CONSELHO FISCAL REGULAMENTO
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- Octavio Vilanova Castelhano
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1 CONSELHO FISCAL REGULAMENTO (Aprovado na reunião do Conselho Fiscal de 5 de Março de 2009, com alterações introduzidas nas reuniões de 21 de Maio de 2009, de 19 de Julho de 2010, 28 de Setembro de 2011 e 26 de Setembro de 2012) 1/6
2 REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL DO BANCO BPI, S.A. 1º (Âmbito) O funcionamento do Conselho Fiscal do Banco BPI rege-se pelo disposto na lei, nos estatutos, e no presente Regulamento. 2º (Composição) O Conselho Fiscal é composto por um mínimo de três e um máximo de cinco membros efectivos e, ainda, por dois suplentes, todos eleitos em Assembleia-Geral de accionistas. 3º (Competência) No desempenho das funções, estatutária e legalmente atribuídas, nomeadamente as previstas no artigo 420º do Código das Sociedades Comerciais, compete ao Conselho Fiscal: 1. Zelar pela observância das disposições legais e regulamentares, dos estatutos e das normas emitidas pelas autoridades de supervisão, bem como das políticas gerais, normas e práticas instituídas internamente; 2. Certificar-se, no Banco BPI e demais empresas do Grupo, sujeitas a supervisão em base consolidada, da prossecução dos objectivos fundamentais fixados em matéria de controlo interno e gestão de riscos pelo Banco de Portugal e pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, nas directivas de supervisão dirigidas às instituições de crédito e sociedades financeiras; 3. Avaliar da fiabilidade dos reportes prudenciais respeitantes ao Grupo e empresas do Grupo sujeitas a esta obrigação; 4. Verificar a adequação e supervisionar o cumprimento das políticas, dos critérios e das práticas contabilísticas adoptadas e a regularidade dos documentos que lhes servem de suporte; 5. Dar parecer sobre o relatório, as contas e as propostas apresentados pelo Conselho de Administração; 6. Fiscalizar o processo de preparação e divulgação da informação financeira pela sociedade; 7. Emitir: a) os pareceres que, nos termos da lei, estejam a seu cargo, designadamente o previsto no ponto 5 desta disposição e os previstos pelo nº 8 do artigo 85º e pelo nº 3 do artigo 109º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras; b) parecer, previamente à sua celebração, sobre qualquer negócio entre a sociedade e accionistas titulares de participações qualificadas, ou com entidades com quem eles estejam em qualquer tipo de relação, nos termos do artigo 20º do Código dos Valores Mobiliários, independentemente do montante em causa, sempre que o mesmo seja realizado em condições distintas do que constitua a prática do mercado ou fora do âmbito da actividade corrente da sociedade; 2/6
3 c) os demais pareceres previstos nesta disposição. 8. Com respeito ao Revisor Oficial de Contas: a. Propor à assembleia geral a sua nomeação; b. Fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da sociedade; c. Fiscalizar a independência do revisor oficial de contas e, nesse quadro, apreciar e decidir, ouvida a Comissão de Auditoria e Controlo Interno, sobre a prestação pelo Revisor Oficial de Contas de serviços adicionais à sociedade e sociedades do seu Grupo, bem como sobre as respectivas condições; d. Propor à assembleia geral a sua destituição sempre que se verifique justa causa. 9. Com respeito ao auditor externo da sociedade: a. Apresentar ao Conselho de Administração a proposta relativa ao auditor externo a contratar pela sociedade, incluindo não só a proposta sobre quem deva prestar esses serviços, como a proposta relativa à respectiva remuneração; b. Representar a sociedade, para todos os efeitos, junto do auditor externo, sendo, designadamente, o primeiro interlocutor da sociedade junto dele e o primeiro destinatário dos respectivos relatórios; c. Zelar para que sejam asseguradas ao auditor externo, pela sociedade, condições adequadas para a prestação dos seus serviços; d. Fiscalizar a independência do auditor externo e, nesse quadro, apreciar e decidir, ouvida a Comissão de Auditoria e Controlo Interno, sobre a prestação pelo Revisor Oficial de Contas de serviços adicionais à sociedade e sociedades do seu Grupo, bem como sobre as respectivas condições; e. Aprovar, ouvida a Comissão de Auditoria e Controlo Interno, o plano de actividade anual do Auditor Externo; f. Avaliar a actividade do auditor externo. 10. Acompanhar as acções fiscalizadoras do Banco de Portugal, da CMVM, do Instituto de Seguros de Portugal, da Direcção Geral de Impostos e da Inspecção Geral de Finanças realizadas ao Banco BPI e outras empresas do Grupo sujeitas a supervisão em base consolidada; 11. Certificar-se da eficácia dos sistemas de controlo interno, de auditoria interna e de gestão de riscos, devendo para o efeito: a. Avaliar os procedimentos operacionais, tendo em vista certificar-se da existência de uma gestão eficiente das respectivas actividades, através de adequada gestão de riscos e de informação contabilística e financeira completa, fiável e tempestiva, bem como de adequado sistema de monitorização, através, nomeadamente, de: i) Avaliação dos procedimentos operacionais tendo em vista a certificação da existência de um adequado ambiente de controlo e gestão de riscos, especificamente no que se refere aos seguintes riscos: Risco operacional; Risco de compliance; Risco de crédito; Risco de mercado; Risco de taxa de juro: Risco de taxa de câmbio; Risco de liquidez; Risco reputacional; ii) Acompanhamento dos relatórios da actividade da Direcção de Auditoria e Inspecção, do Auditor Externo e da Direcção de Compliance, 3/6
4 transmitindo ao Conselho de Administração as recomendações que considere oportunas acerca das matérias objecto desses relatórios; iii) Realização de reuniões periódicas com as entidades referidas na alínea ii) anterior; b. Emitir parecer sobre os planos de actividade da Direcção de Auditoria e Inspecção e da Direcção de Compliance, a aprovar pela Comissão de Auditoria e Controlo Interno; c. Apreciar os relatórios anuais produzidos pelas áreas responsáveis pelas funções de: iv) Compliance ; v) Gestão de Riscos; vi) Auditoria Interna; d. Apreciar o parecer do Revisor Oficial de Contas sobre a adequação e eficácia do sistema de controlo interno subjacente ao processo de preparação e divulgação de informação financeira; e. Emitir parecer anual, nos termos definidos pelo Banco de Portugal, sobre: vii) A eficácia, adequação e coerência dos sistemas de controlo interno, gestão de riscos e auditoria interna do Banco BPI e do Grupo; viii) Os relatórios de controlo interno elaborados pelos Conselhos de Administração do Banco BPI, do Grupo e das entidades sujeitas a supervisão do Banco de Portugal, em base consolidada; f. Receber e dar seguimento às comunicações de irregularidades apresentadas por accionistas, colaboradores da sociedade e outros. 4º (Reuniões e deliberações) 1. O Conselho Fiscal reúne bimestralmente. 2. O Conselho Fiscal reúne extraordinariamente por iniciativa do seu presidente ou a solicitação de qualquer dos seus membros, que deverão propor data e agenda para o efeito. 3. A antecedência de convocação não deve ser inferior a 5 dias úteis. 4. Em caso de urgência, o Conselho Fiscal poderá reunir sem observância de formalidades prévias, desde que os seus membros manifestem a vontade de reunir e deliberar sobre determinado assunto. 5. As deliberações do Conselho Fiscal são tomadas por maioria, devendo os membros que com elas não concordarem fazer inserir na acta os motivos da sua discordância. 6. De cada reunião será lavrada uma acta no respectivo livro ou em folhas soltas, assinadas por todos os que nela tenham participado. 7. Das actas deve constar sempre a menção dos membros presentes na reunião, bem como um resumo dos assuntos tratados e das deliberações tomadas. 8. Os projectos de acta devem circular para aprovação de todos os membros do Conselho, só sendo sujeitos a deliberação formal na reunião seguinte. 5º (Ordem de trabalhos) 1. A ordem de trabalhos é determinada pelo Presidente do Conselho Fiscal. 2. Qualquer membro do Conselho pode solicitar a inclusão de pontos na ordem de trabalhos, solicitação essa que deve ser dirigida ao Presidente, com a antecedência possível em relação à data da reunião e acompanhada dos respectivos elementos de suporte. 4/6
5 3. Os documentos de suporte relativos aos diversos pontos da ordem de trabalhos devem ser distribuídos por todos os membros do Conselho com antecedência de 5 dias, preferencialmente com a convocatória da reunião, ou, em caso de impossibilidade, com antecedência que permita a sua análise atempada. 6º (Presenças) Para além dos membros do Conselho Fiscal podem estar presentes nas respectivas reuniões, o Revisor Oficial de Contas, Administradores, quadros da sociedade ou mesmo terceiros, desde que convidados pelo Presidente ou por quem o substitua nessa reunião, em função da conveniência face aos assuntos a analisar. 7º (Ausências) 1. As ausências dos membros do Conselho Fiscal às suas reuniões devem ser, se possível, previamente comunicadas ao seu Presidente ou a quem suas vezes fizer. 2. Existindo informação suficiente, o Conselho Fiscal deve pronunciar-se na própria reunião sobre a justificação da ausência. 8º (Articulação com o Conselho de Administração) 1. A orientação da articulação entre o Conselho Fiscal e o Conselho de Administração será assegurada pelo Presidente do Conselho Fiscal e pelo Administrador que o Conselho de Administração designar para o efeito. 2. Os membros do Conselho Fiscal que participem em reuniões do Conselho de Administração, nos termos dos artigos 421º e 422º do Código das Sociedades Comerciais, deverão dar prévio conhecimento aos outros membros da sua intenção de participar e deverão posteriormente informar os restantes membros acerca das questões relacionadas com as funções do Conselho Fiscal que, nessas reuniões, tenham sido tratadas. 3. O Conselho Fiscal poderá solicitar informações à Comissão Executiva do Conselho de Administração. 9º (Articulação com a Comissão de Auditoria e Controlo Interno) 1. A orientação da articulação entre o Conselho Fiscal e a Comissão de Auditoria e Controlo Interno será assegurada entre o Presidente do Conselho Fiscal e o Presidente daquela Comissão. 2. Os membros do Conselho Fiscal podem participar nas reuniões da Comissão de Auditoria e Controlo Interno ou em parte delas, em que sejam discutidos temas relacionados, directa ou indirectamente, com as competências do Conselho Fiscal. 3. Para esse efeito os membros do Conselho Fiscal poderão: a. Ter acesso a toda a documentação distribuída para as respectivas reuniões; 5/6
6 b. Assistir às explicações dadas pelos responsáveis de cada uma das Áreas objecto de análise; c. Colocar as questões e pedidos de esclarecimento que os documentos em análise lhes possam suscitar. 10º (Articulação com a Direcção da Sociedade) 1. O Conselho Fiscal, sempre que o considere de interesse, poderá, com conhecimento prévio da Comissão Executiva, solicitar aos responsáveis pelas diversas Direcções da sociedade as informações que entenda necessárias ao desempenho das suas funções; 2. Nomeadamente, o Conselho Fiscal poderá: a. Solicitar à Direcção de Auditoria e Inspecção ou à Direcção de Compliance informação imediata quando sejam por elas identificadas deficiências ou fragilidades que evidenciem ou indiciem situações de elevada gravidade; b. Solicitar, para o exercício da faculdade prevista no ponto ii) do nº 10 do Artigo 3º do presente Regulamento, os relatórios aí mencionados; c. Promover a realização de reuniões periódicas a que alude o ponto iii) do nº 10 do Artigo 3º do presente Regulamento. 11º (Serviços de Apoio) O Conselho Fiscal, para além de elementos de assessoria que lhe possam estar afectos, poderá solicitar ao Conselho de Administração, quando entenda necessário, a colaboração pontual de um ou mais elementos, com experiência nas áreas da sua competência, para prestação de informação e realização de trabalhos visando fundamentar as respectivas análises e conclusões. 12º (Disposições Finais) 1. Em tudo o que não esteja especialmente estabelecido no presente regulamento, aplicam-se as disposições legais e estatutárias em vigor. 2. O presente regulamento entra imediatamente em vigor. 6/6
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