Com novas regras, poupança capta R$ 2,4 bi e mantém fôlego

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1 mobile.brasileconomico.com.br QUARTA E QUINTA-FEIRA, 6 E 7 DE JUNHO, 2012 ANO 4 N O 699 R$ 3,00 PUBLISHER RICARDO GALUPPO DIRETOR JOAQUIM CASTANHEIRA Perde e ganha Prefeito do Recife, João da Costa perdeu a disputa interna no PT. Mas saiu do episódio com popularidade em alta. P3 Fiscal do Judiciário Nelson Calandra, presidente da AMB, diz que o Supremo vive hoje sob vigilância da mídia e da sociedade. P28 Murillo Constantino Com novas regras, poupança capta R$ 2,4 bi e mantém fôlego Montante foi registrado entre 4 de maio, quando governo anunciou mudanças no cálculo, e 30 de maio; para especialistas, resultado mostra que a aplicação continua sendo mais rentável do que outras modalidades de investimentos, como o DI. P30 Crise argentina deixa indústria nacional em alerta Empresários como Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e ogoverno federal apostam na ajuda ao vizinho para evitar que os problemas na economia do país atinjam companhias brasileiras. P4 Patricia Stavis Petrobras dobra número de fornecedores locais Base de empresas brasileiras que abastecem a estatal salta de 2 mil para 5,3 mil em nove anos. P16 Novo Galaxy chega às vitrines do varejo do país Nosso repórter testou a versão lançada ontem e concluiu: o aparelho tem tecnologia superior à dos rivais. P24 Clientes das classes B e C impulsionam o Fleury Rede de laboratórios unifica 13 empresas adquiridas nos últimos anos sob a marca a+ e cresce 15%. P18 Clinton vira cabo eleitoral na campanha de Obama Ex-presidente participou do Barack on Broadway, evento que arrecadou US$ 3,5 milhões. P36 Saiba reconhecer e treinar líderes Em um cenário econômico desafiador, formar líderes entre os funcionários faz a diferença. A ArcelorMittal é exemplo com um programa que há três anos busca identificar e treinar novos gestores. P34 INDICADORES TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) JUROS 2,0150 2,5198 META 2,0170 2,5209 EFETIVA Selic (ao ano) 8,50% 8,39% BOLSAS VAR. % ÍNDICES Bovespa São Paulo Dow Jones Nova York FTSE 100 Londres -1,75 0, , ,95 Feriado Caixavaifinanciarimóveisematé 35anos,maiorprazodahistória O banco também diminuiu os juros do crédito imobiliário para casas e apartamentos com valores que não superem R$ 500 mil; novas condições passam a valer a partir da próxima segunda-feira, 11. P31

2 2 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 CARTAS Avanço OPINIÃO A reportagem Ministro discute desoneração de smartphones com Dilma (4/6/2012) mostra que continua o processo de proteção, subsídios e renúncias fiscais. Os anos 70 estão ficando cada dia mais próximos e, consequentemente, os anos 80, com a falência do Brasil. O sr. ministro só fala em proteção e renúncia fiscal e nunca fala em exigir das empresas de telecomunicações campeãs de reclamações dos consumidores melhoria dos serviços prestados. Chamar de banda larga uma internet com 80 kbps é cinismo e deboche. Ermes Lucas Niterói (RJ) Quanto a matéria FGC garantirá dívida do Banco Cruzeiro do Sul (5/6/2012), cadeia para esses administradores e controladores desse banco, pois isso é estelionato e de grande monta, de bilhões de reais... Marcelo Luiz Santos (SP) No que se refere à reportagem Dólar sobe pelo quinto dia e ultrapassa R$ 2,05 (4/6/2012), totalmente desconexa essa alta do dolar, os Estados Unidos estão na UTI econômica, moeda emitida sem lastro, desemprego batendo recorde, imóveis a preço de banana e... o dolar valorizando? Isso é piada, né? Cassiana de Assis São Paulo (SP) ERRATA Diferentemente do que foi publicado na matéria Renault acelera para reforçar os estoques (4/6/2012), o presidente da Renault não é mais Jean Michel Jalinier, que deixou o cargo. O atual presidente da montadora francesa é Olivier Murguet. CONECTADO Ferramentas do mundo digital que facilitam seu dia a dia Bills O aplicativo é útil para quem vive esquecendo de pagar contas no dia, e acaba tendo despesas extras com juros e multas. Por ele é possível controlar todos os pagamentos de faturas, sendo notificado quando os prazos se aproximam. As contas podem ser divididas em categorias e visualizadas em um calendário. O programa informa também quando as dívidas são quitadas. Grátis iphone World Indicators Lourenço Bustani Fundador e CEO da Mandalah Lourenço Bustani é o brasileiro mais bem colocado na lista das 100 pessoas mais criativas do mundo dos negócios, segundo a revista Fast Company, de junho. Ele aparece na 48ª posição. Sérgio Chaia Presidente da Nextel Gostaria de saber qual foi o PIB da Albânia em 2009? Ou o volume da safra de grãos dos Estados Unidos no ano passado? Se você precisa ter em mãos os indicadores de vários países, esse aplicativo foi desenvolvido para você. A fonte dos dados é o Banco Mundial e 30 agências parceiras. Traz uma série de indicadores econômicos, sociais e ambientais, com link de busca, de 1960 até os dias atuais. Windows Phone Grátis Retrocesso A Justiça de São Paulo decidiu que a Nextel não poderá vender mais serviços para pessoas físicas, mas somente a empresas e grupos de pessoas ligadas a uma atividade específica. conectado@brasileconomico.com.br Cool Guy O aplicativo se propõe a dar uma consultoria de moda para homens de estilo. Por ele é possível fotografar todas as roupas e acessórios e organizar as imagens em um armário virtual que pode ser consultado quando bater dúvida sobre o que vestir em ocasiões especiais. As peças são divididas por categorias e cores e o programa se encarrega de fazer as combinações pelo usuário. Grátis iphone Divulgação Henrique Manreza Rogério Mori Professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV) Economia estagnada As informações sobre o res1ultado do PIB brasileiro do primeiro trimestre de 2012 apenas confirmaram o que a esmagadora maioria dos economistas esperava: um crescimento próximo a zero relativamente ao último trimestre do ano passado. De fato, o comportamento de vários indicadores relativos à atividade econômica apontava nessa direção, como foi o caso do desempenho da atividade industrial nos três primeiros meses do ano. É curioso observar que a estagnação da economia brasileira vem se arrastando desde o segundo semestre de 2011 e o Banco Central tem reduzido sistematicamente a meta da taxa básica de juros Selic ao longo desse tempo. No entanto, a atividade econômica do país permanece em ritmo lento e não dá sinais de reação no curto prazo, mesmo com os esforços do governo no sentido de tentar estimular o consumo. Vale lembrar que a Selic atingiu o menor patamar desde a implementação do Real, em 1994, e as perspectivas apontam na continuidade da trajetória de queda nos próximos meses. O governo poderia utilizar alternativas além do crédito, como aumentar a renda das famílias reduzindo o Imposto de Renda O ponto central nessa discussão remete às razões para um desempenho tão fraco da nossa economia (o pior entre os Brics) em um ambiente em que o governo proporciona estímulos à demanda há um tempo considerável. Esse diagnóstico é fundamental para estabelecer o escopo das ações que devem ser adotadas em termos de política econômica daqui para frente. A análise do resultado do PIB do primeiro trimestre dá pistas sobre os problemas a serem enfrentados. De um lado, fica claro pela ótica da produção que a indústria segue em ritmo lento. De outro, observa-se pela ótica da demanda que as importações têm crescido a um ritmo forte. A somatória desses elementos revela que parte do consumo interno tem se direcionado para o resto do mundo. Isso decorre do fato de que a moeda brasileira encontra-se relativamente forte, o que elimina a competitividade da produção nacional frente ao resto do mundo. Em outras palavras, parte do problema relativo ao nosso baixo crescimento reside na moeda brasileira apreciada neste momento. Outro elemento que começa a surgir no contexto da nossa economia diz respeito ao aparentemente elevado endividamento relativo das famílias brasileiras neste momento. Nos últimos anos, o crescimento da renda das classes C e D e a expansão do crédito representaram um importante motor no sentido de estimular o crescimento econômico brasileiro. No entanto, ao longo desse período, o comprometimento da renda com o pagamento de dívidas por parte das famílias cresceu enormemente. Isso significa que o espaço para novas dívidas pode estar relativamente limitado neste momento. O governo parece ciente desse processo, mas continua a bater na tecla do crédito, criando estímulos para a redução das taxas de juros na ponta do empréstimo e diminuindo a Selic. No curto prazo, a reação do consumo tem sido limitada a esses estímulos (até mesmo porque seria pouco prudente o acúmulo de novas dívidas para quem já está relativamente muito endividado). Nesse sentido, o governo poderia utilizar instrumentos alternativos além do crédito, como, por exemplo, aumentar a renda disponível das famílias via redução da alíquota do Imposto de Renda. NESTA EDIÇÃO O caminho da empresa inovadora O especialista em inovação Peter Skarzynski elenca os sete passos fundamentais para que uma empresa seja inovadora. O primeiro é repensar o negócio a partir da necessidade do consumidor. P12 Texto alinhado à sfdfesquerda, sem hifenização, Cartas para a Redação: Avenida das Nações Unidas, , 8º andar, CEP , Brooklin, São Paulo (SP). falso, alinhado esquerda, sinha o à esquerda, redacao@brasileconomico.com.br texto alinhado à esquerda, sem hifenização, texto As mensagens devem conter nome completo, endereço, telefone e assinatura. falso, alinhado esquerdafhlação. PXX Em razão de espaço ou clareza, BRASIL ECONÔMICO reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em Brasil atrai esportes radicais Em abril do próximo ano, Foz do Iguaçu (PR) vai sediar os X Games, uma das mais importantes competições da área no mundo. O Brasil se destaca com o skate. P27

3 Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 Brasil Econômico 3 MOSAICO POLÍTICO Cláudio Conz Presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) JULIANA GARÇON jgarcon@brasileconomico.com.br Briga por mercado de US$ 3 bi Muito tem se falado sobre a utilização ou não do amianto crisotila na fabricação de materiais de construção, especialmente em telhas e caixas d água. Vemos notícias nos jornais, algumas defendendo o uso, outras condenando. Alguns estados já até proibiram a fabricação de produtos contendo o componente. Semana passada, li uma manchete de um grande jornal informando que o consumo de cigarro causa prejuízo de R$ 20 bilhões ao Sistema Único de Saúde (SUS) e nem por isso ele é proibido. Além de questões éticas e de saúde, o que move esta batalha é, na verdade, um mercado de US$ 3 bilhões e uma briga para substituir produtos minerais por derivados do petróleo. O fato é que nós temos um modelo infeliz e trágico de utilização do amianto na Europa, com destaque para a Itália. No Velho Continente, vários tipos de amianto foram utilizados, inclusive o anfibólio, 500 vezes mais cancerígeno que o amianto brasileiro. Na época, o material foi utilizado em diversas aplicações, inclusive jateamento, sem proteção alguma aos trabalhadores, que chegavam a inalar mais de fibras em suspensão por centímetro cúbico. Para se ter uma ideia, a lei brasileira determina que os ambientes tenham no máximo duas fibras por centímetro cúbico. No entanto, o que temos aqui no Brasil é o amianto do tipo crisotila, que não é tão agressivo à saúde humana. Assim, não há registros de trabalhadores da mineração ou das fábricas doentes ou com disfunções respiratórias relacionadas ao amianto nos últimos 30 anos. O fibrocimento sintético custa em média 30% a mais, além de não oferecer a mesma qualidade do fibrocimento crisotila Já foi provado também que o uso de caixas d água e telhas de fibrocimento também não oferece perigos à saúde das pessoas. Não temos notícia de nenhum caso no Brasil de algum morador que tenha ficado doente por residir em casas com telhas ou caixas d água feitos de amianto. E vejam que o número de residências cobertas com este tipo de produto ultrapassa os 25 milhões de habitações. Estudo médico elaborado por renomadas universidades brasileiras corroboram estes dados. O resultado foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq ( Outro ponto importante do fibrocimento é sua função social. Trata-se de um produto barato e acessível, especialmente às camadas mais populares. Citando como exemplo, com R$ 800 é possível cobrir toda uma residência de 50 metros quadrados, considerando materiais de construção e mão de obra. O fibrocimento sintético custa em média 30% a mais, além de não oferecer a mesma qualidade do fibrocimento crisotila. Telhas de amianto com 70 anos de uso se mantêm em perfeito estado, enquanto as novas telhas sem o amianto possuem durabilidade bem inferior, de acordo com estudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Como representantes de uma categoria por meio da Anamaco, mantemos nosso compromisso público de orientar as 138 mil lojas da construção que representamos no caso de riscos à saúde. As pessoas que defendem a proibição do amianto ainda não apresentaram uma única pessoa que comprovadamente tenha ficado doente ou falecido por ela nos últimos 30 anos. Protestos contra pena imposta à Mubarak MilharesdeegípciosseconcentraramnapraçaTahrireesemanifestaram contra o veredicto de prisão perpétua. Temerosos de que Mubarak sejaabsolvidoemsegundaestância, elespedempenademorte. P38 Mudança de rota nos juros O articulista Rodrigo Sias avalia o novo patamar das taxas de juros e a necessidade de dar sequência a medidas que tirem do Brasil o título de país que tem os juros mais altos do mundo. P39 O prefeito do Recife, João da Costa, perdeu no confronto contra a cúpula petista, que vetou a sua intenção de tentar uma volta ao cargo, preferindo o senador Humberto Costa. Mas está ganhando popularidade na cidade, graças à postura de enfrentamento. Afinal, seu nome havia sido indicado nas prévias que o partido anulou. E, embora sua gestão ainda sofra críticas, ele passou a ser visto com mais simpatia pelos conterrâneos. Ele foi vitimizado pela direção do PT, e isso poderá trazer desdobramentos negativos para Humberto Costa, concorda José Mendonça Bezerra Filho, candidato do DEM à Prefeitura do Recife. Outras siglas já paqueram João da Costa, que deve sair do PT por vontade própria ou não, mas ele só poderá concorrer a cargo um ano após a filiação. Com a celeuma encerrada, o PT fica mais próximo do PSB, que tem como presidente Eduardo Campos, governador de Pernambuco e desafeto de João da Costa. França deixa secretaria em SP e favorece aproximação PT-PSB Outro movimento a favor da união entre PT e PSB foi a saída de Márcio França, tesoureiro do PSB, da Secretaria de Turismo de São Paulo, ontem. Eu tinha avisado o governador de que sairia quando chegasse perto da eleição, pois há muitas cidades onde somos adversários, disse França à coluna. CURTAS A Petrobras estuda a implantação de quatro aeroportos para dar suporte aos projetos de exploração do pré-sal. Serão terminais de pequeno porte helipontos para receber peças e profissionais. Os locais estão sendo escolhidos em Santos (SP), Vitória (ES), Campos de Goytacazes (RJ) e Jacarepaguá (Rio). Será lançada, na Rio+20, o primeiro Mercado Estadual de Emissões de Carbono do país. O mercado será criado por decreto do governador Sérgio Cabral (PMDB), na próxima quarta (13), e terá consultoria da Thomson Reuters Point Carbon. Vinte anos separam as denúncias que levaram Thereza Collor e Andressa Cachoeira aos holofotes. Mas persiste a divergência: quem merece o título de musa dos escândalos políticos no país? Cauê Macris Deputado estadual (PSDB-SP) Candidato do PSDB deixa tucano de lado e exibe um coelho no site Alheios à turbulência no PT, os outros candidatos à Prefeitura do Recife vão pondo a campanha na rua. Daniel Coelho (PSDB) promete um choque de gestão nos moldes tucanos. Mas, em seu website, o mascote é um coelhinho. Um tucano pequenininho aparece apenas na aba da página, bem escondido. Divulgação Apenas dois dos 55 vereadores de São Paulo não vão disputar a reeleição neste ano. Carlos Neder (PT) diz que já fez sua contribuição ao longo de quatro mandatos e mais de 60 leis aprovadas. Carlos Apolinário (DEM) está desiludido. Há um mês não tem sessão na Câmara por falta de quórum, ou seja, um terço dos 55, explica. Bernardo Soares/JC Imagem Costa perde no PT, mas ganha na popularidade PRONTO, FALEI Nem a Marta Suplicy foi ao evento do Haddad. Ela sabe que é impossível fazer um navio decolar Apolinário se ressente também das pautas abordadas na Casa. Pedágio urbano e plano diretor são duas discussões que o vereador não conseguiu emplacar, apesar da importância. Quanto à criticada ideia de criar o dia do orgulho heterossexual, o vereador não se arrepende. Consegui fazer com que o tema fosse debatido por todos, que era minha intenção. Pedro Venceslau está em férias

4 4 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 DESTAQUE RELAÇÃO COMERCIAL Norberto Duarte/AFP Brasil e Argentina adiam reunião sobre comércio Justificativa dada pelos dois países foi a agenda e a logística de voos prejudicada por causa do feriado. Encontro será na sexta Redação redacao@brasileconomico.com.br MONTANHA-RUSSA As oscilações do resultado comercial entre Brasil e Argentina, saldo em US$ milhões Fonte: Secretaria de Comércio Exterior Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior O estilo firme adotado nas conversas gera outras frentes de negociação para se chegar à remoção dos obstáculos Fila na fronteira: caminhões aguardam liberação de ambos os lados Um problema de agenda de ambos os lados. Essa foi a justificativa dada pelos governos de Brasil e Argentina para adiar a reunião inicialmente agendada para hoje na qual seriam discutidos, mais uma vez, os imbróglios comerciais entre os dois países desde que a Argentina começou a impor barreiras a produtos brasileiros, no ano passado medida repetida pelo Brasil como represália às perdas que vinham sendo acumuladas pela balança comercial nacional. O problema foi de logística e locomoção por causa do feriado (de amanhã, quinta-feira), diz fonte do Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria do Brasil, negando falta de interesse dos governos em avançar, de fato, nas negociações. A Argentina é muito importante porque é o nosso principal comprador de produtos manufaturados, disse. E os argentinos também estão interessados em conversar. Afinal, o governo brasileiro baixou recentemente uma licença não-automática para importações que afeta nada menos do que 10 produtos perecíveis que eles exportam ao Brasil e que estão há semanas parados e estragando na fronteira. E são justamente as licenças não-automáticas um dos principais temas da reunião, que acontece depois de amanhã, na sexta-feira (8), em Buenos Aires. Vários itens brasileiros, entre eles geladeiras, calçados e produtos têxteis acabam ficando presos na aduana argentina por um prazo superior ao fixado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), de 60 dias. Além da redução nos prazos, o governo brasileiro quer também diminuir a quantidade de licenças. E essa será uma das principais reivindicações que serão apresentadas por Alessandro Teixeira e Tatiana Prazeres, respectivamente, secretário-executivo e secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) a suas contrapartes Guillermo Moreno e Beatriz Paglieri, na reunião. Os brasileiros querem saber se os argentinos estão dispostos a liberar o Brasil da chamada exigência da declaração jurada, que, na prática, ampliou o número de dias e o controle sobre as importações. Com ela, toda a exportação brasileira está sujeita a um controle que, em tese, não deveria ocorrer. De acordo o MDIC, produtos como máquinas e equipamentos agrícolas, alimentos de maneira geral, calçados, doces, eletroeletrônicos, cosméticos vêm sofrendo há algum tempo. Já a carne de porco, para a qual o governo argentino anunciou recentemente o fim à barreira, está sendo liberada a conta-gotas. Para pagar na mesma moeda, desde o dia 8 de maio, o Brasil colocou dez produtos perecíveis produzidos naquele país (batata, vinho, queijo, azeitona, azeite, doces, maçã, chocolates, uva passa e farinha de trigo) sob o sistema de licença prévia. Não interessa ao Brasil que a situação econômica na Argentina se deteriore, por isso temos buscado diferentes maneiras de resolver. Há sucesso em alguns casos, mas, de maneira geral, não estamos satisfeitos. Na avaliação do governo brasileiro, o estilo firme adotado nas negociações gera outras frentes de negociação para se chegar à remoção dos obstáculos. Dá para atingir 100% desse objetivo? Não, mas vamos negociando, diz. Sensação é de que economia poderá implodir Controle dos indicadores de inflação, aumento dos gastos públicos e da emissão de papel moeda são principais problemas Gustavo Machado gmachado@brasileconomico.com.br Fica cada dia mais crítica a situação econômica argentina. Embora seja praticamente impossível uma falência, já que o resquício da dívida é pequeno, a sensação dos economistas argentinos é de que o país pode implodir. Segundo Juan Soldano, economista e empresário, cinco pontos-chaves são preponderantes para a recuperação do país. No entanto, a presidente Cristina Kirchner precisa escolher: continuar num populismo peronista insustentável ou sofrer um desgaste político e reformar as instituições e economia. Os pontos elencados como pontos prioritários são 1) a expansão monetária, já que a emissão de papel moeda aumentou em 40% nos primeiros meses de 2012; 2) os gastos públicos, que crescem em 40% anualmente; 3) os subsídios sociais, que consomem 80 bilhões de pesos do orçamento federal; 4) a falta de sistema de câmbio flutuante; e 5)a Taxa Básica de Juros, atualmente em 11,5% ao ano, considerado baixo frente uma inflação, extraoficial, de 30%. Soldano decreta: Haverá um processo inflacionário no curto prazo, caso sejam implementadas estas medidas. A presidente também perderá grande parte de sua popularidade. Mas em dois anos, os equilíbrios naturais, de oferta e demanda, estarão restabelecidos. Com uma inflação extraoficial três vezes acima da oficial, a população começa a cobrar pela perda de poder de compra. Cristina terá que escolher entre o mandato e seu povo.

5 Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 Brasil Econômico 5 LEIA MAIS Brasileiros querem saber se argentinos estão dispostos a liberar o Brasil da chamada exigência da declaração jurada que ampliou os dias e o controle sobre as importações. Cristina Kirchner precisa escolher: continuar num populismo peronista insustentável ou sofrer um desgaste político e reformar as instituições e a economia. ENTREVISTA PAULO SKAF Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Não há cliente como os argentinos Inflação e câmbio não são nossos problemas. A preocupação é um consumidor de US$ 20 bi em manufatura falir, diz empresário Gustavo Machado gmachado@brasileconomico.com.br A Argentina é problema dos argentinos. O nosso problema é para quem vender US$ 20 bilhões em manufatura caso eles deixem de comprar de nós. Com essas palavras, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, responde o primeiro questionamento feito pelo BRASIL ECONÔMICO e deixa clara sua preocupação com a situação econômica do principal parceiro do Mercosul. Para Skaf, a ordem é comprar mais dos hermanos para vender mais: Não estamos fazendo nada demais, apenas estamos abrindo caminho para que nossas exportações continuem a crescer. Como vê a situação em que se colocou o governo argentino, precisando contar os dólares para pagar suas contas? Não temos nada a ver com isso. Dólar, inflação, é problema deles. O nosso são os US$ 20 bilhões em produtos manufaturados que vendemos para eles. Em 2011, vendemos US$ 17 bilhões para toda Europa e US$ 16 bilhões para os Estados Unidos. Temos uma moeda comum? Não. Então, eles não serão nossa Grécia. Não temos direito de dizer se o governo é bom ou mau. Eu não voto lá. Quem vota é quem tem que se preocupar. Temos que nos ajudar, achar formas de vender mais para eles Para eles foram US$ 20 bilhões. São os nossos melhores clientes, portanto, precisamos achar uma solução para que continuemos a exportar cada vez mais. Então essa solução é o aumento das importações? Levantamos 38 produtos que importamos de outros países e que poderíamos comprar da Argentina. Então estamos promovendo isso. Não estamos fazendo nada demais, estamos apenas dando condições para que nossas exportações continuem a crescer sem prejudicá-los. Um destes setores é a indústria naval, que no Brasil está vendida para 10 anos e por lá está há 20 parada. Rodrigo Capote Skaf: Substituiremosprodutosdeterceiros pelosdopaísvizinho No começo desta briga, no ano passado, Brasil e Argentina pareciam inimigos. Isto cessa com a piora da situação deles? Há 10 anos já sentava em mesas de reunião para discutir relações entre os dois países. Sempre há desentendimentos nas relações comerciais. Isso não é novidade nenhuma. Hoje eles têm problemas muito graves, mas que não cabe a nós discutir. O que é preciso é achar uma solução razoável para ambos. Mas empresas brasileiras com operações na Argentina continuam a reclamar de barreiras para seus produtos... Sim, mas quando sentamos eu e o (ministro de Comércio Interior, Mário Guillermo) Moreno, muitos foram resolvidos. As montadoras instalaram fábricas de motores e não podiam operar porque estavam sem peças. Algumas não têm mais esse problema, mas outras precisarão comprar algumas coisas de lá para sair desta situação. Economistas pensam que eles podem quebrar de novo. Comentam que pode ser a Grécia da América Latina. O sr. concorda? Temos uma moeda comum? Não. Então não há essa preocupação. Se eles estão operando como um fluxo de caixa, é problema deles. Não temos direito de dizer se o governo é bom ou mau. Eu não voto lá. Quem vota é quem tem que se preocupar. Temos que nos ajudar, achar formas de vender mais. Se não vendêssemos tantos produtos para eles, não estaríamos trabalhando para achar soluções. Eles estão vivenciando problemas muito graves e que nos afetam. Temos de nos precaver. Se isso significa comprar mais deles, compraremos. Mantermos um saldo de US$ 6 bilhões de superávit comercial, como em 2011, é impensável. BRILHANDO MENOS Desempenho das exportações do Brasil para a Argentina* Partes e peças para veículos, automóveis e tratores 0,05% Automóveis de passageiros 4,79% Energia elétrica 89,32% Minérios de ferro e seus concentrados -29,35% Veículos de carga -8,40% Motores para veículos -18,28% Tratores 37,77% Polímeros de etileno, propileno e estireno -19,77% -9,49% Foi a queda das exportações brasileiras para o país vizinho Pneumático -5,43% Produtos laminados planos de ferro ou aços -17,08% Demais produtos -18,78% Fonte: Secretaria de Comércio Exterior *Comparação do acumulado entre jan/abr/2012 com jan/abr/2011

6 6 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 BRASIL Editado por: Elaine Cotta Subeditora: Ivone Portes ecotta@brasileconomico.com.br iportes@brasileconomico.com.br Governo tenta, mas avanço da economia ainda é lento Uma série de indicadores econômicos mostra que a safra agrícola deve ficar estagnada neste ano, a produção industrial continua em baixa, os serviços desaceleraram e falta otimismo no comércio Chrystiane Silva chsilva@brasileconomico.com.br A economia brasileira continua com dificuldades para voltar a crescer. Uma série de indicadores econômicos divulgados ontem mostrou que, apesar dos esforços do governo em aumentar os estímulos fiscais para diversos setores, o crescimento econômico está patinando. Para os principais economistas do país, para reverter essa situação de baixo crescimento, o governo deveria reduzir o uso de medidas paliativas e aumentar os investimentos para a expansão da produção. Os empresários ficam mais reticentes em investir em momentos de crise, a responsabilidade então recai sobre o governo, diz Luciano Rostagno, estrategista-chefe do WestLB. Porém, os aumentos de investimentos do governo podem comprometer a meta de superávit primário, que é de 3,1%. O superávit primário é o dinheiro que o governo economiza para pagar os juros da dívida. Diante da crise internacional, o país precisa usar todos os mecanismos para reativar o crescimento da economia, diz Rostagno. A situação começa a ficar preocupante porque um dos motores de crescimento da economia, a agricultura, ficará quase estagnada este ano. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de grãos e oleaginosas deverá crescer apenas 0,1% neste ano, somando 160,3 milhões de toneladas. A safra brasileira só não vai fechar no vermelho esse ano graças ao bom resultado da cultura de milho, que deverá crescer 55%, apesar de os preços do produto estarem em baixa. Como os valores são definidos no mercado internacional, a desvalorização do real frente ao dólar vai ajudar os produtores a não ter prejuízos, diz José Carlos Hausknecht, diretor da MB Agro, consultoria especializada no agronegócio. Melhora no comércio Já os índices que apuram as vendas do comércio ainda mostram pessimismo entre os empresários. A confiança dos empresários do comércio continua abaixo do patamar do ano passado, apesar das medidas de estímulo ao consumo lançadas recentemente pelo governo. De acordo com o Índice de Confiança do Comércio (Icom), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), houve um recuo de 2,4% na confiança no trimestre terminado em maio, em relação ao mesmo período do ano passado. Na indústria o clima também não é animador. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou ontem que o emprego no setor caiu 0,6% no mês passado, quando comparado com março. O indicador havia ficado estável nos últimos meses e agora registrou um recuo acentuado, diz Marcelo de Ávila, economista da CNI. As horas trabalhadas e uso da capacidade instalada também recuaram no mês passado. Apesar das medidas de incentivo, o setor ainda sofre com o alto custo de produção e a concorrência dos produtos importados. A surpresa dos indicadores econômicos ficou com o PMI (Índice de Gerentes de Compras) apurado pelo HS- BC e que mostrou uma retração no setor de serviços. O índice ficou abaixo de 50, em uma escala que vai de 1 a 100. Houve retração dos serviços de informática e encomendas de projetos. A luz amarela está acesa. COMÉRCIO ESTÁ PESSIMISTA Confiança dos empresários do segmento continua em queda, em % MAR* ABR* MAI* VAREJO RESTRITO -3,7-4,5-1,2 VEÍCULOS -5,7-6,6-7,4 MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO Fonte: Ibre/FGV *Dados trimestrais até o mês de referência sobre igual período de ,0-0,8-2,2 VAREJO AMPLIADO -3,7-4,5-2,3 Paulo Fridman/Bloomberg Produção agrícola deverá atingir 160,3 milhões de toneladas este ano, praticamente igual a de 2011 ATACADO -5,9-4,3-2,6 SAFRA EM ALTA Evolução da produção agrícola brasileira em 2012 sobre 2011 PRODUÇÃO* 160,3 0,10% milhões de toneladas ÁREA A SER COLHIDA* 49,9 milhões de hectares VARIAÇÃO** VARIAÇÃO** 2,50% COLHEITA POR REGIÃO Participação das regiões do país na safra de grãos e leguminosas de 2012, em milhões de toneladas ,1 17,8% CENTRO-OESTE SUDESTE NORDESTE E Fonte: IBGE *estimativa **em relação a 2011 Fonte: IBGE Fonte: CNI 57,0 16% SUL 18,6 8,2% 14,0 3,5% 4,6 4,6% NORTE RETRAÇÃO NA INDÚSTRIA Evolução dos indicadores do setor de março para abril FATURAMENTO REAL HORAS -0,6% TRABALHADAS EMPREGO -0,6% USO DA CAPACIDADE INSTALADA -0,6% -0,6-0, , ,0 0,2% EM DESACELERAÇÃO Índice de realização de negócios mostrou retração em maio (de 0 a 100) Fonte: HSBC 54,4 ABRIL 49,7 MAIO

7 Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 Brasil Econômico 7 Marcello Casal Jr./ABr Está pronto edital para criação do Etav O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, disse ontem que o edital que cria a Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A. (Etav) já está pronto e deve ser publicado a qualquer momento. O ministro também confirmou que o presidente da empresa será Bernardo Figueiredo, ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que teve sua recondução ao cargo rejeitada pelo Senado em março. ABr INDÚSTRIA COMÉRCIO SERVIÇOS Setor vai reverprojeção para o PIB Dados da CNI mostram que a atividade industrial começou o segundo trimestre em queda Confiança de empresários recua 2,4% Indicador caiu para 127,4 no trimestre terminado em maio, contra 130,6 em igual período de 2011 Primeira queda em 34 meses Movimento refletiu a redução no volume de novos negócios, em razão da baixa demanda AGRICULTURA Milho salva produção agrícola Mesmo assim, safra deste ano vai ficar praticamente igual a do ano passado, segundo o IBGE TRÊS PERGUNTAS A......CONSTANTIN JANCSO Economista-sênior do banco HSBC Brasil A luz amarela foi acesa para a economia brasileira Horas trabalhadas na indústria caíram 0,6% em abril A Confederação Nacional da Indústria (CNI) está revendo para baixo as previsões de crescimento da economia. A estimativa da entidade, até agora, era que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceria 3%, mas, para que a previsão fosse confirmada, a taxa de crescimento deveria ter sido de 0,7% a 0,8% no primeiro trimestre. O índice é bem maior do que o anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 1º. Soma dos bens e serviços produzidos no país, o PIB cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao último trimestre de 2011, totalizando R$ 1,03 trilhão, conforme divulgou o IBGE. Com o resultado do primeiro trimestre, começamos a perceber que (a expansão de) 3% no ano não é mais viável. Para chegar a esse patamar, o crescimento deveria ser de 0,7% a 0,8%, nos três primeiros meses do ano, disse Marcelo Ávila, economista da CNI. Segundo ele, o relatório da CNI com a revisão das projeções será divulgado em julho e trará o diagnóstico sobre os motivos da queda na previsão do crescimento. Ontem, a CNI divulgou que a atividade industrial iniciou o segundo trimestre em queda. Os indicadores dessazonalizados mais diretamente ligados à produção registraram retração em abril ante o mês de março. As horas trabalhadas, por exemplo, caíram 0,6% (veja quadro ao lado). A utilização da capacidade instalada da indústria diminuiu 0,5 ponto percentual, passando de 81,5% para 81% pior resultado desde fevereiro de 2010, quando foram registrados 80,8%. ABr Rich Press/Bloomberg O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 2,4% na média do trimestre encerrado em maio na comparação com o mesmo período do ano passado, ao passar de 130,6 para 127,4 pontos, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado, mostra ligeira melhora sobre o trimestre encerrado em abril, quando a confiança do comércio atingiu 126,8 pontos. Mas a maior parte dos empresários ainda mostra preocupação com a demanda. Na média do trimestre findo em maio, 19,6% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte e 20,1%, como fraca. No mesmo período de 2011, estes percentuais haviam sido de 19,9% e 20,4%, respectivamente. De acordo com a FGV, a melhora das comparações interanuais foi influenciada, principalmente, pelo resultado do varejo. O Varejo Restrito registrou queda de 1,2% no trimestre encerrado em maio na comparação com o mesmo período do ano passado, ante queda de 4,5% em abril. No Varejo Ampliado, que inclui os setores de veículos, motocicletas, partes e peças, a confiança diminuiu 2,3% no índice trimestral até maio, após redução de 4,5% nos três meses até abril. No Atacado, o indicador de confiança apresentou recuo de 2,6% no trimestre até maio, após baixa de 4,3% nos três meses até abril. Por sua vez o indicador trimestral do Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 3,9% em maio. Em abril, houve redução de 4,8%. Reuters 20,1% do comércio veem a demanda como fraca Antonio Milena O setor de serviços do Brasil registrou retração em maio, a primeira desde julho de 2009, diante de uma queda no volume de novos negócios devido a uma demanda mais fraca por parte dos clientes, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, sigla em inglês) do instituto Markit divulgado nesta terça-feira. O PMI atingiu 49,7 em maio ante 54,4 em abril, sugerindo um declínio na atividade dos provedores brasileiros de serviços como um todo. Essa foi a primeira vez em 34 meses que o indicador ficou abaixo da marca de 50 que divide contração de expansão. Em novos negócios, houve o primeiro declínio desde 2009 O índice ficou ligeiramente abaixo da marca neutra e indicou, de um modo geral, uma taxa de contração apenas marginal, informou o Markit em nota, explicando que os entrevistados atribuíram a redução da atividade à demanda fraca. Três dos subsetores registraram níveis de atividade mais baixos durante o período, sendo que o de Hotéis e restaurantes teve a queda mais acentuada. A situação do setor de serviços espelha o da produção industrial, que registrou contração em maio pelo segundo mês seguido com PMI em 49,3 no mês passado. O volume de novos negócios recebidos em maio registrou o primeiro declínio desde maio de 2009, ficando abaixo da marca de 50 e contrastando com o crescimento sólido mostrado em abril. Já os negócios pendentes junto às empresas monitoradas ficaram basicamente inalterados em relação ao mês anterior. Reuters Alexandre Brum/O Dia Safra de milho terá expansão de 55% neste ano Apesar da seca no Nordeste e do excesso de chuvas no Sul, a estimava para a safra de grãos e leguminosas para este ano deve alcançar 160,3 milhões de toneladas, o que significa um leve avanço de 0,1% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Ou seja, por pouco o Brasil não fecha com uma safra menor este ano. E o que vai salvar o resultado é o milho. Neste ano, deve haver um aumento de 55,7% na produção do grão na segunda safra, chegando a 35 milhões de toneladas. A expansão é resultado de uma área plantada maior, diz Matheus Kfouri Marino, coordenador do MBA de agronegócio da Fundação Getúlio Vargas. A área total a ser colhida neste ano é de 49,9 milhões de hectares, 2,5% maior que em Apesar do bom resultado, o preço da saca de milho caiu 22% desde o começo do ano e estava cotada em R$ 23, segundo a Bolsa de Cereais de São Paulo. A queda foi reflexo da ampla produção de milho nos Estados Unidos, que deve ter uma safra 40% maior do que no ano anterior. A baixa do preço do milho, no entanto, não deve reduzir o lucro dos produtores. O preço da saca do milho é definido no mercado internacional e a desvalorização do real em relação ao dólar, de 15% desde o começo do ano, vai diminuir os prejuízos financeiros do agricultor. Mas caso haja perdas expressivas, o governo pode fazer leilões para compra de grãos, diz José Carlos Hausknecht, diretor da MB Agro, consultoria especializada em agronegócios. C.S. Diego Giudice/Bloomberg Os principais indicadores econômicos divulgados ontem mostraram que a recuperação da economia será mais lenta do que previam os economistas mais otimistas. Nesta entrevista, Constantin Jancso, economista-sênior do HSBC Brasil, diz que a situação da economia começa ser preocupante e que o governo pode ter de usar medidas mais duras para alavancar o crescimento econômico. Por que o senhor diz que a luz amarela foi acesa? Até agora, o avanço positivo do setor de serviços estava segurando o pífio desempenho da economia. Mas os dados do PMI mostraram que setores importantes como tecnologia e serviços já começaram a cancelar projetos. O marasmo que contaminou a indústria está respingando nos serviços. O que pode acontecer? Se o segmento de serviços continuar em desaceleração aumenta a possibilidade de haver uma retração no mercado de trabalho nos próximos meses. É preocupante porque com menos emprego e renda menor, a economia vai demorar ainda mais para se recuperar. Acreditamos que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 3,2% neste ano, mas podemos rever para baixo essa previsão. Para 2013, a economia deve crescer menos de 4%. O que o governo pode fazer? As medidas do governo usadas até agora para estimular o consumo mostraram que já perderam a eficácia. Agora, seria preciso fazer investimentos em infraestrutura para aumentar a competitividade do país. Esse é um movimento que precisa ser feito pelo governo, mesmo que comprometa meta de superávit primário definida para este ano, que é de 3,1%. C.S.

8 8 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 BRASIL RONDÔNIA CNJ suspende pagamento de R$ 5 bilhões em precatório após suspeita de fraude O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) suspendeu ontem o pagamento de precatórios de Rondônia por suspeita de fraude. A dívida seria paga em favor de técnicos e professores de Rondônia filiados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia (Sintero), que pediram o reenquadramento de carreira e diferenças remuneratórias. O valor chega a R$ 5 bilhões e é considerado um dos maiores do país. ABr José Cruz/ABr ELEIÇÃO Toffoli libera processo em que PSD pede o acesso a mais verba do Fundo Partidário Já está pronto o voto do ministro Antonio Dias Toffoli, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no processo em que o PSD pede mais verba do Fundo Partidário. Toffoli pediu vista do caso no dia 24 de abril, quando o placar estava 2 a 1 a favor da sigla do prefeito paulista, Gilberto Kassab. A legislação eleitoral determina que todos os partidos do país hoje 29 têm direito de dividir entre si cota de 5% do Fundo. ABr Brasil tem arsenal para enfrentar a crise Roberto Stuckert Filho/PR Presidente Dilma diz que país não abrirá mão das conquistas ambientais por causa da turbulência financeira internacional Ana Flor e Maria Carolina Marcello, da Reuters A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o governo tem um arsenal de providências para enfrentar a atual crise econômica e garantiu que não vai permitir que conquistas ambientais, sociais e econômicas se percam por causa dessas turbulências (em referência à crise internacional que abate em especial os países da Europa). Nós sabemos que é possível enfrentar essa crise e continuar defendendo o desenvolvimento sustentável, disse a presidente durante cerimônia de comemoração do Dia do Meio Ambiente no Palácio do Planalto, em Brasília. Sistematicamente, tomaremos medidas para expandir o investimento público, estimular o investimento privado e o consumo das famílias. O Brasil vai se manter no rumo, as medidas necessárias estão sendo tomadas e ainda temos um arsenal de providências que serão adotadas quando necessário, acrescentou. Dilma disse ainda que quem apostar na crise, como alguns fizeram quatro anos atrás, vai perder de novo. A presidente Dilma homologou sete reservas indígenas e a ampliação e criação de parques nacionais O governo pretende expandir o investimento público, estimular o privado e o consumo das famílias Segunda onda A presidente disse que o arrefecimento da situação econômica de alguns países da Europa faz parte da segunda onda da crise financeira iniciado em 2008, mas que o Brasil saberá enfrentá-la como fez no passado. Agora nós vivenciamos a segunda onda dessa crise internacional, e nós, podem ter certeza, saberemos enfrentar essa experiência com mais sabedoria ainda e com melhores instrumentos, disse a presidente durante as comemorações. Sustentabilidade Durante a cerimônia, que aconteceu às vésperas da conferência da Organização das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que o país sediará neste mês a partir do dia 20 de junho, no Rio de Janeiro, também foram anunciadas a homologação de sete reservas indígenas e a ampliação e criação de parques nacionais. Dilma também assinou a criação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas para proteção, recuperação, conservação e fomento ao uso sustentável das terras indígenas e de um comitê para tratar da saúde dos povos indígenas. Não vamos permitir que conquistas ambientais econômicas e sociais sejam paralisadas e muito menos retardadas, por maiores que sejam os efeitos, não vamos abrir mão da sustentabilidade, disse a presidente, ao lado da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ministra rebate críticas sobre timidez do pacote ambiental A ministra garantiu que as unidades de conservação criadas não têm conflitos O processo de criação de unidades de conservação (UCs) mudou e incluiu a consulta a todas as instâncias políticas para verificação de conflitos socioambientais, afirmou ontem a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ao rebater críticas sobre a timidez do pacote ambiental anunciado, que criou duas unidades e ampliou outras três áreas de preservação, a ministra explicou que a consulta foi a solução encontrada para evitar problemas depois da constituição dessas áreas. Não chegamos ao limite das áreas protegidas. Mas não vamos criar UCs como no passado, sem consultar todas as instâncias políticas ou sem verificar se existem conflitos socioambientais estabelecidos, disse. Segundo a ministra, hoje, o país tem que rever as áreas de várias unidades de conservação para identificar, só depois da criação, a presença de comunidades e até de sedes urbanas inteiras de municípios nesses locais. Izabella Teixeira garantiu que as UCs criadas com o pacote não têm conflitos e tiveram a concordância de todas as partes envolvidas. Queremos fazer uma gestão mais permanente e não ter que ficar remodelando as áreas já propostas, observou, reconhecendo que faltou a criação de uma unidade em Maués, na Amazônia, que era de intenção do governo federal. A região tem uma importante função na preservação de espécies primatas, mas, segundo a ministra, a proposta de criação dessa área não foi aceita pelo governo do estado. ABr Amazônia tem menor desmatamento da história Desmatamento na área diminuiu 8% entre agosto de 2010 e julho do ano passado, segundo o Inpe A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou ontem redução na taxa de desmatamento da Amazônia Legal. Dados consolidados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes) indicam, entre agosto de 2010 e julho de 2011, uma redução de 8% no desmatamento em comparação com o período anterior. Os dados mostram que a Amazônia Legal teve 6,4 mil quilômetros quadrados de sua área desmatada entre agosto de 2010 e julho de Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que essa é a menor taxa de desmatamento registrada na Amazônia Legal desde que o Inpe começou a fazer a medição, em É um dado muito importante, é a menor taxa de desmatamento de toda a história, disse a ministra Izabella Teixeira durante o anúncio feito na cerimônia em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto. Durante a cerimônia, o governo anuncia um pacote de medidas ambientais. ABr

9 Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 Brasil Econômico 9 DIPLOMACIA Brasil e Espanha detalham requisitos mútuos para entrada de turistas nos dois países Representantes dos governos brasileiro e espanhol decidiram detalhar a partir de agora os requisitos para a entrada de brasileiros na Espanha e de espanhóis no Brasil. A lista com as informações minuciosas será incluída nas páginas eletrônicas das embaixadas e consulados de ambos os países, de modo a fornecer informação clara aos viajantes, na tentativa de desfazer mal estar diplomático entre os países. ABr Mauricio Piffer/Bloomberg INFLAÇÃO Custo de vida em São Paulo diminui ritmo no mês de maio em comparação a abril O custo de vida em São Paulo aumentou 0,43% em maio. O maior responsável foi o grupo alimentação, com alta de 1,05%, puxado pelo preço dos legumes (11,58%). No entanto, o ritmo do aumento foi menor do que o do mês anterior (0,68%), mostrando desaceleração da inflação, segundo divulgou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). ABr Fabio Rodrigues-Pozzebom/ABr A novela do Código Florestal Alexandre Tombini: Inflação brasileira está em trajetória de convergência para a meta Tombini projeta recuo da inflação em maio Para o presidente do BC, taxa acumulada em 12 meses vai diminuir Redação redacao@brasileconomico.com.br O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse ontem que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 12 meses até maio deve ser ficar menor que o índice verificado até abril que chegou a 5,10%. Segundo Tombini, já houve um recuo na inflação de serviços. O Instituto Brasileiro de Geografia e IPCA Evolução da inflação medida pelo IPCA desde a implantação das metas, em % ao ano IPCA Centro da meta Fontes: IBGE, Banco Central e Ministério da Fazenda *Meta central para 2012 Estatística divulga hoje o resultado da inflação de maio. Pesquisa da Reuters mostrou que, pela mediana dos analistas consultados, o IPCA ficara em torno de 0,42% em maio, abaixo do 0,64% de abril. O presidente do BC falou ontem em audiência pública da Comissão Mista de Orçamento, que tem como objetivo avaliar o cumprimento das metas de políticas monetárias, em meio aos cortes na taxa básica 2006 Limite superior Limite inferior Taxa acumulada em 12 meses, até abril 5,10% 8,9 6,0 7,7 12,5 9,3 7,6 5,7 3,1 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 4, * de juros (Selic), que está agora em 8,5% ao ano. Sobre o cenário internacional, Tombini disse que continua com viés desinflacionário e com perspectivas de baixo crescimento mundial. Ele disse ainda que a expansão do crédito no Brasil prosseguirá ao longo dos próximos trimestres, em contexto de menores taxas de juros e spread bancário diferença entre o custo de captação do banco e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final. O Banco Central prevê uma redução da inadimplência no país ao longo do segundo semestre e que o crédito continue com crescimento moderado, afirmou o presidente da autoridade monetária. Segundo ele, na segunda metade do ano a economia brasileira vai acelerar. A inadimplência vai se reduzir ao longo do segundo semestre. Há uma distensão das condições monetárias que ajuda a reduzir o nível de inadimplência, disse. A inadimplência no Brasil estava em 5,8% em abril, último dado do BC, muito próximo ao recorde de agosto de Tombini ressaltou que os sólidos fundamentos macroeconômicos do país e importantes colchões de liquidez, tendo alcançado o montante de US$ 372 bilhões de reservas internacionais em maio e R$ 396 bilhões em reservas bancárias. Com Agências Comissão especial que analisa MP do Código deve concluir trabalhos até o fim do mês A comissão especial mista do Congresso Nacional, criada para analisar a admissibilidade da medida provisória do Código Florestal, instalada ontem, deve encerrar a analise da matéria até o fim do mês. O cronograma de trabalho, que será apresentado e votado na semana que vem, prevê a realização de audiência pública para ouvir ministros e representantes da sociedade civil. O relator da comissão, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), disse que buscará a convergência entre ruralistas e ambientalistas e considerou normal a apresentação de mais de 620 emendas que propõem mudanças ao texto da medida provisória. Editada no último dia 28, a MP 571 visa preencher lacunas deixadas na Lei do Código Florestal com os 12 vetos e restabelecer dispositivos aprovados no Senado e retirados pelos deputados. Vamos lidar com as emendas como fizemos durante a tramitação do código no Senado. Eram 81 senadores e tivemos centenas de emendas. Agora, são 513 deputados e 81 senadores e é normal que tenhamos mais de 600 emendas. Vamos usar a mesma metodologia, buscando a convergência. Pelo que senti pela instalação, há grande possibilidade de se criar um grande consenso na comissão mista a respeito da matéria, disse o relator. Para o presidente da comissão, deputado Bohn Gass (PT- RS), a realização de audiência pública será essencial na construção de um acordo. É importante que a comissão mista abra essa oportunidade para o governo e a sociedade expressarem suas opiniões e, com isso, qualificarmos o relatório que será votado pela comissão, disse. O petista ainda defendeu a legalidade da MP, que será questionada no Supremo Tribunal Federal por parlamentares ligados à Frente Parlamentar da Agropecuária. A Constituição é muito clara. Quando está resolvida a sanção e o veto, é perfeitamente factível a apresentação da medida provisória, portanto está totalmente coberta de constitucionalidade, disse. Apesar do tom conciliador do relator durante a reunião de instalação da comissão, ambientalistas e ruralistas demonstraram estar longe do consenso em torno da matéria. O deputado Sarney Filho (PV-MA) criticou as lideranças partidárias por não terem indicados parlamentares, segundo ele, com perfil moderado. Infelizmente, o que veremos aqui será mais uma tratoração de um determinado pensamento, disse. Já o deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que foi relator do código na Câmara, criticou a campanha Veta, Dilma, promovida por organizações não governamentais e setores ambientalistas. A comissão especial, formada por 13 senadores e igual número de deputados, vai analisar a admissibilidade da medida provisória. ABr

10 10 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 BRASIL COPA DO MUNDO Ministério Público Federal pede ao BNDES suspensão de financiamento para o Mineirão O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ontem ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que somente libere os R$ 200 milhões para as obras de reforma do Estádio Mineirão após parecer do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). O órgão precisa atestar a inexistência de irregularidades na execução ou no conteúdo do projeto executivo. Redação Divulgação JUSTIÇA Em votação unânime, TRE-SP decide manter Navarro na presidência do órgão Em votação unânime, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu manter o desembargador Alceu Penteado Navarro na presidência do órgão. Para o TRE, não há motivos que impeçam Navarro de exercer sua atividade. Na última sexta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia suspendido, em caráter liminar, o afastamento do desembargador. ABr Investimentos no estado do Rio crescem 67% de 2012 a 2014 Recursos projetados para o triênio chegam a R$ 211,5 bilhões, contra R$ 126,3 bilhões no período Erica Ribeiro, do Rio eribeiro@brasileconomico.com.br O estado do Rio de Janeiro elevou em 67% o volume de investimentos projetados para o período de 2012 a 2014, comparado ao triênio , segundo levantamento do estudo Decisão Rio, feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Para este período, serão R$ 211,5 bilhões, enquanto de 2010 a 2012, os valores anunciados foram de R$ 126,3 bilhões em investimentos. O estudo mostra que os investimentos contemplam 234 empreendimentos, sendo que 61,5% deles já estão com suas obras iniciadas e licenças ambientais garantidas. De acordo com o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvea Vieira, os projetos para o estado vão além do setor de óleo e gás, o que mostra o interesse de empresas de diferentes setores no estado. Temos um volume recorde que vai além do setor de óleo e gás. Os investimentos em logística, por exemplo, vão tornar o Rio um importante centro de distribuição nacional. Teremos também destaque no setor portuário, com 16 portos no estado, o maior número de instalações portuárias do país, melhorando a ligação do Rio com outros estados. E verificamos que além da capital, cidades do interior também estão recebendo investimentos. O Rio de Janeiro continua recebendo investimentos em série, afirmou Eduardo Eugênio Gouvea Vieira. Os setores que revelaram maior crescimento foram Infraestrutura, responsável por R$ 51 bilhões ou 24,1% do total a ser investido, e a Indústria de Transformação, que ficou com R$ 40,5 bilhões (19,2%) em empreendimentos. A Petrobras continua sendo a detentora de maior parte dos investimentos, que somam R$ 107,7 bilhões e representam 50,9% do total, enquanto Turismo soma R$ 1,8 bilhão (0,8%). Os investimentos diretos em instalações olímpicas obras de apoio, equipamentos esportivos, telecomunicações e segurança pública chegam a R$ 8,6 bilhões. Mas se forem considerados o demais recursos voltados Carlos Moraes/Ag. O Dia Eugênio, da Firjan: Temos um volume recorde de investimento que vai além do setor de óleo e gás EVOLUÇÃO Investimentos no Rio de Janeiro VOLUME FINANCEIRO APLICADO POR PERÍODO R$ 126,3 bilhões Fonte: Firjan R$ 181,4 bilhões R$ 211,5 bilhões TOTAL DE PROJETOS 145 investimentos 102 investimentos investimentos para as áreas de transporte, como as obras da Linha 4 do Metrô, o Sistema BRT e as obras no aeroporto internacional do Galeão e hotelaria, com a construção de mais de dez mil quartos, os valores sobem para R$ 17,9 bilhões. Interior também cresce No setor da Indústria de Transformação, os empreendimentos estrangeiros mais do que triplicaram, totalizando R$ 17,8 bilhões para o triênio de 2012 a 2014, sendo R$ 14,1 bilhões apenas de empresas com sede na Europa. No período de 2011 a 2013, os investimentos estrangeiros eram de R$ 5,8 bilhões. Na área de Transporte e Logística, os recursos para projetos no triênio são de R$ 21,3 bilhões, alta de 80,3% em relação ao período anterior. Por segmento, os investimentos se dividem em R$ 8,8 bilhões para os portos, R$ 5,4 bilhões para rodovias e R$ 5,1 bilhões para ferrovias e metrô. Já em relação a investimentos industriais, o total de R$ 40,5 bilhões está faturado em R$ 15,4 bilhões em construção naval, R$ 10,1 bilhões em siderurgia, R$ 6,1 bilhões na área petroquímica e outros R$ 6,1 bilhões no setor automotivo. O estudo mostra também que não é só a capital que é fonte de investimentos. As cidades do interior também crescem. O Norte Fluminense receberá R$ 26 bilhões em investimentos, enquanto o Sul Fluminense, R$ 14,1 bilhões. Já a Baixada Fluminense e o Leste do estado têm previsão de investimentos de R$ 13,5 bilhões e R$ 10 bilhões, respectivamente. Empresário dá versão diferente de Perillo à CPI Walter Paulo Santiago diz que pagou em dinheiro pelo negócio com governador de Goiás O empresário Walter Paulo Santiago disse ontem à CPI do Cachoeira que comprou um imóvel do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mas disse que pagou em dinheiro pelo negócio e não em cheques, como vem dizendo o governante tucano. Essa versão, porém, difere da apresentada há duas semanas à comissão pelo ex-vereador tucano e assessor de Carlinhos Cachoeira, Wladimir Garcez. À CPI, Garcez disse que negociou a casa diretamente com o governador e que somente depois revendeu o imóvel para Santiago, de quem ganhou uma comissão de R$ 100 mil. O pagamento da comissão foi confirmado pelo empresário, que é um dos proprietários da Faculdade Padrão, de Goiás. Garcez afirmou ainda que pagou o imóvel ao governador com três cheques, que segundo a PF seriam de um sobrinho de Cachoeira. Perillo diz que recebeu o pagamento pela casa em cheques, mas não olhou quem era o emissor. O governador nega ter feito negócios com Cachoeira. A guerra de versões alimenta a suspeita da Polícia Federal de que o governador teria negociado a casa em Goiânia com Cachoeira e teria usado outras pessoas para intermediar o negócio. Reuters

11 Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 Brasil Econômico 11 Antonio Cruz/ABr Cristina Ribeiro de Carvalho ccarvalho@brasileconomico.com.br Apesar de ainda tímido, o pontapé inicial para a circulação de veículos elétricos na cidade de São Paulo foi dado. O prefeito da cidade, Gilberto Kassab, lançou ontem, oficialmente, o projeto piloto de táxis elétricos, inicialmente operados por dois modelos Leaf, da Nissan. Os veículos funcionam 100% à base de baterias recarregáveis, sem fazer uso de qualquer tipo de combustível. De acordo com o prefeito, as unidades estarão à disposição da população já na próxima segunda-feira (11) em um ponto na Avenida Paulista com a Rua da Consolação. Em outubro serão disponibilizadas mais dez unidades, divididas entre a Taxi Sampa e a Alô Taxi. Os taxistas que vão dirigir os carros elétricos, segundo o prefeito, foram treinados pela Nissan do Brasil, dentro da parceria com a Secretaria Municipal dos Transportes e com o Sindicato das Empresas de Táxi do Estado de São Paulo. Durante seu pronunciamento, Kassab afirmou que além CONGRESSO Sarney determina que PEC do voto aberto entre na pauta do Senado no dia 13 de junho O presidente do Senado, José Sarney, solicitou ontem que a proposta de emenda à constituição (PEC) sobre o voto aberto em processos de cassação de mandato parlamentar e no exame de vetos presidenciais seja incluída na pauta do dia 13. Como exceção, a proposta mantém o voto secreto na escolha de magistrados, ministros do Tribunal de Contas da União e procurador-geral da República. Redação dos benefícios sustentáveis proporcionados ao meio ambiente, esse tipo de veículo oferece também baixo custo na operação. Enquanto é necessário R$ 40 de combustível para rodar 160 quilômetros, o recarregamento energético custa R$ 8 e oferece igual desempenho, mas para isso é necessário que seja efetuada um recarga de oito horas. Para que o projeto ganhe visibilidade, Kassab solicitou que a Secretaria de Transportes do município, juntamente com os parceiros, avalie a possibilidade de disponibilizar os carros elétricos à assessoria da Prefeitura. Isso vai trazer visibilidade e credibilidade para esse modelo, que por enquanto ainda não é muito atrativo por conta dos altos impostos que incidem sobre ele, argumenta. Rodrigo Capote Prefeito Gilberto Kassab aposta em queda no preço do veículo, que hoje sai da fábrica por R$ 200 mil São Paulo dá largada oficial ao táxi elétrico A partir da próxima semana, dois carros estarão à disposição da população no ponto da Avenida Paulista com a Rua da Consolação Recarga da bateria de carro elétrico tem custo de R$ 8 para rodar 160 km. Abastecimento com gasolina, R$ 40 O veículo, no entanto, chega hoje ao mercado por um preço bastante elevado: custa R$ 200 mil. Mas Kassab aposta na redução desse valor no futuro. Quanto mais propagação tiver, mais pessoas fazerem uso e mais pressão existir por meio da sociedade, certamente as condições serão melhores, acredita. Para François Dossa, vicepresidente de administração e finanças da Nissan do Brasil, pode ser que com o passar dos anos o carro elétrico se torne popular, já que há no Brasil, de acordo com ele, pessoas interessadas em comprar o veículo. Um carro hoje de R$ 200 mil tem mercado no país, por isso há chances de uma popularização, diz, mas apostando em um valor competitivo em torno de R$ 70 mil, o mesmo de um sedan nacional. Recarga O programa piloto contará com uma rede de recarga, mantida pela AES Eletropaulo, que fez investimento de R$ 1 milhão no projeto. Ao todo, serão 15 pontos, sendo cinco unidades de carregamento rápido. Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. - Escelsa Companhia Aberta CNPJ/MF n o / NIRE Ata da Assembleia Geral Extraordinária Realizada em 07 de Março de Data, Hora e Local: Realizada no dia 07 de março de 2012, às 17:30 horas, na sede social da Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. - Escelsa ( Companhia ), na Cidade de Vitória, Estado de Espírito Santo, na Praça Costa Pereira, nº 210-3º andar, Centro. 2. Convocação e Presença: Dispensada nos termos 4 do artigo 124 da Lei 6.404/76 e alterações posteriores. Presente a acionista EDP - Energias do Brasil S.A. representando a totalidade das ações da Companhia, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas da Companhia. 3. Mesa: Assumiu a presidência dos trabalhos o Presidente do Conselho de Administração da Companhia, Sr. António Manuel Barreto Pita de Abreu, que escolheu a Sra. Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti para secretariá-lo. 4. Ordem do Dia: O Sr. Presidente informou que a presente Assembleia tinha por finalidade aprovar as alterações dos artigos 21 e 22 do Estatuto Social da Companhia. 5. Deliberações: Após prestados os devidos esclarecimentos, a única acionista: 5.1. Aprovou a alteração dos artigos 21 e 22 do Estatuto Social da Companhia, para reformular a estrutura de sua Diretoria, passando assim os referidos artigos a vigorarem com as seguintes redações: Artigo 21 - A Diretoria será composta por até 7 (sete) membros, residentes no país, eleitos pelo Conselho de Administração, que terão as seguintes designações, sendo autorizada a cumulação de funções por um mesmo Diretor: (i) Diretor Presidente; (ii) Diretor Vice-Presidente Executivo; (iii) Diretor Técnico e de Ambiente; (iv) Diretor Comercial; (v) Diretor Financeiro e de Relações com Investidores; (vi) Diretor de Regulação; e (vii) Diretor Administrativo e de Sustentabilidade. Artigo 22 - Compete à Diretoria a administração dos negócios sociais em geral e a prática, para tanto, de todos os atos necessários ou convenientes, ressalvados aqueles para os quais seja por lei ou pelo presente Estatuto atribuída a competência à Assembleia Geral ou ao Conselho de Administração. No exercício de suas funções, os Diretores poderão realizar todas as operações e praticar todos os atos de administração necessários à consecução dos objetivos de seu cargo, de acordo com a orientação geral dos negócios estabelecida pelo Conselho de Administração, incluindo resolver sobre a aplicação de recursos, transigir, renunciar, ceder direitos, confessar dívidas, fazer acordos, firmar compromissos, contrair obrigações, celebrar contratos, adquirir, alienar e onerar bens móveis e imóveis, prestar caução, avais e fianças, emitir, endossar, caucionar, descontar, sacar e avalizar títulos em geral, assim como abrir, movimentar e encerrar contas em estabelecimentos de crédito, observadas as restrições legais e aquelas estabelecidas neste Estatuto Social. Parágrafo Primeiro - Compete ao Diretor Presidente: (i) executar e fazer executar as deliberações das Assembleias Gerais e do Conselho de Administração; (ii) coordenar as atividades dos demais Diretores, observadas as atribuições específicas estabelecidas neste Estatuto Social; (iii) definir as competências dos demais membros da Diretoria nas áreas não especificadas neste Estatuto ad referendum do Conselho de Administração; (iv) coordenar e promover a política de representação institucional da Companhia nas suas relações com a imprensa e autoridades governamentais; (v) encaminhar ao Conselho de Administração as demonstrações financeiras da Companhia, acompanhadas do Relatório de Administração; (vi) emitir e aprovar instruções e regulamentos internos que julgar necessários; (vii) coordenar a aplicação das políticas e diretrizes de recursos humanos da Companhia quanto à admissão e demissão, desenvolvimento profissional, remuneração e incentivos; (viii) coordenar as atividades de natureza jurídica da Companhia; (ix) coordenar e gerir os procedimentos de recursos humanos; (x) assegurar a representação da empresa junto a entidades de regulação nacional e estadual; e (xi) garantir a aplicação das políticas corporativas e dos princípios de desenvolvimento sustentável em todas as atividades sob sua responsabilidade. Parágrafo Segundo - Compete ao Diretor Vice-Presidente Executivo: (i) representar localmente o Diretor Presidente, na sua ausência; (ii) promover localmente a implementação e execução do Plano de Negócios da Companhia; (iii) coordenar localmente as atividades das demais Diretorias, na ausência do Diretor Presidente; (iv) elaborar o Orçamento, o Plano de Investimentos e o Plano de Negócios da Companhia, bem como promover a implementação dos mesmos; (v) coordenar as atividades relacionadas à comunicação, imagem, propaganda e marketing da companhia; (vi) apoiar o Diretor Presidente na representação da empresa junto a entidades de regulação nacional e estadual; e (vii) garantir a aplicação das políticas corporativas e dos princípios de desenvolvimento sustentável em todas as atividades sob sua responsabilidade. Parágrafo Terceiro - Compete ao Diretor Técnico e de Ambiente: (i) definir as políticas de planejamento, operação, manutenção e modernização dos sistemas de energia e de investimentos; (ii) coordenar o planejamento do sistema de distribuição e da sua operação e manutenção; (iii) coordenar a prospecção e o desenvolvimento de novos negócios, bem como de projetos de pesquisa e desenvolvimento; (iv) coordenar as atividades de meio ambiente, incluindo a supervisão de estudos e projetos de meio ambiente, bem como sua implementação; (v) acompanhar a realização de auditorias técnicas, ambientais e de segurança; (vi) acompanhar e apoiar a contratação e gestão de contratos com fornecedores e prestadores de serviços; (vii) definir os projetos de Subestações e Linhas de Transmissão, bem como dos sistemas de automação e controle; (viii) coordenar a programação e operação dos sistemas de energia e controle da qualidade dos produtos, serviços e funcionamento das instalações da Companhia; (ix) apoiar o Diretor Vice-Presidente Executivo na implementação e execução do Plano de Negócios da Companhia; (x) definir as políticas de atendimento técnico a consumidores; (xi) gerir a execução de estudos, projetos e obras de atendimento a clientes; (xii) gerir a execução de obras e a manutenção de redes, linhas, subestações e sistemas de comando, controle e proteção e acompanhar seu cronograma físico financeiro; e (xiii) garantir a aplicação das políticas corporativas e dos princípios de desenvolvimento sustentável em todas as atividades sob sua responsabilidade. Parágrafo Quarto - Compete ao Diretor Comercial: (i) definir as estratégias de mercado, de atendimento a grandes clientes, dos sistemas comerciais e de serviços e perdas comerciais; (ii) acompanhar o planejamento energético e, de forma geral, as atividades de compra e venda de energia, contabilização e liquidação de energia; (iii) definir o planejamento em marketing e normalização comercial; (iv) coordenar o desenvolvimento de projetos de otimização comercial e a implementação e manutenção de sistemas comerciais; (v) assegurar adequados níveis de leitura, faturamento e arrecadação comercial; (vi) assegurar adequados níveis de performance no atendimento comercial; (vii) padronizar, otimizar e monitorar os processos comerciais, identificando novas oportunidades de negócios; (viii) coordenar a realização dos programas de eficiência energética e de combate as perdas comerciais; (ix) gerir o call center e o Programa de Eficiência Energética; (x) definir sistemas de medição, integrados aos sistemas de controle e garantir o gerenciamento do parque de medição; (xi) assegurar níveis adequados dos serviços técnicos e comerciais de ligação, corte, religação e inspeção; e (xii) garantir a aplicação das políticas corporativas e dos princípios de desenvolvimento sustentável em todas as atividades sob sua responsabilidade. Parágrafo Quinto - Compete ao Diretor Financeiro e de Relações com Investidores: (i) realizar a supervisão de toda a área econômica da Companhia; (ii) exercer a coordenação e gerenciamento da programação de investimentos, projeção e controle de receitas e despesas, custo de serviços e de pessoal, e estudos de mercado; (iii) realizar a supervisão e controle das contas bancárias e da aplicação dos recursos financeiros disponíveis no mercado de capitais; (iv) realizar a supervisão dos controles dos direitos dos acionistas, compreendendo o pagamento de dividendos e bonificações aprovadas pelas Assembleias Gerais, compras, vendas e transferências de ações e cumprimento das demais obrigações legais e estatutárias pertinentes; (v) coordenar e promover a política de representação da Companhia nas suas relações com o mercado de capitais; (vi) coordenar o planejamento financeiro e tributário da Companhia; (vii) apoiar o Diretor Vice-Presidente Executivo na elaboração do Orçamento, do Plano de Investimentos e do Plano de Negócios da Companhia, bem como na implementação dos mesmos; (viii) gerir os serviços de Contabilidade e Tesouraria, incluindo a contratação de empréstimos, financiamentos e suas aplicações e elaboração dos fluxos de caixa da Companhia; e (ix) garantir a aplicação das políticas corporativas e dos princípios de desenvolvimento sustentável em todas as atividades sob sua responsabilidade. Parágrafo Sexto - Compete ao Diretor de Regulação: (i) coordenar a realização dos estudos de revisões e reajustes tarifários; (ii) apoiar o Diretor Vice-Presidente na representação da empresa junto a entidades de regulação nacional e estadual; (iii) elaborar procedimentos internos para assegurar o cumprimento de exigências regulatórias; e (iv) garantir a aplicação das políticas corporativas e dos princípios de desenvolvimento sustentável em todas as atividades sob sua responsabilidade. Parágrafo Sétimo - Compete ao Diretor Administrativo e de Sustentabilidade: (i) coordenar, administrar, dirigir e supervisionar as atividades administrativas e de sustentabilidade da Companhia; (ii) coordenar e supervisionar as atividades de Ouvidoria da Companhia; (iii) definir políticas e procedimentos para o dimensionamento, aquisição, depósito, movimentação e aplicação de materiais e equipamentos; (iv) estabelecer processos e procedimentos para a alocação, apuração e controle de custos necessários ao adequado gerenciamento das operações da Companhia; (v) estabelecer políticas e procedimentos para imobilização, desativação, recuperação, destinação e alienação de bens inservíveis; (vi) estabelecer políticas e procedimentos para a prestação de serviços a terceiros e consumidores, bem como a precificação, comercialização e cobrança; (vii) orientar e estabelecer controles de ordens de custos e atendimento de normativos regulatórios, patrimoniais e contabilísticos, bem como aspectos gerenciais; (viii) orientar os programas de qualidade e produtividade com o objetivo de melhoria dos processos e criação de uma cultura de excelência; (ix) promover a utilização racional de bens imóveis e de infraestrutura; (x) promover, juntamente com o Diretor Presidente, as políticas corporativas e os princípios de desenvolvimento sustentável; (xi) apoiar o Diretor Presidente na promoção e aplicações das políticas de ética, em particular, assegurando o relacionamento com o Comitê e Provedor de Ética do Grupo; (xii) garantir a aplicação das políticas corporativas e dos princípios de desenvolvimento sustentável em todas as atividades sob sua responsabilidade. 6. Encerramento: Oferecida a palavra a quem dela quisesse fazer uso e como ninguém se manifestou, foram encerrados os trabalhos e suspensa a Assembleia pelo tempo necessário à lavratura desta ata em forma de sumário, conforme faculta o artigo 130, parágrafo 1º, da Lei nº 6.404/76, e sua impressão em lote de folhas soltas, a qual após ter sido reaberta a sessão, foi lida, achada conforme, aprovada e assinada pelos presentes. Presidente da Mesa: Sr. António Manuel Barreto Pita de Abreu. Secretária da Mesa: Sra. Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti. Acionista: EDP - Energias do Brasil S.A., representada por seu Diretor Presidente Dr. António Manuel Barreto Pita de Abreu e por seu Diretor Vice-Presidente de Distribuição Dr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas. Declaro que a presente é cópia fiel extraída do original. Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti - Secretária da Mesa. Registrada na JUCEES sob o nº em sessão de 02/05/2012 e protocolo nº 12/ de 25/04/2012. Secretário-Geral: Paulo Cezar Juffo.

12 12 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 INOVAÇÃO & GESTÃO Editor executivo: Gabriel de Sales gsales@brasileconomico.com.br QUINTA-FEIRA SUSTENTABILIDADE SEXTA-FEIRA TECNOLOGIA Sete passos para transformar a teoria em prática inovadora Entre as propostas relacionadas pelo especialista Peter Skarzynski está a extinção das chefias fixas Natália Flach nflach@brasileconomico.com.br Skarzynski, sócio da itc: inovar é desafiar-se, ter persistência e aprender uns com os outros Inovação é o casamento entre criatividade e disciplina, e, assim como na vida real, é mais fácil na teoria do que na prática. Peter Skarzynski, especialista no assunto e sócio da itc, elenca sete passos fundamentais para acrescentar o sobrenome de inovadora à uma empresa. O primeiro é adquirir conhecimento sobre o segmento de atuação e repensar o modelo de negócios, a partir da necessidade dos consumidores. Outro passo extremamente importante é transformar o trabalho em algo divertido. A consequência será o maior engajamento dos colaboradores, ou seja, aumento de produção. Claro que todos temos dias ruins ou até semanas ruins. Mas, no geral, o trabalho deve ser um lugar agradável de ir, afirma em entrevista exclusiva ao BRASIL ECONÔMICO. Também é importante aumentar o círculo de contatos e pensar em novas formas de organização dentro da empresa. Nesse sentido, diversas companhias têm lançado fundos para premiar ideias. Já no caso da Semco, o objetivo foi dar fim à estrutura convencional da companhia. Na empresa de equipamentos industriais e soluções para gerenciamento postal e de documentos, não existem mais os cargos executivos. Na verdade, são escolhidos líderes para cada projeto. Caso tenham bom desempenho, são mantidos na função até a conclusão do projeto. Caso contrário, outro colaborador é nomeado líder. Isso não significa a demissão do líder que não foi muito bem. Significa que, naquele projeto, ele não teve muito sucesso. A IBM, por sua vez, apostou que os seus colaboradores poderiam ser fonte de inovação que é o quarto passo elencado Daniel Acker/Bloomberg 1 2 Dica importante é transformar o local de trabalho em um ambiente divertido. Isso aumentará a produtividade Murillo Constantino por Skarzynski. Segundo o especialista, a companhia criou um concurso de ideias entre os 300 mil funcionários para solucionar problemas. Resultado: foram investidos US$ 100 milhões em melhorias e 10 novos negócios foram criados (veja na pág. ao lado o caso da EDP). Divulgação 1 A IBM criou concurso de ideias entre os 300 mil funcionários para solucionar problemas internos. Resultado: 10 novos negócios foram criados; 2 Na Semco, não há cargos fixos de presidente ou de diretoria Por fim, a dica é confiar nos funcionários e dar poder a eles para tomarem decisões. Assim, os problemas são resolvidos com mais facilidade e há ganhos de autoestima na equipe. Na BestBuy, por exemplo, os colaboradores podem trabalhar no horário em que produzem mais seja de madrugada ou de manhã contanto que entreguem os projetos no prazo combinado. Também é importante abraçar valores como liberdade, abertura e meritocracia. Skarzynski enfatiza que a inovação deve ser algo sistematicamente buscado. Tem de se entender o que impede a inovação de fluir. Inovação não tem de vir de cima, do presidente ou diretores. No caso da Shell, foram os funcionários do meio da organização que apontaram o caminho tecnológico que deveria ser seguido. Inovação é desafiarse, ter persistência, aprender uns com os outros e não ter vergonha de pedir ajuda quando não se consegue avançar. Questão cultural Segundo Skarzynski, o Vale do Silício continua sendo um local propício para criação de empresas novatas (startups), mas os impostos caros estão aparecendo como um entrave para a inovação. Isso, aliado ao fato de que novos centros de desenvolvimento estão surgindo, pode fazer com que haja uma mudança na onda de tecnologia. A Califórnia está perdendo habitantes, conta. Em outros lugares do mundo, porém, há problemas judiciais com respeito a patentes. Além disso, a questão cultural é muito forte. Na Coreia do Sul, por exemplo, o respeito à hierarquia é cultural. Não dá para romper com isso sem que seja desrespeito. O governo, nesse sentido, também tem papel importante no que se refere a criar um ambiente propício para inovação. O governo atua de forma benéfica quando tem regulação de patentes e incentiva com descontos fiscais para startups. No entanto, faz um péssimo trabalho quando elege um setor para receber os benefícios. O que garante que aquele setor será o mais importante daqui a 10 anos? Que dados comprovam isso?, questiona. Skarzynski diz ainda que os fundos de venture capital e private equity estão investindo como nunca em startups. A globalização tem permitido que o dinheiro chegue a cantões do mundo.

13 SEGUNDA-FEIRA ECONOMIA CRIATIVA TERÇA-FEIRA EMPREENDEDORISMO Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 Brasil Econômico 13 WORKSHOP 20/06 Aprenda os fundamentos de gestão de capital em 3 horas. EDP se antecipa ao tempo de mudanças No plano para 2020, inovação ganhou destaque. Colaboradores se tornaram disseminadores do tema e são recompensados por boas ideias (11) MARCOS FERREIRA Presidente do Grupo BB Mapfre nas áreas de auto, segurosggerais e affinities O setor de energia está em plena transformação. Nos próximos anos, é provável que os carros elétricos sejam os novos atores nos congestionamentos de São Paulo e que a geração de energia solar e eólica se torne, de fato, alternativa à construção de hidrelétricas. Não é à toa que a EDP está se preparando para esse novo cenário. O primeiro passo foi elaborar um plano para 2020, em que foram definidas metas a serem atingidas. Não é de se estranhar, portanto, que o tema inovação venha se destacando na companhia energética. Somos a primeira empresa de um setor tradicional, como energia, a entrar nessa área. Organizar inovação não é um processo simples, afirma Miguel Setas, vice-presidente da EDP. Nesse sentido, o pontapé inicial foi selecionar 30 colaboradores de todas as áreas para serem disseminadores do assunto. À medida que eles adquirem conhecimentos sobre o tema e elaboram projetos internos, eles mudam de faixa uma espécie de gradação de categorias. A faixa branca é a mais básica, enquanto a verde é intermediária e a preta, a mais avançada. Essas pessoas passaram por uma formação específica com apoio de consultores. Isso é importante porque inovação não é apenas ter boas ideias, afirma. Hoje, dois terços dos funcionários estão na faixa branca, enquanto um terço já passou para a verde. Estamos construindo uma rede interna voltada para inovação, que não tem nada a ver com hierarquia. Todos se ajudam, como nas redes sociais. O executivo não descarta também a possibilidade de ampliar essa rede para parceiros, algo como opening inovation. Bolsa de inovação Os colaboradores selecionados para o time de inovação ainda têm outro papel: incentivar o uso da bolsa de inovação. Nesse projeto, são lançados desafios a todos os 1,6 mil funcionários, como de que forma é possível desburocratizar a empresa ou como atrair e estimular jovens a trabalharem na EDP. As melhores respostas são pontuadas pelos outros funcionários, pela intranet. Funciona como o mercado de ações. As melhores ideias são compradas e depois passam por um comitê que seleciona quais delas são viáveis para serem colocadas em prática. Henrique Manreza Setas, da EDP: inovação vai tornar a companhia mais competitiva BOLSA INOVADORA EDP lança desafios para colaboradores em busca de melhorias criativas PARTICIPANTES 1,6 mil funcionários COMO FUNCIONA Colaboradores respondem aos desafios propostos pela EDP, e os melhores são selecionados pelos colegas de trabalho RESULTADO Depois de avaliadas as respostas por um comitê, são criados projetos PRÊMIOS ipads, ipods e pacotes de viagem Fonte: empresa É a chamada sabedoria coletiva. Ela não está concentrada nos diretores e, sim, dispersa por toda a empresa, afirma Setas. Tanto é que, dentre as respostas mais votadas, 74% saíram do papel como projetos de melhorias. Jáo benefício para os funcionários é que eles podem trocar os seus inovs como são chamadas as moedas virtuais por ipods, ipads ou pacotes de viagens. Segundo o executivo, os colaboradores que participam com mais frequência da bolsa são jovens. Eles acabam colocando mais pressão sobre os mais velhos para participarem, o que é ótimo. É mais um canal que temos para ouvi-los. Setas diz que o intuito é tornar a empresa ainda mais competitiva e transformá-la em um ambiente melhor para trabalhar. Esperamos que seja criado um círculo virtuoso de mais motivação e produção. N.F. Inovaçãoemseguros, desafio tãogrande quantoestimulante Inovação, diferentemente de muitos conceitos de gestão, parece destinada a permanecer na vida das organizações como um guia seguro para o sucesso. Uma das razões para isso é que as abordagens inovadoras não se restringem a uma área, a um cargo, a uma disciplina da administração ou da produção. Qualquer processo, atividade, pessoa pode gerar inovação e o melhor o tempo todo, num saudável moto-contínuo. Como na ciência, uma inovação engendra o próximo passo que vai superá-la. Outra razão é o ambiente de informação total existente hoje. É uma informação ampla e acessível, amparada em dados sofisticados, que oferece visão completa a gestores, pessoas, consumidores. Nesse cenário, quem não inova reduz bastante suas chances de sucesso, e até de sobrevivência. Não por acaso, uma das abordagens mais consistentes da inovação é a do Design Thinking, em que aspectos nem sempre tangíveis, como curiosidade, criatividade, trabalho em equipe, multidisciplinaridade, polivalência são aplicados aos projetos. Em uma das definições mais abrangentes, o Design Thinking contrapõe os pensamentos analítico e intuitivo. Cabem aí, portanto, os dados, mas também sensibilidade para se perceber Qualquer processo, atividade, pessoa pode gerar inovação e o melhor o tempo todo, num saudável moto-contínuo. Como na ciência, uma inovação engendra o próximo passo que vai superá-la uma necessidade premente, mas oculta, que será satisfeita por meio de novos produtos/serviços, com processos/tecnologia diferentes. No setor de serviços, isso é tão ou mais importante, já que as inovações nem sempre são visíveis como num produto acabado. Mas o objetivo é o mesmo: busca-se o impacto significativo o encantamento com a eficiência na satisfação das necessidades das pessoas e organizações, ou mesmo com a criação de uma nova necessidade, mas sempre com a garantia de melhores margens ou receitas para as empresas. Já não se está falando de inovação como simples melhoria contínua ou como a descoberta aleatória de um ou mais iluminados. No setor de seguros, o desafio nos parece tão grande quanto estimulante e vale como reflexão pela complexidade. Se uma considerável parcela das pessoas que adquirem um seguro acha que terá problemas se vier a precisar dele, significa que a inovação já é essencial para melhorar essa percepção equivocada, antes mesmo da etapa do encantamento a que certamente chegaremos. Aqui, conceitos como o do Design Thinking serão importantes para integrar o conhecimento dos hábitos e atitudes do consumidor às diversas possibilidades humanas e tecnológicas largamente disponíveis no setor. Nesse sentido, a inovação pode residir, num primeiro momento, numa forma simples de fazer o consumidor compreender o funcionamento muitas vezes impenetrável do serviço que ele comprou. Na nossa empresa traduzimos, com sucesso, o chamado segurês, gerando transparência e redução de ruídos na entrega dos nossos serviços. Em outra frente, oferecemos uma página na internet personalizada para o nosso cliente. Passa-se do desconhecimento para a total clareza do meu seguro. É caminho para muitas empresas de serviços. No nosso negócio, em que o cliente torce para não precisar da proteção pela qual paga, é nas sutilezas das relações humanas, na atitude, forma e proximidade com que o atendemos que nos diferenciamos. É terreno fértil em que nos sentimos seguros para inovar.

14 14 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012

15 ENCONTRO DE CONTAS Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 Brasil Econômico 15 MARCADO A 99Canvas, em parceria com a BM&FBovespa e a Endeavor, promove mais uma turma do curso Criação de negócios inovadores, a partir de 25 de junho, no Rio de Janeiro. Os executivos Roland Bonadona, da Accor, e Xavier Flores, da Hyatt International, participam do Fórum Nacional de Gestão Hoteleira, dias 20 e 21 de junho, no Hotel Pullman, em São Paulo. A fadista portuguesa Mariza Nunes e a cantora Roberta Sá farão um pocket show em evento da EDP, amanhã, no Expo Center Norte, em SP. DENISE CARVALHO encontrodecontas@brasileconomico.com.br Grupo Auto Sueco amplia investimentos no Brasil O grupo português Auto Sueco, uma das maiores redes de concessionárias de caminhões e ônibus da Volvo, instalada no Brasil desde 2007, vai ampliar os investimentos no país. Dona de 7 concessionárias com a marca Auto Sueco São Paulo, a organização vai desembolsar R$ 12 milhões na construção de uma unidade em Limeira, no interior de São Paulo, e mais R$ 50 milhões em outras duas lojas no Estado até A loja de Limeira, que deve ficar pronta no segundo semestre deste ano, é considerada uma das unidades mais modernas Divulgação do grupo no país. Comandada pelo executivo Tomás Jervell, a companhia Auto Sueco já trata o Brasil como a sua principal operação e fonte de receita. Além da Auto Sueco São Paulo, os portugueses são donos da Auto Sueco Centro Oeste, que atende os Estados do Mato Grosso, Rondônia e Acre, com 5 concessionárias de caminhões e ônibus da Volvo. A operação de São Paulo faturou cerca de R$ 950 milhões no ano passado, enquanto a divisão do Centro-Oeste movimentou R$ 350 milhões. País representa 46% dos negócios A operação brasileira já representa 46% das vendas globais do grupo Auto Sueco, que tem atuação em 19 países da América do Norte, da América Central, da Europa e da África, além do Brasil. Portugal é o segundo principal mercado da empresa, com representando 21,8% dos negócios, seguida por Angola, Turquia, Estados Unidos e Espanha. Tributo a Miles Davis em Campos do Jordão Mais de 400 mil pessoas devem passar nos próximos dois meses pelo shopping Nestlé Market Plaza, que será inaugurado hoje, em sua 17ª edição, em Campos do Jordão, em Sáo Paulo. No ano passado, 379 mil visitantes estiveram no shopping sazonal. A novidade dessa edição será a participação de palhaços, malabaristas e artistas circenses em atividades de entretenimento do público. Um espaço dedicado à música terá a apresentação da banda Brazillian Jazz, que faz um tributo ao trompetista, compositor e jazzista americano MiIles Davis. A banda tocará de sexta à domingo, em junho, 17h às 20h. Em julho, as apresentações ocorrerão diariamente, no mesmo horário. Patrick Hertzog/AFP Iniciativa do bem na escola de samba Vai-Vai A quadra da escola de samba Vai-Vai, de São Paulo, vai se transformar em um grande centro para tratamento odontológico no próximo domingo, dia 10 de junho. O projeto Dentistas do Bem, patrocinado pela EDP no Brasil e executado pela Oscip Turma do Bem, fará uma megatriagem de crianças e adolescentes para tratamento odontológico gratuito, das 10h às 17 horas, na quadra da escola. O evento será gratuito e aberto ao público. Mais de 800 jovens devem ser selecionados para integrar o projeto e receber tratamento até completarem 18 anos. A seleção leva em conta um índice de prioridade: crianças e os adolescentes com maior dificuldade financeira, com problemas bucais mais graves e os mais velhos, que estão perto de conquistar o primeiro emprego. Mongeral conquista OAB A Mongeral-Aegon, a maior seguradora de carteira de planos de previdência do país sem vínculos com instituição financeira, acabou de conquistar a administração do fundo instituído pela seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) da Bahia. Com esse passo, a seguradora passa a controlar 100% dos fundos de previdência das seccionais da OAB, perfazendo um total de 30 mil participantes em todo o país, com mais de R$ 170 milhões em ativos. ALTA CONCENTRAÇÃO Ranking do setor de planos de previdência*, em R$ bilhões** BRADESCO BANCO DO BRASIL 123,9 ITAÚ UNIBANCO 86,8 MONGERAL AEGON GBOEX-CONFIANÇA SANTANDER CAIXA ECONÔMICA FEDERAL CAPEMISA APLUB HSBC 60,9 47,7 31,6 22,5 18,9 15,1 13, % Líderes detêm 66% do setor 316, Fonte: Susep *Inclui coberturas de pecúlios, pensões, renda por invalidez, além dos planos de aposentadoria PGBL e tradicionais **Dados de março O mercado de planos de previdência privada é altamente concentrado no Brasil. Os três maiores bancos Banco do Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco detém 66% do volume total do mercado, que somou R$ 794 bilhões em março. A operação do Bradesco é líder disparada: o banco instalado na Cidade de Deus, em São Paulo, detém 40% do setor, com R$ 316,8 bilhões, duas vezes mais que o segundo do ranking. FRASE Eu sentiria vontade de morrer Adele Cantora, famosa por cantar suas desilusões amorosas, sobre a possibilidade de um ex-namorado fazer uma música sobre ela. Ben Stansall/AFP GIRO RÁPIDO À luz de velas O Kennzur, centro de bem-estar, traz durante o mês dos namorados um ambiente mais acolhedor, decorado com rosas. O casal é convidado para um brinde com champagne Moët & Chandon, em salas reservadas no gazebo externo, em meio ao jardim aquecido, à luz de velas. Literatura em Nova York O especialista em coaching Homero Reis lança o livro Coaching Ontológico A Teoria da Decisão, amanhã, em Nova Iork, no evento Literatura Brasileira Encontra Nova York, um dos principais eventos do segmento que reúne escritores brasileiros. US$100 bi é o prejuízo que danos causados por mudanças climáticas podem custar aos países da América Latina e do Caribe, em Passeio em Londres O Iguatemi de Porto Alegre instalou no estacionamento uma roda-gigante, a mesma usada no festival de música SWU. A cada R$ 350 em notas, o cliente ganha um ingresso para passear no brinquedo, além de um cupom para concorrer a uma viagem de uma semana para Londres. Presentes temáticos Fotos: divulgação A Fitá, empresa especializada em presentes temáticos, está lançando uma coleção exclusiva para o Dia dos Namorados com o tema Só Curto Você, inspirada nas redes sociais. Os presentinhos, como almofadas, mouse pads, canecas e porta retratos, são ilustrados com palavras românticas.

16 16 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 EMPRESAS Editora: Eliane Sobral esobral@brasileconomico.com.br Subeditoras: Rachel Cardoso rcardoso@brasileconomico.com.br Patrícia Nakamura pnakamura@brasileconomico.com.br Petrobras dobra base de fornecedores nacionais Número passou de 2 mil para 5,3 mil desde 2003, quando governo implementou política de conteúdo local Érica Polo epolo@brasileconomico.com.br Desde que o governo federal decidiu implementar a política de conteúdo nacional no setor de petróleo e gás natural, em 2003, os índices de conteúdo local na estrutura da Petrobras avançaram significativamente. No ramo de produção e exploração, a média de equipamentos de origem brasileira que compõem a estrutura da estatal saltou de 18% para cerca de 60%. Em abastecimento, o índice, que já alcançava os 53%, chega hoje a 90%. A estatística foi divulgada ontem pela cúpula da Petrobras durante evento em São Paulo. Traduzindo a numeralha, o avanço desses indicadores significa maior volume de negócios para os empresários que compõem a cadeia fornecedora da estatal. Os benefícios vieram tanto para quem já atuava como fornecedor como para quem passou a negociar com a empresa, que hoje soma 5,3 mil fornecedores nacionais ante os dois mil que compunham a lista em época da criação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp). O programa reúne iniciativas para estimular a participação das indústrias de bens e serviços no segmento de petróleo e gás. Se por um lado a estratégia beneficia a Petrobras em redução de custos e otimização das operações, por outro, tem atrasado seu ritmo de investimentos. Isso porque os fornecedores de equipamentos, em especial no ramo da exploração, vêm tendo Murillo Constantino Maria das Graças Foster: atraso de fornecedores não altera estratégia de nacionalização da estatal DESEMBOLSO BILIONÁRIO Balanço de um ano do programa Progredir VOLUME DE EMPRÉSTIMOS R$ 2,3 bilhões Fonte: Petrobras EMPRESAS BENEFICIADAS 275 REDUÇÃO MÉDIA DO CUSTO DO CRÉDITO 20% (em alguns casos chega a 50%) AVANÇO Participação de conteúdo nacional na Petrobras* 2003 EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO 18% ABASTECIMENTO 53% 2012 EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO 55% ABASTECIMENTO 90% Fonte: empresa *aproximado dificuldades em se preparar para atender rapidamente a demanda. Um exemplo é o do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que atrasou a entrega do primeiro petroleiro - e em consequência o restante da carteira - em cerca de um ano e meio. Mesmo assim, a Petrobras não discute a possibilidade de diminuir a exigência de conteúdo nacional em seus projetos, disse ontem a presidente da companhia, Maria das Graças Foster. O que a companhia tem feito é monitorar sistematicamente para criar um banco de dados que mostre de forma quantitativa e real capacidade da indústria nacional, disse. Preços e financiamento A executiva também apresentou ontem o balanço do primeiro ano do Programa Progredir, uma iniciativa do plano de negócios e que tem como objetivo facilitar a obtenção de crédito por fornecedores da Petrobras. O programa funciona em parceria com Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, HSBC, Santander, Citibank, BicBanco e Banrisul e já liberou R$ 2,3 bilhões (ver quadro). Na ocasião, Graça Foster disse que a queda do preço internacional do petróleo é favorável para o Brasil, por tornar o combustível competitivo. Programa prevê capacitação de indústrias Gabriela Murno gmurno@brasileconomico.com.br A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) apresentou ontem, na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), seu novo Programa de Desenvolvimento de Fornecedores. O evento contou com a participação da Petrobras, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e operadoras privadas. O programa tem como objetivo principal o aumento do conteúdo local na produção de equipamentos, em bases competitivas e sustentáveis. Vai também elaborar projetos para solucionar gargalos de fornecimento, desenvolvendo no Brasil equipamentos que ainda são importados. Luis Mendonça, superintendente da Onip, disse que a organização quer criar um ambiente de maior colaboração, integração, alinhamento e sinergia entre as ações da organização e seus associados. Segundo ele, o grande desafio é manter as características de uma boa gestão de suprimentos com preço correto, pontualidade na entrega, qualidade de produtos e serviços, com tecnologia de ponta. O projeto foi dividido em quatro etapas: identificação da demanda, inteligência competitiva, (mapeamento das demandas), um centro de soluções de negócios e acompanhamento de projetos, sua execução e medição do conteúdo local. Mendonça salientou que parte da demanda já está mapeada em empresas como Petrobras, estaleiros e operadoras independentes. Segundo a Onip, entre 2011 e 2015, serão investidos US$ 270 bilhões no setor de óleo e gás no Brasil. Aproximadamente 80% dos recursos virão da Petrobras. Do total, US$ 72 bilhões serão destinados ao présal (75% da estatal), A demanda de bens e serviços offshore deve atingir US$ 400 bilhões até 2020.

17 Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 Brasil Econômico 17 Pichi Chuang/Reuters Ericsson prevê população mais veloz Um relatório formulado pela Ericsson prevê que 85% da população mundial terá cobertura de internet móvel de alta velocidade em A companhia estima ainda que até lá, cerca de metade da população mundial estará coberta por redes LTE/4G. O estudo da companhia sueca mostra também que as s assinaturas de smartphones chegarão a três bilhões em 2017, comparadas a 700 milhões em Segundo o estudo, o número de conexões também vai subir. CSN obtém liminar contra pagamento de nova taxa Murillo Constantino Justiça de MG concede liminar, mas cabe recurso; em decisão anterior, companhia deveria pagar R$ 5 mi. MMX e Vale também recorreram Sabrina Lorenzi e Jeb Blount redacao@brasileconomico.com.br A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) conseguiu liminar na Justiça que suspende a cobrança da nova taxa de mineração criada recentemente pelo governo de Minas Gerais, maior Estado produtor de minério de ferro do País. A decisão é provisória, cabendo recurso do governo estadual, derrotado nesta decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, da comarca de Belo Horizonte, informou ontem a assessoria de imprensa do Tribunal. CSN e outras mineradoras deverão ter pela frente uma longa guerra judicial envolvendo uma cifra bilionária contra os governos de Minas Gerais, Pará e Amapá, Estados que decidiram adotar taxas de fiscalização sobre a extração mineral desde o final de março. Em Minas Gerais, que responde por quase dois terços da produção de minério de ferro da Vale, parte da produção anual de cerca de 190 milhões de toneladas, está sendo taxada com R$ 2,18 por tonelada desde 27 de março. A CSN e outras companhias alegam que a taxa é, na verdade, um imposto disfarçado e, sob este argumento, tentam provar que é inconstitucional, já que Estados não podem criar impostos. Steinbruch, presidente da CSN: nova taxa custaria R$ 5 milhões Pagamento milionário A decisão do tribunal de Minas foi publicada na segunda-feira e confirma outra tomada anteriormente no mesmo tribunal, também favorável à empresa. Mas a primeira decisão condicionava a suspensão da taxa ao pagamento pela CSN de R$ 5 milhões ao Estado de Minas. A liminar publicada na véspera mantém a suspensão da taxa e ainda elimina a obrigação deste pagamento, disse o advogado da CSN Frederico Menezes Breyner, do escritório Sacha Calmão, MBabel Derzi Consultores, sediado em Belo Horizonte, em entrevista por telefone. Para conseguir anular a mesma taxa, a MMX também entrou na Justiça, disse à Reuters o presidente da mineradora, Guilherme Escalhão. A Vale também obteve decisão judicial favorável à suspensão da nova taxa, mas a liminar foi derrubada na segunda-feira, informaram a assessoria de imprensa do governo do Estado de Minas Gerais e uma outra fonte do setor que acompanha o caso. Procuradas, as assessorias de imprensa da Vale e da CSN não comentaram o assunto. Os Estados, por sua vez, argumentam que precisam de recursos para exercer o poder de fiscalização que lhes cabe. Comparam a nova cobrança às taxas pagas pelos brasileiros aos Detrans, órgãos estaduais que fiscalizam a frota de automóveis. As empresas contam com uma ação que vale para todas, ajuizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que, como entidade representativa, que pode questionar o tema diretamente no STF sem passar por todas as instâncias que as mineradoras, individualmente terão de atravessar. A CNI entrou com três Ações Diretas de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), nas quais pede liminar para suspender os efeitos das leis estaduais cobrando a nova taxa. Reuters Swire traz fábrica de contêiner para o Brasil Empresa anglo-holandesa vai comercializar produtos para setor de óleo e gás Juliana Ribeiro jribeiro@brasileconomico.com.br Um ano depois e R$ 120 milhões investidos, a anglo-holandesa Swire Oilfield finalmente está cortando a fita das duas fábricas que montou no Brasil. A companhia, que pertence à holding de mesmo nome, é mais uma na extensa lista de estrangeiras atraídas pelas novas oportunidades em solo tupiniquim -neste caso, leia-se pré-sal. Tão complicado como o nome da empresa é o produto que ela fabrica. Em uma das fábricas inaugrada ontem em Macaé (RJ), a Swire produzirá cerca de três mil eslingas - cabos de aço usados para suspender equipamentos pesados e contêineres, içados diariamente nas plataformas. Na outra unidade, em Carapebus (RJ), serão produzidos 500 EM ÁGUAS PROFUNDAS Os números da companhia no mercado brasileiro R$ 120 milhões investidos 500 contêineres produzidos em 2012 R$ 25 milhões de faturamento previsto R$ 100 milhões de faturamento estimado para % market share de contêineres Fonte: empresa contêineres neste primeiro ano e outras mil unidades em A fábrica é propriedade da Mayfly/GWR, uma fornecedora de longa data da Swire em outros países. A convite da companhia, a unidade se instalou no Brasil em uma joint-venture comercial, como explica Marcelo Nacif, presidente da Swire no Brasil. Tudo o que eles produzirem será comprado exclusivamente por nós. Com a infraestrutura instalada, a Swire agora planeja o retorno dos investimentos. Neste ano, a estimativa de faturamento é de R$ 25 milhões, número que a companhia planeja quadruplicar até Para isso, uma das apostas é o fornecimento de produtos para projetos da Petrobras, cuja estimativa é ultrapassar a produção de um milhão de barris ao dia, nas regiões do pré-sal, em Só a demanda de contêineres daquela companhia nos próximos anos pode chegar a 20 mil unidades, prevê Nacif. Para atendêla, a Swire vem investindo na certificação de seus produtos, exigência feita pela companhia brasileira a seus fornecedores e parceiros. Já temos 80% do Marcelo Nacif: Queremos faturar R$ 100 milhões até 2016 mercado de contêineres certificados no País, diz Nacif. Mas a Petrobrás não é a única companhia no rol de grandes clientes da Swire. Na carteira estão também outros importantes nomes como a Shell, Exxon, Schlumberger e Halirburton. Na Divulgação outra ponta, o conglomerado Swire tem atuação diversificada no mercado, com empresas do setor aéreo, passando pelo setor de navegação e uma engarrafadora da Coca-Cola, responsável pelo envase de 25% do refrigerante no mundo.

18 18 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 EMPRESAS TECNOLOGIA Dell escolhe o Brasil para lançar dois notebooks para empreendedores Nesta semana, a Dell inicia a venda no mercado brasileiro de dois modelos de notebook da linha Vostro (3460 e 3560), voltados a atender às necessidades de empresas em crescimento e empreendedores. O Brasil é o primeiro país do mundo a receber esses produtos, que só serão lançados nos demais mercados em 12 de junho. Os modelos custam entre R$ e R$ 2.099,00. Fabio Gonçalves MOBILIDADE Montadores da Via Varejo usarão tablets para acessar roteiros de visitas diárias A partir deste mês os cerca de 8 mil montadores e técnicos de móveis da Via Varejo holding que abriga as marcas Casas Bahia e Pontofrio usarão tablets que mostrarão os roteiros diários de trabalho de cada um. Além de otimizar o tempo dos profissionais, que não precisam mais ir a postos de montagem para pegar a programação do dia, os técnicos podem alterar o roteiro de instalações, em caso de ausência do cliente. Karime Xavier/Folhapress HP faz plano para retomar o fôlego Em meio a demissões, companhia faz novas parcerias e diz que não fará aquisições caras Hauache, presidente do Fleury: aposta na ampliação das unidades para aumentar o mix de exames Fleury cresce 15% com reestruturação Crescimento é resultado da unificação de marcas e de expansão Carolina Pereira cpereira@brasileconomico.com.br Quem passa pela rua Heitor Penteado, na zona Oeste de São Paulo, logo nota a unidade do laboratório a+, do grupo Fleury, construída neste ano. O que chama a atenção é o tamanho, 1,4 mil metros quadrados, em um local ocupado antes por uma concessionária de carros. O local exemplifica bem a estratégia que vem sendo adotada por Omar Hauache, presidente do Fleury, para aumentar a receita da bandeira a+: ampliar as unidades para incluir exames de imagem, que proporcionam maiores margens de lucro. O a+ foi criado há um ano como fruto da unificação de 13 marcas adquiridas pelo grupo e foco nas classes B e C, e com a estratégia adotada por Hauache, alcançou crescimento na receita de 15% no primeiro trimestre do ano. É muito mais fácil, produtivo e competitivo fazer gestão de uma marca única, diz Hauache, em entrevista exclusiva ao BRASIL ECONÔMICO. O presidente prepara a abertura de mais cinco unidades do a+ neste ano. Mas isso é o menos relevante, pois estamos trocando unidades menores por maiores, afirma Hauache, como foi o caso da unidade da rua Heitor Penteado, que substituiu outra com cerca de um terço do tamanho atual. Imagens Com atuação nos estados de São Paulo, Rio, Pernambuco, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul, o a+ e é uma das armas de Hauache para crescer o faturamento vindo de diagnósticos MENOS É MAIS Cai a participação de análises clínicas na receita do Fleury 1º TRIMESTRE DE 2011 Análises clínicas 63,6% 36,4% Análises clínicas 1º TRIMESTRE DE 2012 Imagens e outros 52,2% 47,8% Fonte: empresa Imagens e outros de imagem no grupo Fleury. No primeiro trimestre deste ano, a receita deste tipo de exame passou a representar cerca de 47,8% do total, enquanto no mesmo período de 2011 o percentual era de 36,4%. A ideia é chegar a 50%, queremos ter equilíbrio, diz o presidente. Neste cenário, a importância das unidades completas do a+, como a da rua Heitor Penteado, é cada vez maior. Há unidades semelhantes nos bairros do Morumbi e Paraíso, também em São Paulo, ambas com metragem em torno de 1,5 mil metros quadrados. As 13 redes que deram origem ao a+ eram focadas em análises clínicas. Essa é a bandeira que está mais atrás na busca de um mix mais equilibrado, afirma Hauache. Sobre as expectativas de crescimento do A+ para os próximos trimestres, o presidente diz que manter o percentual de 15% é desafiador. Vamos buscar manter o crescimento, diz. No primeiro trimestre do ano o Fleury teve crescimento de 52,6% na receita líquida, para R$ 352 milhões, e aumentou o lucro em 15,8%, atingindo R$ 31,7 milhões. Em 2011, a empresa havia fechado o ano com queda de 8,9% no lucro. A presidente mundial da HP, Meg Whitman, afirmou ontem que a empresa está trabalhando para se diferenciar da concorrência e recobrar o fôlego por meio de parcerias estratégicas, gama maior de produtos e mais ênfase em engenharia de ponta. A HP é verdadeiramente uma empresa diferenciada. Diferente sobretudo pela amplitude de seu portifólio, afirmou Whitman durante conferência da companhia realizada em Las Vegas. A maior companhia decomputadores do mundo lançou novos equipamentos e softwares para segurança da informação diante de uma platéia de 11 mil pessoas, entre clientes e funcionários. Meg Whitman está no estágio inicial de um processo de retomada da moral da companhia, após trimestres consecutivos de queda nas vendas e de desconfiança dos acionistas. No mês passado, a HP anunciou a demissão de 27 mil funcionários, ou 8% de sua força de trabalho. Além disso, a companhia vai evitar grandes aquisições nos próximos anos para reequilibrar o caixa da empresa. As vendas de computadores pessoais, impressoras, dispositivos de armazenamento, servidores e hardware para redes respondem por 70% do faturamento da HP atualmente, disse No mês passado, companhia anunciou a demissão de 27 mil pessoas, ou 8% de sua força de trabalho Whitman, que assumiu a HP em meio a turbulências e erros de gestão do presidente anterior, Leo Apotheker. De acordo com estimativas de analistas, as vendas da HP devem alcançar US$ 123,4 bilhões no ano fiscal, 3,1% menor do que em Já o lucro devrá cair 36%, para US$ 4,5 bilhões. A companhia tem uma dívida de US$ 21,8 bilhões, ampliada após a compra da Autonomy Corp por US$ 10,3 bilhões. Por sua vez, a HP tem em caixa cerca de US$ 8 bilhões. Sob o comando de Whitman, a área de pesquisa e desenvolvimento ganhou força e houve investimento em novos produtos, como a computação em nuvem, segurança de dados e gestão de informação. A companhia também anunciou ontem o lançamento de um serviço de computação em nuvem voltado exclusivamente para companhias aéreas, que promete mais agilidade na reserva de passagens. Bloomberg Jonathan Alcorn/Bloomberg Whitman, presidente: mudanças para devolver reputação da HP

19 Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012 Brasil Econômico 19 EVENTOS Congresso para profissionais de marketing interativo chega a São Paulo este mês O Connect Global, evento de marketing interativo, acontece no próximo dia 13 no hotel Grand Hyatt São Paulo, na capital paulista. Esta edição terá como convidada especial Shar VanBoskirk, vice-presidente da Forrester Research Inc. e uma das maiores especialistas dos Estados Unidos no assunto. O evento é organizado pela ExactTarget, líder global em soluções de marketing interativo. Divulgação AVIAÇÃO Delta Air Lines reporta aumento de 6% na receita com passageiros em maio A Delta Air Lines informou que a receita unitária consolidada do passageiro (PRASM) aumentou 6% no mês de maio em comparação ao ano anterior. Embora inferior às expectativas da companhia, maio teve um forte desempenho quando visto sob o contexto da excepcional performance de maio de A companhia transporta cerca de 160 milhões de passageiros por ano, para 350 destinos em 65 países. EQUIPAMENTOS Taurus pode vender unidade A Taurus recebeu proposta de compra da Renill Participações, pertencente ao Grupo SüdMetal, do parque industrial da controlada Taurus Máquinas-Ferramenta Ltda. Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários, as fábricas estão localizadas em Gravataí, no Rio Grande do Sul. O valor não foi revelado, mas de acordo com o comunicado, a negociação inclui todo patrimônio da subsidiária, assim como os direitos de propriedade industrial e as patentes de invenção; estoques de peças e produtos. Estão em negociação ainda dados técnicos de engenharia, a área de manutenção dos produtos e informações cadastrais junto aos órgãos financiadores de bens de capital. O acordo também prevê que aquisição dependerá da análise da operação. Ana Paula Machado ANÁLISE Mercado de luxo crescerá 7% ao ano As vendas mundiais de produtos de luxo devem subir 7% por ano até 2014, impulsionadas por um crescente mercado chinês e superando qualquer grande crise econômica, previu ontem a Boston Consulting Group. As vendas cresceriam apenas 3% anuais no pior dos casos, definido pela BCG como uma queda de 1,5 ponto porcentual no PIB da Europa Ocidental, Estados Unidos e Japão e menor crescimento em mercados emergentes como China e Brasil. O comércio de produtos de luxo teve um boom nos últimos dois anos, recuperando-se da crise financeira global de O crescimento do chamado luxo experimental, como viagem de aventura, spa e hotel, será maior que o de relógios e vestidos, previu a BCG. As vendas desse segmento de luxo devem crescer 12% por ano até 2014, disse o BCG. Reuters Alta tecnologia que sai de Itapira pode render milhões O laboratório Cristália negocia licenciamento de substância que revolucionará vacinação de massa Regiane de Oliveira roliveira@brasileconomico.com.br A Cristália vai romper sua tradição de fechar parcerias com empresas de seu porte para alçar voos mais agressivos, agora com destino a Europa e aos Estados Unidos. A indústria farmacêutica de Itapira, no interior de São Paulo, esta negociando uma parceria uma gigante global de medicamentos para o licenciamento da patente da sílica nanoestruturada um adjuvante vacinal inovador, que permite que vacinas antes administradas apenas de forma injetável possam, a partir de agora, serem administradas EXPANSÃO EM ALTA DOSE FUNDADO EM 1972, EM ITAPIRA FATURAMENTO PRINCIPAIS PARCERIAS Cristália e Eurofarma lançam o laboratório Supera, para produção de remédios inovadores. Mais tarde a americana MDS também entrou na sociedade 3 PERGUNTAS A......GUSTAVO MIZRAJE Gerente-geral da Novo Nordisk no Brasil 0 R$ 670 milhões Cristália rumo ao primeiro bilhão R$ 1 bilhão Acionistas da Cristália adquirem o Laboratório IMA, com foco em medicamentos oncológicos Flavita Valsani/Divulgação Fábrica de Montes Claros está com 50% da capacidade ociosa em gotas. A promessa da empresa é que o adjuvante será usado em vacinas terapêuticas como hepatite B e gripe, de forma mais barata, sem risco de contaminação e com a mesma eficácia. Hoje, só a vacina Sabin, contra paralisia infantil, é administrada oralmente. Na maioria dos casos, a vacinação é feita por via parental (intradérmica e intramuscular), já que o ambiente do estômago destrói as partículas de proteínas responsáveis pelo estímulo imunológico. Ogari Pacheco, presidente da Cristália, não revela os nomes dos interessados, mas afirma que a movimentação financeira Cristália, Biolab, Eurofarma e Libbs devem lançar laboratório especializado em medicamentos biológicos Fonte: empresa Uma das maiores fornecedoras do governo de medicamentos para diabetes, a Novo Nordisk estuda se vale a pena aproveitar os novos benefícios do governo para mudar o foco da produção da planta de Montes Claros, segundo maior investimento da companhia fora da Dinamarca. O que a indústria de Montes Claros produz hoje? A companhia investiu mais de US$ 200 milhões na construção desta unidade de produção, que tem como foco a exportação para Espanha, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Canadá, Pacheco, da Cristália: foco em patentes e tecnologia de ponta com os royalties que a empresa deve ganhar com a exploração do novo adjuvante chegue a US$ 100 milhões por ano. O valor é bastante significativo para a empresa, que deve chegar neste ano ao primeiro bilhão, depois de um faturamento de cerca de R$ 600 milhões no ano passado. Desse total, cerca de 6% são investidos em pesquisa. Pesquisa O adjuvante foi criado pela equipe do professor Osvaldo Sant anna, do Laboratório de Imunoquímica do Instituto Butantan com a ajuda de técnicos do Laboratório Cristália, e promete uma revolução no campo da imunização em massa. Quando uma população é imunizada, é comum que uma parte não fique protegida. Uma das inovações do adjuvante é aumentar essa proporção, diz Pacheco. China, Índia, Argentina e Hong Kong de enzimas ALP e embalagem de comprimidos. Também monta canetas aplicadoras de insulina e seu refil. Há planos de ampliação? Hoje estamos com 50% da capacidade ociosa, por isso, não há planos de ampliação, afinal 100% do que é produzido é exportado. Mas estamos com um time de profissionais estudando se vale a pena começar a fornecer também para o mercado brasileiro. Para isso, no entanto, teremos de mudar a constituição da empresa, cujo foco é exportar. Leandro Ferreira Ele está entusiasmado com a chegada do produto ao mercado. A vacina contra Hepapite B é a primeira com adjuvante e deve ser liberada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) dentro de 18 ou 24 meses. A Cristália já conseguiu patente da substância em quatro países, África do Sul, México, Coreia do Sul e Índia. As regras internacionais são parecidas, mas ainda levaremos mais uns dois anos para ter a patente nos EUA e Europa, explica. A Cristália doou aos governos Federal e Estadual a patente da sílica nanoestruturada, que poderá ser usada em todas as campanhas públicas de vacinação. Só não vamos abrir mão da patente para uso veterinário e em países com economia desenvolvidas, diz Pacheco. Países pobres da África também não precisarão parar pela patente. Insulina, que é o principal produto vendido pela Novo Nordisk ao governo, já tem um preço competitivo. O que mudaria em começar a produção para o Brasil? Segundo as novas normas de incentivo do governo, quem produzir aqui poderá vender 25% acima do preço de mercado. Não sei se compensa para o governo, afinal, fornecemos 17 milhões de frascos de insulina ao país, sendo que 60% são compras do governo. É um volume tão grande que tivemos de deixar de abastecer outros mercados para atender ao Brasil.

20 20 Brasil Econômico Quarta e Quinta-feira, 6 e 7 de junho, 2012

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