UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS. Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 1

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1 BALANÇO 2008 & PERSPECTIVAS 2009 UNIDADE DE ESTUDOS ECONÔMICOS DEZEMBRO / 2008 Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 1

2 ÍNDICE CENÁRIO MACROECONÔMICO MUNDIAL CENÁRIO MACROECONÔMICO BRASIL CENÁRIO MACROECONÔMICO DO RIO GRANDE DO SUL SUMÁRIO EXECUTIVO...6 CENÁRIOS MACROECONÔMICOS PARA ECONOMIA INTERNACIONAL PIB BRASIL POLÍTICA MONETÁRIA E PREÇOS INDÚSTRIA BRASILEIRA MERCADO DE TRABALHO DO BRASIL SETOR EXTERNO BRASILEIRO SETOR PÚBLICO - BRASIL PIB DO RIO GRANDE DO SUL INDÚSTRIA DO RIO GRANDE DO SUL MERCADO DE TRABALHO DO RIO GRANDE DO SUL SETOR EXTERNO DO RIO GRANDE DO SUL SETOR PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 2

3 Cenário Macroeconômico MUNDIAL INDICADORES * 2009* Produto Interno Bruto Real (% a.a.) EUA 2,9 2,8 2,0 1,4-0,7 Japão 1,9 2,4 2,1 0,5-0,2 Zona do Euro 1,6 2,8 2,6 1,2-0,5 Europa Leste e Central 6,1 6,7 5,7 4,2 2,5 Reino Unido 2,1 2,8 3,0 0,8-1,3 Ásia emergente 9,0 9,9 10,0 8,4 7,7 Argentina 9,2 8,5 8,7 6,5 3,6 Brasil 1,3 2,7 1,2 5,1 2,1 Chile 5,6 4,3 5,1 4,5 3,8 México 3,1 4,9 3,2 1,9 0,9 Mundo 4,5 5,1 5,0 3,7 2,2 Inflação (% a.a.) EUA 3,4 2,2 4,1 3,1 1,6 Japão -0,3 0,3 0,7 1,9 0,5 Zona do Euro 2,2 1,9 3,1 2,9 1,7 Europa Leste e Central 4,7 5,4 6,6 7,3 5,5 Reino Unido 2,0 2,8 2,0 4,6 2,0 Ásia emergente 3,8 4,1 6,3 7,4 6,2 Argentina 9,6 8,5 8,7 6,5 3,6 Brasil 6,9 3,1 4,5 6,3 4,5 Chile 3,1 2,6 7,8 8,5 4,9 México 4,0 4,0 3,7 5,7 3,3 Mundo 3,7 3,4 5,0 5,9 4,2 Fonte: FMI. *Projeções World Economic Outlook - FMI Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 3

4 Cenário Macroeconômico Brasil INDICADORES * 2009* Pessimista Moderado Otimista Inflação (% a.a.) IGP-DI 7,9 10,8 8,0 5,8 5,5 INPC 5,2 6,5 7,0 5,0 4,5 IPCA 4,5 6,1 6,8 5,3 4,9 Produto Interno Bruto Real (%) a.a. Agropecuária 5,4 4,2-2,2-1,4 1,0 Industrial 4,9 4,8-1,3 1,2 1,8 Serviços 4,7 3,6 0,8 2,1 2,8 Total 5,4 5,1 0,7 2,1 2,8 Produção Física Industrial (%) a.a. Extrativa Mineral 5,8 6,1-1,9-0,2 1,0 Transformação 5,9 4,4-1,0 0,6 1,8 Indústria Total 2 5,9 4,5-1,2 0,5 1,6 Empregos Gerados Mercado Formal (em Mil) Agropecuária Indústria Serviços Total Setor Externo (US$ Bilhões) Exportações 160,6 201, Importações 120,6 177, Balança Comercial 40,0 24, Transações Correntes 1,7-30, Investimento Estrangeiro Direto 34,6 34, Moeda e Juros (% a.a.) Juros Nominais Selic - Média do ano 12,1 12,6 14,5 14,0 13,5 Juros Nominais Selic - Final do ano 11,3 13,8 15,3 14,3 13,3 Taxa de Câmbio Desvalorização (%)³ (10,6) 6,5 (28,2) (18,7) (10,7) Taxa de Câmbio Média do Ano 1,9 1,8 2,6 2,3 2,1 Setor Público (% do PIB) Resultado Primário 4,0 4,5 2,8 3,8 4,1 Resultado Nominal (2,3) (1,1) (3,2) (2,0) (1,6) Pagamento de Juros Nominais 6,3 5,5 6,0 5,8 5,7 Dívida Líq. do Setor Público BR 42,8 38,5 39,2 38,0 37,4 1 Preços Constantes; Usando deflator do PIB. 2 Estimativa UEE/FIERGS.Previsão UEE/FIERGS. Não considera a Construção Civil e o SIUP 3 Variação em relação à média do período anterior *Previsão Unidade de Estudos Econômicos - FIERGS Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 4

5 Cenário Macroeconômico do Rio Grande do Sul INDICADORES * 2009* Pessimista Moderado Otimista Produto Interno Bruto Real (%) a.a. Agropecuária 10,1-3,7 3,8 4,7 5,2 Industrial 7,7 4,6-1,5 1,0 2,0 Serviços 6,1 3,4 0,6 1,3 2,0 Total 7,0 3,1 0,3 1,6 2,3 Empregos Gerados Mercado Formal (em Mil) Agropecuária 2,7 2,7 1,5 2,1 2,2 Industria 40,4 43,7-5,2 10,9 20,8 Serviços 51,2 64,7 32,2 35,8 39,2 Total 94,3 111,2 28,5 48,8 62,2 Setor Externo (US$ Bilhões) Exportações 15,0 18,9 16,3 17,6 20,1 Importações 10,2 15,4 14,2 15,5 16,1 Balança Comercial 4,8 3,5 2,0 2,1 4,0 Setor Público (R$ Bilhões) ICMS 12,2 15,1 14,8 15,5 16,0 Índice de Desempenho Industrial (%) a.a. Alimentos e bebidas 5,6 5,8 1,0 2,6 3,5 Produtos têxteis 4,9 9,0 1,9 3,6 4,9 Vestuário e acessórios 14,8 17,3 2,8 4,1 5,8 Couros e fab. artef. couro e calçados 0,0 1,6-2,4-0,9 0,7 Produtos de madeira 6,4 3,3-2,6 1,4 2,6 Edição, impressão e reprod. de grav. 1,8 5,1-1,3 1,6 3,7 Refino de petróleo e alcool 16,3 8,9-1,2 1,7 3,5 Produtos químicos 0,5-4,0-3,4 0,8 2,3 Borracha e plástico 6,3 8,2-1,4 2,0 3,2 Metalurgia básica 12,5 6,8-1,2 1,2 2,8 Produtos de metal 9,6 9,2-1,8 1,4 4,1 Máquinas e equipamentos 23,5 22,9-7,1-1,3 3,5 Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 7,8 13,8-2,6 3,1 6,6 Material eletrônico e de comunicação -5,5 5,8-3,3 1,9 3,8 Veículos automotores 14,7 14,6-3,0-1,1 3,5 Móveis e indústrias diversas 4,4 4,0-2,3 1,2 2,7 Indústria Transformação - IDI/RS 6,2 6,4-2,0 0,9 3,1 Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 5

6 SUMÁRIO EXECUTIVO Após um ciclo de seis anos de forte crescimento econômico mundial, alicerçado em estabilidade de preços, maiores transações comerciais e expansão do crédito e da renda, a piora nas condições macroeconômicas no ambiente internacional, em especial nos meses de setembro e outubro, determinaram os rumos para a economia no ano de 2009, com potenciais de também atingir Uma rápida análise retrospectiva nos permite dividir esses acontecimentos em três partes. Ainda durante o ano de 2007, apareceram os primeiros problemas no mercado de hipotecas, gerando diversas dúvidas sobre a magnitude e extensão de seus impactos sobre as instituições financeiras. Porém, a mesma deixou de ser uma crise de crédito para tomar proporções mais devastadoras, atingindo a confiança dos agentes no interbancário e levando consigo diversos Países. Esse segundo momento é o que os economistas denominam de crise sistêmica, e se intensificou a partir da falência de um dos maiores bancos de investimentos nos EUA, o Lehman Brothers. Ainda sob esses efeitos, o ano de 2008 se encerra com o terceiro ato da crise, os impactos no lado real da economia. A desconfiança sistêmica gerou uma paralisia nas transações financeiras, arrastando consigo um dos mais importantes vetores do crescimento econômico mundial nos últimos anos, a oferta de crédito. Na seqüência, o menor ímpeto de consumo atingiu o segundo pilar dessa estrutura de crescimento, o comércio de bens e serviços. Por fim, o mercado de trabalho, o terceiro vetor nesse cenário, perde a dinâmica, e a taxa de desemprego inicia uma trajetória de aumento em vários países. Os acontecimentos desse último trimestre tomam a forma de um ciclo perverso. Os intermediários financeiros reduziram seu apetite ao risco e passaram a disponibilizar menores recursos para produção, consumo e investimento. Com medo de perderem o emprego, os trabalhadores reduziram o ímpeto de gastos. Com queda nas vendas, as indústrias passaram a produzir menos, e se ajustaram a um novo patamar de produto, com menor uso dos fatores, como matérias-primas e trabalho. O menor fluxo de transações comerciais decorrente desse cenário deve impactar diretamente na circulação monetária, representando menores lucros e retração na cotação de ativos como ações e imóveis. Esse é o pano de fundo das projeções para o próximo ano. Apesar do ambiente de negócios ainda nebuloso, o que dificulta traçar as perspectivas, um ponto é certo: 2009 será bem diferente de Com base nessa percepção, é possível afirmar que a herança para o próximo ano vem de maiores incertezas com a economia, na esteira da baixa confiança de consumidores e investidores. Assim, apesar dos diversos Bancos Centrais estarem inundando o mercado com recursos e os governos aprovarem uma dezena de pacotes fiscais, o sucesso no combate à recessão irá depender do comportamento da incerteza. Somente com a melhora da confiança no futuro é que poderemos sair dessa crise. No cenário moderado, com maior chance de realização, a perspectiva é que ocorra uma desaceleração na atividade econômica mundial, mas, com impactos diferentes entre as regiões. No caso dos Países desenvolvidos a previsão é de recessão, seguida de inflação baixa. As restrições de crédito são mantidas, em um ambiente onde ainda persistem a incerteza e a aversão ao risco. Por hora, é descartada a projeção de depressão, mesmo no cenário mais pessimista. O cenário mais provável é que, com a aversão ao risco e a menor liquidez, países endividados, como no Leste Europeu, tenham mais dificuldades no financiamento do balanço de pagamentos. Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 6

7 Nos emergentes, deve-se verificar uma forte desaceleração na taxa de crescimento, inflação em patamares ainda elevados, sujeita a choques derivados, em especial, das desvalorizações das moedas nacionais frente ao dólar. O Brasil também deve experimentar uma desaceleração econômica, mas, devido as melhores condições do Balanço de Pagamentos, projeta-se menores impactos cambiais. Esse ponto é importante para determinar a dinâmica dos preços, cuja projeção é de estabilidade em patamar dentro da banda do sistema de metas de inflação. Destacase que as restrições de crédito devem perdurar, na esteira de prazos mais curtos e custos maiores para consumidores e empresas. O mercado de trabalho no Brasil desempenhou papel de destaque na condução da demanda interna nos últimos anos. Porém, devido ao processo de acomodação da atividade econômica, a perspectiva é que ocorra uma desaceleração na geração de vagas no mercado formal para Nesse caso, no primeiro semestre deve-se ter redução das horas trabalhadas, com pequenas quedas que são, de alguma forma, compensadas no segundo semestre, encerrando o ano estável. Os três cenários para o Balanço de Pagamentos consideram a existência de déficit nas transações correntes diferenciando apenas a intensidade. Porém, o mesmo deve ser financiável no cenário internacional. A diferença ocorre no comportamento da balança comercial, que pode entrar em déficit no cenário mais pessimista. No caso da política monetária, a balança de decisão macroeconômica pende para os riscos de desaceleração da economia. Nesse sentido, o Banco Central do Brasil pode manter os juros em um patamar levemente superior ao verificado em dez/08. Destaca-se que a previsão de estabilidade é para ponto médio, podendo ocorrer pequenos ajustes de 1 ponto percentual para cima e para baixo ao longo do ano. A atividade econômica no Rio Grande do Sul já foi forte em 2007 e deve também se encerrar em patamar elevado em Porém, os desafios para a economia gaúcha no próximo ano serão vários. Com a projeção de recessão nos nossos principais parceiros comerciais, a queda do preço de commodities importantes na receita dos exportadores e a menor dinâmica na demanda interna, a perspectiva é que a desaceleração do PIB pode ser mais acentuada que a média do Brasil, expectativa essa que se concretiza nos três cenários. A diferenciação entre o cenário pessimista e o otimista, é o grau com que ocorre a retração econômica mundial. Apesar de existir a possibilidade de uma recessão mundial, essa tem poucas chances de ocorrer. Nesse caso, pode inclusive ser verificado no Brasil uma recessão branda, acompanhada de maiores oscilações na taxa de câmbio, piora no mercado de trabalho e de crédito. No caso do Rio Grande do Sul as perspectivas mais pessimistas são com a configuração de uma recessão, com queda nas transações comerciais com o exterior e com impactos na arrecadação fiscal do governo do Estado. As projeções para o cenário otimista consideram que os pacotes de estímulo nos países desenvolvidos e também nas economias emergentes, como o promovido pela China, já comecem a produzir resultados a partir do 2º trimestre. Nesse caso, não se descarta a manutenção do cenário de recessão para as economias desenvolvidas, mas, que os emergentes conseguem compensar essa retração. Essa perspectiva teria reflexos nas projeções para Brasil e Rio Grande do Sul, que podem experimentar apenas uma leve desaceleração. É importante destacar que, mesmo a dissipação da crise na economia não significa a volta do crédito aos patamares pré-crise, especialmente no cenário internacional. Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 7

8 CENÁRIOS MACROECONÔMICOS PARA 2009 Internacional PIB Pessimista Moderado Otimista Recessão mundial Desaceleração com forte impacto nos emergentes Inflação Deflação Estabilidade Mercado de Crédito Continua a se deteriorar Tensões localizadas em alguns países Juros Novos cortes Novos cortes Nacional PIB Recessão leve Redução do ritmo de crescimento Desaceleração suave Pequenas pressões de preços Dissipação da crise de confiança Permanecem estáveis em níveis baixos Redução do ritmo de crescimento Taxa de Câmbio Média Maior oscilação e novas desvalorizações Estabilidade Estabilidade Inflação Além da banda Dentro da banda Dentro da banda Mercado de Crédito Desacelera Desacelera Desacelera Mercado de Trabalho Forte desaceleração na Desacelera a criação de Pequena desaceleração criação de empregos empregos na criação de empregos Balanço de Pagamentos Transações Correntes Agrava com déficit Déficit com pequeno Déficit com superávit comercial superávit comercial comercial Conta Capital Financiável Financiável Financiável Juros Estável Estável Estável Regional PIB Recessão Redução do ritmo de Redução do ritmo de crescimento crescimento Setor Externo Queda do volume Estável sobre 2008 Pequeno crescimento Arrecadação Queda Estável Estável Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 8

9 1. ECONOMIA INTERNACIONAL A ÚNICA CERTEZA: INCERTEZAS PARA 2009 Os impactos da crise de crédito no mercado subprime deverão ser sentidos ainda durante o ano de Um ponto importante é que essa crise assume características distintas entre os países, diferenciando-se em intensidade e amplitude. Apesar disso, a maior dificuldade na sua solução será mudar a percepção de consumidores e investidores sobre o futuro da economia. Somente a partir da melhora dos índices de confiança é que a luz no fim do túnel poderá ser vislumbrada. A análise do cenário econômico internacional para 2009 deve levar em conta a mudança de percepção por parte dos consumidores e investidores, a partir dos problemas no mercado de crédito subprime, os quais se intensificaram desde setembro de De fato, a conjuntura desse ano pode ser avaliada em dois momentos distintos. Nos primeiros sete meses do ano, a atividade econômica aquecida, na esteira de um ciclo longo de expansão do PIB mundial, continuava a colocar pressões sobre os níveis de preços dos ativos e produtos como as commodities metálicas, energéticas e agrícolas. Nesse ambiente, as pressões inflacionárias ocorriam em diversos países, inibindo ações no sentido de afrouxamento da política monetária. Assim, ainda que sob os riscos no mercado de crédito, decorrentes da alavancagem de hipotecas subprime, a discussão da balança de política macroeconômica dava mais peso aos riscos de elevada inflação, em detrimento da atividade econômica. O momento determinante para a mudança desse quadro foi no momento em que o Banco Central Americano agiu de maneira difusa sobre o processo de salvamento das instituições financeiras que se encontravam em dificuldades. Nesse caso, os episódios AIG e do banco de investimento Lheman Brothers, em setembro, criaram um ambiente de incerteza, fazendo com que os investidores modificassem sua percepção sobre a crise. Destaca-se que essa incerteza estava relacionada aos reais objetivos e às ações que o Banco Central dos EUA tomaria no caso de um problema sistêmico de maiores proporções. O nome dado pelos economistas a esse cenário é risco moral. Os reflexos sobre o sistema financeiro e sobre o cenário anteriormente desenhado foram nítidos. Dessa forma, a crise deixou de ser de hipotecas subprime e se tornou uma crise de confiança. Em dois meses, diversas instituições financeiras tiveram que ser socorridas com injeção de recursos por parte dos Bancos Centrais na Europa e nos EUA. O interbancário em diversos países praticamente parou e, na ausência de relações de confiança no mercado de crédito, o que se viu foi corrida bancária e falências. Na seqüência, os governos propuseram diversos pacotes fiscais e várias tentativas de restaurar a confiança sistêmica entre setembro e outubro. Seria possível afirmar que o pior da crise já passou? Isso irá depender do ponto de vista de quem está analisando. Por exemplo, para os economistas, a intervenção dos Bancos Centrais, juntamente com os pacotes fiscais de ajuda ao sistema financeiro, foram determinantes para debelar a maior parte da crise de confiança que havia se instaurado no mercado de crédito. Como esse é um elemento vital para o bom funcionamento das engrenagens de uma economia, pode-se dizer que, desse prisma, o pior da crise financeira já passou. É claro que as condições do mercado de crédito não retornaram aos níveis do pré-crise mas, é questão de tempo até que ocorra por completo o ajuste desse sistema. Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 9

10 Nesse caso, há dois importantes indicadores financeiros da economia americana que sinalizam o estado de espírito do mercado de crédito naquele País. O primeiro deles são os yield dos títulos de três meses do Governo, os chamados treasuries bonds. No pior momento da crise, nos dias 17 e 18 de setembro, esses títulos chegaram a pagar 0% de juro ao ano. Isso é o equivalente a acreditar que os investidores compravam dívida pública apenas com o intuito de preservar o patrimônio, não se importando com os rendimentos futuros obtidos um sinal claro de que o mercado de títulos privados estava em stress e apresentava elevado risco sistêmico. Desde então, a situação melhorou, mas ainda está longe de ser considerada normal. O segundo indicador são os financial commercial papers, títulos privados de curto prazo utilizados pelas grandes empresas para financiarem suas atividades operacionais. No pior momento da crise, a taxa de juros anual cobrada nessa linha de financiamento, por parte das instituições financeiras, quase dobrou. Somente depois que o Banco Central americano, o FED, entrou nesse mercado anunciando a garantia desses títulos, é que a situação começou a se normalizar. O movimento da taxa anual desses dois indicadores pode ser visto nos gráficos 1.1 e 1.2. GRÁFICO 1.1 TREASURIES - 3 MESES DO GOV. AMERICANO (% AO ANO) GRÁFICO 1.2 FINANCIAL COMMERCIAL PAPERS (% AO ANO) 2, ,5 3 1,5 1 0,5 2,5 2 1,5 1 0,5 0 3/24/08 4/12/08 5/1/08 5/20/08 6/8/08 6/27/08 7/16/08 8/4/08 8/23/08 9/11/08 9/30/08 10/19/08 11/7/08 0 3/24/08 4/24/08 5/24/08 6/24/08 7/24/08 8/24/08 9/24/08 10/24/08 Fonte: Federal Reserve Fonte: Federal Reserve Porém, mesmo que os dias de stress no mercado de crédito e financeiro tenham sido poucos, foram intensos, e os impactos sobre a chamada economia real são inevitáveis, e já se fazem sentir em diversos setores e países. Desse ponto de vista, pode-se afirmar que o pior ainda não passou, pois teremos, nos próximos meses, a continuidade de resultados ruins para a atividade econômica, com fechamento de postos de trabalho e queda da renda dos trabalhadores. Esses fatos já podem ser comprovados nos EUA, nos países da Zona do Euro, no Reino Unido e Japão. Assim, entramos na chamada terceira fase da crise, com os números ruins do lado real da economia. Como a crise se manifestou de diferentes formas entre Países e regiões, a seguir, faz-se uma breve análise sobre esses pontos, procurando citar as maiores fragilidades para cada País. Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 10

11 1. EUA (PIB = US$ 12,4 trilhões 21,6% do PIB mundial) A crise de títulos subprime se tornou uma crise de confiança, atingindo o sistema financeiro do País e determinando, somente nos dez primeiros meses desse ano, a falência ou liquidação, de 19 instituições bancárias. Apesar dos pacotes de ajuda financeira do Congresso e do corte de juros, a economia americana já está em recessão, com diversos indicadores reforçando esse cenário. Um dos mais importantes motores do crescimento do País, o gasto das famílias, e que representa cerca de 70% do PIB, está puxando para baixo as vendas do comércio com impactos diretos sobre a carteira de pedidos às indústrias. A queda na venda de móveis e equipamentos para residências é a maior desde Também é a maior queda na venda de veículos em 25 anos. Sinais ruins também aparecem na venda de bens nãoduráveis, com a maior queda, desde o último trimestre de 1974, na venda de vestuário. Há indícios de recessão também no mercado de trabalho. Atualmente, são 10 milhões de desempregados nos EUA, de um total de 155 milhões da força de trabalho. Tal resultado coloca a taxa de desemprego em 6,5% - a maior dos últimos 16 anos. Desde o início do ano, cerca de 1,2 milhão de americanos perderam o emprego. E as previsões são de que a taxa de desemprego chegue a 8% até meados de Se esse cenário se concretizar, mais 2,3 milhões de pessoas devem ser adicionadas a esses números, elevando o contingente de desempregados para 12,3 milhões. Nesse caso, é fácil perceber os maiores prejudicados. A taxa de desemprego entre os negros está em 11,1% e, entre os hispânicos, 8,8%. Dentre os brancos, essa taxa é menor - 5,9% (quando esse relatório estava sendo elaborado, os resultados para o mercado de trabalho nos EUA eram do mês de outubro). Destaca-se que o cenário de pessimismo com o emprego contribui para retrair o consumo das famílias. Com uma menor perspectiva de venda, há menor produção, fato que gera resultados negativos sobre as contratações de trabalhadores e os investimentos. Apesar dos esforços do governo americano em evitar o pior, a perspectiva é que o pacote de ajuda fiscal demore a produzir impactos positivos no País. Portanto, podemos esperar novos cortes nos juros em um ambiente de demanda fraca nos EUA durante o ano de GRÁFICO 1.3. EVOLUÇÃO DO PIB - EUA III 2002-III 2003-III 2004-III 2005-III 2006-III 2007-III 2008-III Fonte: BEA.gov Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 11

12 2. Japão (PIB = US$ 3,7 trilhões 6,6% do PIB mundial) A segunda maior economia do mundo também mostra sinais do impacto da crise internacional - e a sinalização é que o País esteja em recessão já no último trimestre de Os primeiros reflexos da crise internacional foram sentidos após a queda das exportações para os EUA e para a Europa, atingindo, em especial, a indústria automobilística e de eletroeletrônicos. Destaca-se que as exportações japonesas representam um item de peso na composição da demanda total. Outro importante motivo para a queda do PIB no Japão foi o aumento do preço da energia importada, fato que contribuiu para reduzir a renda disponível no mercado interno para o consumo de outros bens. Como resultado, a economia japonesa se defronta com uma demanda externa para suas exportações em queda e com um mercado interno enfraquecido. Portanto, a origem da crise no País não vem da exposição financeira nem das piores condições de crédito (os bancos japoneses encontram-se relativamente sólidos), mas sim com a queda da demanda. Os dados do mercado de trabalho no País ainda não refletem os impactos da crise. No Japão, a força de trabalho é de 66,6 milhões de pessoas, das quais 63,9 milhões estão empregadas (último dado de setembro/2008). Portanto, a taxa de desemprego ainda é baixa - de 4,1% -, com 2,7 milhões de desempregados, e permanece nesse patamar durante boa parte do ano. Porém, a expectativa é que, com a atividade econômica mais fraca, os próximos impactos ocorram exatamente sobre o mercado de trabalho, em especial nos salários, onde se espera perda de poder aquisitivo e reflexos na taxa de desemprego. A recuperação da economia japonesa deve ocorrer de forma mais lenta e será na esteira da melhora das condições econômicas nos EUA e na Europa, quando então terão efeitos os pacotes fiscais anunciados. Assim, as projeções apontam para uma possível melhora na economia japonesa apenas a partir do final de GRÁFICO 1.4. EVOLUÇÃO DO PIB JAPÃO I 2001-III 2002-I 2002-III 2003-I 2003-III 2004-I 2004-III 2005-I 2005-III 2006-I 2006-III 2007-I 2007-III 2008-I 2008-III Fonte: stat.go.jp Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 12

13 3. Zona do Euro (15 países PIB = US$ 9 trilhões - 16,1% do PIB mundial) A região como um todo já está em recessão, o que pode ser observado através da retração na atividade econômica de suas principais economias, como a Alemanha, a Itália e a Espanha. Nesse caso, a segunda queda consecutiva na variação do PIB trimestral da Alemanha comprova a entrada do País no que se denomina recessão técnica. No segundo trimestre de 2008, o PIB alemão teve queda de 0,4%, seguido de nova queda de 0,5% no terceiro trimestre. Devido a seu tamanho e importância econômica, a queda da atividade econômica naquele País resulta em efeitos negativos sobre todas as demais economias da região. A Itália, terceiro maior PIB da Zona do Euro, também apresenta duas quedas consecutivas do PIB nos dois últimos trimestres e, a Espanha, que não apresentava queda no PIB desde 1993, mostrou retração no terceiro trimestre. Um ponto importante nesse cenário é que os riscos inflacionários são menores, o que abre espaço para que o Banco Central Europeu corte mais os juros ainda em As previsões são de que os juros podem recuar para 2% em hoje, 25/11/08, estão em 3,25%. Com esses resultados, a Zona do Euro entra em recessão pela primeira vez desde a criação do Euro em A expectativa é que se tenham indicadores fracos durante boa parte do ano de 2009, uma vez que nem todos os impactos da restrição de crédito foram sentidos nos países. Além disso, o consumo das famílias deve se retrair mais na esteira do aumento do desemprego. Assim como nos EUA, um dos setores que mais sofre com a atual crise é a indústria automobilística. Somente em outubro, a venda de carros na região foi 14,5% menor. GRÁFICO 1.5 EVOLUÇÃO DO PIB DA ZONA DO EURO GRÁFICO 1.6 PART.% DOS PAÍSES NO PIB DA ZONA DO EURO % 21.3% 16.6% 16.2% 10.4% 6.3% 05-IV 06-I 06-II 06-III 06-IV 07-I 07-II 07-III 07-IV 08-I II III Alemanha França Itália Espanha Holanda Demais Fonte: Eurostats Fonte: Eurostats 4. Reino Unido (PIB = US$ 1,8 trilhões 3,3% do PIB mundial) Os números recentes sobre o País sinalizam que o mesmo já está em recessão. O Reino Unido foi um dos primeiros a apresentar dificuldades no mercado de crédito subprime, com as notícias de problemas financeiros aparecendo em agosto do ano passado. Desde então, o governo já gastou mais de 81 bilhões na tentativa de normalizar a situação no sistema bancário. Nesse cenário, alguns bancos foram nacionalizados ou parcialmente nacionalizados, como foi o caso do HBOS, RBS, Lloyds TSB, Northern Rock e o Bradford & Bingley. Os impactos sobre a economia real fizeram-se sentir nos dados do PIB do terceiro trimestre - a primeira queda desde Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 13

14 Apesar da atividade econômica em queda, a inflação ainda permanece elevada. As expectativas de mercado, coletadas pelo Bank of England, sinalizam que a inflação de 2008 deve ser da ordem de 4,8% (a meta é de 2%), ocorrendo um alívio no reajuste de preços apenas a partir do terceiro trimestre de As perspectivas para o País são de que a demanda interna continue fraca durante boa parte de 2009, na esteira de um mercado de trabalho ainda sofrendo os efeitos da retração econômica. Outro ponto importante é que o mercado de crédito deve continuar restrito, limitando a capacidade das famílias em conseguir financiamento. Tal cenário irá se materializar em preços de ativos mais baixos, como imóveis e ações. Portanto, as perspectivas para o Reino Unido durante o final de 2008 e o primeiro semestre de 2009 não são animadoras. GRÁFICO 1.7. EVOLUÇÃO DO PIB - REINO UNIDO 0.9% 0.9% 0.8% 0.8% 0.5% 0.3% 0.0% -0.5% I 2007-II 2007-III 2007-IV 2008-I 2008-II 2008-III Fonte: Bank of England 5. Leste Europeu Os países da Região já emitem sinais de desaceleração. Durante os anos de expansão econômica na região da Zona do Euro, os países emergentes da Europa se beneficiaram com a elevação das exportações para a região, do fluxo de investimento direto - em especial da indústria automobilística - e também da farta oferta de crédito a custos baixos e prazos longos, ambos oferecidos por grandes bancos Europeus. Com isso, o crédito cresceu a taxas de dois dígitos, e se tornou um importante indutor do crescimento econômico nas economias emergentes da Europa. Para se ter uma idéia da influência externa nesses países, basta ver que, em 2007, cerca de 60% do total de crédito na Hungria e na Romênia era realizado com moedas estrangeiras. Porém, a mudança no cenário internacional irá representar um duro golpe para as economias emergentes da Europa. A dificuldade financeira de vários bancos europeus está produzindo uma forte retração na oferta de crédito para a região, com impacto direto sobre os gastos dos consumidores e sobre a taxa de investimento. Além disso, com a recessão na Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido, a demanda por exportações é menor, impactando diretamente a oferta do Euro, e deteriorando o balanço de pagamentos. Praticamente todos os países emergentes da Europa, que já possuíam déficit em transações correntes, deverão experimentar piora nas contas externas ao longo do ano de Esses países devem encontrar dificuldades para refinanciar dívidas por dois importantes motivos. Em primeiro lugar, pela menor liquidez de capitais no mercado internacional e, em segundo, pela maior aversão ao risco por parte dos investidores. Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 14

15 Os movimentos na cena financeira internacional mostram que o FMI e o Banco Central Europeu estão atentos a esse cenário, e alguns países já conseguiram assinar empréstimos para sanear as contas externas. Portanto, a situação em alguns países emergentes é delicada, e a melhora nas condições de crédito, o fluxo de capitais e os novos investimentos devem vir na esteira da solução da crise nos países desenvolvidos da Europa. Ou seja, o processo de desaceleração deve perdurar até o final do próximo ano, e apresentar discrepância entre os países. GRÁFICO 1.8 EVOLUÇÃO DO PIB 6.70% 5.70% PAÍSES EMERGENTES DA EUROPA GRÁFICO 1.9 TRANSAÇÕES CORRENTES (% DO PIB) 4.50% 3.40% % -6.60% -7.10% -7.20% Fonte: WEO/FMI-outubro Fonte: WEO/FMI-outubro 6. América Latina Seria no mínimo ingenuidade imaginar que a América Latina passaria incólume a essa retração internacional. Os sinais de desaceleração já se fazem presentes em vários países, do México à Argentina. Nos últimos cinco anos, a região foi beneficiada pelo excesso de liquidez de dólares no cenário internacional e pela elevação do preço das commodities exportadas. Com relação ao México e à Venezuela, os quais se valeram de fortes receitas com o petróleo, ao Brasil, com as commodities agrícolas e metálicas, passando pela Argentina e Chile, o que se observou foi um forte ajuste das contas externas - aumento de reservas em dólares, redução do endividamento externo, alongamento dos prazos e queda do risco-país. Porém, a mudança no cenário econômico internacional deve impactar a região de maneira distinta, e em diferentes momentos. As perspectivas para a Argentina não são positivas, com três fontes de impacto negativo sobre o país. Primeiro, a previsão de quebra de safra em culturas importantes como o trigo. Em segundo lugar, a queda do preço das commodities exportadas pelo país. Destaca-se que, do total vendido ao exterior, as commodities correspondem a 40% da pauta. Portanto, esse fator deve representar uma redução da oferta de dólares para o país via balança comercial. E, por fim, as restrições externas ao crédito, na esteira do maior grau de risco atribuído à dívida em moeda estrangeira e local pelas agências de classificação de risco. Atualmente, a S&P atribui nota C para a divida do país, o equivalente a uma situação de default. Esses elementos em conjunto devem pressionar a balança de pagamentos Argentina e promover ajustes mais fortes sobre a taxa de câmbio. Por hora, a desvalorização do peso foi muito tímida frente ao que se observou em outros países como o Brasil. Porém, o ajuste será necessário para restaurar o equilíbrio das contas externas. Destaca-se que o Banco Central da Argentina tem apenas U$ 47 Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 15

16 bilhões em reservas para poder fazer frente a esse cenário, o equivalente a um ano de importações. Além disso, uma outra importante fonte de risco esperada para 2009 é o desequilíbrio orçamentário do governo federal daquele país, que já está arrecadando menos diante da menor dinâmica da atividade econômica ao longo do terceiro trimestre de 2008, e ora enfrenta ainda duas crises internas: a) energética e; b) de confiança. Portanto, as perspectivas para a Argentina são de dificuldades no balanço de pagamentos, as quais devem se refletir em uma atividade econômica mais tímida, frente ao que se observou nos últimos anos. A economia do México, por sua vez, já apresenta sinais de desaceleração, em especial devido às menores exportações direcionadas aos EUA e à queda da receita com a venda de petróleo, em um cenário de redução do preço do produto no cenário internacional. As dificuldades maiores deverão ser sentidas durante o ano de 2009, em especial na receita de impostos do governo federal. O país também deverá ter déficit em transações correntes - mas sem dificuldades para financiá-lo. O que se espera para o México é que sua melhora esteja condicionada à recuperação da economia americana, algo que só deve acontecer somente a partir de meados de De qualquer forma, não se projeta uma crise no balanço de pagamentos, mas é bem provável que o peso continue fraco frente ao dólar porém, com índices de preços estáveis. O mesmo cenário, de queda na arrecadação de impostos - que pode ser explicado pela exportação de petróleo -, deve se materializar na Venezuela. Nesse caso, os maiores problemas se encontram no orçamento do governo projetado para 2009, que se mostra irrealista. Nele, a previsão é de um preço médio do petróleo da ordem de US$ 70, o que pode representar um déficit fiscal de 2% do PIB para Porém, se o preço médio do petróleo ficar em US$ 55, o que é mais realista, esse déficit pode se expandir para cerca de 4,4% do PIB. Mesmo assim, o governo não cogita cortes de gastos sociais, o que deverá resultar em uma proposta de aumento de tributos. Portanto, as projeções para a Venezuela também são de desaceleração durante o ano de Diante do exposto acima, qual é a estimativa de normalização desse cenário internacional? A elevada incerteza que se coloca nesse momento limita, sobremaneira, as estimativas sobre o comportamento futuro da economia. De qualquer forma, há dois pontos importantes a serem monitorados e que são considerados determinantes para que ocorra a normalização da economia internacional. Em primeiro lugar, tem-se o comportamento da oferta de crédito. Mesmo após as seguidas intervenções dos diversos Bancos Centrais no sistema bancário, e a recuperação de parte da confiança sistêmica, o fluxo de recursos no mercado de crédito não se normalizou. É possível identificar empoçamento de liquidez em vários países, bem como maiores custos de transação, fatores que estão impedindo que a recuperação das transações financeiras ocorra de forma mais rápida. Nesse caso, não está descartada uma nova rodada de corte de juros em várias economias, como a dos EUA, Reino Unido e da Zona do Euro, além de mais ações intervencionistas por parte de instituições financeiras internacionais como provedoras de liquidez, como é o caso do FMI e Banco Mundial. Portanto, pelo menos até o final do primeiro semestre de 2009, ainda estaremos convivendo em um ambiente pós-crise de confiança. Nesse caso, o ajuste do mercado deverá ocorrer de forma lenta e gradual até lá. O segundo ponto importante é a resposta que as economias darão aos os pacotes fiscais e monetários de estímulo realizados nos últimos meses, e que ainda estão sendo implementados. Em países como os EUA, Europa, China e Japão, bem como em outros emergentes, como o Brasil, Argentina, México e Índia, foram anunciados diversos pacotes de estímulo à economia, os quais apresentam soluções desde o alongamento de prazos para recolhimento de impostos, até a transferência direta de recursos para os Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 16

17 consumidores, passando por investimentos governamentais em obras de infra-estrutura, ampliação das linhas de crédito de bancos públicos e corte de impostos. Sabe-se que a resposta por parte dos consumidores deve ser lenta, ainda mais diante de um cenário de corte de empregos e expectativas negativas no horizonte de seis meses. A confiança na economia continua baixa. De qualquer forma, as projeções relatam que, no terceiro trimestre de 2009, a demanda nos EUA, Reino Unido e Japão, bem como em alguns países da Zona do Euro, possa voltar à normalidade. Vale destacar que há diferenças entre a intensidade e a periodicidade com a qual essa crise irá atingir os países. Como descrito anteriormente, economias da Zona do Euro, com uma estrutura sistêmica mais rígida, devem dar uma resposta mais lenta no processo de superação da crise. A região do NAFTA, puxada pela economia dos EUA, deve reagir mais rapidamente. De qualquer forma, no agregado, é possível afirmar que o cenário internacional torne-se menos nebuloso já a partir de meados de 2009, preservadas pequenas discrepâncias regionais. Atualmente, o movimento dos indicadores, em alguns casos, é bem difuso, e revela a incerteza no delineamento dos acontecimentos econômicos e no impacto das respostas de política monetária e fiscal. Nesse caso, um ponto muito importante a esclarecer é a delimitação dos riscos que envolvem a passagem dos países desenvolvidos de uma zona de recessão para uma de depressão. Destaca-se que uma depressão é simplesmente uma recessão prolongada ou profunda. O fato é que depressões são causadas pelos mesmos fatores que causam uma recessão (desemprego, diminuição da produção, aumento da incerteza e deterioração das expectativas dos agentes) e que refletem diretamente no mercado financeiro e nos novos investimentos. O que se sabe ao certo é que a economia mundial está entrando numa trajetória de forte desaceleração, e que os indicativos de recessão estão sendo observados por toda parte. Portanto, a linha que separa recessão de depressão é tênue. Caminhar da recessão para depressão irá depender do tempo e da intensidade dessa crise. Se os consumidores continuarem a reduzir os gastos, o que causa um impacto direto sobre os preços, produzindo deflação, é bem provável que os investidores adiem suas decisões. Com isso, tem-se um círculo vicioso que irá nos conduzir para uma depressão. Por hora, há indícios de deflação de preços nos EUA e em alguns países da Europa. Mas esse não é um movimento generalizado, mas se manifesta de maneira pontual. Esse risco é muito menor nas economias emergentes, as quais ainda apresentam índices de preços elevados, e devem experimentar os choques advindos das recentes desvalorizações da taxa de câmbio. Destaca-se que estamos vindo de patamares de preços elevados para diversos produtos, e é natural supor uma certa acomodação. Diante desses fatos, os próximos meses serão decisivos para clarear esse cenário. Um vetor importante do crescimento econômico mundial nos últimos anos foi o comércio. Depois da entrada da China na OMC, em 2001, e passados os piores momentos do ataque terrorista de 11 de setembro nos EUA, as transações comerciais expandiram-se de forma acentuada, chegando, em 2004, a crescer 10%. Por hora, as previsões colocam uma taxa de crescimento para 2008 que é cerca de metade da observada em 2007, devendo se manter nesse patamar durante o ano de Vale destacar que, mesmo essa pequena expansão do comércio, frente ao que se verificou nos últimos seis anos, já é significativa, e deve colocar o total de transações no mundo em um valor três vezes superior ao verificado em As previsões do FMI indicam que, entre 2008 e 2009, ocorrerá um aumento de US$ 800 bilhões no valor transacionado no mundo, chegando o mesmo ao patamar de US$ 21,6 trilhões. Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 17

18 COMÉRCIO MUNDIAL DE BENS E SERVIÇOS GRÁFICO 1.10 VAR.% ANUAL GRÁFICO 1.11 EM US$ TRILHÕES Fonte: FMI/WEO-outubro Fonte: FMI/WEO-outubro2008 Diante do exposto, e tendo como pano de fundo os cenários traçados para a economia internacional, as maiores probabilidades são de que ocorra uma desaceleração no crescimento mundial, com recessão nos países desenvolvidos e menor crescimento nos emergentes. Esse cenário moderado leva em consideração que ainda persiste a aversão ao risco, afetando o mercado de crédito e prejudicando o financiamento do balanço de pagamentos de alguns países, em especial nos emergentes do Leste Europeu, cujo déficit em transações correntes já se aproxima de 6% do PIB. TABELA 1.1 TAXA DE CRESCIMENTO ECONÔMICO MUNDIAL (%) Economias Avançadas 1,4-0,3 EUA 1,4-0,7 Região do Euro 1,2-0,5 Alemanha 1,7-0,8 França 0,8-0,5 Itália -0,2-0,6 Espanha 1,4-0,7 Japão 0,5-0,2 Reino Unido 0,8-1,3 Canadá 0,6 0,3 Emergentes e em Desenv. 6,6 5,1 África 5,2 4,7 Europa Central e Oriental 4,2 2,5 Rússia 6,8 3,5 China 9,7 8,5 Índia 7,8 6,3 Oriente Médio 6,1 5,3 Brasil* 5,1 2,1 México 1,9 0,9 Mundo 3,7 2,2 Fonte: WEO/FMI-outubro Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 18

19 GANHAMOS MAS, COMO VAMOS MANTER? Os fatores macroeconômicos que contribuíram para nos colocar no grau de investimento, não irão perdurar para sempre. As opiniões sobre a elevação do Brasil à categoria de menor risco, podem ser divididas em dois grupos. De um lado, aqueles que contestam a demora nessa classificação, de outro, aqueles mais céticos, que até acreditavam na melhora de avaliação do Brasil, mas que não titubeiam em apontar as deficiências de nossa economia. Partindo do ponto de vista do primeiro grupo, de fato, quase nada se modificou nos últimos cinco anos, a não ser o fato de que, quem diria, foi dada continuidade ao bem sucedido tripé de sustentação da política econômica: superávit primário, câmbio flexível e metas de inflação. Para não dizer que tudo é igual a antes, o mais importante fator de mudança foi o ciclo de ausência de crise no cenário internacional. Nos últimos anos tivemos crescimento econômico nos quatro cantos do mundo, e milhões de pessoas entraram no mercado de consumo, contribuindo para a melhora nas relações de troca do setor externo brasileiro. Analisando dessa forma, realmente, o selo grau de investimento poderia ter vindo ainda no final de Porém, a partir da perspectiva do segundo grupo, precisamos ter claro que é necessário esforço (fiscal, administrativo e político) para preservar as conquistas do grau de investimento. Ainda temos deficiências na infra-estrutura logística, e uma tremenda dificuldade em nos livrarmos das amarras de uma herança presente na filosofia das relações capital-trabalho. Essas, tornam nosso mercado de trabalho extremamente rígido frente aos nossos pares no cenário internacional e, assim, reduzem a nossa competitividade. Isso sem falar da pesada mão do setor público, o maior sócio de cada brasileiro, que anualmente se apropria de mais de 40% da nossa renda. Bem, deficiências à parte, aqui chegamos. Afinal de contas, a avaliação se dá diante de variáveis macroeconômicas, e os nossos problemas estão no ambiente micro. Porém, existe um elemento importante citado pela agência de classificação e que teve pouca repercussão nas análises posteriores, que é a independência operacional do Banco Central. A última reunião do Copom que sacramentou a elevação da meta Selic em um ambiente de riscos inflacionários, contrariou a ala mais desenvolvimentista da equipe econômica do atual governo, bem como chegou a suscitar discursos de que comprometeria o crescimento econômico. Entretanto, investidores e analistas econômicos internacionais, pensaram de maneira deferente. O raciocínio é muito simples. Se um dos pilares de sustentação da estabilidade de preços no Brasil é o sistema de metas de inflação, a regra é clara: se há riscos inflacionários, seja em expectativa ou não, o mesmo deve ser combatido com as armas apropriadas, e comumente utilizadas por qualquer Banco Central, em qualquer lugar do mundo, isto é, com a taxa de juros. Existem custos na sua elevação? Sim, e não são poucos. Isso irá impedir o crescimento da economia brasileira no longo prazo? Não, pois a perspectiva é de um aumento de cerca de 1,5 ponto percentual. Isso irá resolver o problema da demanda interna? Não, pois cerca de 70% da inflação do ano já está dada pelo reajuste de preços administrados e pelos produtos do grupo alimentação. Então, porque aumentar? Para garantir a credibilidade do sistema e atuar sobre as expectativas. Pensando dessa forma, os benefícios, no médio e longo prazo, são maiores que os custos de ajuste no curto prazo. Mas, estaria o Brasil sozinho nesse barco? Não. Em uma amostra de 94 Bancos Centrais, 90 possuem como objetivo legal a estabilidade monetária ou adotam um sistema de metas de inflação. São aqueles que constituem o grupo denominado de Bancos Centrais modernos. O que diferencia esses participantes é o grau de transparência nas ações, na divulgação de relatórios, na credibilidade e no grau de independência. Está Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 19

20 provado que, quanto mais transparente for o sistema, mais vantagens e menores os custos de ajuste na política monetária. Os agentes não são pegos de surpresa, possuem acesso a informações de mercado e ao modo como o Banco Central avalia a economia do País. Dessa forma, podem se antecipar e se adequar melhor a mudanças no cenário. Da mesma maneira, podem cobrar da instituição essa performance. Assim, quanto mais crível for um Banco Central, mais certo estarão os agentes de que o objetivo de estabilidade de preços será alcançado, contribuindo para reduzir os custos de ajuste. Por fim, restou a independência. Um tema espinhoso para ambas as partes, governo e Banco Central. Atualmente, no Brasil, essa independência é de instrumentos porém, como se diz popularmente a relação se dá no fio do bigode. Por enquanto está funcionando, mas não nos deixemos enganar pelo ciclo de crescimento dos últimos cinco anos. Como seria essa independência em um ambiente de maior exposição à crise, como nos infortúnios primeiros oito anos do Plano Real? Elevar em 0,5 ponto percentual os juros em uma economia crescendo 5% é politicamente mais fácil do que em um cenário adverso. O grupo dos que avaliam a classificação de risco com certa restrição está certo. Não estaremos sempre em um mar de rosas como nos últimos cinco anos. Precisamos nos antecipar a tempos difíceis, e o tema da independência do Banco Central deve voltar às discussões. Publicado no Informe Econômico Nº 20 de 12/05/2008 Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 20

21 2. PIB BRASIL ALGO ENTRE MAROLA E TSUNAMI Mesmo diante da crise, o ano de 2008 deve se encerrar com uma taxa de crescimento do PIB da ordem de 5,1%. Porém, a herança econômica para o ano de 2009 implicará em vários desafios do ponto de vista fiscal e monetário. Em uma perspectiva de revisão das projeções de desempenho da produção, não é descartada a possibilidade de o País ter retração em dois trimestres consecutivos, o que se caracterizaria tecnicamente como uma recessão. De qualquer forma, o efeito estatístico para o próximo ano deve garantir uma variação do PIB da ordem de 2%. O ano de 2008 deverá ser lembrado, nos livros de história econômica do Brasil, como o fim de um ciclo de forte crescimento do PIB. Durante cinco anos, o cenário macroeconômico externo favorável contribuiu para gerar um ambiente positivo no que se refere ao consumo e ao investimento. Nesse caso, diversos fatores atuaram em conjunto. Como primeira variável, tem-se o forte crescimento econômico internacional. A entrada da China na OMC, em 2001, pode ser entendida como um marco na mudança de patamar das transações comerciais entre países e blocos. De 2001 a 2007, o total de exportações saltou de US$ 7 trilhões para US$ 17 trilhões. Essa expansão criou oportunidades de negócios entre empresas, e representou uma elevação da demanda por exportações brasileiras. Pode-se observar que, entre 2001 e 2004, o setor externo era o que contribuía de forma mais significativa para o crescimento da economia brasileira, situação que foi revertida a partir de e perdura até o primeiro semestre do ano de 2008, como pode ser 1 visto no gráfico 1.1. GRÁFICO 1.1 TAXA DE CRESCIMENTO Demanda Interna PIB total 5,7% 4,5% 3,7% 3,1% 5,0% 3,7% 7,5% 7,8% 5,8% 6,0% 1,2% -1,0% * Fonte: IBGE. Elaboração UEE/FIERGS. * 1º semestre. O segundo fator foi a maior liquidez de capitais. Na esteira do crescimento do comércio, veio a expansão das transações financeiras. A geração de lucros nas empresas 1 Até o momento que esse relatório estava sendo elaborado, o IBGE não havia divulgado os resultados do PIB para o 3º trimestre do ano de Dezembro 2008 Balanço 2008& Perspectivas 2009 Unidade de Estudos Econômicos Sistema FIERGS 21

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