CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL - UDF CURSO DE DIREITO DANIEL DE MOURA SILVA

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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL - UDF CURSO DE DIREITO DANIEL DE MOURA SILVA ANATOCISMO: A Novação como fórmula de burlar o anatocismo nas instituições financeiras Brasília 2019

2 DANIEL DE MOURA SILVA ANATOCISMO: A Novação como fórmula de burlar o anatocismo nas instituições financeiras Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Graduado em Direito, pelo Curso de Direito do Centro Universitário do Distrito Federal UDF, sob a orientação da Professora Me. Paloma Neves do Nascimento. Brasília 2019

3 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo analisar se a prática da novação utilizada pelas instituições financeiras como meio de burlar o anatocismo encontra-se em consonante legalidade com ordenamento jurídico pátrio, uma vez que, o anatocismo demonstra-se vedado desde o Código Comercial de Neste sentido, conceituase anatocismo diante das diversas operações financeiras e obrigacionais observando-se que nada ter a ver com o critério de formação dos juros a serem pagos ou recebidos numa determinada data, ou seja, os denominados juros compostos, entretanto, anatocismo consiste na cobrança de juros sobre juros vencidos e não pagos, para ser alcançada a resposta desta análise sobre a legalidade desta prática, será utilizado como exemplos a comparação de Leis Nacionais frente às legislações internacionais no tocante ao uso e a prática do instituto anatocismo, em especial, legislações de países europeus os quais foram inspirações para o surgimento do Ordenamento Jurídico brasileiro como Alemanha, Itália, França, Portugal dentre outros. Observa-se, no entanto, que a novação não tem como finalidade a satisfação imediata do crédito, assim como a compensação e o pagamento, porém, o que se tem na novação é a pura e simples substituição de uma dívida por outra. PALAVRAS CHAVE: Direito Civil; Direito das Obrigações; Novação; Instituições Financeiras; Anatocismo.

4 ABSTRACT This paper aims to analyze whether the practice of novation used by financial institutions as a means of circumventing anatocism is in line with legality with the national legal system, since anatocism has been prohibited since the 1850 Commercial Code. In this sense, anatocism is conceptualized in the face of the various financial and obligatory transactions, observing that it has nothing to do with the criterion of formation of interest to be paid or received on a certain date, that is, the so-called compound interest, however, anatocism consists In the collection of interest on accrued and unpaid interest, in order to reach the answer of this analysis on the legality of this practice, the comparison of National Laws with international laws regarding the use and practice of the Anatocism Institute will be used as examples., legislations of European countries which were inspirations for the emergence of the Brazilian Law such as Germany, Italy, France, Portugal and others. It is observed, however, that the purpose of the novation is not the immediate satisfaction of credit, as well as the compensation and payment, but what is in the novation is the simple replacement of one debt for another. KEYWORDS: Civil Law; Obligations Law; Novation; Financial Institutions; Anatocism..

5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 7 A NOVAÇÃO COMO FÓRMULA DE BURLAR O ANATOCISMO NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS SEÇÃO 1 DA NOVAÇÃO Conceito Obrigação jurídica Natureza jurídica Histórico Requisitos obrigacionais Exigibilidade Extinção Peculiaridades da Novação Espécies de Novação Novação Objetiva Novação Subjetiva Novação Mista Lançamento em conta corrente Efeitos da novação SEÇÃO 2 DO ANATOCISMO Conceito Histórico do Anatocismo Idade Clássica Século XVI XIX Século XX Histórico do anatocismo no Brasil O Anatocismo no direito comparado França Espanha Alemanha Itália Características do anatocismo... 40

6 SEÇÃO 3 A NOVAÇÃO COMO FÓRMULA DE BURLAR O ANATOCISMO NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Instituições Financeiras e a Novação Novação e Cessão de Crédito e suas aplicações jurídicas Instituições Financeiras e o Anatocismo Jurisprudência brasileira no tocante ao Anatocismo Juros e suas definições no direito financeiro obrigacional Juros Legais e Juros Voluntários Juros Remuneratórios e Juros Moratórios Juros Compensatórios e Juros Indenizatórios O Anatocismo Real e o Anatocismo Aparente A novação utilizada pelas instituições financeiras é legal? CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 63

7 6 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS art. artigo arts artigos br brasileiro CC Código Civil CF Constituição Federal CPC Código de Processo Civil ed. edição Ed. Editora gov governo http Hypertext Transfer Protocol- Protocolo de Transferência de texto indd InDesign file (ficheiro) jus justiça p. página p. ex. por exemplo RT Revista dos Tribunais STJ Superior Tribunal de Justiça v. ver v. volume

8 7 INTRODUÇÃO O presente trabalho terá como objetivo a análise e a constatação da existência ou não do anatocismo nas práticas financeiras e obrigacionais utilizadas pelas instituições financeiras nacionais, através da utilização da novação. Será abordado no primeiro capítulo o conceito e as principais características legais e doutrinárias do instituto de Direito Civil denominado Novação, o qual integra o direito das obrigações, encontrando-se tipificado nos artigos 360 à 367 do Código Civil Brasileiro. O estudo deste instituto supra citado, mostra-se necessário para que seja verificada a possível ilegalidade institucional praticada por bancos e demais instituições financeiras em sua forma geral, uma vez que, pode permitir, através deste instituto uma fórmula de burlar a vedação imposta por lei no tocante ao uso e a prática do anatocismo pelas referidas instituições. No segundo capítulo, será demonstrado o conceito, as características e comparações a nível internacional do instituto anatocismo tendo como enfoque a legislação brasileira frente as principais legislações europeias, as quais foram inspirações para o surgimento das Leis Nacionais, observando-se como se comporta cada uma destas legislações frente ao anatocismo. Além do estudo dos conceitos e comparações a respeito do anatocismo, verificará também sua evolução histórica nas legislações, jurisprudências e doutrinas brasileiras e de alguns países europeus e consequentemente suas reflexões a luz dos ordenamentos jurídicos a nível nacional e internacional. No terceiro capítulo, será verificada a utilização da Novação nos negócios jurídicos realizados pelas instituições financeiras como meio de burlar a prática do anatocismo, uma vez que, através dessa prática, ou seja, da novação, contorna-se a vedação estipulada em Lei, tornando o uso do anatocismo imperceptível aos olhos da Lei. Ainda no terceiro capítulo se verificará as diferenças e semelhanças que existem entre a novação e a cessão de créditos para desmistificar onde estes institutos se diferem, para que seja sanada alguma dúvida a respeito destes dois institutos de direito civil e consequentemente pertencentes ao direito das obrigações.

9 8 Serão analisadas também as diferenças existentes nas diversas modalidades de juros, os quais compõem o universo jurídico do mundo financeiro, com intuito de simplificar a compreensão da utilização destes instrumentos e consequentemente demonstrar à legalidade de cada modalidade, assim como também, a vedação encontrada em Lei para determinados usos e aplicações dos juros que implicam em enriquecimento ilícito de seus credores. Para que sejam alcançadas as respostas necessárias para cada pergunta ou dúvida a respeito do tema do presente trabalho, será utilizado como meio de perspectiva, o estudo da Lei de Usura, assim como o estudo de forma comparada de Leis integrantes de países europeus como Alemanha, Itália, França, Portugal dentre outros. Será necessário, para a obtenção do êxito destas respostas, traçar e determinar o campo de atuação desta problemática existente, pois, é verificável a presença do anatocismo, principalmente, nos juros cobrados por instituições financeiras de seus respectivos clientes nos débitos adquiridos pelo uso de cartões de créditos bancários. Acarretando, consequentemente, o efeito denominado por Bola de Neve, uma vez que se torna quase que impossível a quitação dos débitos oriundos dos juros cobrados de juros vencidos e não pagos, denominando-se tal prática por anatocismo. Não obstante do presente trabalho, é perceptível conhecer acerca do que vem a ser anatocismo, descrever suas características, explicar o uso e a vedação deste instituto, conceituar seu objetivo nas relações financeiras e obrigacionais e consequentemente analisar a referida prática se é permitida ou se por outro lado é ilegal. Observa-se que será utilizada como metodologia de pesquisa, para elaborar, descrever e alcançar o objetivo final do presente trabalho, pesquisas bibliográficas e documentais como meios de aquisição de respostas, pois serão necessários estudos e buscas aprofundadas em legislações federais e legislações internacionais, devido a importância e abrangência do tema do presente trabalho. Contudo, serão necessários para confirmar a eficiência do presente trabalho e consequentemente homologar as seguintes respostas almejadas, os embasamentos jurisprudenciais dos Tribunais Superiores do Poder Judiciário Brasileiro, os quais

10 9 possuem entendimentos contrários e, na contra mão de Legislações de diversos países mundo afora, além da própria legislação interna, para que se possa entender onde e como chegaram a estes entendimentos a respeito do presente tema deste trabalho. Assim, com esta metodologia de pesquisa através de documentos e legislações, poderão ser alcançadas as respostas para as mais rebuscadas palavras do mundo forense encontrada nas mais qualificadas doutrinas de nível nacional e internacional, e por fim, para que seja concluído o tripé base de um projeto de pesquisa, ambos os embasamentos anteriores deverão encontrar respaldo preventivamente na Lei Maior, ou seja, na Constituição Federal Brasileira. Para o imperioso estudo e aprofundamento do presente trabalho, buscam-se respostas para as seguintes indagações: O anatocismo é permitido ou é ilegal?; A prática do anatocismo pelas instituições financeiras burladas através da novação encontra-se em consonância com a Legislação vigente? A relevância dessa pesquisa se dá em razão das diversas dúvidas e incertezas que pairam sobre a legalidade de tais cobranças de juros sobre os juros vencidos e não pagos, pois, apesar de encontrar-se pacificada pelo Judiciário, é verificável ainda inúmeras divergências ao que são determinadas e tipificadas pelas legislações internacionais e conjuntamente a estas, a legislação brasileira. Desde o Código Comercial Brasileiro de 1850, seguindo anos após pelo Código Civil de 1916 e quase duas décadas depois pela Lei de Usura de 1933 até o marco modificativo da Reforma Bancária de 1964, encontrava-se em todos os referidos ordenamentos supra citados a vedação expressa ao uso do anatocismo. Entendimento este, consolidado também por algumas legislações europeias, levando adiante, portanto, a dúvida e a incompreensão, do posicionamento tomado pelo Poder Judiciário, pois, observa-se aparentemente que transparece ser um entendimento contrário ao que determina as demais legislações internacionais, as quais vedam expressamente o anatocismo. Neste viés, surge a partir de então, o seguinte problema jurídico acompanhado da consequente pergunta: O anatocismo é uma prática legal utilizada pelas instituições financeiras por meio da novação?

11 10 A NOVAÇÃO COMO FÓRMULA DE BURLAR O ANATOCISMO NAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS SEÇÃO 1 DA NOVAÇÃO No presente capítulo será abordado o conceito de novação, bem como os seus efeitos no mundo jurídico, os quais serão abordados e explanados sob a forma e o modo de aplicação desta modalidade integrante do direito civil, mais especificamente, por tratar-se de um dos institutos do direito das obrigações, o qual tem duplo conteúdo, sendo um extintivo de obrigação antiga e outro gerador de obrigação nova. Será abordado também os requisitos deste instituto, requisitos estes ou pressupostos caracterizadores da novação, sendo eles: a existência de obrigação anterior e a constituição de nova obrigação, ou seja, o animus novandi, o qual se refere a intenção de novar, que a princípio pressupõe um acordo de vontades. Para melhor compreensão deste instituto do mundo obrigacional, serão demonstradas as três espécies de novação, quais sejam: a objetiva, a subjetiva e a mista, onde será abordado seu cabimento, consequências e efeitos obrigacionais. 1.1 Conceito A novação ocorrerá quando as partes criarem uma nova obrigação que automaticamente acarretará a extinção da obrigação anterior, ou seja, a essência para que ocorra novação é o efetivo desejo, bilateral, dos contratantes de criar uma nova obrigação destinada a dar cabo da precedente e substituí-la, estabelecendo-se novas condições para a segunda. Segundo as palavras de Carlos Roberto Gonçalves, o qual diz que novação é a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior, ou seja, é a substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira. 1 1 GONÇALVES, Carlos Roberto, DIREITO CIVIL BRASILEIRO, volume 2: teoria das obrigações, 14ª Ed. São Paulo: saraiva, 2017, p.335.

12 11 Ocorre, por exemplo, quando o pai, para ajudar o filho, procura o credor deste e lhe propõe substituir o devedor, emitindo novo título de crédito. 2 Se o credor concordar, emitido o novo título e inutilizado o assinado pelo filho, ficará extinta a primitiva dívida, substituída pela do pai. Não se trata propriamente de uma transformação ou conversão de uma dívida em outra, mas de um fenômeno mais amplo, abrangendo a criação de nova obrigação, para extinguir uma anterior. A novação tem, pois, duplo conteúdo: um extintivo, referente à obrigação antiga; outro gerador, relativo à obrigação nova. 3 O último aspecto é o mais relevante, pois a novação não extingue uma obrigação preexistente para criar outra nova, mas cria apenas uma nova relação obrigacional, para extinguir a anterior. 4 A intenção da novação é criar para extinguir, ou seja, só existirá uma nova obrigação, se for extinta a primeira obrigação, de outro modo poder-se-ia confundir este instituto com a cessão de crédito ou até mesmo com a assunção de dívida. 1.2 Obrigação jurídica A novação não produz, como o pagamento, a satisfação imediata do crédito, ou seja, a satisfação da obrigação, sendo, pois, modo extintivo não satisfatório. O credor não recebe a prestação devida, mas apenas adquire outro direito de crédito ou passa a exercê-lo contra outra pessoa. 1.3 Natureza jurídica A novação tem natureza jurídica contratual, operando-se em consequência de ato de vontade dos interessados, jamais por força de lei. Segundo Silvio Rodrigues 5, a novação acarreta a extinção da dívida antiga, não a transformando, mas aniquilando-a. 2 Maria Helena Diniz, Curso de direito civil brasileiro, v. 2, p Maria Helena Diniz, Curso de direito civil brasileiro, v. 2, p ;curso de direito civil, v. ll, p Washington de Barros Monteiro, Curso de direito civil, 32. Ed. v. 4, p. 291; Curso de direito civil; Serpa Lopes, Curso de direito civil, v. ll, p RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. Parte Geral das Obrigações. Volume 2. 30ª. edição. SP: Saraiva p. 206

13 12 A nova dívida é, portanto, criação nova, pode ter objeto diferente, cláusulas e seguranças diversas, e só se prende à antiga por tê-la como causa da obrigação. A nova obrigação pode ter objeto idêntico ao da primeira, sem que, contudo deixe de constituir criação nova. Aqui é que importa indagar o animus novandi, a intenção das partes, o que afinal se reduz a uma questão de fato 6. Também Roberto de Ruggiero enfatiza esse aspecto, dizendo que a novação não é uma simples transformação de um direito de crédito pela mudança de um dos seus elementos constitutivos ou acessórios, mas a constituição de um novo direito de crédito sobre a base e com a substância de uma precedente relação obrigatória, que fica extinta, ou mais precisamente a extinção de uma obrigação mediante a constituição de uma obrigação nova, que toma o lugar da precedente 7. Neste sentido, conclui-se que na novação, credor e devedor ajustam nova obrigação com a intenção deliberada, possuindo, ambos, ânimo de novar, ou seja, substituir a obrigação anterior por uma nova obrigação. Trata-se, portanto, de um modo extintivo, mas não satisfativo, da obrigação, sua natureza é sempre contratual, pois não pode ser imposta pela lei. 1.4 Histórico A novação desempenhou papel de grande relevo no direito romano pelo fato de esse direito não admitir a alteração da obrigação, depois de contraída. Quando o progresso impôs a necessidade de se transferirem os créditos ou os débitos, o meio encontrado foi extinguir a relação jurídica anterior e constituir-se uma nova, o que se tornou possível pela novação. Todavia, era a mesma dívida que, extinguindo-se, se reconstituía sobre os alicerces da anterior, por meio de estipulação entre partes diferentes. Era o mesmo débito que, em outra obrigação, se transferia a um novo credor ou a um novo devedor 8. 6 Carlos Roberto Gonçalves, Comentários ao Novo Código Civil, Obrigações, p Roberto de Ruggiero, Instituições de direito civil, v. III, p Washington de Barros Monteiro, Curso, 32. ed., cit., v. 4, p. 290; Silvio Rodrigues, Direito civil, v. 2, p Direito Civil Brasileiro - Teoria Geral das Obrigações - v indd 336

14 13 Somente no direito moderno a novação passou a ter a acepção ampla de meio liberatório, mediante a criação de uma obrigação nova, para extinguir uma anterior. A transmissão das posições obrigacionais se faz hoje pela cessão de crédito e pela cessão de débito. Daí a razão pela qual alguns Códigos, como o alemão e o suíço, pouca atenção lhe dedicaram. No Código Civil brasileiro de , porém, manteve o instituto a mesma feição que lhe foi dada no diploma anterior, quando aparecia frequentemente nos ementários de jurisprudências dos Tribunais Superiores, demonstrando sua aplicação e efeitos jurídicos no mundo civil 10. Neste diapasão, pode-se analisar o percurso deste instituto ao longo dos tempos, porém, observa-se de uma maneira geral, sempre teve como característica específica da novação, a extinção da obrigação antiga para o surgimento de uma nova obrigação. 1.5 Requisitos obrigacionais São requisitos obrigacionais como pressupostos caracterizadores da novação: a existência de obrigação anterior (obligatio novanda), a constituição de nova obrigação (aliquid novi) e o animus novandi (intenção de novar, que pressupõe um acordo de vontades). O primeiro requisito consiste na existência de obrigação jurídica anterior, visto que a novação visa exatamente à sua substituição. É necessário que exista e seja válida a obrigação a ser novada. Dispõe, com efeito, o art. 367 do Código Civil: Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas 11. O segundo requisito, o animus novandi, ou seja, o acordo de vontades, pois, não se pode novar o que não existe, ou já existiu, mas encontra-se extinto, nem 9 BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 07 Set Contrato de abertura de crédito em conta corrente. Acréscimo de novos encargos financeiros, extinguindo dívida anterior. Novação objetiva operada. Impossibilidade de discussão do débito originário ( RT, 664/146). 11 BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 07 Set 2019.

15 14 extinguir o que não produz efeitos jurídicos. Neste sentido, Judith Martins-Costa critica a impropriedade terminológica da expressão obrigações nulas, dizendo que obrigação é efeito, tal como a dívida, de negócio jurídico válido. 12 Se a dívida é efeito, não se irradiam quaisquer efeitos de negócio jurídico nulo sequer a obrigação e dívida: ex nihilo, nihil, não se podendo novar o que não existe, ou que não está no mundo jurídico, porque dele foi afastado em razão da inexistência de certos elementos essenciais ao seu processo formativo 13. Exemplificando melhor, cita-se o vício que torna anulável um contrato de abertura de crédito em conta corrente ou o acréscimo de novos encargos financeiros, extinguindo dívida anterior 14. A obrigação simplesmente anulável, entretanto, pode ser confirmada pela novação, pois tem existência, enquanto não rescindida judicialmente. Podendo ser confirmada, interpreta-se sua substituição como renúncia do interessado ao direito de pleitear a anulação. 1.6 Exigibilidade O que justifica a novação não é a exigibilidade do crédito, mas sim a possibilidade de seu cumprimento, e essa possibilidade existe na obrigação natural. Poderá ser citado consonantes entendimentos neste mesmo sentido, como por exemplo, Carlos Roberto Gonçalves 15, o qual sustenta que a falta de exigibilidade da obrigação natural não é obstáculo para a novação, pois a obrigação natural ganha substrato jurídico no momento de seu cumprimento. Os contratos estão no âmbito da autonomia da vontade. Se as partes concordam em novar uma dívida natural por outra civil, não há por que obstar seu desejo: pacta sunt servanda. 12 MARTINS-COSTA, Judith. Comentários ao novo Código Civil. Rio de Janeiro: Forense, v. V, t. I e II. 13 Carlos Roberto Gonçalves, DIREITO CIVIL BRASILEIRO, volume 2: teoria das obrigações Comentários ao novo Código Civil, v. V, t. I, p Novação objetiva operada. Impossibilidade de discussão do débito originário (RT, 664/146). 15 Carlos Roberto Gonçalves, DIREITO CIVIL BRASILEIRO, volume 2: teoria das obrigações, Comentários ao novo Código Civil, v. V, t. I, p. 556.

16 15 Como dito anteriormente, onde foi reportado, sendo a obrigação natural válida como qualquer obrigação civil, bem como válido o seu pagamento, com caráter satisfativo, embora não exigível (imperfeita). Não há, efetivamente, empeço justificável a que seja substituída por outra obrigatória, mediante livre acordo celebrado entre credor e devedor, visto que, efetivamente, não é a exigibilidade, mas a possibilidade de cumprimento do crédito que justifica a novação. Se a obrigação se sujeita a termo ou condição, logo ela existe, (CC, arts. 125 e 131) 16 e, portanto, esta é passível de novação. A nova dívida, contraída para substituir a primeira, que deixa de existir, poderá ser pura e simples ou igualmente condicional. No último caso, a validade da novação dependerá do implemento da condição estabelecida, resolutiva ou suspensiva 17. Ressalta-se que diferentemente da compensação e do pagamento, a novação não se trata de espécie extintiva satisfativa, uma vez que na novação não haverá a satisfação do credor, seja pelo recebimento da divida, seja pela desoneração em pagar, mas, apenas a substituição de uma dívida por outra. 1.7 Extinção A princípio, não se extingue a obrigação original para criar outra obrigação. A mesma obrigação continua existindo, somente não se considerando o termo prefixado como o da exigibilidade. Nas palavras de Pontes de Miranda 18, a novação não é um negócio jurídico novo, mas sim o efeito de extinção da dívida antiga, que se atribuiu ao novo pacto, ao qual não há exigência de formalidade específica cujo requisito é a extinção da obrigação anterior com a assunção de uma nova. 16 BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 07 Set Washington de Barros Monteiro, Curso, 32. ed., cit., v. 4, p ; Judith Martins-Costa, Comentários, cit., v. V, t. I, p MIRANDA, Pontes. Tratado de Direito Privado. Parte Especial. Tomo XXV. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Borsoi, 1959.

17 16 Por isso mesmo não se tem alteração, exceto previsão expressa de lei, ou das partes, como ocorre com o art. 838, I, CC, quanto ao fiador que desconhece a concessão de moratória para o devedor 19. Neste sentido são os ensinamentos de Carlos Roberto Gonçalves, quem nova dívida prescrita, extingue-a, havendo novabilidade sempre que há interesse do devedor em se liberar, embora estivesse sujeito a exercício de pretensão ou de ação 20. Após a existência de dívida anterior, é necessária a constituição de nova dívida (aliquid novi), para extinguir e substituir a anterior. A inovação pode recair sobre o objeto e sobre os sujeitos, ativo e passivo, da obrigação, gerando, em cada caso, uma espécie diversa de novação. Esta só se configura se houver diversidade substancial entre a dívida anterior e a nova. Não há novação quando se verifiquem alterações secundárias na dívida, como exclusão de uma garantia, alongamento ou encurtamento do prazo, estipulação de juros etc. Frisa, a propósito, Renan Lotufo 21 : Fica claro, portanto, e desde logo, que a moratória não se considera novação, na medida em que a obrigação continua sendo a mesma, só se alterando o termo do vencimento. Importante e indispensável é o que diz respeito ao animus novandi. É imprescindível que o credor tenha a intenção de novar, pois importa renúncia ao crédito e aos direitos acessórios que o acompanham. Quando não manifestada expressamente, deve resultar de modo claro e inequívoco das circunstâncias que envolvem a estipulação. Na dúvida, entende-se que não houve novação, pois esta não se presume NERY JUNIOR, Nelson. Código de Processo Civil comentado. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, Carlos Roberto Gonçalves, DIREITO CIVIL BRASILEIRO, volume 2: teoria das obrigações, Comentários, cit., v. V, t. I, p LOTUFO, Renan. Código Civil Comentado. Volume 2 Obrigações Parte Geral (arts. 233 a 420). SP: Saraiva Novação. Presunção. Inadmissibilidade. Necessidade da comprovação do ânimo de novar (RT, 759/327).

18 17 Dispõe, com efeito, o art. 361 do Código Civil 23, não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito, mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira. Nesse caso coexistem as duas dívidas, que, entretanto, não se excluem 24. Não ocorre novação, por exemplo, quando o credor simplesmente concede facilidades ao devedor, como a dilatação do prazo, o parcelamento do pagamento ou ainda a modificação da taxa de juros, pois a dívida continua a mesma, apenas modificada em aspectos secundários. 25 O animus novandi pressupõe um acordo de vontades, que é elemento integrante da estrutura da novação. Nos contratos de adesão, maior deve ser a inequivocidade do animus novandi, a ser apreciado conforme o conjunto de circunstâncias e a concreta possibilidade de percepção das partes, mormente as que se apresentam como hipossuficiente 26. Admite-se que a forma utilizada para novar seja tácita, que se deduz da conduta do agente e não se identifica com a declaração presumida nem com o silêncio, desde que a declaração novativa seja inequívoca, isto é, certa, manifesta, que não enseja dúvida. Segundo Serpa Lopes 27, o animus novandi tácito deve ser certo, pois que, se pairar qualquer dúvida, mesmo levíssima, é de se excluir a novação. No tocante à novação objetiva, aduz o critério para reconhecê-la é o da incompatibilidade entre a nova obrigação e a precedente, cercada de tais circunstâncias que permitam se induzir claramente a intenção de novar. Assim, não indica um animus novandi a intervenção de um novo devedor, sem a liberação do existente, atento a que, nesse caso, há apenas um aumento de garantia. 23 BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 07 Set Novação. Inocorrência. Credor que nega expressamente, em contrato, o animus novandi. Hipótese que só confirma a dívida originária (RT, 793/287). 25 Acordo de empréstimo de dinheiro com o banco para cobrir saldo devedor da própria conta corrente. Contrato que não evidencia um novo financiamento ou novação, mas apenas a confirmação das cláusulas de abertura de crédito em conta corrente (RT, 801/359). 26 MARTINS-COSTA, Judith. Comentários ao novo Código Civil. Rio de Janeiro: Forense, v. V, t. I e II. Comentários, cit., v. V, t. I, p SERPA LOPES, Miguel Maria de. Curso de direito civil. 4. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, v. II; 1971, v. V.

19 18 Na mesma linha preleciona Carvalho de Mendonça: A novação tácita, portanto, dá-se todas as vezes que, sem declarar por termos precisos que a efetua, o devedor é exonerado da primeira obrigação e assume outra diversa, na substância ou na forma, da primeira, de modo a não ser uma simples modificação dela. É preciso, em suma, que a primeira e a segunda sejam incompatíveis 28. Pode-se concluir que para que ocorra a extinção da dívida antiga, é necessária a existência de nova dívida em substituição àquela, porém, para sua constituição deverá ser observado a validade da obrigação anterior. Como exemplo observa-se na hipótese de haver uma renegociação de dívida, poderá ser afirmado que ficará consubstanciada a novação, pois haverá a extinção e a substituição da dívida anterior, por uma nova. 1.8 Peculiaridades da Novação Para configurar a novação, é preciso que a primeira obrigação e a segunda sejam incompatíveis, pois, assim, não induzirá novação, por não ser incompatível uma com outra, por exemplo, a mudança do documento da obrigação de particular para público, ou vice-versa; a diminuição do prazo, o acréscimo das garantias, a mudança do lugar do pagamento, a cláusula nova de juros estipulados para uma dívida vencida, a transferência da natureza individual para a solidária, a aposição de uma cláusula penal, etc. Ao contrário disso, se converte uma alternativa em simples, ou vice-versa, ou se opõe uma condição ou se retira uma condição; se altera, enfim, o modus da obrigação, ou seja, a novação não será questionada, permanecendo o mesmo instituto 29. Poderá ser afirmado que o ânimo de novar advém da intenção das partes em extinguir a obrigação anterior e criar uma nova obrigação, no entanto, esclarece-se, que não haverá novação se esta for resultante de imposição legal. 28 Carvalho de Mendonça, Doutrina, cit., t. I, p. 596; Judith Martins-Costa, Comentários, cit., v. V, t. I, p Direito Civil Brasileiro - Teoria Geral das Obrigações - v REALE, Miguel. O Projeto do Novo Código Civil. 2. ed. São Paulo: Saraiva, Doutrina e prática das obrigações, t. I, p

20 Espécies de Novação Há três espécies de novação: (1) a objetiva, (2) a subjetiva e a (3) mista. Na primeira, altera-se o objeto da prestação; na segunda, ocorre a substituição dos sujeitos da relação jurídica, no polo passivo ou ativo, com quitação do título anterior; e na mista, ocorre, simultaneamente, na nova obrigação, mudança do objeto e substituição das partes Novação Objetiva Dá-se a novação objetiva ou real quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior (CC, art. 360, I) 30. Ocorre, por exemplo, quando o devedor, não estando em condições de saldar dívida em dinheiro, propõe ao credor, que aceita, a substituição da obrigação por prestação de serviços. Para que se configure, todavia, faz-se necessário o animus novandi, 31 sob pena de caracterizar-se uma dação em pagamento, na qual o solvens não mais seria devedor. Na novação, continua a sê-lo. Produz, assim, a novação a mudança de um objeto da prestação em outro, quando não seja imediatamente transferido como na dação 32. É muito comum a obtenção, pelo devedor, de novação da dívida contraída junto ao banco, mediante pagamento parcial e renovação do saldo por novo prazo, com a emissão de outra nota promissória, nela se incluindo os juros do novo período, despesas bancárias, correção monetária etc., e com a quitação do título primitivo. A novação objetiva pode decorrer de mudança no objeto principal da obrigação (conversão de dívida em dinheiro em renda vitalícia ou em prestação de serviços, p. ex.), em sua natureza (uma obrigação de dar substituída por outra de 30 BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 07 Set Washington de Barros Monteiro, Curso, 32. ed., cit., v. 4, p Carvalho de Mendonça, Doutrina, cit., t. I, p. 596; Judith Martins-Costa, Comentários, cit., v. V, t. I, p Direito Civil Brasileiro - Teoria Geral das Obrigações - v

21 20 fazer, ou vice-versa) ou na causa jurídica (quando alguém, p.ex., deve a título de adquirente e passa a dever a título de mutuário, ou passa de mutuário a depositário do numerário emprestado) 33. Pode haver novação objetiva mesmo que a segunda obrigação consista também no pagamento em dinheiro, desde que haja alteração substancial em relação à primeira Novação Subjetiva A novação é subjetiva ou pessoal quando promove a substituição dos sujeitos da relação jurídica. Pode ocorrer por substituição do devedor quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor, segundo dispõe o art. 360, II, do CC ou por substituição do credor quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este, nos termos do art. 360, III, do mesmo diploma. 34 A novação subjetiva por substituição do devedor (novação passiva) pode ser efetuada independentemente de consentimento deste (CC, art. 362), e, neste caso, denomina-se expromissão 35. Pode ser efetuada, ainda, por ordem ou com o consentimento do devedor, havendo neste caso um novo contrato de que todos os interessados participam, dando seu consentimento. Ocorre, nesta hipótese, o fenômeno da delegação, não mencionado pelo Código, por desnecessário, já que este autoriza a substituição até mesmo sem o consentimento do devedor. Assim, o pai pode substituir o filho, na dívida por este contraída, com ou sem o consentimento deste. Só haverá novação se houver extinção da primitiva obrigação Washington de Barros Monteiro, Curso, 32. ed., cit., v. 4, p BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 07 Set GONÇALVES, Carlos Roberto, DIREITO CIVIL BRASILEIRO, volume 2: teoria das obrigações, 14ª Ed. São Paulo: saraiva, 2017, p Carlos Roberto Gonçalves, Código Civil comentado, v. 2, p. 345.

22 21 Neste caso, a delegação será perfeita. Se, todavia, o credor aceitar o novo devedor, sem renunciar ou abrir mão de seus direitos contra o primitivo devedor, não haverá novação e a hipótese será de delegação imperfeita. 37 Confirmando essa assertiva, preleciona Rui Geraldo Camargo Viana: No que se refere à novação passiva ela se realiza por dois modos: a expromissão, na qual o novo devedor contrai a nova dívida sem ou até contra o consenso do anterior (ignorante ou invito debitore); a delegação, operada com o consentimento do devedor, isto é, por ordem do devedor da obrigação anterior 38. Na novação subjetiva por substituição do devedor ocorre o fenômeno da assunção de dívida ou cessão de débito, especialmente quando se trata de delegação, em que o devedor indica terceira pessoa para resgatar seu débito (mudança de devedor e também da obrigação). Mas a referida cessão pode ocorrer sem novação, ou seja, com a mudança do devedor e sem alteração na substância da relação obrigacional (cessão de financiamento para aquisição da casa própria, cessão de fundo de comércio etc.), hipótese esta disciplinada no Código Civil, nos arts. 299 a 303, sob o título Da Assunção de Dívida (v. Capítulo II do Título II Da transmissão das obrigações, retro) 39. A propósito da assunção de dívida ou cessão de débito assevera Caio Mário da Silva Pereira, trata-se, em rigor, de substituição em a mesma relação jurídica, pois, caso contrário, haveria novação. E é condição de sua eficácia o consentimento do credor. 40 A possível distinção teórica, entre a novação subjetiva passiva e a cessão de débito, consiste justamente em que naquela a dívida anterior se extingue, para ser substituída pela subsequente; enquanto que nesta é a mesma obrigação que subsiste, havendo mera alteração na pessoa do devedor. 37 VIANA, Rui Geraldo Camargo. A Novação. SP: Revista dos Tribunais, A novação, p Direito Civil Brasileiro - Teoria Geral das Obrigações - v BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 07 Set Caio Mário da Silva Pereira, Instituições, cit., v. II, p. 150;

23 22 A consequência primordial resultante da distinção é que na novação, desaparecendo a dívida anterior, perecem as garantias e acessórios do crédito assim novado 41. Na novação subjetiva por substituição do credor (novação ativa ou mutatio creditoris) ocorre um acordo de vontades, pelo qual muda a pessoa do credor. Mediante nova obrigação, o primitivo credor deixa a relação jurídica e outro lhe toma o lugar. Assim, o devedor se desobriga para com o primeiro, estabelecendo novo vínculo para com o segundo, pelo acordo dos três. Veja-se o exemplo: A deve para B, que deve igual importância a C. Por acordo entre os três, A pagará diretamente a C, sendo que B se retirará da relação jurídica. Extinto ficará o crédito de B em relação a A, por ter sido criado o de C em face de A (substituição de credor). Não se trata de cessão de crédito, porque surgiu dívida inteiramente nova. Extinguiu-se um crédito por ter sido criado outro. De certa forma se configurou uma assunção de dívida, pois A assumiu, perante C, dívida que era de B. Todavia, a hipótese não se confunde com a disciplinada no novo Código Civil, por ter havido novação. O instituto da novação não se confunde com a cessão de crédito. Nesta, todos os acessórios, garantias e privilégios da obrigação primitiva são mantidos, enquanto na novação ativa eles se extinguem Novação Mista A novação mista é expressão da doutrina, dentre elas, encontra-se adepto a esta corrente Orlando Gomes, o qual suscita que esta modalidade não está mencionada no Código Civil brasileiro, pois, apenas decorre da fusão das duas primeiras espécies, (objetiva e subjetiva) 42, e se configura quando ocorre, ao mesmo tempo, mudança do objeto da prestação e dos sujeitos da relação jurídica obrigacional. 41 Cessão de débito, in Enciclopédia Saraiva do Direito, v. 14, p Direito Civil Brasileiro - Teoria Geral das Obrigações - v GOMES, Orlando. Obrigações. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, Ed. Forense, p. 109.

24 23 Por exemplo: o pai assume dívida em dinheiro do filho (mudança de devedor), mas com a condição de pagá-la mediante a prestação de determinado serviço (mudança de objeto). Trata-se de um tertium genus, que congrega simultaneamente as duas espécies anteriormente mencionadas, conservando, por essa razão, as características destas 43. Assevera Caio Mário da Silva Pereira, apoiado em Clóvis Beviláqua e Alfredo Como, que, se conjugam a alteração subjetiva e a objetiva, teremos uma figura de novação subjetivo-objetiva, inteiramente aceitável 44. Aparentemente, no entanto, corrobora com o entendimento que o correto é considerar a existência de apenas duas espécies de novação, a objetiva e a subjetiva, palavras de Carlos Roberto Gonçalves 45, visto que esta última, (subjetiva), já engloba a que alguns autores denominam mista, dentre eles, Orlando Gomes. 46 Efetivamente, para que se caracterize a novação subjetiva não basta que haja substituição dos sujeitos da relação jurídica, seja no polo ativo (CC, art. 360, III), seja no polo passivo (art. 360, II) 47. A nova obrigação extingue a antiga, pois, caso contrário configuraria uma cessão de crédito ou uma assunção de dívida Lançamento em conta corrente Discute-se entre doutrinadores, dentre eles Carlos Roberto Gonçalves 48, e Maria Helena Diniz 49, se lançamento em conta corrente constitui novação objetiva, 43 Álvaro Villaça Azevedo, Teoria geral das obrigações, p. 177; Novo curso de direito civil, v. II, p Caio Mário da Silva Pereira, Instituições, cit., v. II, p Carlos Roberto Gonçalves, Código Civil comentado, v. 2, p GOMES, Orlando. Obrigações. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, Ed. Forense, p BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 07 Set GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro. São Paulo: Saraiva, v DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, v. 2. p

25 24 sustentando alguns que a inscrição faz desaparecer o antigo débito e surgir um novo, fundado na partida da conta. Ao aceitar as contas, o devedor correntista reconhece o saldo em nova realidade, extinguindo-se a obrigação decorrente da conta corrente, bem como as garantias reais ou fidejussórias. 50 A indivisibilidade da conta corrente justifica tal posicionamento, tendo em vista que os lançamentos efetuados na conta corrente perdem sua indivisibilidade para compor as colunas do dever e haver, que serão apuradas ao final, somente no fechamento, ao apontar o verdadeiro e exigível saldo 51. O Superior Tribunal de Justiça, com observância do princípio da função social dos contratos e nova visão do conceito tradicional de novação herdado do direito romano, editou a Súmula 286, do seguinte teor: A renegociação de contrato bancário ou a comissão da dívida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores 52 Predomina, no entanto, o entendimento de que não se opera novação, na hipótese, mas uma transformação dos créditos em meras partidas ou artigos de conta, que se mantêm indivisíveis até o reconhecimento final Efeitos da novação O efeito primordial da novação consiste na extinção da primitiva obrigação, substituída por outra obrigação, constituída exatamente para provocar a referida extinção. Não há que se falar em novação quando a dívida continua a mesma e modificação alguma se verifica nas pessoas dos contratantes 53. Os arts. 363 e 365 do Código Civil referem-se à novação subjetiva por substituição do devedor. Diz o primeiro: Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a 50 COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. 4. ed. São Paulo: Saraiva, RODRIGUES, Silvio. Cessão de débito. In: Enciclopédia Saraiva do Direito. São Paulo: Saraiva, v BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Jurisprudência. Disponível em:<http: //www. stj.jus.br/scon/>. Acesso em: 11 Set MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil. 29. ed. SãoPaulo: Saraiva, 1997, v. 4; 32. ed., atualizada por Carlos Alberto Maluf,2003, v. 4; e v. 3, 14.

26 25 substituição. A insolvência do novo devedor corre por conta e risco do credor, que o aceitou 54. Não tem direito a ação regressiva contra o primitivo devedor, mesmo porque o principal efeito da novação é extinguir a dívida anterior. Mas, em atenção ao princípio da boa-fé, que deve sempre prevalecer sobre a malícia, abriu-se a exceção, deferindo-se lhe a ação regressiva contra o devedor, se este, ao obter a substituição, ocultou, maliciosamente, a insolvência de seu substituto na obrigação. A má-fé deste tem, pois, o condão de reviver a obrigação anterior, como se a novação fosse nula. Traduz-se a mala fides pelo emprego de quaisquer expedientes tendentes a desfigurar a realidade da situação, criando aparências ilusórias, ou destruindo ou sonegando quaisquer elementos que pudessem esclarecer o delegado, visto que o princípio da boa-fé objetiva, como princípio orientador do direito obrigacional, impõe ao delegante o dever de informar. Pode ela apresentar-se, pois, sob a forma de ação (positiva ou comissiva) ou de omissão (negativa ou omissiva) 55. O art. 365 do Código Civil 56 prescreve a exoneração dos devedores solidariamente responsáveis pela extinta obrigação anterior, estabelecendo que só continuarão obrigados se participarem da novação. Operada a novação entre o credor e apenas um dos devedores solidários, os demais, que não contraíram a nova obrigação, ficam por esse fato exonerados. São estranhos à dívida nova. Assim, extinta a obrigação antiga, exaure-se a solidariedade. Esta só se manterá se for também convencionada na última. Efetivamente, havendo a extinção total da dívida primitiva por força da novação operada, a exoneração alcança todos os devedores solidários BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 11 Set Judith Martins-Costa, Comentários, cit., v. V, t. I, p Direito Civil Brasileiro - Teoria Geral das Obrigações - v BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 11 Set FARIAS, Cristiano Chaves de e ROSENVALD, Nelson. Direito das Obrigações. 5ª. Edição. RJ: Lumen Juris. 2011

27 26 Se, no entanto, um ou alguns novaram, não se justifica a extensão da responsabilidade pela dívida nova àqueles que não participaram do acordo novatório. 58 Como dito anteriormente, o animus novandi não se presume, pois deve ser sempre inequívoco (CC, art. 361). Da mesma forma, importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal (CC, art. 366). Trata-se de uma consequência do princípio estabelecido no art. 364, primeira parte, do Código Civil, segundo o qual a novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário 59. A fiança só permanecerá se o fiador, de forma expressa, assentir com a nova situação. Proclama a Súmula 214 do Superior Tribunal de Justiça : O fiador na locação não responde por obrigações resultantes de aditamento ao qual não anuiu 60. A respeito das renegociações de dívidas bancárias, pondera Arnaldo Rizzardo que, se, pelos princípios vistos, a novação importa em criar uma nova obrigação com a extinção da anterior, não podem subsistir as cédulas rurais ou industriais, hipotecárias ou pignoratícias, admitidas unicamente para fins específicos. Uma vez efetuada a renegociação, é primário que não mais persiste qualquer financiamento 61. Entre os acessórios da dívida, mencionados no art. 364 supratranscrito, encontram-se os juros e outras prestações cuja existência depende da dívida principal, como a cláusula penal, não mais operando os efeitos da mora. 62 O mencionado efeito é consequência do princípio de que o acessório segue o destino do principal. O dispositivo ressalva a possibilidade de sobrevirem os acessórios, na obrigação nova, se as partes assim convencionarem. Nas garantias incluem-se as reais, como o penhor, a anticrese e a hipoteca: e as pessoais, como a fiança. Incluem-se, também, os privilégios Carlos Roberto Gonçalves, Código Civil comentado, v. 2, p BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: //www. planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 11 Set BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Jurisprudência. Disponível em:<http: // br/scon/>. Acesso em: 11 Set Direito das obrigações, p Direito Civil Brasileiro - Teoria Geral Obrigações - v DINIZ, Maria Helena. Tratado Teórico Prático dos Contratos. V.1. São Paulo. Editora Saraiva MIRANDA, Pontes. Tratado de Direito Privado. Parte Especial.2ª Ed. Rio de Janeiro:Borsoi,1959.

28 27 Aduz o referido art. 364, na segunda parte, que não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação 64. Com efeito, extinto o vínculo primitivo e, por consequência, desaparecidas as garantias que o asseguravam, estas só renascem por vontade de quem as prestou 65. Ao final, conclui-se que, diante deste instituto do direito das obrigações, enxerga-se, uma espécie renovadora terminológica, ou seja, apesar de parecer-se muito com a cessão de direitos, tem suas peculiaridades distintas de tal instituto. 66 Pois, na novação, surge-se uma nova obrigação, consequentemente, extinguindo a primeira, por outro lado, na cessão de direitos, permanece a mesma obrigação juntamente com seus acessórios e garantias, o que muda neste instituto são as partes, diferindo, portanto da novação, onde as partes são as mesmas, o que muda é a obrigação, além do mais, ressalta-se que ambos pertencem ao direito das obrigações, porém, cada qual com suas características e peculiaridades. 64 BRASIL. Lei /02, de 10 de Janeiro de Código Civil Disponível em:<http: // ccivil_03/leis/l3071.htm>. Acesso em 11 Set Silvio Rodrigues, Direito civil, cit., v. 2, p Direito Civil Brasileiro - Teoria Geral das Obrigações - v VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil. 3. ed. São Paulo: Atlas, v. II.

29 28 SEÇÃO 2 DO ANATOCISMO No capítulo a seguir será abordado o conceito de anatocismo, bem como seu surgimento nas relações obrigacionais e financeiras, será demonstrada a sua evolução histórica, juntamente com a sua configuração no mundo jurídico obrigacional, bem como os seus efeitos, as suas peculiaridades, a sua aplicação financeira, aplicações estas, as quais se dividem sob duas modalidades, sendo: A primeira delas, permitida por lei, ou seja, encontrando-se amparo legal na legislação nacional, e a segunda modalidade, vedada por lei, tanto na legislação nacional como também em legislações de grande parte dos países, principalmente, nos países europeus. Ainda dentro do mesmo capítulo será abordada a utilização do anatocismo em forma de direito comparado entre Brasil e alguns países do velho continente, Europa, onde será demonstrada como é tratada a utilização deste instituto integrante do direito civil no mundo das obrigações contratuais. 2.1 Conceito O anatocismo é conceituado pelo Direito Civil como a cobrança de juros sobre o juro vencido e não pago, que se incorpora ao capital desde o dia do vencimento. É a capitalização dos juros, não admitida legalmente, mesmo que expressamente convencionada em contrato, salvo em operações regidas por normas especiais. Já como conceito de Direito Comercial, o anatocismo é a cumulação dos juros vencidos aos saldos liquidados em conta corrente de ano a ano, permitindo-se a contagem posterior dos juros sobre os saldos apurados 67. Apesar de ser pouco conhecido, o anatocismo possui tamanha importância nas relações obrigacionais, pois, muito se confunde como sendo juros em sua literalidade sem exceções, porém, há uma grande distinção entre estas duas palavras, pois, de acordo com as palavras de José Dutra Vieira Sobrinho: Anatocismo nada tem a ver com o critério de formação dos juros a serem pagos (ou recebidos) numa determinada data; ele consiste na cobrança de juros sobre juros vencidos e não pagos, exatamente como conceituado no Novo Dicionário Brasileiro COELHO, Fabio Ulhoa. Manual de Direito Comercial. 13º Ed., Rev.Atual. São Paulo: Saraiva VIEIRA SOBRINHO, José Dutra, Livro: Cobrança de juros sobre juros Anatocismo ed. Almedina. País de produção: Portugal.

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