MULHER, SAÚDE E O SISTEMA

Transcrição

1 MULHER, SAÚDE E O SISTEMA INTERNACIONAL

2 Saúde: conceitos e lutas... A saúde é resultante das condições de existência. Saúde é ter moradia decente, água potável para beber, é garantia de que a comida estará sempre à mesa, é a garantia de que os filhos terão escola adequada é, enfim, poder dormir e acordar com dignidade. Para ter saúde é importante também dispor de serviços de saúde nas situações de necessidade. 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS)

3 Saúde é o estado de mais completo bemestar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade. Organização Mundial de Saúde

4 Quais temas poderíamos debater em torno da garantia da nossa saúde?

5 VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

6 Antecedentes Aspectos culturais do machismo comportamento secular; Mecanismos de dominação concepção de subalternidade, de submissão; Vida pela metade do lar para o lar; A saída do ambiente doméstico gera mais angústia.

7 A passividade que caracterizará essencialmente a mulher feminina é um traço que se desenvolve nela desde os primeiros anos. Mas é um erro pretender que se trata de um dado biológico: na verdade, é um destino que lhe é imposto por seus educadores e pela sociedade. A imensa possibilidade do menino está em que sua maneira de existir para outrem encoraja-o a pôrse para si.(beauvoir, 1980: 21) Ninguém nasce mulher, torna-se mulher Simone de Beauvoir

8 Síndrome do Pequeno Poder "Esta síndrome sempre tem lugar numa relação interpessoal e miúda, se comparada ao plano macrossocial. Todavia, é preciso cautela para não pensá-la como decorrência de atributos pessoais negativos. Sua natureza não é individual, mas social. A estrutura social fornece todos os elementos para a ocorrência da síndrome do pequeno poder, respaldando amplamente seu protagonista (Saffioti,1997:56).

9 A violência de gênero é um problema mundial ligado ao poder, privilégios e controle masculinos. Qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada. Fonte: Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994).

10 Lua de Mel Fase da agressão Fase da tensão

11 A crise como resultado A crise existencial é mais freqüentemente vista como a percepção de que cada pessoa deve agir por si mesma, tomar suas próprias decisões e assumir responsabilidade por suas próprias decisões e ações -sozinha,semaajudadospaisoudosignificadoprédado dos costumes religiosos ou sociais. Isso cria ansiedade enorme, muitas vezes, a paralisia. De repente, ninguém sabe mais o que fazer, mas deve decidir.(andrew, p. 27)

12 Alguns dados... Seis em cada 10 brasileiros(as) conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica; 11% das mulheres e 20% dos homens entrevistados não acreditam que empurrar a mulher mereça punição judicial; 8% das mulheres e 18% dos homens entrevistados não acreditam que xingar regularmente a mulher mereça punição judicial;

13 Uma em cada cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez algum tipo de violência de parte de algum homem, conhecido ou desconhecido. - O parceiro (marido ou namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados.

14 27 % das mulheres declararam ter sofrido agressão grave por parte do companheiro: 47 % 44% 33 % Motivos declarados: -48% Ciúmes; - 43 % Problemas com bebidas ou aocoolismo.

15 A importância do aspecto cultural... 46% das pessoas entrevistadas apontaram o machismo como principal causa da violência doméstica. O que impede o rompimento com o ciclo de violência? (Região Nordeste) -Falta de condições econômicas 31 % - Falta de condições de criar filhas(os) 31%

16 Principal responsável pelo sustento da família: % são homens e 29% são mulheres % são homens e 30% são mulheres. Principal responsável pela execução ou orientação dos serviços domésticos: % são mulheres e 2% são homens; % são mulheres e 3% são homens.

17 UMA VIDA SEM VIOLÊNCIA É UM DIREITO NOSSO!