Em 2007, todas as publicações do BCE apresentam um motivo retirado da nota de 20.

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1 Em 27, todas as publicações do apresentam um motivo retirado da nota de 2. BOLETIM MENSAL MARÇO 27

2 Banco Central Europeu, 27 Morada Kaiserstrasse Frankfurt am Main Alemanha Endereço postal Postfach Frankfurt am Main Alemanha Telefone Internet Fax Telex ecb d Este Bol etim f oi preparad o sob a responsabilidade da Comissão Executiva do. As traduções são elaboradas e publicadas pelos bancos centrais nacionais. To d os os d ireitos reserv a d os. A reprodução para fins pedagógicos e não comerciais é permitida, desde que a fonte esteja identificada. A data de fecho das estatísticas incluídas nesta publicação foi 7 de Março de 27. Depósito legal n.º 13169/99 ISSN (impresso) ISSN (online) Execução Gráfica Tipografia Peres, SA

3 ÍNDICE EDITORIAL 5 EVOLUÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA 9 Conjuntura externa da área do euro 9 Evolução monetária e financeira 15 Preços e custos 5 Produto, procura e mercado de trabalho 6 Evolução orçamental 73 Evolução cambial e da balança de pagamentos 79 Caixas: 1 Condições de liquidez e operações de política monetária de 8 de Novembro de 26 a 13 de Fevereiro de Evolução das ligações internacionais entre as curvas de rendimentos das obrigações de dívida pública na área do euro e nos Estados Unidos 32 3 Alterações das taxas activas dos bancos e novos empréstimos à habitação na área do euro 45 4 Análise pormenorizada das variações do IHPC em Janeiro de cada ano e comparação com a evolução em outros meses 52 5 Inquérito ao investimento da Comissão Europeia 61 6 Projecções macroeconómicas para a área do euro elaboradas por especialistas do 68 7 Os requisitos de política orçamental do Tratado que institui a Comunidade Europeia e do Pacto de Estabilidade e Crescimento 75 8 As taxas de câmbio efectivas do euro após os recentes alargamentos da área do euro e da UE 82 ESTATÍSTICAS DA ÁREA DO EURO E 1 ANEXOS Cronologia das medidas de política monetária do Eurosistema I O sistema TARGET ( Transferências Automáticas Transeuropeias de Liquidações pelos Valores Brutos em Tempo Real ) V Documentos publicados pelo Banco Central Europeu desde 26 IX Glossário XV Março 27 3

4 ABREVIATURAS PAÍSES BE BG CZ DK DE EE IE GR ES FR IT CY LV LT LU Bélgica Bulgária República Checa Dinamarca Alemanha Estónia Irlanda Grécia Espanha França Itália Chipre Letónia Lituânia Luxemburgo HU MT NL AT PL PT RO SI SK FI SE UK JP EUA Hungria Malta Países Baixos Áustria Polónia Portugal Roménia Eslovénia Eslováquia Finlândia Suécia Reino Unido Japão Estados Unidos OUTRAS Banco Central Europeu BdP balança de pagamentos BCN banco central nacional BIS Bank for International Settlements CD certificado de depósito c.i.f. cost, insurance and freight at the importer s border CTCI 3.ª Rev. Classificação Tipo do Comércio Internacional (3.ª revisão) CUTCE Custos unitários do trabalho no conjunto da economia CUTIT Custos unitários do trabalho na indústria transformadora EUR euro FMI Fundo Monetário Internacional f.o.b. free on board at the exporter s border HWWI Instituto de Economia Internacional de Hamburgo IFM Instituição Financeira Monetária IHPC Índice Harmonizado de Preços no Consumidor IME Instituto Monetário Europeu IPC Índice de Preços no Consumidor IPP Índice de Preços no Produtor MBP5 Manual da Balança de Pagamentos do FMI (5.ª edição) NACE Rev. 1 Classificação estatística das actividades económicas na Comunidade Europeia OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico OIT Organização Internacional do Trabalho PIB Produto Interno Bruto SEBC Sistema Europeu de Bancos Centrais SEC 95 Sistema Europeu de Contas 1995 TCE taxa de câmbio efectiva UE União Europeia UEM União Económica e Monetária De acordo com a prática corrente na Comunidade, a listagem dos países da UE constantes no presente Boletim é feita segundo a ordem alfabética dos nomes dos países nas línguas nacionais. 4 Março 27

5 EDITORIAL Na reunião de 8 de Março de 27, o Conselho do decidiu aumentar, em 25 pontos base, a taxa mínima de proposta aplicável às operações principais de refinanciamento do Eurosistema, que passou para 3.75%. Decidiu igualmente aumentar as taxas de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósito em 25 pontos base, para 4.75% e 2.75%, respectivamente. Estas decisões entraram em vigor na data de início do novo período de manutenção de reservas, 14 de Março de 27. O Conselho do decidiu aumentar as taxas de juro directoras do devido aos riscos ascendentes para a estabilidade de preços a médio prazo identificados com base nas suas análises monetária e económica. A decisão contribuirá para assegurar que as expectativas de inflação a médio e a mais longo prazo na área do euro permaneçam firmemente ancoradas em níveis compatíveis com a estabilidade de preços. O ancorar das expectativas constitui uma condição prévia para a política monetária contribuir, de forma continuada, para a promoção de um crescimento económico sustentável e a criação de emprego na área do euro. Dada a conjuntura económica favorável, depois deste aumento, a política monetária do permanece do lado acomodatício, com as taxas de juro directoras do em níveis moderados, um vigoroso crescimento monetário e do crédito e uma liquidez na área do euro que, tendo em conta todas as medidas plausíveis, continua a ser ampla. Por conseguinte, em termos prospectivos, é necessário agir firme e atempadamente para assegurar a estabilidade de preços a médio prazo. O Conselho do acompanhará de perto todos os desenvolvimentos, por forma a que os riscos para a estabilidade de preços a médio prazo não se concretizem. Começando pela análise económica, a primeira estimativa do Eurostat indica que, em termos trimestrais em cadeia, a taxa de crescimento real do PIB na área do euro se situou em.9% no quarto trimestre de 26, ou seja, acima das expectativas anteriores. A actual avaliação do Conselho do é de que é provável que o perfil trimestral do crescimento real do PIB seja algo mais suave do que inicialmente previsto, em resposta ao impacto das alterações nos impostos indirectos num país de grandes dimensões da área do euro. A força do crescimento real do PIB no quarto trimestre é, assim, indicativa da continuação de um crescimento robusto na área do euro. Tanto a procura interna como as exportações contribuíram de modo significativo para o crescimento real do PIB, o que confirma o carácter sustentado e generalizado da actual expansão. A informação sobre a actividade económica fornecida por diversos inquéritos à confiança e estimativas baseadas em indicadores corrobora a avaliação de que o crescimento económico robusto se estendeu a 27. Em termos prospectivos, as perspectivas a médio prazo para a actividade económica permanecem favoráveis. Mantêm-se as condições para que a área do euro observe taxas de crescimento sólidas. No que diz respeito à conjuntura externa, o crescimento económico mundial tornou-se mais equilibrado entre as várias regiões e, ainda que tenha moderado um pouco, permanece robusto, em parte apoiado pelos preços do petróleo mais baixos. As condições externas estão, portanto, a apoiar as exportações da área do euro. Espera-se também que a procura interna na área do euro preserve o seu dinamismo relativamente forte. O investimento deverá permanecer dinâmico, beneficiando de um período prolongado de condições de financiamento muito favoráveis, da reestruturação dos balanços, da acumulação e continuação de lucros empresariais robustos e de ganhos na eficiência das empresas. O consumo deverá igualmente continuar a fortalecer-se ao longo do tempo, em linha com a evolução do rendimento disponível real, à medida que as condições de emprego vão melhorando. Estas perspectivas encontram-se também reflectidas nas novas projecções macroeconómicas dos especialistas do. Segundo as projecções, o crescimento real médio anual do PIB deverá situar-se num intervalo entre 2.1% e 2.9% em 27 e entre 1.9% e 2.9% em 28. Em comparação com as projecções de Dezembro dos especialistas do Eurosistema, os intervalos projectados para o crescimento real do PIB em Março 27 5

6 27 e 28 foram revistos em sentido ascendente, em grande medida como reflexo da força do crescimento do PIB no segundo semestre de 26 e dos preços mais baixos dos produtos energéticos, que, se sustentados, teriam um impacto positivo no rendimento disponível real. Na óptica do Conselho do, os riscos associados a estas perspectivas favoráveis para o crescimento económico estão, em geral, equilibrados a mais curto prazo. Em horizontes mais alargados, os riscos permanecem principalmente do lado descendente. Os principais riscos estão relacionados com a possibilidade de uma nova subida dos preços do petróleo, com receios de um aumento das pressões proteccionistas e com preocupações acerca de uma possível evolução desordenada devido a desequilíbrios a nível mundial. Relativamente à evolução dos preços, a estimativa provisória do Eurostat indica que a inflação homóloga medida pelo IHPC se situou em 1.8% em Fevereiro de 27, ou seja, sem alterações em relação a Janeiro de 27. A descida das taxas de inflação global desde o Verão de 26 deve-se, predominantemente, aos preços mais baixos dos produtos energéticos. Em termos prospectivos, a volatilidade observada no ano transacto nos preços dos produtos energéticos conduzirá a efeitos de base significativos, afectando o perfil das taxas de inflação homólogas no corrente ano. Com base no actual nível dos preços do petróleo e dos preços dos futuros do petróleo, é provável que as taxas de inflação homólogas desçam durante a Primavera e o Verão, vindo depois a subir de novo por volta do final do ano, e que, então, oscilem mais uma vez em torno de 2%. As novas projecções macroeconómicas dos especialistas do prevêem que a inflação homóloga medida pelo IHPC se situe, em média, entre 1.5% e 2.1% em 27 e entre 1.4% e 2.6% em 28. Comparando com as projecções de Dezembro de 26 dos especialistas do Eurosistema, o limite superior do intervalo projectado para a inflação em 27 é ligeiramente mais baixo, reflectindo, em grande medida, a descida dos preços do petróleo. Em contraste, o intervalo projectado para a inflação em 28 é ligeiramente mais elevado, em larga medida devido ao antecipado crescimento económico mais forte, que pode vir a exercer uma pressão mais intensa sobre a utilização e os custos dos factores de produção. Neste contexto, importa ter em mente o carácter condicional destas projecções, que assentam num conjunto de pressupostos técnicos, incluindo expectativas do mercado acerca das futuras taxas de juro de curto e de longo prazo, bem como acerca dos preços do petróleo e das matérias-primas não energéticas. Num horizonte a médio prazo relevante em termos de política, as perspectivas para a evolução dos preços permanecem, na óptica do Conselho do, sujeitas a riscos ascendentes, que estão relacionados com a possibilidade de novas subidas dos preços do petróleo e aumentos adicionais dos preços administrados e dos impostos indirectos para além dos até agora anunciados e decididos. Mais importante, uma evolução salarial mais forte do que o actualmente esperado representa riscos ascendentes substanciais para a estabilidade de preços, sobretudo tendo em conta a dinâmica favorável do crescimento real do PIB observada nos últimos trimestres. É, pois, crucial que os parceiros soci a i s con t inuem a assumir as suas responsabilidades. Neste contexto, os acordos salariais devem ter em consideração as posições em termos de competitividade de preços, o nível ainda elevado do desemprego em muitas economias, assim como a evolução da produtividade. O Conselho do acompanhará muito atentamente as próximas negociações salariais nos países da área do euro. A análise monetária confirma a prevalência dos riscos ascendentes para a estabilidade de preços em horizontes a médio e a mais longo prazo. O crescimento homólogo do M3 não registou alterações em Janeiro, mantendo-se em 9.8% e permanecendo assim a taxa mais elevada observada desde a introdução do euro. Situando-se em 1.6%, a taxa de crescimento homóloga dos empréstimos ao sector privado 6 Março 27

7 EDITORIAL também se manteve forte em Janeiro. O forte crescimento do crédito ao sector privado reflecte a continuada tendência ascendente do crescimento dos empréstimos contraídos por sociedades não financeiras desde meados de. Entretanto, num contexto de crescentes taxas hipotecárias no conjunto da área do euro e de um abrandamento do aumento dos preços da habitação em algumas regiões, o crescimento dos empréstimos contraídos pelas famílias revelou novos sinais de moderação nos últimos meses, embora continue a registar taxas elevadas. Adoptando a apropriada perspectiva de médio a mais longo prazo para a avaliação das tendências do crescimento monetário e do crédito, a evolução mais recente confirma a continuação de uma persistente tendência ascendente na taxa subjacente da expansão monetária. Após vários anos de crescimento monetário robusto, a situação de liquidez na área do euro é ampla, tendo em conta todas as medidas plausíveis. A robusta expansão monetária e do crédito reflecte a orientação acomodatícia da política monetária ao longo de um período prolongado e o fortalecimento da actividade económica na área do euro. Num contexto de ampla liquidez, tal aponta para riscos ascendentes para a estabilidade de preços a médio e a mais longo prazo. Por conseguinte, continua a ser necessário acompanhar muito atentamente a evolução monetária, sobretudo perante um contexto de sólida expansão da actividade económica e de continuação da forte dinâmica do mercado imobiliário em muitas zonas da área do euro. Resumindo, na avaliação das tendências dos preços é importante ver para além de qualquer volatilidade de curto prazo nas taxas de inflação. Em termos de política monetária, o horizonte relevante é o médio prazo. Os riscos para as perspectivas a médio prazo para a estabilidade de preços permanecem em sentido ascendente e estão relacionados, em particular, com uma evolução salarial mais forte do que o actualmente esperado, no contexto de uma continuação de um crescimento robusto do emprego e da actividade económica. Dado o vigoroso crescimento monetário e do crédito num contexto já de ampla liquidez, o cruzamento dos resultados da análise económica com os da análise monetária corrobora a avaliação de que prevalecem riscos ascendentes para a estabilidade de preços a médio e a mais longo prazo. O Conselho do continuará a acompanhar de muito perto todos os desenvolvimentos, de modo a que os riscos para a estabilidade de preços a médio prazo não se concretizem. Tal contribuirá para manter as expectativas de inflação a médio e a mais longo prazo na área do euro firmemente ancoradas em níveis compatíveis com a estabilidade de preços. Por conseguinte, em termos prospectivos, continua a ser necessário agir firme e atempadamente para assegurar a estabilidade de preços a médio prazo. Em termos de política orçamental, é cada vez maior a evidência de que, em vários países e no conjunto da área do euro, a evolução cíclica favorável conduziu a resultados orçamentais em 26 melhores do que o esperado. Contudo, os programas de estabilidade actualizados prevêem apenas progressos moderados na consolidação orçamental no decurso dos próximos anos. Neste aspecto, os objectivos, em termos de consolidação, de alguns países não parecem totalmente em linha com os requisitos do Pacto de Estabilidade e Crescimento revisto. Os riscos advêm, em particular, da ausência de medidas bem especificadas e credíveis, nomeadamente no que diz resp eito ao lado da desp esa dos orçamentos. Tendo em conta a conjuntura económica favorável, o Conselho do considera essencial que sejam evitadas políticas pró-cíclicas em todos os países da área do euro e que os esforços de consolidação orçamental sejam suficientemente ambiciosos nos países ainda com desequilíbrios orçamentais e/ou uma dívida pública elevada. É preciso aproveitar a ocasião para se atingir finanças públicas sólidas nos horizontes previstos no programa e, o mais tardar, até 21 em todos os países da área do euro. Uma consolidação orçamental que faça parte de uma estratégia de reforma orientada para o médio prazo, credível e centrada na despesa apoiaria o crescimento a Março 27 7

8 mais longo prazo do produto e do emprego e contribuiria para a preparação para o impacto orçamental do envelhecimento da população. Em relação às reformas estruturais, o Conselho Europeu debateu a situação actual e os progressos futuros em termos da implementação da estratégia de Lisboa na sua reunião de 8 e 9 de Março. É positivo ver que as reformas e aumentos moderados dos custos do trabalho ajudaram a obter um nível mais elevado de emprego e a reduzir o desemprego nos últimos anos, se bem que os progressos não tenham sido iguais em todos os Estados-Membros da UE. O Conselho do incita à acção no sentido de serem criados incentivos e estruturas que apoiem a integração de todos os grupos no mercado de trabalho, incluindo aqueles cujas taxas de emprego no passado eram relativamente baixas. A reforma dos sistemas de tributação e de benefícios melhoraria os incentivos ao trabalho e criaria postos de trabalho. A redução dos impostos sobre o trabalho (incluindo as contribuições para a segurança social) e, desse modo, dos custos do trabalho apoiaria o emprego, ao passo que a fixação de salários mínimos num nível não em consonância com a produtividade reduz as possibilidades de emprego dos trabalhadores menos qualificados. O Conselho do apoia plenamente as políticas destinadas a melhorar a educação e a adopção de inovações tecnológicas que visem aumentar o crescimento da produtividade. A par de iniciativas destinadas a criar um contexto mais favorável às empresas, estas políticas aumentariam as oportunidades de todos participarem num processo de crescimento melhorado. 8 Março 27

9 EVOLUÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA EVOLUÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA Conjuntura externa da área do euro I CONJUNTURA EXTERNA DA ÁREA DO EURO A economia mundial continua a expandir -se a um ritmo robusto, embora a evolução dos preços a nível mundial continue fortemente influenciada pelas variações nos preços dos produtos energéticos. Os riscos para as perspectivas mundiais estão relacionados com o receio de um aumento das pressões proteccionistas, a possibilidade de uma nova subida dos preços do petróleo e preocupações acerca de uma correcção desordenada dos desequilíbrios económicos mundiais. 1.1 EVOLUÇÃO DA ECONOMIA MUNDIAL De um modo geral, a economia mundial continua a expandir -se a um ritmo robusto. Os dados de inquéritos e os dados disponíveis sobre o PIB sugerem que o abrandamento da actividade económica mundial observado depois do primeiro trimestre de 26 não se prolongou até ao último trimestre de 26 em vários países. Mais recentemente, a expansão mundial parece ter -se tornado ligeiramente mais equilibrada entre os vários sectores. Embora a actividade no sector dos serviços, que tem sido o principal impulsionador do crescimento mundial nos últimos meses, pareça ter registado um ligeiro enfraquecimento em Fevereiro, o sector transformador mundial recuperou ligeiramente, após um período de moderação da sua actividade. Gráfico 1 Evolução dos preços nos países da OCDE (taxas de variação homólogas (%); dados mensais) preços no consumidor (todas as rubricas) preços no consumidor (todas as rubricas, excl. produtos alimentares e energéticos) preços no produdor (ind. transformadora) A evolução dos preços a nível mundial continua a ser fortemente influenciada pelas variações nos preços dos produtos energéticos. Após um aumento no final de 26, a inflação homóloga dos preços no consumidor nos países da OCDE voltou a diminuir em Janeiro, reflectindo em larga medida a nova descida dos preços do petróleo. Pelo contrário, nos últimos meses, a inflação homóloga dos preços no consumidor excluindo produtos alimentares e energéticos tem permanecido relativamente estável. ESTADOS UNIDOS De acordo com as datas definidas oficialmente para o ciclo económico pelo National Bureau of Economic Research (Gabinete Nacional de Estudos Económicos), a economia dos Estados Unidos terminou agora o seu quinto ano consecutivo de expansão. No conjunto de 26, o crescimento real do PIB situou -se em 3.3%. Em 26, o perfil trimestral de crescimento caracterizou -se por um aumento excepcionalmente forte do PIB real no primeiro trimestre do ano (5.6% numa base trimestral anualizada), seguido por uma acentuada moderação do crescimento nos três trimestres seguintes (2.6%, 2.% e 2.2%, respectivamente). Este padrão parece indicar que, após vários anos de rápida expansão, a economia dos Estados Unidos entrou numa fase de crescimento mais moderado. A moderação actualmente observada no crescimento económico dos Estados Unidos reflecte uma evolução adversa no mercado da habitação, que deu origem a uma forte contracção do investimento residencial durante a maior parte de 26. O efeito atenuante sobre a actividade económica do Março 27 9

10 abrandamento no sector da construção tem sido mitigado, em certa medida, pela resiliência das despesas de consumo privado, que reflectem, em parte, condições favoráveis do emprego e dos rendimentos, e por uma forte actividade de investimento empresarial. No que respeita à evolução dos preços, nos últimos trimestres a inflação homóloga global dos preços no consumidor desceu significa tivamente de níveis superiores a 4% em meados de 26, reflectindo sobretudo os preços mais baixos dos produtos energéticos (ver Gráfico 2). Entretanto, a inflação homóloga dos preços no consumidor excluindo produtos alimentares e energéticos registou apenas uma moderação gradual. Em Janeiro de 27, esta situava -se em 2.7%, sugerindo que as pressões inflacionistas estão a diminuir lentamente. As perspectivas para a economia dos Estados Unidos apontam para a continuação da expansão embora a um ritmo mais moderado do que nos últimos anos e para uma diminuição gradual das pressões inflacionistas. Estas perspectivas favoráveis estão reflectidas no intervalo das projecções elaboradas pelos membros do Comité de Operações de Mercado Aberto da Reserva Federal, divulgadas no Relatório de Política Monetária de Fevereiro de 27 apresentado ao Congresso. De acordo com a tendência central destas projecções, o crescimento real do PIB deverá situar -se, em média, entre 2½% e 3% em 27 e entre 2¾% e 3% em 28. A inflação homóloga subjacente (medida pela taxa de variação homóloga do deflator da despesa de consumo pessoal excluindo produtos alimentares e energéticos) deverá situar -se entre 2% e 2¼% em 27 e entre 1¾% e 2% em 28. Em 31 de Janeiro de 27, o Comité de Operações de Mercado Aberto da Reserva Federal decidiu manter inalterado o seu objectivo para a taxa dos fundos federais, em 5.25%, valor prevalecente desde Junho de 26. Gráfico 2 Principais desenvolvimentos nas maiores economias industrializadas área do euro Estados Unidos Japão Reino Unido Crescimento do produto 1) (taxas de variação trimestrais em cadeia (%); dados trimestrais) Taxas de inflação 2) (preços no consumidor; taxas de variação homólogas (%); dados mensais) Fontes: Dados nacionais, BIS, Eurostat e cálculos do. 1) Os dados do Eurostat são utilizados para a área do euro e para o Reino Unido; para os Estados Unidos e Japão são utilizados dados nacionais. Os valores do PIB foram corrigidos de sazonalidade. 2) IHPC para a área do euro e o Reino Unido; IPC para os Estados Unidos e o Japão JAPÃO No Japão, a actividade económica continuou a registar uma recuperação constante, enquanto a inflação se manteve moderada. O produto está a ser impulsionado por fortes exportações e procura interna constante, sendo esta suportada sobretudo pelo investimento empresarial nos últimos 1 Março 27

11 EVOLUÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA Conjuntura externa da área do euro trimestres. No quarto trimestre de 26, de acordo com dados preliminares iniciais divulgados pelo Gabinete do Conselho de Ministros, o crescimento real do PIB recuperou significativamente, situando -se em 1.2%, numa base trimestral, face a.1% no trimestre anterior. O crescimento real do PIB beneficiou da continuação do fortalecimento do investimento privado não residencial e das exportações líquidas, bem como da recuperação do consumo privado, o qual aumentou 1.1%, numa base trimestral, após uma redução de 1.1% no trimestre anterior. No que respeita à evolução dos preços, a inflação dos preços no consumidor continua moderada. Em Janeiro de 27, quer a inflação homóloga global medida pelo IPC, quer a inflação homóloga medida pelo IPC excluindo produtos alimentares frescos situaram-se em zero, o que compara com.3% e.1%, respectivamente no mês anterior. Assim, a inflação homóloga medida pelo IPC continuou a cair, reflectindo amplamente a queda dos preços do petróleo. A inflação homóloga dos preços no produtor também continuou a descer para 2.2% em Janeiro, face a 2.5% no mês anterior. As perspectivas para a economia japonesa permanecem favoráveis. A actividade económica deverá continuar a expandir-se, impulsionada por uma procura interna constante e pela continuação do dinamismo das exportações, num contexto de condições de competitividade favoráveis. O Banco do Japão, na sua reunião de 2-21 de Fevereiro, decidiu aumentar o seu objectivo para a taxa overnight sem garantia em 25 pontos base, fixando -a em.5%. Esta decisão corresponde à segunda alteração do objectivo para a referida taxa, desde o final, em Março de 26, da política de aumento de quantidade da moeda. REINO UNIDO O crescimento económico no Reino Unido tem sido forte e estável ao longo dos últimos trimestres, situando -se a taxa trimestral de crescimento do PIB próximo ou acima da sua média de longo prazo, ou seja,.7%. No quarto trimestre de 26, o PIB real cresceu.8%, numa base trimestral, isto é, ligeiramente acima da taxa registada nos quatro trimestres anteriores. O crescimento do produto foi impulsionado pela procura interna, uma vez que quer o consumo privado, quer o investimento fixo bruto aumentaram significativamente face ao trimestre anterior. No conjunto de 26, o PIB real aumentou 2.7%. O dinamismo do crescimento deverá ser amplamente sustentado no curto prazo, com os inquéritos a apontar para a continuação de fortes intenções de investimento, mas para um ligeiro enfraquecimento das exportações. Nos últimos meses, a inflação medida pelo IHPC tem vindo a subir, atingindo 3.% em Dezembro de 26, ou seja, o valor mais elevado dos últimos dez anos, tendo caído para 2.7% em Janeiro de 27. A tendência da inflação tem sido impulsionada, em grande medida, pelos preços dos transportes e dos produtos energéticos e alimentares, embora a inflação subjacente também tenha aumentado. No segundo semestre de 26, o crescimento do rendimento médio excluindo prémios manteve -se estável e moderado segundo os padrões históricos. Em 27, a inflação medida pelo IHPC deverá regressar gradualmente ao objectivo de 2%. Os cortes recentemente anunciados nos preços do gás e da electricidade pela British Gas (a partir de Março) podem contribuir para uma descida da inflação global a curto prazo. Em 8 de Março de 27, o Comité de Política Monetária do Bank of England decidiu deixar inalterada, em 5.25%, a taxa de juro oficial paga sobre as reservas dos bancos comerciais. OUTROS PAÍSES EUROPEUS Na maior parte dos restantes países da UE não pertencentes à área do euro, o crescimento do produto manteve -se robusto nos últimos trimestres. O crescimento tem sido principalmente impulsionado Março 27 11

12 pela procura interna. Na maior parte dos países, a inflação homóloga medida pelo IHPC manteve -se estável ou registou um aumento recentemente. Na Dinamarca e na Suécia, a taxa de crescimento trimestral do PIB real diminuiu nos últimos trimestres. Em ambos os países, a actividade económica tem sido impulsionada pela procura interna (e, no caso da Suécia, também pela procura externa). Em termos prospectivos, os indicadores de actividade sugerem que o crescimento deverá permanecer estável em ambos os países. A inflação medida pelo IHPC manteve -se estável nos últimos meses, situando-se em 1.8% na Dinamarca e em 1.6% na Suécia, em Janeiro de 27. Em ambos os países, a inflação medida pelo IHPC deverá manter -se inalterada ou descer ligeiramente nos próximos meses. Nas quatro maiores economias da Europa Central e de Leste (República Checa, Hungria, Polónia e Roménia), o crescimento trimestral do produto tem-se mantido robusto nos últimos trimestres. Na República Checa, Polónia e Roménia, o principal dinamizador do crescimento real do PIB tem sido a procura interna, enquanto na Hungria têm sido principalmente as exportações líquidas. Os indicadores de actividade sugerem que o crescimento continuará forte na República Checa, Polónia e Roménia, embora deva diminuir acentuadamente na Hungria, devido ao impacto da actual estabilização orçamental da procura interna. Nos últimos meses, na República Checa, Hungria e Polónia, a inflação homóloga medida pelo IHPC seguiu uma tendência geralmente ascendente, situando -se em 1.4%, 8.4% e 1.7%, respectivamente, em Janeiro de 27. Esta evolução esteve principalmente relacionada com o aumento da inflação excluindo os produtos energéticos, em geral, e com os aumentos dos preços administrados, em particular. Pelo contrário, na Roménia, a inflação continuou a descer nos últimos meses, situando -se em 4.1% em Janeiro de 27. Nos países mais pequenos da UE não pertencentes à área do euro, o PIB real tem registado um forte crescimento nos últimos trimestres, especialmente, nos Estados bálticos, Eslováquia e Bulgária. Este crescimento tem sido suportado sobretudo pela forte procura interna, sustentada pelo rápido crescimento do crédito e do rendimento disponível. Os indicadores de actividade sugerem a continuação da forte dinâmica de crescimento na maior parte dos países. A inflação tem aumentado nos últimos meses, especialmente, nas economias com crescimento mais rápido. Na Rússia, a divulgação dos valores do PIB para o quarto trimestre de 26 confirmou que o crescimento continuou robusto (em 6.7%), suportado pela forte procura interna. Embora a inflação dos preços no consumidor tenha diminuído, em virtude da ligeira apreciação nominal do rublo, que atingiu 8.2%, em termos homólogos em Janeiro, a menor restritividade da política orçamental pode contribuir para novas pressões sobre os preços em 27. PAÍSES EMERGENTES DA ÁSIA Nos países emergentes da Ásia, a actividade económica continuou a expandir -se a um ritmo relativamente rápido no último trimestre de 26. De um modo geral, em 26, o crescimento foi, em média, mais forte do que em, embora no segundo semestre do ano se tenha registado uma ligeira moderação em algumas das principais economias. As pressões inflacionistas mantiveram -se geralmente contidas, embora a inflação tenha aumentado ligeiramente na Índia. Na China, o ritmo de expansão da actividade económica continuou vigoroso nos últimos meses, atingindo 1.4%, em termos homólogos, no último trimestre de 26. Em termos gerais, o PIB real cresceu 1.7% em 26. O crescimento da procura interna manteve -se geralmente estável no segundo semestre do ano, com o investimento mais fraco a ser parcialmente compensado pelo consumo 12 Março 27

13 EVOLUÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA Conjuntura externa da área do euro privado mais forte, embora o contributo do sector externo para o crescimento tenha aumentado de novo. O excedente comercial voltou a aumentar em 26, atingindo novamente um máximo histórico. A inflação homóloga dos preços no consumidor desceu para 2.2% em Janeiro de 27, face a 2.8% em Dezembro. No início de Fevereiro de 27, o Banco Popular da China aumentou o rácio de reserva das instituições financeiras tomadoras de depósitos em 5 pontos base para 1%, baseando- -se no crescimento robusto dos empréstimos bancários. Este foi o quinto aumento desde Julho de 26. Após um crescimento muito forte em 26, o mercado bolsista na China registou acentuada volatilidade, no final de Fevereiro e no início de Março. Na Coreia, o crescimento económico continuou a registar uma moderação no quarto trimestre de 26 e o PIB expandiu -se a uma taxa homóloga de 4%, face a 5.3% no primeiro semestre do ano. Este abrandamento resultou principalmente de uma redução do crescimento quer do consumo, quer das exportações. No conjunto de 26, a inflação medida pelo IPC situou-se em 2.2%, face a 2.8% em. As perspectivas económicas mantêm -se favoráveis para os países emergentes da Ásia. Após um comportamento muito forte em 26, o crescimento deverá registar uma ligeira moderação em 27, reflectindo, em parte, um novo abrandamento moderado do investimento na China e uma ligeira redução do crescimento das exportações em algumas economias. AMÉRICA LATINA Na América Latina, a actividade económica continua a expandir-se a um ritmo sólido, embora o comportamento do crescimento nas principais economias ainda apresente um certo grau de assimetria. No Brasil, o PIB real cresceu 3.8% no quarto trimestre de 26 e a actividade deverá acelerar em 27. No México e na Argentina, os indicadores preliminares sugerem que a actividade económica está a registar uma moderação, embora para níveis ainda robustos, em linha com a tendência observada desde a segunda metade de 26. Os valores preliminares sobre o PIB global do México durante o quarto trimestre de 26, apontam para uma expansão de 4.3% face ao período homólogo do ano anterior, o que compara com 4.5% no trimestre anterior. Na Argentina, os indicadores para o início de 27 apontam para um abrandamento incipiente da actividade económica, com a produção industrial a descer para 6.1% em termos homólogos em Janeiro, face a 9% em Dezembro. As perspectivas para o conjunto da América Latina mantêm -se favoráveis e a procura interna deverá continuar a ser o motor do crescimento nas suas principais economias. De acordo com as projecções, as pressões inflacionistas deverão manter -se contidas na maior parte dos países (excepto na Argentina). Estas perspectivas favoráveis devem ser igualmente suportadas por uma conjuntura externa benigna, incluindo condições de financiamento favoráveis e a continuação de preços das matérias -primas historicamente elevados. 1.2 MERCADOS DE MATÉRIAS -PRIMAS Os preços do petróleo, após uma queda acentuada no início do ano, recuperaram no final de Janeiro e no início de Fevereiro, na sequência de um prolongado período de temperaturas baixas no hemisfério norte e procura implícita mais elevada. A menor oferta da OPEP com esta organização a dar início ao já anunciado segundo corte da oferta e o aumento das preocupações geopolíticas contribuíram igualmente para a pressão ascendente sobre os preços. Apesar de algum abrandamento em meados de Fevereiro, os preços voltaram a subir no final desse mês, situando -se o preço do petróleo bruto Março 27 13

14 Brent em USD 61. por barril em 7 de Março (ligeiramente acima dos níveis registados no início do ano). A última avaliação da Agência Internacional de Energia das condições no mercado do petróleo aponta para uma maior restritividade do balanço entre oferta e procura, uma vez que reviu em alta as suas projecções para o crescimento da procura mundial de petróleo em 27, enquanto as previsões relativas à oferta feitas por organismos que não a OPEP ficam aquém das anteriores expectativas. Por seu lado, tal implicará um aumento da procura de petróleo da OPEP, num contexto de menor oferta desta organização. Em termos prospectivos, considerando que se espera que a procura seja robusta, mas como a capacidade produtiva disponível continua limitada, os preços do petróleo devem manter -se elevados e sensíveis a variações inesperadas entre a oferta e a procura e à conjuntura geopolítica. Neste contexto, os participantes no mercado esperam que os preços Gráfico 3 Principais desenvolvimentos nos mercados das matérias-primas do petróleo se mantenham em níveis elevados também a médio prazo, sendo os contratos de futuros de petróleo que se vencem em Dezembro de 29 actualmente transaccionados a cerca de USD 67. Os preços das matérias -primas não energéticas aumentaram ao longo da maior parte de Fevereiro, suportados pelos aumentos dos preços das matérias -primas industriais e alimentares. O índice de preços agregado das matérias -primas não energéticas (em dólares dos EUA) voltou a atingir um valor máximo no final do mês, situando -se neste mês cerca de 25% acima do nível registado em Fevereiro de petróleo bruto Brent (USD/barril; escala da esquerda) matérias-primas não energéticas (USD; índice: 2 = 1; escala da direita) Fontes: Bloomberg e HWWI T PERSPECTIVAS PARA A CONJUNTURA EXTERNA No geral, as perspectivas para a conjuntura externa e, por conseguinte, para a procura externa de bens e serviços da área do euro mantêm -se favoráveis. No último trimestre de 26, a taxa de variação a seis meses do indicador avançado compósito da OCDE recuperou parte da descida registada no início do ano. De igual modo, os indicadores avançados compósitos de algumas das principais economias de mercado emergentes registaram recentemente uma melhoria, sugerindo que a moderação do crescimento mundial, observada ao longo de 26, poderá manter -se relativamente limitada, em termos globais. Os riscos para as perspectivas mundiais estão relacionados com o receio de um aumento das pressões proteccionistas, a possibilidade de uma nova subida dos preços do petróleo e preocupações acerca de uma correcção desordenada dos desequilíbrios económicos mundiais. 14 Março 27

15 EVOLUÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA Evolução monetária e financeira 2 EVOLUÇÃO MONETÁRIA E FINANCEIRA 2.1 MOEDA E CRÉDITO DAS IFM Durante o quarto trimestre de 26, o crescimento homólogo do M3 aumentou novamente, permanecendo em Janeiro de 27 no nível elevado observado em Dezembro de 26. O actual dinamismo do crescimento monetário, que é suportado por uma vigorosa procura de empréstimos por todos os sectores, contribuiu para o reforço das condições de liquidez já amplas na área do euro. Dados monetários recentes proporcionam poucos sinais de uma interrupção da tendência ascendente da taxa de expansão monetária subjacente observada desde meados de, e ainda menos de uma inversão dessa tendência. Paralelamente, os dados mais recentes apoiam a opinião de que aumentos recentes das taxas de juro directoras do estão a influenciar a evolução monetária, embora principalmente sob a forma de substituição das componentes mais líquidas do M3, como, por exemplo, os depósitos overnight, por componentes menos líquidas mas com maior remuneração. Em termos globais, o forte crescimento monetário e do crédito num contexto de ampla liquidez continua a apontar para riscos ascendentes para a estabilidade de preços em horizontes de médio a mais longo prazo, particularmente numa conjuntura de melhoria do sentimento e actividade económicos. AGREGADO MONETÁRIO LARGO M3 No quarto trimestre de 26, o crescimento homólogo do M3 era de 9.%, uma taxa observada pela última vez no segundo trimestre de 199 (com base em dados sintéticos da área do euro). Este valor trimestral oculta um fortalecimento ao longo do trimestre, com o crescimento homólogo do M3 a aumentar para 9.8% em Dezembro, face a 9.3% e 8.5% em Novembro e Outubro, respectivamente. Em Janeiro de 27, a taxa de crescimento homóloga manteve-se inalterada em 9.8%. O dinamismo do crescimento do M3 também é visível ao nível da sua dinâmica de mais curto prazo, medida, por exemplo, pela taxa de crescimento a seis meses anualizada do M3, que aumentou para 11.1% em Janeiro (ver Gráfico 4). Os dados monetários mais recentes apoiam a opinião de que a elevada taxa de crescimento homóloga do M3 resulta do nível baixo das taxas de juro na área do euro e, como evidencia a continuação do forte crescimento dos empréstimos, do dinamismo da actividade económica. Não obstante alguns efeitos de fim de ano em Novembro e Dezembro, que impulsionaram temporariamente a procura de depósitos overnight, os dados monetários para o conjunto do quarto trimestre proporcionam sinais adicionais de que os aumentos das taxas de juro desde o final de têm vindo a influenciar a evolução monetária, embora principalmente sob a forma de efeitos de substituição no M3. No lado do passivo do balanço das IFM, de momento tal reflecte-se principalmente numa moderação do crescimento Gráfico 4 Crescimento do M3 e valor de referência (variações em percentagem; dados corrigidos de efeitos de sazonalidade e de calendário) M3 (média móvel de três meses centrada da taxa de crescimento homóloga) M3 (taxa de crescimento homóloga) M3 (taxa de crescimento a seis meses anualizada) valor de referência (4 1 /2%) Março 27 15

16 das componentes mais líquidas do M3, e não num abrandamento da expansão do próprio M3. Actualmente, a dinâmica do M3 é suportada por uma procura especulativa de moeda relativamente forte, que se manifesta através do forte crescimento dos instrumentos negociáveis contidos no M3. No lado do activo do balanço das IFM, o impacto dos aumentos das taxas de juro é mais visível numa moderação do crescimento do endividamento das famílias, embora este se mantenha robusto. Gráfico 5 M3 e M3 corrigido do impacto estimado dos ajustamentos de carteira (taxas de variação homólogas (%); dados corrigidos de efeitos de sazonalidade e de calendário) 1 9 M3 oficial M3 corrigido do impacto estimado dos ajustamentos de carteira 1) valor de referência (4 1 /2%) 1 9 Dado que as indicações mais recentes de um desfazer de ajustamentos na composição de carteira remontam à segunda metade de, a série oficial do M3 e a série do M3 corrigida do impacto estimado dos ajustamentos na composição de carteira seguiram uma trajectória semelhante ao longo de 26 (ver Gráfico 5) PRINCIPAIS COMPONENTES DO M3 Numa perspectiva de média trimestral, desde a Primavera de 26 a taxa de crescimento homóloga do M1 registou uma moderação. Em Janeiro de 27, situou-se em 6.5%, após 6.7% e 7.6% no quarto e terceiro trimestres de 26, respectivamente (ver Quadro 1) Fonte:. 1) As estimativas da magnitude dos ajustamentos de carteira no M3 são construídas utilizando a abordagem geral discutida na Secção 4 do artigo intitulado Análise monetária em tempo real, publicado na edição de Outubro de do. 3 2 Quadro 1 Quadro síntese de variáveis monetárias (os valores trimestrais são médias; dados corrigidos de efeitos de sazonalidade e de calendário) M1 Circulação monetária Depósitos à ordem M2 - M1 (= outros depósitos de curto prazo) Depósitos com prazo acordado até dois anos, inclusive Depósitos reembolsáveis com pré-aviso até três meses, inclusive M2 M3 - M2 (= instrumentos negociáveis) M3 Crédito a residentes na área do euro Crédito às administrações públicas Empréstimos às administrações públicas Crédito ao sector privado Empréstimos ao sector privado Responsabilidades financeiras a mais longo prazo (excluindo capital e reservas) Saldo em percentagem do M3 1) Taxas de crescimento homólogas T1 Dez. Jun Fonte:. 1) No final do último mês disponível. Os valores podem não corresponder à soma das parcelas devido a arredondamentos. 16 Março 27

17 EVOLUÇÃO ECONÓMICA E MONETÁRIA Evolução monetária e financeira Gráfico 6 Principais componentes do M3 (taxas de variação homólogas (%); dados corrigidos de efeitos de sazonalidade e de calendário) 16 M1 outros depósitos de curto prazo instrumentos negociáveis 16 No que respeita à evolução das componentes do M1, a taxa de crescimento homóloga da circulação monetária desceu para 1.4% em Janeiro de 27, face a 11.1% no quarto trimestre e 11.3% no terceiro trimestre de 26. O crescimento homólogo dos depósitos overnight desceu para 5.8% em Janeiro, face a 5.9% no quarto trimestre e 7.% no terceiro trimestre Fonte: O crescimento homólogo dos depósitos de curto prazo excepto depósitos pelo prazo overnight registou um fortalecimento ao longo dos últimos meses, atingindo 12.% em Janeiro de 27, face a 11.2% no quarto trimestre e 9.5% no terceiro trimestre (ver Gráfico 6). Esta evolução reflecte a continuação dos fortes aumentos dos depósitos de curto prazo (ou seja, depósitos com prazo acordado até dois anos), que registaram um crescimento de 29.2% em Janeiro numa base anual, de longe a taxa de crescimento mais elevada desta componente do M3 desde o início da Terceira Fase da UEM. Pelo contrário, a taxa de crescimento homóloga dos depósitos de poupança (ou seja, depósitos reembolsáveis com pré-aviso até três meses) continuou a moderar ao longo dos últimos meses. O aumento do desvio entre a remuneração dos depósitos a prazo e a dos depósitos overnight sendo que a remuneração dos depósitos a prazo acompanhou de muito perto as taxas do mercado monetário, enquanto a dos depósitos overnight reagiu de forma mais moderada poderá, pelo menos parcialmente, explicar a recente dinâmica divergente destas componentes do M3. Este aumento parece também ter conduzido à substituição de depósitos overnight por depósitos a prazo, reduzindo, assim, o crescimento do M1 mas contribuindo pouco para restringir o crescimento global do M3. Paralelamente, o diferencial entre a remuneração dos depósitos a prazo e a dos depósitos de poupança aumentou desde o quarto trimestre de, promovendo movimentos entre estes tipos de depósito. Em Janeiro de 27, observaram-se as maiores entradas em instrumentos negociáveis desde o início da Terceira Fase da UEM. A taxa de crescimento homóloga dos instrumentos negociáveis registou um forte aumento, para 15.7%, em Janeiro de 27, face a 11.1% no quarto trimestre e 6.4% no terceiro trimestre de 26. Tal reflecte uma recuperação em todas as suas subcomponentes. Em Janeiro de 27, a procura de títulos de dívida com prazo até dois anos cresceu a uma taxa muito elevada de 58.7% numa base anual, após 51.2% e 36.9% no quarto e terceiro trimestres de 26, respectivamente. As taxas de crescimento elevadas desta subcomponente podem estar relacionadas com os aumentos recentes das taxas de juro de curto prazo e a inovação financeira. Dado que os títulos de dívida de curto prazo são frequentemente remunerados a taxas variáveis, um investimento nestes instrumentos permite aos investidores beneficiar dos aumentos das taxas de juro que ocorrem antes da maturidade do título. Deste modo, na actual conjuntura, uma procura especulativa de moeda parece ter suportado o crescimento do M3. Tal justificação poderá verificar- -se também no caso dos fundos do mercado monetário que, ao fazer uso de produtos derivados, Março 27 17

18 investem em instrumentos com risco de crédito (como, por exemplo, instrumentos de dívida titularizados). Tais fundos podem constituir um investimento atractivo num período em que a curva de rendimentos se apresenta relativamente horizontal. Tal poderá explicar em parte o fortalecimento da procura de acções/unidades de participação em fundos do mercado monetário nos últimos trimestres. Em Janeiro de 27, a taxa de crescimento homóloga de acções/unidades de participação em fundos do mercado monetário aumentou para 8.%, após 3.4% e -.6% no quarto e terceiro trimestres, respectivamente. A taxa de crescimento homóloga dos acordos de recompra, que apresenta frequentemente um padrão particularmente volátil nos horizontes mais curtos, aumentou para 1.1% em Janeiro, face a 9.7% no quarto trimestre e 5.8% no terceiro trimestre de 26. Uma análise da desagregação sectorial do crescimento monetário baseia-se em dados sobre os depósitos de curto prazo e acordos de recompra (adiante designados por depósitos do M3), as componentes do M3 para as quais se encontra disponível informação sectorial. Em termos agregados, a taxa de crescimento homóloga dos depósitos do M3 desceu em Janeiro, dado que, como descrito acima, a detenção de moeda movimentou-se desse tipo de depósitos no sentido de instrumentos negociáveis excepto acordos de recompra. A redução do crescimento dos depósitos agregados do M3 reflectiu uma descida da taxa de crescimento homóloga dos depósitos do M3 detidos por sociedades financeiras não monetárias excepto sociedades de seguros e fundos de pensões (outros intermediários financeiros OIF) (para 19.8% em Janeiro, face a 2.9% em Dezembro) e por sociedades não financeiras (para 1.6% em Janeiro, face a 12.1% no mês anterior). A taxa de crescimento homóloga dos depósitos das famílias desceu ligeiramente para 6.% em Janeiro, face a 6.2% em Dezembro. A descida do crescimento dos depósitos do M3 reflectiu uma saída de fundos acumulados em Novembro e Dezembro de 26 devido a efeitos de fim de ano pronunciados. Em termos globais, no quarto trimestre, enquanto o sector dos OIF continuou a ser o sector mais dinâmico em termos da taxa de crescimento dos depósitos do M3, o sector das famílias continuou a contribuir, de longe, com a maior percentagem para a ainda forte taxa de crescimento global. PRINCIPAIS CONTRAPARTIDAS DO M3 No lado das contrapartidas, a taxa de crescimento homóloga do total do crédito das IFM a residentes na área do euro desceu para 8.% em Janeiro de 27, após 8.8% e 9.3% no quarto e terceiro trimestres de 26. Esta queda resultou de uma descida contínua da taxa de crescimento homóloga do crédito às administrações públicas, enquanto o crescimento do crédito ao sector privado não obstante uma ligeira descida em Dezembro de 26 e Janeiro de 27 permaneceu elevado ao longo dos últimos trimestres (ver Quadro 1). Mais precisamente, a taxa de decréscimo homóloga do crédito ao sector das administrações públicas aumentou para 5.% em Janeiro, face a 3.1% no quarto trimestre de 26 e.9% no terceiro trimestre, reflectindo, em particular, vendas líquidas mais fortes de títulos emitidos pelas administrações públicas. Paralelamente, a taxa de crescimento homóloga do crédito ao sector privado caiu para 11.3% em Janeiro, face a 11.9% no quarto e terceiro trimestres de 26, tendo, no entanto, permanecido em níveis elevados. Estas fortes taxas de crescimento reflectiram, nomeadamente, a aquisição de títulos de dívida emitidos pelo sector privado. Os empréstimos de IFM continuaram a dar o principal contributo para o forte crescimento do crédito ao sector privado, com um crescimento homólogo de 1.6% em Janeiro (face a 11.3% no quarto e terceiro trimestres de 26). Enquanto a taxa de crescimento homóloga dos empréstimos às famílias continuou a registar uma moderação, embora mantendo taxas robustas, o crescimento de empréstimos a sociedades não financeiras manteve uma tendência ascendente ao longo do período de referência (ver subsecções 2.6 e 2.7 para a evolução sectorial dos empréstimos ao sector privado). 18 Março 27

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