A organização defensiva no modelo de jogo
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- Ângela Chaplin Cerveira
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1 Valter Donaciano Correia Tudo sobre Futebol, os métodos, os conceitos, os princípios, os processos e a teoria tática A organização defensiva no modelo de jogo www. teoriadofutebol.com; nembriss@hotmail.com Porque aprender compensa, e o futebol é fixe! Teoria do Futebol
2 " Os princípios de jogo e os sub princípios de jogo são comportamentos e padrões de comportamento que o treinador quer que sejam revelados pelos seus jogadores e pela sua equipa nos diferentes momentos do jogo. Esses comportamentos e padrões de comportamento quando articulados e entre sí evidenciam um padrão de comportamento ainda maior, ou seja, uma identidade de equipa ao qual denominamos de organização funcional. " (Guilherme Oliveira, 2003) Neste projeto, vamos abordar o momento da organização defensiva. Quando a equipa está sem a posse de bola, o objetivo principal é evitar golos ou situações que possam dar em golo contra a equipa. Um dos aspetos fulcrais da organização defensiva, é o correto uso do espaço e o tempo em relação aos companheiros e adversários. Sem esquecer, a equipa deve ter um bom posicionamento defensivo, formando um bloco compacto com linhas muito juntas.
3 Tipo: Organização defensiva setorial Espaço: Campo de 30 por 40 metros formado por marcas sinalizadoras. Número: 3x2 + guarda-redes Material: 4 cones, 1 bola e uma baliza Duração: minutos Organização do exercício: Os atacantes trocam a bola, com o objetivo de criar situações de finalização. Os defensores devem procurar impedir que o objetivo dos atacantes. Em menor número, os defesas dispõe e um guarda-redes. Devem ser pacientes, condicionar o jogo, fechar a baliza e o espaço entre eles. Descrição: A equipa que ataca joga com três atacantes, distribuídos homogeneamente pelos corredores. A equipa defensiva joga apenas com dois defesas. O exercício começa com a bola no atacante no corredor central. Os atacantes circulam a bola entre sí, procurando situações de finalização. Os defesas, devem ocupar o espaço, impedindo que tal situação seja criada, respeitando os objetivos do exercício (jogar em contenção, condicionar o jogo para o corredores laterais, assegurar a cobertura ao colega de equipa e fechar o espaço entre eles). Detalhe: Este exercício complementa organizações ofensivas distribuídas pelos três corredores, introduzindo complementos fundamentais para uma forma de jogar, tais como marcação, dobra, contenção, desmarcação de apoio e rotura, progressão, cobertura ofensiva, mobilidade e espaço.
4 Grafismo: Variações: 1. Contabilizar por pontos o número de vezes que os defesas conseguem impedir o golo(1), recuperar a bola(2) ou efetuar uma transição ofensiva(3). O golo vale um ponto para a equipa ofensiva; 2. Colocar objetivos para uma transição ofensiva após a recuperação da posse de bola; 3. Aumentar a dificuldade do exercício, introduzindo mais atacantes.
5 Tipo: Organização defensiva intersetorial Espaço: Campo de 30 por 40 metros formado por marcas sinalizadoras. Número: 4x3 + guarda-redes Material: 4 cones, 1 bola e uma baliza Duração: minutos Organização do exercício: Os atacantes trocam a bola, com o objetivo de criar situações de finalização. Os defensores devem procurar impedir que o objetivo dos atacantes. Em menor número, os defesas dispõe e um guarda-redes. Devem ser pacientes, condicionar o jogo, fechar a baliza e o espaço entre eles. Descrição: A equipa que ataca joga com três médios e um avançado. Os médios estão distribuídos pelos corredores. A equipa defensiva joga apenas com dois defesas e um médio, organizados num sistema delineado pelo treinador. O exercício começa com a bola no atacante no corredor central. Os atacantes circulam a bola entre sí, procurando situações de finalização. Os defesas, devem ocupar o espaço, impedindo que tal situação seja criada, respeitando os objetivos do exercício (jogar em contenção, condicionar o jogo para o corredores laterais, assegurar a cobertura ao colega de equipa e fechar o espaço entre eles), respeitando ainda a organização delineada pelo treinador Detalhe: Este exercício é similar ao exercício anterior. A diferença é o maior espaço ocupado pelos jogadores e a maior dificuldade, devido ao menor espaço para a movimentação. Introduzindo um avançado, a presença na àrea está assegurada. Os defesas não tem o seu trabalho facilitado pelo menor espaço a ser ocupado por cada um deles, pois o avançado pode servir de referência para os médios adversários a qualquer momento.
6 Grafismo: Variações: 1. Contabilizar por pontos o número de vezes que os defesas conseguem impedir o golo(1), recuperar a bola(2) ou efetuar uma transição ofensiva(3). O golo vale um ponto para a equipa ofensiva; 2. Colocar objetivos para uma transição ofensiva após a recuperação da posse de bola; 3.Aumentar a dificuldade do exercício, introduzindo mais atacantes.
7 Tipo: Organização defensiva intersetorial Espaço: Campo de 40 por 50 metros formado por marcas sinalizadoras. Número: Guarda redes + 5 vs 4 Material: 6 estacas, 4 cones, 1 bola e uma baliza Duração: minutos Organização do exercício: A organização defensiva é feita entre o setor médio e o setor ofensivo, procurando impedir as ações ofensivas do adversário. O avançado procura cortar a ligação para os corredores laterais ou intensifica a pressão sobre o portador da bola, anulando tempo e espaço de execução, objetivando a saída de jogo em profundidade dos atacantes. Os atacantes circulam a bola, procurando inserir a mesma de forma controlada nas balizas formadas pelas estacas. As referidas balizas de estacas distam 16 metros entre sí, e tem largura de 2 metros Descrição: O exercício está organizado numa situação de pressing alto. Os defensores ocupam o setor médio e o setor ofensivo, procurando impedir a saída de jogo adversário e procurando a recuperação da posse de bola, ou condicionar o jogo para os corredores laterais. Esse condicionamento deve ser efetuado pelo avançado com movimento em L, fechando ao máximo as duas linhas de passe para os defesas. Os atacantes devem procurar passar pelas pequenas balizas com a bola controladam através de passes, desmarcações e outros complementos ofensivos. Detalhe: Baseado na pressão em bloco alto, este exercício é mais complexo que os anteriores. Procura a recuperação longe da própria baliza, identificando-se com modelos de jogo que procuram este tipo de jogo. Para os atacantes descritos no esquema, importa treinar a posse, a circulação e progressão da bola, objectivando fazer ponto nas pequenas balizas. Para os defensores, importa recuperar a bola e reagir rapidamente, conforme a ideia do treinador
8 Grafismo: Variações: 1. Contabilizar por pontos o número de vezes que os defesas conseguem impedir o golo(1), recuperar a bola(2) ou efetuar uma transição ofensiva(3). O golo vale um ponto para a equipa ofensiva; 2. Colocar objetivos para uma transição ofensiva após a recuperação da posse de bola; 3.Penalizar a ação de passe dos defensores em diagonal ou com direção frontal, com penalização, sempre que tal se verifique como a soma de 3 pontos para a equipa atacante; Variar a organização defensiva, como por exemplo pelo uso de dois avançados.
9 Com o surgimento da periodização tática, mais e melhores formas de jogar vão aparecendo e o futebol torna-se agora mais complexo a um ritmo alarmante. Este pequeno documento faz referência à organização defensiva. Dividido em três tipos diferentes no momento defensivo (setorial, intersetorial e intersetorial em bloco alto), trata praticamente todos os tipos de momentos ofensivos que podemos verificar no futebol atual. É um documento de auxílio para treinadores que procuram ver a equipa jogar de forma atrativa, divertida e moderna. Vale pela organização do exercício mais simples ao mais complexo, introduzindo o momento defensivo numa forma de jogar específica de cada treinador. Certamente que estes exercícios não foram criados para apenas um modelo de jogo, mas também não servem todos os modelos. Cada exercício no futebol é adaptável, tornando assim possível a continuação da evolução da organização tática.
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