PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL Nº SC

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1 1 PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL Nº SC RELATORA : JUÍZA FEDERAL ROSANA NOYA ALVES WEIBEL KAUFMANN REQUERENTE : SILVIO ARLINDO BORGES PROC / ADV : J.N. COELHO NETO REQUERIDO(A): INSS PROC / ADV : NELSON LUÍS RIBEIRO RELATÓRIO Trata-se de Incidente de Uniformização de Jurisprudência interposto pela parte autora em face do acórdão da PRIMEIRA TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA (4ª Região), que, negando provimento ao recurso, manteve a sentença que havia julgado improcedente o pedido inicial para proceder a revisão do RMI do benefício, considerando nos cálculos respectivos os salários de contribuição referentes à atividade de magistério junto ao Colégio Bom Jesus/IELUSC, atendidas as especificidades do inciso II do artigo 32 da Lei no 8.213/91, deixando de reconhecer como especial o exercício da atividade de professor, em sala de aula, durante o período compreendido entre 18/02/1988 a 01/04/1991, 01/05/1991 a 15/10/1996 e 01/02/1997 a 23/01/2007. O requerente aduz que laborou como professora em sala de aula no período de 18/02/1988 a 01/04/1991, 01/05/1991 a 15/10/1996 e 01/02/1997 a 23/01/2007, sem que o período mencionado tivesse sido considerado para o respectivo adicional pela atividade especial exercida durante o período de docência. Sustenta não pretender o cômputo do período de trabalho como professora nos termos do art. 201, 8º, da CF/88, mas a conversão do período pelo exercício de atividade penosa, nos termos do Decreto nº /64, enquanto disciplina legal paralela não revogada. Referiu como paradigmas julgados do Superior Tribunal de Justiça no AgRg no REsp nº MG e AgRg no REsp RS, afirmando que o entendimento da Turma Recursal de origem difere do posicionamento dominante adotado por aquela Corte Superior. O incidente foi admitido pelo Presidente da Turma de Origem. É o relatório.

2 2 VOTO Demonstrada a divergência da interpretação abrigada no acórdão de origem com a jurisprudência dominante do STJ relativamente a disciplina da atividade de magistério como atividade penosa em face da aposentadoria de Professor constitucionalmente firmada a partir de 1981, cabe o conhecimento do Pedido de Uniformização. A matéria posta sob apreciação neste incidente envolve, assim, o exame quanto à possibilidade de reconhecimento do período laborado pela parte requerente de 18/02/1988 a 01/04/1991, 01/05/1991 a 15/10/1996 e 01/02/1997 a 23/01/2007 como tempo de serviço especial exercido em atividade de magistério considerando as alterações trazidas pela Emenda Constitucional nº. 18/91. O posicionamento dominante do STJ, bem refletido no julgamento do REsp /RS, em cujo voto condutor consta a referência ao REsp /RS, outro julgado também relevante, firmou-se em sentido oposto ao decidido na 2ª Turma Recursal do Paraná: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO COMUM. MAGISTÉRIO CONVERSÃO ESPECIAL. POSSIBILIDADE. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1. As Turmas que compõem a Egrégia Terceira Seção firmaram sua jurisprudência no sentido de que é garantida a conversão, como especial, do tempo de serviço prestado em atividade profissional elencada como perigosa, insalubre ou penosa em rol expedido pelo Poder Executivo (Decretos n.os /64 e /79), antes da edição da Lei n.º 9.032/ A contagem ponderada do tempo de magistério, para fins de obtenção de aposentadoria por tempo de serviço comum, não encontra óbice, uma vez que a atividade era considerada penosa pelo Decreto n.º /64, cuja observância foi determinada pelo Decreto n.º 611/ Recurso não conhecido. (REsp /RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 15/04/2003, DJ 02/06/2003 p. 323) "PREVIDENCIÁRIO - RECURSO ESPECIAL APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO - ATIVIDADE DE MAGISTÉRIO CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM - POSSIBILIDADE LEI 9.032/95 - ART. 70, DO DECRETO 3.048/99. - Comprovado o exercício de atividade laboral, de forma habitual e permanente é possível a conversão do tempo especial em comum.

3 3 No caso em exame, o período trabalhado e comprovado pela autora, no exercício de atividades docentes, foi de a A lei nº 9.032/95, que deu nova redação ao art. 57, da Lei 8.213/91 e introduziu o 5º do mesmo artigo, permitiu a conversão do tempo de serviço especial em comum, dentro dos critérios estabelecidos pelo MPAS. - O Decreto 3.040/99, em seus artigos 64 a 70, revigorando os Decretos nºs /64, e o Anexo I do Decreto nº /79, e até , constantes do Anexo IV do Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, deu a atual regulamentação à matéria, dispondo em seu artigo 70, único, a possível conversão do tempo de serviço especial em comum, exercido até Precedentes desta Corte. - Recurso conhecido mas desprovido." (REsp /RS, Quinta Turma, rel. Min. JORGE SCARTEZZINI, DJ de 09/12/2002.) Desta forma, entende a Corte Superior ser possível o reconhecimento da atividade de magistério como especial, conforme prevê o Decreto nº /64, e, por conseguinte, a sua conversão em tempo comum. Importa ressaltar, neste ponto, que, acerca do limite temporal para a realização da citada conversão, o STJ já alterou seu posicionamento, sendo seguido por essa TNU. Adiante, um dos recentes julgados desse colegiado: CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM. POSSIBILIDADE. LIMITAÇÃO A 28 DE MAIO DE INEXISTÊNCIA DE ARRIMO LEGAL. 1. Conquanto tenha a Medida Provisória nº , d e , em seu artigo 28, determinado, de maneira expressa, a revogação do 5º do artigo 57 da Lei nº 8.213, de 1991, não se manteve tal determinação na lei de conversão respectiva (a Lei nº 9.711, de ) 2. O fato de o Decreto nº 3.048, de 1999, na redação original de seu artigo 70, haver regulamentado a conversão do tempo de serviço exercido até , não desautoriza tal conclusão, eis que não poderia dispor diferentemente da lei em sentido formal. Ademais, a própria redação de tal artigo 70 do Decreto veio a ser alterada (através do Decreto nº 4.827, de 2003), de modo que, atualmente, estatui serem as regras de conversão de tempo de atividade sob as condições especiais em tempo de atividade comum dele constantes aplicáveis ao trabalho prestado em qualquer período. 3. Pedido de uniformização conhecido e provido. (Processo nº ; Relatora Juíza Federal Joana Carolina Lins Pereira; Sessão de 18/12/2008). Devo, ainda, fazer a seguinte ressalva. O Magistério encontra-se previsto como atividade especial (penosa) no Decreto nº /64, tendo sido mantido pelo Decreto nº /79, e pelos Decretos nº 357/1991, nº 611/92 e

4 4 seguintes, até o de nº 3.048/99 (disposição do art. 70 na redação anterior à modificação promovida pelo Decreto nº 4.827/2003). Durante o lapso temporal em que vigoraram as acima mencionadas leis, foi também atribuída ao professor aposentadoria específica, com previsão e requisitos constitucionais diferenciados. Trata-se de benesse inserida no ordenamento pela EC 18/81, e que permaneceu na Constituição Federal de 1988 (art. 40, 5º, e art. 201, 8º ). Analisando os dispositivos pertinentes, não vislumbro, no tratamento constitucional especificamente direcionado aos professores, normatividade capaz de suprimir a regulamentação infraconstitucional referente a tal categoria de profissionais. Entendo que a incompatibilidade surge apenas na hipótese de pretensão de fruição simultânea das vantagens: direito ao reconhecimento da atividade penosa, e, por conseguinte, à conversão desse tempo em comum; e o cômputo desse período (contagem ponderada) para fins da aposentadoria especial do professor, com tempo reduzido, na forma constitucionalmente prevista. Sobre essa questão há decisão, inclusive, no âmbito do Supremo Tribunal Federal. DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto por CARLOS DARIO ALVIM e OUTRA de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região cuja ementa tem o seguinte teor: "ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO EM CARREIRA DE MAGISTÉRIO. CONVERSÃO DO REGIME CELETISTA PARA ESTATUTÁRIO PELOS FATORES 1,166 E 1,20. DIREITO ADQUIRIDO. IMPOSSIBILIDADE. Não há direito adquirido à conversão do tempo de serviço correspondente à funções de magistério, com base em legislação que não se lhe aplica ao servidor, por sua transposição para o regime jurídico único instituído pela Lei n 8.112, nem tampouco de somá-lo ao período referente a outras atividades, para efeito de obtenção de aposentadoria especial." (Fls. 196) 2. Alega o recorrente que o acórdão impugnado viola o disposto no art. 40, III, "b", da Constituição federal, na redação anterior à Emenda Constitucional 20/1998, ao negar a conversão do tempo de magistério em tempo comum, para fins de concessão de aposentadoria comum por tempo de serviço, apesar de expressa disposição constitucional. 3. De fato, a decisão recorrida está de acordo com a iterativa jurisprudência desta Corte, que exige para a contagem reduzida do tempo de serviço para fins de aposentadoria, nos termos do art. 40, 5o, da CF/1988, o cumprimento da integralidade do período em efetivo exercício de funções de magistério. 4. A princípio, mostra-se relevante destacar

5 5 que, no caso dos autos, discute-se a possibilidade de contagem de tempo reduzido para fins de aposentadoria, e não de contagem especial, caso em que é autorizada a contagem proporcional do tempo de serviço (art. 57, 5º, da Lei 8.213/1991). Com efeito, em se tratando de contagem reduzida do tempo de serviço, prevista no art. 201, 8º, da Constituição, a intenção do legislador foi incentivar a continuidade do profissional no exercício do magistério. Por outro lado, a contagem proporcional do tempo de exercício em atividades insalubres ou perigosas, prevista no art. 57 da Lei 8.213/1991, justifica-se pela efetiva exposição do trabalhador a agentes nocivos à saúde em algum período de sua atividade laboral, de modo que legitimado o cômputo, naquele período, do tempo trabalhado de forma diferenciada. Assim, não há que se confundirem os dois institutos: (i) para a contagem reduzida do tempo de serviço (art. 201, 8º, da Constituição), é necessário o cumprimento integral do período em atividade exclusiva de magistério; (ii) no caso de contagem especial do tempo de serviço (art. 57 da Lei 8.213/1991), o período laborado em condições insalubres ou perigosas legitima a contagem proporcional do tempo de serviço. 5. No que toca à contagem reduzida do tempo de serviço da atividade de magistério para fins de aposentadoria, o Plenário desta Corte, no julgamento da ADI 178 (rel. min. Maurício Corrêa, DJ ), explicitou que, para fazer jus à contagem de tempo reduzido, o beneficiário deve cumprir a exigência de exercício de todo o período exclusivamente na atividade de magistério. Confira-se trecho do voto do eminente ministro relator: "[...] a expressão 'efetivo exercício em funções de magistério, contida no art. 40, III, 'b', da Constituição está ali para dizer que o direito à aposentadoria especial dos professores só se aperfeiçoa quando cumprido o especial requisito temporal no exercício das especificas funções de magistério, excluída qualquer outra. Poder-se-ia dar uma interpretação ampliativa à norma para se estabelecer a possibilidade da proporcionalidade, v.g., se o servidor cumpre metade do tempo para a aposentadoria comum (17 anos e meio para o homem ou 15 anos para mulher) e a outra metade no exercício do cargo de professor (15 anos para o homem e 12 anos e meio para a mulher). Entretanto, quer me parecer que as antigas regras de hermenêutica não se compadecem com essa interpretação ampliativa, eis que a aposentadoria especial é a exceção, e, como tal, sua interpretação só pode ser restritiva. E sendo o caso de interpretação restritiva, o benefício só pode ser concedido exclusivamente, a quem cumpriu integralmente o lapso de 25 anos, se mulher e de 30, se homem, de efetivo exercício de funções de magistério." 6. No mesmo sentido é a decisão proferida na ADI 755 (rel. min. Maurício Corrêa, DJ 1º ), em que se concluiu que "a expressão 'efetivo exercício em funções de magistério' contém a exigência de que o direito à aposentadoria especial dos professores só se aperfeiçoa quando

6 6 cumprido totalmente este especial requisito temporal no exercício das específicas funções de magistério, excluída qualquer outra". 7. Menciono também os acórdãos prolatados no RE (rel. min. Maurício Corrêa, DJ ), no RE AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ ) e no RE AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ ). 8. Do exposto, e de acordo com os precedentes citados, com base no art. 557, 1º-A, do Código de Processo Civil, nego provimento ao recurso Brasília, 1o de abril de Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator (RE , Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, julgado em 01/04/2005, publicado em DJ 22/04/2005 PP-00104) Devida, então, a emissão de Certidão de Tempo de Contribuição pelo INSS à requerente, quanto ao período da sua atividade de magistério, sobre o qual há de ser aplicada a contagem ponderada pelo fator previsto na tabela do art. 70 do Decreto nº 3.048/99, mesmo após a EC nº 18/81. Impõe-se, ainda, em atenção ao entendimento que se firma nesse julgamento, ressalvar que compete ao INSS fazer constar na pleiteada Certidão de Tempo de Contribuição, que a contagem nela referida não tem efeitos para fins da aposentadoria especial destinada a professores, com contagem de tempo reduzido. Do exposto, conheço do Pedido de Uniformização, mas para lhe dar provimento, reformando o acórdão da Turma de Origem, para determinar ao INSS a expedição de Certidão de Tempo de Contribuição onde conste os acréscimos resultantes da conversão do tempo especial trabalhado para o comum, com o multiplicador previsto na legislação previdenciária em vigor. Ressalvando entendimento pessoal, mas em face do precedente do PUILEF Nº , fica ainda estabelecida a condenação do INSS na verba honorária no montante de 10% sobre o valor da condenação. É como voto. Recife, 16/17 de novembro de ROSANA NOYA WEIBEL KAUFMANN Juíza Federal Relatora da Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência

7 7 CERTIDÃO DE JULGAMENTO NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA TURMA DE UNIFORMIZAÇÃO Presidente da Sessão: Ministro FRANCISCO FALCÃO Subprocurador-Geral da República: ANTONIO CARLOS PESSOA LINS Secretário(a): VIVIANE COSTA LEITE Relator(a): Juiz(a) Federal ROSANA NOYA ALVES WEIBEL KAUFMANN Requerente: Proc./Adv.: Requerido: Proc./Adv.: SÍLVIO ARLINDO BORGES J.N. COELHO NETO INSS NELSON LUÍS RIBEIRO Remetente.: SC - SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA Proc. Nº.: CERTIDÃO Certifico que a Egrégia Turma de Uniformização, ao apreciar o processo em epígrafe, em sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: Após o voto da Juíza Relatora conhecendo do Incidente de Uniformização e dando-lhe provimento, pediu vista o Juiz Federal Manoel Penna. Aguardam os Juízes Federais Derialdo Filho, Jacqueline Bilhalva, Joana Carolina Manoel Rolim, Otávio Port, Rosana Noya Kaufmann, José Savaris, José Eduardo e Ronivon de Aragão. Participaram do julgamento, os Srs. Juízes e Sras. Juízas Federais: ROSANA NOYA ALVES WEIBEL KAUFMANN, JOSÉ ANTONIO SAVARIS, JOSÉ EDUARDO DO NASCIMENTO, RONIVON DE ARAGÃO, DERIVALDO DE FIGUEIREDO BEZERRA FILHO, JACQUELINE MICHELS BILHALVA, CLÁUDIO ROBERTO CANATA, MANOEL ROLIM CAMPBELL PENNA, JOANA CAROLINA LINS PEREIRA, OTÁVIO HENRIQUE MARTINS PORT. Brasília, 16 de novembro de Secretário(a) VIVIANE COSTA LEITE

8 8 CERTIDÃO DE JULGAMENTO QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TURMA DE UNIFORMIZAÇÃO Presidente da Sessão: Ministro FRANCISCO FALCÃO Subprocurador-Geral da República: ANTÔNIO CARLOS PESSOA LINS Secretário(a): VIVIANE DA COSTA LEITE Relator(a): Juiz(a) Federal ROSANA NOYA ALVES WEIBEL KAUFMANN Requerente: Proc./Adv.: Requerido: Proc./Adv.: SÍLVIO ARLINDO BORGES J.N. COELHO NETO INSS NELSON LUÍS RIBEIRO Remetente.: SC - SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA Proc. Nº.: CERTIDÃO Certifico que a Egrégia Turma de Uniformização, ao apreciar o processo em epígrafe, em sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: Prosseguindo o julgamento, após o voto-vista do Juiz Federal Manoel Rolim acompanhando a Juíza Relatora, a Turma, por unanimidade, conheceu do incidente de uniformização e deulhe provimento nos termos do voto da Juíza Relatora. Presidiu o julgamento do feito a Juíza Federal Jacqueline Bilhalva. Participaram do julgamento, os Srs. Juízes e Sras. Juízas Federais: JACQUELINE BILHALVA, CLÁUDIO CANATA, MANOEL ROLIM, JOANA CAROLINA, OTÁVIO PORT, ROSANA NOYA KAUFMANN, JOSÉ ANTONIO SAVARIS, JOSÉ EDUARDO DO NASCIMENTO, RONIVON DE ARAGÃO E SIMONE LEMOS FERNANDES. Brasília, 12 de agosto de VIVIANE DA COSTA LEITE Secretário(a)

9 9 PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI FEDERAL Nº SC RELATORA : JUÍZA FEDERAL ROSANA NOYA ALVES WEIBEL KAUFMANN REQUERENTE : SILVIO ARLINDO BORGES PROC / ADV : J.N. COELHO NETO REQUERIDO(A): INSS PROC / ADV : NELSON LUÍS RIBEIRO PREVIDENCIÁRIO. PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO. MAGISTÉRIO. ATIVIDADE ESPECIAL. CONTAGEM PONDERADA PELO FATOR 1.2, PREVISTA NA TABELA DO ART. 70 DO DECRETO Nº 3.048/99, MESMO APÓS A EC Nº 18/81. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. SENTENÇA E ACÓRDÃO REFORMADOS. 1. Comprovado o exercício do magistério, tem direito à contagem ponderada pelo fator 1,2 previsto na tabela do artigo 70 do Decreto nº /99, mesmo após a Emenda Constitucional nº. 18/ Recurso a que se dá provimento para reformar o acórdão recorrido e determinar ao INSS a expedição de Certidão de Tempo de Contribuição em favor da autora onde conste os acréscimos resultantes da conversão do tempo especial trabalhado para o comum, com o multiplicador de 1,2, conforme previsto na legislação previdenciária em vigor. 3. Incidente conhecido e provido. ACÓRDÃO Decide a Turma Nacional de Uniformização de Jurisprudência, por unanimidade, conhecer do incidente e dar-lhe provimento, nos termos do voto da juíza federal relatora. Brasília, 12 de agosto de ROSANA NOYA WEIBEL KAUFMANN Juiz Federal Relatora da Turma de Nacional de Uniformização de Jurisprudência