Bem por isso, deve ser considerada a existência de três regimes, quanto à prova das condições especiais.
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- Rachel Tomé Cunha
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1 Relatório A sentença sob reexame julgou procedente a demanda para compelir a autarquia ré a conceder aposentadoria especial ou, alternativamente, aposentadoria por tempo de contribuição com conversão de tempo especial em comum, além de lhe pagar as diferenças devidas desde a data do indeferimento administrativo. A inicial relata em síntese, que exerceu trabalho submetido a condições especiais por um período elevado, descrevendo-os minuciosamente, sustenta ainda que, embora tenha provado por meio de DSS 8030/PPP e laudo, que exerceu suas atividades submetido a agentes nocivos, tal como previsto nos anexos dos Decretos /64, /79, 2.172/97 e 3.048/99, o INSS não a reconheceu como especial, nem a concedeu por tempo de contribuição mediante análise correta da documentação. É o relatório. Voto A sentença apreciou com precisão os fatos e aplicou corretamente o direito, reconhecendo à autora o direito à aposentadoria especial. Reporto-me aos seus fundamentos: Inicialmente, julgo correta a preliminar levantada pelo INSS, de que modo que declaro a prescrição das parcelas não pagas e nem reclamadas dentro do qüinqüênio anterior ao ajuizamento da ação, nos termos do parágrafo único do art. 103, da Lei 8.213/91. Quanto ao mérito, propriamente, o benefício de aposentadoria especial, requerido inicialmente, foi instituído pela Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, e é devido aos segurados que trabalham sujeitos a agentes nocivos, prejudiciais à saúde ou a integridade física, durante um interregno de 15, 20 ou 25 anos, a depender da agressividade do agente. Sabe-se que o tempo de serviço para os efeitos da aposentadoria especial é considerado em relação aos períodos correspondentes a trabalho permanente e habitual, prestado em atividades sujeitas a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a inte gridade física do segurado (art. 57, 3º da Lei n.º 8.213/91). Sob outro aspecto, cabe considerar que, para o Direito Previdenciário, a legislação que disciplina a contagem do tempo de serviço é aquela em vigor à época do período de trabalho. Bem por isso, deve ser considerada a existência de três regimes, quanto à prova das condições especiais. O primeiro tem início a partir da Lei n º 3.807/60 (art. 31), preservado na redação original do art. 57, da Lei nº 8.213/91, e vigorou até a edição da Lei nº 9.032, de 28/04/95. Nesse período, as condições ditas especiais (insalubridade, periculosidade) eram estabelecidas "conforme a atividade profissional" executada pelo segurado, e segundo as previsões do Quadro Anexo do Decreto nº /64 e do Anexo II do Decreto nº /79, ou seja, havia a presunção juris et de jure de exposição a agentes nocivos, de sorte que, relativamente a essas atividades, mostrava-se desnecessária a prova da efetiva sujeição do empregado a condições especiais de
2 trabalho, exceto quando se tratasse de exposição a ruído ou calor, para as quais havia exigência de laudo desde o Decreto nº /73 e da Portaria nº 3.214/78, respectivamente. Consoante entendimento assentado na jurisprudência pátria, essa presunção perdurou até , quando adveio a Lei 9.032/95, inaugurando o segundo regime, compreendido entre a publicação da Lei nº 9.032/95 e a expedição do Decreto nº 2.172, de 05/03/97, época na qual passou a ser necessária a efetiva comprovação do trabalho em condições especiais, com a apresentação dos formulários SB-40 e DSS , não bastando o simples exercício de determinada atividade profissional. Após a edição do Decreto n.º de , que regulamentou a MP n.º , de 11/10/1996 (convertida na Lei n.º 9.528/97), passa a ser necessária ainda a constatação por meio de laudo técnico. Assim, vem a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça entendendo que a exigência de comprovação da especialidade do labor somente passou a ser necessariamente feita por laudo pericial a partir de Neste sentido, a ementa abaixo colacionada: PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO. EXERCÍCIO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. ATIVIDADES INSALUBRES. PRESUNÇÃO DE EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS ATÉ A EDIÇÃO DA LEI 9.032/95. MP 1.523/96. EXIGÊNCIA DE LAUDO TÉCNICO PERICIAL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O acórdão recorrido apreciou a questão suscitada, de forma clara e explícita, não havendo nenhuma omissão a ser sanada. Ademais, não há confundir decisão contrária ao interesse da parte com a falta de pronunciamento do órgão julgador. 2. É permitida a conversão em comum do tempo de serviço prestado em condições especiais, para fins de concessão de aposentadoria, nos termos da legislação vigente à época em que exercida a atividade especial, desde que anterior a 28/5/ A necessidade de comprovação por laudo pericial do tempo de serviço em atividade especial só surgiu com o advento da Lei 9.528/97, que, convalidando a MP 1.523/96, alterou o art. 58, 1º, da Lei 8.213/ In casu, a parte recorrida exerceu a função de ajudante de laborista, de laborista e de encarregado de usina de asfalto, nos períodos de 1º/8/1972 a 1º/11/1973, de 2/1/1974 a 31/3/1980, de 2/6/1980 a 28/3/1983 e de 1º/9/1983 a 23/10/1995, respectivamente, estando exposto a agentes insalubres como o piche e o betume, que constam dos anexos do Decretos /64 e /79. Existia a presunção absoluta de exposição aos agentes nocivos relacionadas nos mencionados anexos. 5. Posteriormente, passou a exercer a função de encarregado geral, no período de 16/10/1995 a 27/5/1998, ficando em exposição, de modo habitual e permanente, a agentes agressivos, tais como calor, frio, poeira e vento. 6. Todavia, a presunção de insalubridade só perduraria até a edição da Lei 9.032/95, que passou a exigir a comprovação do exercício da atividade por meio dos formulários de informações sobre atividades com exposição a agentes nocivos ou outros meios de prova até a data da publicação do Decreto 2.172/97, o que foi feito por meio dos Formulários SB-40 e DSS/ Destarte, merece parcial reforma o acórdão recorrido, na parte em que entendeu estar comprovado o exercício de atividade especial em período posterior à MP 1.523/96, convalidada pela Lei 9.528/97, visto que a partir de então, como dito acima, passou-se a exigir laudo técnico pericial para comprovação da exposição a agentes insalubres, o que não se verificou nos presentes autos. 8. Recurso especial a que se dá parcial provimento. (RESP , ARNALDO ESTEVES LIMA, STJ - QUINTA TURMA, 26/06/2006) A comprovação das atividades em condições especiais será feita atualmente em formulário do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), preenchido pela empresa com base em Laudo
3 Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCA), expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho. Tal jurisprudência, no entanto, tem sido modificada para mitigar a exigência do LTCA, bastando o PPP para a comprovação. Nesse sentido a jurisprudência: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. CONVERSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM. EXPOSIÇÃO A RUÍDO. PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO. DISPENSABILIDADE DE LAUDO TÉCNICO PERICIAL. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA. 1. No que se refere à contagem do tempo de serviço, é relevante destacar que a lei a discipliná-la é aquela vigente à época do serviço prestado (vide artigo 1º, parágrafo 1, do Decreto nº , de ). 2. No caso dos autos, o autor comprovou, por meio da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS e formulários PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), que trabalhou em condições especiais para a Ferrovia Centro-Atlântica S/A, no período de 01/04/1978 a 04/03/1997, visto que estava submetido ao agente agressivo ruído, indicado no código do anexo do Decreto /64, no código do anexo I do Decreto /79 e no código do Decreto 2.172/ "A apresentação de Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), ainda que desacompanhado de laudo técnico, é suficiente para comprovar a exposição a agentes nocivos à saúde, desde que o documento contenha todas as informações necessárias à configuração da especialidade da atividade, ainda que para exposição ao agente agressivo ruído" (PEDILEF , JUIZ FEDERAL OTÁVIO HENRIQUE MARTINS PORT, TNU - Turma Nacional de Uniformização, DJ 15/09/2009). 4. De acordo com a Súmula 32 da TNU, o tempo de trabalho laborado com exposição a ruído, na vigência do Decreto n /64, é considerado especial, para fins de conversão em comum, quando superior a 80 db. 5. Considerando que o autor sempre esteve exposto a níveis de ruído acima de 80 db, conforme documentos juntados, não há qualquer óbice a que seja considerado o referido tempo como especial, consoante determinou o MM. magistrado de piso. 6. Ressalte-se que o uso de equipamento de proteção individual (EPI) não descaracteriza a insalubridade do serviço. 7. Apelações desprovidas. (AC , Desembargador Federal Manuel Maia, TRF5 - Primeira Turma, DJE - Data::19/04/ Página::71.) Impende destacar ainda, no que se refere à prova das atividades especiais, que o fato de o PPP e laudo serem extemporâneos não obsta o reconhecimento do tempo trabalhado em condições especiais, afinal, inexiste previsão legal nesse sentido. Acerca do tema, transcrevo o entendimento da Maria Helena Carreira Alvim Ribeiro: Não há previsão legal no sentido de que os documentos sejam contemporâneos com o período trabalhado pelo segurado. Cabe ao supervisor médico pericial do INSS, ao analisar os laudos técnicos apresentados pelo segurado, informar se foi comprovada a exposição permanente a agentes agressivos. Também não se pode ignorar seu direito de visitar o local onde foi desenvolvido o trabalho caracterizado como especial, efetuando diligências no local da empresa, especialmente em caso de desativação ou de alterações da área de trabalho do segurado. [...]
4 Devem ser reconhecidos os laudos técnicos realizados por médico ou engenheiro de segurança do trabalho, posteriormente ao período trabalhado pelo segurado, desde que coletem dados em obras da empresa, nos equipamentos utilizados e especificados, bem como nas folhas de registro do segurado[1]. Essa, inclusive, a orientação do STJ, consoante se infere da ementa a seguir transcrita: PREVIDENCIÁRIO. URBANO. TEMPO DE SERVIÇO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS. RECONHECIMENTO. PRESCRIÇÃO. INÍCIO DE PROVA DOCUMENTAL. DECLARAÇÃO DE EMPRESA EM ATIVIDADE. CONVERSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO EM APOSENTADORIA ESPECIAL. 1. O reconhecimento de tempo de serviço em condições especiais, para fins de concessão de benefício previdenciário, é matéria de direito previdenciário que, consoante art. 103, da Lei 8.213/91, na redação original vigente por ocasião do ajuizamento da ação, não alberga a prescrição de fundo, senão das parcelas não pagas nem reclamadas na época própria; 2. Declaração de empresa em atividade, ainda que extemporânea ao tempo de serviço reclamado, serve como início de prova documental da atividade especial, a ensejar o reconhecimento de tempo de serviço em condições especiais 3. Precedentes; 4. Recurso conhecido, mas desprovido (REsp /PE, Rel. Gilson Dipp, DJ de ). Assentadas essas premissas, cumpre, então, examinar os elementos do quadro probatório do autor. A autora juntou os devidos PPP's, DIRBEN's e LTCAT's a fim de demonstrar os riscos aos quais estava submetida no ambiente de trabalho em que a prestação de serviço se deu, conforme tabela abaixo: Empregadora Usina Estreliana Usina Goianésia Usina Estreliana Interiorana Período do labor 13/08/1984 aquímica 09/01/ /01/1990 aquímica 10/07/ /06/2000 aquímica 31/07/ /08/2001 aquímica 30/10/2010 F u n ç ã ofator de riscop r o v a s exercida comprovado apresentadas nos autos Ruído e DSS 8030 e Vapores l a u d o Químicos correspondente Ruído e Vapores Químicos Ruído e Vapores Químicos Ruído e Vapores Químicos PPP e laudo correspondente DSS 8030 e l a u d o correspondente DSS 8030, PPP e laudos correspondente s Todos identificam, portanto, a presença efetiva de agentes de risco nas atividades desenvolvidas pelo autor, conforme legislação da época.
5 Há, pois, comprovação de exercício de atividade insalubre por exposição, de modo habitual e permanente. Todo devidamente comprovado pelos LTCAT's, pelos PPP's e pelos DIRBEN's 8030 carreados aos autos, oriundos do concessório administrativo intentado na autarquia previdenciária e equivocadamente negado. O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento quanto às datas de variação dos limites de ruído considerados penosos, in verbis: PREVIDENCIÁRIO. TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL. CÔMPUTO. LEI EM VIGOR AO TEMPO DO EFETIVO EXERCÍCIO. OBSERVÂNCIA. DECRETOS /1964 E /1979. REPRISTINAÇÃO DADA PELOS DECRETOS 357/1991 E 611/1992. RUÍDO. LIMITE DE TOLERÂNCIA. 80 OU 90 DECIBÉIS ATÉ A ENTRADA EM VIGOR DO DECRETO N /1997. PRECEDENTE DA TERCEIRA SEÇÃO. DECRETO 3.048/1999 ALTERADO PELO 4.882/2003. RETROAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. O tempo de serviço é regido pela legislação em vigor ao tempo em que efetivamente exercido, o qual é incorporado ao patrimônio jurídico do segurado, que não pode sofrer prejuízo em virtude de inovação legal. 2. Embora tenha havido revogação do Decreto n /1964 pelo artigo 2º do Decreto n /1973, o certo é que o artigo 295 do Decreto n. 357/1991, seguido do Decreto n. 611/1992, em franca repristinação, determinou a observância dos Anexos I e II do Decreto n /1979 e o Anexo do Decreto n /1964 para efeito de concessão de aposentadorias especiais, o qual estabelecia como nociva a atividade sujeita a exposição ao ruído de 80 db. 3. A Terceira Seção desta Corte firmou a compreensão de que deve ser considerado insalubre o tempo de exposição permanente a pressões sonoras superiores a 80 e a 90 decibéis até a vigência do Decreto n /1997, que revogou o Decreto n. 611/ Hipótese em que a própria Autarquia reconheceu os percentuais de 80 db ou 90 db, conforme disposto no artigo 173, inciso I, da Instrução Normativa INSS/DC n. 57, de 10 de outubro de O Decreto n /2003, ao alterar o item de seu anexo IV do Decreto n /1999, reduziu o limite de tolerância do agente físico ruído para 85 decibéis. No entanto, sua observância se dará somente a partir de sua entrada em vigor, em 18/11/ Uma vez que o tempo de serviço rege-se pela legislação vigente ao tempo do efetivo exercício, não há como atribuir retroatividade à norma regulamentadora sem expressa previsão legal, sob pena de ofensa ao disposto no artigo 6º da Lei de Introdução ao Código Civil. 7. Recurso especial parcialmente provido (REsp , Rel. JORGE MUSSI, DJE de 03/08/2009). Neste passo, não merecem prosperar os fundamentos de defesa levantados pelo INSS, pois desde o requerimento da concessão da aposentadoria, a autarquia já estava munida de todas as provas que corroboravam o deferimento do benefício mais vantajoso. Assim, a parte autora comprovou ter laborado por mais de 25 (vinte e cinco) anos sob condições especiais, sem contar com dois períodos comprovados, que não foram sob condição especial (01/09/1983 a 28/02/1984 e 17/01/2000 a 30/04/2000) ao passo que agiu incorretamente a autarquia previdenciária ao indeferir o benefício previdenciário pleiteado. Resta prejudicado, então, o pedido alternativo de concessão de aposentadoria por tempo de contribuição com conversão de tempo especial em comum, haja vista a concessão, mediante observância do teor probatório, do pedido principal.
6 *TABELA DOS MULTIPLICADORES DE CONVERSÃO: Multiplicador Tempo a converter Multiplicador Mulher (para 30) Homem (para 35) De 15 anos 2,00 2,33 De 20 anos 1,50 1,75 De 25 anos 1,20 (utilizado) 1,40 Cirleide Maria dos Santos Período: Modo: Total normal: Acréscimo: Somatório: 13/08/1984 aespecial (20%) 5 a 4 m 27 d 1 a 0 m 29 d 6 a 5 m 26 d 09/01/ /01/1990 aespecial (20%) 9 a 6 m 1 d 1 a 10 m 24 d 11 a 4 m 25 d 10/07/ /06/2000 aespecial (20%) 1 a 1 m 19 d 0 a 2 m 21 d 1 a 4 m 10 d 31/07/ /08/2001 aespecial (20%) 9 a 3 m 0 d 1 a 10 m 6 d 11 a 1 m 6 d 30/10/2010 Tempo total de especial sem25a 3m 17d Tempo total de30a 4m 7d considerar conversão: especial após conversão: Ante o exposto, nego provimento à remessa oficial. Ementa: Previdenciário. Aposentadoria especial. Comprovação de tempo de serviço prestado em condições insalubres. Remessa oficial desprovida. PROCESSO Nº: REEXAME NECESSÁRIO PARTE AUTORA: CIRLEIDE MARIA DOS SANTOS ADVOGADO: AGENILTON DA SILVA FELIX PARTE RÉ: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL JOSE LAZARO ALFREDO GUIMARAES - 4ª TURMA Vistos, etc. Acórdão
7 Ementa: Previdenciário. Aposentadoria especial. Comprovação de tempo de serviço prestado em condições insalubres. Remessa oficial desprovida. Decide a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª. Região, à unanimidade, negar provimento à remessa oficial, nos termos do voto do Relator. Recife, 11 de março de 2014 (data do julgamento)
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