ANÁLISE NA EQUIPA DE NATAÇÃO ABSOLUTA DO CLUBE ESTRELAS SÃO JOÃO DE BRITO DURANTE A ÉPOCA DESPORTIVA 2014/2015

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ANÁLISE NA EQUIPA DE NATAÇÃO ABSOLUTA DO CLUBE ESTRELAS SÃO JOÃO DE BRITO DURANTE A ÉPOCA DESPORTIVA 2014/2015"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE MOTRICIDADE HUMANA ANÁLISE NA EQUIPA DE NATAÇÃO ABSOLUTA DO CLUBE ESTRELAS SÃO JOÃO DE BRITO DURANTE A ÉPOCA DESPORTIVA 2014/2015 Relatório elaborado com vista à obtenção do Grau de Mestre em Treino Desportivo Orientador: Professor Doutor Francisco José Bessone Ferreira Alves Juri: Presidente Professor Doutor Francisco José Bessone Ferreira Alves, professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa Vogais Doutor Pedro Vieira Trouillet Pessoa, professor auxiliar da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa Doutora Joana Filipa Jesus Reis, investigadora do Centro Interdisciplinar de Estudo da Performance Humana da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa Filipa Silveiro Varela 2015

2 Agradecimentos Agradeço ao Professor Doutor Francisco Alves por me ter orientado neste Relatório, pelo apoio que me deu e informação que me forneceu, também pelas suas aulas leccionadas na Faculdade de Motricidade Humana e que serviram de base para este trabalho. Ao Treinador Viatcheslav Poliakov que me deu todo o apoio no cais da piscina e me orientou nesta parte mais prática, que me forneceu os planeamentos e todos os treinos e dados que precisei. Aos nadadores Duarte Mourão e Diogo Sousa que tiveram disponíveis para realizar as tarefas que eu necessitava e que me facilitaram as informações necessárias para este trabalho. Ao meu clube, Estrelas São João de Brito, que me possibilitou a realização deste estágio com a equipa principal. Aos meus amigos e colegas que me ajudaram e me incentivaram. À minha família que sempre esteve ao meu lado. Obrigado I

3 Resumo O propósito deste trabalho é o seguimento de dois nadadores de uma equipa sénior de competição de natação, durante dois macrociclos da época desportiva de , neste caso trata-se da equipa do Estrelas São João de Brito. Foi traçado o perfil dos nadadores e os seus objetivos para a época, também é realizada uma caracterização/perfil técnico onde se dá enfase à técnica do nadador e a determinados erros técnicos. Faz parte deste relatório uma análise ao planeamento e a sua divisão ao longo de macrociclos, mesociclos e microciclos, bem como a quantificação das cargas de treino. É calculado também o volume de tarefas individualizadas, como tarefas de braços, de pernas, de barbatanas, entre outras e o volume no estilo principal. Neste trabalho foi realizado um projeto relativo à velocidade critica (VC), mais especificamente à velocidade crítica intermitente (VCI), em que se verá as vantagens deste tipo de exercício (exercícios intermitentes), em relação a exercícios contínuos. Palavras Chave: Treino; Planeamento; Carga de Treino; Microciclo; Mesociclo; Macrociclo; Intensidade; Volume; Velocidade critica; Velocidade crítica intermitente II

4 Abstract The goal of this report is to assess two swimmers from a senior competing team, across two macrocycles of the competition season. The team is Estrelas São João de Brito. In the first step, we built the profile of both swimmers along with their goals for the season. A technical assessment concerning each one's technique and their common mistakes was also performed in this first step. This report includes an analysis of the regime and the time gaps across the macrocycles, mesocycles and microcycles, as well as a quantification of the training intensity. The weight of individual tasks, such as arm training, leg training and fins, alongside other tasks, was assessed, as well as the intensity of their main swimming style. We included a section concerning the critical velocity and the intermitente critical velocity, in which we were able to observe the advantages of intermitent training when compared with continuous training. Keywords: Training; Planing; Load of training; Microcycle; Mesocycle; Macrocycle; Intensity, Volume; Critical Velocity; Intermittent Critical Velocity III

5 Índice Introdução 1 Enquadramento Teórico 2 Natação Pura 2 Métodos de Treino 3 Treino intervalado 3 Treino de repetições 4 Cargas de Treino 4 Componentes da Carga de Treino 4 Métodos de Quantificação e monitorização da Carga de Treino 8 Questionários e Diários 8 Perceção Subjetiva de Esforço 8 Frequência Cardíaca 9 Consumo de O 2 10 Lactatemia 10 Impulso de Treino 11 Unidades Arbitrárias da Carga 12 Velocidade Crítica e Velocidade Crítica intermitente 14 Caracterização do Clube e da equipa 19 Análise dos Recursos Existentes 20 Perfil dos nadadores 21 Objectivos pretendidos 23 Análise dos Objectivos 23 Planeamento da época - Periodização 24 Provas Principais 25 Planeamento Anual 26 Plano de Preparação do Primeiro Macrociclo 27 Plano de Preparação do Segundo Macrociclo 36 IV

6 Tabela Unidades Arbitrárias de Carga 43 Volume no estilo principal 48 Tarefas de treino 49 Exemplos de tarefas: 51 Caracterização/Perfil técnico 53 Resultados Obtidos 58 Projecto de investigação Velocidade Crítica Intermitente 60 Objectivo: 60 Procedimento: 60 Resultados: 61 Discussão 64 Conclusão 65 Análise do Estágio 66 Bibliografia 68 Anexos i Treinos i Primeiro Macrociclo i Segundo Macrociclo xxix V

7 Índice de Ilustrações Figura 1, Figura 2 e Figura 3 Fase de Entrada do nadador Duarte Mourão na técnica de Mariposa Figura 4 e Figura 5 - Fase de Ação Lateral Exterior e do Agarre Figura 6 - Fase da Ação Descendente. Figura 7 e Figura 8 Fase da Acão Lateral Interior Figura 9 e Figura 10 Fase da Ação Ascendente Figura 11 Fase de Saída Figura 12 Fase de Recuperação Aérea Figura 13 Fase Ascendente dos membros inferiores Figura 14 Fase Descendente dos membros inferiores Figura 15 e Figura 16 - Fase de Entrada do nadador Diogo Sousa na técnica de Costas Figura 17 Acção Descendente Inicial (ADI) Figura 18 Acção Ascendente (AA) Figura 19 Acção Descendente Final (ADF) Figura 20 Acção Ascendente Adicional (AAA) Figura 21 Fase de Saída (S) Figura 22 Fase de Recuperação Aérea Figura 23 Fase ascendente dos membros inferiores Figura 24 - Fase descendente dos membros inferiores VI

8 Índice de Tabelas Tabela 1 - Zonas de intensidade básicas para o treino da resistência (Alves, 2004) 5 Tabela 2 - Classificação das zonas de intensidade (Adaptado de Alves, 2000) (Pessoa, 2014) 6 Tabela 3 - Definição dos coeficientes de ponderação (Adaptado de Mujika et al. 1995, Maglischo, 2003, Pessoa, 2014) 6 Tabela 4 - Zonas de intensidade utilizadas pelo Treinador Viatcheslav Poliakov 7 Tabela 5 - Adaptação da escala Cr. 10 de Borg e as zonas de intensidade de treino da natação (Pessoa, 2014) 9 Tabela 6 - Tabela representativa dos horários e locais de treino 20 Tabela 7 - Tabela representativa dos nadadores estudados 21 Tabela 8 - Tabela representativa dos tempos alcançados pelo nadador Duarte Mourão 21 Tabela 9 - Tabela representativa dos tempos alcançados pelo nadador Diogo Sousa 22 Tabela 10 Provas existentes durante a época Tabela 11 Planeamento anual de preparação para os dois primeiros macrociclos 26 Tabela 12 Microciclo 1 do primeiro macrociclo 27 Tabela 13 - Microciclo 2 do primeiro macrociclo 27 Tabela 14 - Microciclo 3 do primeiro macrociclo 27 Tabela 15 - Microciclo 4 do primeiro macrociclo 28 Tabela 16 - Exemplo 1 de treino 28 Tabela 17 - Microciclo 5 do primeiro macrociclo 29 Tabela 18 - Microciclo 6 do primeiro macrociclo 29 Tabela 19 - Microciclo 7 do primeiro macrociclo 29 Tabela 20 - Microciclo 9 do primeiro macrociclo 30 Tabela 21 - Microciclo 9 do primeiro macrociclo 30 Tabela 22 Exemplo 2 de treino 31 Tabela 23 - Microciclo 10 do primeiro macrociclo 32 Tabela 24 - Microciclo 11 do primeiro macrociclo 32 Tabela 25 - Microciclo 12 do primeiro macrociclo 32 Tabela 26 - Microciclo 13 do primeiro macrociclo 33 Tabela 27 Exemplo 3 de treino 33 Tabela 28 - Microciclo 14 do primeiro macrociclo 34 Tabela 29 - Microciclo 15 do primeiro macrociclo 34 Tabela 30 - Microciclo 16 do primeiro macrociclo 34 Tabela 31 - Microciclo 17 do primeiro macrociclo 35 Tabela 32 Exemplo 4 de treino 35 Tabela 33 - Microciclo 18 pertencente ao segundo macrociclo 36 Tabela 34 - Microciclo 19 pertencente ao segundo macrociclo 36 Tabela 35 - Microciclo 20 pertencente ao segundo macrociclo 37 Tabela 36 - Microciclo 21 pertencente ao segundo macrociclo 37 VII

9 Tabela 37 Exemplo 5 de treino 37 Tabela 38 - Microciclo 22 pertencente ao segundo macrociclo 38 Tabela 39 - Microciclo 23 pertencente ao segundo macrociclo 38 Tabela 40 - Microciclo 24 pertencente ao segundo macrociclo 38 Tabela 41 - Microciclo 25 pertencente ao segundo macrociclo 39 Tabela 42 Exemplo 6 de treino 39 Tabela 43 - Microciclo 26 pertencente ao segundo macrociclo 40 Tabela 44 - Microciclo 27 pertencente ao segundo macrociclo 40 Tabela 45 - Microciclo 28 pertencente ao segundo macrociclo 40 Tabela 46 - Microciclo 29 pertencente ao segundo macrociclo 40 Tabela 47 - Exemplo 7 de treino 41 Tabela 48 - Microciclo 30 pertencente ao segundo macrociclo 42 Tabela 49 - Microciclo 31 pertencente ao segundo macrociclo 42 Tabela 50 UAC correspondentes ao primeiro macrociclo 43 Tabela 51 - UAC correspondentes ao segundo macrociclo 45 Tabela 52 - Volume (Km) no estilo principal 48 Tabela 53 - Volume nadado (Km) em tarefas específicas 50 Tabela 54 - Resultados obtidos durante o primeiro e segundo macrociclos para o atleta Duarte Mourão 58 Tabela 55 - Resultados obtidos durante o primeiro e segundo macrociclos para o atleta Diogo Sousa 59 Tabela 56 - Tabela ilustrativo com o tempo realizado por cada um dos nadadores na tarefa de 4 séries de 50 metros em esforço máximo com 15 segundos de descanso 61 Tabela 57 - Tabela ilustrativa com o tempo realizado por cada um dos nadadores na tarefa de 8 séries de 50 metros em esforço sub-máximo com 15 segundos de descanso 61 Tabela 58 - Tabela ilustrativa com o somatório dos tempos para cada distância (200m e 400m) 61 Tabela 59 - Tabela representativa com o valor da VC e o tempo calculado a partir desta 63 Tabela 60 - Tabela representativa com o n número de séries e tempos alcançados em que os nadadores conseguiram nadar na velocidade critica. 63 VIII

10 Índice de Gráficos Gráfico 1 - A potência de saída, em qualquer momento (t) durante uma sessão de exercício intermitente, quer durante o trabalho ou no intervalo de descanso, até à exaustão em t = 220 s (Morton e Billat, 2004) 18 Gráfico 2 - Gasto da capacidade anaeróbia e recargas parciais durante o trabalho e intervalos de repouso, respectivamente, até a exaustão (Morton e Billat, 2004) 18 Gráfico 3 - Variação das UAC e do Volume (Km) ao longo do primeiro Macrociclo 43 Gráfico 4 - Relação das zonas de intensidade nos diferentes mesociclos. 44 Gráfico 5 - Variação das UAC e do Volume (Km) ao longo do primeiro Macrociclo 46 Gráfico 6 - Relação das zonas de intensidade nos diferentes mesociclos. 47 Gráfico 7 Volumes (Km) nadados no estilo principal 49 Gráfico 8 - Gráfico ilustrativo do volume (Km) nadado em tarefas específicas 51 Gráfico 9 - Gráfico representativo com o declive da recta que corresponde à velocidade critica para o nadador Duarte Mourão 62 Gráfico 10 - Gráfico representativo com o declive da recta que corresponde à velocidade critica para o nadador Diogo Sousa 62 IX

11 Introdução Este relatório de estágio é elaborado no âmbito do 2º Ano de Mestrado em Treino Desportivo do ano curricular 2014/2015, na vertente de natação no clube Estrelas São João de Brito ao longo dos primeiros dois macrociclos, que se iniciam em Setembro e terminam em Abril com o Campeonato Nacional de Clubes de 1ª e 2ª Divisão. O clube foi promovido à primeira divisão e reforçou a sua equipa tendo grandes objectivos para esta época. O treinador da presente época e também da época passada é Viatcheslav Poliakov, com o qual acompanhei os treinos e me apoiou nas tarefas necessárias. Durante este período segui dois atletas séniores da equipa principal, do escalão absoluto, são estes o Duarte Mourão e o Diogo Sousa. Ao longo deste relatório apresentarei o planeamento da época, as cargas de treino, a caracterização/perfil técnico, os resultados obtidos, alguma análise de tarefas e o projeto de investigação que incide na velocidade crítica intermitente. 1

12 Enquadramento Teórico Natação Pura A Natação surgiu por volta de 2500 a.c.. Nesta época a arte de nadar estava incluída na educação dos egípcios. Na Grécia antiga e na Antiga Roma, a natação fazia parte do treino militar. O simples facto na altura de saber nadar proporcionava um "status" social superior. Iniciou-se em Inglaterra em meados do século XIX, integrando as modalidades Olímpicas desde 1896 (masculinos), em Atenas, que a natação passou a ser considerada um desporto olímpico. a participação feminina apenas se concretizou nos Jogos Olímpicos de A Natação Pura é a prática da natação de competição em piscina, envolvendo os quatro estilos básicos: Livres (normalmente utilizado o crol), bruços, costas e mariposa. A Natação Pura Desportiva iniciou-se em Portugal, no Século XX, com a criação da primeira escola de natação em 1902, pelo Ginásio Clube Português, na Trafaria. Este desporto, assim como as restantes modalidades (Natação Sincronizada, Polo Aquático, Águas Abertas., Natação Adaptada.) são regidos pelas regras da F.I.N.A. (Federação Internacional de Natação Amadora). A nível europeu a modalidade é coordenada pela L.E.N. (Liga Europeia da Natação). Existem provas regionais (organizadas pelas respectiva Associação, podendo haver torneios organizados por Clubes), Nacionais (organizadas pela respectiva Federação), Campeonato da Europa (organizado pela L.E.N.) e Campeonato Mundial (organizado pela F.I.N.A.) (ANDL). 2

13 Métodos de Treino No treino existem métodos de treino contínuos e métodos por intervalos. O método contínuo caracteriza-se por exercícios de longa duração sem interrupção. O efeito de treino deste método baseia-se nos constantes processos de reajustamento bioquímicos e fisiológicos que ocorrem durante a sua execução, sendo utilizado preferencialmente nas modalidades cíclicas de longa duração (atletismo - fundo e meiofundo, ciclismo, canoagem, etc.). Para as outras modalidades, é utilizado para desenvolver a resistência de base, durante os períodos preparatórios dos ciclos anuais de treino. O método de treino por intervalos caracteriza-se por exercícios onde o organismo é submetido a períodos curtos, regulares e repetidos de trabalho com períodos de repouso adequados. É utilizado, quer nas modalidades acíclicas, como é o caso dos jogos desportivos coletivos, quer nas que assentam em desempenhos de carácter cíclico, para desenvolver a resistência específica. Tornam-se preponderantes durante os períodos preparatórios específicos e competitivos dos ciclos anuais de treino. O método por intervalos pode ser dividido em método por intervalos com pausas incompletas (treino intervalado) e método por intervalos com pausas completas (treino de repetições) (Alves, ). É este método de treino que vou especificar já que foi o optado para a realização da tarefa correspondente à velocidade critica intermitente. Treino intervalado A elevada versatilidade do treino intervalado em termos de organização da carga, tendo em vista as adaptações funcionais pretendidas, faz dele um método de utilização praticamente universal, permite, ainda, a aplicação de um maior volume de carga para intensidades mais elevadas, quando comparado com os métodos contínuos, no que diz respeito ao treino aeróbio. Por outro lado, muitas modalidades caracterizam-se por um esforço de tipo intermitente, logo, os métodos intervalados permitem uma melhor estimulação, mais próxima do perfil metabólico da situação de competição. O método por intervalos com pausas incompletas (treino intervalado) é caracterizado por períodos de repouso que não permitem a recuperação completa dos parâmetros cardiovasculares e ventilatórios (Alves, ). 3

14 Treino de repetições O método por intervalos com pausas completas (treino de repetições) é caracterizado por possuir períodos de repouso que permitem a recuperação completa dos parâmetros cardiovasculares e ventilatórios. A efectividade deste método decorre das fases de carga altamente intensos durante os quais se realizam todos os processos fisiológicos e mecanismos de regulação até alcançar o nível funcional exigido. A estruturação deste tipo de exercícios, com repetições que duram entre os 20 segundos e os 3 minutos, com o pressuposto da recuperação completa e a exigência de intensidades máximas ou quase máxima, indica-o como ideal para o desenvolvimento das zonas lácticas, com um elevado nível de especificidade e aproximação às situações típicas de competição (Alves, ). Cargas de Treino Componentes da Carga de Treino Fazem parte da carga de treino três componentes fundamentais: o volume, a intensidade e a frequência. Estas componentes em conjugação equilibrada vão produzir uma resposta adaptativa que pode levar a uma evolução na capacidade de desempenho dos atletas. O volume é uma componente fundamental da carga de treino e constitui a base do trabalho em modalidades de resistência (Mujika et al., 1995). A maioria dos técnicos e dos nadadores assume que a evolução da capacidade de desempenho está, diretamente, relacionada, com o volume das cargas a que estão sujeitos durante o processo de treino. Esta variável torna-se muito fácil de quantificar, pois não é mais do que a distância coberta, ou o número de horas, numa determinada fase do processo de treino, quer seja uma sessão, ou uma época de treino (Pessoa, 2014). A frequência de treino, assim como o volume, torna-se fácil de quantificar, uma vez que se refere ao número de vezes em que o atleta treina, num determinado espaço de tempo. A frequência e o volume são duas variáveis com uma relação estreita, uma vez que 4

15 variações na frequência podem implicar, também, variações no volume. Apesar desta relação evidente e da facilidade com que as variáveis podem ser quantificadas, não existem, na literatura, referências que relacionem a influência da frequência no rendimento, com um determinado volume de treino (Mujika, 2009, Pessoa, 2014). A intensidade do treino é, também, um fator de grande importância para a evolução da capacidade competitiva do atleta devido às respostas adaptativas que provoca. No entanto, ao contrário do volume e da frequência, esta variável é de difícil quantificação. Tem-se procurado quantificar a intensidade do exercício através do impacto que este tem no organismo (frequência cardíaca, lactatemia, percentagem do VO2máx, Perceção Subjetiva de Esfoço (PSE)) medidas de carga interna; e através das características específicas da cargas de treino (percentagem da velocidade ou da força máxima) medidas de carga externa (Jeukendrup & Diemen, 1998) (Pessoa, 2014). No âmbito da Natação, segundo Pessoa (2014), os índices fisiológicos que mais frequentemente são utilizados para referência na prescrição e avaliação das cargas são o consumo máximo de oxigénio, a frequência cardíaca e o lactato sanguíneo acumulado durante o esforço. A variação destes parâmetros fisiológicos com a qualidade do desempenho deverá ser avaliada regularmente, constituindo um instrumento de controlo do programa de treino na sua globalidade. O tratamento individual destes índices deverá permitir associar estes parâmetros da carga interna ao parâmetro da carga externa de relevância prática por excelência: a velocidade de nado, facilmente determinada a partir da cronometragem das distâncias de treino e competição. Inicialmente podemos considerar claramente, 4 áreas funcionais de características diferenciadas e correspondendo a diferentes adaptações funcionais: limiar anaeróbio, potência aeróbia, tolerância láctica e potência láctica: Tabela 1 - Zonas de intensidade básicas para o treino da resistência (Alves, 2004) 5

16 Em programas de treino onde a resistência é objecto de preparação específica e constitui uma condicionante fundamental para o desempenho competitivo é habitual aparecer uma distribuição mais detalhada das zonas de intensidade: Tabela 2 - Classificação das zonas de intensidade (Adaptado de Alves, 2000) (Pessoa, 2014) Nesta distribuição das zonas de intensidade cada zona corresponde a um determinado nível, estes níveis vão de I a VII, e cada zona ou nível tem um coeficiente de ponderação que vai de 1 a 10: Tabela 3 - Definição dos coeficientes de ponderação (Adaptado de Mujika et al. 1995, Maglischo, 2003, Pessoa, 2014) Os níveis de intensidade e zonas pelos quais o treinador planeia os seus treinos correspondem aos utilizados pelos autores acima referidos: 6

17 Nível de Intensidade I II Abreviatura AR A1 Objectivo Aquecimento e Recuperação Capacidade aeróbia Freq. Cardíaca (10seg) III A2 EEML IV V VI A3 TLM AML Potência aeróbia Tolerância Láctica Acumulação láctica máxima VII Sprint Velocidade /- Máx Tabela 4 - Zonas de intensidade utilizadas pelo Treinador Viatcheslav Poliakov O treinador utiliza muito a frequência cardíaca dos atletas, estando esta sempre presente nas tarefas de treino consoante o nível de intensidade da tarefa (ver tabela acima). O controlo da frequência cardíaca (FC), que o treinador pede aos atletas para medirem por 10 segundos, é um método popular de quantificar a intensidade do exercício e mostra uma resposta ao exercício semelhante ao consumo de O 2 e assenta no princípio de que existe uma relação linear entre a frequência cardíaca e a taxa de trabalho, num estado estacionário (Arts & Kuipers, 1994; Hopkins, 1991; Robinson et al., 1991). A intensidade do exercício pode expressar-se de diversas maneiras de acordo com a avaliação da frequência cardíaca. Existem diversos fatores que podem influenciar a relação entre a carga de treino e a FC, como o nível de treino do atleta, as condições ambientais, a duração do exercício, a altitude, a hidratação e a medicação (Achten & Jeukendrup, 2003; Robinson et al., 1991). Assim sendo, torna-se necessário alguma cautela quando se utiliza a FC como medida de intensidade (Mujika et al., 1995, Pessoa 2014). 7

18 Métodos de Quantificação e monitorização da Carga de Treino Para quantificar a carga de treino existem variados métodos, sendo eles questionários e diários, a perceção subjetiva de esforço, a frequência cardíaca, o consumo de O2, a lactatemia, o impulso de treino e as unidades arbitrárias de carga. Estas últimas foram as utilizadas neste estudo para a quantificação da carga de treino. Questionários e Diários A sua utilização permite recolher informação sobre a atividade física do atleta, durantes semanas, meses, ou mesmo anos e tem-se tornado popular, especialmente em grandes populações, porque a sua administração é fácil, são baratos, e não interferem com o processo de treino. No entanto, a sua fraqueza reside no facto das respostas dos atletas serem sempre subjetivas (Hopkins, 1991) (Pessoa, 2014). Perceção Subjetiva de Esforço Segundo Borg (1998) o conceito de perceção subjetiva foi introduzido no final dos anos de 1950 para medir a perceção geral de esforço, a fadiga local e a falta de ar. Dishman (1994), Noble & Robertson (1996) citados por Pires (2011) referem que esta escala é um indicador de intensidade de esforço tanto para populações especiais como populações saudáveis. Para definir Perceção Subjetiva de Esforço, Borg (1998) refere ainda que durante muitos anos, fadiga e perceção subjetiva de esforço eram a mesma coisa. No entanto refere que a fadiga deve ser o estado de exaustão, em que a capacidade de desempenho é diminuída. Por outro lado, a perceção subjetiva de esforço é mais abrangente e tem vários níveis associados desde ao muito, muito bem até ao muito, muito cansado. A escala de Borg (1998) refere-se à intensidade do exercício de uma forma direta e individualizada e pode ser entendida como uma configuração de sensações como fadiga muscular localizada, dor e respiração (Pires, 2011). 8

19 Trata-se de uma categorização entre 6 e 20, ou de 0 a 10 (Cr. 10 de Borg - Category ratio scale), em que se pede ao indivíduo que estime a sensação de intensidade que refletiu o esforço despendido, de acordo com essa escala. Esta categorização responde a fatores psicofisiológicos e têm sido estabelecidas relações entre os valores de PSE e as diferentes intensidades do exercício (Tabela 2), por um lado, e a frequência cardíaca e a lactatemia, por outro (Pessoa, 2014). Tabela 5 - Adaptação da escala Cr. 10 de Borg e as zonas de intensidade de treino da natação (Pessoa, 2014) Frequência Cardíaca Segundo Wilmore & Costill (2007), a FC reflete a quantidade de trabalho a que o coração é sujeito para responder às exigências do esforço. McArdle, Katch & Katch (1996) referem ainda que, quanto aos efeitos agudos, quando o VO2 de um indivíduo aumenta, se faz acompanhar de um aumento proporcional da FC até um ponto em que a proporcionalidade é quebrada e a FC aumenta mais que o VO 2. Este ponto corresponde ao momento em que a energia solicitada não é totalmente reposta pelo O 2, logo a FC aumenta linearmente com a intensidade do exercício no que diz respeito à componente metabólica. A intensidade do exercício pode expressar-se de diversas maneiras de acordo com a avaliação da frequência cardíaca. Apesar da frequência cardíaca absoluta ser, normalmente, usada, pode haver vantagens na utilização de percentagens da FC máxima, o que permite corrigir diferenças, inter e intra indivíduos, na resposta a vários tipos de 9

20 exercício. Contudo, existem diversos fatores que podem influenciar a relação entre a carga de treino e a FC, como o nível de treino do atleta, as condições ambientais, a duração do exercício, a altitude, a hidratação e a medicação (Achten & Jeukendrup, 2003; Robinson et al., 1991). Assim sendo, torna-se necessário alguma cautela quando se utiliza a FC como medida de intensidade (Mujika et al., 1995), (Pessoa, 2014). Consumo de O 2 A maior parte do treino numa modalidade de resistência, como a natação, é realizada numa dependência acentuada do metabolismo aeróbio. No entanto, a relação entre o consumo de O2 e a potência desenvolvida por um atleta só é, aproximadamente, linear, dentro de um intervalo de intensidades que vai desde o repouso até ao estado máximo estacionário (Robinson et al., 1991). Desta maneira, o consumo de O2 pode ser um indicador de intensidade num exercício em estado estacionário, mas não pode ser considerado em esforços curtos, de grande intensidade, como aqueles que são levados a cabo durante um treino intervalado típico, uma vez que o tempo de resposta do sistema aeróbio é demasiado lento e este tipo de trabalho é, normalmente, supramáximo (Hopkins, 1991) (Pessoa, 2014). Lactatemia A intensidade do treino também se pode expressar em função dos valores de lactato sanguíneo. A possibilidade de utilizar analisadores de lactatemia portáteis, de utilização simples e, relativamente económicos, tornou este método de controlo da intensidade um dos mais utilizados por técnicos e atletas (Pessoa, 2014). Esta técnica consiste em retirar uma pequena amostra de sangue, normalmente do lóbulo da orelha, alguns minutos após o término do exercício. Segundo Wilmore & Costil (2007) o lactato é produzido no músculo e removido para o sangue em consequência da produção de energia. Quando o oxigénio levado ao músculo não é suficiente para produzir energia no momento, este tem que utilizar outras fontes. 10

21 Inicialmente a fonte anaeróbia aláctica que é de curta duração e posteriormente a fonte anaeróbia láctica, o que leva a que o lactato seja acumulado no sangue. Em geral, os valores de concentração de lactato aumentam acima dos valores de repouso quando a intensidade do exercício é superior a 60% da potência aeróbia máxima (Pyne, Lee & Swanwick, 2001). Quando o exercício não é excessivamente intenso, os valores de lactatemia atingem, geralmente, um estado de equilíbrio após alguns minutos de esforço (Pessoa, 2014). Tem sido dada particular atenção à determinação do Estado Estacionário Máximo de Lactatemia (EEML), que pode ser definido como a mais alta lactatemia compatível com um equilíbrio entre a taxa de produção de lactato e a sua taxa de remoção, durante um exercício de carga constante de longa duração. Este limiar tem sido sugerido como uma medida de capacidade aeróbia, mas também como uma forma de regular a intensidade do treino, sendo que valores de lactatemia aproximados de 4 mmol.l-1 têm sido sugeridos como os mais favoráveis para induzir adaptações em provas de resistência (Pessoa, 2014). Esta forma de controlo da intensidade das cargas de treino pode ter uma utilidade limitada, há determinadas condições como a temperatura ambiente, desidratação, tipo de exercício, depleção de glicógénio muscular, nível de treino e métodos de recolha que podem provocar interpretações incorretas dos níveis de lactatemia. Impulso de Treino Bannister (1991), introduziu o conceito de Impulso de Treino, mais conhecido por TRIMP, que pretende conjugar a intensidade dos exercícios com a sua duração. Trata-se de um índice global da carga de treino, que integra o volume e a intensidade do mesmo, baseado na FC, e que pode ser calculado através de uma fórmula matemática simples: TRIMP = Volume da carga de treino x FC média Este método, no entanto, apresentava como grande lacuna, o facto de não ter em conta o impacto específico dos diferentes níveis de intensidade experimentados durante um treino (Pessoa, 2014). 11

22 Posteriormente, Banister, MacDougall, and Wenger (1991), procurando ultrapassar estas limitações, refinaram o método de cálculo dos TRIMP, introduzindo um fator de multiplicação que tem em conta o aumento exponencial da lactatemia, em função da intensidade. Assim, a carga de uma determinada sessão pode ser calculada como um produto entre o volume, a intensidade, determinada em função da FC, e um fator multiplicativo, isto é: TRIMP = t x ΔFC x y Em que t é o tempo de duração do treino, em minutos e y é o fator multiplicativo que varia se for do sexo feminino ou masculino. Este método permite uma quantificação simples e prática das cargas de treino, desde o exercício simples até às estruturas mais complexas (Microciclo, Mesociclo e Macrociclo) e é utilizável em qualquer tipo de esforço, contínuo ou intermitente (Pessoa, 2014). Unidades Arbitrárias da Carga Uma parte fundamental deste relatório de estágio é o controlo das cargas de treino, este controlo, segundo Pessoa (2014) é fundamental para avaliar as respostas dos atletas e determinar a relação dose-resposta entre o processo de treino e o desempenho em competição. Para a quantificação das cargas de treino utilizou-se uma adaptação do método proposto por Mujika et al. (1995), tendo o volume de metros nadados numa determinada zona de intensidade sido multiplicado por um coeficiente de ponderação, relacionado com os valores de lactatemia e frequência cardíaca, associados a determinada velocidade de nado. São definidas sete zonas de intensidade (I a VII), correspondendo a cada uma delas um determinado objetivo. O volume realizado em cada zona de intensidade é ponderado pelos coeficientes de ponderação para as respetivas zonas de intensidade: 1, 2, 3, 4, 6, 8 e 10. Desta forma, o impacto das cargas de treino pode ser calculado através da soma do volume de metros nadados em cada zona de intensidade, multiplicados pelo respetivo coeficiente de ponderação, com o equivalente respetivo à preparação física (PF) fora de água (Mujika et al., 1996): W = 1Km I + 2Km II + 3Km III + 5Km IV + 8Km V + PF 12

23 em que W representa o total de estímulos de treino, num dado período, medidos em Unidades Arbitrárias da Carga (UAC) (Pessoa, 2014). O treino fora de água também foi quantificado segundo uma adaptação ao método proposto por Mujika et al. (1995). De forma a conseguir quantificar estas cargas de treino nas mesmas unidades que as cargas de treino em água, os autores estimaram intensidades equivalentes para os diferentes tipos de treino em seco, considerando que 1 hora de treino físico fora de água, é equivalente a 2 Km a nadar com a seguinte correspondência: 1 Km no nível de intensidade II, 0,5 Km no nível VI e 0,5 Km no nível VII. Assim, a preparação física (PF) fora de água tem coeficiente de ponderação: c PF 1x2+0,5x8+0,5x10=11 De acordo com esta abordagem, podemos calcular o impacto das cargas de treino através da soma do volume de quilómetros nadados em cada zona de intensidade, multiplicados pelo respetivo coeficiente de ponderação, mais o equivalente respetivo à preparação física fora de água. (Mujika et al., 1996): onde: c1 = 1, c2= 2, c3 = 3, c4=4, c5= 6, c6= 8, c7= 10 W indica o total de estímulos de treino, num dado período, medidos em UAC PF a preparação física fora de água n.i. o nível de intensidade Na constituição dos macrociclos há a variação de vários períodos, o de Preparação Geral, Específico, Pré-competitivo, Competitivo e de Transição. A dinâmica da carga vai variar ao longo do macrociclo. Quando o macrociclo se aproxima da fase competitiva começa a haver um decréscimo na diminuição da carga, esta fase de diminuição é o designado Taper, que para um aumento da capacidade de desempenho está associado uma redução das cargas de treino nos dias 13

24 que antecedem essa competição e corresponde ao mesociclo de Preparação Terminal e a sua compreensão, bem como das suas implicações na organização do processo de treino é crucial para a rentabilização deste período, e consequentemente, para a otimização dos resultados dos atletas (Pessoa, 2014). Velocidade Crítica e Velocidade Crítica intermitente O conceito de velocidade crítica (VC) foi especificamente desenvolvido para a Natação Pura por Wakayoshi et al. (1992a), adaptando o conceito de potência critica inicialmente apresentado por Monod e Sherrer (1965), autores que encontraram uma relação linear entre o trabalho total realizado por grupos musculares sinérgicos e o tempo até à exaustão durante o exercício de alta intensidade (Neiva, 2008). A VC é definida na base da Potência Crítica (PC), ou seja, velocidade máxima que teoricamente pode ser mantida sem exaustão, durante uma corrida ou a nadar. Hill et al. (1999) e Wakayoshi et al. (1992) definem a VC como sendo o limite superior do domínio de intensidade pesado, ou seja, a intensidade mais elevada em que o VO 2max não é atingido durante um exercício com carga constante e de suficiente duração (Bernardo, 2013). Ettema (1966) aplicou o conceito de potência crítica a corrida, natação, ciclismo e patinagem, isto é, para exercícios que envolvem uma grande massa muscular (Kachouri et al 1996). Wakayosh et al. (1992a) introduzindo o conceito de velocidade critica em Natação Pura, definiu-a como a velocidade máxima de nado que pode ser mantida sem exaustão durante um longo período de tempo, e que é dada pelo declive da recta de regressão entre a distância (d) percorrida à máxima velocidade e o respectivo tempo (t) necessário para a percorrer, obtida através de várias distâncias de nado. A equação da recta de regressão é do tipo: Y=ax+b Wakayoshi et al. (1992) verificaram a existência de elevada linearidade através da análise de regressão, entre a d e o t de nado. Esta elevada linearidade é verificada usando 2, 3 ou 4 distâncias de nado (Fernandes & Vilas-Boas, 1999). 14

25 O modelo de potência crítica pressupõe a existência de dois parâmetros bioenergéticos, a Potência Crítica (PC) e a Capacidade de Trabalho Anaeróbio (CTA). A PC equivale à máxima intensidade de exercício realizada predominantemente à custa do metabolismo aeróbio, na qual variáveis como lactato sanguíneo, consumo de oxigénio e perceção subjetiva de esforço estabilizam ao longo do exercício. Por outro lado, a CTA é representativa da glicólise anaeróbia e dos fosfagénios intramusculares existentes, mostrando-se equivalente ao máximo défice acumulado de oxigénio (Nakamura et al., 2007). A VC apresenta diversas vantagens tal como a facilidade de aplicação e análise de grande número de indivíduos, pode ser utilizada durante sessões de treino, e, principalmente, não requerer a utilização de equipamentos dispendiosos. Segundo Jones et al. (2010), pode ser útil na monitorização e prescrição do treino e otimização de estratégias no momento competitivo. Anderson et al. (2006) transmitiram que os testes mais práticos para atletas são geralmente aqueles que podem ser conduzidos com facilidade durante o processo de treino. A determinação da VC é um método simples, não invasivo e que requer poucos custos. (Espada, 2013). Dekerle et al. (2005) referem que a VC é superior ao estado estacionário máximo de lactato (EEML) apesar de ser um bom preditor de capacidade aeróbia (Wakayoshi et al. 1992a; 1992b), permitindo avaliar a velocidade de nado num regime fisiológico de equilíbrio metabólico Barden and Kell, (2009) e Wakayoshi et al. (1993; 1992a). Refere-se ainda que existe uma forte correlação entre o limiar anaeróbio e a VC. (Bernardo, 2013). O EEML tem um real significado fisiológico comparativamente com a VC mas a sua determinação no terreno é de maior complexidade. Para além disso, recolhas de lactato nem sempre se afirmam como um procedimento prático, especialmente em populações como crianças em que a determinação da VC pode ser mais atrativa. De uma forma muito pragmática, Poole et al. (1998) referiram que a PC tem sido utilizada para delimitar o esforço pesado do esforço muito pesado. Tem igualmente sido sugerido que as limitações metodológicas aumentam o potencial da PC em sobrestimar o EEML (Espada, 2013). O consumo máximo de oxigénio (VO 2 ) é definido como a maior taxa à qual o oxigénio que pode ser extraído a partir do ar ambiente, transportado e utilizado pelo metabolismo celular durante a actividade física. VO 2max é um dos parâmetros mais importantes para determinar 15

26 a eficácia do sistema cardiorrespiratório e, além disso, é um importante determinante fisiológico de desempenho em corrida de média e longa distância. Por conseguinte, um objectivo primordial para muitos atletas de endurance é melhorar o VO 2max até ao seu limite máximo treinável. Embora os métodos de treino eficazes não foram claramente definidos para aprimorar VO 2max em corredores de longa distância bem treinados, foi reconhecido que o treino no ou perto do VO 2max pode ser o estímulo ideal (Aguiar et al. 2012). Recentemente, o modelo de dois parâmetros de velocidade crítica (VC) derivada a partir do modelo de potência crítica (PC) foi usado como um método para a individualização do treino. Tal como já foi dito a VC é descrita como a intensidade de limiar acima do qual o VO 2max seria atingido, enquanto que a intercepção de y é definida como a reserva de energia finita a partir do conjunto do fosfato, componente glicolítica anaeróbia e armazenamento de O 2 (Aguiar et al. 2012). Em exercícios intermitentes realizados com intensidade acima da PC, espera-se que a potência mecânica (saída energética) seja superior à PC (entrada energética a partir do metabolismo aeróbio), causando assim a utilização da CTA (compartimento anaeróbio). Isso deve-se ao fato que a PC representa a maior intensidade onde não há utilização nem reposição da CTA. No entanto, durante as pausas a entrada energética a partir do metabolismo aeróbio seria maior do que a saída, e isso permitiria uma recuperação parcial do compartimento anaeróbio, dependendo da duração da pausa. Assim, o esgotamento do compartimento anaeróbio pode ser postergado no trabalho intermitente em relação ao contínuo. Entretanto, sua finalização deve ocorrer no momento em que pausas acumuladas não permitirem restauração suficiente do compartimento anaeróbio, sendo a CTA totalmente depletada (Bernardo, 2013). O modelo de VC ou PC tem sido aplicado a ambos exercício contínuo e intermitente até à exaustão mostrando respostas fisiológicas semelhantes, independentemente da condição de exercício (contínuo vs. intermitente). No entanto, VC aplicada a corridas intermitentes [velocidade crítica intermitente (VCI)] podem ter uma vantagem sobre os VC para efeitos de treino, uma vez que estudos recentes têm sugerido que exercícios de alta intensidade intermitente podem induzir os maiores aumentos no VO 2max em comparação com exercícios contínuos, provavelmente devido ao tempo de exercício por mais tempo e tempo gasto em uma alta percentagem de VO 2max. Desta forma, VCI poderia ser uma ferramenta útil para planear sessões de treino intermitentes individualizadas com base em 16

27 intensidades (ou seja, acima VCI) que proporcionam um maior tempo gasto perto de VO 2max (Aguiar et al. 2012). Para Morton e Billat (2004) o modelo da potência critica para exercício intermitente é um modelo de desenvolvimento teórico que revela que o tempo total de resistência é sempre uma função de etapa de uma ou mais das quatro variáveis independentes: potência do trabalho no intervalo (PW), potência do descanso no intervalo (PR), duração do trabalho (TW), e o tempo de descanso do intervalo (TR). A potência crítica (PC) provém de dois-componentes simplificados (anaeróbio e aeróbio) modelo do sistema bioenergético humano. Durante o exercício, o esgotamento da capacidade de trabalho anaeróbio (α, medida em joules) é complementada por uma oferta de trabalho aeróbico máximo (β, medido em watts). Estes são dois parâmetros importantes que caracterizam o desempenho do trabalho humano. Capacidade de trabalho anaeróbio é o parâmetro que representa o trabalho total agregado que podem ser desempenhados pelas reservas limitadas de energia nos órgãos, independentemente da velocidade a que essas reservas são utilizadas (Morton e Billat, 2004). Quando o conceito PC é aplicada a resistência ao exercício contínuo de energia constante, a variável dependente mais natural é o tempo total de resistência, t (s). Capacidade de trabalho anaeróbio e potência crítica são os dois parâmetros do sistema e potência de saída é a única variável independente. Quando aplicado ao exercício intermitente, há quatro variáveis independentes a considerar: a potência (W) durante o trabalho e as fases de repouso, PW e PR, respectivamente; e a duração (s) de intervalos de trabalho e das fases de repouso, TW e TR, respectivamente (Morton e Billat, 2004). A aplicação do conceito PC durante os intervalos de trabalho segue a prática padrão, embora seja reconhecido que este não é exacto. Assim, as transições de descanso para o trabalho (e vice-versa), tanto em termos de produção de energia (ou seja, velocidade de execução) e, do ponto de vista bioenergético, são considerados tanto como potência (ou velocidade) instantâneo independente. Além disso, durante os intervalos de descanso, assume-se que o fornecimento de energia aeróbica continua na constante de velocidade b, de, pelo menos, a duração do intervalo. Este ciclo alternado de um gasto na capacidade anaeróbica durante o trabalho, seguido por um reabastecimento parcial durante o repouso, continua repetidamente até que a capacidade anaeróbia é completamente esgotado. O tempo em que isso ocorre é o tempo total de resistência. 17

28 Isto assegura que o reabastecimento parcial da capacidade anaeróbica durante cada intervalo de descanso é menor do que a capacidade de saída em cada intervalo durante o trabalho imediatamente anterior. Se não fosse este o caso, a resistência seria infinito (em teoria). Como alternativa, a potência média durante o ciclo de trabalho e de descanso deve ser maior do que a potência crítica, caso contrário, a resistência voltaria a ser infinito (Morton e Billat, 2004): Em baixo estão representados a saída de potência (P) e capacidade anaeróbia (AC) durante o exercício intermitente Gráfico 1 - A potência de saída, em qualquer momento (t) durante uma sessão de exercício intermitente, quer durante o trabalho ou no intervalo de descanso, até à exaustão em t = 220 s (Morton e Billat, 2004) Gráfico 2 - Gasto da capacidade anaeróbia e recargas parciais durante o trabalho e intervalos de repouso, respectivamente, até a exaustão (Morton e Billat, 2004) Segundo a figura α=20000 J e β=200 W. Os valores intermitentes de Pw=400 W, Pr=100 W, tw=30 s, e tr=20s. 18

29 Caracterização do Clube e da equipa O Centro Cultural Desportivo Estrelas São João de Brito é o clube no qual nadam os atletas presentes neste trabalho. É um clube fundado em 9 de Fevereiro de 1998 pelo Professor Nuno Marçal Lopes, actual Presidente. A vertente da competição federada é o principal objectivo do clube e conta com atletas de vários escalões: cadetes, infantis, juvenis, séniores e masters. Este trabalho vai acentuarse no escalão sénior onde actualmente estão inscritos 9 atletas, mas apenas treinam em Portugal 7 atletas em que um deles é atleta de pentátulo. Juntamente com a equipa também treina um nadador juvenil. O treinador da equipa é Viatcheslav Poliakov, treinador que está no clube pela segunda época e já treinou diversos clubes, inicialmente na Rússia e passando por grandes clubes portugueses como o Clube Fluvial Portuense e o Clube de Futebol Os Belenenses e também como preparador de atletas em Europeus e Jogos Olímpicos. A equipa tem obtido bons resultados, estes resultados alcançados nos últimos dois anos colocaram a equipa na primeira divisão, para além de ter marcado presença até ao momento em todos os campeonatos da Europa. Um projecto onde o clube está a apostar é o Projecto Olímpico, em que tem na sua base uma vertente de alta competição, sendo o objetivo principal tal como o nome o define, os Jogos Olímpicos e as grandes competições internacionais tais como Campeonatos do Mundo e da Europa, que naturalmente se atravessam obrigatoriamente durante o percurso olímpico e que servem de metas objetivas para avaliarem todo o projeto. Este projeto é constituído por duas fases, a primeira até 2016 com os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e uma segunda fase para 2020 nos Jogos Olímpicos em Tóquio. Este projeto visa melhorar os resultados desportivos do clube, bem como a condições de vida e de treino destes atletas. 19

30 Análise dos Recursos Existentes Os treinos não se realizam em piscina própria do clube, são realizados em duas piscinas, uma de 25m e outra de 50m: Piscina Municipal do Casal Vistoso Piscina de 25m x 20m x 1,20m de profundidade 10 Pistas Utilização de 2 pistas, 4 nadadores por pista Piscina do Jamor Piscina Olímpica de 50m x 25m x 2,1m de profundidade 10 Pistas Utilização de 2 pistas, 4 nadadores por pista Utilização do ginásio Os treinos são divididos então pelas duas piscinas e realizam treino de ginásio três vezes por semana no ginásio da piscina do Jamor. Pode ver-se o horário dos treinos na tabela abaixo: 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Sábado 6:30 Jamor Jamor 7:45 Jamor 18:00 Ginásio Jamor Ginásio Jamor Ginásio Jamor 19:00 Jamor Jamor Jamor 19:15 Casal Vistoso Casal Vistoso Tabela 6 - Tabela representativa dos horários e locais de treino 20

31 Perfil dos nadadores Nome Completo Duarte Rafael Rodrigues de Almeida Mourão Diogo Matos Gomes de Sousa Escalão Sénior Sénior Data Nascimento 28/01/ /01/1995 Altura 1,87 1,84 Peso Provas Principais 50, 100 e 200m mariposa 100 e 200m costas Tabela 7 - Tabela representativa dos nadadores estudados Duarte Mourão Mariposa Melhores tempos de sempre Piscina Curta 50m (6 Dez 2009, Leiria) 100m (6 Dez 2009, Leiria) 200m 1:53.56 (19 Dez 2009, S. António Cavaleiros) Melhores tempos da época passada Piscina Curta 50m (22 Dez 2013, Felgueiras) 100m 200m Piscina Longa (7 Abr 2011, Eindhoven (NED)) (9 Abr 2011, Eindhoven (NED)) 1:58.74 (11 Ago 2010, Budapest (HUN)) Piscina Longa (19 Abr 2014, Póvoa de Varzim) Tabela 8 - Tabela representativa dos tempos alcançados pelo nadador Duarte Mourão O Duarte não treinou a época passada, fez apenas algumas provas. Representou o Sport Lisboa e Benfica ( ); Gesloures ( ); Sport Algés e Dafundo ( ); Clube Natação da Amadora ( ); e Estrelas São João de Brito desde 2012 até à actualidade. 21

32 Participou nos Campeonatos da Europa (2003, 2004, 2005, 2006) na Copa do Mundo (2005 e 2006), nos Campeonatos do Mundo (2006, 2007 e 2008); e na Taça do mundo de Águas Abertas (2006 e 2007). Diogo Sousa Costas Melhores tempos de sempre Piscina Curta Piscina Longa 100m (22 Dez 2013, Felgueiras) (28 Mai 2011, Coimbra) 200m 2:01.43 (4 Jun 2011, Algés) Melhores tempos da época passada Piscina Curta 2:07.08 (19 Abr 2014, Póvoa Varzim) Piscina Longa 100m (22 Dez 2013, Felgueiras) 200m 2:02.04 (21 Dez 2013, Felgueiras) (18 Abr 2014, Póvoa Varzim) 2:07.08 (19 Abr 2014, Póvoa Varzim) Tabela 9 - Tabela representativa dos tempos alcançados pelo nadador Diogo Sousa Nadou pelos Bombeiros de Colares até 2004 e no Colégio Vasco da Gama (CNCVG) ( ). Esta época está a nadar pela primeira vez no Estrelas São João de Brito (2015). 22

33 Objectivos pretendidos Objectivos do Clube/Treinador: Serem campeões da 1ª Divisão Nacional Objectivos individuais: Duarte Mourão: Fazer os mínimos para os nacionais. Diogo Sousa: Fazer os mínimos da tabela feita pela seleção este ano. Análise dos Objectivos Os objectivos do Clube/Treinador não foram atingidos, o pretendido era o Clube ser Campeão Nacional da 1ª Divisão, mas não esteve longe do objectivo já que ficou em segundo lugar a 5 pontos do primeiro, o Sporting Clube de Portugal (SCP). Este Campeonato Nacional de Clubes da 1ª Divisão foi renhido até à última sessão que se iniciou com o mesmo número de pontos entre o ESJB e o SCP. Quanto aos objectivos individuais estes foram atingidos, ambos os nadadores tiveram mínimos para os Nacionais. Mas os dois não se encontravam na melhor forma. O Duarte Mourão devido à sua vida profissional reduziu o tempo que tinha para treinar, fazendo por vezes os treinos separado da equipa e o Diogo Sousa devido a lesão esteve cerca de 3 semanas a fazer Fisioterapia, reforço muscular e trabalho de ginásio, ficando portanto afastado do plano de água durante algumas semanas do segundo macrociclo. 23

34 Planeamento da época - Periodização O planeamento elaborado pelo Treinador é o chamado de Modelo de Periodização Tripla em que é composto por três macrociclos, este modelo é utilizado devido à época contar com três momentos de competições importantes, tendo três picos anuais máximos. Considera-se um macrociclo uma macroestrutura do processo de treino, constituída por outras sub-estruturas, onde se concretiza um efeito específico ou uma adaptação do treino de modo a realizar um desempenho competitivo de relevo. Cada macrociclo tem uma duração habitual de 12 a 20 semanas e culmina com uma competição importante (Maglischo, 2003). Estes três momentos de competições importantes vão finalizar os macrociclos mas não impedem que durante este período haja outras competições. As três competições importantes são, a do primeiro macrociclo os Campeonatos Nacionais Absolutos de Piscina Curta que esta época se realizaram no Fluvial Portuense; o segundo macrociclo o Campeonato Nacional Juvenis, Juniores, Seniores e Absolutos de Piscina Longa, realizado esta época em Coimbra e Campeonato Nacional de Clubes da 1ª e 2ª Divisão, no Jamor. E o terceiro é finalizado com os Campeonatos Nacionais de Juvenis e Absolutos - Open de Portugal, também em Coimbra. O primeiro e o segundo macrociclos são compostos por 17 semanas e 4 mesociclos enquanto o último é composto apenas por 14 semanas e 3 mesociclos. Neste modelo cada macrociclo vai contar com Período de Preparação e Período de Competição e nos dois primeiro têm Período de Recuperação. O Primeiro Macrociclo conta com um Período de Preparação mais longo pois normalmente os nadadores chegam de um longo período de destreino, definido por Mujika (2003) como uma perda parcial ou completa das adaptações fisiológicas, anatómicas e na capacidade de desempenho, induzidas pelo treino, como consequência de uma redução ou cessação do processo de treino. Neste relatório incido apenas nos dois primeiros Macrociclos, terminando então com o Campeonato Nacional de Clubes da 1ª e 2ª Divisão, a competição que o clube considera como a mais importante. 24

35 Provas Principais Data Prova 18 e 19 Outubro de 2014 Festival de Abertura Juv/Jun/Sen 28, 29 e 30 Novembro de 2014 Campeonato Regional Abs Lisboa PC 19, 20 e 21 Dezembro de 2014 Campeonato Nacional Abs PC 7 e 8 Fevereiro de 2015 Meeting Lisboa 13, 14 e 15 de Março de 2015 Campeonato de Inverno de Lisboa 1, 2, 3 e 4 de Abril de 2015 Campeonato Nacional Juv/Jun/Sen 11 e 12 de Abril de 2015 Nacional de Clubes 1ª e 2ª Divisão 30 e 31 de Maio de 2015 Meeting Coimbra 3, 4 e 5 de Julho de 2015 Campeonato Regional Abs Lisboa 23, 24, 25 e 26 de Julho de 2015 Open Portugal Campeonato Nacional Juv/Abs Tabela 10 Provas existentes durante a época

36 Planeamento Anual Datas Competição Periodização Meses Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Inicio semana Regional x x x x Nacional x x x x Internacional x x Macrociclo Mesociclo Microciclo Período Aeróbio Ae -An - Força An - Esp - Força Taper P Descanso Aeróbio Aerobio -Anaeróbio Prep. Especifica T P D UAC 479,1 872,5 580, ,4 726,6 635,45 585, ,7 Tabela 11 Planeamento anual de preparação para os dois primeiros macrociclos

37 Plano de Preparação do Primeiro Macrociclo Mesociclo 1 - Setembro 2014 Mês Setembro Microciclo 1 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A1+T Tarde A1+T A1+T A1+T A1+T A1+T Volume Seco PG 1 PG Corrida PG PG Corrida Periodo Preparação Geral Tabela 12 Microciclo 1 do primeiro macrociclo Mês Setembro Microciclo 2 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A1+T Tarde A1+T A1+T A1+T A1+T A1+T Volume Seco PG PG Corrida PG PG Corrida Periodo Preparação Geral Tabela 13 - Microciclo 2 do primeiro macrociclo Mês Setembro Microciclo 3 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A1+A2 Tarde A1+T A1+T A1+A2 A1+A2 A1+A2 Volume 4 4,5 4,5 4,5 5 5 Seco HT 2 HT Corrida HT HT Corrida Periodo Preparação Geral Tabela 14 - Microciclo 3 do primeiro macrociclo 1 PG: Kombi - Teste, Pranchas, Flexibilidade 2 HT: Força Musculação, Circuito, Resistência de Força, Hipertrofia

38 Mês Setembro Microciclo 4 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A1+A2 Tarde A1+A2 A2+V A1+A2 A2+V A1+A2 Volume Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Preparação Geral Tabela 15 - Microciclo 4 do primeiro macrociclo O primeiro mesociclo incide na Preparação Geral, tal como já foi dito os nadadores iniciam os treinos após um longo período de destreino, tem uma grande componente de treino em seco e o volume vai aumentando progressivamente, o treino não está orientado para um aprofundamento da especialidade, mas sim para aumentar as capacidades funcionais do organismo, dá-se então mais importância à preparação física geral em detrimento da preparação específica. Preparação geral ter, 16/09/ :00 - Distância: 4600 PC- 25m 400 Crol Drill AR (PS 18-21) - 75cr+25scull 400 Costas Sculling AR (PS 18-21) - 75N+25scull estilo Drill AR (PS 18-21) 1 x 2 x 100 Swim Piramide A1(PS 22-24) 2 x 200 Swim Piramide A1(PS 22-24) 2 x 300 Swim Piramide A1(PS 22-24) 2 x 400 Swim Piramide A1(PS 22-24) 2 x 300 Swim Piramide A1(PS 22-24) 2 x 200 Swim Piramide A1(PS 22-24) 2 x 100 Swim Piramide A1(PS 22-24) Subir com tubo,descer com palas 200 Brucos Drill AR (PS 18-21) Tabela 16 - Exemplo 1 de treino 28

39 Com este treino característico da preparação geral podemos reparar em tarefas de baixo esforço e intensidade, caracteriza-se sobretudo pelo desenvolvimento da capacidade aeróbia e apenas se notam tarefas em AR e A1 e com um volume já considerável por se tratar de um treino a meio do mesociclo. Mesociclo 2 - Outubro 2014 Mês Setembro/Outubro Microciclo 5 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V A3+V Tarde A2+V A1+A3 A1+T A1+A3 A2+V Volume 4, , Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Aeróbio-Anaeróbio-Força Tabela 17 - Microciclo 5 do primeiro macrociclo Mês Outubro Microciclo 6 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V A3+V Tarde A2+V A1+A3 A1+T A1+A3 A2+V Volume 4,5+5,5 6 4,5+5, ,5 Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Aeróbio-Anaeróbio-Força Tabela 18 - Microciclo 6 do primeiro macrociclo Mês Outubro Microciclo 7 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V Tarde A2+V A1+A3 A1+T A1+A3 A2+V Volume 4,5+5,5 6 4,5+5,5 6 5,5 Provas Provas Seco HT HT Corrida HT HT Periodo Aeróbio-Anaeróbio-Força Tabela 19 - Microciclo 7 do primeiro macrociclo 29

40 Mês Outubro Microciclo 8 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V A3+V Tarde A2+V A1+A3 A1+T A1+A3 A2+V Volume 4,5+5,5 6 4,5+5, ,5 Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Aeróbio-Anaeróbio-Força Tabela 20 - Microciclo 9 do primeiro macrociclo Mês Outubro/Novembro Microciclo 9 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V TLM+A2 Tarde A2+V A3+T A1+V A2+V A3+T Volume 4,5+5,5 5,5 4,5+5,5 5,5 5,5 5,5 Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Aeróbio-Anaeróbio-Força Tabela 21 - Microciclo 9 do primeiro macrociclo No segundo mesociclo há a continuação da Preparação Geral, aumentando os volumes de treinos e já se realizam tarefas mais Anaeróbias. Há neste mesociclo a realização do Festival de Abertura. 30

41 Aeróbio - Anaeróbio qua, 8/10/ :00 - Distância: 5600 PL-50m 600 Crol Drill AR (PS 18-21) - 200N+200(50bra+50per)+200(25scull+25b.d.agua) 8 x 50 1-estilo Swim Progressivo 3 x estilo Drill AR (PS 18-21) 2x 100 Crol Swim A2(PS 25-28) estilo Pernas A2(PS 25-28) 200 Crol Swim A2(PS 25-28) estilo Pernas A2(PS 25-28) 300 Crol Swim A2(PS 25-28) estilo Pernas A2(PS 25-28) 400 Crol Swim A2(PS 25-28) estilo Pernas A2(PS 25-28) 16 x 50 Palas 1 Up/1 Down - A3: 50 1est + A1: 50cr Tabela 22 Exemplo 2 de treino Neste exemplo de treino do segundo mesociclo Aeróbio Anaeróbio pode reparar-se em tarefas de intensidade superior ao mesociclo anterior, já com tarefas em A2 e A3, em que o A2 corresponde à capacidade aeróbia máxima (entre o limiar láctico e o EEML) de domínio pesado e o A3 que diz respeito à potência aeróbia de domínio severo. 31

42 Mesociclo 3 - Novembro 2014 Mês Novembro Microciclo 10 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V TLM+A2 Tarde A3+T A2+V A3 A3+T Volume 4,5+5,5 6 4,5+5,5 5,5 5,5 5,5 Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Anaeróbio-Especifico-Força Tabela 23 - Microciclo 10 do primeiro macrociclo Mês Novembro Microciclo 11 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V Ritmo Tarde A1+A3 Ritmo A3 Ritmo A2+V Volume 4,5+5,5 6 4,5+5,5 6 5,5 5,5 Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Anaeróbio-Especifico-Força Tabela 24 - Microciclo 11 do primeiro macrociclo Mês Novembro Microciclo 12 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V Ritmo Tarde A1+A3 Ritmo A3 Ritmo A2+V Volume 4,5+5,5 5,5 4,5+5,5 5,5 5 4,5 Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Anaeróbio-Especifico-Força Tabela 25 - Microciclo 12 do primeiro macrociclo 32

43 Mês Novembro Microciclo 13 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V Tarde A1+A3 Ritmo A3 Ritmo Volume 3, ,5+3,5 3,5 Provas Seco PG Flex PG Flex Periodo Anaeróbio-Especifico-Força Tabela 26 - Microciclo 13 do primeiro macrociclo O treinador no mesociclo 3 já começa a trabalhar a Preparação Geral Especifica, deve ser definido, com o objetivo de desenvolver todas as condições para um aumento imediato da forma desportiva. É uma etapa direcionada essencialmente para a forma desportiva específica, onde o desenvolvimento físico geral tem apenas um papel de manutenção. Este mesociclo termina com a realização do Campeonato Regional de Absolutos de Lisboa em piscina curta, onde os nadadores vão realizar as suas provas principais à procura de mínimos para o Campeonato Nacional. Preparação específica ter, 18/11/ :00 - Distância: 4100 PC-25m 400 Swim AR (PS 18-21) - 50cr+50cos 2 x 200 Estilos Swim AR (PS 18-21) 4 x 100 1º estilo Drill AR (PS 18-21) 3x 2 x 75 1º estilo Palas A3(PS 28-31) 100 1º estilo Palas A3(PS 28-31) 2 x 75 1º estilo Palas A3(PS 28-31) Intervalos entre séries x 25 1º estilo Pernas A3(PS 28-31) 3 x 50 1º estilo Swim A3(PS 28-31) 4 x 75 1º estilo Swim A3(PS 28-31) 4 x 75 1º estilo Swim A3(PS 28-31) 3 x 50 1º estilo Swim A3(PS 28-31) Tabela 27 Exemplo 3 de treino 33

44 O mesociclo correspondente à preparação específica tem uma maior parte do treino realizado no primeiro estilo do atleta com muitas tarefas mais intensas, sobretudo em potência aeróbia, A3. Mesociclo 4 - Dezembro 2014 Mês Dezembro Microciclo 14 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V Ritmo Tarde A1+A3 Ritmo A3 Ritmo A2+V Volume 3,5+4,5 4,5 3,5+4,5 4,5 4 4 Seco PG Flex PG Flex PG Flex Periodo Taper Tabela 28 - Microciclo 14 do primeiro macrociclo Mês Dezembro Microciclo 15 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V Ritmo Tarde A1+A3 Ritmo A3 Ritmo A2+V Volume 3,5+4 3,5 3+3,5 3,5 3,5 3,5 Seco PG Flex PG Flex PG Flex Periodo Taper Tabela 29 - Microciclo 15 do primeiro macrociclo Mês Dezembro Microciclo 16 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2+V A2+V Tarde A1+A3 Ritmo A2+V T+V Volume 2,5+2,5 2, Provas Seco PG Flex PG Flex Periodo Competição Tabela 30 - Microciclo 16 do primeiro macrociclo 34

45 Mês Dezembro Microciclo 17 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha Tarde Volume Descanso Seco Periodo Recuperação Tabela 31 - Microciclo 17 do primeiro macrociclo O quarto e último mesociclo deste primeiro macrociclo é o Periodo Competitivo em que se caracteriza pelo desenvolvimento de uma aptidão ótima para a competição, é uma fase de relativa consolidação, não significando que não se trabalhe no sentido de melhorar as prestações. É onde se realizam as provas mais importantes, o Campeonato Nacional de Absolutos em piscina curta que termina este macrociclo. Taper ter, 16/12/ :00 - Distância: 1900 PC-25m 200 Crol Swim AR (PS 18-21) 200 Costas Drill AR (PS 18-21) - 50N+50drill 200 Bruços Drill AR (PS 18-21) - 50N+50drill 8 x 50 Estilos Swim A1(PS 22-24) 6 x 100 1º estilo Drill A1(PS 22-24) - 1-drill+1-50bra+50per 2x 25 1º estilo Pernas Sprint 25 1º estilo Swim Sprint 200 Swim Regressivo REC Tabela 32 Exemplo 4 de treino Este treino é um exemplo de treino em Taper onde há uma diminuição da carga, pode reparar-se que o volume é bastante menor (1900m) já que se trata dos dias que antecedem à competição. A intensidade do treino é baixa, sobretudo são realizadas tarefas de capacidade aeróbia apenas com 100m de tarefas de sprints no estilo principal. 35

46 Após isto surge um período de transição no planeamento anual, aqui a prioridade é proceder ao desaparecimento temporário da forma desportiva, sendo caracterizado por uma rápida descida do estado de preparação. Plano de Preparação do Segundo Macrociclo Mesociclo 5 - Janeiro 2015 Mês Janeiro Microciclo 18 Nº Dia 6ª sab Dom 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A1+T A1 Res+F A1+T Res+F A3 Tarde A1+T A1 A2+T A2+T Volume Seco PG Corrida PG 3 PG Corrida PG PG Corrida Periodo Preparação Geral-Aeróbio Tabela 33 - Microciclo 18 pertencente ao segundo macrociclo Mês Janeiro Microciclo 19 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A1 Res+F A1+T Res+F A3 Tarde A1 A2+T A2+T Volume Seco PG PG Corrida PG PG Corrida Periodo Preparação Geral-Aeróbio Tabela 34 - Microciclo 19 pertencente ao segundo macrociclo 3 PG: Kombi - Teste, Pranchas, Flexibilidade 36

47 Mês Janeiro Microciclo 20 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A1 Res+F A1+T Res+F A3 Tarde A1 A2+T A2+T Volume Seco HT 4 HT Corrida HT HT Corrida Periodo Aeróbio-Anaeróbio Tabela 35 - Microciclo 20 pertencente ao segundo macrociclo Mês Janeiro Microciclo 21 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A1 Res+F A1+T Res+F A3 Tarde A1 A2+T A2+T Volume Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Aeróbio-Anaeróbio Tabela 36 - Microciclo 21 pertencente ao segundo macrociclo Em Janeiro, após o período de transição, iniciou-se o segundo macrociclo, que, tal como o primeiro inicia-se com uma período de preparação mais geral, aumentando mais as capacidades funcionais do organismo, este período é mais curto, durante apenas dois microciclos e após estes começa um período de treino mais anaeróbio. Preparação Geral ter, 6/01/ :00 - Distância: 5000 PL-50m 9 x 200 Estilos AR (PS 18-21) - Inverso:1-N,2-bra,3-per,4- palas 3 x estilo Pernas A2(PS 25-28) 2 x Up/1 Down M max+6-cr L, 1-N,2-palas 1200 Crol Braços+Palas Tubo A1 (PS 22-24) 16 x 50 Estilos Swim A2(PS 25-28) 400 Pernas+barbatanas REC Tabela 37 Exemplo 5 de treino 4 HT: Força Musculação, Circuito, Resistência de Força, Hipertrofia 37

48 Com este treino característico da preparação geral do segundo macrociclo podemos então reparar em tarefas de baixo e médio esforço e intensidade, diferencia então da preparação geral do primeiro macrociclo apresentando maior intensidade com a presença de já algumas tarefas em A2, isto acontece porque o período de transição não foi muito longo como no período de pausa que houve antes de começar a época. Mesociclo 6 - Fevereiro 2015 Mês Fevereiro Microciclo 22 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A1 Res+F A1+T Res+F Meet Meet Tarde A1 A2+T A2+T Meet Meet Volume Seco HT HT Corrida HT HT Periodo Aeróbio-Anaeróbio Tabela 38 - Microciclo 22 pertencente ao segundo macrociclo Mês Fevereiro Microciclo 23 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2 A2+T Res+F AML Tarde A2+T A2+T Volume Desc Seco HT Corrida HT HT Corrida Periodo Aeróbio-Anaeróbio Tabela 39 - Microciclo 23 pertencente ao segundo macrociclo Mês Fevereiro Microciclo 24 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2 Res+F A1+T Res+F AML Tarde A2 A3+T A3+T Volume Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Aeróbio-Anaeróbio Tabela 40 - Microciclo 24 pertencente ao segundo macrociclo 38

49 Mês Fevereiro Microciclo 25 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2 A2+F A1+T A2+F AML Tarde A2 A3+T A3+T Volume Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Aeróbio-Anaeróbio Tabela 41 - Microciclo 25 pertencente ao segundo macrociclo Neste mesociclo há a continuação do anterior com um treino mais aeróbio anaeróbio, em que existe uma relação íntima entre as áreas funcionais sistémicas e o âmbito muscular local, actuando ambas em paralelo, aeróbia ou anaerobiamente, consoante o grau de exigência da tarefa. No início deste mesociclo há o Meeting de Lisboa. Resistência Aeróbia ter, 17/02/ :00 - Distância: 4600 PL- 50m 400 Crol Swim AR (PS 18-21) 4 x 100 Estilos Swim AR (PS 18-21) 400 1º estilo Drill AR (PS 18-21) 4 x 100 1º estilo Swim AML (PS max) 100 Crol Swim A1 (PS 22-24) 2 x 50 1º estilo Swim AML (PS max) 100 Crol Swim A1 (PS 22-24) 4 x 25 1º estilo Swim Sprint 100 Crol Swim A1 (PS 22-24) 6 x 100 1º estilo Pernas A2 (PS 25-28) 400 Barbatanas REC Tabela 42 Exemplo 6 de treino Este treino de resistência aeróbia é considerado a base da preparação mais intensa e específica, uma vez que as adaptações ocorridas são de importância vital para a adaptação geral e a recuperação após a aplicação de cargas de treino. 39

50 Mesociclo 7 - Março 2015 Mês Março Microciclo 26 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2 A2+V A1+T A3+F AML Tarde TLM A3 Ritmo Volume Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Preparação específica Tabela 43 - Microciclo 26 pertencente ao segundo macrociclo Mês Março Microciclo 27 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2 A2+V A1+T A3+F AML Tarde TLM A3 Ritmo Volume Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Preparação específica Tabela 44 - Microciclo 27 pertencente ao segundo macrociclo Mês Março Microciclo 28 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2 A2+V A1+T A3+F AML Tarde TLM A3 Ritmo Volume Seco HT HT Corrida HT HT Corrida Periodo Preparação específica Tabela 45 - Microciclo 28 pertencente ao segundo macrociclo Mês Março Microciclo 29 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2 A2+V A1+T A3+F AML Tarde TLM A3 Ritmo Volume Seco Periodo Preparação específica Tabela 46 - Microciclo 29 pertencente ao segundo macrociclo 40

51 Este mesociclo já conta com a Preparação Geral Especifica, tal como no macrociclo anterior tem como objetivo desenvolver todas as condições para um aumento imediato da forma desportiva. Preparação especifica ter, 17/03/ :00 - Distância: 3950 PL- 50m 400 Swim AR (PS 18-21) 8 x 50 1º estilo Swim Progressivo 2 x 6 x 100 Crol A2(PS 25-28) - 1-N,2-palas 4 x 100 1º estilo Pernas A3(PS 28-31) 2x 4 x 25 Crol Swim AML (PS max) 50 1º estilo Swim AML (PS max) 400 Swim REC 50 1º estilo Swim TLM (PS 31-+) 2 x 75 1º estilo Swim TLM (PS 31-+) 50 1º estilo Swim TLM (PS x 100 Barbatanas REC - 1-cr+1-cos Tabela 47 - Exemplo 7 de treino Tal como no macrociclo anterior a parte mais importante é a preparação específica em que tem uma maior parte do treino realizado no 1º estilo do atleta com muitas tarefas mais intensas, temos bastantes tarefas muito fortes em AML e TLM, acumulação láctica máxima e tolerância láctica, respetivamente. É nesta fase que o atleta se prepara mais especificamente para as provas em que vai competir. 41

52 Mesociclo 8 - Abril 2015 Mês Abril Microciclo 30 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha CNac CNac CNac CNac Tarde A2+V Ritmo CNac CNac CNac CNac Volume 5 4 Seco PG Flex Periodo Competição Tabela 48 - Microciclo 30 pertencente ao segundo macrociclo Mês Abril Microciclo 31 Nº Dia 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª sab dom Dia Manha A2 A1+T A3+F CNClub CNClub Tarde TLM A2+V A3 Ritmo CNClub CNClub Volume Seco PG Flex PG Flex PG Periodo Taper Tabela 49 - Microciclo 31 pertencente ao segundo macrociclo O último mesociclo em que acompanhei os atletas é o denominado de Periodo Competitivo, é o segundo período competitivo importante da época e para o clube torna-se no mais importante de todos, pois é onde se alcança o título desejado. Conta com provas em 2 semanas consecutivas, primeiro o Campeonato Nacional de Juvenis, Júniores e Séniores e na semana seguinte o Campeonato Nacional de Clubes da 1ª e 2ª Divisão. 42

53 Tabela Unidades Arbitrárias de Carga Em seguida apresenta-se a tabela com as Unidades Arbitrárias de Carga (UAC) correspondentes ao primeiro macrociclo. Macrociclo 1 - Set/Out/Nov/Dez Mesociclo 1 Mesociclo 2 Mesociclo 3 Mesociclo 4 Microciclos AR 5,8 13,3 18,3 12,1 13,8 12,4 12, ,23 13,1 11,1 15 7,2 12,2 11,2 2,5 A ,2 2,8 2,7 5 6,7 1,55 7,8 6,225 3,7 3,7 2,1 8,9 5,15 1,5 A ,1 13,9 21,6 17,7 11,2 13,55 8,8 10,65 9,8 5,3 2,1 2 1,95 0,1 A ,2 0,2 0,4 1,175 0,9 1,95 1,2 3,075 4,375 8,25 0,9 0,6 0,75 0,1 TLM ,45 0 1,4 1, , ,95 0,2 0 AML ,35 0,1 0,1 0,1 0,4 0,2 0,3 0 0,1 0 Vel 2 0 1,4 2,8 3,6 2,975 4,5 3,5 5,9 2,55 2,425 2,65 1,1 3,55 1,1 0,2 Vol Total 8,8 13,3 30,2 31,8 42,1 39,7 36,95 39,05 37,7 36,7 32,15 37,1 13,7 28,2 20,45 4,4 PF (horas) , ,5 3,75 3,75 2,5 UAC 97,8 93,3 133,8 154,2 183,6 176,88 163,5 172,25 175,83 167,15 161,33 173,75 78,6 134,95 112,25 57,2 Tabela 50 UAC correspondentes ao primeiro macrociclo Como já foi referido pode reparar-se que, na constituição dos macrociclos, há a variação de vários períodos e a dinâmica da carga vai variar ao longo do macrociclo, tal como se pode ver no gráfico seguinte: UAC Volume Microciclos Gráfico 3 - Variação das UAC e do Volume (Km) ao longo do primeiro Macrociclo 43

54 Inicialmente pode notar-se um Período de Preparação Geral no primeiro mesociclo, onde vai haver um aumento de intensidade e de volume, seguido de um período de Preparação Especifica principalmente nos dois mesociclos intermédios. Em períodos que antecedem às provas principais, períodos pré-competitivos, existe uma pequena diminuição de intensidade, como no microciclo 6 para as provas do Festival de Abertura, mais notório é no microciclo que antecede ao Campeonato Regional e ao Campeonato Nacional, no microciclo 12 e 15, respectivamente. Esta fase de diminuição na dinâmica da carga é o designado Taper já referido no enquadramento. Os últimos dois microciclos correspondem ao período competitivo e ao de transição onde há uma diminuição abrupta de intensidade e de volume. Quanto às zonas de intensidade pode-se reparar no gráfico abaixo um predomínio do nível de intensidade I (Aquecimento e Recuperação) no primeiro mesociclo dando um maior ênfase ao volume face à intensidade. No mesociclo 2 e 3 realça-se maiores intensidades, como um aumento nos últimos níveis de intensidade, Potência aeróbia, Tolerância Láctica, Acumulação láctica máxima e Velocidade. Reparando-se, mais uma vez, na diminuição de volume e intensidade para o mesociclo 4, período de Taper. Km Mesociclo 1 Mesociclo 2 Mesociclo 3 Mesociclo AR A1 A2 A3 TLM AML Vel Gráfico 4 - Relação das zonas de intensidade nos diferentes mesociclos. 44

55 Quanto à análise das zonas de intensidade em cada mesociclo pode reparar-se que no mesociclo 1 foi predominantemente de intensidades baixas, predominando o aquecimento e recuperação, já no segundo mesociclo, para além de haver ainda bastante carga em níveis de intensidade baixos há um predomínio de A2, capacidade aeróbia máxima, ainda se pode notar também algum treino em A1, correspondente à capacidade aeróbia e no treino da velocidade. Já no mesociclo 3 há um aumento de intensidade, aumentando os treinos em A3, correspondente à Potência aeróbia. O mesociclo 4 é principalmente de Taper onde sobressaem as intensidades baixas e algumas tarefas de velocidade, trata-se como já foi referido anteriormente ao mesociclo que antecede as provas principais. Macrociclo 2 - Jan/Fev/Mar/Abr Mesociclo 5 Mesociclo 6 Mesociclo 7 Mesociclo 8 Microciclos AR 8,4 11,4 12,4 11,8 8,3 10,6 15,4 17,3 12, ,2 10,9 4,5 8,1 A1 5,1 1,8 2,8 2,8 1,8 3,3 3,5 3,3 4,025 6,6 4,5 5,7 3 5,4 A2 16,1 24,7 16,8 17,6 1,6 8,6 16 6,7 6,85 7,4 7,7 2,8 0,6 2,1 A3 1,4 0,6 2,2 3,6 0,8 2,65 5,2 3,3 3,825 2,3 2,35 1,6 0,3 1,9 TLM 0 0 1, ,4 1,1 1,5 1,225 1,5 0, ,4 AML ,4 0,6 0,5 1,2 1, ,2 0,95 0,2 0,1 Vel 2 3,4 4,6 4,4 2,8 1,55 4,7 3,9 3, ,3 3,15 0,8 2,4 Vol Total 33 41,9 40,4 40,6 15,9 47,1 37, ,8 32,2 25,1 9,4 20,4 PF (horas) , ,5 3,75 3,75 UAC 162,5 188,5 186, ,5 149,95 196,3 171,7 157, ,6 157,2 108,55 93,7 122 Tabela 51 - UAC correspondentes ao segundo macrociclo É de reparar que o segundo macrociclo, tal como o primeiro, está dividido em 4 mesociclos, em que os três primeiros são constituídos por 4 microciclos cada um e o mesociclo 4 é composto por apenas 2 microciclos. 45

56 Km Volume UAC Microciclos Gráfico 5 - Variação das UAC e do Volume (Km) ao longo do primeiro Macrociclo Aqui neste segundo macrociclo também se pode notar o Período de Preparação Geral no primeiro mesociclo (mesociclos 5), onde vai haver um aumento de intensidade e de volume, mas é muito mais curto que no outro macrociclo, havendo já neste mesociclo um período de Preparação Especifica e também uma pequena diminuição de intensidade para as provas que se realizaram no início do sexto mesociclo, o Meeting de Lisboa. No sexto mesociclo é iniciado então pelas provas e havendo um período de descanso retomando logo em seguida outro período de preparação geral e Preparação Especifica ao longo do segundo e sétimo mesociclo. No final do sétimo mesociclo é o período que antecede às provas principais deste macrociclo, tratando-se do período pré-competitivos, mais evidenciado no microciclo 12, tal como já foi dito esta diminuição na dinâmica da carga é o designado Taper. O Macrociclo termina então com as provas principais o Campeonato Nacional Juvenis, Juniores e Seniores, no microciclo 13 e o Campeonato Nacional de Clubes da 1ª e 2ª Divisão, no microciclo 14. Relativamente às zonas de intensidade pode reparar-se no gráfico abaixo um aglomerado no nível de intensidade I (Aquecimento e Recuperação) em que todos os mesociclos dão uma grande ênfase a esta fase. 46

57 Km Mesociclo 5 Mesociclo 6 Mesociclo 7 Mesociclo AR A1 A2 A3 TLM AML Vel Gráfico 6 - Relação das zonas de intensidade nos diferentes mesociclos. No mesociclos 5 para além de um grande volume no nível de intensidade I o que domina é o nível de intensidade III, A2, correspondendo ao EEML e um volume ainda significativo de volume em velocidade. Os mesociclos 6 e 7 é muito idêntico ao quinto mesociclo mas o nível de intensidade A2 não é tão dominante e há algum volume da zona de tolerância láctica e acumulação láctica máxima. No mesociclo 7 existem volumes de níveis de intensidade em A1 superiores em comparação com os outros mesociclos. No mesociclo 8, sendo mais curto é normal os volumes serem menores, houve um predomínio de intensidades mais baixas, nível I e II por se tratar de um mesociclo em que praticamente só há a fase de Taper e competição. 47

58 Volume no estilo principal Tratando-se de atletas séniores, que competem no escalão absoluto o treino específico é mais acentuado no estilo principal destes atletas, ou seja no Duarte Mourão o seu estilo 1 é mariposa enquanto o Diogo Sousa é costas. É natural que no estilo de costas sejam nadados mais metros comparado com o estilo mariposa já que as tarefas mais longas se vão intercalando a mariposa com outro estilo. Podemos reparar na tabela abaixo o volume realizado por cada um destes atletas no seu estilo principal: Macrociclo 1 Macrociclo 2 Mesociclo 1 Mesociclo 2 Mesociclo 3 Mesociclo 4 Mesociclo 5 Mesociclo 6 Mesociclo 7 Mesociclo 8 Estilo 1 Duarte 6,15 25,7 18,45 8,35 22,25 20,5 24,8 8,5 Estilo 1 Diogo 9,95 47,6 36,6 16,85 35,7 38,25 39,7 12,4 Vol Total 84,1 138,8 143,65 66,75 155,9 132,5 123,1 29,8 Tabela 52 - Volume (Km) no estilo principal Então pelo gráfico abaixo a diferença de volumes entre o estilo de mariposa (a azul) e o estilo costas (verde) é evidente como explicado anteriormente, no entanto pode reparar-se que ao longo do primeiro macrociclo há uma diferenciação notória, inicia com volumes menores no estilo principal e aumenta no mesociclo 2 começando a partir daí a diminuir, não se verifica o mesmo no volume total, em que é no mesociclo 3 que há um maior volume nadado. 48

59 Km Estilo 1 Duarte Estilo 1 Diogo Vol Total Mesociclo 1 Mesociclo 2 Mesociclo 3 Mesociclo 4 Mesociclo 5 Mesociclo 6 Mesociclo 7 Mesociclo 8 Macrociclo 1 Macrociclo 2 Gráfico 7 Volumes (Km) nadados no estilo principal Já no Macrociclo 2 há pouca diferenciação do volume no estilo principal ao longo dos 3 primeiros mesociclos. No estilo mariposa o volume diminui um pouco do quinto para o sexto mesociclo aumentando novamente no mesociclo 7, já em costas o volume vai aumentando um pouco gradualmente até ao sétimo mesociclo onde depois diminui. O volume total não está relacionado com o volume no estilo principal, o volume total é maior no quinto mesociclo e diminui gradualmente ao longo do macrociclo. O mesociclo 8 é mais curto logo os metros nadados são significativamente menores. Tarefas de treino Ao longo de uma época, para um maior rendimento é necessário um treino repartido em várias tarefas, o treinador deu durante estes dois macrociclos tarefas de pernas, pernas com barbatanas, barbatanas, braços, braços com palas, palas e palas com barbatanas. A utilização destes equipamentos acessórios trazem benefícios, por exemplo as palas aumentam a eficiência de propulsão, o comprimento do curso da braçada e a velocidade de nado, principalmente por causa das áreas maiores de propulsores da mão, em comparação com a natação livre (Gourgoulis et al, 2008). Já a utilização de 49

60 barbatanas permite a diminuição da frequência de pernada, o que induz uma menor velocidade de contracção muscular e uma maior eficiência na produção de força. Quer utilizando palas, quer barbatanas, ocorre um aumento da velocidade de deslocamento. Consequentemente, o nado com palas e/ou barbatanas pode ser um meio especifico de treino da força de nadadores e tende a aumentar a eficiência total de nado. (Barbosa e Vilas-Boas, 2005). Fiz uma análise dos volumes nadados em cada uma destas tarefas apresentando-os na tabela abaixo: Macrociclo 1 Macrociclo 2 Mesociclo 1 Mesociclo 2 Mesociclo 3 Mesociclo 4 Mesociclo 5 Mesociclo 6 Mesociclo 7 Mesociclo 8 Pernas 4,2 15,05 9,4 3,25 16,4 11,8 10,75 2,5 Pernas Barbatanas 1,8 5,2 1,2 0 5,2 0 1,5 0 Barbatanas 2,6 4,4 3, ,2 7,2 1,6 Braços 5,4 14,6 5,55 4,1 6,1 8,9 10,75 2,4 Braços Palas 2,4 9,7 5,4 2,6 2,8 4,3 2,5 0 Palas 9,6 19,6 6,8 1 10,3 2,4 3,05 0,4 Palas Barbatanas 0 1,2 0, ,8 2,6 0 Tabela 53 - Volume nadado (Km) em tarefas específicas O volume realizado nestas tarefas está também ilustrado no gráfico abaixo onde se pode observar no primeiro macrociclo um predomínio de tarefas com palas mas também é evidente as tarefas de braços e as tarefas de pernas. Foram nadados muito poucos metros de palas e barbatanas e também não foram realizadas muitas tarefas de barbatanas em estilo completo. 50

61 Km Pernas Pernas Barbatanas Barbatanas Braços Braços Palas Palas Palas Barbatanas 0 Mesociclo 1 Mesociclo 2 Mesociclo 3 Mesociclo 4 Mesociclo 5 Mesociclo 6 Mesociclo 7 Mesociclo 8 Macrociclo 1 Macrociclo 2 Gráfico 8 - Gráfico ilustrativo do volume (Km) nadado em tarefas específicas No Macrociclo 2 as tarefas de pernas dominam, apresenta também grande volume de tarefas de barbatanas e de braços. Tal como no macrociclo 1 as tarefas de palas com barbatanas foram muito poucas, também com pouco volume neste macrociclo 2 temos as tarefas de pernas com barbatanas que são inexistentes nos mesociclos 7 e 8, tendo um valor significativo no mesociclo 5. Exemplos de tarefas: Pernas seg, 6/10/ :00 - Aeróbio-Anaeróbio 4 x 200 1º estilo Pernas A2 Pernas com barbatanas Qua, 17/09/ :00 - Preparação geral 6 x 100 Estilos Pernas + barbatanas REC 51

62 Barbatanas Sáb, 7/03/ :00 - Limiar Anaeróbio 6 x 100 Barbatanas REC Braços Sex, 23/01/ :00 - Resistência aeróbia 6 x 200 Crol Bracos A1 Braços com palas Sex, 19/09/ :00 - Preparação básica 12 x 100 Crol Braços + Palas A2 Palas Sex, 7/11/ :00 - Aeróbio-Anaeróbio 15 x 100 Crol Palas A2 Palas com barbatanas Qua, 18/02/ :00 - Limiar Anaeróbio 8 x 50 1-estilo Palas + Barbatanas Sprint 25MAX+25cr L Podemos reparar em vários tipos de exemplos das tarefas acima mencionadas, estes exemplos representam várias fases de cada macrociclo, temos tarefas como as pernas com as barbatanas de uma fase mais de preparação geral, com intensidades menores e tarefas mais intensivas quando se trata por exemplo da tarefa de palas com barbatanas em Sprint num treino de Limiar Anaeróbio. 52

63 Caracterização/Perfil técnico Duarte Mourão Técnica principal: Mariposa A ação dos membros superiores engloba oito fases: 1 4 Figura 1, Figura 2 e Figura 3 Fase de Entrada do nadador Duarte Mourão na técnica de Mariposa 2 Figura 4 e Figura 5 - Fase de Ação Lateral Exterior e do Agarre 53

64 Figura 6 - Fase da Ação Descendente. Figura 7 e Figura 8 Fase da Acão Lateral Interior Figura 9 e Figura 10 Fase da Ação Ascendente Figura 11 Fase de Saída Figura 12 Fase de Recuperação Aérea 54

65 A ação dos membros inferiores em mariposa divide-se em duas fases: Fase ascendente Fase descendente 3 Figura 13 Fase Ascendente dos membros inferiores Figura 14 Fase Descendente dos membros inferiores Os erros mais visíveis na técnica de mariposa do Duarte estão assinalados a vermelho nas imagens em que: 1- No momento da entrada os membros superiores encontram-se muito afastados. 2- Na altura do agarre, bem como noutros momentos mas menos visíveis, os dedos encontram-se muito afastados. 3- Na fase ascendente dos membros inferiores há flexão exagerada do joelho. 4- Na coordenação dos braços e pernas estes devem entrar os dois ao mesmo tempo mas as pernas estão atrasadas em relação aos braços. 55

66 Diogo Sousa Técnica principal: Costas A ação dos membros superiores engloba sete fases: 1 Figura 15 e Figura 16 - Fase de Entrada do nadador Diogo Sousa na técnica de Costas Figura 17 Acção Descendente Inicial (ADI) Figura 18 Acção Ascendente (AA) Figura 19 Acção Descendente Final (ADF) Figura 20 Acção Ascendente Adicional (AAA) 56

67 2 Figura 21 Fase de Saída (S) Figura 22 Fase de Recuperação Aérea A ação dos membros inferiores de costas divide-se em duas fases: Figura 23 Fase ascendente dos membros inferiores Figura 24 - Fase descendente dos membros inferiores Os erros mais visíveis na técnica de costas do Diogo estão assinalados a vermelho nas imagens em que: 1- Na entrada do braço esquerdo o cotovelo não está em extensão completa, apresenta-se fletido o que provoca a entrada demasiado dentro, cruzando a linha média do corpo. 2- No momento da recuperação aérea há demasiada flexão do pulso esquerdo e a mão muito côncava. 3- Lateraliza demasiado a ação dos membros inferiores, não mantém o alinhamento com o tronco. 4- Na coordenação dos braços com as pernas quando se dá a entrada do braço o batimento da perna é a contrária a que deveria ser, na entrada do braço direito está a fazer a pernada direita. 57

68 Resultados Obtidos Resultados obtidos durante o primeiro e segundo macrociclos nas provas principais de cada atleta. Duarte Mourão Campeonatos Data Prova Tempo Classificação Parciais Campeonatos Absolutos de Lisboa PC - Algés Campeonatos Nacional Absolutos Piscina Curta Fluvial Portuense Campeonato Nacional Juv/Jun/Sen, Coimbra Campeonato Nacional Clubes 1ª e 2ª divisão, Jamor Nov m Mariposa 2: Dez Abril Abril m Mariposa Eliminatórias 50m Mariposa Finais 100m Mariposa Eliminatórias 100m Mariposa Finais 200m Mariposa Eliminatórias 200m Mariposa Finais 50m Mariposa Eliminatórias 50m Mariposa Finais 100m Mariposa Eliminatórias 100m Mariposa Finais 50m Mariposa 4x50m estilos : : : m Mariposa m Mariposa 2: m Mariposa 4x100m estilos : Tabela 54 - Resultados obtidos durante o primeiro e segundo macrociclos para o atleta Duarte Mourão 58

69 Diogo Sousa Campeonatos Data Prova Tempo Classificação Parciais Campeonatos Absolutos de Lisboa PC - Algés Campeonatos Nacional Absolutos Piscina Curta Fluvial Portuense Nov Dez 2014 Meeting Lisboa 7-8 Fev 2015 Regionais Vila Franca de Xira Campeonato Nacional Juv/Jun/Sen, Coimbra Campeonato Nacional Clubes 1ª e 2ª divisão, Jamor Mar Abril Abril m Costas m Costas m Costas 2: m Costas Eliminatórias 50m Costas Finais 100m Costas Eliminatórias 100m Costas Finais 200m Costas Eliminatórias 200m Costas Finais 50m Costas Eliminatórias 50m Costas Finais 100m Costas Eliminatórias 100m Costas Finais 200m Costas Eliminatórias 200m Costas Finais : : : : : m Costas 1: m Costas Eliminatórias 50m Costas Finais 100m Costas Eliminatórias 100m Costas Finais 200m Costas Eliminatórias : : : : : : m Estilos 2: m Estilos 4: Tabela 55 - Resultados obtidos durante o primeiro e segundo macrociclos para o atleta Diogo Sousa 5 Tempo dos 50m costas na prova de 200m Estilos, só realizou provas de Estilos neste campeonato. 6 Tempos parciais dos 100m costas na prova de 400m Estilos 59

70 Projecto de investigação Velocidade Crítica Intermitente A velocidade crítica intermitente na natação ainda se encontra pouco estudada, principalmente em estilos diferentes de crol, proponho-me então neste trabalho à determinação da VC intermitente nas técnicas de mariposa e costas. Objectivo: Calcular a velocidade crítica intermitente nas técnicas de mariposa e costas. A velocidade crítica intermitente na técnica de Mariposa foi realizada pelo atleta Duarte Mourão enquanto que na técnica de Costas quem realizou foi o atleta Diogo Sousa. Procedimento: Para calcular a velocidade crítica intermitente foi necessário realizar 3 tarefas distintas em dias também distintos, estas tarefas foram realizadas na piscina de 50m no Jamor. Antes de efectuar a tarefa pretendida os nadadores realizaram um aquecimento de 1000m a rolar. Após o aquecimento o procedimento divide-se em três tarefas abaixo descritas: 1. Realizar 4 séries de 50 metros em esforço máximo com 15 segundos de descanso. 2. Realizar 8 séries de 50 metros em esforço submáximo (abaixo do VO 2 max) com 15 segundos de descanso. i. Efetuar o somatório dos tempos para cada distância (200m e 400m). ii. Pedir gráfico com o declive da recta que corresponde à velocidade critica. iii. Retirar o valor da velocidade crítica. 3. Realizar n séries de 50 metros em que os atletas conseguem nadar no valor da velocidade critica calculado. 60

71 Resultados: 1- O quadro abaixo diz respeito à tarefa de 4 séries de 50 metros em esforço máximo com 15 segundos de descanso para os nadadores Duarte e Diogo. 4x50m Duarte Mourão Diogo Sousa Máximo Mariposa Costas 1 28,20 31, ,17 33, ,62 34, ,33 34,22 Tabela 56 - Tabela ilustrativo com o tempo realizado por cada um dos nadadores na tarefa de 4 séries de 50 metros em esforço máximo com 15 segundos de descanso 2-8x50m Duarte Mourão Diogo Sousa Sub-máximo Mariposa Costas 1 31,70 33, ,33 34, ,11 34, ,40 35, ,20 36, ,61 35, ,77 35, ,81 34,89 Tabela 57 - Tabela ilustrativa com o tempo realizado por cada um dos nadadores na tarefa de 8 séries de 50 metros em esforço sub-máximo com 15 segundos de descanso i- Duarte Mourão Diogo Sousa 200m 2min 03seg 123s 2min 14seg 134s 400m 4min 18seg 258s 4min 41seg 281s Tabela 58 - Tabela ilustrativa com o somatório dos tempos para cada distância (200m e 400m) 61

72 Distância (m) Distância (m) ii- Duarte Mourão y = 1,4815x + 17, ,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 Tempo (s) Gráfico 9 - Gráfico representativo com o declive da recta que corresponde à velocidade critica para o nadador Duarte Mourão 450 Diogo Sousa y = 1,3605x + 17, ,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00 Tempo (s) Gráfico 10 - Gráfico representativo com o declive da recta que corresponde à velocidade critica para o nadador Diogo Sousa 62

ÍNDICE INTRODUÇÃO 1 REVISÃO DA LITERATURA 5

ÍNDICE INTRODUÇÃO 1 REVISÃO DA LITERATURA 5 ÍNDICE INTRODUÇÃO 1 1.1. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA 1 1.2. OBJECTIVOS E PERTINÊNCIA DO ESTUDO 2 REVISÃO DA LITERATURA 5 2.1. METABOLISMO ENERGÉTICO 5 2.1.1. CONCEITO DE ENERGIA 5 2.1.2. VIAS ENERGÉTICAS

Leia mais

MÉTODOS de Treinamento

MÉTODOS de Treinamento Metodologia do TREINAMENTO FÍSICO AULA 7 MÉTODOS de Treinamento MÉTODOS de Treinamento Métodos CONTÍNUOS Métodos INTERVALADOS Métodos FRACIONADOS Métodos em CIRCUITO Métodos ADAPTATIVOS São as DIFERENTES

Leia mais

Treinamento de Força

Treinamento de Força Treinamento de Força O B J E T I V O Possibilitar aos alunos de educação física uma experiência teórica e prática no estudo generalizado da ciência dos exercícios contra-resistência. Apresentar em linhas

Leia mais

TIPOS DE MACROCICLOS EXISTENTES

TIPOS DE MACROCICLOS EXISTENTES TIPOS DE MACROCICLOS EXISTENTES Variante Macrociclo Periodização Utilizado para: I Quadrimestral Simples Atletas adolescentes ou iniciantes Tripla Necessidade de 3 peaks acentuados II Semestral Simples

Leia mais

Periodização na Musculação. Prof. Dra. Bruna Oneda 2013

Periodização na Musculação. Prof. Dra. Bruna Oneda 2013 Periodização na Musculação Prof. Dra. Bruna Oneda 2013 Periodização Compreende a divisão da temporada de treino, com períodos particulares de tempo, contendo objetivos e conteúdos muito bem determinados.

Leia mais

MICROCICLOS - Modelos

MICROCICLOS - Modelos O MICROCICLO É A MENOR FRAÇÃO DO PROCESSO DE TREINAMENTO. COMBINANDO FASES DE ESTÍMULO E RECUPERAÇÃO, CRIA AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA QUE OCORRA O FENÔMENO DA SUPER- COMPENSAÇÃO, MELHORANDO O NÍVEL

Leia mais

TESTE DE ESFORÇO E CÁLCULOS DE AUXILIO PARA O PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÀO DE EXERCICIOS FÍSICOS. Capacidade cardiorrespiratória

TESTE DE ESFORÇO E CÁLCULOS DE AUXILIO PARA O PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÀO DE EXERCICIOS FÍSICOS. Capacidade cardiorrespiratória TESTE DE ESFORÇO E CÁLCULOS DE AUXILIO PARA O PLANEJAMENTO E PRESCRIÇÀO DE EXERCICIOS FÍSICOS Luiz Antônio Domingues Filho O treinamento aeróbio é um dos mais importantes componentes de um programa de

Leia mais

Aspectos Metodológicos da Preparação dos Corredores de Longa Distância

Aspectos Metodológicos da Preparação dos Corredores de Longa Distância Prof. Ricardo Antonio D Angelo -Mestrando em Ciências da Motricidade, UNESP, Rio Claro, 2006 -Treinador Nacional de Fundo, 2004 -Treinador IAAF Nível II, 1999 -Especialização em Atletismo, USP, 1983 -Coordenador

Leia mais

Quantificação do Treinamento

Quantificação do Treinamento Bases Metodológicas do Treinamento Desportivo Unidade III Quantificação do Treinamento Prof. Esp. Jorge Duarte Quantificação do Treinamento Nesta unidade tentaremos quantificar o treinamento. Iremos analisar

Leia mais

METODOLOGIA VO2PRO WWW.VO2PRO.COM.BR

METODOLOGIA VO2PRO WWW.VO2PRO.COM.BR ALEXANDRE MACHADO METODOLOGIA VO2PRO A VO2PRO nasce com uma proposta inovadora para melhoria do condicionamento físico, seja com objetivo para uma melhor qualidade de vida ou para performance esportiva.

Leia mais

Apresentação da disciplina

Apresentação da disciplina FEUP MIEIG & MIEM Ano letivo 2013/14 Disciplina: Gestão da Qualidade Total Apresentação da disciplina (v1 em 2 de setembro) José A. Faria, jfaria@fe.up.pt Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto,

Leia mais

Treinamento Físico e Técnico para Futebol

Treinamento Físico e Técnico para Futebol Método ANALÍTICO O método analítico onsiste em ensinar destrezas motoras por partes para, posteriormente, uni-las. Desvantagens do método Analítico Treinamento Físico e Técnico para Futebol Como característica

Leia mais

Metabolismo do Exercício -1ª parte

Metabolismo do Exercício -1ª parte Metabolismo do Exercício -1ª parte INTRODUÇÃO Nenhum outro estresse a que o corpo é normalmente exposto, sequer se aproxima dos estresses extremos decorrente do exercício vigoroso. INTRODUÇÃO De fato,

Leia mais

Metodologia de Investigação Educacional I

Metodologia de Investigação Educacional I Metodologia de Investigação Educacional I Desenhos de Investigação Isabel Chagas Investigação I - 2004/05 Desenhos de Investigação Surveys (sondagens) Estudos Experimentais Estudos Interpretativos Estudos

Leia mais

Planeamento do Treino É o processo de análise, definição e sistematização das diferentes operações inerentes ao desenvolvimento e formação dos atletas

Planeamento do Treino É o processo de análise, definição e sistematização das diferentes operações inerentes ao desenvolvimento e formação dos atletas PLANEAMENTO DO TREINO Planeamento do Treino É o processo de análise, definição e sistematização das diferentes operações inerentes ao desenvolvimento e formação dos atletas e/ou das equipas. Diz respeito

Leia mais

O Treino Multi-gradual como base da Periodização para desportos individuais. por Francisco Batista

O Treino Multi-gradual como base da Periodização para desportos individuais. por Francisco Batista O Treino Multi-gradual como base da Periodização para desportos individuais por Francisco Batista A Periodização É um termo que se refere simplesmente á escala de tempo e ao formato de todas as diversas

Leia mais

"É a máxima velocidade de movimento que pode ser alcançada"(hollmann & Hettinger apud BARBANTI, 1979).

É a máxima velocidade de movimento que pode ser alcançada(hollmann & Hettinger apud BARBANTI, 1979). VELOCIDADE * Prof. Francisco Tavares 1 INTRODUÇÃO A velocidade é uma característica neuromuscular que está presente em todas as situações nos vários esportes. Popularmente, diz-se que a velocidade é uma

Leia mais

Compreender os conceitos fundamentais e a terminologia no âmbito da contabilidade de custos;

Compreender os conceitos fundamentais e a terminologia no âmbito da contabilidade de custos; CONTABILIDADE ANALÍTICA I [12003] GERAL Regime: Semestre: OBJETIVOS Pretende-se fornecer um enquadramento teórico e prático da Contabilidade de Custos ou Analítica, em particular, dos objetivos prosseguidos

Leia mais

Respostas Fisiológicas do sistema cardiovascular durante a Atividade Física

Respostas Fisiológicas do sistema cardiovascular durante a Atividade Física Respostas Fisiológicas do sistema cardiovascular durante a Atividade Física 1 1) ATP: Adenosina trifosfato É um composto que armazena e libera energia para todos os processos celulares, inclusive para

Leia mais

COORDENAÇÃO MOTORA. 13% dos idosos têm dificuldade com várias tarefas que exigem coordenação óculo-manual (ex. inserir uma chave na fechadura).

COORDENAÇÃO MOTORA. 13% dos idosos têm dificuldade com várias tarefas que exigem coordenação óculo-manual (ex. inserir uma chave na fechadura). COORDENAÇÃO MOTORA coordenação motora é a ação sinérgica do SNC e da musculatura esquelética dentro de uma determinada seqüência de movimentos. O envelhecimento provoca uma diminuição da velocidades de

Leia mais

Efeito Da Mobilização De Tecidos Moles Nas Concentrações de Ácido Láctico, Após Exercício Intensivo

Efeito Da Mobilização De Tecidos Moles Nas Concentrações de Ácido Láctico, Após Exercício Intensivo Efeito Da Mobilização De Tecidos Moles Nas Concentrações de Ácido Láctico, Após Exercício Intensivo Juliana Alves Brito Pedro Harry Leite Manuel Paquete ESS-JP-VNGAIA INTRODUÇÃO Porquê a escolha da MTM?

Leia mais

PROGRAMAÇÃO LINEAR. Formulação de problemas de programação linear e resolução gráfica

PROGRAMAÇÃO LINEAR. Formulação de problemas de programação linear e resolução gráfica PROGRAMAÇÃO LINEAR Formulação de problemas de programação linear e resolução gráfica A programação linear surge pela primeira vez, nos novos programas de Matemática A no 11º ano de escolaridade. Contudo

Leia mais

INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO

INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO CURSO DE MATEMÁTICA APLICADA À ECONOMIA E GESTÃO ANÁLISE MATEMÁTICA II ELEMENTOS DE ANÁLISE REAL Volume 2 Por : Gregório Luís I PREFÁCIO O presente texto destina-se

Leia mais

Versão 1.00. Referenciais de FORMAÇÃO. Padel. Menção de formação. Grau

Versão 1.00. Referenciais de FORMAÇÃO. Padel. Menção de formação. Grau Versão 1.00 Referenciais de FORMAÇÃO Padel Menção de formação Grau I Versão 1.00 Referenciais de FORMAÇÃO Padel Menção de formação Grau I Edição: Conteúdos: Data: Instituto Português do Desporto e Juventude,

Leia mais

REGULAMENTO ESPECÍFICO DE VOLEIBOL XIRA 2016

REGULAMENTO ESPECÍFICO DE VOLEIBOL XIRA 2016 REGULAMENTO ESPECÍFICO DE VOLEIBOL XIRA 2016 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 3 REGULAMENTO DO VOLEIBOL DE PAVILHÃO... 4 2. INSCRIÇÕES... 4 3. ESCALÕES ETÁRIOS / TEMPO DE JOGO... 4 4. CONSTITUIÇÃO / IDENTIFICAÇÃO

Leia mais

MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE SETÚBAL, ASSOCIAÇÕES e ESCOLAS JOGOS DO FUTURO DA REGIÃO DE SETÚBAL 2016 REGULAMENTO

MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE SETÚBAL, ASSOCIAÇÕES e ESCOLAS JOGOS DO FUTURO DA REGIÃO DE SETÚBAL 2016 REGULAMENTO JOGOS DO FUTURO DA REGIÃO DE SETÚBAL 2016 FUTEBOL DE 11 E DE 7 REGULAMENTO 1. Organização A organização das competições de Futebol de 11 e de 7 nos Jogos do Futuro da Região de Setúbal 2016 são da responsabilidade

Leia mais

GINÁSTICA LOCALIZADA

GINÁSTICA LOCALIZADA GINÁSTICA LOCALIZADA CONCEITO Método de condicionamento físico, que visa desenvolver a resistência muscular localizada de um músculo ou de um grupamento muscular, tornando-o mais tonificado sem com tudo

Leia mais

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA

CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VERGÍLIO FERREIRA Este documento contempla as linhas gerais de orientação, para uniformização

Leia mais

INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Prof. Eline Alcoforado Maranhão de Sá

INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Prof. Eline Alcoforado Maranhão de Sá INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Prof. Eline Alcoforado Maranhão de Sá 1 A Norma Operacional NOB/SUAS 2005, da Política Nacional de Assistência Social consagra os eixos estruturantes

Leia mais

ANOVA. (Analysis of Variance) Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

ANOVA. (Analysis of Variance) Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior ANOVA (Analysis of Variance) Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Para que serve a ANOVA? Para comparar três ou mais variáveis ou amostras. Por exemplo, queremos testar os efeitos cardiorrespiratórios

Leia mais

As aulas teóricas serão realizadas no Auditório da Sede da AFVR e as práticas em campos a definir.

As aulas teóricas serão realizadas no Auditório da Sede da AFVR e as práticas em campos a definir. Organização O Curso de Treinadores de Futebol UEFA C / Raízes (Grau I) é organizado pela Associação de Futebol de Vila Real (AFVR), nos termos das Normas de Licenciamento de Cursos de Treinadores da Federação

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA Disciplina: FLG 0253 - CLIMATOLOGIA I

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA Disciplina: FLG 0253 - CLIMATOLOGIA I UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA Disciplina: FLG 0253 - CLIMATOLOGIA I 1. Objetivos da disciplina: 1.1 Fornecer os meios básicos de utilização dos subsídios meteorológicos à análise

Leia mais

Centro de Treinos do Núcleo de Árbitros de Futebol da Zona dos Mármores Professor Jorge Pombo Semana de Treinos Nº37 14 Abril 2014 (Segunda-Feira)

Centro de Treinos do Núcleo de Árbitros de Futebol da Zona dos Mármores Professor Jorge Pombo Semana de Treinos Nº37 14 Abril 2014 (Segunda-Feira) Semana de Treinos Nº37 14 Abril 2014 (Segunda-Feira) Tarefa Objetivo Tempo 1. Sessão de natação/hidroginástica (Piscina Municipal Coberta de Borba) com exercícios orientados - Recuperação 50 pelo próprio,

Leia mais

Análise de Regressão. Notas de Aula

Análise de Regressão. Notas de Aula Análise de Regressão Notas de Aula 2 Modelos de Regressão Modelos de regressão são modelos matemáticos que relacionam o comportamento de uma variável Y com outra X. Quando a função f que relaciona duas

Leia mais

ESTUDO DE UM CIRCUITO RC COMO FILTRO

ESTUDO DE UM CIRCUITO RC COMO FILTRO Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T6 Física Experimental I - 2007/08 ESTUDO DE UM CIRCUITO RC COMO FILTRO 1. Objectivo Estudo do funcionamento, em regime estacionário,

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO DRT: 201.249-0

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO DRT: 201.249-0 UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO Unidade Universitária: CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE Curso: EDUCAÇÃO FISICA Núcleo Temático: Disciplina:

Leia mais

alocação de custo têm que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias, etc.

alocação de custo têm que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias, etc. Professor José Alves Aula pocii Aula 3,4 Custeio por Absorção Custeio significa apropriação de custos. Métodos de Custeio é a forma como são apropriados os custos aos produtos. Assim, existe Custeio por

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA 2016

EDUCAÇÃO FÍSICA 2016 INFORMAÇÃO - PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA EDUCAÇÃO FÍSICA 2016 Prova 311 Ensino Secundário I - OBJETO DE AVALIAÇÃO A prova tem por referência o Programa do ensino secundário da disciplina de Educação

Leia mais

O EFEITO DA DURAÇÃO DE PAUSA NO EXERCÍCIO INTERMITENTE: UM ESTUDO PELO MODELO DA POTÊNCIA CRÍTICA

O EFEITO DA DURAÇÃO DE PAUSA NO EXERCÍCIO INTERMITENTE: UM ESTUDO PELO MODELO DA POTÊNCIA CRÍTICA O EFEITO DA DURAÇÃO DE PAUSA NO EXERCÍCIO INTERMITENTE: UM ESTUDO PELO MODELO DA POTÊNCIA CRÍTICA THAÍS GUIMARÃES ELENO Dissertação apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade

Leia mais

Mário Pedro Lisboa, 10 de Outubro de 1998

Mário Pedro Lisboa, 10 de Outubro de 1998 Mário Pedro Lisboa, 10 de Outubro de 1998 O Atletismo jogado O tipo de trabalho proposto destina-se a crianças dos 9 aos 11 anos de ambos os sexos, as sessões de trabalho tem a duração aproximada de 2h

Leia mais

Acre. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1 o e 3 o quartis nos municípios do estado do Acre (1991, 2000 e 2010)

Acre. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1 o e 3 o quartis nos municípios do estado do Acre (1991, 2000 e 2010) Acre Em, no estado do Acre (AC) moravam 734 mil pessoas, e uma parcela ainda pequena dessa população, 4,3% (32 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 22 municípios, dos quais sete

Leia mais

TREINAMENTO DESPORTIVO. Ricardo L. Pace Jr.

TREINAMENTO DESPORTIVO. Ricardo L. Pace Jr. TREINAMENTO DESPORTIVO Ricardo L. Pace Jr. INTRODUÇÃO Desde a Grécia antiga até hoje, o treinamento desportivo variou de um cunho religioso até meio de marketing. A partir de quando utilizado como meio

Leia mais

RECURSOS HUMANOS PLANEAMENTO DE RH S

RECURSOS HUMANOS PLANEAMENTO DE RH S RECURSOS HUMANOS Introdução Definição e conceitos Introdução Definição e conceitos Planeamento de rh s? Introdução Definição e conceitos Definição e conceitos Cascio, (1986): O planeamento de RH s é: um

Leia mais

Erros e Incertezas. Rafael Alves Batista Instituto de Física Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas (Dated: 10 de Julho de 2011.

Erros e Incertezas. Rafael Alves Batista Instituto de Física Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas (Dated: 10 de Julho de 2011. Rafael Alves Batista Instituto de Física Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas (Dated: 10 de Julho de 2011.) I. INTRODUÇÃO Quando se faz um experimento, deseja-se comparar o resultado obtido

Leia mais

Medidas de Localização

Medidas de Localização MATEMÁTICA APLICADA ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS RESUMO Estatística 2 Medidas de Localização e Dispersão 10º ano Cláudia Henriques Medidas de Localização Estatísticas Medidas que se calculam a partir dos dados

Leia mais

Torneio MegaSprint 2016

Torneio MegaSprint 2016 Torneio MegaSprint 2016 Desporto Escolar Atletismo Associação de Atletismo da Região Autónoma da Madeira em colaboração com a Direção de Serviços do Desporto Escolar FINAL REGIONAL Ribeira Brava 9 de abril

Leia mais

Efeito do exercício no ritmo cardíaco

Efeito do exercício no ritmo cardíaco Efeito do exercício no ritmo cardíaco Objectivos Demonstrar competências na interpretação de fenómenos científicos Realizar experiências controladas executando, coleccionando, registando dados. Explicar

Leia mais

Plano de Ensino PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA - CCE0292

Plano de Ensino PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA - CCE0292 Plano de Ensino PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA - CCE0292 Título PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA Código da disciplina SIA CCE0292 16 Número de semanas de aula 4 Número

Leia mais

Pernambuco. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Pernambuco (1991, 2000 e 2010)

Pernambuco. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Pernambuco (1991, 2000 e 2010) Pernambuco Em, no estado de Pernambuco (PE), moravam 8,8 milhões de pessoas, onde parcela relevante (7,4%; 648,7 mil habitantes) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 185 municípios,

Leia mais

1 Introdução. 1.1 Importância da Utilização da Amostragem

1 Introdução. 1.1 Importância da Utilização da Amostragem 1 Introdução Um dos principais objetivos da maioria dos estudos, análises ou pesquisas estatísticas é fazer generalizações seguras com base em amostras, sobre as populações das quais as amostras foram

Leia mais

Especialização em Fisiologia do Exercício - NOVO

Especialização em Fisiologia do Exercício - NOVO Especialização em Fisiologia do Exercício - NOVO Apresentação Previsão de Início Agosto Inscrições em Breve - Turma 01 - Campus Stiep O objetivo do curso é prover o profissional de conhecimentos atualizados

Leia mais

Compreender os conceitos fundamentais e a terminologia no âmbito da contabilidade de custos;

Compreender os conceitos fundamentais e a terminologia no âmbito da contabilidade de custos; CONTABILIDADE DE CUSTOS APLICADA [13803] GERAL Regime: Semestre: OBJETIVOS Visa-se preparar o aluno nas técnicas necessárias à organização de contabilidades internas no contexto da indústria do turismo.

Leia mais

OBJETIVOS/METAS EDUCATIVAS A ATINGIR DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS/METAS EDUCATIVAS DA ESCOLA

OBJETIVOS/METAS EDUCATIVAS A ATINGIR DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS/METAS EDUCATIVAS DA ESCOLA OBJETIVOS/METAS EDUCATIVAS A ATINGIR DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS/METAS EDUCATIVAS DA ESCOLA As metas que aqui se apresentam constituem uma referência relativamente aos resultados de aprendizagem dos alunos

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA II Exercícios - nº 1 2000/01

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA II Exercícios - nº 1 2000/01 ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU CURSO DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO ECONOMIA II Exercícios - nº 1 2000/01 I - Escolha a resposta correcta (ou mais correcta) para cada uma das seguintes questões:

Leia mais

Universidade Lusíada (Vila Nova de Famalicão) MATEMÁTICA. Regente da unidade curricular: Manuel Arménio Almeida (Eng. Civil )

Universidade Lusíada (Vila Nova de Famalicão) MATEMÁTICA. Regente da unidade curricular: Manuel Arménio Almeida (Eng. Civil ) Universidade Lusíada (Vila Nova de Famalicão) Faculdade de Arquitectura e Artes Licenciatura em Arquitectura MATEMÁTICA Regente da unidade curricular: Manuel Arménio Almeida (Eng. Civil ) Unidade curricular

Leia mais

Medidas e Escalas: Escalas não Comparativas

Medidas e Escalas: Escalas não Comparativas Medidas e Escalas: Escalas não Comparativas 1-1 Sumário do Capítulo 1) Escalas não comparativas 2) Escalas de rácios contínuos 3) Escalas de Itens i. Escala de Likert ii. iii. Escala de Diferencial semântico

Leia mais

Estudo do Jogo e do Jogador de Andebol de Elite

Estudo do Jogo e do Jogador de Andebol de Elite Estudo do Jogo e do Jogador de Andebol de Elite Dissertação apresentada às Provas de Doutoramento no ramo das Ciências do Desporto, nos termos do Decreto-Lei n.º 216/92 de 13 de Outubro. Susana Cristina

Leia mais

Esportes de Marca. Aula 2. Natação, ciclismo de pista e paraciclismo de pista. Rio 2016 Versão 1.0

Esportes de Marca. Aula 2. Natação, ciclismo de pista e paraciclismo de pista. Rio 2016 Versão 1.0 Esportes de Marca Aula 2 Natação, ciclismo e paraciclismo Rio 2016 Versão 1.0 Objetivos 1 Apresentar mais três esportes que se enquadram na categoria DE MARCA e suas principais regras. 2 Conhecer a história

Leia mais

Unidade 3 Estrutura do treinamento de alto rendimento

Unidade 3 Estrutura do treinamento de alto rendimento Unidade 3 Estrutura do treinamento de alto rendimento Unidade 3 Estrutura do treinamento de alto rendimento 3.1. A formação do atleta: características e etapas 3.2. Plano de treinamento para temporada:

Leia mais

Unidades de Formação e Cargas Horárias Xadrez - Grau I. Total 40,0 UNIDADES DE FORMAÇÃO 1. HISTÓRIA DO XADREZ 1,5 2. REGRAS DO JOGO DE COMPETIÇÃO 1,5

Unidades de Formação e Cargas Horárias Xadrez - Grau I. Total 40,0 UNIDADES DE FORMAÇÃO 1. HISTÓRIA DO XADREZ 1,5 2. REGRAS DO JOGO DE COMPETIÇÃO 1,5 Unidades de Formação e Cargas Horárias Xadrez - Grau I UNIDADES DE FORMAÇÃO HORAS 1. HISTÓRIA DO XADREZ 1,5 2. REGRAS DO JOGO DE COMPETIÇÃO 1,5 3. TÉCNICAS DE XEQUE-MATE 4,5 4. FINAIS ESSENCIAIS 7,5 5.

Leia mais

Estimativa da taxa de desemprego em abril: 13,0%

Estimativa da taxa de desemprego em abril: 13,0% 2 de junho de Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego abril de Estimativa da taxa de desemprego em abril: 13,0% A estimativa provisória da taxa de desemprego para abril de situa-se em 13,0%, valor

Leia mais

RONALDO BERNARDO NAHIRNIAK DA SILVA PERFIL MORFOFUNCIONAL DE TENISTAS DO SEXO FEMININO

RONALDO BERNARDO NAHIRNIAK DA SILVA PERFIL MORFOFUNCIONAL DE TENISTAS DO SEXO FEMININO RONALDO BERNARDO NAHIRNIAK DA SILVA PERFIL MORFOFUNCIONAL DE TENISTAS DO SEXO FEMININO Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso em Especialização em Ciência do Treinamento Desportivo do Departamento

Leia mais

Reabilitação e Reforço de Estruturas

Reabilitação e Reforço de Estruturas Mestrado em Engenharia Civil 2011 / 2012 Reabilitação e Reforço de Estruturas Aula 06: Métodos de inspecção e diagnóstico. 6.1. Ensaios in situ. Eduardo S. Júlio 2011/2012 1/31 1/9 AVALIAÇÃO IN SITU DA

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria de Acompanhamento Econômico Coordenação Geral de Transportes e Logística

MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria de Acompanhamento Econômico Coordenação Geral de Transportes e Logística MINISTÉRIO DA FAZENDA Secretaria de Acompanhamento Econômico Coordenação Geral de Transportes e Logística Parecer Analítico sobre Regras Regulatórias nº 229/COGTL/SEAE/MF Brasília, 28 de agosto de 2015.

Leia mais

METABOLISMO E FONTES ENERGÉTICAS NO EXERCÍCIO

METABOLISMO E FONTES ENERGÉTICAS NO EXERCÍCIO METABOLISMO E FONTES ENERGÉTICAS NO EXERCÍCIO PARTE 2 Dra. Flávia Cristina Goulart CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Campus de Marília flaviagoulart@marilia.unesp.br Déficit de Oxigênio

Leia mais

A organização defensiva no modelo de jogo

A organização defensiva no modelo de jogo Valter Donaciano Correia Tudo sobre Futebol, os métodos, os conceitos, os princípios, os processos e a teoria tática A organização defensiva no modelo de jogo www. teoriadofutebol.com; nembriss@hotmail.com

Leia mais

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Contabilidade de Custos e de Gestão

Ficha de Unidade Curricular (FUC) de Contabilidade de Custos e de Gestão INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÂO DE COIMBRA Aprovação do Conselho Pedagógico / / Aprovação do Conselho Técnico-Científico / / Ficha de Unidade Curricular

Leia mais

GABINETE COORDENADOR DO DESPORTO ESCOLAR REGULAMENTO ESPECÍFICO DE BASQUETEBOL

GABINETE COORDENADOR DO DESPORTO ESCOLAR REGULAMENTO ESPECÍFICO DE BASQUETEBOL GABINETE COORDENADOR DO DESPORTO ESCOLAR REGULAMENTO ESPECÍFICO DE BASQUETEBOL 2001-2002 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 3 1. ESCALÕES ETÁRIOS/BOLA DE JOGO... 4 2. CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA... 4 3. DURAÇÃO DO JOGO...

Leia mais

Escola Básica 2,3 Pêro de Alenquer Ano letivo 2015/16 Disciplina: Educação Física, prova escrita e prática Ano de escolaridade: 9º ano

Escola Básica 2,3 Pêro de Alenquer Ano letivo 2015/16 Disciplina: Educação Física, prova escrita e prática Ano de escolaridade: 9º ano Informação DA PROVA DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA º Ciclo do Ensino Básico Escola Básica, Pêro de Alenquer Ano letivo 0/6 Código:6 Disciplina: Educação Física, prova escrita e prática Ano de escolaridade:

Leia mais

2º CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL UEFA "Basic" / Grau II março 2016 a junho 2017

2º CURSO DE TREINADORES DE FUTEBOL UEFA Basic / Grau II março 2016 a junho 2017 1. ORGANIZAÇÃO O Curso de Treinadores de Futebol UEFA Basic / Grau II será organizado pela Associação de Futebol de Santarém nos termos das Normas de Licenciamento de Cursos de Treinadores da FPF. A responsabilidade

Leia mais

Ministério da Educação. Departamento do Ensino Secundário. Bola Saltitona. Actividade Prática no Laboratório. Programa de Física e Química A 10º Ano

Ministério da Educação. Departamento do Ensino Secundário. Bola Saltitona. Actividade Prática no Laboratório. Programa de Física e Química A 10º Ano Ministério da Educação Departamento do Ensino Secundário Bola Saltitona Actividade Prática no Laboratório Programa de Física e Química A 10º Ano Trabalho Realizado por: Maria Helena Ferraz Marta Vilela

Leia mais

Introdução. Em todas as situações omissas, a FGP é soberana.

Introdução. Em todas as situações omissas, a FGP é soberana. Calendário de Competições de Ginástica Rítmica 2008/2009 Introdução O presente documento regulamenta os princípios orientadores de participação de todos os intervenientes (Associações e Clubes) nas Competições

Leia mais

Projeto de Lecionação da Expressão e Educação Físico Motora no 1º Ciclo do Ensino Básico

Projeto de Lecionação da Expressão e Educação Físico Motora no 1º Ciclo do Ensino Básico Universidade Técnica de Lisboa - Faculdade de Motricidade Humana Mestrado em Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário Núcleo de Estágio de Educação Física Agrupamento de Escolas de Alfornelos

Leia mais

Aula 6 Propagação de erros

Aula 6 Propagação de erros Aula 6 Propagação de erros Conteúdo da aula: Como estimar incertezas de uma medida indireta Como realizar propagação de erros? Exemplo: medimos A e B e suas incertezas. Com calcular a incerteza de C, se

Leia mais

UNIVERSIDADE DE ÉVORA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA ACTIVIDADE FÍSICA HUMANA TEORIA E METODOLOGIA DO TREINO DESPORTIVO 3º ANO PROGRAMA

UNIVERSIDADE DE ÉVORA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA ACTIVIDADE FÍSICA HUMANA TEORIA E METODOLOGIA DO TREINO DESPORTIVO 3º ANO PROGRAMA UNIVERSIDADE DE ÉVORA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DA ACTIVIDADE FÍSICA HUMANA TEORIA E METODOLOGIA DO TREINO DESPORTIVO 3º ANO PROGRAMA Comissão Instaladora dos Ensinos na Área da Saúde e Bem-estar 2003 /

Leia mais

INQUÉRITO SOBRE O GRAU DE SATISFAÇÃO DOS CLUBES PARTICIPANTES EM QUADROS COMPETITIVOS NACIONAIS DE REGULARIDADE ANUAL

INQUÉRITO SOBRE O GRAU DE SATISFAÇÃO DOS CLUBES PARTICIPANTES EM QUADROS COMPETITIVOS NACIONAIS DE REGULARIDADE ANUAL INQUÉRITO SOBRE O GRAU DE SATISFAÇÃO DOS CLUBES PARTICIPANTES EM QUADROS COMPETITIVOS NACIONAIS DE REGULARIDADE ANUAL Angra do Heroísmo Dezembro de 2013 INTRODUÇÃO De acordo com determinado no Decreto

Leia mais

Sistema de Indicadores de Sustentabilidade da AML. José Carlos Ferreira, Sofia Cid, José Reis Correia e Paulo Duarte Raposeiro 1 de Outubro 2012

Sistema de Indicadores de Sustentabilidade da AML. José Carlos Ferreira, Sofia Cid, José Reis Correia e Paulo Duarte Raposeiro 1 de Outubro 2012 Sistema de Indicadores de Sustentabilidade da AML José Carlos Ferreira, Sofia Cid, José Reis Correia e Paulo Duarte Raposeiro 1 de Outubro 2012 Centro para a Sustentabilidade Metropolitana O Centro para

Leia mais

Classificação da Pesquisa:

Classificação da Pesquisa: Classificação da Pesquisa: Do ponto de vista da sua natureza, ou seja, aquilo que compõe a substância do ser ou essência da pesquisa. Pesquisa Pura: Pesquisa Aplicada: Objetiva gerar conhecimentos novos

Leia mais

Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho

Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho Análise dos resultados dos exames nacionais de alunos internos - (versão preliminar) Fevereiro de 7 Francisco Melo Ferreira Introdução Os exames nacionais, que actualmente se realizam nos 11º e º anos,

Leia mais

PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR

PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR PROGRAMA DE UNIDADE CURRICULAR Curso: Licenciatura em Desporto Ciclo: 1º Ramo: Ano: 2º Designação: Atividades de Academia I Créditos: 5 Departamento: Ciências e Tecnologias Tipo: Área científica: Ciências

Leia mais

ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA

ARTICULAÇÃO PEDAGÓGICA AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO ORGANOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA ARTICULAÇÃO PARA O TRIÉNIO 2010-13 MARÇO 2013 ORGANOGRAMA DE DESENV. DA ARTICULAÇÃO 2010-2013 ARTICULAÇÃO 2010/11 2011/12 2012/13

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO EM TREINAMENTO FUNCIONAL

PÓS-GRADUAÇÃO EM TREINAMENTO FUNCIONAL PÓS-GRADUAÇÃO EM TREINAMENTO FUNCIONAL Instituição Certificadora: FALC Faculdade da Aldeia de Carapicuíba Amparo Legal: Resolução CNE CES 1 2001/ 2007 Carga Horária: 460h Período de Duração: 12 meses (01

Leia mais

Engenharia Econômica

Engenharia Econômica UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UFPE CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL Engenharia Econômica Aula I Professora Jocilene Otilia da Costa, Dra Conteúdo Juros Simples Juros

Leia mais

Capítulo 4 Inferência Estatística

Capítulo 4 Inferência Estatística Capítulo 4 Inferência Estatística Slide 1 Resenha Intervalo de Confiança para uma proporção Intervalo de Confiança para o valor médio de uma variável aleatória Intervalo de Confiança para a variância de

Leia mais

Stela Adami Vayego DEST/UFPR

Stela Adami Vayego DEST/UFPR Resumo 5 - Análise Bivariada (Bidimensional) 5.1. Introdução O principal objetivo das análises nessa situação é explorar relações (similaridades) entre duas variáveis. A distribuição conjunta das freqüências

Leia mais

MINI-HP. Luís Sénica

MINI-HP. Luís Sénica MINI-HP Luís Sénica O QUE É O MINI HP? FILOSOFIA Prazer e benefícios formativos são o principal foco para o MINI-HP. Pretende-se promover valores educacionais e recreativos/competitivos através da prática

Leia mais

Glossário de Aprendizagem Motora

Glossário de Aprendizagem Motora Glossário de Aprendizagem Motora Prof. Dr. Luciano Basso Lacom_EEFE 1. Ação: a descrição da ação é feita com base na intenção e no objetivo que se pretende alcançar. Ela é identificada pela meta à qual

Leia mais

Matemática Aplicada às Ciências Sociais

Matemática Aplicada às Ciências Sociais ESCOLA SECUNDÁRIA DE AMORA PLANIFICAÇÃO ANUAL Matemática Aplicada às Ciências Sociais Ensino Regular Curso Geral de Ciências Sociais e Humanas 11º ANO Ano Letivo 2014 / 2015 PLANIFICAÇÃO A LONGO PRAZO

Leia mais

CURSO VOCACIONAL DE ARTE E PUBLICIDADE

CURSO VOCACIONAL DE ARTE E PUBLICIDADE CURSO VOCACIONAL DE ARTE E PUBLICIDADE Planificação Anual - 2015-2016 Ensino Básico 9º Ano 2º Ano - Atividade Vocacional FOTOGRAFIA DIGITAL MATRIZ DE CONTEÚDOS E DE PROCEDIMENTOS Conteúdos Procedimentos

Leia mais

Diplomados com o Ensino Superior

Diplomados com o Ensino Superior Ensino dos 30 aos 34 anos - dados e projeções Julho de 2016 Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência Ensino Julho de 2016 Ensino dos 30 aos 34 anos - dados e projeções Esta nota técnica visa

Leia mais

Metabolismo dos Carboidratos

Metabolismo dos Carboidratos Metabolismo dos Carboidratos Disciplina: Nutrição Aplicada a Educação Física Prof ₐ Mda. Vanessa Ribeiro dos Santos Definição O que são carboidratos? Os carboidratos são compostos orgânicos que contêm:

Leia mais

Objetivos da disciplina:

Objetivos da disciplina: Aplicar e utilizar princípios de metrologia em calibração de instrumentos e malhas de controle. Objetivos da disciplina: Aplicar e utilizar princípios de metrologia calibração de instrumentos e malhas

Leia mais

INTRODUÇÃO. Em todas as situações omissas, a FGP é soberana.

INTRODUÇÃO. Em todas as situações omissas, a FGP é soberana. Regulamento de Competições de Ginástica Rítmica 2008 INTRODUÇÃO O presente documento vem substituir o anterior documento de 1999/2004 e regulamenta os princípios orientadores de participação de todos os

Leia mais

1.º Objectivo. 2.º Pré-requisitos de acesso

1.º Objectivo. 2.º Pré-requisitos de acesso DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA E ESTUDOS HUMANÍSTICOS Licenciatura em Psicologia Ramo Clínica/Plano pré-bolonha REGULAMENTO DE ESTÁGIO CURRICULAR EM PSICOLOGIA CLÍNICA (Documento aprovado em reunião do dia

Leia mais

Regulamento Específico de Atletismo

Regulamento Específico de Atletismo Regulamento Específico de Atletismo ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. ESCALÕES ETÁRIOS... 4 3. DISCIPLINAS... 4 4. PARTICIPAÇÃO / INSCRIÇÃO... 4 5. CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA DE AJUIZAMENTO... 5 6. REGULAMENTO

Leia mais

MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE SETÚBAL, ASSOCIAÇÕES e ESCOLAS JOGOS DO FUTURO DA REGIÃO DE SETÚBAL 2016 FUTSAL FEMININO REGULAMENTO

MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE SETÚBAL, ASSOCIAÇÕES e ESCOLAS JOGOS DO FUTURO DA REGIÃO DE SETÚBAL 2016 FUTSAL FEMININO REGULAMENTO JOGOS DO FUTURO DA REGIÃO DE SETÚBAL 2016 FUTSAL FEMININO REGULAMENTO 1. Organização A organização da competição de Futsal Feminino nos Jogos do Futuro da Região de Setúbal 2016 é da responsabilidade da.

Leia mais

GEPE MAT - Modelo de Monitorização e Reporte do MAT Breakfast com GEPEs

GEPE MAT - Modelo de Monitorização e Reporte do MAT Breakfast com GEPEs REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO Gabinete de Estudos, Planeamento e Estatística GEPE MAT - Modelo de Monitorização e Reporte do MAT Breakfast com GEPEs Dr. Nazário Vilhena,

Leia mais

Planejamento e Controle da Utilização e das Compras de Matérias-Primas. Amanda Ribeiro José Maciel Neto Renê Oliveira

Planejamento e Controle da Utilização e das Compras de Matérias-Primas. Amanda Ribeiro José Maciel Neto Renê Oliveira Planejamento e Controle da Utilização e das Compras de Matérias-Primas Amanda Ribeiro José Maciel Neto Renê Oliveira Nov/2012 Para que serve? Definir as quantidades de cada matéria prima necessária para

Leia mais

REGULAMENTO ESPECÍFICO DE BASQUETEBOL

REGULAMENTO ESPECÍFICO DE BASQUETEBOL REGULAMENTO ESPECÍFICO DE BASQUETEBOL 2009-2013 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO...3 2. ESCALÕES ETÁRIOS/ BOLA DE JOGO/DURAÇÃO DE JOGO...4 3. CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA...5 4. ARBITRAGEM...6 5. CLASSIFICAÇÃO/ PONTUAÇÃO/DESEMPATE...7

Leia mais