FAN - Faculdade Nobre. Modalidades de Obrigações
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- Mario Eger Amaral
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1 FAN - Faculdade Nobre Modalidades de Obrigações
2 b) Obrigação de Fazer (arts.247 a 249,CC.) -Conceito: Ex: Obrigação de fazer é aquela em que o devedor compromete-se a prestar um fato em favor do credor, consistente num trabalho físico ou intelectual ou na prática de um ato ou negócio jurídico. Prestação de Serviço O sujeito passivo obriga-se a disponibilizar uma utilidade ao sujeito ativo Prática de um ato de negócio A conduta a que se obriga o sujeito passivo é na ação que produz resultado imediato, não configura execução de qualquer trabalho. Obrigações assumidas pelos profissionais liberais, pelas empresas prestadoras de serviços e por trabalhadores autônomos. O declarar duma vontade. (o acionista compromete-se a votar numa determinada pessoa para presidente da companhia. O de renunciar a certa herança etc).
3 b.1 Dificuldades apresentadas na distinção entre obrigações de dar e de Fazer. Primeira: muitas obrigações podem ser igualmente descritas como de uma ou outra natureza. Ex: (dizer que o vendedor dá a coisa ao comprador equivale a O vendedor faz a transferência do domínio da coisa ao comprador.) Segunda: algumas obrigações de fazer são interdependentes com algumas de dar. Ex: (na cirurgia de implantação de marca passo, não há como dissociar uma obrigação da outra). Terceira: Ex: Reside na constatação de que dar é uma ação do devedor, portanto uma conduta, ou seja, um fazer
4 b.1.1 Diferença entre a obrigação de dar e a obrigação de fazer. A obrigação de dar Consiste na entrega de uma coisa prometida, para transferir seu domínio, conceder seu uso ou restituí-lo ao seu dono. Ex: na compra e venda, o vendedor tem obrigação de entregar a coisa vendida (dar) A Obrigação de Fazer - Consiste na realização de um ato ou na confecção de uma coisa, para depois entrega - lá ao credor. Ex: Na empreitada, o empreiteiro se compromete a contribuir para determinada obra com a mão-de-obra (fazer)
5 b.2 Critério desenvolvido pela doutrina e amplamente aceito. Consiste em verificar se há precedência da obrigação de fazer (monteiro, 2001: 98). Se o sujeito passivo faz a coisa para dar ao ativo, então a obrigação é de fazer; se não a faz, mas a adquiriu feita, é de dar a obrigação. Ex: O galerista encomenda ao famoso pintor uma tela, a obrigação do artista é de fazer, quando vende esta tela ao investidor, o galerista assume a obrigação de dar.
6 b.3 Espécies de obrigação de fazer: Fungível: É aquela em que a prestação do ato pode ser realizada indiferentemente pelo devedor ou por terceiro. Ex: quando se contrata uma pessoa para pintar uma casa. (art. 249, CC. ) Infungível: Consiste num fazer que, ante a natureza da prestação ou por disposição contratual, só pode ser executado pelo próprio devedor, uma vez que se levam em conta suas qualidades pessoais, não se admitindo portanto, sua substituição, (intuitu personae) Ex: Show com o cantor Caetano Veloso. (art. 247, CC)
7 b.4 Conseqüências do inadimplemento da obrigação de fazer: Sem Culpa Se a prestação do fato se impossibilitar sem culpa do devedor, resolver-se-à a obrigação, havendo devolução do que por ventura tenham recebido. Ex: o show não se realiza em razão do seqüestro do artista. (art. 248, CC, 1ª parte). Com Culpa Se a prestação se impossibilitou por culpa do devedor, responderá este pelas perdas e danos. Ex: O cantor resolve, descansar em sua casa de campo, no dia em que deveria fazer o show contratado. (arts. 248, in fine, e 389, CC).
8 1. Obrigação de não Fazer (arts. 250 / 251, CC.). É uma obrigação negativa mediante a qual o devedor compromete se a se abster de praticar um ato que, normalmente, poderia praticar, caso não houvesse se obrigado. Ex: adquirente de terreno que se compromete a não construir acima de determinada altura. * Comerciante que vende seu estabelecimento, comprometendo se a não abrir outro nas proximidades. 2. Inadimplemento da obrigação de não fazer. => Caracteriza se no exato momento em que o devedor (que se obrigou a não fazer) pratica o ato que estava obrigado a não praticar.
9 2.1 Ato praticado sem culpa (Obrigação de não fazer): Se o devedor praticou o ato isento de culpa, a obrigação se extingue, de acordo com o art. 250, CC. Ex: João, tendo adquirido um terreno, comprometeu se a não erguer muros divisórios. Entretanto, surge uma lei municipal que obriga todos os munícipes à construção de muros nos terrenos. 2.2 Ato praticado com culpa: => Se o devedor praticou o ato, a cuja abstenção estava obrigado, o credor, além das perdas e danos, (art. 251 CC.) pode requerer ao juiz que fixe prazo para o devedor desfazê lo, sob pena de um terceiro desfazê - lo à sua custa (arts. 642 e 643, do CPC) Ex: Quando o devedor, constrói o muro, ignorando sua obrigação de não construir ( sem que haja qualquer lei que obrigue a construção).
10 2.3 Casos em que o desfazimento não é possível: O credor deve contentar se apenas com as perdas e danos. (art. 389, CC.). Ex: a obrigação de não publicar noticias que prejudique a venda de determinado produto. * Alguém que tenha vendido uma indústria e se obrigando a não revelar segredo industrial, sobre o qual tenha conhecimento, aos concorrentes da fábrica. OBS: A obrigação de não fazer somente será lícita se não restringir direitos da personalidade e da liberdade individual, como por exemplos: obrigação de não casar; de não trabalhar; de não ter filhos, etc.
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