇÕES FISCAIS. EXECUÇÃO. VII - Critério de cálculo. Férias e 13º salário. O cálculo do imposto de renda incidente sobre férias e 13º salário, quando do pagamento de valores oriundos de crédito trabalhista, deve ser efetuado em separado. (Decreto 3.000/1999, arts. 625 e 638, III) Inexistindo indicação dos parâmetros para cálculo dos descontos fiscais no título executivo, o mesmo deve ser feito à luz da Lei nº /10, que alterou a redação do art. 12-A da Lei nº /88: Art. 12-A - Os rendimentos do trabalho e os provenientes de aposentadoria, pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando correspondentes a anos-calendários anteriores ao do recebimento, serão tributados exclusivamente na fonte, no mês do recebimento ou crédito, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês. 1º - O imposto será retido pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento ou pela instituição financeira depositária do crédito e calculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a utilização de tabela progressiva resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento ou crédito. É também importante destacar que o item II da Súmula 368 do C. TST foi modificado pela Resolução nº. 181, de 16 de abril de 2012, afastando a utilização do regime de caixa para fins de descontos de imposto de renda, passando a conter a seguinte redação: SÚMULA 368. DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO. II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988. fls.5

625 e 638, III) Inexistindo indicação dos parâmetros para cálculo dos descontos fiscais no título executivo, o mesmo deve ser feito à luz da Lei nº. 12.350/10, que alterou a redação do art.

6 Nada a prover. HORAS EXTRAS - ADICIONAIS O Agravante alega que estão incorretos os adicionais de horas extras utilizados pelo Perito, por destoarem dos adicionais convencionais. Não lhe assiste razão. Conforme exposto pelo Juízo de primeiro grau, o v. Acórdão determinou o adicional legal ou convencional, sendo que o adicional de 100% usado pelo calculista até agosto/92 está autorizado pelas normas coletivas dos períodos (fl. 300 e 279), ocorrendo o mesmo com os demais adicionais, conforme bem pontuou o calculista em sua manifestação (fl ), não tendo o Agravante impugnado o período de vigência das normas coletivas que fixaram o adicional de 100%. Nada a prover. III. CONCLUSÃO Pelo que, ACORDAM os Desembargadores da Seção Especializada do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, por unanimidade de votos, EM CONHECER DO AGRAVO DE PETIÇÃO interposto pelo Executado, bem como da Contraminuta apresentada pelo Exequente, e, no mérito, por maioria de votos, parcialmente vencidos os excelentíssimos Desembargadores Benedito Xavier da Silva (revisor), Nair Maria Ramos Gubert, Eneida Cornel e Arion Mazurkevic, EM fls.6

Acórdão determinou o adicional legal ou convencional, sendo que o adicional de 100% usado pelo calculista até agosto/92 está autorizado pelas normas coletivas dos períodos (fl.

7 DAR-LHE PARCIAL PROVIMENTO para, nos termos da fundamentação: a) excluir a observância do teto regulamentar de 75% (setenta e cinco por cento) no cálculo das diferenças de complementação de aposentadoria; e b) determinar a aplicação dos índices de reajuste utilizados pela PREVI. Custas na forma da lei. Intimem-se. Curitiba, 15 de abril de LUIZ CELSO NAPP DEMBARGADOR RELATOR a" fls.7

aposentadoria; e b) determinar a aplicação dos índices de reajuste utilizados pela PREVI.

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